Diagnóstico

1) Preferencialmente clínico;
Critérios de Framingham (9 maiores e 7 menores);
Conclusivo se: 2 MAIORES ou 1 MAIOR + 2 menores;
2) BNP e NT-proBNP, se disponível;
3) ECO, se BNP e NT-proBNP com IC provável ou não
disponíveis;
4) Se ECO alterado, determinar etiologia e dar início
ao tratamento;
Quadro estável: IC provável se
BNP > 35 / NT-proBNP > 125
Quadro agudo: IC provável se
BNP > 100 / NT-proBNP > 300
ECO: Separa a IC com Fração de
Ejeção Reduzida (ICFeR) da IC
com Fração de Ejeção Preservada
(ICFeP);
ECG: Sem alterações específicas
de IC
- Alguns achados podem sugerir
etiologia da IC (Ex: presença de
zonas inativas (coronariopatia))
- Presença de BRE
Complementares (serve para avaliar a gravidade, identificar etiologia e ajudar no
estagiamento):
1) Radiografia (analisar cardiomegalia e ver as câmaras acometidas);
2) Holter 24h (se palpitações ou síncope e com suspeita de arritmias);
3) Exames laboratoriais (os de Alex + TSH + HB e Ferritina para avaliar anemia);
4) Cineangiocoronariografia (se angina de peito, arritmias sintomáticas e pós PCR ->
revascularização);
5) RNM - eco inadequado, Cardiopatia Congênita, verificar se existe dano miocárdico
isquêmico ou não;
6) Biópsia (IC de etiologia indefinida -> doenças de depósito ou inflamatórias);

Etiologias

• Principal causa: isquêmica miocárdica • Doenças de depósito (infiltração • Distrofias musculares: • Cardiomiopatia periparto (termina o parto e a mulher abre um quadro de insuficiência
do miocárdio): Duchenne e Becker cardíaca; na maioria das vezes é reversível, mas algumas permanecem)
• Doenças valvares - Hemocromatose
- Doença de Fabry • Toxinas: Álcool e Cocaína • Cardiomiopatia hipertrófica (doença genética)
• Causas hipertensivas (2ª maior causa) - Amiloidose
• Cardiomiopatia restritiva: Endomiocardiofibrose e Pericardite constritiva
• Infecciosa • Distúrbios nutricionais
- Kwashiokor anemia grave, com • Cardiomiopatia dilatada (idiopática) = diagnóstico de exclusão
• Inflamatórias: Miocardite ascite
- Anemia
• Doenças do tecido conjuntivo: LES, sarcoidose - Beribéri

Estágios

Estágio A Estágio B Estágio C Estágio D

Alto risco; Disfunção assintomática; Disfunção sintomática; IC refratária;
- sob risco de ter IC / sem lesões; - com lesão / sem sintomas; - com lesão miocárdica e com - sintomas refratários à terapia clínica máxima requerendo intervenções especializadas;
ex. HAS; ex: HVE e IAM); sintomas atuais ou pregressos; ex: choque cardiogênico;
ex: Insuficiência Cardíaca;

Tratamento Estágios A e B

Vitória Dantas - T83

 Estágio A Estágio B
1) Tratamento de HAS (IA) 1) Uso de IECA
2) Tratamento com estatinas (IA) - Recomendado em portadores de disfunção sistólica assintomática de VE com (IA) e sem história de IAM (IB);
3) Cessação de tabagismo e etilismo (IC) - Considerado em portadores de DAC crônica estável mesmo sem disf sistólica de VE (IIaA)
4) Tratamento de outros fatores de risco (obesidade, 2) Uso de betabloqueadores
disglicemia) (IIaC) - Recomendado em portadores de disf sistólica assintomática de VE com história de IAM (IB)
3) Os pacientes que já tem alguma coronariopatia, para evitar o aparecimento ou desenvolvimento de IC, devem fazer uso contínuo de:
▪Betabloqueador
▪Estatina
▪IECA
▪AAS

