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Em duas grandes séries de partos consecutivos citadas no capítulo do Uptodate (Funai &
Norwitz, 2015), a duração média do terceiro período foi de 5 a 6 minutos, tendo 90% das
placentas delivrado em 15 minutos e 97% em 30 minutos após o nascimento;
De acordo com o NICE (2014), define-se terceiro período prolongado aquele que não se
completa em 30 minutos depois do nascimento quando o manejo ativo é adotado ou 60 min
depois do nascimento com manejo fisiológico. Na maioria dos casos a placenta nasce
espontaneamente, sem requerer manobras adicionais.
Há duas opções de conduta para o 3º período: conduta ativa e a conduta fisiológica.
Assistência no Terceiro Período do Parto
Explicar à mulher, antes do parto, as opções de conduta no terceiro período, com os riscos e
benefícios de cada uma.
Efeitos adversos relacionados a conduta ativa são: náuseas, vômitos, hipertensão, uso de
analgésicos, dor pós-parto, retorno com sangramento ao hospital e redução do peso do recém-
nascido.
Esses efeitos poderiam ser evitados omitindo-se os derivados do ergot e a ligadura precoce
do cordão, que não é mais recomendada.
Conduta Ativa no Secundamento
Agentes uterotônicos
Para a conduta ativa, a administração intramuscular de ocitocina (10 UI) parece ser o ponto-
chave do manejo ativo do terceiro período do parto. A ocitocina é preferível, pois está
associada com menos efeitos colaterais do que a ocitocina associada à ergometrina.
• Não realizar a secção do cordão antes de 1 minuto após o nascimento, a menos que haja
necessidade de manobras de ressuscitação neonatal;
• Pinçar o cordão antes de 5 minutos após o nascimento para realizar a tração controlada do
cordão como parte da conduta ativa;
• Se uma mulher solicitar o clampeamento e secção do cordão após 5 minutos, apoiá-la em sua
escolha.
Para a prática da tração controlada há de se certificar que o útero está contraído e
realizar sempre contrapressão do útero, para evitar o risco de inversão uterina aguda;
A tração deve ser gentil e durante a contração, caso não se verifique descida da
placenta depois de 30 a 40 s, o procedimento deve ser abandonado até a contração
seguinte (ICM/FIGO, 2003).
Manobra de Jacob-Dublin para a recepção da placenta já desprendida. Tração leve da placenta para descolar as membranas, seguida de
torção das páreas, o que as engrossa e fortifica
Secundamento ou Dequitação
Caracteriza-se em 3 tempos:
DESCOLAMENTO(Dequitação)
DESCIDA
EXPULSÃO ou DESPRENDIMENTO
Fases de Dequitação
DESCOLAMENTO:
Tipos de mecanismos:
Mecanismo de Baldelocque-Schultze
Mecanismo de Baldelocque-Duncan
Secundamento ou Dequitação
O descolamento da placenta ocorre de acordo com dois tipos de mecanismos:
DESCIDA:
EXPULSÃO:
Se houver hemorragia, retenção placentária, colapso materno ou qualquer outra preocupação
quanto ao bem-estar da mulher:
Segundo grau – lesão dos músculos perineais sem atingir o esfíncter anal;
Quarto grau – lesão do períneo envolvendo o complexo do esfíncter anal (esfíncter anal
interno e externo) e o epitélio anal.
Antes de Avaliar o Trauma Genital...
Explicar à mulher o que será realizado e o porquê;
Posicionar a mulher de maneira confortável e com boa exposição das estruturas genitais.
Realizar o exame inicial de maneira gentil e sensível. Isto pode ser feito imediatamente
após o parto.
Se for identificado trauma perineal, uma avaliação sistemática do mesmo deve ser
realizada.
Avaliação Sistemática do Trauma Genital:
Explicar novamente o que será realizado;
Providenciar analgesia local ou regional efetiva;
Avaliar visualmente toda a extensão do trauma, incluindo as estruturas envolvidas, o ápice
da lesão e o sangramento;
Na suspeita de qualquer lesão da musculatura perineal, realizar exame retal para verificar se
ocorreu algum dano ao esfíncter anal externo e interno.
Assegurar que o momento para essa avaliação sistemática não interfira na relação mãe-filho
exceto se houver sangramento que requeira medidas de urgência.
Solicitar avaliação de um profissional mais experiente se houver incerteza quanto à
natureza e extensão do trauma. Transferir a mulher (com a criança) para uma maternidade
baseada em hospital, se o parto ocorreu fora da mesma e se o reparo necessitar de avaliação
cirúrgica ou anestésica especializada.
Tanto as enfermeiras obstétricas ou obstetrizes, como os médicos obstetras
envolvidos na assistência ao parto devem estar adequadamente treinados na avaliação e
reparo do trauma genital, certificando-se que essas habilidades sejam mantidas;
Aconselhar a mulher que, no caso de trauma de primeiro grau, a ferida deve ser
suturada, a fim de melhorar a cicatrização, a menos que as bordas da pele estejam bem
apostas.
Aconselhar a mulher que, no caso de um trauma de segundo grau, o músculo deve ser
suturado, a fim de melhorar a cicatrização
Durante o Reparo Perineal:
Assegurar analgesia efetiva com a infiltração de até 20 ml de lidocaína 1% ou equivalente
ou;
Realizar nova dose de anestésico peridural se a mulher estiver com cateter, ou realizar uma
anestesia espinhal.
Não há necessidade de sutura da pele se as suas bordas se apõem após a sutura do músculo,
em trauma de segundo grau ou episiotomia.
Se houver necessidade de sutura da pele, utilizar uma técnica subcutânea contínua;
Realizar a reparação perineal usando uma técnica de sutura contínua para a camada de
parede vaginal e músculo;
OU SEJA,
Miotamponagem: