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1 ESTADO MENTAL
II Óptico
Acuidade visual: Tabela de Snellen a 6m;
IV e X Glossofaríngeo e Vago
Avaliar simetria do palato mole e posição da úvula durante fonação (paciente falando “A”), utilizando
um abaixador de língua; Reflexo do vômito.
XI Acessório
Avalia-se o volume e os contornos musculares do ECOM e trapézio; solicita-se ao paciente para
levantar os ombros contra a resistência do examinador e rotacionar a cabeça também contra a
resistência do examinador.
XII Hipoglosso
Avalia-se motricidade da língua; Solicitar ao paciente que movimente a língua para cima, para baixo
e para os lados; Solicitar ao paciente que empurre a bochecha com a língua contra a resistência
do examinador.
3 SISTEMA MOTOR
Tônus Muscular: Inicialmente verifica-se a existência ou não de achatamento das massas
musculares; Averigua-se o grau de consistência muscular, a qual se mostra aumentada em lesões
motoras centrais e diminuída nas periféricas (palpação); Imprimem-se movimentos naturais de
flexão e extensão de forma passiva. A amplitude do movimento é avaliada.
Força Muscular: Solicita-se que o paciente execute movimentos como: abrir e fechar as mãos,
estender e fletir o antebraço, abduzir e elevar o braço, fletir a coxa, todos ocorrendo contra a
resistência oferecida pelo examinador. O resultado deve ser registrado através da escala MRC:
4 SISTEMA SENSORIAL
Aplicam-se estímulos que ativem as diferentes vias relacionadas com cada tipo de sensibilidade;
Deve-se realizar questionamentos como: Está sentindo alguma coisa? O que? Em que local do
corpo?; Comparar os estímulos em áreas homólogas e também em vários locais do mesmo
segmento.
• Sensibilidade Tátil (algodão, pincel macio ou estesiômetro, se disponível);
• Sensibilidade Térmica (tubos de ensaio que contenham água quente e fria, lembre-se de
alternar os tubos para testar as duas temperaturas);
• Sensibilidade Dolorosa (material com ponta romba para que não sejam causados ferimentos,
fragmento de abaixador de língua pode ser utilizado);
• Sensibilidade Vibratória (diapasão em saliências ósseas);
• Sensibilidade de Pressão (compressão digital em qualquer parte do corpo, especialmente
massas musculares);
• Propriocepção (pergunta-se ao paciente a posição de algum membro em relação ao corpo).
6 COORDENAÇÃO E EQUILÍBRIO
Coordenação: aplica-se as provas index-nariz, index-index, calcanhar-joelho e prova dos
movimentos alternados (diadococinesia).
Equilíbrio: Solicita-se que o paciente fique em pé, com os pés juntos, olhando para frente. Em
seguida, ordena-se que ele feche os olhos (prova de Romberg).
7 SINAIS DE IRRITAÇÃO MENÍNGEA (vide descrição adiante)
Marcha tanolante
Também denominada marcha tabética. Para se locomover, o paciente mantém o olhar fixo no chão;
os membros inferiores são levantados abrupta e explosivamente, e, ao serem recolocados no chão,
os calcanhares tocam o solo de modo bem pesado. Com os olhos fechados, a marcha apresenta
acentuada piora, ou se torna impossível. Indica perda da sensibilidade proprioceptiva por lesão do
cordão posterior da medula. Sua principal causa é a Neurossífilis.
Superficiais:
REFLEXOS PATOLÓGICOS
Sinal de Babinski: Resposta de extensão dos dedos, principalmente do hálux e abertura em leque
dos outros dedos. Estímulo da superfície plantar a partir do calcanhar, subindo lateralmente até
próximo ao último pododáctilo, tomando direção medial até base do hálux.
Suscedâneos mais usados:
-Chaddock: Estimula-se a face lateral do pé em vez da sola (muito usado na pediatria);
-Oppenheim: Examinador arrasta os dedos contra a superfície ântero-medial da tíbia do
paciente da região abaixo do joelho até o tornozelo (muito usado na ortopedia).
Reflexo de preensão: Após estimulação tátil da superfície palmar do paciente, ocorre preensão dos
dedos do examinador pelo paciente e a tentativa de retirada, aumenta a preensão (lesões do lobo
frontal).
Reflexo palmomentoniano: É a contração do músculo mentual e orbicular da boca, a partir de
estímulo firme na eminência tenar da mão (pode aparecer em indivíduos normais, porém fraco).
