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INVESTIGAÇÃO DO CRIME DE ESTUPRO
Coordenação Geral
Dra. Cinara Maria Moreira Liberal
Subcoordenação Geral
Dr. Marcelo Carvalho Ferreira
Coordenação Didático-Pedagógica
Rita Rosa Nobre Mizerani
Coordenação Técnica
Dr. Luiz Fernando da Silva Leitão
Coordenação de Disciplina
Dra. Cinara Maria Moreira Liberal
Conteudista:
Dra. Isabella Franca Oliveira
Produção do Material:
Polícia Civil de Minas Gerais
Revisão e Edição:
Divisão Psicopedagógica - Academia de Polícia Civil de Minas Gerais
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SUMÁRIO
UNIDADE 1
1 NOÇÕES INTRODUTÓRIAS 4
4 A CULTURA DO ESTUPRO 19
UNIDADE 2
UNIDADE 3
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9 CADASTRO NACIONAL DE PESSOAS CONDENADAS POR CRIME DE ESTUPRO 46
11.4 PAPILOSCOPIA 54
12.3 INFOPEN 56
12.7 CELEBRITE 58
13 CONCLUSÃO 61
14 REFERÊNCIAS 63
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UNIDADE 1
1 NOÇÕES INTRODUTÓRIAS
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https://www.politize.com.br/cultura-do-estupro-como-assim/
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reclusão de 2 a 7 anos.
Assim, o estupro previa somente a relação sexual vaginal violenta, na qual
apenas a mulher poderia ser vítima e o homem autor, enquanto o atentado violento
ao pudor tratava dos demais atos libidinosos. Os homens não poderiam ser vítimas
de estupro e sim de atentado violento ao pudor.
Existia uma presunção da violência quando a vítima era menor de quatorze
anos, era alienada ou débil mental e o agente conhecia esta circunstância, ou
quando vítima não podia, por qualquer outra causa, oferecer resistência.
A ação penal dos crimes de estupro era privada, ou seja, estavam
condicionados à iniciativa da própria vítima para investigar e dar início à ação penal,
processando o agressor e tendo que pagar advogado de seu próprio bolso, salvo se
a vítima ou seus pais não pudessem prover às despesas do processo, sem privar-se
de recursos indispensáveis à manutenção própria ou da família, ocasião em que
ação seria pública condicionada à representação.
Quando o crime era cometido com abuso do poder familiar ou da qualidade de
padrasto, tutor ou curador, a ação penal era publicada incondicionada.
Não há dúvidas que a natureza privada dos crimes contra a liberdade sexual,
dentre eles o estupro e atentado violento ao pudor, trazia uma grande impunidade
para os agressores, considerando que a vítima tinha o prazo de seis meses para
oferecimento da queixa crime, o que geralmente não acontecia. Além de ter sofrido
agressão brutal, a vitima tinha que arcar com o ônus de processar e buscar a
condenação do estuprador.
Existia ainda a previsão legal de extinção da punibilidade caso a vítima se
casasse com o autor do estupro. Esta causa de extinção de punibilidade foi extinta
em 2005, pela Lei n.º 11.106/2005. Referida legislação também revogou
determinadas condutas e excluiu expressões como “mulher honesta” e “mulher
virgem” do Código Penal, que tinha conotação nitidamente discriminatória em
relação à mulher.
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Estupro
Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter
conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato
libidinoso:
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos.
o
§ 1 Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima
é menor de 18 (dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos:
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos.
o
§ 2 Se da conduta resulta morte:
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos
O estupro coletivo foi incluído pela Lei n.º 13.718/2018 como causa de aumento
de pena de 1/3 a 2/3, quando a violência sexual é praticada mediante concurso de 2
(dois) ou mais agentes. É aplicado nos crimes de estupro e de estupro de vulnerável.
Infelizmente, os estupros coletivos estão cada vez mais recorrentes no Brasil.
Não é raro nos depararmos com notícias na mídia de casos gravíssimos ou mesmo
durante as investigações policiais de estupro praticado por vários indivíduos. Há
situações em que uma única vítima é estuprada por mais de dez autores e há casos
que a violência é transmitida ao vivo em redes sociais. Em 2016 uma adolescente foi
vítima de estupro coletivo praticado por 30 agressores com vídeos da agressão
divulgados na internet.
Nos casos em que o estupro é praticado por dois ou mais autores, as lesões
sexuais e não sexuais causadas na vítima são muito mais graves, necessitando de
uma reprimenda mais severa.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, no ano de 2016, a cada duas
horas e meia uma mulher foi vítima de estupro coletivo, o que demonstra a
gravidade e frequência deste tipo de crime, que causa grandes danos psicológicos e
físicos à vítima.
