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Ectoscopia

SOMATOSCOPIA ou ECTOSCOPIA: É a denominação que se dá à avaliação global do


doente. É a primeira. etapa do exame físico, devendo ser Iniciada ao primeiro contato
com o paciente. Seu objetivo é a obtenção de dados gerais (independe da queixa do
paciente). A avaliação deve ser crânio-caudal.

“Quando o médico olha o paciente ele está fazendo duas coisas: inspecionando seu
corpo (parte técnica) ao mesmo tempo em que vê a pessoa que se sente doente
(componente psicológico)“. (Porto, C.C.)

O que avaliar:
1. Geral: avaliação subjetiva do conjunto de dados exibidos pelo paciente

Bom estado geral

Estado geral regular ou levemente


comprometido

Estado geral ruim ou muito comprometido

2. Estado de consciência: (consciente/inconsciente) e orientação temporal e espacial


Normal: - Consciente, orientado no tempo e no espaço, colaborativo com o
exame.
- Acordado, ativo, reativo (para bebês).

3. Postura: Posição adotada pelo paciente


a) Postura Ativa: é aquela assumida espontaneamente Boa Postura / Má postura
b) Postura passiva: impossibilidade do paciente em mudar de posição sem auxílio de
outra pessoa
c) Postura antálgica: adotada para alívio de dor

4. Higiene pessoal:
Observar: Hálito do paciente; odor de secreções

5. Dependência:
Se veio à consulta sozinho; acompanhado; em cadeira de rodas; de muletas ou
bengalas

6. Fala e linguagem:
Avaliar a voz, avaliar a lógica do discurso, se há distúrbios de articulação das palavras,
de troca de letras ou se fala o nome dos objetos corretamente.

Alterações: Disfonia ou afonia; Dislalia; Disartria; Disfasia


7. Biotipo, peso e altura
a) Biotipo ou tipo morfológico: é o conjunto de características morfológicas apresentadas
pelo indivíduo
Brevilíneo: membros curtos, tórax alargado, estatura baixa
Longilíneo: tórax afilado e achatado, membros longos e musculatura delgada
Normolíneo: desenvolvimento do corpo, musculatura e do panículo adiposo harmônicos
b) Peso e altura: medido em centímetros com paciente descalço e em posição ereta ->
tarar a balança antes
8. Fácies: Expressão fisionômica do paciente
a) Fácies normal ou atípica
b) Fácies anormais ou típicas (Fácies leonina; mongolóide; hipocrática; etc.)

9. Tegumento: Pele e mucosas externas (conjuntiva, mucolabial, gengival e lingual)


a) Coloração (+/++++)

Normocoradas; hipocoradas; hiperemia de


conjuntiva
Ictéricas / Anictéricas
Cianóticas / Acianóticas
Com ou sem bronzeamento

b) Hidratação
Úmidas, hidratadas, com saliva fluida/Desidratado
c)Turgor cutâneo:

Normal / Diminuído
d) Textura da pele:

Pele áspera; enrugada, fina e lisa, de textura normal


e) Perfusão capilar:

Preservada/Diminuída
f) Temperatura cutânea:

Normal/Aumentada (quente)
g) Presença de lesões elementares (Bechelli & Curban)

I - Modificações da cor sem relevo ou espessamento: MANCHAS OU MÁCULAS

a) Relacionadas à melanina (ex: hiper, hipo e acrômica)


b) Deposição de pigmentos (ex: bilirrubina, caroteno)
c) Alterações vasculares (desaparecem à compressão - ex: eritema, telangiectasias)
d) Sufusões hemorrágicas (pigmento hemático) - petéquias (puntiformes) - víbices (forma linear) -
equimoses (em placas) - hematomas (maiores que equimoses, em geral com abaulamento local e de
origem traumática)
II- Lesões sólidas

a) Pápulas (elevações sólidas de até 0,5 cm / diâmetro, situados na derme)


b) Tubérculos (elevações sólidas > 0,5 cm / diâmetro, situados na derme)
c) Nódulo (pequenos, hipoderme);
Tumor ou Nodosidade (>3cm/diâmetro, hipoderme);
Goma (nodosidades que amolecem e ulceram, hipoderme) > são mais perceptíveis à
palpação
d) Urticariforme (elevações planas, achatadas, bordas irregulares, diversos formatos,
coalescentes e pruriginosas)
e) Queratose ou Ceratose (espessamento da epiderme, dura e geral// opaca e esbranquiçada)
f) Espessamento ou Infiltração (consistência e espessura da pele, mas depressível)
g) Liquenificação (espessamento da pele, com estrias > quadriculado em rede)
h) Vegetações (elevações filiformes ou de ―couve-flor‖)
i) Esclerose (aumento da consistência e aderência aos planos profundos, não móvel)
III. Lesões de conteúdo líquido
a) Vesícula (até 0,5 cm, líquido seroso)
b) Bolha ou flictena (> 0,5 cm, líquido seroso)
c) Pústula (vesícula ou bolha com conteúdo purulento)
d) Abcesso (coleção purulenta, flutuante, dermo-
hipodérmicas)

IV. Soluções de continuidade (descontinuidade tegumentar, perdas teciduais)

a) Escoriação (perda da epiderme)


b) Úlcera/Ulceração (perda chega a atingir a derme)
c) Fissura (perda de substância linear, superficial ou profunda)
d) Fístula (condutos cutâneos com eliminação de líquidos, lesões
secretantes)

V. Lesões caducas

a) Escamas (lâmina epidérmica seca que se desprende da pele -> furfuráceas - em


farelos; laminares ou foliáceas – em tiras)
b) Crosta (ressecamento de secreções sobre uma lesão cutânea)
c) Escara (tecido cutâneo necrosado)

VI. Sequelas

a) Atrofia (adelgaçamento da pele, que fica fina, lisa, transparente – ex: estrias –
atrofias lineares em regiões de tração mecânica da pele)
b) Cicatriz (reposição de perda tecidual por tecido fibroso – ex: quelóide – cicatriz
saliente)

Observação: É FREQUENTE A ASSOCIAÇÃO DE LESÕES – Exemplo: lesão


eritematobolhosa ou eritematopapular ou eritematovesicular, etc…

10. Fâneros
a) Pêlos: Distribuição Quantidade Cor, brilho
b) Unhas: Forma, espessura, consistência, brilho, coloração

11. Tecido subcutâneo


Distribuição varia com idade
Quantidade
Edema (localização, consistência, intensidade)

12. Linfonodos:
Avaliar: tamanho, consistência, mobilidade, sensibilidade, calor e rubor
Grupos: Occipitais, pré-auriculares, retroauriculares, submandibulares, submentonianos,
cervicais anteriores (superficiais e profundos) e posteriores, supra claviculares,
infraclaviculares, trocleares, axilares Inguinais, poplíteos, tonsila palatina
COONG + Pescoço
COONG = Cabeça, olhos, ouvidos, nariz e garganta.

PALPAÇÃO DOS LINFONODOS CERVICAIS

Conceitos: O exame físico geral inclui a investigação sistemática dos linfonodos e,


neste primeiro momento, iremos nos deter ao exame dos Iinfonodos da cabeça e
pescoço. O exame dos linfonodos se faz por meio de inspeção e palpação, um método
complementando o outro. Completa-se a investigação examinando o trajeto dos vasos
linfáticos. Devese avaliar em cada Iinfonodo: o tamanho, a consistência, a mobilidade, a
coalescência, e a presença de sinais flogísticos como calor, rubor e dor. Observar
também se há alteração da pele da região Os gânglios linfáticos da cabeça e do
pescoço são classificados em grupos: Pré-auriculares ; Auriculares posteriores
Occipitais Tonsilar ; Sub-mandibulares ; Submentonianos Cervicais Anteriores
Superficiais; Cervicais Anteriores Profundos Cervicais posteriores
Supraclaviculares.

