Você está na página 1de 5

Avaliação Funcioal

Marchas Patológicas:
– Alteração do Tônus
– Alteração da Espasticidade
– Alteração Muscular

 Passo, Passado, Cadência


 Fases da Marcha
Estratégias motora do Quadril, Joelho e Tornozelo

Marchas:
– Ceifante -Típico De Paciente que tem AVC;
– Marcha em Tesoura -Típico em crianças com Paralisia Cerebral;
– Marcha Festinante- Típica de paciente com Parkison
– Marcha Embriosa - Paciente com Lesão Cerebelar
– Marcha Talonante/Escarvante - Lesão Periféricas
– Marcha Digitigrado – Esquina

Ceifante - Passos em semicírculos


Padrão de marcha ceifante
Oponência do polegar, flexão de punho e dedos, desvio ulnar, pronação do antebraço, flexão de cotovelo, rotação interna do ombro.
No Quadril: Elevação pélvica, rotação interna de quadril extensão de joelho, plantiflexão.

Marcha em tesoura- ( Dupla Ceifante ) é bilateral,

Marcha Festinante ou Parkinsoniana é a que mais cai nas provas


– Trabalhos dissociação de cintura
– Diminuir a velocidade da passada

Marcha embriosa– marcha de bêbado

Marcha talonante/ escarvante: Paciente perde a noção de profundidade e de passos. Fazer treino de sensibilidade e de equilíbrio.
Marcha digitígrada:

 Comum em crianças que andaram muito em andador


 Criança que onde na ponta do pé
 Tentar comprar sapatos com um numero maior pois as crianças vão
andar com inteiro no cão, para o sapato não sair do pé.

Desenvolvimento motor
Normal da criança
Rn A termo ( 37 a 40 semanas)
Rn Pré – termo ( antes de 37 semanas )
Rn Pós – termo ( após 40 semanas )

Diferenças do adulto para uma criança na reabilitação:


Para o adulto, terá que desenvolver uma função que ela já desenvolvia, já para a criança ela vai ter que aprender uma função ainda não adquirida.
0 a 1 mês: Criança apresenta reflexos
2 meses: Criança levar as mãos a mediana( querer pegar as coisas e para isso o reflexo tem que desaparecer)
4 meses: Criança consegue ter o equilíbrio da cervical( equilíbrio do pescoço);
5 meses: Criança consegue virar da posição prono para supino( virar da posição de barriga para baixo para a posição de barriga para cima)
6 meses: Criança consegue sentar( em primeiro momento a criança se equilibra para frente, aos 8 meses se equilibra nos lados e aos 10 meses a
criança se equilibra para trás).
7 meses: Extensão da cervical
8 meses: segura os pés( reação de londaw ou reação de paraquedas)
9 meses: Criança começa a engatinhar/ começa a escalar móveis;
10 meses: Marcha lateral( andar de lado); Ficar em pé sem apoio;
11 meses: Criança começa a andar
- Criança que fala primeiro demora a andar
- Criança que anda primeiro demora a falar

AVALIAÇÃO DOS PARES CRANIANOS


Nervos sensitivos: Olfatório ( l ), Óptico ( ll ), Vestíbulo Coclear ( Vlll )
Nervos vegetativos: Oculomotor ( lll )
Nervos motores: Oculomotor( lll ), Troclear ( lV ), Abducente ( Vl ), Acessório ( Xl ), Nervo Hipoglosso ( Xll )
Nervos mistos( motor e sensitivo); Trigêmeo ( V )
Nervos mistos( motores, sensitivos e vegetativos): Nervo facial( Vll ), Glossofaríngeo ( lX), nervo Vago ( X ),

Nervo olfatório (I) :