É um crime abominável e que vitima inclusive crianças. Recentemente tivemos
um caso no Brasil (MS) de uma criança indígena de 11 anos vítima de estupro
coletivo praticado por cinco autores, dentre eles três adolescentes e dois adultos (um
deles o tio), que a violentaram sexualmente, fizeram que a mesma ingerisse bebida
alcóolica até desmaiar e, posteriormente, a jogaram de um penhasco.
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2.3 ESTUPRO CORRETIVO
A Lei n.º 13.718/2018 incluiu ainda o estupro corretivo como causa de aumento
de pena também de 1/3 a 2/3. Entende-se como estupro corretivo quando a violência
sexual é praticada para controlar o comportamento social ou sexual da vítima.
Ocorre quando o autor pratica a violência sexual contra a vítima em razão da
sua orientação sexual ou identidade de gênero, como nos casos em que o homem
estupra a mulher lésbica como uma forma de ensiná-la a gostar de homens, por
exemplo. Também configura-se estupro corretivo quando a violência é praticada
para controlar comportamento social da vítima.
Nestes casos, a motivação do delito está relacionada com a inconformidade do
autor com a sexualidade ou comportamento social da vítima. Assim, o autor pratica a
violência sexual contra mulheres lésbicas, bissexuais ou homens transexuais como
forma de curar sua sexualidade ou identidade de gênero, ou pratica a violência
sexual em razão da vítima ser profissional do sexo, se realizar com várias pessoas,
controle de fidelidade, modo de vestir, dentre outros comportamentos na sociedade.
De acordo com Rogério Sanches Cunha:
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3 ESTATÍSTICAS E ANÁLISES DE DADOS
Outro dado importante é a faixa etária das vítimas, em sua maioria crianças
na faixa de 10 a 13 anos (28,9%), seguidos de crianças de 5 a 9 anos (20,5%),
adolescentes de 14 a 17 anos (15%) e crianças de 0 a 4 anos (11,3%).
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O próximo gráfico mostra que 60,6% das vítimas tinham no máximo 13 anos
quando sofreram a violência, o que vem se confirmando nos últimos anos. Ao somar
com a faixa etária de 14 a 17 anos, conclui-se que 75,6% dos estupros e estupros de
vulnerável são praticados contra crianças e adolescentes. Estes dados são
alarmantes, pois demonstram que a maioria dos estupros que chegam ao
conhecimento das Autoridades Policiais são praticados contra crianças e
adolescentes, pessoas em desenvolvimento, vulneráveis, que deveriam ser
protegidas pelos familiares, pessoas próximas e por toda a sociedade, mas que
estão sendo vítima de um dos crimes mais graves que existe e que deixa sequelas
por toda a vida.
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Outro dado relevante é que 85,2% dos autores eram conhecidos das vítimas,
quase sempre (96,3%) do sexo masculino, muitas vezes parentes e outras pessoas
próximas que têm livre acesso às vítimas e tornam qualquer denúncia ainda mais
difícil. No Brasil, somente 14,8% dos estupros foram praticados por pessoas
desconhecidas da vítima.
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O próximo gráfico confirma o que é de conhecimento geral. A maior parte das
vítimas de estupro e estupro de vulnerável é do sexo feminino, com 86,9%. De
acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, entre as vítimas do sexo
feminino os registros crescem até atingir o máximo entre meninas de 13 anos. Já
entre as vítimas do sexo masculino, a curva etária tem característica um pouco
diferente, com grande concentração de vítimas até os 9 anos.
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Há uma preocupação de que a subnotificação possa ser ainda maior em
vítimas do sexo masculino, em especial homens adultos, por uma razão cultural,
onde as expectativas sociais sobre masculinidades pesam mais.
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3.1 DADOS ESTATÍSTICOS EM MINAS GERAIS
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Em Minas Gerais, crianças e adolescentes também representam a maior
parte das vítimas de violência sexual, conforme gráfico a seguir:
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Como em todos os outros Estados e no mundo todo, as meninas e mulheres
em Minas Gerais são a maioria das vítimas de crimes sexuais, com 88,5% das
vítimas do sexo feminino. Ao analisar somente os registros de estupro, este número
fica ainda maior com 94,2% de vítimas do sexo feminino. Observa-se que quando a
vítima é criança ou adolescente, a indicência em vítimas do sexo masculino é um
pouco maior, de 14,1% dos registros.
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4 A CULTURA DO ESTUPRO
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https://www.brasildefato.com.br/2016/06/03/crime-no-rio-de-janeiro-reacende-debate-sobre-genero-e-a-cultura-do-estupro
O mesmo documento traz outro tópico da pesquisa, cujo resultado merece ser
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analisado. A pesquisa mostrou que 42% dos homens concordam com a afirmação
de que “Mulheres que se dão ao respeito não são estupradas”, enquanto 63% das
mulheres discordam. É bastante comum que o comportamento de quem foi vítima
seja questionado com base no que se entende serem as formas corretas de “ser
mulher” e “ser homem” no mundo.
