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Pós-Graduação: Ginecologia e Obstetrícia

Pós-Natal
Mediadora: Ms. Danielle Figueiredo
Pós-Natal ou Puerpério
“Período do ciclo grávido-puerperal
em que as modificações locais e
sistêmicas, provocadas pela
gravidez e parto no organismo da
mulher, retornam à situação do
estado pré-gravídico” (BRASIL,
2014).
Adaptação à maternidade e à paternidade

• As transformações que se iniciam no puerpério ocorrem não


somente nos aspectos endócrino e genital, mas na mulher
como um todo. Neste sentido, não é só o organismo que mais
uma vez está mudando, mas sua mente, seus sentimentos, suas
crenças também acompanham essas mudanças, por isso todo
profissional deve assistir a mulher de forma integral,
valorizando o aspecto psicológico e fisiológico do puerpério.
Classificação do Puerpério

Puerpério imediato : até a 2ª


hora após o parto

Puerpério tardio: da 2ª hora até


o 10º dia após o parto

Puerpério remoto: do 10º dia até o retorno


da menstruação (lactantes) ou 6 a 8
semanas (não lactantes)
(ZUGAIB, 2012; NEME, 2016)
PRINCIPAIS TRANSFORMAÇÕES
DO ORGANISMO MATERNO NO
PUERPÉRIO
Útero
• Útero globoso, consistência firme, contraído.

• A hemóstase fisiológica da ferida placentária é assegurada pela


retração e contração do miométrio - globo de segurança, ligaduras
vivas de Pinard.

• Pesa aproximadamente 1000g regredindo ao final da primeira


semana a 300g.

• A atividade contrátil ritma do útero, embora inaparente, prossegue


por certo tempo, as vezes ocasiona cólicas (dor dos “tortos”)
Colo Uterino
• Encontra-se flácido, hiperemiado, com bordas irregulares,
localizado na porção posterior da vagina, podendo ser visível a
expressão do fundo de útero.
• Após 12 horas readquire seu feitio, embora aberto o orifício
externo, dando o canal passagem a 2 ou 3 dedos explorados.
• Em 3 dias está anatomicamente reconstituído. Na 4ª semana o
orifício externo torna-se uma fenda transversal, atestando a
paridade da mulher.
Lóquios
• Lóquios sanguinolentos (loquia rubra): duram de 3 a 4 dias.
Constituem-se de sangue, restos de decídua, células epiteliais e muco.

• Lóquios serossanguinolentos (loquia fusca): presentes do 3 – 4º dia até


o 10º dia. São acastanhados. Resultantes das alterações da
hemoglobina, redução do número de hemácias e aumento dos
leucócitos.

• Lóquios serosos (loquia flava): são amarelados e progressivamente


tornam-se serosos ou brancos. Estão presentes após o 10º dia; e a
partir da 5-6ª semana pós-parto confundem-se com a secreção
cervicovaginal normal.
Vagina e Vulva
• Apresentam-se edemaciada, congestionada - isquemia sofrida pela
permanência mais ou menos longa da apresentação fetal.
• Soluções de continuidade da vagina = sangramento.
• O meio vaginal torna-se alcalino e a flora mista, reduzindo a defesa
vaginal contra a proliferação de germes, agravada pela presença das
lacerações - favorece o crescimento da flora cocobacilar.
• Nas primíparas há a formação das carúnculas mirtiformes (restos da
membrana himenal).
• Após o 25º dia vai retornando ao tônus muscular anterior à gravidez e se
contraindo. Ao final da 3ª semana, as rugas reaparecem nas paredes
vaginais. Nas mulheres que amamentam essa recuperação é mais lenta, o
que pode provocar desconforto ao reiniciar a atividade sexual.
Mamas
• As alterações iniciadas durante a gravidez progridem após o
nascimento do bebê, principalmente nas mulheres que
estiverem amamentando.