Procedimento: - Antes e após examinar um paciente lave as mãos. - A palpação é


realizada com as polpas digitais e face ventral dos dedos médio, indicador e anular.
Deve-se ir ajustando a posição da extremidade cefálica de modo a relaxar os músculos
do pescoço (fletir levemente o pescoço e inclinar ligeiramente a cabeça para o lado que
se deseja examinar). Os linfonodos cervicais são mais

facilmente palpáveis quando o examinador coloca-se por trás do paciente.

REGISTRO DO EXAME NORMAL: sem linfonodomegalias ou sem linfonodos


palpáveis

INSPEÇÃO E PALPAÇÃO DA CABEÇA

Procedimento: Antes e após examinar um paciente lave as mãos. - Observar


anormalidades, abaulamentos, retrações e malformações cranianas. - Observar se há
desvio da posição da cabeça (ex: torcicolo) ou movimentos anormais. - Fazer a
inspeção e palpação da cabeça e couro cabeludo. - Palpar e avaliar tamanho e
consistência de fontanelas (em crianças neonatais, podese palpar fontanela anterior e
posterior abertas. Até 2 anos de idade, palpa-se a fontanela anterior cada vez mais
fibrosa e com fechamento concêntrico). Em adultos as fontanelas não são patentes. -
Palpar e avaliar cavalgamento de suturas cranianas. - Observar linha de implantação
das orelhas.

REGISTRO DO EXAME NORMAL: - COONG >> Cabeça, Olhos, Ouvido, Nariz e


Garganta * Cabeça: normal, orelhas bem implantadas.

OROSCOPIA

Procedimento: Antes e após examinar um paciente lave as mãos. - Inicialmente,


visualizam-se os lábios, os dentes, as gengivas, a face interna das bochechas, a língua,
o assoalho da boca e os óstios das glândulas salivares.

- A seguir solicita-se a protusão da língua pelo paciente, acompanhada da fonação de


―AHHH‖. Se necessário, faz-se a depressão da língua nos seus dois terços anteriores
com a língua relaxada para evitar o reflexo nauseoso.
- Visualizam-se então os pilares amigdalianos, o palato mole e sua motilidade, a loja da
amígdala palatina e seu conteúdo, a base da língua e a parede posterior da faringe. O
examinador deve ficar atento às características das mucosas, normalmente rosadas e
de coloração uniforme, brilhantes e úmidas.

REGISTRO DO EXAME NORMAL: - COONG >> Cabeça, Olhos, Ouvido, Nariz e


Garganta * Cavidade oral normal, sem secreções ou gotejamento posterior (ou no
nasocavum ou na nasofaringe).

OLHOS E PUPILAS

Conceitos: Denomina-se midríase a pupila dilatada e miose a pupila contraída.


Anisocoria significa pupilas de tamanho desigual e discoria é a irregularidade do
contorno pupilar. Cumpre salientar que em 5% dos indivíduos normais o tamanho das
pupilas não é exatamente igual.

Procedimentos:
- Antes e após examinar um paciente lave as mãos.
- Avaliar:
* Pálpebras: Nerificar se há edema, retração palpebral, epicanto, xantelasma e outras
alterações.
* Globos Oculares: Verificar a presença de exoftalmia, enoftalmia, desvios
(estrabismos), movimentos involuntários.
* Conjuntivas: Normalmente são róseas, vendo-se a rede vascular levemente
desenhada. Poder estar pálidas ou hipocoradas (anemia), amareladas (icterícia) e
hiperemiada (conjuntivites, traumatismos).
* Esclera: Normalmente branca, pode estar amarelada (icterícia >> diferenciar da
coloração amarelada das pessoas de pele negra, quando ocorre em placas, manchas
e/ou ausente em regiões sem exposição à luz)
* Cristalino: nas cataratas que tornam o cristalino opaco, observa-se áreas brancas no
interior das pupilas (visível a olho nu).
* Córnea: Pterígio >> espessamento triangular da conjuntiva que cresce atingindo a
superfície externa da córnea.
* Pupilas:
Características:
a) forma: normalmente arredondadas ou levemente ovaladas;
b) localização: centrais;
c) tamanho: variável de acordo com a claridade do ambiente.
d) reflexos: solicitar ao paciente para olhar um ponto fixo à frente.Incidir um feixe de
luz em uma pupila de cada vez e avaliar:
- Fotomotor (contração pupilar à luz)
- Consensual (contração pupilar de um lado pela estimulação luminosa no outro olho)
- Acomodação (contração das pupilas e convergência dos lobos oculares à medida que
se aproxima do nariz um foco luminoso)

REGISTRO DO EXAME NORMAL: Pupilas isocóricas e fotorreativas.

PARES CRANIANOS – EXAME BÁSICO

Conceitos:
1> lterações do olfato: diminuição (hiposmia), ausência (anosmia), parosmia (perversão
do olfato), cacosmia (sensação olfativa desagradável inapropriada), alucinações
olfativas
2> Alterações da visão: ambliopia (défcit visual); amaurose (cegueira); diplopia (visão
dupla); estrabismo convergente ou divergente; Movimento anormal : nistagmo horizontal
ou vertical
3> Alterações auditivas: deficitárias >> hipoacusia (diminuição), acusia
(ausência);
Por estimulação >> (zumbido, hiperacusia, alucinações auditivas)
4> Alterações gustativas: deficitárias: hipogeusia ou ageusia

Nervo craneano Par Inervações Função primária Testes


Olfatório I Sensorial Olfato Identificar odores

Óptico II Sensorial Visão


- Acuidade visual (Contar dedos; enumerar o que se vê na sala de exames).
- Campo visual (Posicionar-se atrás do paciente. Solicitar ao paciente para fixar um
ponto à frente, identificar e dizer, sem mover a cabeça, aonde está a mão do
examinador).

Oculomotor III Motor


- Elevação das pálpebras, movimentação ocular, miose, acomodação visual - Reflexo
pupilar (descrito no exame dos olhos).
- Movimentos oculares (―+‖, ―H‖ e circular >> posicionar-se de frente para o paciente.
Solicitar-lhe para acompanhar com os olhos, sem mover a cabeça, um objeto na mão do
examinador). Troclear IV Motor Músculo oblíquo superior

Abducente VI Motor Músculo reto lateral

Trigêmeo V Motor Músculos mastigatórios


Movimentos mastigatórios: - abrir e fechar a boca >> deve-se manter a mandíbula na
linha média; - trincar os dentes >> observar debilidade - lateralizar a mandíbula >>
observar se há dificuldade

Trigêmeo V Sensorial Pele face, conjuntiva, dentes


- Teste de sensibilidade por raiz sensitiva (oftálmica, maxilar e mandibular). Utilizar
algodão ou pincel e objeto de ponta fina.

Facial VII Motor


Músculos da expressão facial e platisma
Sorrir, fazer movimentos da face, enrugar a testa, franzir os supercílios, cerrar as
pálpebras, mostrar os dentes, abrir a boca, assobiar e contrair o platisma

Facial VII Sensorial


Gosto nos 2/3 anteriores da língua
Teste gustativo

Vestibulococlear VIII Sensorial Audição e equilíbrio


Teste coclear
a) Transmissão aérea do som: posicionar-se por trás do paciente. Promover a vibração
do diapasão e aproxima-lo de um dos meatos acústicos externos, solicitando ao
paciente para localizar a orelha estimulada; idem com a voz cochichada
b) Trasmissão óssea do som: teste de Rinne >> promover a vibração do diapasão e
aplicá-lo em cada uma das mastóides, solicitando ao paciente para dizer se percebe a
vibração.
- Teste vestibular: Sinal de Romberg sensibilizado: se for positivo, há desequilíbrio para
o lado lesado

Glossofaríngeo (IX) Vago (X)


Motor e Sensorial
Gosto no 1/3 posterior da língua Faringe, língua, laringe, vísceras torácicas e
abdominais
Reflexo da garganta (descrito anteriormente na oroscopia)

Acessório XI Motor
Músculos esternocleidomastóideo e trapézio
Mover ombros e pescoço contra resistência

Hipoglosso XII Motor Músculos da língua


Observar a posição da língua durante a oroscopia (desvio da língua para o lado da
lesão)

Aparelho Cardiovascular
INTRODUÇÃO AO EXAME CARDIOVASCULAR

Conceitos:

* Ciclo cardíaco é a seqüência de fatos que acontece a cada batimento cardíaco.


* O coração ciclicamente se contrai e relaxa. Quando se contrai, ejeta o sangue em
direção às artérias, na fase chamada de sístole. Quando relaxa, recebe o sangue
proveniente das veias, na fase chamada diástole.
Exame cardiovascular:

Inclui os aspectos do exame físico geral pertinentes ao aparelho cardiovascular


(alterações da coloração da pele e mucosas, edema, perfusão periférica), exame dos
pulsos arteriais e venoso jugular, tomada da pressão arterial, inspeção palpação e
ausculta do precórdio.

SINTOMAS:
A) DOR TORÁCICA: Dor origem pericárdica * Dor de origem aórtica * Dor de origem
psicogênica * Dor de isquemia miocárdica
B) PALPITAÇÕES: Percepção incômoda dos batimentos cardíacos
* Descritas como: Paradas; tremor do coração; falhas; arrancos; batimentos mais fortes
* Decorrentes de transtornos do ritmo e da frequência cardíaca
C) DISPNÉIA: Cansaço, canseira, falta de ar, fôlego curto, fadiga ou respiração difícil
* Sensação consciente e desagradável do ato de respirar
D) OUTROS: Tosse e expectoração, roncos e sibilos, hemoptise, tontura e vertigem,
alterações do sono, edema, astenia

INSPEÇÃO E PALPAÇÃO
Inspeção e palpação do precórdio: Pesquisa de abaulamentos, análise do ictus cordis,
dos movimentos visíveis e/ou palpáveis, palpação de bulhas, pesquisa de frêmitos.
Posições: em decúbitos dorsal, laterais e sentado
Observar: Abaulamento; Impulsões de borda esternal; Retrações; Malformações
torácicas; Batimentos ou Movimentos; Frêmito Cardiovascular;
Ictus Cordis: Choque de Ponta - Cruzamento da linha hemiclavicular esquerda com 5º
espaço intercostal
* Avaliar: Localização; Extensão; Mobilidade; Intensidade e forma de impulsão; Ritmo e
freqüência
* Comparar com pulsos carotídeos
AUSCULTA CARDÍACA:
Identificar cada um dos focos principais de ausculta. Pode ser complementada
posicionando-se o estetoscópio nas regiões axilar E, cervical D, interescapular, ou em
qualquer ponto do percórdio.

SEMIOTÉCNICA:

 LAVAR AS MÃOS ANTES E DEPOIS DE EXAMINAR O PACIENTE


 Estetoscópio
 Ambiente de ausculta
 Posição do paciente e do examinador
 Orientação do Paciente
 Escolha do receptor adequado
 Aplicação correta do receptor
 Manobras especiais
Localização 5º EIE dentro da linha hemiclavicular
Extensão 2 cm (1 ½ polpa digital)
Duração Pequena - 1/3 inicial da sístole - Amplitude Pequena (não eleva o dedo que
palpa nem oferece resistência a compressão digital)
Mobilidade: Desloca-se 2 a 3 cm para E, em decúbito lateral E
FOCOS OU ÁREAS DE AUSCULTA

 Foco ou área mitral = 5º Espaço intercostal esquerdo na linha hemiclavicular,


corresponde ao ictus cordis
 Foco ou área pulmonar = 2º espaço intercostal esquerdo junto ao esterno
 Foco ou área aórtica = 2º espaço intercostal direito junto ao esterno
 Foco aórtico acessório = 3º e 4º espaço intercostal esquerdo
 Foco ou área tricúspide = Base do apêndice xifóide ligeiramente a esquerda
 Outras áreas do precórdio e adjacências: Borda esternal esquerda, borda esterna
direita, regiões infra e supraclaviculares, regiões laterais do pescoço e região
interescapulovertebrais
BULHAS CARDÍACAS:

 Primeira bulha (B1): Fechamento das valvas mitral e tricuspide, componente


mitral antecede tricúspide, coincide com ictus cordis e pulso carotídeo, timbre
mais grave, representação - TUM
 Segunda bulha (B2): Fechamento das valvas aórtica e pulmonar, timbre mais
agudo, representação - TA
 Terceira bulha (B3): Vibrações da parede ventricular subitamente distendida pela
corrente sanguínea que penetra na cavidade durante o enchimento ventricular
rápido, ruído de baixa frequência (Utilizar campanula), representação - TU
 Quarta bulha (B4): Ruído débil, ocorre no final da diástole ― brusca
desaceleração do fluxo sanguíneo mobilizado pela contração atrial de encontro à
massa sanguínea existente no interior do ventrículo
LOCALIZAÇÃO DOS FENÔMENOS ESTETOACÚSTICOS:
Protossístole; Mesossístole; Telessístole; Holossístole; Protodiástole; Mesodiástole;
Telediástole; Holodiástole

RITMO CARDÍACO:
Duas bulhas = dois tempos = binário
Terceiro ruído = três tempos = ritmo tríplice
TUM-TA-TU _ TUM-TA-TU _ TUM-TA TU

SOPROS:
• Vibrações decorrentes da mudança do fluxo sanguíneo de laminar para turbulento
• Alterações dos vasos, das câmaras cardíacas, das valvas, estreitamentos,dilatações,
malformações,
• Alterações do sangue (anemia); febre
• TIPOS: Sistólicos/Diastólicos

ATRITO PERICÁRDICO:
Ruído provocado pelo roçar dos folhetos que perderam sua características normais.

Prática simulada: Ausculta cardíaca

Identificar no manequim os principais focos de ausculta: aórtico, pulmonar, aórtico


acessório, tricúspide, mitral, BEE, BED
2.1 Ausculta normal (H1): primeira e segunda bulhas, observar intensidade, ritmo e
frequência
2.2 Bulhas acessórias (H7, H8): terceira e quarta bulhas
2.3 Sons anormais:
2.3.1 Sopros: Insuficiência aórtica (H2), estenose pulmonar (H3), estenose mitral
(H4), insuficiência mitral (H5), HVE (H6), CIA (H 10), DAP (11), CIV
(H12)
2.3.2 Cliques e estalidos: Prolapso de mitral (H9), estenose mitral (H4, BEE e foco
mitral)

AFERIÇÃO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA


* Freqüência cardíaca ou ritmo cardíaco é o número de vezes que o coração bate (ou
cicla) por minuto.
* É expressa em bpm: batimentos por minuto
* Medida em repouso:
MATERIAL – relógio, cronômetro, estestocópio
TÉCNICAS – lavar as mãos; orientar paciente quanto ao exame 1. Por ausculta
cardíaca >> comparar compulso carotídeo 2. Por palpação do
íctus-cordis CONTAR POR UM MINUTO!!!
* Faixa normal: O coração humano bate entre 60 e 100 bpm. Número de batimentos
abaixo de 60 bpm >> Bradicardia. Número de batimentos acima de 100 bpm >>
Taquicardia.

AFERIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL


* Posições do paciente: Deitado / Assentado / Ortostatismo
O braço deve encontra-se sempre no mesmo plano que o do coração !!!
Conceito: Força exercida pelo sangue contra a parede das artérias e das artérias, por
sua força elástica, sobre o sangue.
Componentes:
- Pressão sistólica - PS: Pressão mais elevada observada nas artérias durante a fase
sistólica do ciclo cardíaco.
- Pressão diastólica - PD: Pressão mais baixa detectada na aorta e seus ramos durante
a fase diastólica do ciclo cardíaco.
Métodos:
- Diretos (invasivos): cateter intra-arterial (PIA).
- Indiretos (não invasivos): esfigmomanômetria.

Conhecendo o aparelho de pressão (esfigmomanômetro) e o estetoscópio:


- Retirar da embalagem
- Abrir o tensiômetro em toda a sua extensão, identificando seus componentes: Face
interna (ajustes/presilha ou velcro, indicação de posicionamento sobre a artéria);
Manômetro - Mercúrio: mais confiável, altura x peso coluna de Hg. Também exige
recalibração - Aneróide: recalibrações periódicas; Pêra para insuflação e válvula; Face
externa: local para fixação do manômetro; Conjunto manguito-bolsa pneumática: largura
- comprimento do segmento da artéria a ser ocluída; comprimento - área do membro
que a pressão será aplicada quando a bolsa for insuflada. Identificar os componentes do
estetoscópio: olivas, hastes, tubos condutores, receptor (diafragma e campânula).

Sons de Korotkoff
Fase I: surgimento dos primeiros sons (pequena intensidade e alta freqüência).
Fase II: sons suaves e prolongados. Podem ser inaudíveis (hiato auscultatório).
Fase III: sons mais intensos e nítidos (hiato auscultatório).
Fase IV: sons de baixa intensidade e abafados (níveis de pressão da bolsa
discretamente > pressão diastólica).
Fase V: desaparecimento dos sons.

Fatores que influenciam a PA:


Sobrecarga física e emocional, Fumo, Consumo de bebidas alcoólicas, Colocação
inadequada do manguito, Emprego inadequado do estetoscópio, Local da medida da
pressão arterial, Posicionamento do paciente, Método auscultatório

Erros na medida da PA
Erros do examinador: – Observação – Princípios básicos – Aplicação do método
Erros instrumentais: – Emprego do aparelho com manguito de tamanho inadequado ou
descalibrado.

DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO DE MEDIDA DA PRESSÃO ARTERIAL

>>> Lavar as mãos antes de iniciar


1. Explicar o procedimento ao paciente
2. Certificar-se de que o paciente:
a. Não está com a bexiga cheia
b. Não praticou exercícios físicos
c. Não ingeriu bebidas alcoólicas, café, alimentos ou fumou até 30 minutos antes da
medida.
d. Está ou não sentindo alguma dor
3. Deixar o paciente descansar por 5-10 minutos em ambiente calmo com temperatura
agradável.
4. Localizar a artéria braquial por palpação.
Artéria braquial: braço em leve flexão; palpar com dedos indicador, médio e anular
e sentir pulsações da artéria braquial, medialmente ao ventre/tendão do bíceps, acima
da fossa cubital.
5. Colocar o manguito adequado firmemente, cerca de 2 a 3cm acima da fossa
antecubital, centralizando a bolsa de borracha (manguito) sobre a artéria braquial.
6. Manter o braço do paciente na altura do coração
7. Posicionar os olhos no mesmo nível da coluna de mercúrio ou do mostrador do
manômetro.
8. Palpar o pulso radial, inflar o manguito até o desaparecimento do pulso para
estimação do nível da pressão sistólica, desinsuflar rapidamente e aguardar de 14 a 30
segundos antes de inflar novamente.
9. Colocar as olivas do estetoscópio nas orelhas, com a curvatura voltada para frente.
10. Identificar a artéria braquial na fossa cubital e posicionar a campânula do
estetoscópio suavemente sobre ela evitando compressão excessiva.
11. Solicitar ao paciente que mantenha o braço relaxado, não levante a cabeça e não
fale durante o processo da medida.
12. Inflar rapidamente, de 10 em 10mmHg, até ultrapassar 20 a 30mmHg, o nível
estimado da pressão sistólica.
13. Proceder à deflação a velocidade constante inicial de 2 a 4mmHg/seg.
14. Após a determinação de PA sistólica (PS), aumentar para 5 a 6mmHg/seg, evitando
congestão venosa e desconforto para o paciente.
15. Determinar a PS no momento do aparecimento do primeiro som (Fase I de
Korotkoff) que se intensifica com o aumento da velocidade de deflação.
16. Determinar a Pressão Diastólica (PD) no desaparecimento do som (Fase V de
Korotkoff), exceto em condições especiais. Auscultar cerca de 20 a 30mmHg abaixo do
último som para confirmar o seu desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e
completa.
17. Registrar os valores das PS e PD, complementando com a posição do paciente,
tamanho do manguito, e o braço em que foi feita a mensuração. Deverá ser registrado
sempre o valor da pressão identificado na escala do manômetro, que varia de 2 em
2mmHg, evitando-se arredondamentos e valores terminados em 5. 18. Esperar 1 a 2
minutos antes de realizar novas medidas. Orientar para que o paciente faça movimentos
de fechar e abrir as mãos para restabelecer adequadamente a circulação local.
19. Lave as mãos novamente ao término.
Descrição do exame normal: PA: 120/80 mmHg, deitado, MSD (membro Superior
Direito) ou MSE (Membro Superior Esquerdo). Em caso de crianças, acrescentar os
centímetros do manguito.

AFERIÇÃO DA FREQUÊNCIA DE PULSO


CARACTERÍSTICAS SEMIOLÓGICAS
PULSO arterial: É a expansão e contração alternada de uma artéria após a ejeção de
um volume de sangue na aorta com a contração do ventrículo esquerdo.
Localização e palpação do pulso radial
• Pulso radial: Localizado medialmente ao processo estilóide do rádio, emprega-se a
polpa dos dedos indicador e médio
- Polegar se fixa ao dorso do punho
- Antebraço apoiado e em supinação
PROCEDIMENTO PARA VERIFICAÇÃO DA FREQUÊNCIA DE PULSO
1. Lavar as mãos
2. Orientar o paciente quanto ao procedimento
3. Colocar o paciente em posição confortável, sentado ou deitado, porém sempre com o
braço apoiado Identificar e palpar o pulso radial
4. Observar:
- Estado da parede da artéria (lisa, endurecida, tortuosa);
- Ritmo (regular, irregular);
- Amplitude ou Magnitude (ampla, mediana, pequena);
- Tensão ou dureza (mole, duro);
- Tipos de onda (normal, paradoxal, filiforme);
5. Comparar com o lado homólogo (igualdade, desigualdade).
6. Contar o número de pulsações durante 1 minuto inteiro
7. Anotar
8. Lavar as mãos ao término

Descrição do exame normal: Pulsos palpáveis, simétricos e sem anormalidades. FP


= ... ppm (pulsações por minuto).
- Acima de 100 ppm = taquisfigmia
- Abaixo de 60 ppm = bradisfigmia

PALPAÇÃO DE PULSOS ARTERIAIS


Estado da parede arterial,frequência, ritmo, amplitude, tensão, tipo, simetria. Examinar
pulsos radial, carotídeo, temporal superficial, subclávio, axilar, braquial, cubitais, aórtico
abdominal, ilíaco, femoral, poplíteo, tibial anterior, pedioso, tibial posterior.

Procedimento para a palpação de pulsos arteriais:


1. Lavar as mãos
2. Orientar o paciente quanto ao procedimento.
3. Colocar o paciente em posição confortável, sentado ou deitado, porém sempre com o
braço apoiado. Identificar e palpar o pulso radial.
4. Fazer uma palpação sistematizada (iniciar na face e progredir caudalmente)
5. Observar: -Estado da parede da artéria (lisa, endurecida, tortuosa); -Ritmo (regular,
irregular); -Amplitude ou Magnitude (ampla, mediana, pequena); - Tensão ou dureza
(mole, duro); -Tipos de onda (normal, paradoxal, filiforme);
6. Comparar com o lado homólogo (igualdade, desigualdade).
7. Anotar em prontuário
8. Lavar as mãos ao término

Pulso carotídeo (artéria carótida comum):


- Inclinar o pescoço para o lado em que se vai palpar
- Observa-se a região do pescoço do paciente e identifique o músculo
esternocleidomastóideo;
- Palpar o pomo de adão, deslizar os dedos lateralmente, afastando-se borda anterior do
músculo esternocleidomastóideo;
- Palpa-se com polpa digital do polegar ou polpa digital dedos indicador e médio, no
terço médio do ventre muscular;
- Palpar com delicadeza para não comprimir seio carotídeo (pode levar a bradicardia,
parada cardíaca, desprendimento de trombos aderidos);
- Não se deve palpar ambas artérias carótidas ao mesmo tempo;

Pulso braquial:
- Braço em leve flexão
- Palpar com dedos indicador, médio e anular e sentir pulsações da artéria braquial,
medialmente ao ventre/tendão do bíceps, acima da fossa cubital.

Pulso radial:
- Localizado medialmente ao processo estilóide do rádio
- Emprega-se a polpa dos dedos indicador e médio
- Polegar se fixa ao dorso do punho
- Antebraço apoiado e em supinação

Pulso aórtico abdominal:


- Decúbito dorsal, leve flexão da articulação coxo-femural
- Palpar com ambas as mãos no espaço compreendido entre apêndice xifóide e cicatriz
umbilical, pressionando contra coluna vertebral.

Pulso femoral:
- Paciente decúbito dorsal
- Dedos indicador, médio e anular palpar trígono femoral

Pulso pedioso:
- Palpar entre primeiro e segundo metatarso, com dedos indicador, médio e anular

Pulso tibial posterior:


- Palpar região retromaleolar medial, com dedos indicador, médio e anular e fixando o
polegar na região maleolar lateral

REGISTRO DO EXAME NORMAL: Pulsos arteriais palpáveis, simétricos, artérias sem


alterações.

VEIA JUGULAR E PULSO VENOSO JUGULAR


Avaliar a turgência, pulso, pesquisar frêmito ou sopro

Referências:

PORTO, Celmo Celeno. Exame clínico: bases para a prática médica. 5. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.
LÓPEZ, Mario; LAURENTYS-MEDEIROS, José de. Semiologia médica: as bases do
diagnóstico clínico. 5. ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2004.
MOORE, Keith L.. Anatomia orientada para a clínica. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, ©2001.
HEMORRAGIA

Cuidando de sangramentos
Hemorragia ou sangramento significa a mesma coisa, isto é, sangue que escapa de
artérias, veias ou vasos capilares. As hemorragias podem ser definidas como uma
considerável perda do volume sangüíneo circulante. O sangramento pode ser interno ou
externo e em ambos os casos é perigoso. Inicialmente, as hemorragias produzem
palidez, sudorese, agitação, pele fria, fraqueza, pulso fraco e rápido, baixa pressão
arterial, sede, e por fim, se não controladas, estado de choque e morte. Pode-se
controlar as hemorragias tomando as seguintes medidas:

Técnica de compressão direta sobre o ferimento. Controle a hemorragia fazendo uma


compressão direta sobre a ferida que sangra com sua mão (protegida por luva
descartável), ou ainda, com a ajuda de um pano limpo ou gaze esterilizada, para
prevenir a infecção.

Técnica da Elevação do ponto de sangramento. Mantenha a região que sangra em uma


posição mais elevada que o resto do corpo, pois este procedimento contribuirá para
diminuir o fluxo de sangue circulante e, conseqüentemente, o sangramento.

Técnica da compressão sobre os pontos arteriais. Caso a hemorragia for muito intensa e
você não conseguir fazer parar a saída do sangue, tente controlar o sangramento
pressionando diretamente sobre as artérias principais que nutrem de sangue o local
lesionado.

Observação: Caso não cesse o sangramento com o uso de nenhuma das técnicas
anteriormente descritas, o socorrista deverá aplicar um torniquete no membro lesado. O
torniquete ou garrote não é recomendado para o uso geral, pois algumas vezes causa
mais danos a extremidade ferida do que os que existiam pela própria lesão inicial.
Entretanto, um torniquete adequadamente aplicado pode salvar a vida de uma pessoa,
cuja hemorragia em uma vaso sangüíneo principal seja incontrolável por qualquer dos
outros métodos.

O torniquete deve ser aplicado apenas em casos extremos e como último recurso
quando não há a parada do sangramento. Veja como: Amarre um pano limpo
ligeiramente acima do ferimento, enrolando-o firmemente duas vezes. Amarre-o com um
nó simples. Em seguida, amarre um bastão sobre o nó do tecido. Torça o bastão até
estancar o sangramento. Firme o bastão com as pontas livres da tira de tecido. Marque
o horário em que foi aplicado o torniquete. Procure socorro médico imediato.

Desaperte-o gradualmente a cada 10 ou 15 minutos, para manter a circulação do


membro afetado.

Prática

Em dupla:
1) Pratiquem as técnicas de contenção de hemorragia.
2) Façam uma revisão com a técnica correta de todos os pontos arteriais principais que
poderão ser comprimidos para controle de um sangramento (temporal, carotídeo,
subclávio, axilar, radial, ulnar, aórtico-abdominal, femoral, poplíteo, pedioso e tibial
posterior)
Aparelho Respiratório
INTRODUÇÃO AO EXAME DO APARELHO RESPIRATÓRIO

Inclui os aspectos do exame físico geral pertinentes ao aparelho respiratório, como


alterações da coloração da pele e mucosas, baqueteamento digital, formato do tórax,
tipo de respiração, ritmo e amplitude da respiração, tiragem e utilização de musculatura
acessória, expansibilidade, palpação, percussão e ausculta do tórax.

INSPEÇÃO E PALPAÇÃO

Ectoscopia: Observar a coloração das mucosas, baqueteamento, forma do tórax


Padrão respiratório: Observar o tipo, ritmo e amplitude da respiração
Sinais de esforço e utilização de musculatura acessória: batimento de aletas nasais,
musculatura cervical, tiragem intercostal, musculatura abdominal.
Posições: Em decúbitos dorsal, laterais, sentado e ortostatismo
Observar:

 Abaulamentos;
 Impulsões de borda esternal;
 Retrações;
 Malformações torácicas;
 Batimentos ou Movimentos;
 Frêmitos;
 pontos dolorosos;
 enfisema subcutâneo
AVALIAÇÃO DA EXPANSIBILIDADE TORÁCICA

Conceitos: A parede torácica inclui a pele, o tecido subcutâneo, os músculos, as


cartilagens e os ossos.
Procedimento: Antes e após examinar um paciente lave as mãos. O examinador deve
se colocar atrás do paciente. Iniciar o exame pelos ápices e ir deslocando as mãos em
direção às bases. Pousar as mãos espalmadas sobre as regiões a serem examinadas,
de tal modo que os polegares se toquem levemente, em ângulo quase reto. Os demais
dedos encostam levemente no tórax, levemente fletidos. Nas bases, aderir bem os
dedos e o examinador deve se postar assentado, de preferência. Solicitar ao paciente
para respirar mais fundo e ir observando a movimentação de suas mãos,
particularmente o distanciamento dos polegares da linha médio-espinhal. A
expansibilidade pode ser normal ou diminuída (unilateral ou bilateralmente).
REGISTRO DO EXAME NORMAL: Expansibilidade normal e simétrica

AVALIAÇÃO DO FRÊMITO TÓRACO-VOCAL (FTV)

Conceito: é o exame das vibrações percebidas pela mão do examinador, encostada na


parede torácica, quando o paciente emite algum som.
Procedimento: Antes e após examinar um paciente lave as mãos. O examinador deve
se colocar atrás do paciente. Iniciar o exame pelo alto e ir deslocando a mão em direção
às bases, em cada uma das faces torácicas. Pousar a mão espalmada, ora de um lado,
ora do outro, com os dedos levemente estendidos, sobre as regiões do tórax a serem
examinadas ao mesmo tempo em que o paciente vai falando em voz alta ―trinta e três‖.
Compara-se um lado com o outro e observa-se o aumento, a diminuição e o
desaparecimento do FTV, (unilateral ou bilateralmente).
REGISTRO DO EXAME NORMAL: FTV normal e simétrico

PERCUSSÃO TORÁCICA

Procedimentos: Antes e após examinar um paciente lave as mãos. Para a percussão


das faces anterior e laterais, o paciente pode estar deitado ou assentado. Na percussão
das faces laterais o paciente deve colocar a mão na cabeça. Já a percussão da parede
posterior deve ser feita com o paciente na posição sentada. Utiliza-se a percussão
dígito-digital, indo de cima para baixo em cada face. Ir golpeando os espaços
intercostais ora de um lado, ora do outro, e ir comparando os sons obtidos. Manter a
força do golpe constante. Identificar os 3 sons pulmonares à percussão e as áreas em
que ocorrem. Comparar o exame com pessoas magras, musculosas e obesas.
Percussão do tórax: hipersonoridade, submacicez e macicez.
REGISTRO DO EXAME NORMAL: Sons pulmonares normais e sem sinais de
cardiomegalia

AUSCULTA PULMONAR

Conceitos:
A ausculta constitui o método semiótico por excelência da exploração clínica do tórax
para o exame dos pulmões.
Percorrer todo o tórax anterior e posterior, sempre comparando regiões homólogas
ERRO GROSSEIRO: auscultar o tórax POR CIMA de roupas.
Avaliar: a presença e a caracterísica dos:
1. SONS NORMAIS.
Tipos: Som traqueal, respiração brônquica, respiração bronco-vesicular, murmúrio
vesicular. Podem estar: fisiológicos; aumentados; diminuídos; abolidos.
2. SONS ANORMAIS.
Tipos: - estertores finos (antiga crepitação) e estertores grossos - ronco, sibilo, estridor -
atrito pleural
Podem ser:
a) presentes ou ausentes
b) inspiratórios ou expiratórios (proto, meso, tele, holo)
c) raros, poucos ou leves; moderados; muitos
d) móveis ou não com a tosse Podem estar: - difusos ou localizados em uma
determinada região do pulmão Podem evoluir: - aumentando, diminuindo, inalterados
Podem cursar ou não com esforço respiratório
Material: Estestocópio
Procedimentos:
Antes e após examinar um paciente lave as mãos. Colocar o paciente em posição
assentada. Colocar corretamente as olivas do estetoscópio nas orelhas. Solicitar ao
paciente que respire lenta e profundamente, com a boca aberta. Iniciar o exame pelos
ápices e ir deslocando o estetoscópio em direção às bases. Compara-se um lado com o
outro, observando-se os sons pulmonares fisiológicos e a presença de ruídos
adventícios (extras, anormais). Observam-se também as fases de inspiração ou de
expiração e se há prolongamentos dela.
REGISTRO DO EXAME NORMAL: Murmúrio vesicular fisiológico sem ruídos
adventícios
Prática simulada: Ausculta pulmonar
2.1 Sons pulmonares normais: traqueal, broncovesicular, murmúrio vesicular (L1, L2)
2.2 Sons contínuos: sibilos (L3, L4), roncos (L7), estridor (L8), som bronquial (L11), atrito
pleural (L14) 2.3 Sons descontínuos: crepitações finas (L5), crepitações grossas (L6,
L12)
2.4 Ausculta da voz: egofonia (L15), pectorilóquia (L16)

Aparelho Digestório
INTRODUÇÃO AO EXAME DO ABDOME

INSPEÇÃO

Regiões abdominais e projeção de órgãos na parede abdominal

Procedimento:
>> Antes e após examinar um paciente lave as mãos
1. Solicite ao seu paciente para se deitar em decúbito dorsal e exponha cuidadosamente
o abdome dele.
2. Explique o procedimento ao seu paciente.
3. Faça a ectoscopia do abdome e anote os dados que julgar importante.
4. Identifique as regiões abdominais e a projeção dos órgãos nas paredes torácica e
abdominal.

REGISTRO DO EXAME NORMAL: abdome plano, sem abaulamentos, cicatrizes ou


hérnias.

AUSCULTA ABDOMINAL

Procedimento:
1. Deve ser realizada logo após a inspeção abdominal, para que as manobras de
palpação e percussão não influenciem no peristaltismo.
2. Usa-se o diafragma do estetoscópio, colocado nas diversas regiões do abdome.
3. Devem-se ouvir ruídos hidroaéreos a cada 5-10 segundos, de localização variável e
inesperada. No silêncio abdominal, deve-se auscultar pelo menos um minuto.
4. Os ruídos podem ser aumentados (ex: diarréia), peristaltismo de luta (obstrução
intestinal) ou diminuído e abolido (íleo paralítico).

REGISTRO DO EXAME NORMAL: peristaltismo (ou ruídos hidro-aéreos ou borburinho)


presente e fisiológico.