São utilizadas justificativas para a conduta do agressor, tais como, “mas ela
estava de saia curta”, “mas ela estava indo para uma festa”, “mas ela não deveria
andar sozinha à noite”, “mas ela estava pedindo”, “mas ela estava provocando”,
“mas ela estava sozinha naquele local”. Este pensamento vem de um discurso
socialmente construído, que considera as próprias mulheres vítimas de agressão
sexual como responsáveis pelo ato praticado pelo agressor.
Vale ressaltar que nenhum argumento deve justificar, minimizar ou normalizar
atos de violência sexual contra homens e mulheres. E nós, servidores públicos e
policiais, temos um papel importante nesta transformação.
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https://www.hypeness.com.br/2016/09/esta-serie-de-mensagens-explica-perfeitamente-o-que-e-a-cultura-do-
estupro/
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UNIDADE 2
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V - identificação e orientação às vítimas sobre a existência de serviços de
referência para atendimento às vítimas de violência e de unidades do sistema de
garantia de direitos;
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crimes sexuais, em regra, não são praticados na presença de testemunhas. Todavia,
questionamentos sobre o comportamento da vítima, que coloquem em dúvida o
relato da mesma ou a responsabilizem pelo ocorrido, não devem ser realizados.
Seguem algumas perguntas que devem ser evitadas durante o atendimento
da vítima de violência sexual, dentre outras:
1) Qual a roupa você estava vestindo?
2) O que você estava fazendo naquele local e naquele horário?
3) Você provocou o (a) autor (a)?
4) O que você fez para ser estuprada (o)?
5) Por que você não contou antes?
6) Por que você não pediu socorro no momento da violência sexual?
7) Por que você não gritou ou reagiu?
8) Você estava bêbada (o)?
9) Você já manteve relação sexual antes?
A vida pregressa da vítima não deve ser questionada. O que será apurado e
investigado é a violência sexual praticada contra a mesma. Não podemos inverter a
lógica das coisas e buscar elementos acerca da vida e comportamento da vítima,
salvo quando tiver por objetivo verificar a (im)possibilidade da mesma oferecer
resistência ou ainda para configurar a prática de estupro corretivo, quando existir
elementos que apontem que a violência foi praticada em razão do comportamento
social da vítima.
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de investigação que deverá ser seguida para coleta das provas. É importante que a
vítima durante o acolhimento sinta-se sempre como vítima e jamais como
responsável ou coautora do evento. Este elo de confiança deve ser sempre mantido
durante as investigações.
Este cuidado também precisa ser observado com as testemunhas próximas,
para que fatos ou informações não sejam omitidos com receio de serem julgadas.
Durante o acolhimento de vítimas adultas, o ideal é deixar que a mesma relate
de forma espontânea a violência sofrida, com o máximo de detalhes possível. Após
o relato inicial, o policial responsável pelo atendimento deverá fazer as perguntas
necessárias para a investigação, como data, horário e local do fato, informações
sobre o autor, atendimento médico anterior ou realização de exame de corpo delito.
Nos casos em que o agressor é desconhecido, o profissional deve coletar
informações detalhadas acerca do autor, com características físicas (altura, cor de
olhos, cabelo, cútis, tatuagens, sinais, cicatrizes), sotaque, vícios de linguagem,
forma, local e horário da abordagem, utilização de armas, utilização de veículos,
dentre outros elementos que auxiliem na sua identificação.
A informação do uso de bebidas alcoólicas ou drogas é relevante para
caracterização do delito, pois pode configurar a prática de estupro de vulnerável.
Todavia, o profissional deverá explicar o motivo da pergunta, de forma a não dar a
impressão de que a vítima foi culpada pela violência sexual em razão do uso de
drogas ou álcool. O responsável pelo atendimento precisa esclarecer que a
informação é relevante para tipificação do delito e solicitação de perícias, caso
necessário, não devendo perguntar diretamente se a vítima estava bêbada ou
drogada sem qualquer contextualização prévia.
Outra informação importante é a possibilidade de encontrar material biológico
nas roupas que a vítima utilizava no momento do fato, que deverá ser coletada para
confrontação genética posterior. O profissional deverá esclarecer o motivo da
pergunta, deixando explícita a finalidade da informação.
Reforça-se a necessidade de saber se a vítima já foi atendida pelo serviço de
saúde para realização de profilaxia, se já foi coletado material biológico para
pesquisa de esperma e exames de comparação da DNA, se foi realizado
abortamento legal.
Mais uma informação relevante é se o autor subtraiu algum pertence da
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vítima, em especial telefones celulares, conforme será estudado posteriormente.
Deve-se perguntar à vítima se o autor filmou o ato sexual. Há casos em que a
violência sexual é filmada pelo autor.