Estrogênio
Prolactina Lactogêne
se

INIBE
PO
Progesterona SS
IB
IL
O IT
A
N
D

Níveis de
Dequitação Estrogênio e
Progesterona
Transformações Sistêmicas
Estado geral da puérpera:

•Logo após o parto a mulher apresenta-se cansada, sudoreica e


sonolenta.
•Pode sentir calafrios (emocional ou bacteriano).
•O padrão de sono sofre interferência da ansiedade em relação ao filho e
do papel de cuidadora/mãe. Mães internadas em alojamento conjunto
dormem melhor que aquelas cujos filhos ficam no berçário. O sono
normaliza-se nas primeiras duas semanas.
•A psicose puerperal pode começar a se manifestar ainda no puerpério
imediato. O enfermeiro que assiste mulher deve estar atento para
alterações do padrão psíquico.
Sinais Vitais (SSVV)
• A Pressão Arterial (PA): logo após o parto a PA sofre um declínio. Quando
ocorrer diminuição significativa dos níveis pressóricos atentar para perdas
sanguíneas, desnutrição ou outro fator associado à hipotensão.
• A Temperatura (T): não deve ultrapassar 37,5-38ºC nas primeiras 24
horas. Temperaturas acima de 38ºC por dois dias consecutivos sugere
infecção.
• O Pulso (P): pode está diminuído no pós-parto imediato devido as perdas
sanguíneas. Por volta da 1ª semana estabiliza-se.
• A Respiração (R): tende a normalizar-se. Com a descida do diafragma, o
tipo respiratório passa do padrão costal para o abdominal.
Transformações Sistêmicas

• Sistema Tegumentar - A hiperpigmentação da pele do rosto


(cloasma), do abdome (linha nigra) e das mamas tende a regredir
lentamente. No abdome há presença de estrias novas (vinho) e
antigas (nacarada) e ainda a elasticidade e o tônus muscular vão
regredindo lentamente.

• Mudanças do peso corporal - Há perda de 3 a 5 Kg na primeira


semana devido há uma importante eliminação hídrica (excretar
todo o líquido acumulado durante a gestação – lóquios, urina e
suor).
Transformações sistêmicas
Sistema Hematológico

• Há diminuição acentuada do hematócrito na primeiras 48 horas,


retornando ao normal por volta do 5º dia.
• A hemoglobina cai imediatamente após o nascimento, retornando no
puerpério remoto.
• Ocorre leucocitose (10.000 a 20.000 glóbulos) nas primeiras 48 horas e
regride no 5-6º dia.
• No pós-parto imediato devido ao risco de deposição de fibrina
intravascular sobem os níveis de fibrinogênio = aumenta o risco de
complicações tromboembólicas, quando associação à limitação da
atividade física
Transformações Sistêmicas

Sistema Endócrino

• Logo após o parto há uma queda do HCG e diminuição do


estrógeno e progesterona pela eliminação da placenta, ficando seu
aumento na dependência da lactação.
• Há o aumento da prolactina e ocitocina.
Transformações Sistêmicas
Sistema Renal

• O tônus e a sensibilidade da bexiga podem estar diminuídos


(diurese inicialmente escassa). O edema, a hiperemia da
mucosa da bexiga e da uretra associados a dor ou medo da dor
podem levar a distensão ou esvaziamento incompleto da
vagina.
• A retenção urinária logo após o parto dificulta a contratilidade
uterina podendo causar discreta hipotonia, aumento do
sangramento e dor.
Transformações Sistêmicas
Sistema Gastrointestinal

• As mulheres podem queixar-se de constipação intestinal, podendo


estar associados ao repouso prolongado no leito, ao preparo da
mulher no pré-parto ou a efeitos da analgesia e anestesia (parto
operatório), devendo ser analisado com critérios.
• Com o esvaziamento uterino voltam as vísceras abdominais as
disposições anatômicas, há redução da motilidade intestinal.
• Nas mulheres submetidas a cesárea soma-se ainda a possibilidade
do íleo paralítico pela manipulação das vísceras.
• Normalização das evacuações dentro de 1 a 2 dias.
Consulta de Enfermagem no Período Puerperal

Puerpério Imediato
Consulta de Enfermagem no Puerpério
Imediato - Unidade Puerperal
o estado geral,
queixa de dor e eliminações,
AVALIAR necessidade alimentar,
sono e repouso,
disposição para estar com o RN .

• Aferir SSVV e realizar o exame físico geral e obstétrico.


