Você está na página 1de 87

ALTERÇÕES CARDIOVASCULARES

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
Introdução

U. T. I. Tecnologia

Equipe Multidisciplinar

Profissional Enfermeiro
 Conhecimento científico
 Capacidade de uso de
novas tecnologias

 Valorização do cuidado

 Humanização
Promovem a arte da
ciência, do profissional
enfermeiro e equipe, no
cuidado da criança
(crítica ou não).
DOENÇA CARDIACA CONGÊNITA

 Conceito

É uma malformação estrutural do coração ou dos grandes


vasos presentes no decorrer do nascimento,
podendo ser único ou uma combina- ção de defeitos.
DOENÇA CARDIACA CONGÊNITA

Não são raras.

Mortalidade em regiões mais pobres mascarada.

Incidência (OMS):
0,8% em países desenvolvidos.
1,2% em países em vias de desenvolvimento.
Valor médio de 1% para Brasil e América Latina.

Afetam todas as camadas sócio-econômicas.


Circulação Fetal

Shunts:

1. Placenta

2. Ductu Venoso

3. Foramen Oval

4. Ductu Arterioso
Circulação
Neo-Natal
CIRCULAÇÃO FETAL CIRCULAÇÃO NEONATAL
Fazendo contato como meio externo .
Grande e Pequena Circulação
ANATOMIA DO CORAÇÃO
CIRCULAÇÃO SANGUINEA
MECANISMO ELÉTRICO
CARDIOPATIAS CONGÊNITAS

CLASSIFICAÇÃO

I - Cardiopatias Congênitas
Cianogênicas
Acianogênicas

II - Cardiopatias Adquiridas
CLASSIFICAÇÃO DAS ANOMALIAS
Acianótica

Shunt E D- hiperfluxo pulmonar

1-Defeitos com fluxo pulmonar aumentado


CIA (comunicação interatrial)
CIV ( comunicação interventricular)
PCA (persistência do canal arterial)
CIV
• Pressão do VE maior que do VD
• Hiperfluxo Pulmonar
• Repercussão Hemodinamica importante
- perda de peso
- cansaço – taquidispnéia
- risco de aspiração durante as mamadas
- Taquicardica
- cirurgia 3º ou 4º mês de vida
CARDIOPATIAS CONGÊNITAS
COMUNICAÇÃO INTERVENTRICULAR (CIV)
CARDIOPATIAS CONGÊNITAS
COMUNICAÇÃO INTERVENTRICULAR (CIV)

Classificado como perimembranosos, musculares, de via de saída e de via de


entrada de acordo com a posição anatômica e tamanho.
CIA
• Pressão do AE maior que do AD
• Sobrecarga do lado D do coração
• Hiperfluxo pulmonar
• Repercussão hemodinâmica
• Diagnóstico demorado – gestação
• Indicação cirúrgica 3 a 4 a de vida
• Cirurgia intervencional - CATE
CARDIOPATIAS CONGÊNITAS
COMUNICAÇÃO INTERATRIAL (CIA)
CARDIOPATIAS CONGÊNITAS

COMUNICAÇÃO INTERATRIAL (CIA)


•Ostium secundum ( mais comum),
•Ostium primum (associado com malformações da válvula mitral)
•Sinus venosus .
Oclusão Intracardiaca
Defeito do septo Atrial

Clockwise from above:


Transcatheter delivery of
Amplatzer device, which is
positioned across the atrial
septal defect

Left: Amplatzer device in place


PCA

• Estrutura necessária na vida intra uterina


• Repercussão hemodinâmica importante
• Patologia específica de neonatologia
• Predispõe a doenças infecciosas
• Uso de endometacina para fechar o canal
• Cirurgia intervencionista – CATE
• Cirurgia convencional
PCA
CARDIOPATIAS CONGÊNITAS
PERSISTÊNCIA DO CANAL ARTERIAL (PCA)
Oclusão Intracardiaca
Embolização vascular do Shunt da PCA por Coil

Left, top: Catheter crosses the PDA


from the aortic side and delivers a coil.
Left, bottom: Withdrawal of catheter, leaving
coil in PDA
CARDIOPATIAS CONGÊNITAS
PERSISTÊNCIA DO CANAL ARTERIAL (PCA)
DSAV

• Comum nas cças com Sd Down


• Repercussão Hemodinâmica
• BCP Repetição
• Cirurgia no 1º trimestre de vida
• Baixo Peso
Defeito do septo atrio - ventricular total

4
1
3
2

1. Atrial septal defect, primum type.


2. Inlet (type III) ventricular septal defect.
3. Cleft and deformity of tricuspid valve.
4. Cleft and deformity of mitral valve.
Defeito do septo atrio - ventricular total
Acianótica

