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KARINA TOMAZ ROLO – ST (DRA.

PARMA) – SEXTO PERÍODO – PROBLEMA 2

Problema 2
1) Diferenciar tontura de vertigem. movimento da cabeça e trono,
embarcações e aviões.
-Tontura inespecíficas: difícil
caracterização. Marcadas por -Desequilíbrio: é a percepção de
confusão mental, cabeça pesada ou enfraquecimento ou instabilidade
leve, atordoamento, flutuação, postural e marcha, queda eminente
embriaguez, tontura, sensação de (envolve corpo e membros e não a
desmaio eminente, cansaço, cabeça), sendo sintomas geralmente
dificuldade de concentração e contínuos. Há melhora do quadro ao
ansiedade. Pode estar acompanhada sentar ou deitar e pode estar associado
de sintomas somáticos como dor de a doenças neuromusculares,
cabeça e no abdome. É menos grave e cerebelares, neuropatias periféricas e
está associada a transtornos descondicionamento.
psiquiátricos, hiperventilação e
-Pré-síncope: sensação de desmaio ou
quadro multissensoriais.
perda da consciência, podendo estar
-Vertigem: é um sintoma vestibular e acompanhada de fraqueza, zumbido,
envolve a sensação de girar ou outros vista escura, palidez, sudorese e
tipos de movimento ilusórios sobre si desmaio. É episódica e a gravidade
mesmo ou no ambiente, podendo ser depende da magnitude da redução da
acompanhada de sensação de queda, perfusão cerebral. Pode ser causada
náuseas, vômitos, palidez, sudorese e por isquemia secundária a causas
desequilíbrio, o que é agravado se cardiológicas (Arritmias, estenose
houver movimento da cabeça. Não há aórtica) ou não cardiológicas
perda de consciência, é episódica e de (hipotensão pós-prandial ou postural e
início abrupto. Cinetose é a forma medicações)
fisiológica de vertigem relacionada ao
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2) Explicar as relações anatômicas do nestes há células ciliadas da mácula


labirinto. que são sensíveis a gravidade,
aceleração e desaceleração) e canais
ORELHA INTERNA
semicirculares (comunicam-se com o
-Contém o órgão vestibulococlear vestíbulo, formam ângulo reto entre
relacionado com a recepção do som e si, ocupando três planos no espaço).
manutenção do equilíbrio, está
embutida na parte petrosa do temporal -Labirinto membranáceo: é formado
e é formada por sacos e ductos do por sacos e ductos suspensos no
labirinto membranáceo. labirinto ósseo e é divido
funcionalmente em duas áreas
-O labirinto membranáceo contém conectadas - labirinto vestibular e
endolinfa (composição semelhante à coclear.
do líquido intracelular) e está
ALTERAÇÕES COM O ENVELHECIMENTO
suspenso no labirinto ósseo (cavidade
contida na cápsula ótica) cheio de O envelhecimento compromete a
perilinfa (composição semelhante à habilidade de o sistema nervoso
do líquido extracelular) por central realizar o processamento dos
filamentos semelhantes ao da sinais vestibulares, visuais e
aracnóide-mater. proprioceptivos responsáveis pela
manutenção do equilíbrio corporal,
-Inervação pelas divisões vestibular e
bem como diminui a capacidade de
coclear do nervo vestibulococlear
modificação dos reflexos adaptativos.
(VIII)
Acarreta também a perda progressiva
-Labirinto ósseo: é formado pela de células ciliadas dos receptores
cóclea (parte em forma de concha sensoriais periféricos (cúpulas dos
associada a audição, em que o órgão canais semicirculares e máculas
de Corti/espiral recoberto pela sacular e utricular), o decréscimo do
memebrana tectórica recebe os número de fibras e da mielinização do
estímulos auditivos), vestíbulo nervo vestibular, a degeneração das
(câmara oval com utrículo e sáculo; células ganglionares e de terminações
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nervosas no sistema vestibular -Teste de perseguição: tarefa de


periférico e central. Estes processos perseguir um alvo.
degenerativos são responsáveis pela
-Teste de calibração: durante
ocorrência de vertigem e/ou tontura
movimentos rápidos dos olhos.
(presbivertigem) e de desequilíbrio
(presbiataxia) na população geriátrica. -Teste posicional: durante
movimentos da cabeça.
-Teste calórico: resposta a ar/água
quente e frio dentro do canal auditivo;
avalia se há diferença entre os dois
ouvidos internos.
Durante os testes são feitas perguntas
(nomes de cidades, contas de
matemática) para que o paciente não
foque em sua resposta ao teste.
CADEIRA GIRATÓRIA

Adiciona certeza a avaliação


vestibular se a ENG não for
conclusiva, se existir possiblidade de
disfunção vestibular bilateral e se
houver obstrução mecânica no meato
acústico que impede o teste calórico.
O paciente é girado na cadeira de
modo sinusoidal/pendular ou há
3) Explicar os testes vestibulares.
alterações abruptas de velocidade,
ELETRONISTAGMOGRAFIA/ enquanto os movimentos oculares são
VIDEONISTAGMOGRAFIA documentados em termos de ganho,
Na ENG são utilizados eletrodos para fase e simetria, além de haver
registrar movimentos oculares e na avaliação quanto as respostas à
VNG é utilizado óculos com câmeras estimulação optocinética (ambiente
de infravermelho para avaliar o escuro em que vão aparecendo pontos
movimento dos olhos durante uma luminosos) e à supressão da fixação
série de testes. visual.