Por fim, vale mencionar que os crimes sexuais são praticados, em regra, na
clandestinidade, ou seja, às ocultas, sem a presença de testemunhas e, muitas
vezes, não deixam vestígios, principalmente quando há a prática de atos libidinosos
diversos da conjunção carnal ou quando há um lapso entre o evento e a
comunicação.
Assim, a palavra da vítima possui especial relevância, desde que esteja em
consonância com as demais provas dos autos. Assim, um acolhimento adequado,
com o máximo de informações colhidas, é imprescindível para uma investigação
bem sucedida, culminando na responsabilização do agressor.
É necessário compreender que os profissionais da segurança pública devem
ser protagonistas na garantia e na promoção da igualdade entre homens e mulheres.
Os policiais civis devem acolher as vítimas de violência sexual, reconhecer a
validade dos seus relatos e valorizar a autonomia da pessoa e o direito ao seu
corpo.
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de antecipação de prova, ou seja, será realizado somente em sede judicial,
conforme artigo 11, §1º, da Lei n.º 13.431/2017.
Portanto, nos casos de violência sexual, a Escuta Especializada poderá ser
realizada nas Unidades Policiais em local reservado, apropriado e acolhedor, por
profissional qualificado.
O art. 19 do Decreto n.º 9.603/2018, que regulamenta a Lei n.º 13.431/2017,
traz as seguintes diretrizes em relação à Escuta Especializada:
Art. 19 - A escuta especializada é o procedimento realizado pelos órgãos da
rede de proteção nos campos da educação, da saúde, da assistência social,
da segurança pública e dos direitos humanos, com o objetivo de assegurar
o acompanhamento da vítima ou da testemunha de violência, para a
superação das consequências da violação sofrida, limitado ao estritamente
necessário para o cumprimento da finalidade de proteção social e de
provimento de cuidados.
§ 1º A criança ou o adolescente deve ser informado em linguagem
compatível com o seu desenvolvimento acerca dos procedimentos formais
pelos quais terá que passar e sobre a existência de serviços específicos da
rede de proteção, de acordo com as demandas de cada situação.
§ 2º A busca de informações para o acompanhamento da criança e do
adolescente deverá ser priorizada com os profissionais envolvidos no
atendimento, com seus familiares ou acompanhantes.
§ 3º O profissional envolvido no atendimento primará pela liberdade de
expressão da criança ou do adolescente e sua família e evitará
questionamentos que fujam aos objetivos da escuta especializada.
§ 4º A escuta especializada não tem o escopo de produzir prova para o
processo de investigação e de responsabilização, e fica limitada
estritamente ao necessário para o cumprimento de sua finalidade de
proteção social e de provimento de cuidados.
https://emais.estadao.com.br/blogs/nana-soares/pesquisa-67-dos-brasileiros-acham-que-violencia-sexual-
acontece-porque-homem-nao-controla-impulsos/
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I - diagnóstico e tratamento das lesões físicas no aparelho genital e nas demais
áreas afetadas;
IV - profilaxia da gravidez;
§ 1º Os serviços de que trata esta Lei são prestados de forma gratuita aos que
deles necessitarem.
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Hospital Julia Kubitschek (rede FHEMIG)
Maternidade Odete Valadares (rede FHEMIG)
Hospital Municipal Odilon Behrens (70% do atendimento)
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Os Kits são distribuídos e recolhidos nos Hospitais credenciados por servidor
da Policia Civil e processados no IML, iniciando assim o processo de investigação
policial do fato.
Encontra-se disponível no material complementar o Procedimento
Operacional Padrão destinado aos hospitais de referência que foram habilitados a
realizar a coleta.
Nos municípios onde não há hospitais de referência habilitados a realizar a
coleta de vestígios, a vítima deve ser encaminhada para atendimento pelo médico
legista o mais rápido possível, garantindo a coleta precoce de vestígios.
Nos casos de violência ocorrida há mais de 10 dias é importante que a vítima
procure a Delegacia de Polícia para registro do REDS e, caso necessário,
encaminhamento para perícia médico-legal presencial. Em Belo Horizonte, a perícia
deverá ser realizada preferencialmente por legistas do setor de Sexologia Forense
que atendem no IML e também em Posto de perícia anexo à Delegacia de Mulheres.
A Lei n.º 13.431/2017 prevê em seu artigo 18, que a coleta, guarda provisória
e preservação de material com vestígios de violência serão realizadas pelo Instituto
Médico Legal (IML) ou por serviço credenciado do sistema de saúde mais próximo,
que entregará o material para perícia imediata.
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6.2 INTERRUPÇÃO DA GESTAÇÃO
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ocorrência policial. De acordo com o documento Aspectos Jurídicos do Atendimento
às Vítimas de Violência Sexual, o serviço de saúde deve estar estruturado para
acolher a mulher vítima de crime sexual e, mediante os procedimentos adequados
(anamnese, exames clínicos e outros, verificação da idade gestacional, entrevistas
com psicólogos e assistentes sociais, etc.), formar o seu convencimento sobre a sua
ocorrência. Aliás, a palavra da mulher que busca assistência médica, afirmando ter
sido vítima de um crime sexual, há de gozar de credibilidade e, pelo menos para o
serviço de assistência, deve ser recebida com presunção de veracidade.
Os policiais devem ter conhecimento do fluxo para abortamento legal do
município que trabalham para realizar o encaminhamento adequado, quando
necessário.
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violência sexual, após fazer uso de bebidas. Existem as chamadas “drogas de
estupro” também conhecidas por “boa noite, Cinderela”, que são utilizadas
especialmente em festas e associadas a bebidas, que atuam no sistema nervoso
central e deixam a pessoa sem consciência dos seus atos.
É possível solicitar a Avaliação Psicológica da vítima para demonstrar a
existência de enfermidade ou doença mental que impossibilitava o necessário
discernimento para a prática do ato.
https://www.notibras.com/site/ghb-a-droga-usada-no-estupro-se-espalha-entre-os-latinos/
UNIDADE 3
Depois da análise inicial dos vestígios da vítima pelo Instituto Médico Legal,
os mesmos serão encaminhados ao Instituto de Criminalística para pesquisa de PSA
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e análise de material genético, que é realizada pela Seção Técnica de Biologia e
Bacteriologia Legal.
Sempre deve ser encaminhada a amostra referência da vítima (Suabe oral,
sangue, tecidos moles ou rígidos coletados diretamente da vítima) e, quando a
mesma tiver mantido relação sexual consentida, deve-se coletar a amostra exclusão
do parceiro da mesma.
Quando existe uma suspeita de autoria, deve-se coletar material genético do
suspeito, com suabe oral ou sangue coletados diretamente do mesmo,
acompanhado da autorização para coleta de material biológico do investigado. O
modelo de autorização encontra-se no material complementar.
A coleta de material biológico poderá ser realizada de segunda à sexta-feira,
de 8 às 17 horas, na Divisão de Laboratório do Instituto de Criminalística/MG -
Seção Técnica de Biologia e Bacteriologia Legal, bem como no Instituto Médico
Legal, Postos Médicos Legais, órgãos de saúde ou ainda, quando utilizados
dispositivos próprios para coleta de material oral, em unidades policiais e unidades
prisionais.
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É possível realizar a coleta de material genético através de objetos usados e
dispensados pelo suspeito, como copos descartáveis, talheres utilizados e
dispensados, vestes, cigarros utilizados, dentre outros. A citada coleta independe de
ordem judicial.
O Superior Tribunal de Justiça já decidiu que não há que falar em violação à
intimidade, já que o investigado, no momento em que dispensou o copo e a colher
de plástico por ele utilizados em uma refeição, por exemplo, deixou de ter o controle
sobre o que lhe pertencia (saliva que estava em seu corpo). Ainda de acordo com o
egrégio tribunal, inexiste violação do direito a não autoincriminação, pois, embora o
investigado, no primeiro momento, tenha se recusado a ceder o material genético
para análise, o exame do DNA foi realizado sem violência moral ou física, utilizando-
se de material descartado pelo paciente, o que afasta o apontado constrangimento
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ilegal (STJ. HC n. 354068, julgado em 13/3/2018. Relator: Min. Reynaldo Soares da
Fonseca).
Inclusive há a Recomendação n.º 04/2018 do Ministério Público do Estado do
Maranhão que, nos casos de recusa do preso em fornecer material genético, orienta:
b) Nas hipóteses em que o agente se recusar a fornecer o material
biológico, adotar as seguintes medidas alternativas, estabelecidas pelo
Instituto Nacional de Criminalística, as quais serão sempre acompanhadas
por perito, a fim de evitar a contaminação do material e documentadas na
cadeia de custódia: I) utilizar material biológico coletado em eventuais
exames de saúde feitos no indivíduo custodiado; ou II) de objetos pessoais
– escovas de cabelo, copos ou talheres usados, roupas íntimas, entre
outros, coletados em ambiente isolado e/ou controlado; ou III) realizar a
busca e apreensão, mediante prévia autorização judicial, de objetos
pessoais – esta última hipótese de aplicação mais restrita.
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de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). No caso de indivíduos menores ou
inimputáveis, o TCLE deve ser assinado pelo(a) representante legal.
O Delegado de Polícia deve informar quando se tratar de abuso no meio
familiar, pois referida informação é importante para orientação das análises.
Encontra-se disponível no material complementar o Manual de Coleta de
Evidências Biológicas, com procedimentos e cuidados exigidos para a coleta de
materiais biológicos para pesquisa de esperma, sangue humano e análise de DNA
na Seção Técnica de Biologia e Bacteriologia Legal do Instituto de Criminalística de
Minas Gerais. Este manual poderá auxiliar os policiais durante a investigação dos
crimes de estupro.