Defeitos com fluxo pulmonar normal

Estenose Valva Aortica

Estenose Valva Pulmonar

Coarctação da Aorta
Valvoplastia pulmonar com balão

Left: Arrow indicates stenotic pulmonary valve


COARCTAÇÃO DE AORTA
•5% a 10% de todas as CC
•Constricção localizada da aorta, próximo ao sítio de inserção do ducto arterioso,
denominado região justaductal
•Estreitamento localizado na área oposta ao ducto arterioso ou por uma área mais
extensa
•Aumento da pós-carga e trabalho do VE
•Diminuição do suprimento sanguíneo para os órgão abdominais
•Baixo débito cardíaco, congestão e edema pulmonar
•Pressão aórtica alta na região proximal á constricção e baixa nas regiões distais
CARDIOPATIAS CONGÊNITAS
COARCTAÇÃO DE AORTA ( CoAo)
COAO

•Insuficiência Cardíaca

•Hipertensão Arterial

•Hipertrofia do VE

•Aneurisma Cerebrais

•↓ dos pulsos em MMII


COARCTAÇÃO DE AORTA ( COAO)
Conduta Clínica:
Depende da severidade da coarctação, sintomatologia, grau de congestão cardíaca
e circulação sistêmica
Utilização de diuréticos, digoxina, inotrópicos e antihipertensivos
Conduta Cirúrgica:
Dilatação com balão como intervenção primária é controvérsia
Colocação de stent após dilatação para não ocorrer recoarctação é aceitável
Toracotomia á E, anastomose término –terminal, utilização de patch prostético ou
plástia com a subclávia.
Anglioplastia - COAO

Illustrations showing (left) uninflated and (right) inflated angioplasty balloon


positioned within coarctation of the descending aorta
Stent Intravascular - COAO

Left: uninflated angioplasty balloon and stent within coarctation


Middle: expansion of balloon and stent
Right: deflation of balloon leaving stent wide open
CARDIOPATIAS CONGÊNITAS
COARCTAÇÃO DE AORTA
COAO- Correção hemodinâmica
Principais Intercorrências nas
Cardiopatias Acianogênicas

♥- Infecções de Repetição
♥- Desnutrição
♥- ICC
♥- Baixo Débito Cardíaco
♥- Choque Cardiogênico
Assistência Enfermagem
♥- Reduzir a demanda de oxigênio
♥- Reduzir o desconforto respiratório
♥- Melhorar a oxigenação tecidual
♥- Melhorar a contratibilidade cardíaca
♥- Parâmetros e controles
♥- Avaliação de balanço hídrico
♥- Nutrição
♥- Evitar infecções
♥- Reduzir ansiedade
♥- Cuidado no transporte
♥- Apoio a família
 CIANÓTICA

Shunt D E com hipofluxo pulmonar

Defeitos com fluxo pulmonar diminuído

T4F (Tetralogia de Fallot


AT ( Atresia da Tricúspide)
TETRALOGIA DE FALLOT (T4F)
8% a 10% de todas as CC e é a lesão cianótica mais comum no primeiro ano de vida

4 alterações: CIV, estenose pulmonar ( infundibular, valvular ou supravalvular),


acavalgamento da aorta e hipertofia de VD secundária á estenose de pulmonar;

Alteração do septo ventricular durante o desenvolvimento fetal provoca 3 das 4


características da doença

Shunt D-E

Sangue desaturado na circulação sistêmica.


CARDIOPATIAS CONGÊNITAS
TETRALOGIA DE FALLOT (T4F)
Tetralogia de Fallot
TETRALOGIA DE FALLOT (T4F)
Conduta Clínica

•Rn sintomático necessita de infusão contínua de PGE1;


•Intervenção paliativa ou definitiva é necessária nos primeiros dias de vida;
•Monitorização da piora dos sinais e sintomas de hipoxêmia;
•Tratamento imediato para anemia e desidratação;
•Monitorização intensiva para os episódios de hipercianose;
TETRALOGIA DE FALLOT (T4F)
Conduta Cirúrgica:

•Procedimento paliativo

•Reparo cardíaco definitivo de acordo com protocolos institucionais, defeitos


anatômicos associados, peso e gravidade dos sintomas;

•Intervenção definitiva requer bypass cardiopulmonar;

•Intervenção paliativa através do procedimento de Blalock-Taussig modificado;

•Shunt arterio sistêmico-pulmonar para aumentar o fluxo sanguíneo pulmonar.