São realizados os seguintes testes:


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POTENCIAIS MIOGÊNICOS EVOCADOS imagem pulando e não consegue


VESTIBULARES manter os objetos em foco.
Avaliação menos realizada que visa
É solicitado que o paciente olhe para
analisar o sáculo e o nervo vestibular
a letra “E” e determine sua direção e
inferior por meio do registro da
este teste é repetido com a
reposta do músculo
movimentação da cabeça, sendo que
esternocleidomastóideo aos estímulos
quanto mais a perda vestibular
auditivos.
aumenta, a acuidade visual dinâmica
Os potenciais miogênicos vestibulares diminui.
são considerados anormais se houver VERTICAL VISUAL SUBJETIVA
assimetria ou se forem pequenos ou
inexistentes. Avalia o utrículo por meio de um
teste em que o paciente se senta em
POSTUROGRAFIA DINÂMICA uma sala escura e é solicitado que ele
COMPUTADORIZADA
alinhe a imagem de uma linha
Tenta quantificar os transtornos do projetada na horizontal ou vertical.
equilíbrio. O paciente fica de pé sobre
Usado em pacientes com neurite
uma base horizontal que pode ser
vestibular, lesões do ouvido interno e
inclinada ou transladada, sendo
lesões no nervo vestibular.
medida a força exercida pelos pés do
paciente e mudança do entorno visual. TESTE DE IMPULSÃO CEFÁLICA

ACUIDADE VISUAL DINÂMICA Investiga se há perda de aporte


COMPUTADORIZADA vestibular do labirinto vestibular ou
Auxilia determinar o quanto o do nervo vestibular para o reflexo
problema vestibular interfere na visão vestibulo-ocular
durante atividades cotidianas e O paciente deve olhar fixamente para
também permite medir as mudanças um objeto a sua frente, a seguir, a
no reflexo vestíbulo ocular após a cabeça do paciente é girada
reabilitação vestibular. rapidamente cerca de 15°. Se tudo
O reflexo vestíbulo ocular permite estiver normal, os olhos permanecem
que os objetos permaneçam em foco fixos no objeto, mas se houver lesão
quando há movimentação da cabeça, vestibular no lado para o qual a
então, se o paciente apresenta alguma cabeça foi girada, há perda da
alteração, podem ter a sensação de fixação, os olhos se movem com a
cabeça e é necessário movimentos
sacádicos para a refixação.
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Em geral, o teste é normal em nos -Queda (em geral, para frente e para
indivíduos com causa central de trás) imediata ao chão (sinal de
vertigem e anormal nos pacientes com Romberg): perda propriocepção
causas vestibulares. consciente, por lesão do funículo
posterior (deficiência de vitamina
B12 ou neurossífilis).
-Queda após latência para um lado
preferencial: significa “Romberg
vestibular” ou pseudo-Romberg,
indicando lesão ipsilateral das vias
vestibulares.
Se o teste trouxer dúvidas pode-se
sensibilizado por meio de:

MANOBRA DE DIX-HALLPIKE -Manobra de Jendrassik: mãos em


oposição e cotovelos na horizontal.
Consiste em sentar o paciente com a
cabeça girada 45° para um lado, a -Romberg-Barre: colocando-se um pé
seguir, o paciente retorna ao decúbito diante do outro, diminuindo a base de
dorsal com a cabeça estimada 30°, sustentação.
observando se haverá a ocorrência de
-Oscilar a cabeça no plano horizontal,
nistagmo em 30s.
de olhos fechado.
O teste é positivo se ocorrer nistagmo APOIO MONOPODAL DE UEMURA
após alguns segundos, com duração
de até 1 minuto. Teste de altíssima sensibilidade que
consiste em orientar o paciente a se
Deve-se observar o tipo de nistagmo. equilibrar sobre um pé só com os
O teste é utilizado para descartar a olhos fechados.
possibilidade de Vertigem Paroxística Pacientes com déficit vestibular não
Posicional Benigna. conseguem realizar a tarefa e, em
AVALIAÇÃO DO EQUILÍBRIO ESTÁTICO
geral, após os 55 anos, sempre há
alguma alteração no teste.
TESTE DE ROMBERG
BRAÇOS ESTENDIDOS
Pede-se ao paciente que feche os
olhos com os pés aproximados (30°), Paciente estende os braços a sua
podendo levar a: frente, paralelos entre si, com os
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dedos indicadores apontados para


frente e com os olhos fechados.
O exame é normal se não houver
desvio dos braços e alterado se
houver.
TESTE DE BABINSKI-WEIL (PROVA DE MARCHA
Nas patologias centrais, há queda de ÀS CEGAS)
um ou ambos os braços, já nas
Paciente deve caminhar de olhos
patologias periféricas, há desvio dos
fechados, para frente e para trás num
braços para o lado lesado.
percurso de aproximadamente de
AVALIAÇÃO DO EQUILÍBRIO DINÂMICO 1,5m.
Avaliado por meio do padrão de Espera-se, em indivíduos normais,
marcha. que não haja desvio de marcha. Nas
lesões vestibulares unilaterais há
desvio de marcha para o lado
acometido e nas lesões bilaterais o
desvio é ora para um lado, ora para
outro.
Durante o percurso observa-se
também o tipo de marcha do paciente.
TESTE DE FUKUDA

É realizado sobre três círculos


concêntricos desenhados no chão,
cujos raios têm 0,5m de diferença
entre si. Os círculos são divididos em
12 partes iguais por retas, formando
ângulos de 30°.
O paciente deve marchar elevando os
joelhos em 45°, sem se deslocar, com
os braços estendidos e olhos
fechados.
É considerado um resultado
patológico se houver deslocamento
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superior a 1m e/ou rotação de mais de positiva) ou global (alterações axiais e


30°. apendiculares simultaneamente).
Útil para acompanhamento de PROVA DE
pacientes com patologias periféricas ÍNDEX-NARIZ/ÍNDEX-ÍNDEX/ÍNDEX-JOELHO

durante o tratamento, pois fornece -índex-índex: paciente realiza


sinais de compensação vestibular. movimentos de elevação e
TESTE DE UNTERBERGER
abaixamento dos braços com os olhos
fechados, usando os dedos do médico
Variante do teste de Fukuda, em que como referência. Se o paciente tocar o
são dados 90 passos sem deslocar-se e ponto de partida, a prova é negativa.
apenas variações na rotação são
consideradas. -Índex-nariz: com os braços
estendidos ao lado do corpo e olhos
Fontes: Tratado de neurologia; fechados, o paciente deve tocar a
Merritt ponta do dedo indicador na ponta do
Testes para avaliar a função do nariz.
sistema vestibular; Bárbara Susan -índex-joelho: com os olhos fechados,
Robinson; Associação Americana de o paciente deve tocar os joelhos com
Fisioterapia, Seção de neurologia. o dedo indicador.
Tratado de Geriatria Nas lesões periféricas, o desvio é
4) Explicar os testes cerebelares e harmonioso e só se verifica em
avaliação dos pares cranianos. movimentos do mesmo lado.

Testes cerebelares ou de coordenação Nas patologias centrais e cerebelares,


os erros da manobra são na medida.
Visam determinar se o paciente
possui síndrome cerebelar axial PESQUISA DE DIADOCOCINESIA

(alterações de equilíbrio, marcha, Paciente realiza movimentos


sinergia de tronco-membros, fala e repetitivos e alternados em pronação e
motricidade ocular -> avaliados por supinação das mãos sobre os joelhos.
meio da observação da marcha
irregular e ebriosa, base alargada, Estará alterado unilateral ou
dificuldade de se levantar sem auxílio bilateralmente, dependendo do local e
dos membros e fala escandida), extensão da patologia cerebelar.
apendicular (dismetria, decomposição NISTAGMO
de movimento, disdiacocinesia e
prova do Rechaço de Stewart-Holmes
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Avaliação do tipo de nistagmo Avaliação dos pares cranianos