Com a Lei n.º 12.654/2012, o Brasil passou a contar com um banco cadastral
nacional criado, especificamente, para inserção do perfil genético de determinados
indivíduos.
Referida legislação incluiu a coleta de material biológico para obtenção de
perfil genético como forma de identificação criminal e instituiu o banco de dados de
perfis genéticos, conforme artigos seguintes, que foram incluídos na Lei n.º
12.037/2009, que trata da identificação criminal:
“Art. 5º-A. Os dados relacionados à coleta do perfil genético deverão ser
armazenados em banco de dados de perfis genéticos, gerenciado por
unidade oficial de perícia criminal.
§ 1º As informações genéticas contidas nos bancos de dados de perfis
genéticos não poderão revelar traços somáticos ou comportamentais das
pessoas, exceto determinação genética de gênero, consoante as normas
constitucionais e internacionais sobre direitos humanos, genoma humano e
dados genéticos.
§ 2º Os dados constantes dos bancos de dados de perfis genéticos terão
caráter sigiloso, respondendo civil, penal e administrativamente aquele que
permitir ou promover sua utilização para fins diversos dos previstos nesta
Lei ou em decisão judicial.
§ 3º As informações obtidas a partir da coincidência de perfis genéticos
deverão ser consignadas em laudo pericial firmado por perito oficial
devidamente habilitado.”
“Art. 7º-A. A exclusão dos perfis genéticos dos bancos de dados ocorrerá no
término do prazo estabelecido em lei para a prescrição do delito.”
“Art. 7º-B. A identificação do perfil genético será armazenada em banco de
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dados sigiloso, conforme regulamento a ser expedido pelo Poder
Executivo.”
45
O Banco Nacional de Perfis Genéticos foi regulamentado pelo Decreto n.º
7.950/2013, que instituiu a Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos, que tem
como objetivo permitir o compartilhamento e a comparação de perfis genéticos
constantes dos bancos de perfis genéticos da União, dos Estados e do Distrito
Federal.
O Banco Nacional de Perfis Genético possui duas finalidades declaradas,
quais sejam, permitir a identificação de pessoas desaparecidas e contribuir para a
elucidação de crimes. Vale mencionar que há uma separação entre os materiais
genéticos em listas cadastrais distintas a depender da finalidade a que se destina,
não se admitido que o material genético coletado para fins de identificação de
pessoas desaparecidas seja empregado para fins criminais.
Nosso Banco Nacional de Perfis Genéticos está em ascensão, ultrapassando
a marca de 100 mil perfis cadastrados, com cerca de 75 mil condenados e 16 mil de
vestígios de local de crime. Somente no ano de 2020 foram investidos mais de 80
milhões de reais no trabalho de perfis, tendo o banco auxiliado em mais de duas mil
investigações no Brasil. Todavia, ainda é um quantitativo pequeno, considerando
outros países, pois, a título de exemplo, a China possui um banco de dados com
mais de cinco milhões de perfis genéticos cadastrados.
Com as informações cadastradas no banco, é possível apontar a autoria de
crimes sem solução, além de comprovar a inocência de suspeitos e interligar um
caso com outras investigações das demais esferas policiais, funcionando, assim,
como uma ferramenta eficiente para resolver crimes sexuais. Também pode ser
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utilizado em qualquer investigação que o autor deixe material biológico no local ou
objetos do crime.
O Pacote Anticrime, Lei n.º 13.964/2019, alterou o art. 9º-A da Lei de Execução
Penal, Lei nº 7.210/1984, para a seguinte redação:
Art. 9º-A. O condenado por crime doloso praticado com violência grave
contra a pessoa, bem como por crime contra a vida, contra a liberdade
sexual ou por crime sexual contra vulnerável, será submetido,
obrigatoriamente, à identificação do perfil genético, mediante extração de
DNA (ácido desoxirribonucleico), por técnica adequada e indolor, por
ocasião do ingresso no estabelecimento prisional.
o
§ 1 A identificação do perfil genético será armazenada em banco de dados
sigiloso, conforme regulamento a ser expedido pelo Poder Executivo.
§ 1º-A. A regulamentação deverá fazer constar garantias mínimas de
proteção de dados genéticos, observando as melhores práticas da genética
forense.
o
§ 2 A autoridade policial, federal ou estadual, poderá requerer ao juiz
competente, no caso de inquérito instaurado, o acesso ao banco de dados
de identificação de perfil genético.
§ 3º Deve ser viabilizado ao titular de dados genéticos o acesso aos seus
dados constantes nos bancos de perfis genéticos, bem como a todos os
documentos da cadeia de custódia que gerou esse dado, de maneira que
possa ser contraditado pela defesa.