• Estimular a deambulação precoce.
• Orientar e estimular o aleitamento materno.
Exame Físico Geral e Obstétrico:

• Cabeça e pescoço (tireoide), queixas de cefaléia pós-raqui


• Coloração da pele e mucosa
• Tronco: MAMAS (avaliar aspecto, volume, temperatura, consistência,
tipos de secreção e de mamilo, integridade)
• Abdômen:
- Inspeção (distensão abdominal e condições de incisão cirúrgica – edema,
sinais flogísticos, secreções, pontos retirar entre 7 a 10 dias);
- Ausculta (ruídos hidroaéreos);
- Palpação (consistência da parede abdominal – flácida, distendida,
sensibilidade dolorosa, o volume da bexiga e a involução uterina)
• Vulva, períneo: características dos lóquios (cor, quantidade, odor);
episiorrafia; edemas; lesões.
• MMII: verificar presença de varizes, edema, alterações tromboembólicas
(sinal de Homan e de Bandeira).
• Avaliação psicossocial
Puerpério imediato –
Unidade Puerperal (alojamento conjunto)

• Alta hospitalar: No parto normal após 24-48


horas/ Nas cesáreas, com 48-72 horas em
média. Salvo os casos de alterações laboratoriais
ou intercorrências pré e intra-parto.

• Orientar sobre a consulta de puericultura,


sexualidade e contracepção.
Portaria MS/GM nº 1.016, de 26 de agosto de 1993

Alojamento
Conjunto

FONTE: Google Imagens, 2010


Alojamento Conjunto
• Definição:
É um sistema hospitalar em que o recém
nascido sadio, logo após o nascimento,
permanece ao lado da mãe, 24 horas por dia,
num mesmo ambiente, até a alta hospitalar.
Tal sistema possibilita a prestação de todos os
cuidados assistenciais, bem como, a
orientação à mãe sobre a saúde do binômio
mãe e filho.
Portaria MS/GM nº 1.016, de 26 de agosto de 1993
Alojamento Conjunto como espaço de
educação
• Vantagens:
 Estimular e motivar o aleitamento materno
Fortalecer os laços efetivos entre mãe e filho/
família, através do relacionamento precoce
Oferecer condições à enfermagem de
promover o treinamento materno, através de
demonstrações práticas dos cuidados
indispensáveis ao recém nascido e à puérpera
Diminuir o risco de infecção hospitalar
Portaria MS/GM nº 1.016, de 26 de agosto de 1993
Alojamento Conjunto
Equipe multiprofissional treinada, constituída por:

a) Enfermagem:
1 enfermeiro para 30 binômios
1 auxiliar para 8 binômios

b) Médicos:
1 obstetra para 20 mães
1 pediatra para 20 crianças

c) Outros Profissionais: assistente social; psicólogo; nutricionista

Portaria MS/GM nº 1.016, de 26 de agosto de 1993


Aleitamento Materno
Amamentação

• É um processo que envolve interação profunda


entre mãe e filho;
• Promove repercussões no estado nutricional da
criança, na defesa contra infecções, em sua
fisiologia e no seu desenvolvimento cognitivo e
emocional;
• Tem implicações na saúde física e psíquica da
mãe.
Tipos de Aleitamento Materno

• Aleitamento Materno Exclusivo;


• Aleitamento Materno Predominante;
• Aleitamento Materno;
• Aleitamento Materno Complementado;
• Aleitamento Materno misto ou Parcial.
Importância do Aleitamento Materno

• Evita mortes infantis;


• Evita diarréia;
• Evita infecções respiratórias;
• Diminui riscos de alergias;
• Diminui risco de hipertensão, colesterol alto e
diabetes;
• Reduz chance de obesidade;
Importância do Aleitamento Materno

• Melhor nutrição;
• Efeito positivo na inteligência;
• Melhor desenvolvimento da cavidade bucal;
• Proteção contra o câncer de mama;
• Menores custos financeiros;
• Evita nova gravidez;
• Promoção de vínculo afetivo entre mãe e filho;
• Melhor qualidade de vida.
PROLACTINA

Produção começa na 5ª semana de gestação

Após o parto aumenta 10 a 20 vezes mais do que antes da gestação

Produzida pela hipófise anterior

Promove a secreção de leite


OCITOCINA
Secretada pela hipófise posterior

Estimulada pela sucção da criança

Fatores emocionais
Galctogogos
Tinturade de Algodoeiro 1cl chá em 200ml de água
3x ao dia

Chá misto da mamãe( funcho,, erva 3x ao dia


doce, melissa, rosa silvestre)