apresentado pelo paciente.
Componente essencial do exame
RECHAÇO DE STEWART-HOMES neurológico que permite interpretação
Paciente deve fletir o antebraço rápida do indivíduo e dos achados
colocando em paralelo com o tronco e localizadores.
com a palma da mão virada para o Os achados devem ser descritos de
próprio tórax, fazendo força em modo sistemático do primeiro até o
direção a si mesmo, contra uma força 12° nervo craniano.
em sentido oposto pelo examinador,
NERVO OLFATÓRIO (I)
que solta o antebraço do paciente de
forma brusca. Avaliação é importante em
determinadas doenças neurológicas,
Paciente hígido suprime o
tumor do lobo frontal, traumatismo
movimento, evitando que o antebraço
cranioencefálico, uso de alguns
se choque com o tórax, enquanto o
medicamentos e doenças
paciente com disfunção cerebelar,
neurodegenerativas.
não.
São usados odores comuns (café,
PROVA DE BARANY
baunilha, hortelã) para que o paciente,
Paciente com membros superiores de olhos fechados, possa inspirar, de
estendidos, paralelos e com os modo individual por cada narina.
indicadores apontando para frente,
NERVO ÓPTICO (II)
movimenta os membros para cima e
para baixo com os olhos fechados, Sua avaliação inclui testes de:
devendo mantê-los paralelos. acuidade visual (avaliação por meio
do quadro de Snellen a 36 cm e a
Nos pacientes com distúrbio 1,82-6m de distância do paciente),
vestibular, há desvio bilateral, campos visuais (médico e paciente
naqueles com alteração cerebelar, há devem estar de pé a 1 braço de
desvio unilateral. distância e com o mesmo olho
PROVA DE CALCANHAR-JOELHOS tampado para que se possa avaliar os
campos visuais por meio da
Consiste em pedir que o paciente
identificação de um dedo ou mão
deslize o calcanhar de um dos pós na
levantada no quadrante analisado),
região tibial da perna oposta.
fundoscopia (permite caracterizar a
Fonte: Tratado de neurologia. cabeça do nervo óptico, escavação
fisiológica , margens, vasos e
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componentes da retina), resposta movimentos faciais específicos, como


pupilar (avaliar resposta os olhos elevar as sobrancelhas, fechar os
ipsilateral e contralateral a olhos de forma forçada, franzir os
estimulação direta e consensual) lábios e dilatar as bochechas.
NERVO OCULOMOTOR (III), NERVO TROCLEAR Nos casos em que há suspeita de
(IV) E NERVO ABDUCENTE (VI)
paralisia de Bell pode-se avaliar a
São responsáveis pela inervação dos presença de perda de paladar
músculos extrínsecos dos olhos. unilateral, o que é feito com o
Quando lesados o paciente pode paciente projetando a língua para fora
apresentar estrabismo convergente ou para que seja colocado algo doce ou
divergente, diplopia, prejuízo na salgado em uma região da língua para
elevação e depressão do olho, que ele identifique, o não, antes de
midríase e ptose palpebral. retornar a língua para a boca.
É avaliado se há presença de NERVO VESTIBULOCOCLEAR (VIII)

movimentos oculares espontâneos, Avaliação direcionada a audição e


restrição da mirada (paciente queixa de tontura.
acompanha dedo do médico sendo
movido em padrão de H), velocidade A avaliação da audição é feita por
dos movimentos sacádicos. meio de testes com uso de diapasão,
teste de Weber (avalia perda auditiva
NERVO TRIGÊMEO (V)
lateralizada), teste de Rinne, sussurrar
É responsável pela sensibilidade no ouvido do paciente ou fazer
facial e dos componentes anteriores movimentos audíveis com as mãos.
da boca.
Já a avaliação de tontura é feita por
Faz-se a palpação da face e interior da meio dos testes vestibulares.
boca (identifica regiões gatilho nos
Nervo glossofaríngeo (IX), nervo
casos de neuralgia do trigêmeo),
vago (X) e nervo hipoglosso (XII) –
avalia-se presença de fraqueza dos
nervos cranianos inferiores
músculos da mastigação, disartria
envolvidos na fala
leve e dor e/ou crepitação durante
palpação da articulação Avalia-se pedindo que o paciente
temporomandibular pronuncie alguns fonemas específicos
(“ma”, “pa”, “ga”, “ca”, “la”, “ta”).,
NERVO FACIAL (VII)
por meio da observação da simetria
É feita a avaliação de fraqueza na na elevação do palato e se há desvio
face, o que pode ser feito por meio de de língua
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NERVO ACESSÓRIO (XI) quando os lobos floculonodulares


Tem como funções encolher os estão danificados, associando-se
ombros (Ação do trapézio) e girar a também à perda de equilíbrio pela
cabeça (ação do disfunção das vias provenientes dos
esternocleidomastóides), podendo ser canais semicirculares que passam
avaliadas pela observação do paciente pelo cerebelo floculonodular.
realizando esses movimentos.
5) Explicar o nistagmo.
Nistagmo é o tremor (movimentos
rápidos) do globo ocular com dois
componentes bem definidos (rápido e
lento) que geralmente ocorre quando
se tenta fixar os olhos em uma cena
em um lado da cabeça. É resultante de
falha de amortecimento pelo cerebelo
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-Nistagmo espontâneo: quando se CONTROLE OCULAR PELAS VIAS