TETRALOGIA DE FALLOT - T4F

• CIANOSE IMPORTANTE
• CRISE HIPOXÊMICA
• INTOLERÂNCIA A ESFORÇOS
• MAL CONVULSIVO – COMA
• CIRURGIA DE EMERGÊNCIA
• CORREÇÃO TOTAL
CARDIOPATIAS CONGÊNITAS
TETRALOGIA DE FALLOT (T4F)
Reparações na T4F

Fístula modificada de Cierre de CIV con


Fístula central ampliación del
Blalock-Taussig con
aorto-Pulmonar tracto de salida VD
tubo de Gore-Tex
Defeitos com fluxo pulmonar misto

TGA (Transposição das grandes artérias)

TAC (Truncus arteriosus comunis)


TRANSPOSIÇÃO DE GRANDES ARTÉRIAS
( TGA)
•5% a 7% de todas as CC;
•Sexo masculino
•Cerca de 45% com CIV associada
•Septação e rotação inadequada dos vasos na vida fetal provocam tal anomalia;
•Circulação sistêmica e pulmonar são isoladas em paralelo;
•Dependência da mistura dessas duas circulações através das estruturas fetais (
ducto arterioso e forâmen oval).
TRANSPOSIÇÃO DAS GRANDES ARTÉRIAS
TGA

• Necessita de circulação paralela


• Cianose severa após 6hs de vida
• Iniciar prostaglandina – prostin
• Cirurgia intervencionista – Raskind
• Cirurgia de Jatene
• Cirurgia Senning
CARDIOPATIAS CONGÊNITAS
TRANSPOSIÇÃO DE GRANDES VASOS (TGV)
Transposição de Grandes Artérias
Transposição de Grandes Arterias (TGA)

5% de las cardiopatías congénitas.


TGA – circulação em paralelo
CARDIOPATIAS CONGÊNITAS

TRANSPOSIÇÃO DE GRANDES VASOS (TGV)

Conduta Cirúrgica:
Procedimento de Rashkind: Septostomia atrial por balão
Procedimento de Rashkind: Septostomia
atrial por balão

Rashkind-Miller catheter
Illustration courtesy Edwards Lifesciences Corp.
CARDIOPATIAS CONGÊNITAS
TRANSPOSIÇÃO DE GRANDES VASOS (TGV)
Tronco Arterioso Común

1 Tronco arterial -
arterias pulmonares e aorta ascendente.

2 Válvula troncal, as vezes quadricúspide,


1 estenótica ou insuficiente.
Acavalgamento do tronco arterial
sobre a comunicação interventricular.
2
3 3 CIV grade.
Truncus Arteriosus
Truncus Arteriosus

2
3

1. Pulmonary arteries arise from aorta.


2. Truncal valve, occasionally quadracuspid,
stenotic and or insufficient.
Overrides the ventricular septal defect.
3. Ventricular septal defect, large
ATRESIA PULMONAR

• Emergência neonatal
• Canal dependente
• CIA
• Shunt D E
• Cianose severa
ATRESIA PULMONAR

Normal Heart 1) Atretic Pulmonary Valve


ATRESIA PULMONAR

2
ATRESIA DA TRICUSPIDE

• Não tem passagem do AD-VD


• VD Hipoplasico
• CIA – CIV obrigatória
• Cirurgias paliativas
• Cianose severa
Atresia Tricuspídea

1. Válvula tricuspíde atrésica .

2. Ventrículo direito hipoplásico.

3. Comunicação interventricular.

4. Comunicação interatrial.

5. Estenose pulmonar.
ATRESIA TRICUSPIDE
ATRESIA TRICUSPIDE
CIRURGIA PALIATIVA

Fístula de Blalock- Taussig Circulação na


Modificada atresia tricuspídea
Blalock-Taussig
CIRURGIAS

• EMERGÊNCIA
BLALOCK TAUSSIG

• GLENN
Veia cava superior D ligada a artéria pulmonar D
FONTAN

- Fluxo das cavas são direcionados p/ o


pulmão
- Artérias pulomonares de bom tamanho
- Pressão pulmonar baixa
- Anticoagulação rigorosa
Principais Intercorrências nas
Cardiopatias Cianogênicas
♥- Crise Hipoxêmica
♥- Desidratação
♥- Hipoglicemia
♥- Poliglobulia
♥- Anemia
♥-Infecções
♥-Taquiarritmias
♥- ICC
ASSISTÊNCIA DE ENFERMGEM

♥- Aumentar rapidamente o aporte de oxigênio


♥- Reter a criança ao leito
♥- Avaliar grau de hidratação
♥- Análise da glicemia capilar
♥- Sinais de acidose metabólica
♥- Administrar beta bloqueadores
♥- Sedação cpm
♥- Avaliar Sinais de Insuficiência Respiratória
♥- Ventilação Mecânica
♥- Apoio a Família
Profissional Enfermeiro
 Executarplano de cuidados criterioso, para
melhor desempenho da equipe e maior sucesso
do tratamento.

 Conscientizar a equipe multidisciplinar


quanto ao uso de critérios para agrupar pacientes
de acordo com:
- grau de infecção
- patologias de base
- gravidade patológica.
OBRIGADO

Você também pode gostar