• Tipo: sensitivo.
• Função: olfativa.
• Avaliação: pede-se ao paciente para identificar odores específicos (ex: sabão, café e cravo), uma narina de cada vez.
Nervo óptico (II) :
• Tipo: sensitivo.
• Função: visão.
• Avaliação: Avaliam-se acuidade e campo visuais, reflexo fotomotor e fundoscopia.
• 1. Acuidade visual: Testada pelo quadro de Snellen ou quadro manual de visão, em que, numa certa distância o paciente deverá identificar as
letras ou figuras, um olho de cada vez. Alguns utilizam também as placas pseudoisocromáticas para avaliar a percepção de cores (é o famoso
teste para avaliar daltonismo).
•2. Campo visual: Pede-se ao paciente para olhar fixamente para frente enquanto o examinador mostra o dedo indicador nos quatro quadrantes
visuais do olho avaliado.
• 3. Reflexo fotomotor: Através de um feixe de luz, o examinador estimula a pupila do paciente, provocando miose (diminuição/constrição) ou
midríase. No exame sem alterações, observa-se miose após estímulo luminoso, miose no olho não estimulado pela luz e miose ao convergir o
olhar, ou seja, ao “ficar vesgo”.
• 4. Fundoscopia (exame de fundo de olho): utiliza-se o oftalmoscópio para procurar alterações oculares que justifiquem a alteração visual do
paciente.
Nervo Oculomotor (III), nervo Troclear/Patético (IV) e nervo Abducente/Motor Ocular Externo (VI) :
• Tipo: vegetativo (apenas o oculomotor) e motor (os 3 nervos).
• Função: 1. Movimentação dos olhos, pelos músculos retos e oblíquos do globo ocular
2. Movimentação da íris e da lente (função vegetativa exclusiva do 3º nervo).
• Avaliação: o examinador pede que o paciente movimente o olho para cima, para baixo, para os dois lados e obliquamente, ao mesmo tempo
que observa as seguintes funções específicas:
1. Oculomotor - abertura dos olhos, movimento do olho para cima e para fora, para
cima e para dentro, para dentro, para baixo . Além disso, testa-se rapidez e simetria do reflexo fotomotor, função exclusiva do 3º nervo;
2. Troclear - para baixo e para fora ;
3. Abducente para fora.
Atenção: o nistagmo (tremor do globo ocular) breve é considerado normal.
Nervo trigêmeo (V)
• Tipo: misto (motor e sensitivo).
• Função: 1. Ramo oftálmico - reflexo córneopalpebral e sensibilidade orbital.
2. Ramo maxilar: sensibilidade da pálpebra inferior, do nariz, do lábio superior e da dentição superior.
3. Ramo mandibular - sensibilidade dos 2/3 anteriores da língua, do mento (queixo) e da dentição inferior e motricidade da mastigação.
• Avaliação motora:
1. Solicita-se que o paciente cerre os dentes, enquanto faz a palpação do músculo temporal e masseter (músculos da mastigação).
2. Solicita-se que o paciente abra a boca contra resistência para avaliar a força do músculo pterigoideo.
• Avaliação sensitiva:
1. sensibilidade geral: estimule a face com objeto rombo alternando com pontiagudo, o paciente deve estar com os olhos fechados.
2. Reflexo córneopalpebral: estimula-se a córnea na porção inferior ou lateral com um pedaço de algodão e
observa-se o paciente piscar e lacrimejar os olhos ao toque.
Facial (VII)
• Tipo: misto (motor, sensitivo e vegetativo).
• Função:
1. Motora - movimentos/expressões faciais.
2. Sensitiva - sensibilidades tátil, térmica e dolorosa do pavilhão auditivo, conduto auditivo externo e tímpano e gustação dos 2/3 anteriores da
língua.
3. Vegetativa -secreção das glândulas lacrimais e salivares.
• Avaliação motora: observa-se a simetria da movimentação facial, solicitando que o paciente levante os supercílios, franza o cenho (testa),
feche os olhos firmemente, sorria e encha as bochechas de ar.
• Avaliação vegetativa: sudorese e lacrimação, se presentes ao exame
• Avaliação sensitiva:
1. Com diapasão vibrando, aproxima-se do pavilhão auditivo (orelha) e pede-se para o paciente identificar o final da
vibração.
2. Realizam-se testes sensitivos com hastes flexíveis e algodão frio e morno nas orelhas.
3. Avalia-se a gustação. e piscar e lacrimejar os olhos ao toque.
Nervo Vestíbulo-coclear ou Auditivo (VIII)
• Tipo: sensitivo
• Função:
1. Fibras vestibulares - percepção consciente da cabeça, do movimento e do equilíbrio.
2. Fibras cocleares - audição
• Avaliação auditiva: sussurra-se uma frase num ouvido enquanto oclui-se o outro, diante de qualquer pera auditiva, parte-se para testes
audiológicos especializados
• Função vestibular: procura-se a presença de nistagmo à movimentação ocular ou diante de estímulos rotatórios, auditivos, luminosos, etc.
Observa-se se é horizontal ou vertical, episódico ou repetitivo, simétrico, assimétrico convergente ou divergente e se está associado a vertigem
ou não.
Nervo glossofaríngeo (IX)
• Tipo: misto (motor, sensitivo e vegetativo).
• Função:
1. Motora - elevação e contração do palato mole (“céu da boca”) e da úvula e deglutição.
2. Sensitiva - gustação do 1/3 posterior da língua, sensibilidade da faringe.
3. Vegetativa - glândula parótida.
• Avaliação motora: Pede-se ao paciente para dizer “Ah” ou bocejar e observa-se o posicionamento do palato e da úvula.
• Avaliação sensitiva: Avalia-se a gustação.
Nervo Vago ou Pneumogástrico (X)
• Tipo: misto (motor, sensitivo e vegetativo).
• Função:
1. Motora - inervação do músculo do palato mole, faringe e laringe (fonação)
. 2. Sensitiva - sensibilidade cutânea da área retroauricular e do conduto externo auditivo, da mucosa da laringe e porção inferior da faringe.
2. Vegetativa - inervação parassimpática de vísceras torácicas e abdominais.
• Avaliação motora: é possível avaliar apenas alguns pontos.
1. Reflexo do vômito ou de tosse - gera tosse ou princípio de vômito ao colocar paleta na base língua.
2. Reflexo óculo-cardíaco - gera bradicardia ao exercer pressão no globo ocular, mas não é rotina.
3. Reflexo sinocarotídeo - gera bradicardia por estímulo dos barorreceptores, mas não é rotina.
• Avaliação sensitiva: toca-se com hastes flexíveis na região retroauricular e no conduto auditivo externo (na região da orelha).
Nervo Acessório ou Espinal (XI)
• Tipo: motor
• Função: inerva os músculos esternocleidomastoideo (ECM) e trapézio
• Avaliação do m. ECM: pede-se ao paciente para girar a cabeça contra a resistência imposta pela mão do examinador, enquanto este palpa o
músculo ativo (o oposto ao lado da rotação)
• Avaliação do m .Trapézio: pede-se ao paciente para levantar os ombros contra uma resistência imposta pelo examinador na parte superior
dos ombros.
Nervo Hipoglosso (XII)
• Tipo: motor
• Função: simetria e posicionamento da língua
• Avaliação:
1. Solicita-se ao paciente que exteriorize a língua para o examinador observar simetria, presença de fasciculações (tremores) ou desvio para
algum lado
2. Solicita-se que o paciente empurre a língua contra as bochechas alternando os lados, enquanto o examinador palpa externamente para sentir a
força do movimento
CIF( Classificação Internacional de Funcionalidade, incapacidade e Saúde )
A CIF representa uma mudança de paradigma para pensar e trabalhar a deficiência e incapacidade, constituindo um importante instrumento para
informar sobre condições de vida e promoção de políticas de inclusão social. Modelos consensuais a serem incorporados pelos sistemas de
saúde, gestores e usuários, visando a utilização de um linguagem comum para a descrição dos problemas e intervenções em saúde.
CID: Estrutura e Etiologia
CIF: Funcionalidade, incapacidade e saúde
Os dois categorizam os estados de saúde