Gengibre 500mg
2x ao dia

Feno grego Chá


3x ao dia
Composição do Leite Materno

• IgA secretória: combate microorganismos


presentes nas mucosas;
• IgM , IgG, macrófagos, neutrófilos, linfócitos T e
B, lactoferrina, lisossima;
• Fator bífido – lactobacilus bifidus – acidifica as
fezes - o crescimento de Shigella, Salmonella e
Escherichia coli
Técnica de Amamentação - Pega
Adequada ou Boa pega
Técnica de Amamentação - Pega
inadequada ou Má pega
Posição da Mãe
Pontos chave para posicionamento
adequado

• Rosto do bebê de frente para a mama, com


nariz na altura do mamilo;
• Corpo do bebê próximo ao da mãe;
• Bebê com cabeça e tronco alinhados (pescoço
não torcido);
• Bebê bem apoiado.
Pontos chave da pega adequada

• Mais aréola visível acima da boca do bebê;


• Boca bem aberta;
• Lábio inferior virado para fora;
• Queixo tocando a mama.
Sinais de Técnica Inadequada

• Bochechas do bebê encovadas a cada sucção;


• Ruídos da língua;
• Mama aparentando estar esticada ou
deformada durante a mamada;
• Mamilos com estrias vermelhas ou áreas
esbranquiçadas ou achatadas quando o bebê
solta a mama;
• Dor na amamentação.
Avaliando a pega da aréola

Pega correta Pega incorreta

Queixo toca a mama Queixo não toca a mama

Boca bem aberta Boca pouco aberta

Lábio inferior voltado para fora Lábios apontados para frente e inferior
para dentro

Bochechas arredondas Bochechas encovadas

Sobra mais aréola acima da boca do bebê Sobra mais aréola abaixo ou acima e abaixo
da boca

Mama arredondada Mama estirada


Fatores que inibem a descida do leite:
Preocupação, medo, dúvida, vergonha,
insegurança, dor, etc.

Fatores que auxiliam a descida do leite:


Estímulo, carinho, incentivo, conhecimento,
segurança, etc.
Uso de mamadeira e chupeta
• Fonte de contaminação;
• Confusão de bicos;
• Ocorrência de candidíase oral, otite média e
alterações no palato;
AMAMENTAÇÃO
 Orientações Fundamentais às Mães:

• AME até o 6º mês;


• Frequência e duração das mamadas;
• Oferta das duas mamas;
• Importância da amamentação noturna;
• Higiene e cuidados nas mamas;
AMAMENTAÇÃO

 Orientações Fundamentais às Mães:

• Massagem e ordenha;
• Alimentação;
• Resposta do bebê às mamadas;
• Eliminações do bebê.
• Limpeza oral após as mamadas.
AMAMENTAÇÃO

 Dificuldades na Amamentação:

• Problemas relacionados a mesma;


• Falta de informação e apoio, cultura;
• Disfunções orais do bebê (malformação do palato,
lábios, freio curto;
• Cirurgia plástica;
• Uso de chupetas, mamadeiras (confusão de bico);
• Ansiedade, insegurança;
• Uso de leite artificial.
PROBLEMAS PRECOCES E
TARDIOS COM A LACTAÇÃO

A AMAMENTAÇÃO
NÃO DEVE DOER!

OS PROFISSIONAIS PODEM
AJUDAR AS MÃES PARA
PREVENIR E CORRIGIR ALGUNS
PROBLEMAS COM A LACTAÇÃO
• Bebê que não suga ou tem sucção
fraca:

– A mãe deve estimular a mama


regularmente;
– Retirar todos os bicos;
– Posicionar bem o bebê;
• Descida do Leite Retardada:

– Desenvolver confiança na mãe;


– Estimulação da mama;
– Ordenha frequente;
– Sucção do bebê;
– Translactação.
TIPOS DE BICOS

Invertido

Protuso Plano

Pseudo-invertido
• Candidíase:

– Uso de cetoconazol tópico (na mãe e na


criança);
– Retirar bicos;
– Enxaguar os mamilos e secar após cada
mamada;
– Expor a mama a luz pelo menos uma vez por
dia.
• Ingurgitamento mamário:

– Ordenha manual da aréola;


– Mamadas frequentes;
– Massagem delicada nas mamas para
aumentar a produção de ocitocina;
– Analgésicos/ antiinflamatórios (Ibuprofeno);
MAMAS CHEIAS X INGURGITADAS
MAMAS CHEIAS MAMAS
INGURGITADAS
Quente Dolorosa
Pesada Edemaciada
Endurecida Tensa, mamilo
apagado, brilhante
Pode estar
avermelhada
Leite fluindo Leite NÃO flui
Não há febre Pode haver febre por 24
horas
1. Mamas cheias 2.Mama Ingurgitada
CAUSAS E PREVENÇÃO DO INGURGITAMENTO MAMÁRIO