apresenta enquanto o paciente olha VESTIBULARES

fixamente para um objeto parado. O Ao mudar a direção do movimento de


único tipo de nistagmo espontâneo forma rápida ou inclinar a cabeça, é
que indica causa periférica é o impossível manter uma imagem
horizontal e unidirecional, os demais estável nas retinas se não houver
indicam causas centrais. mecanismo de controle para
estabilizar a direção da mirada dos
-Nistagmo provocado pelo olhar:
olhos. Por isso, sempre que há
ocorre quando é mostrado um alvo e
movimento repentino da cabeça, os
este deve ser movimentado 30° para
sinais dos canais semicirculares
direita, esquerda, para cima e para
fazem com que os olhos se desviem
baixo. Pacientes que não conseguem
em direção igual ou aposta à rotação
manter o olhar geralmente possuem
da cabeça.
lesões de tronco cerebral ou cerebelo.
TIPOS DE NISTAGMOS DE ACORDO COM A
->Informações saem no vestíbulo ->
ORIGEM: gânglio vestibular -> nervo vestibular
-> núcleo vestibular -> vão para o
-Nistágmo fisiológico: encontrado nas
vestibulocerebelo/lobo floculonodular
posições extremas do olhar.
-> saem do cerebelo pela zona medial
-Nistágmo de fixação: pode ser -> para fascículo longitudinal medial
amblióptico (pessoas com pouca -> núcleos oculomotores ->
visão), congênito (aparece com a musculatura extrínseca ocular
fixação, se acentua com o desvio
ocular e diminui com o fechar dos
olhos) e de fixação adquirido (lesão
central em cerebelo ou tronco
cerebral).
-Nistágmo vestibular: associa-se ou
órgão vestibular, vias e núcleos
vestibulares, tronco, cerebelo ou
diencéfalo. Possui o componente
lento que desloca o olho na posição
central e o componente rápido que o .8) Entender as labirintopatias mais
traz de volta para manter o objeto fixo frequentes em idosos.
na retina. A tontura/vertigem é usada para
descrever várias sensações anormais
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que se referem a posição e orientação -Episódica (episódio único e agudo):


do corpo em relação ao espaço. neurite vestibular, trauma, infecção
ou vascular.
CLASSIFICAÇÃO DE TONTURAS

Pode ser classificada de acordo com a -Recorrente: enxaqueca, doença de


localização anatômica, pela Ménière, paroxismos vestibulares.
apresentação e duração dos sintomas -Contínua: perda vestibular bilateral,
e etiologia. doença cerebelar, mal de Parkinson,
LOCALIZAÇÃO ANATÔMICA
mielopatia, neuropatia.

A classificação é feita em central A duração da crise pode ser inferior a


(SNC está envolvido devido a lesões 1 min ou superior a 1 minuto.
tumorais, causas vasculares e ETIOLOGIAS
inflamatórias) e periférica (distúrbio
da orelha interna e do VIII par A maioria das causas de tontura são
craniano, com náuseas e vômitos, mas enquadradas em sete etiologias
sem sinais neurológicos). principais: doença vestibular
periférica, doenças cardiovasculares,
tontura multissensorial, doenças
cerebrovasculares do tronco cerebral,
doenças neurológicas centrais e
primárias, doenças psiquiátricas e
síndrome da hierventilação.
Em idosos, a causa de tontura
geralmente não é única, mas a
principal etiologia é do sistema
vestibular.

Outra classificação propõe seis


grupos de tontura: otológica (sistema
vestibular periférico), central (tronco
cerebral e cerebelo), proprioceptiva
(neuropatia periférica), visual,
psicológica e de causa desconhecida.
APRESENTAÇÃO E DURAÇÃO
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TRATAMENTO DAS TONTURAS

Deve-se estabelecer uma estratégia


que contemple não só a
sintomatologia, mas também a causa
de base.
O planejamento terapêutico deve ser
individualizado, comtemplando a
etiologia, farmacoterapia, exercício de
reabilitação, controle dietético e estilo
de vida.
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TRATAMENTO DA CRISE VERTIGINOSA Tratamento direcionado a patologia


Tratamento inicial na emergência de base e não apenas a
consiste em: posicionamento sintomatologia.
adequado, repouso, hidratação e MEDICAMENTOS ANTIVERTIGINOSOS
medicamentos sedativos labirínticos,
Antieméticos e sedativos vestibulares/
antieméticos (metoclopramida e
supressores da função vestibular
ondansetrona) e tranquilizantes
benzodiazepínicos. Úteis nos quadros agudos, mas não
são recomendados para tratamento a
Em paralelo é investigado a etiologia
longo prazo.
central ou periférica para determinar
condutas específicas. ANTICOLINÉRGICOS

TRATAMENTO PÓS-CRISE Têm efeito sobre a vertigem e


vômitos, já que a acetilcolina excita
Uso de medicamentos supressores da
os núcleos vestibulares e está
função vestibular (dimenidrato,
envolvida com o centro emético que
prometazina) por via oral.
controla ações motoras, respiratórias e
TRATAMENTO DA TONTURA CRÔNICA OU autonômicas do vômito.
RECORRENTE
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ANTI-HISTAMÍNICOS -Prometazina: antidopaminérgico,


