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Semana de Revisão 2

Modelo FGV

Texto I

Será que existe uma cultura que influencia o estupro de mulheres no Brasil? O termo cultura do estupro
veio à tona após a enorme repercussão de um caso grave de estupro coletivo ocorrido no mês de maio de 2016,
no Rio de Janeiro. Os estupradores chegaram a documentar seus crimes em vídeos (o que, por si só, também é
um crime). Mas, esse não foi um caso isolado, outros tiveram grande repercussão também, fazendo com que
seja discutida a possibilidade de existir uma cultura do estupro no país.
Em 2022, por exemplo, diversos crimes de estupro também vieram à tona, entre eles o caso de uma
mulher estuprada por um médico anestesista durante o trabalho de parto e o caso de uma menina de 11 anos,
impedida de realizar o procedimento abortivo inicialmente.
Há uma tendência social de culpabilização das vítimas de estupro, o que significa que uma parcela da
sociedade comumente considera mulheres vítimas de estupro culpadas por terem sofrido a violência sexual.
Essa culpabilização, muitas vezes, fundamenta-se em princípios de moral e bons costumes. Desse modo, os
indivíduos que culpam a mulher por ser vitimada, alegam que o estupro não ocorreria caso ela tivesse
comportamentos diferentes, usasse outras roupas, frequentasse ambientes diferentes, entre outras coisas.

Fonte: https://www.politize.com.br/cultura-do-estupro-como-assim/ Acesso em 11 mai 23

Texto II

Brasil tem cerca de 822 mil casos de estupro a cada ano, dois por minuto

Um estudo publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) chama a atenção para um
problema crítico no Brasil e que afeta principalmente as mulheres: o número estimado de casos de estupro no
país por ano é de 822 mil, o equivalente a dois por minuto. Com base nessa estimativa, o Ipea também calculou
a taxa de atrito para o país, ou seja, a proporção dos casos estimados de estupro que não são identificados nem
pela polícia, nem pelo sistema de saúde. A conclusão é que, dos 822 mil casos por ano, apenas 8,5% chegam ao
conhecimento da polícia e 4,2% são identificados pelo sistema de saúde.
O quadro é grave, pois, além da impunidade, muitas das vítimas de estupro ficam desatendidas em termos
de saúde, já que, como os autores ressaltam, a violência sexual contra as mulheres frequentemente está associada
a depressão, ansiedade, impulsividade, distúrbios alimentares, sexuais e de humor, alteração na qualidade de
sono, além de ser um fator de risco para comportamento suicida.
O estudo se baseou em dados da Pesquisa Nacional da Saúde, do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (PNS/IBGE), e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da
Saúde, tendo 2019 como ano de referência. Quanto às relações entre agressores e vítimas de estupro, notam-se
quatro grupos principais: os parceiros e ex-parceiros, os familiares (sem incluir as relações entre parceiros), os
amigos/conhecidos e os desconhecidos.

Fonte: https://www.ipea.gov.br/portal/categorias/45-todas-as-noticias/noticias/13541-brasil-tem-cerca-de-822-mil-casos-
de-estupro-a-cada-ano-dois-por-minuto Acesso em 11 mai 23

Texto III

[...]

Violência por todo mundo


A todo minuto
Por todas nós
Por essa voz que só quer paz
Por todo luto nunca é demais
Desrespeitada, ignorada, assediada, explorada
Mutilada, destratada, reprimida, explorada
Mas a luz não se apaga

1
Digo o que sinto
Ninguém me cala

Ela vai
Ela vem
Meu corpo, minha lei
Tô por aí, mas não tô a toa
Respeita, respeita, respeita as mina, porra!

[...]

Respeita – Ana Cañas

Texto IV

Fonte: https://fenasps.org.br/2020/11/05/fenasps-repudia-tratamento-judicial-a-mariana-ferrer-nao-existe-estupro-
culposo/ Acesso em 11 mai 23

Com base nos textos aqui reproduzidos, bem como em outras informações que considere pertinentes, redija uma
dissertação em prosa, de modo a expor o seu ponto de vista sobre o tema: A cultura do estupro no Brasil.

Modelo Insper

A Câmara dos Deputados avalia um amplo — e controverso — projeto de lei que busca reforçar a
regulamentação e fiscalização sobre plataformas digitais, como redes sociais, aplicativos de trocas de mensagens
e ferramentas de busca. Popularmente conhecida como PL das Fake News ou PL 2630, a proposta pretende
instituir a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet.
A discussão da matéria — que tramita na Câmara desde 2020, após ser aprovada no Senado — voltou a
ganhar fôlego depois dos recentes ataques violentos em escolas e dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro,
quando bolsonaristas radicais invadiram as sedes dos Três Poderes, em Brasília. Seu conteúdo, porém, é alvo
de críticas. Defensores da proposta dizem que a nova lei vai melhorar o combate à desinformação, ao discurso
de ódio e a outros conteúdos criminosos no ambiente digital, enquanto opositores apontam riscos de as novas
regras ferirem a liberdade de expressão.

Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/articles/cyeyxje7r9go Acesso em 10 mai 23

Com base no trecho apresentado e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-
argumentativo, empregando a norma-padrão, da língua portuguesa sobre o tema: PL das Fake News: Combate
a conteúdo criminoso ou risco de censura?

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