CAUSAS PREVENÇÃO

Abundância de leite
Inicio tardio da Iniciar a amamentação
amamentação logo após o parto
Pega ineficaz Assegurar pega correta
Remoção do leite pouco Encorajar a
frequente amamentação por livre
demanda
Restrição da frequência e
duração das mamadas
MASTITE
Causas:

• Pega ineficaz
• Mamilos fissurados
• Ducto lactífero bloqueado não tratado ou estase
de leite
• Baixa resistência a infecções devido a fadiga
• Pressão de roupas apertadas
• Drenagem ineficaz em mamas grandes
– Esvaziamento adequado das mamas;
– Antibioticoterapia:
• Cefalexina 500mg 6/6h por 10 dias;
• Amoxicilina 500mg 8/8h por 10 dias;
• Eritromicina 500 mg 6/6h por 10 dias.
– Repouso + uso de analgésicos;
– Líquidos abundantes;
– Começar a amamentação pela mama menos afetada.
• Fissuras Mamilares

- Mau posicionamento e pega incorreta


- Uso de bombas
- Uso de chucas e mamadeiras
- Colocação do dedo indicador da mãe na aréola (para
o bebê respirar)
- Aréola distendida e endurecida
- Uso de óleos, cremes, sabonetes
FISSURA NA BASE MAMILAR
PREVENÇÃO E TRATAMENTO DAS FISSURAS

• Oriente higiene do peito só com o próprio leite


• Antes de colocar o bebê, esvaziar a aréola
• Oriente a boa pega
• Iniciar a mamada pelo peito menos dolorido
• Banho de sol ou de luz
• Manter os mamilos secos e arejados
Contra-indicação ao Leite Materno

• Mães infectadas pelo HIV e\ou HTLV;


• Uso de medicamentos incompatíveis com a
amamentação;
• Criança portadora de galactosemia.
Restrição ao Leite Materno

• Infecção herpética;
• Varicela;
• Doença de chagas;
• Abcesso mamário;
• Consumo de drogas de abuso.
O leite materno não deve ser contra
indicado
• COVID-19;
• Tuberculose;
• Hanseníase;
• Hepatite B;
• Dengue;
• Consumo de cigarros;
• Consumo de álcool.
Armazenamento de Leite Materno

• Armazene o leite em um recipiente limpo e com tampa, em


pequenas quantidades suficientes para uma mamada.
– Temperatura ambiente- 6 horas;
– Geladeira- 24 horas
– Congelador -7 dias
– Freezer – 15 dias;
• Deve-se aquecer o leite a ser utilizado.
• Deve ser oferecido ao bebê numa xícara, copinho ou colher.
Consulta de Enfermagem no período
puerperal

•Primeira Semana de Saúde Integral - 7 a 10 dias após


o parto

•Revisão puerperal tardia – entre o 30° e o 42° dia


pós-parto

Fonte: Pré-natal e Puerpério: atenção qualificada e humanizada - Manual Técnico/Ministério da Saúde


Consulta de Enfermagem - Primeira Semana de
Saúde Integral

• Acolhimento da mulher e do RN
• Respeito
• Escutar o que ela tem a dizer, incluindo
possíveis queixas e estimulando-a fazer
perguntas;
• Informar sobre os passos da consulta e
esclarecer dúvidas.
Consulta de Enfermagem - Primeira Semana de
Saúde Integral

Puérpera

•Verificar o cartão da gestante


•Condições da gestação;
•Condições do atendimento ao parto e ao recém-nascido;
•Dados do parto;
•Intercorrência no ciclo gravídico-puerperal;
•Se recebeu aconselhamento e realizou testagem para sífilis ou
HIV durante a gestação e/ou parto;
•Uso de medicamentos (ferro, ácido fólico, vitamina A, outros).
Consulta de Enfermagem - Primeira Semana de
Saúde Integral

• Aleitamento
• Alimentação, sono, atividades;
• Dor, fluxo vaginal, sangramento, queixas
urinárias, febre;
• Planejamento familiar
• Condições psicoemocionais
• Condições sociais
Consulta de Enfermagem - Primeira Semana de
Saúde Integral