PALPAÇÃO DO ABDOME
Procedimento:

I. Palpação Superficial
1. Com uma mão espalmada, inicie a palpação superficial do abdome, observando
atentamente, mas de forma discreta, a fácies do seu paciente.
2. Inicie em um ponto do abdome e vá progredindo a palpação de forma contígua e
uniforme, até examinar toda a superfície do abdome e terminando no ponto onde iniciou
a palpação.
3. Avalie a defesa abdominal para distinguir contratura abdominal voluntária da
involuntária: para cessar a contração voluntária, desvie a atenção do paciente: converse
outros assuntos, solicite que inspire e expire de forma rítmica ou peçalhe para flexionar
as pernas. Empregue a manobra bi manual para localizar defesa localizada da parede
abdominal (com ambas as mãos espalmadas e colocadas longitudinalmente, uma de
cada lado e paralelas à linha alba, ir palpando em sentido craniocaudal. Enquanto uma
das mãos palpa uma região suspeita, a outra palpa a região contralateral equivalente,
em movimentos alternados e comparativamente). O abdome sem defesa é dito livre.
4. Identifique e examine os pontos dolorosos abdominais: xifoidiano, epigástrico, cístico
ou biliar, esplênico, ureterais, apendicular ou de McBurney.
5. Verifique o sinal de Murphy: ao comprimir o ponto cístico, pede-se ao paciente para
inspirar profundamente. Nesta hora, o diafragma abaixará o fígado, fazendo com que a
vesícula biliar alcance a extremidade do seu dedo. Nos casos de colecistite, esta
manobra induz dor intensa obrigando ao paciente interromper subitamente a inspiração.
Este sinal não é patognomônico de doença na vesícula biliar.

II. Palpação profunda


6. Repita o procedimento iniciando no mesmo ponto em que começou a palpação
superficial, desta vez aprofundando mais a mão e tentando identificar órgãos e massas
(ou tumorações).
7. Utilize uma ou duas mãos (uma sobre a outra) para a palpação.
8. Ao encontrar órgãos e massas, observe se há dor e as suas características
semiológicas.

III. Palpação do fígado


9. Garanta que o seu paciente fique relaxado o máximo possível
10. Posicione sua mão no umbigo e vá aproximando-a do rebordo costal, palpando o
epigástrio e o flanco e o hipocôndrio direitos.
11. A seguir coordenar a palpação com a respiração. Peça ao paciente para inspirar e
expirar profundamente. À expiração, ajuste a mão à parede abdominal. Na próxima
inspiração, enquanto o examinador tenciona a parede abdominal, sua mão é empurrada
para cima, buscando detectar a borda hepática com as faces ventrais e polpas digitais
dos dedos mínimo, médio e anular ou com a face radial do indicador.
12. Pode-se ainda colocar a mão esquerda no nível da loja renal direita forçandoa para
cima e aproximando o fígado da parede anterior do abdome.
13. Outra forma de palpação é colocar o paciente em decúbito semi-lateral esquerdo. O
examinador se volta para os pés do paciente, colocando a mão ou as mãos em garra
sobre o hipocôndrio direito e coordenando a palpação com a respiração como
anteriormente descrito.

IV. Palpação do baço


14. Procede-se da mesma forma que descrito para o fígado, só que no
quadrante superior esquerdo.
V. Manobras especiais
>> Manobra da descompressão súbita ou sinal de Blumberg.
15. Solicita-se ao paciente para observar atentamente em qual dos momentos ele sente
mais dor: se quando ―aperta‖ ou quando ―solta‖. Em crianças ou pacientes que não
falam, observar os sinais de dor na fácies do paciente. Esta observação também serve
para você ―checar‖ a resposta do paciente. 16. Comprime-se lenta e
progressivamente um ponto do que tenha se mostrado doloroso à palpação geral do
abdome. Ao atingir o máximo de compressão possível, aguardar alguns segundos e a
seguir retirar rapidamente a mão. Quando a dor é maior à descompressão descreve-se
como sinal POSITIVO e indica peritonite.

REGISTRO DO EXAME NORMAL: abdome livre, indolor à palpação superficial e


profunda, sem massas ou visceromegalias. Blumberg negativo.

PERCUSSÃO ABDOMINAL

Procedimento:
1. Utilizando a técnica dígito-digital, ir percutindo todas as regiões do abdome, de forma
contígua.
2. Observar tanto o som (macicez, submacicez, timpanismo e hipertimpanismo –
espaço de Traube) quanto à presença/ausência de dor á palpação.

REGISTRO DO EXAME NORMAL: timpanismo fisiológico.

PERCUSSÃO DA PAREDE ABDOMINAL POSTERIOR

Punho percussão renal (Sinal de Giordano)

Procedimento:
1. Coloque o paciente assentado e com as pernas fletidas e para baixo na lateral do
leito.
2. Com a mão fechada ou espalmada, com a face ulnar da mão vá golpeando,
levemente, a parede posterior do abdome, á direita e à esquerda da coluna, a partir do
rebordo costal e em direção à crista ilíaca, primeiro um lado depois o outro.
3. A reação de dor é chamada de sinal de Giordano positivo e indica inflamação renal.

REGISTRO DO EXAME NORMAL: Sinal de Giordano ausente ou negativo.

Um abdome normal pode ser descrito como: ―abdome plano, livre (ou indolor à
palpação superficial e profunda), sem massas ou visceromegalias palpáveis e com
timpanismo e peristaltismo fisiológicos. Giordano negativo.‖
Aparelho Locomotor
ROTEIRO DE EXAME FÍSICO - APARELHO LOCOMOTOR: MEMBROS

Exame articular, tendões e músculos: É necessário perguntar, antes do início do


exame se há alguma articulação que sente dor

1. Inspeção: Observar alterações de alinhamento, forma, volume, alteração da pele,


deformidades e atrofias musculares. Sempre comparando os dois lados.

2. Palpação: Observar se tumefação, calor,crepitações, pontos dolorosos.

3 Mobilização: Testar mobilidade e amplitude de movimentos. Passiva e ativa.

TESTES NAS ARTICULAÇÕES:

ATM: Indicadores do examinador dentro dos condutos auditivos do paciente. Pedir ao


paciente para abrir e fechar a boca. Testar abertura oral

Ombros: Abdução (180º.); flexão(90 a 180º.); extensão posterior(60º.);adução(75º.);


rotação externa(90º.). rotação interna(90º.; teste de Yergason

Cotovelos: Flexão(150º); extensão (0º); supinação e pronação (90º);Teste do cotovelo


de tenista

Punhos e mãos: Flexão(80º); extensão (90º); desvio ulnar (30º); desvio radial
(20º); pronação supinação dos punhos; flexão (90º); extensão (30-40º), adução,
abdução (40º); Sinal de Tinnel (nervo ulnar); Teste de Phalen

Coxofemoral: Abdução (45º); adução(30º); flexão (120º); extensão (30º); rotação interna
(45º) e externa (35º); Teste de Patrick ou Fabere; Teste de Ortolani (no RN); Teste de
Trendelenbrug (glúteo médio)

Joelhos: Flexão(135º); extensão(0º); rotação (difícil); Sinal da gaveta

Tibiotársica: Flexão plantar(50º); flexão dorsal ou extensão (20º)

Pés: Inersão (adução e flexão); eversão (abdução e extensão); flexão; extensão das
metatarsofalangeanas

ROTEIRO DE EXAME FÍSICO- APARELHO LOCOMOTOR: COLUNA


1.Inspeção. Com o paciente em pé ereto deve-se observar o perfil da coluna em visão
posterior, anterior, lateral.
Cifose sacral; lordose cervical e lombar
2. Palpação Observar se tumefação, calor, pontos dolorosos palpando processos
espinhosos, mastóide, músculos
3. Mobilização Testar mobilidade e amplitude de movimentos.

TESTES DE MOBILIDADE

Coluna cervical:

 Flexão
 Extensão
 Rotação esquerda e direita (60º.)
 Lateralidade esquerda e direita (30º.)
 Teste da distração (melhora da dor)
 Manobra de Spurling: pressão sobre o topo da cabeça
Torácica

 Rotação direita e esquerda (75º.)