CID- Classificação Internacional de Doenças

 Atualmente está em sua 10ª edição


 Centrada no paradigma da doença (etiologia, anatomia, causas externas de lesões)
 Informações referentes a morbidade e mortalidade de indivíduos e populações
 Falta de informações referentes aos impactos das condições crônicas para indivíduos e populações

CIF- Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde

 Aprovada pela OMS em maio/2001


 Revisão ICIDH: consequências das doenças
 Baseado nos modelos médico e social de disfunção
 Visão das várias dimensões da saúde nos domínios biológico, individual e social em um interação dinâmica
1976: Este modelo descreve como uma sequência linear, as condições decorrentes de uma doença:
Doença- Deficiência- Incapacidade- desvantagem
Críticas: falta de relação entre as dimensões, não abordagem dos aspectos sociais e ambientais.
CIF: aprovada em maio/2001 pela Assembleia Mundial da Saúde.
Modelo Médico: considera a incapacidade um problema da pessoas, causado pela doença, trauma ou outro estado de saúde, que requer
assistência médica através de tratamento individual por profissionais. Os cuidados em relação a incapacidade têm como objetivo a cura ou a
adaptação do indivíduo e mudança do comportamento.
Modelo social: considera a incapacidade um problema criado socialmente, e , basicamente uma questão de integração plena do indivíduo à
sociedade. A incapacidade não é um atributo pessoal, mas um conjunto complexo de condições, muitas das quais criadas pelo ambiente social.
De acordo com este modelo a incapacidade é uma questão política

Funções do corpo: são as funções fisiológicas do corpo (inclusive funções psicológicas)


Estruturas do corpo: são as partes anatômicas do corpo como órgãos, membros e seus componentes
Deficiências: são problemas nas funções ou nas estruturas do corpo como um desvio importante ou perda.
Estrutura: Tendão Supra-espinhoso Função: Abdução do ombro
Atividade: é a execução de uma tarefa ou ação pelo indivíduo.
Participação: é o envolvimento em situações de vida diária
Limitações de atividades: são dificuldades que um indivíduo pode encontrar na execução de atividades
Restrições de participação: são problemas que um indivíduo pode enfrentar ao se envolver em situações de vida.
Fatores ambientais: compõem o ambiente físico, social e atitudinal no qual as pessoas vivem e conduzem sua vida

Atividade e Participação: mobilidade, cuidado pessoal, vida doméstica, trabalho, vida social e comunitária
Objetivos:

 Proporcionar uma base científica para a compreensão da saúde e estados relacionados saúde
 Fornecer uma linguagem comum para descrever a saúde e os relacionadas à saúde
 Permitir a comparação de dados referentes a essas condições entre diferentes serviços
 Sistema de codificação para sistemas de informação
1- A CIF utiliza um sistema alfa numérico no qual as letras b (body- corpo), s (struture- estrutura), d (domínio) e e (environment- meio
ambiente), são utilizadas para denotar as Funções do Corpo, as estruturas, do Corpo, Atividades e Participação e os Fatores Ambientais.
Códigos:
.0 não há problema (nenhum, ausente, insignificante) 0-4%
1-problema leve (leve, pequeno...) 5-24%
2- problema moderado (médio, regular...) 25-49%
3- problema grave (grande, extremo...) 50-95%
4 -problema completo (total...) 96-100%
8- não especificado
9- não aplicado
para denotar facilitadores, o ponto é substituído por um sinal “+” e para as barreiras utiliza-se o ponto.

Você também pode gostar