Tratamento ICFeR

- Medicamentos utilizados:
* Na doença, ocorre o aumento da ativação do
sistema nervoso simpático -> BB (diminui ação do
SN simpático)
* Sistema RAA -> inibidores do SRAA (IECA, BRA,
ARM)
* Sistema dos peptídeos natriuréticos (aumentar
seus níveis) -> inibidores de neprilisina
Tratamentos que modificam
mortalidade (todos devem ser
prescritos):
o IECA (BRA nos intolerantes aos
IECA)
o Betabloqueadores
o Antagonistas dos receptores
mineralocorticoides (aldosterona)
o Sacubitril/Valsartan
o Inibidores da SGLT-2
Tratamento em pacientes que se • Em paciente com ICFer sintomática faz terapia com IECA e BB (até doses máximas
mantém sintomáticos (prescritos toleradas) e então avalia paciente
em casos selecionados) • Paciente ainda está sintomático e FEVE < 35%
o Inibidores dos canais If - Sim: adiciona espirolactona (até dose máxima tolerada)
(Ivabradina) - Não: sem necessidade de terapias adicionais
o Associação nitrato/hidralazina • Se persiste sintomático e com FEVE <= 35%:
- Se tolera IECA ou BRA tenta substitui-lo por INRA (sacubiltril/valsartan)
Tratamentos que modificam - Se tem ritmo sinusal e QRS >= 130 ms avalia se beneficiaria com um
sintomas ou hospitalizações ressincronizador
(prescritos em casos - Se tem ritmo sinusal e FC >= 70 bpm candidato a ivabradina
selecionados) • Os tratamentos acima podem ser combinados se indicado
o Diuréticos • Se o paciente ainda se mantém com sintomas persistentes considera digoxina,
o Digoxina hidralazina/nitrato ou transplante cardíaco
- Se não, não há necessidade de terapias adicionais
• Se o paciente tem FEVE <= 35% apesar do tratamento otimizado e tem história de
TV/FV sintomática
- implantar CDI (cardiodesfibriladores implantáveis)
• Diuréticos devem ser utilizados em qualquer momento em que o paciente tenha
sinais/sintomas de congestão

Tratamento ICFeR - TRATAMENTOS QUE MODIFICAM MORTALIDADE

IECA Indicações Contraindicações Precauções Drogas Cuidados Solução de problemas

- Potencialmente todos os - História de angioedema - Hipercalemia significativa (K+ > captopril, enalapril, lisinopril, - Checar função renal - Hipotensão

Vitória Dantas - T83

 portadores de IC e com FEVE
< 40% (quanto mais baixa a
fração de ejeção, mais efeito
tem)
- 1ª linha de tto (junto com
BB e ARM)
independentemente da CF
(NYHA)
BRA Indicações
- Pacientes intolerantes a
IECA (como tosse e
angioedema)
BB Indicações
- Potencialmente todos os
portadores de IC moderada
ou severa (FEVE < 40%) (CF
II ou III)
- 1ª linha de tto (junto com
IECA e ARM) em portadores
de IC estável clinicamente;
pacientes com IC grave
também podem se beneficiar
do tto
- Pacientes com FA
Vitória Dantas - T83
- Estenose bilateral das artérias
renais
- Gravidez
Contraindicações
Não tem no slide, mas a gestação é
uma contraindicação.
Contraindicações
- BAV 2° ou 3° grau (na ausência
de marcapasso)
- Isquemia crítica de membro
- Asma brônquica
(contra-indicação relativa) – se um
BB cardiosseletivo (receptores B1)
for utilizado, asma não é
necessariamente uma
contra-indicação absoluta;
*Se for uma asma leve e o paciente
tem IC, usa BB, pois é a melhor
droga da IC
*O bloqueio de receptores B2
causa broncoconstrição
5)
- Disfunção renal significativa (Cr
> 2,5 ou TFG < 30)
- Hipotensão sintomática ou
assintomática severa (PAS < 90)
-> Na IC geralmente os pacientes
são hipotensos
Precauções
- Hipercalemia significativa (K+ >
5)
- Disfunção renal significativa (Cr
> 2,5 ou TFG < 30)
- Hipotensão sintomática ou
assintomática severa (PAS < 90)
-> Na IC geralmente os pacientes
são hipotensos
Precauções
- IC CF IV (NYHA) – pode piorar o
quadro causando choque
cardiogênico
- Exacerbação recente de IC (4
semanas), bloqueio de ramo, FC <
50 bpm
- Hipotensão (PAS < 90)
- Sinais de congestão pulmonar
ou sistêmica (o ideal é aguardar
o momento de “euvolemia”)
- Cuidado com interações
medicamentosas (que diminuem
a condução cardíaca)
> Verapamil e diltiazem (devem
ramipril, tandolapril
- Começa com uma dose inicial e
vai progredindo até chegar numa
dose alvo/otimizada
- Geralmente na prova ele sempre
coloca a dose alvo/otimizada (a
resposta nunca é otimizar a dose)
Drogas
Losartan
Candersartan
Valsartan
Drogas
(não usar proponolol, atenolol...)
- Carvedilol - BB não seletivo
- Succinato de Metoprolol
- Bisoprolol
Metoprolol e Bisoprolol são BB
cardiosseletivos B1 e B2 (coração
e rins)
- Nebivolol
BB cardiosseletivo (age apenas em
beta1) + alfa-1 antagonista
(vasodilatador)
e eletrólitos (cuidado assintomática: raramente
com potássio) requer mudança do
- Iniciar com doses tratamento
baixas - Hipotensão sintomática:
- Dobrar dose a cada 2 avaliar doses de outras
semanas (mais medicações hipotensoras
rapidamente se que não alteram
hospitalizado) prognóstico
- Almejar dose alvo do - Tosse (trocar por BRA e
IECA verificar se não é sinal de
- Monitorização da PA congestão pulmonar)
Cuidados Solução de problemas
- Não foram citadas - Não foram citadas por
por Kleber Kleber
Cuidados Solução de problemas
- Iniciar com doses - Sinais e sintomas de
baixas em pacientes congestão: Aumentar
instáveis - Dobrar dose dose de diurético e
em não menos de 2 reduzir dose de BB pela
semanas (mais metade (se não houver
lentamente em alguns melhora com diurético)
pacientes) - Almejar - Bradicardia (FC < 50):
dose alvo ou maior Avaliar necessidade de
dose tolerada outras medicações que
- Monitorização da FC, geram bradicardia e que
PA e status clínico não alteram prognóstico
(sinais de congestão) (digoxina, amiodarona) /
Se bradicardia
persistente sintomática