São usados como supressores anti-histamínico, antiemético e
vestibulares, já que tem papel sedativo; indicado para náuseas e
excitatório na ativação vestibular do vômitos. Efeitos colaterais:
centro emético. sonolência, hipotensão, confusão
mental, síncope.
-Meclizina: usada na vertigem leve a
moderada e cinetose. Efeitos -Ondansetrona: antagonista da
colaterais: boca seca e sedação leve. serotonina (transmite sinais vagias do
TGI para o centro emético);
-Betaistina: antagonista do suprimem vômitos de causas
heterorreceptor H3 e agonista do gastrointestinais.
receptor H1. Leva a vasodilatação e
BENZODIAZEPÍNICOS
melhora a microcirculação da orelha
interna, aumentando a secreção e Lorazepam e clonazepam aumentam
facilitando a neurotransmissão de o efeito inibidor do GABA nos
histamina e coordenando a atividade núcleos vestibulares, atuando como
neuroelétrica nos núcleos supressores vestibulares e
vestibulares. Efeitos colaterais: antieméticos. Efeitos colaterais:
cefaleia e desconforto epigástrico. sonolência, fadiga, risco de quedas.
ANTAGONISTAS DOPAMINÉRGICOS BLOQUEADORES DE CANAIS DE CÁLCIO

A dopamina ativa a zona-gatilho -Cinarizina e flunarizina (usado na


sensível à ação emética de vários enxaqueca): bloqueadores do receptor
fármacos. H1 e antagonistas de cálcio que
inibem a vasoconstrição e agem como
Os antidopaminérgicos têm efeito
sedativos vestibulares. Efeitos
antiemético central e gastrocinético.
colaterais: fadiga, sonolência,
-Metoclopramida: efeito antiemético; desconforto epigástrico, sintomas
indicado para náuseas e vômitos. extrapiramidais.
Efeitos colaterais: distonia, agitação,
OUTROS FÁRMACOS
sonolência, cansaço e letargia.
-EGb 761: efeitos hemodinâmicos,
hemorreológicos, metabólicos e
neurais. Efeitos colaterais: cefaleia,
hipotensão, distúrbio gastrointestinal.
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-Piracetam: agente nootrópico que -Exercícios para estimular os reflexos


alivia a vertigem pós-trauma e vestibulo-oculares, como mover a
vertigem central. cabeça enquanto lê, levando a
estabilização do olhar fixo.
-Anticonvulsivantes (gabapentina,
carbamazepina e oxicarbamazepina): -Exercícios de reeducação do balanço
eficientes para tratar a vertigem e e dessensibilização para diminuir a
diminuir a cinetose. instabilidade, como exercícios de
força e elasticidade, exercícios de
REABILITAÇÃO
caminhar em diversas superfícies,
REFORÇO SENSORIAL caminhar enquanto lê ou carregando
-Visão: manter iluminação adequada objetos.
(dobro de iluminação para cada dez
-Movimentos repetidos de cabeça e
anos de vida adulta), sem causar
olhos utilizados para provocar
reflexos e intensidade constante em
tonturas também fortalecem os
todo ambiente. Além de evitar
mecanismos adaptativos do SNC. AS
ambientes monocromáticos, presença
repetições dos exercícios devem ser
de objetos espalhados pelo chão e
aumentadas progressivamente.
presença de animais domésticos
pequenos soltos. DOENÇAS VESTIBULARES PERIFÉRICAS

-Audição: aparelhos auditivos podem A doença vestibular periférica é a


auxiliar o paciente na orientação cauda mais frequente de queixa de
espacial. vertigem.
VERTIGEM POSICIONAL PAROXÍSTICA BENIGNA
-Tato: uso de bengala extralonga pode
auxiliar no reforço do tato e melhorar -Apresentação em qualquer idade,
a orientação espacial. porém é mais frequente em idosos
(pico entre 60-70 anos)
REABILITAÇÃO VESTIBULAR

Envolve exercícios de acomodação -Causada por debris degenerativos do


visando ao reforço dos mecanismos utrículo que flutuam na endolinfa e
adaptativos normais do SNC, além da aderem a superfície da cúpula, dando
estabilização da postura e orientação a ilusão de movimento.
espacial. -Os sintomas aparecem depois de
É realizada por um fisiotepeuta e segundos de latência após o
envolve: movimento da cabeça, em geral, para
mudar de posição na cama ou
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levantar; e não duram mais de 30 VESTIBULOPATIA IDIOPÁTICA

