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(OTOMASTER)
Canais semicirculares
Superior e posterior estão em paralelismo anatômico. Entre eles há ângulo de 45º com o
plano sagital.
Laterais: disposto em 30º inclinados inferiormente
Planos de movimento: em 3 eixos (frente e trás, latero-lateral, interaural)
Ampolas
Contem epitélio sensorial mergulhado em gel protéico (cúpula) que se move com a
movimentação da endolinfa, deslocando os cílios das células ciliadas durante movimentos
angulares.
CSC lateral: se despolariza com corrente ampulípeta
CSC superior e posterior: se despolarizam com corrente ampulífuga; isso ocorre devido
á posição do cinocílio no canal, que nestes está voltado para o canal.
Eletronistagmografia
Nistagmos posicionais: VPPB, enxaqueca, assimetria de tônus labiríntico, metabólicos
Testes oculomotores (pendulação, optocinético, sacádicos): aterações visuais ou centrais
Prova calórica:
EIFO +: periféricos, lesões de ângulo ponto cerebelar
EIFO -: central
Assimetrias de respostas: hipo (neuronites vestibulares) e hiperreflexias (dist
metabólicos e hormonais)
Arreflexias uni x bilaterais (pior prognóstico)
O labirinto ósseo, no interior da porção petrosa do temporal tem uma parte anterior, a cóclea, e
uma posterior com 3 canais semicirculares e 2 órgaos otolíticos.
Há 3 canais semicirculares de cada lado denominados lateral, anterior e posterior em planos
perpendiculares entre si correspondentes a cada uma das 3 dimensões em que a cabeça pode se
mover.
Os 2 canais laterais estão no mesmo plano e constituem um par funcionalmente sinérgico e são
sensíveis à movimentação cefálica para a direita ou esquerda (o ducto do lado para o qual se faz
a movimentação é sempre ativado e o contralateral inibido).
O canal superior direito é paralelo ao posterior esquerdo e constituem também um par funcional.
Estes são sensíveis à movimentação da cabeça para cima e para baixo (ao abaixar os superiores
são ativados e ao levantar os posteriores).
Os CSC dentro de cada labirinto terminam no vestíbulo e os canais anterior e posterio
desembocam por uma abertura comum.
Dentro do labirinto ósseo há o labirinto membranoso e entre eles a perilinfa rica em sódio e
pobre em potássio (LEC) e o labirinto membranoso possui um a endolinfa rica em potássio e
pobre em sódio (LIC).
Os 3 ductos semicirculares do labirinto membranáceo prendem-se aos respectivos canais
semicirculares e terminam no utrículo em óstios.
No vestíbulo estão o utrículo e o sáculo interligados pelo ducto utriculosacular. Do sáculo parte
o ducto perilinfático que comunica-se com o espaço subaracnóideo. O sáculo comunica-se
também com a cóclea pelo ducto reuniens.
Uma das extremidades de cada canal tem uma dilatação (ampola) onde estão dispostas as cristas
ampulares dos ductos semicirculares que contem epitélio sensorial e filetes nervosos, há uma
crista ampular para cada CSC. As máculas utricular e sacular são placas sensórias localizadas
nas paredes destes órgãos.
As células ciliadas nas cristas e máculas são aferentes e aferentes/eferentes. Possuem diversos
estereocílios e um cinocílio, a movimentação daqueles na direção destes excita a célula e na
direção oposta inibe. Na crista ampular, uma massa gelatinosa mucopolissacarídea preenche os
espaços da ampola e do ducto e reveste os cílios das células sensórias, denominada cúpula, sua
parte superior é livre e flexiona-se à movimentação da endolinfa. Os cinocílios da crista ampular
dos CSC laterais apresentam localização proximal em relação ao utrículo e os dos CSC superior
e posterior apresentam localização distal em relação ao utrículo.
A movimentação da endolinfa gera flexão dos estereocílios de modo que se ocorrer em direção
ao cinocílio há despolarização e no contrário hiperpolarização, estimulando/inibindo, gerando
impulsos nervosos em direção ao SNC que vai gerar reflexos necessários para manter o
equilíbrio corporal. A flexão ciliar ocasiona abertura dos canais de cálcio que libera
neurotransmissores que estimulam os neurônios.
A aceleração angular no plano horizontal move a endolinfa para o lado contrario à rotação da
cabeça, a corrente endolinfatica do ducto lateral do mesmo lado da rotação é ampulípeta (na
direção da ampola), flexiona a cúpula na direção do utrículo desvioando os esterocilios na
direçao dos cinocilios levando a despolarização da célula sensorial. Nos ductos verticais ocorre
o oposto, a despolarização ocorre com a corrente ampulífuga.
O aumento da atividade bioelétrica nos receptores sensoriais dos canais é transmitido aos
núcleos oculomotores contralaterais estimulando o reflexo vestibulomotor que gera nistagmo,
cuja direção depende da orientação do cinocílio em relação ao utrículo.
As leis de Ewald e Flourens regulam os aspectos fundamentais da fisiologia vestibular.
Primeira lei de Edwald: a direção da componente lenta do nistagmo tem a mesma
direção da corrente endolinfática.
Segunda lei de Edwal: para ductos laterais a corrente endolinfatica ampulípeta produz
uma resposta nistagmica mais intensa do que quando a corrente endolinfatica é ampulifuga,
ocorrendo o contrário para os ductos verticais.
Lei de Flourens: cada ducto semicircular produz um nistagmo em seu respectivo plano
de ação. A estimulação elétrica do ducto lateral produz nistagmo horizontal, do ducto superior
desvio dos olhos para baixo e do ducto posterior desvio dos olhos para cima.
O utrículo e o sáculo mantém a orientação em relação à gravidade. Suas maculas são recoberta
por substancia que contem otólitos (ou estatoconios) que estão em constante formação e
reabsorção.
O nervo vestibular é formado por axônios dos neurônios das cristas e máculas tem um ramo
superior (d lateral, d superior, utrículo e sáculo) e outro inferior (d posterior e sáculo). Os
impulsos vão para o meato acústico interno, gânglio de Scarpa, ângulo ponto cerebelar e tronco
encefálico (núcleos vestibulares ipsilaterais).
Quando há lesão abrupta de um dos labirintos ocorre a descompensação do equilíbrio. A
ausência da atividade elétrica na lesão unilateral intensa produz um nistagmo espontâneo na
direção oposta ao labirinto lesado, ao passo que o corpo tente a desviar-se para o lado lesado.
A habituação por estimulação repetitiva dos órgãos sensoriais vestibulares costuma ser útil para
alcançar a compensação.
O suprimento vascular do sistema vestibular periférico é feito pela a labiríntica (ramo da a
cerebelar ântero-inferior ou da basilar) que se subdivide em a vestibular anterior e a coclear
comum ao entrar na orelha interna. Não há rede colateral anastomotica deixando o labirinto
altamente suscetível a isquemia.