ARM Indicações
- Potencialmente todos os
portadores de IC sintomática
persistente; e FEVE ≤ 35%
apesar do tratamento com
IECA (ou BRA) e >
betabloqueadores;
Vitória Dantas - T83
*DPOC não é uma contra-indicação
Contraindicações
- Reação alérgica comprovada à
droga
ser descontinuadas) reduzir dose de BB pela
● BCC não metade - Hipotensão
di-hidropiridínicos não assintomática: raramente
podem ser associados requer mudança do
ao BB, já que também tratamento; o -
têm efeitos inotrópico Hipotensão sintomática:
e cronotrópico avaliar doses de outras
negativos, podendo drogas hipotensoras que
causar BAV. O mesmo não alteram o prognóstico
serve para os outros
fármacos que
diminuem a condução
AV
> Digoxina
> Amiodarona
> Ivabradina
Precauções Drogas Cuidados Solução de problemas
-Hipercalemia significativa (K Espironolactona - Cuidado com - Hipercalemia
>5,0 mmol/L); Dose inicial: 25 mg 1x interações significativa (K
- Disfunção renal significativa (Cr Dose alvo: 50 mg 1x medicamentosas com: >6mmol/L): incomum nos
>2,5 mg/dL ou TFG <30 mL/min); > IECA ou BRA estudos, mais comum na
Diuréticos prática clínica
poupadores de K - Evitar outras drogas
(amilorida) – pois não retentoras de potássio ou
mexe na aldosterona agentes nefrotóxicos
> AINEs (AINEs);
- Checar função renal - Pacientes do gênero
e eletrólitos; o Iniciar masculino podem
com doses baixas desenvolver desconforto
- Dobrar dose após 4-8 mamário ou ginecomastia
semanas
- Exames laboratoriais
(1,4,8,12 semanas após
mudança de dose; após
estabilização de 4/4
meses):
 1) Se K > 5,5 mmol/L
ou Cr > 2,5 mg/dL ou
TGF < 30 mL/min.
Reduzir dose pela
metade e solicitar
novos exames
laboratoriais
2) Se K > 6 mmol/L ou
Cr > 3,5 mg/dL ou TGF
< 20 mL/min.
Suspender ARM
imediatamente