§ 4º O condenado pelos crimes previstos no caput deste artigo que não
tiver sido submetido à identificação do perfil genético por ocasião do
ingresso no estabelecimento prisional deverá ser submetido ao
procedimento durante o cumprimento da pena.
§ 5º A amostra biológica coletada só poderá ser utilizada para o único e
exclusivo fim de permitir a identificação pelo perfil genético, não estando
autorizadas as práticas de fenotipagem genética ou de busca familiar.
§ 6º Uma vez identificado o perfil genético, a amostra biológica recolhida
nos termos do caput deste artigo deverá ser correta e imediatamente
descartada, de maneira a impedir a sua utilização para qualquer outro fim.
§ 7º A coleta da amostra biológica e a elaboração do respectivo laudo serão
realizadas por perito oficial.
§ 8º Constitui falta grave a recusa do condenado em submeter-se ao
procedimento de identificação do perfil genético.
Grande parte dos estupros tem autoria conhecida, como estudado ao longo
deste curso. Assim, cabe aos policiais a reunião de elementos que comprovem a
materialidade delitiva, pois a autoria já está definida.
Os crimes de estupro são, em regra, praticados na clandestinidade, isto é,
longe dos olhos de testemunhas. Assim, raras às vezes nos deparamos com
testemunhas presenciais da violência sexual ao longo da investigação.
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Podem ser arroladas como testemunhas a primeira pessoa que tomou
conhecimento do fato após relato da vítima, e, especialmente nos crimes cuja vítima
é criança ou adolescente, pessoas que notaram alteração de comportamento da
mesma.
A realização de exame de corpo delito é importantíssima quando a infração
deixa vestígios, ainda que a violência tenha ocorrido há algum tempo. Podemos
exemplificar a situação de uma criança de dez anos que noticia a prática de violência
sexual por parte de um familiar que ocorre há alguns anos, ou seja, uma violência
sexual crônica. Caso o exame médico legal constate a ruptura do hímen da mesma,
teremos um elemento probatório muito relevante.
Há situações de violência sexual que a perícia não conseguirá auxiliar, visto
que existem atos libidinosos que não serão constatados através de exames
médicos, como o toque em partes íntimas da vítima, dentre outros.
Caso exista algum vídeo, áudio ou imagem que comprove a violência sofrida,
as mídias devem ser arrecadadas, analisadas pela equipe de investigação e,
posteriormente, encaminhadas à perícia.
A Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente apurou
um estupro de vulnerável no qual a própria vítima filmou os atos libidinosos
praticados pelo tio com o objetivo de provar o fato, visto que os demais familiares
não acreditavam no seu relato.
Em relação aos crimes cuja autoria é desconhecida, que representa
aproximadamente 15% dos registros de estupro e estupros de vulnerável, algumas
diligências podem ser realizadas com o objetivo de localizar e qualificar o autor da
violência sexual.
São diligências que podem auxiliar na qualificação do autor:
Comparecer ao local do fato e refazer o trajeto realizado pelo autor do
estupro antes, durante e depois da abordagem da vítima, com o
objetivo de localizar câmeras de segurança, imagens, objetos
dispensados pelo autor ou vítima, dentre outros;
Imagens arrecadadas podem auxiliar na identificação do autor, com
características físicas do mesmo, vestimentas, uso de armas, placas
de veículos ou outras circunstâncias que auxiliem na identificação do
autor;
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A equipe de investigação deverá questionar a vítima se foi levado
algum pertence no momento da violência sexual, em especial telefone
celular. Caso o telefone da vítima tenha sido subtraído, em alguns
casos é possível rastreá-lo pela conta cadastrada ou por aplicativos
instalados anteriormente, levando à localização do autor.
Caso não seja possível, deve-se obter o IMEI do aparelho. Muitas
vezes os autores dispensam o chip telefônico da vítima, mas utilizam o
aparelho com outro chip ou repassam para terceiros. Desta forma, de
posse do IMEI, é possível solicitar junto às operadoras os eventuais
telefones cadastrados naquele IMEI e chegar à qualificação do autor.
Se necessário, poderá ainda ser solicitada autorização judicial para
interceptação daquela linha telefônica;
Pode ser necessário, por exemplo, solicitar informações de dados
cadastrais a empresas locadoras de veículos, aplicativos de
transportes, outros aplicativos que possam ter sido utilizados para
contato com a vítima ou até mesmo a abordagem da vítima.
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crime de estupro e estupro de vulnerável, além do exame de corpo delito da vítima,
pesquisa de espermatozoide e análise de material genético, que foram amplamente
abordados neste curso. Além das espécies de exame aqui comentadas, existem
muitos outros tipos de perícia e equipamentos que poderão auxiliar em investigações
criminais.