segundos. -Tem como critério diagnóstico a


-Manobra de Hallpike (ou manobra exclusão de doenças vestibulares
posicional – o paciente deve-se periféricas, ou seja, sintomas e
sentar-se na mesa de exames e o exames audiológicos, avaliações
examinador deve ficar a sua frente, sistêmicas, perfil hormonal e função
segurando sua cabeça e girando-a 45° cerebral/cerebelar não indicam um
para um dos lados; em seguida o grupo específico de doença.
paciente vai deitar-se para esse lado -Nesses pacientes pode haver audição
com a cabeça apoiada pelo afetada e zumbido presente nas crises
examinador, de maneira que a cabeça vestibulares.
fique além da mesa; em seguida o
DOENÇA DE MÉNIÈRE
paciente senta-se novamente e o outro
lado é testado; manobra produz -Doença do ouvido interno
nistagmo e vertigem) confirma o caracterizado pela tríade tontura,
diagnóstico. zumbido e surdez.
-Remissão espontânea da VPPB é -Decorre pela redução da absorção da
frequente. endolinfa, resultando em aumento da
pressão endolinfática e compressão
-Tratamento com sedativos
das estruturas sensoriais da cóclea e
vestibulares e antieméticos é ineficaz,
labirinto vestibular, além de alteração
então é utilizado exercícios
na condução nervosa do nervo
vestibulares (reabilitação vestibular),
vestibular.
como a manobra de Epley, em que há
movimentos da cabeça e tronco a fim -Tratamento consiste em evitar
de rodar o canal semicircular alterações osmóticas da endolinfa
posterior e levar os debris para o com uso de diuréticos, associado a
utrículo, onde são inativos, além da restrição de sódio da dieta, cafeína e
manobra de Hallpike, que induz a fumo. Podem ser usados supressores
automigração de densidades vestibulares para diminuir a
patológicas da endolinfa. intensidade das crises, além de
Diazepam em baixa dose e meclizina.
-Pequena proporção de pacientes,
com sintomas graves, necessita de -Cirurgia pode ser indicada em casos
tratamento cirúrgico com obliteração graves e incontroláveis, onde é
de canal semicircular posterior ou realizado descompressão do excesso
secção do nervo singular. de linfa com ou sem derivação.
KARINA TOMAZ ROLO – ST (DRA. PARMA) – SEXTO PERÍODO – PROBLEMA 2

-Em casos de vertigem incapacitante, -Presença de nistagmo espontâneo,


pode-se fazer a seção do nervo teste de Hallpike positivo e
vestibular, causando a perda da instabilidade postural.
audição, mas eliminando os sintomas
-Eletronistagmografia mostra
incapacitantes.
hipoexcitabilidade calórica unilateral
CRISE VESTIBULAR AGUDA e audiograma apresenta perda
-Perda aguda da informação tônica do auditiva multissensorial ipsolateral de
labirinto ou nervo vestibular. moderada a grave.

-Quadro clínico marcado por -Tratamento inclui sintomáticos da


vertigem, nistagmo e instabilidade, vertigem, exercícios vestibulares,
tem início abrupto, quadro dramático controle de comorbidade (diabetes,
em que o doente se deita sobre o lado HAS) e uso de antiagregantes
acometido e que dura dias, com plaquetários.
melhora gradual. NEURITE VESTIBULAR

LABIRINTITE -Apresentação aguda e unilateral, com


-Desenvolve-se em um período de náuseas e vômitos com 24 horas ou
minutos a horas e está relacionado a mais de evolução, não há perda
infecção sistêmica do ouvido ou auditiva ou sinais neurológicos.
meninge. -Etiologia viral é a mais aceita.
-Presença de nistagmo espontâneo, -Tratamento com corticosteroides
teste de Hallpike positivo e precoce, como dexametasona IV e
instabilidade postural. com melhora do quadro, corticoide
-Eletronistagmografia mostra oral. Além do uso de sintomáticos de
hipoexcitabilidade calórica unilateral vertigem e exercícios vestibulares.
e audiograma apresenta perda -Para melhoria do balanço postural e
auditiva multissensorial ipsolateral de estabilidade ocular, são
moderada a grave. implementados exercícios como
-Tratamento sintomático da vertigem fixação do olhar, caminhar com
e exercícios vestibulares. apoio, movimentos de cabeça
enquanto levanta e caminha,
INFARTO LABIRÍNTICO
aumentando a velocidade com o
-Início abrupto em paciente com tempo.
prévia doença vascular e pode
FÍSTULA PERINLINFÁTICA
associar-se a sintomas neurológicos.
KARINA TOMAZ ROLO – ST (DRA. PARMA) – SEXTO PERÍODO – PROBLEMA 2

-Início abrupto dos sintomas, DESEQUILÍBRIO BENIGNO DO ENVELHECIMENTO


E VERTIGEM BENIGNA DO ENVELHECIMENTO
associado a trauma craniano,
barotrauma, manobra de Valsalva -Termos utilizados para tonturas em
muito intensa, otite crônica com idosos em que não é encontrada uma
colesteatoma. causa.