Efeito colateral:
Ginecomastia

INRA Indicações Contraindicações Precauções Drogas Cuidados Solução de problemas

- Recomendado em
substituição do IECA em
pacientes com IC
sintomática persistente e
FEVE <= 35% que se
mantém sintomáticos apesar
do uso de IECA, BB e ARM
- História de angioedema
-Hipercalemia significativa (K
>5,0 mmol/L);
- Disfunção renal significativa (Cr
>2,5 mg/dL ou TFG <30 mL/min);
Sacubitril/Valsartan
Dose inicial: 24/26 mg 12/12h
Dose alvo: 97/103 mg 12/12h
- Checar função renal - Hipotensão
e eletrólitos assintomática: raramente
- Iniciar com doses requer mudança do
baixas tratamento; o -
- Dobrar dose a cada 2 Hipotensão sintomática:
semanas avaliar doses de outras
- Almejar dose alvo do drogas hipotensoras que
Sacubitril/Valsartan não alteram o prognóstico
- Monitorização da PA

iSGLT2 Indicações Contraindicações Precauções Drogas Cuidados Solução de problemas

- Principalmente para
pacientes com diabetes, mas
também funcional em pcts
sem diabetes
- Não foram citadas por Kleber
- Hipercalemia significativa (K
>5,0 mmol/L);
- Disfunção renal significativa (Cr
>2,5 mg/dL ou TFG <30 mL/min);
Empaglifozina - Não foram citadas - Não foram citadas por
Dapaglifozina por Kleber Kleber
Canaglifozina
1) Efeitos metabólicos: diminui
glicose, diminui gordura visceral,
aumenta HDL, baixa triglicerídeos,
aumenta glucagon, diminui sódio
intracelular, diminui biogênese da
mitocôndria
2) Efeitos não metabólicos:
diminui inflamação, estresse

Vitória Dantas - T83


Inibidores dos Indicações
Canais If - - IC sintomática (NYHA II-IV)
Ivabradina e FEVE <=35% com ritmo
sinusal e FC em repouso >=
70 bpm apesar do
tratamento otimizado
*Quanto maior a FC, maior o
benefício da medicação
pacientes com tto da IC e
estão com dose otimizada de
BB e ainda taquicárdico
- 2ª linha de tto (junto com
IECA ou BRA, BB e ARM) em
portadores de IC estável
clinicamente
Hidralazina+Nitrato Indicações
- IC sintomática em
pacientes negros com tto
otimizado e com FEVE <=
35%
- 2ª linha de tto (junto com
BB e ARM em pacientes
intolerantes à IECA ou BRA)
Vitória Dantas - T83
Contraindicações
- Condições de instabilidades
cardiovascular (SCA, AVC ou AIT,
hipotensão severa)
- Disfunção hepática ou renal
severa (TGF < 15 mL/min)
- Gravidez ou lactação
Contraindicações
- Uso de apenas uma droga de
associação
oxidativo e fibrose, diminui PA,
mantém FC, diminui atividade
simpática, diminui rigidez arterial,
diminui volume de plasma, diminui
albuminúria, aumenta função renal
Precauções Drogas Cuidados Solução de problemas
- Classe IV (NYHA) Ivabradina - Iniciar com doses - Bradicardia sintomática
- FC < 50 bpm durante tto Dose inicial: 2,5 mg 12/12h baixas em pacientes > ou FC < 50: redução da
- Interações medicamentosas: Dose alvo: 5 mg 12/12h 75 anos dose ou suspender
BB, digoxina, amiodarona - Dobrar dose após no medicação
mínimo 2 semanas - FA persistente:
- O ajuste da dose suspender medicação
depende da FC de
repouso do paciente
*Se a FC de repouso
entre 50 e 60 bpm:
manter dose; se
começa bradicardia,
reduz a dose
Precauções Drogas Cuidados Solução de problemas
Hipotensão sintomática ou Hidralazina + Nitrato - Iniciar com doses - Bradicardia sintomática
assintomática severa (PAS < 90) baixas em pacientes > ou FC < 50: redução da
75 anos dose ou suspender
- Dobrar dose após no medicação
mínimo 2 semanas - FA persistente:
- O ajuste da dose suspender medicação
depende da FC de
repouso do paciente
*Se a FC de repouso
entre 50 e 60 bpm:
manter dose; se
começa bradicardia,