Encontra-se disponível no material complementar uma apresentação com os
tipos de perícia realizadas pela Seção Técnica de Perícias em Áudio, Vídeo e
Fonética Forense e Seção Técnica de Perícias em Crimes Informáticos, Fraudes e
Similares que diversos exames realizados pelas respectivas seções.
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importante para realização do retrato falado.
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São fatores que dificultam a realização do exame pericial:
Peça padrão ou peça motivo com baixa resolução;
Distância da câmera ao indivíduo;
Posicionamento do indivíduo na peça padrão muito diverso da peça motivo;
Utilização de adereço/acessório que dificulte a visualização do rosto do
individuo;
Captura de imagens da tela do monitor;
Lapso temporal entre a peça padrão e peça motivo.
11.4 PAPILOSCOPIA
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A Papiloscopia estuda a identificação humana pelas digitais, presentes nas
palmas das mãos e na sola dos pés. O exame tem por objetivo identificar indivíduos
através da impressão digital deixada num local de crime, que é uma prova
incontestável da indicação da presença do indivíduo ou até mesmo da autoria do
delito.
O exame procura identificar pontos suficientes na impressão papilar
verificada, por tanto, pode ser feita em fragmentos datiloscópicos, se houver pontos
suficientes para confirmação. Atualmente a verificação pode ser feita em vários
materiais como, por exemplo, papel, fita adesiva, luvas, arma de fogo, etc.
Outra importante informação é que a verificação pode ser feita pelas impressões
papilares da palma das mãos e pés e não somente pela impressão dos dedos das
mãos. Deve ser indicado o indivíduo suspeito que o fragmentado encontrado deverá
ser comparado.
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Serão trazidas algumas ferramentas tecnológicas que podem auxiliar a
investigação do crime de estupro e estupro de vulnerável.
12.3 INFOPEN
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Sistema da Subsecretaria de Administração Penitenciaria utilizado para as
rotinas administrativas nas cadeias e presídios de todo o Estado. Conta com um
sistema elaborado com vários dados que podem subsidiar investigações criminais de
todas as espécies.
Este sistema conta com fotos de todos os detentos do Estado, bem como a
foto e registros biométricos de parentes e visitantes cadastrados como contato do
detento, data das visitas e nível de contato entre eles.
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12.5 DISQUE DENUNCIA – 181
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12.7 CELEBRITE
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- Endereço
•Reservas e registros de viagens (artigo 16): podem ser obtidos diretamente,
pela polícia ou MP, pelo prazo de 5 (cinco) anos, junto às empresas de transporte.
•Registros de identificação dos números dos terminais de origem e de destino
das ligações telefônicas internacionais, interurbanas e locais (artigo 17): podem ser
obtidos diretamente, pela polícia ou MP, pelo prazo de 5 (cinco) anos, junto às
concessionárias de telefonia fixa ou móvel.
Já a interceptação comunicações telefônicas, de qualquer natureza, para
prova em investigação criminal e em instrução processual penal, dependerá de
ordem do juiz competente da ação principal, sob segredo de justiça, conforme
previsto na Lei nº 9.296/1996, que também aplica-se à interceptação do fluxo de
comunicações em sistemas de informática e telemática.
Cada operadora de telefonia vincula as interceptações implementadas na sua
plataforma VIGIA. Deste modo, temos VIGIA disponíveis das operadoras OI, TIM,
VIVO, CLARO, ALGAR/CTBC e NEXTEL.
As plataformas INFOGUARD, MÓDULO SENHA e PORTAL JUD são
soluções das operadoras de telefonia para as rotinas de tratamento de dados em
interceptações telefônicas e quebra de sigilo telefônico e telemático.
No INFOGUARD, utilizado pela operadora TIM, e no MÓDULO SENHA, que
está disponível no VIGIA das operadoras CLARO, CTBC/ALGAR e NEXTEL, são
solicitados os dados cadastrais de linhas telefônicas e IMEIs envolvidas naquela
operação, bem como registro de chamadas telefônicas e ERBs pretéritas e em
tempo real.
Já no PORTAL JUD desenvolvido pela operadora de telefonia VIVO são
solicitados dados cadastrais de terminais e de IMEIs vinculado a terminais destas
operadoras e outras informações relacionadas a cadastro de dados mantidos por
ela.
Cabe ressaltar que a operadora de telefonia OI não mantém uma plataforma
para esse tipo de solicitação, vindo a receber e responder os pedidos das
autoridades através de e-mail próprio.
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13 CONCLUSÃO
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14 REFERÊNCIAS
CUNHA, Rogério Sanches. Lei 13.718/18: Introduz modificações nos crimes contra a
dignidade sexual. 2018. Disponível em:
<https://meusitejuridico.editorajuspodivm.com.br/2018/09/25/lei-13-71818-
introduzmodificacoes-nos-crimes-contra-dignidade-sexual/>.
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