Sinal de Hoffmann: Análogo do Babinski nos membros superiores. A mão do paciente deve estar
relaxada. Examinador segura mão do paciente e com a outra mão segura o dedo médio e faz flexão
abrupta da parte distal do dedo. A resposta é a flexão dos outros dedos da mão e adução do
polegar.
COORDENAÇÃO
Dissinergia: Falta de velocidade e habilidade na realização de movimentos que requerem a
atividade coordenada de diversos grupos musculares;
Dismetria: Erros no julgamento e avaliação da distância, velocidade, força e direção do movimento;
Disdiadococinesia: Incapacidade de realizar movimentos repetidos rápidos ou movimentos
alternados rápidos;
Tremor Intencional: Movimentos espasmódicos irregulares ao executar um movimento com uma
finalidade. Aumentam amplitude a medida que se aproximam do alvo;
Tremor postural: Ocorre quando o paciente mantém algum segmento corporal, conscientemente
parado;
Ataxia: Alteração do equilíbrio;
Ataxia estática: Se manifesta em posição parada;
Ataxia motora: Se manifesta em movimentos.
MOVIMENTOS ANORMAIS
Transtornos hipocinéticos
Bradicinesia: Lentidão do movimento;
Rigidez: Aumento da resistência ao movimento passivo de uma articulação.
Transtornos hipercinéticos
Tremores: Oscilações relativamente rítmicas e involuntárias por todo o corpo
Coreia (dança): Movimentos involuntários bruscos e rápidos, sem obedecer a nenhum ritmo.
Atetose: Hipercinesias mais lentas, prolongadas e de maior amplitude do que a coreia e há
contorção dos membros, tronco, cabeça, face ou língua.
Balismo: Movimentos de arremesso violentos, súbitos, de grande amplitude e incessantes. Podem
ocorrer em um hemicorpo, caracterizando o hemibalismo.
Fasciculações: Movimentos finos, rápidos que aparecem com a contração de um feixe de fibras
musculares (podem aparecer na síndrome do neurônio motor inferior).
Fibrilações: Contrações finas limitadas a uma única fibra muscular ou a um grupo de fibras menores
que as das fasciculações.
Mioclonia: Contrações musculares súbitas e breves (~200ms). “Susto”.
Clônus: Abalos musculares com intervalos regulares de menos de 1 a 2 segundos.
Espasmos: Contrações involuntárias do músculo que são mais sustentadas do que as mioclonias.
SENSIBILIDADE
Alodinia: Sensação dolorosa por um estímulo inócuo;
Analgesia: Ausência de sensibilidade à dor;
Hipoalgesia: Redução da sensibilidade dolorosa;
Hiperalgesia: Exacerbação da sensibilidade dolorosa;
Anestesia: Ausência de qualquer sensação;
Disestesias: Alteração da sensibilidade;
Hiperestesia: Aumento da intensidade ou duração da sensação após estímulo;
Hipoestesia: Diminuição da sensibilidade;
Parestesia: Sensações espontâneas, desagradáveis (dormência, formigamento, picada ou
queimação);
Esterognosia: Capacidade de identificar objeto pelo tato;
Grafestesia: Capacidade de identificar desenho traçado sobre a pele;
Barognosia: Capacidade de identificar pesos diferentes;
Hipopalestesia: Diminuição da sensibilidade vibratória.
SINAIS MENÍNGEOS
Decorrem de acometimentos que produzem tensão sobre as raízes nervosas espinais inflamadas
e hipersensíveis e os sinais resultantes são posturas que reduzem essa distorção das raízes.
Sinal de Brudzinski: Mantendo-se a flexão do pescoço por alguns segundos, há flexão dos
membros inferiores;
Sinal de Kernig: Coxa e joelho a 90 graus e tentativa de extensão do joelho com consequente dor
e resistência ao movimento;
Sinal de Laségue: Semelhante ao Kernig, porém com a perna estendida (usado para avaliar
irritação de raízes em radiculopatia lombossacra).
POSTURAS ANORMAIS CORRELATAS A COMA E ME
Decorticação (ilustração A na figura abaixo): Postura de flexão dos membros superiores –
especificamente cotovelos e punhos – e de extensão de membros inferiores. Este é geralmente
produzido por lesões do trato corticoespinal ou hemisfério cerebral.
Descerebração (ilustração B na figura abaixo): Extensão dos membros inferiores e superiores
acompanhada de adução, extensão e rotação interna dos ombros, cotovelos e punhos. Este padrão
ocorre comumente após lesões bilaterais no mesencéfalo e na ponte.