Diuréticos Indicações
Uso para alívio de
sintomas/sinais de
congestão (dispneia/edema)
- Potencialmente todos os
portadores de IC com
sintomas ou sinais de
congestão,
independentemente da FEVE
- Em portador de ICFeR
devem sempre ser utilizados
junto com as drogas
modificadoras de
prognóstico e até alívio dos
sintomas
- Diuréticos tiazídicos
podem ser utilizados em
pacientes com sintomas
congestivos leves e com
função renal preservada
(maioria dos pacientes
necessitará de diuréticos de
alça)
Digoxina Indicações
Usado para redução do risco
de hospitalização
- IC sintomática (com FEVE
reduzida) a despeito da
terapia médica otimizada
Em geral, é usada quando o
paciente recebendo a
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reduz a dose
Tratamento ICFeR - DROGAS QUE MELHORAM SINTOMAS (MAS NÃO DIMINUEM MORTALIDADE)
Contraindicações Precauções Drogas Cuidados Solução de problemas
- Não indicado se paciente nunca - Hipocalemia (K+ < 3,5) Furosemida - Checar função renal - Associação diurético de
teve sintomas/sinais de congestão - Disfunção renal significativa (Cr Hidroclorotiazida e eletrólitos alça + diurético tiazídico
> 2,5 ou TFG < 30) Indapamida (diabéticos + - Iniciar com doses pode ser utilizada de
- Hipotensão sintomática ou congestão) baixas, contudo doses acordo com a severidade
assintomática severa (PAS < 90) efetivas para perda dos sintomas congestivos
ponderal de 750 a 1 e da função renal
kg/dia - Hipotensão: doses
- Titulação diária das devem ser reduzidas se
doses de acordo com não houver congestão
sintomas/sinais de - Hipocalemia: elevar
congestão, PA e função dose de IECA ou BRA,
renal (pacientes adicionar ARM ou
internados) – para que suplementação K+
o paciente não - Hiponatremia
desenvolva IRA
- Uso crônico de
menores doses
possíveis (para manter
“euvolemia”)
Contraindicações Precauções Drogas Cuidados Solução de problemas
- Não foram citadas por Kleber - a digoxina possui uma faixa Dose preconizada: 0,125 mg - Não foram citadas - Não foram citadas por
terapêutica estreita, com chance 1x/dia por Kleber Kleber
de toxicidade, em especial em:
o Mulheres
o Idosos
o Disfunção renal (TFG < 60)
 terapia plena com as drogas
anteriores (incluindo
diurético) ainda permanece
sintomático
- controle da frequência
ventricular em portadores de
fibrilação atrial (em
pacientes com IC)

Tratamento ICFeR - DROGAS QUE DEVEM SER EVITADAS (CLASSE III) – TTO PODE SER PREJUDICIAL

Paciente com diabetes não podem usar glitazonas
portadores de IC, pois
aumentam risco de piora clínica e hospitalização por IC
- Causam retenção de líquido, que pode piorar a IC
-> não são recomendadas em
AINEs ou Inibidores da COX-2 não são recomendados em portadores de Diltiazem ou Verapamil aumentam risco de piora
IC, pois aumentam risco de piora clínica e hospitalização em IC clínica e hospitalização
- Podem prejudicar a função renal por inibir a síntese de - São inotrópicos negativos e não atuam no SN
prostaglandinas, levando à retenção de água e sódio simpático
- Porém, pode usar anlodipino (BCC
di-hidropiridínicos) – p/ controle da PA, por
exemplo