 Flexão
 Extensão
 Lateralidade esquerda e direita
 Mobilidade costal: fita métrica ao nível da linha mamilar, medir em expiração e
inspiração.Normal aumentar 4 cm
Lombar

 Flexão
 Extensão
 Rotação esquerda e direita (90º.)
 Lateralidade esquerda e direita (35º.)
 Teste de Schober: Paciente na posição ortostática é delimitado o espaço entre o
processo espinhoso de L5 e 10 cm acima; solicita-se ao paciente que faça uma
flexão anterior da coluna, e mede-se novamente. Exame normal- aumentar pelo
menos 5 cm

Aparelho Endócrino
ROTEIRO DE EXAME FÍSICO- TIREÓIDE

Inspeção geral do paciente


Observar comportamento e postura. Agitação, loquacidade, inquietude, ansiedade,
sugerem hiperfunção tireoidiana. Deve-se observar presença de tremores de
extremidades, intolerância ao calor ou frio, cansaço fácil.
Hipofunção tireoidiana pode estar relacionada a bradipsiquismo, desânimo, rouquidão.
Observar hidratação da pele, temperatura, alterações ungueais (descolamento ungueal
– unhas de Plummer vs unhas frágeis, com sulcos transversos). Avaliar reflexos.
Manifestações oculares: exoftalmo, proptose, irritação conjuntival, lacrimejamento,
edema subpalpebral, alterações de movimentação extrínseca? Lagoftalmo. Alterações
cardiovasculares: freqüência cardíaca, ritmo, pulsos. Presença de mixedema pré-tibial?
Edema não compressível?

Inspeção: Observar alterações forma, volume, mobilidade à deglutição, aderências.

Palpação: Observar consistência, textura, presença de nódulos, determinar volume e


dimensões, presença de linfonodos. Abordagem anterior: examinador em frente ao
paciente, palpação da glândula com os polegares. Abordagem posterior: examinador
atrás do paciente, afasta externoicleidomastóideo para expor glândula à palpação da
mão contralateral.
Flexão do pescoço pode auxiliar exposição da glândula, por relaxar músculos do
pescoço.

Mobilização: Testar mobilidade e amplitude da glândula com a deglutição a seco.

Ausculta da Tireóide: Utilizar o estetoscópio para auscultar a glândula.

Aparelho Genitourinário
ROTEIRO DE EXAME FÍSICO - Sistema genitourinário

1.Inspeção geral do paciente

 Grau de hidratação, se edemas, coloração de mucosas, avaliação da massa


muscular
 Dados vitais: PA, FR,
 Atritos pericárdico, pleural,
2. Palpação renal e pontos ureterais

 Normalmente não são palpáveis (exceto: magros e indivíduos idosos devido do


tônus muscular e elasticidade), são indolores, duros e de consistência
parenquimatosa.
 Métodos: O paciente em decúbito dorsal. Colocar uma mão contrária ao rim à ser
examinado no ângulo lombocostal, exercendo pressão de trás para frente,
enquanto a outra mão, espalmada sobre o abdome abaixo do rebordo costal,
procura sentir e pinçar o pólo inferior do rim na inspiração.Para a palpação dos
pontos ureterais deve exercer pressão leve sobre a região para vertebral bilateral
 Opção para palpação renal: decúbito lateral contrário ao rim examinado
3. Percussão renal
 Com o punho cerrado deve exercer pressão moderada sobre o ângulo costo
condral bilateral
 Opção: percutir sobre a mão do avaliador
4. Palpação da bexiga

5. Genitália feninina (externa)

 Método: Separe os lábios com uma mãos e palpe com a outra. Consistência
mole. Se houver massa ou lesão: palpe para determinar tamanho, forma e
consistência.verificar se edema e aumento da sensibilidade = palpe glândulas de
Bartholin. - Insira o dedo cuidadosamente no intróito posterior da cliente e
coloque o polegar ao longo da margem lateral do lábio edemaciado ou dolorido.
Aperte delicadamente o lábio. - Indicativo de infecção = coletar cultura de
qualquer secreção vaginal/ureteral
6. Genitália masculina

 Pênis: deslocar o prepúcio para expor a glande. Prepúcio = alterações (fimose e


parafimose) Verificar a glande, corpo do pênis = ulcerações, inflamações, edema,
nódulos ou secreções.
 Meato Uretral Estenose = abertura insuficiente do meato. Hipospádia = meato
face ventral o pênis Epispádia = meato face dorsal o pênis
 Bolsa escrotal e testículos: Se hidrocele, se varicocele. Palpe os testículos entre
o polegar e os dois primeiros dedos. Avaliar = tamanho, formato, resposta à
compressão. Normal = mesmo tamanho, mobilidade na bolsa escrotal e ter
consistência de borracha. Ausência?
 Palpe os dois cordões localizados acima de cada testículo. Palpe a base do
epidídimo até o canal inguinal.
7. Pesquisa de hérnias inguinais

 Introduzir o dedo indicador, invaginando a pele escrotal, e seguir o cordão


espermático, até encontrar o anel inguinal externo, de formato triangular. Peça ao
paciente para tossir ou fazer força e pesquise eventuais massas colidindo contra
o dedo. Hérnia inguinal direta = origina-se acima do ligamento inguinal, próximo
ao anel inguinal externo fazendo compressão lateral no dedo indicador. Hérnia
inguinal indireta = origina-se acima do ligamento inguinal, no anel inguinal
interno, fazendo compressão na ponta do dedo indicador.
8. Exame de próstata

 Método: Calçar luvas e usar sabonete líquido/lubrificante. Posição adequada:


Lateral esquerda (Sims) ; Posição genopeitoral ; Posição de decúbito supino
 Avaliar:Tamanho, consistência, superfície, sulco mediano, mobilidade,
nodulações, sensibilidade. Colher secreção peniana a expressão
Aparelho Hemolinfopoiético
ROTEIRO DE EXAME DO SISTEMA HEMOLINFOPOIÉTICO

ECTOSCOPIA

1. Mucosas

 Conjuntival, oral: se coradas, se icterícia, se petéquias


2. Fâneros

 Unhas-se quebradiças, se estrias longitudinais, se unhas em forma de colher


(coloníquia)
 Cabelo: se quebradiços, escassos
3. Cavidade oral

 Língua: se lisa, ulcerações, glossite


 Gengivas: se sangramentos, se hipertrofia
 Lábio: se queilite
4. Pele

Úlceras
Petéquias, equimoses,
EXAME DOS LINFONODOS

Cadeias:
Grupo ganglionar da cabeça e pescoço: auriculares anteriores e posteriores, occipitais,
amigdalianos, parotídeos, submandibulares, submentonianos, cervicais superiores,
cervicais posteriores, supraclaviculares, jugulodigástrcio, juguloomoióideo
Grupo ganglionar das axilas: supraclaviculares, infraclaviculares, axilares,
epitrocleares
Grupo ganglionar das virilhas: inguinal superficial, inguinal profundo, poplíteos

1. Localização: utilizando termos anatômicos próximos


2. Tamanho: se possível estimar em cm
3. Bordas: se nítidas, se irregulares
4. Consistência: endurecido, fibroelástico, mole
5. Mobilidade: verificar deslizamento, se móvel, aderido
6. Sensibilidade: se doloroso ou não.
7. Cor e lesões na pele local

EXAME DO BAÇO

1. Inspeção
2. Percussão- até abaixo do espaço de Traube
3. Palpação. Bimanual ou simples. Posição de Schuster

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