• Avaliação clínico-ginecológica:
• Verificar dados vitais;
• Avaliar o estado psíquico da mulher;
• Observar estado geral.
Consulta de Enfermagem - Primeira Semana de
Saúde Integral

• Examinar físico geral e obstétrico


• Sinais Vitais
• Intercorrências: alterações emocionais,
hipertensão, febre, dor em baixo ventre ou nas
mamas, presença de corrimento com odor fétido,
sangramentos intensos.
• Observar formação do vínculo mãe-filho;
• Identificar problemas/necessidades da mulher e
do recém-nascido
Consulta de Enfermagem - Primeira Semana de
Saúde Integral

Orientar sobre:

•Higiene, alimentação, atividades físicas;


•Atividade sexual, informando sobre prevenção
de IST/Aids;
•Cuidado com as mamas;
•Cuidados com o recém-nascido;
•Direitos da mulher;
Consulta de Enfermagem - Primeira Semana de Saúde Integral

• Imunização;
• Prescrever suplementação de ferro: 60mg/dia;
• Tratar possíveis intercorrências;
• Registrar informações em prontuário;
• Agendar consulta de puerpério
Consulta de Enfermagem - Primeira Semana de Saúde Integral
Recém-Nascido

• Caderneta da Criança
• Verificar os dados do recém-nascido ao nascer (peso, estatura,
apgar, condições de vitalidade);
• Observar a criança no geral: peso, postura, atividade
espontânea, padrão respiratório, estado de hidratação,
eliminações e aleitamento materno;
• Coloração de Pele e Mucosas
• Exame Físico Geral
• Vacinação e Exames
• Puericultura
Consulta de Enfermagem – Revisão
Puerperal Tardia

• Condições do Binômio;
• Registro das alterações;
• Aleitamento Materno;
• Menstruação e Atividade sexual;
• Realizar avaliação clínico-ginecológica;
Consulta de Enfermagem – Revisão
Puerperal Tardia
Orientar sobre:

•Higiene, alimentação, atividades


físicas;
•Atividade sexual, informando sobre
prevenção de DST/Aids;
•Cuidado com as mamas;
•Cuidados com o recém-nascido;
•Direitos da mulher;
•Planejamento Familiar;
•Imunização e Papanicolau.
Referências

• BARROS, S.M.O. (Org.). Enfermagem no ciclo gravídico – puerperal. Barueri, SP:


Manole, 2006.
• ___________. Enfermagem obstétrica e ginecológica: guia para a prática
assistencial. 2 ed. São Paulo: ROCA,2009.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
Ações Programáticas Estratégicas. Área Técnica de Saúde da Mulher. Pré-natal e
Puerpério: atenção qualificada e humanizada – manual técnico. Brasília:
Ministério da Saúde, 2005.
• ___________. Parto, Aborto e Puerpério: assistência humanizada à mulher.
Brasília: Ministério da Saúde, 2001.
• REZENDE, J.; MONTENEGRO, C. A. B. Rezende - Obstetrícia Fundamental. 11
ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
• SILVA, I.A (Org). PROENF – Saúde materna e neonatal. Programa de atualização
em Enfermagem. Aben/ABENFO. Porto Alegre: Artmed/Panamericana, 2009
Caso 1
• Você é enfermeira do AC e recebe uma ligação do
pré-parto passando o caso de um paciente que
seguirá para você. MCS chegou com diagnóstico
de GUTT+TP+PE, já realizou a primeira fase de
MgSo4 antes de parir e segue no puerpério
imediato de PN junto com RN. Em que fase de
sulfato a paciente vai? Quais são os cuidados de
enfermagem a essa paciente no AC e quais suas
orientações?
Caso 2
• DRF, puérpera no 10DPO de cesárea chega na
ESF queixando-se de saída de bastante
secreção pelo FO e que a região está
endurecida, relata que se sentiu febril ontem.
O que você deve avaliar/investigar e de que
você suspeita?
Caso 3
• Você é enfermeira do AC e recebe uma
paciente em pós-parto imediato de PN. O que
você avalia na admissão? Com uma hora após
o parto a acompanhante te chama e diz a RMF
está passando mal se tremendo e suando
muito. O que você avalia? De que você
suspeita?
• Qual sua conduta se(...) caso continua

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