Tratamento ICFeR - DISPOSITIVOS IMPLANTÁVEIS

Cardiodesfibrilador Usado para reduzir/prevenir Indicações Contraindicações

Vitória Dantas - T83

 implantável (CDI) risco de morte súbita e
mortalidade total
Terapia de Ressincroniza o lado E com o
Ressincronização lado D
cardíaca (TRC) - Envia pequenos pulsos
elétricos a ambas as
câmaras inferiores para
ajuda-las a baterem em um
padrão mais sincronizado
- O assincronismo é
prejudicial para a eficiência
mecânica do coração
- Reduz morbimortalidade e
melhora sintomas
Redução de mortalidade: deve fazer para todos os
pacientes: IECA ou sacubitril/valsartana; BB;
espironolactona; e ISGLT2
- Começa com IECA e BB e depois vai colocando os
outros; ou individualiza o paciente
Vitória Dantas - T83
1) Prevenção secundária (já teve um evento, como taquiarritmia, e vai 1) Classe funcional IV (NYHA) – espera melhorar para poder indicar o desfibrilador:
evitar ter novamente) = pacientes recuperados de taquiarritmia Deve-se pesar os riscos e benefícios, pois trata-se de um paciente grave que
ventricular causando instabilidade hemodinâmica (em pacientes com provavelmente receberão choques com o CDI com muita frequência. Sempre que possível
sobrevida estimada de pelo menos 1 ano) deve-se preferir o transplante cardíaco nesses casos
2) Prevenção primária miocardiopatia isquêmica (FEVE <= 30-35%) e 2) 40 dias iniciais após IAM (ou seja, só é indicado após esses 40 dias iniciais) Fase de
CF II-III NYHA apesar de pelo menos 3 meses de tto clínico otimizado miocárdio atordoado miocárdio pode cair a fração de ejeção logo após o infarto, e após
*Ainda pode-se usar CDI nos pacientes com ICFeR não isquêmica com alguns dias vai se recuperando (então a FE reduzida pode ser temporária; e se não tiver
FE ≤ 35% + classe funcional NYHA II ou III a despeito de tratamento reduzida de forma real, não há benefício do uso do desfibrilador pósinfarto)
farmacológico otimizado por pelo menos 6 meses.
Indicações Contraindicações
1) Portadores de ICFeR sintomática (CF >= II NYHA), FEVE <= 35%, ritmo - QRS < 130 ms (já que não tem dessincronização)
sinusal, BRE (QRS >/= 150ms) e refratário à terapia clínica otimizada
2) Alternativas:
- Portadores de bloqueios não BRE
- BRE com QRS entre 130 e 149 ms (não tem todo o efeito benéfico
quando o QRS é > 150 ms)
- Fibrilação atrial
Tratamento ICFeR - DICAS
Redução de mortalidade/hospitalização por IC em pacientes selecionados: IC avançada – Redução de
1) Hipervolemia = diurético pacientes hospitalização por IC e
2) Ritmo sinusal e BRE (QRS >= 150 ms) TRC/D (desfibrilador) selecionados: melhora da qualidade de
o Ritmo sinusal e BRE (QRS 130-149) ou não BRE (QRS <= 150 ms) = TRC/D (porém evidência cai de Classe I - Transplante cardíaco vida:
para Classe IIa) - DAV como ponte para - Reabilitação
3) Etiologia isquêmica = CDI transplante cardiovascular exercícios
4) Etiologia não isquêmica CDI (porém Classe IIa) de resistência para
5) FA = anticoagulação aumentar a carga
6) FA pode pensar em digoxina (para controle da frequência se estiver elevado mesmo com uso de BB) ou muscular
ablação (nos pacientes refratários)
7) DAC = revascularização miocárdica cirúrgica
 8) Deficiência de ferro = ferro EV
9) Estenose aórtica = TVAO/TAVI
10) Insuficiência mitral = reparo mitral percutâneo
11) Ritmo sinusal e FC > 70 bpm = ivabradina
12) Raça negra = hidralazina/nitrato
13) Intolerância a IECA ou INRA - usa BRA

TRATAMENTO DA IC COM FRAÇÃO DE EJEÇÃO PRESERVADA (ICFeP)

Definição menos clara que a reduzida alguns Diuréticos BRA ou IECA Sacubitril+Valsartan não reduziu Não existem evidencia Ainda não está nas
consideram o ponto de corte de FEVE >= 50% - Alívio da congestão, com melhora - Apena Candesartan demonstrou hospitalização/mortalidade de benefício com uso diretrizes, mas mostra-se
• Em termo de sintomas é igual (diagnóstico clínico), de sintomas de IC melhora de classe funcional - Benefício maior no subgrupo de de BB ou ARM eficiente:
a diferença está no Eco pacientes com FEVE menor Empagliflozin
Nenhuma terapia específica demonstrou - Tendencia à benefício no sexo - Uso de Nebivolol em - bom para diabéticos e
consistentemente redução da mortalidade! feminino idosos parece reduzir ICFeP
- Tratamento para alívio de sintomas hospitalização por IC - Reduz hospitalização,
- tratamento consiste basicamente de: controle da (independentemente mas não é significativo
congestão pulmonar, controle da PA, da FEVE) para mortalidade em
prevenção/tratamento da taquicardia e manutenção pacientes com ICFeP
do ritmo sinusal, tratamento das comorbidades geral
associadas.

Vitória Dantas - T83