-Presença de nistagmo espontâneo, -Enfraquecimento neurossensorial


teste de Hallpike positivo, múltiplo, com pequenos ou médios
instabilidade postural, possível comprometimentos.
perfuração timpânica.
-Leva-se em consideração que o
-Eletronistagmografia mostra envelhecimento está relacionado com
hipoexcitabilidade calórica unilateral maior suscetibilidade às tonturas e
e audiograma apresenta perda redução na recuperação das doenças
auditiva multissensorial ipsolateral de que causam tonturas.
moderada a grave.
DOENÇA IMUNOMEDIADA DA ORELHA MÉDIA

-Tratamento com repouso na cama -Diagnóstico precoce e intervenção


elevação da cabeça na tentativa da terapêutica podem reverter os reduzir
fístula se recuperar sozinha. Cirurgia os danos na orelha interna.
é a opção em casos refratários.
-Investigação do papel das citocinas
DESEQUILÍBRIO POR PERDA VESTIBULAR
como TNF-alfa.
-Lenta perda unilateral da função
-Tratamento com imunossupressores
vestibular (neuroma acústico) ou
(azotioprina e metotrexate).
bilateral (exposição a medicamentos
ototóxicos – estreptomicina, 6) Entender a osteoporose
gentamicina e salicilatos) pode causar
7) Explicar a farmacologia do
quadro de desequilíbrio permanente.
alendronato.
-A descontinuação desses fármacos
DEFINIÇÃO
pode melhorar o quadro clínico,
contribuindo para a reabilitação É um distúrbio esquelético crônico e
vestibular. progressivo, de origem multifatorial,
que acomete principalmente pessoas
-Pacientes referem tontura que piora idosas e caracteriza-se por resistência
em locais escuros pela redução das óssea comprometida e baixa massa
informações visuais que poderiam óssea (devido a reabsorção óssea ser
compensar a perda da função superior a formação óssea),
vestibular.
KARINA TOMAZ ROLO – ST (DRA. PARMA) – SEXTO PERÍODO – PROBLEMA 2

predispondo ao aumento do risco de


fratura, dor, deformidade e
incapacidade física.
*Resistência óssea: reflete a
integração entre a densidade e
qualidade óssea, determinado pela
microarquitetura trabecular interna,
taxa de remodelamento ósseo,
macroarquitetura, acúmulo de
microdanos, grau de mineralização e
qualidade da matriz. EPIDEMIOLOGIA

Mesmo se dizendo que osteoporose é A prevalência no Brasil vai variar de


marcada pela perda de massa óssea, 6 a 33% devido a distribuição
pessoas que não atingiram o pico regional heterogênea.
máximo de massa óssea durante a A osteoporose é mais frequente em
infância, podem desenvolvê-la sem mulheres devido a queda hormonal
que haja perda óssea acelerada. brusca, enquanto que no homem do
CLASSIFICAÇÃO decréscimo é mais gradual.
PRIMÁRIA TIPO I Ao longo da vida, as mulheres
perdem de 25-30% do osso cortical e
25-50% do osso trabecular, enquanto
os homens perdem de 5-15% do osso
PRIMÁRIA TIPO II
cortical e de 15-45% do osso
trabecular.
As fraturas de punho, vértebras,
úmero e fêmur proximal são as mais
comuns e aumentam a morbidade e
SECUNDÁRIA
mortalidade da população idosa, além
de levarem a perda da independência
e piora da qualidade de vida.
FISIOPATOLOGIA

Osso é uma forma rígida de tecido


conjuntivo, formado por osteócitos,
osteoblastos e osteoclastos presentes
KARINA TOMAZ ROLO – ST (DRA. PARMA) – SEXTO PERÍODO – PROBLEMA 2

no periósteo e endósteo, sendo estes osteoclastos e osteoblastos,


(exceto osteócitos) produtores de coordenado com fases de formação e
matriz óssea. reabsorção óssea.
Os osteócitos se encontram O que determina a velocidade da
embebidos em matriz extracelular, remodelação óssea é a unidade básica
que possui: uma fase orgânica, multicelular (UBM), que é um
composta por fibras colágenas, conjunto celular justaposto na face
proteínas e glicosaminoglicanos, interna do osso com os osteoclastos
sendo responsável pela elasticidade; e na frente e os osteoblastos atrás.
uma fase inorgânica, composta por
Osteoclastos são células diferenciadas
hidroxiapatita (fosfato de cálcio),
da linhagem macrófago/monócito,
sendo responsável pela resistência.
multinucleadas, que realizam uma
O osso possui uma região cortical sequência de eventos, que inclui
(80%) ou compacta, com função proliferação, diferenciação, fusão e
mecânica e protetora e a região ativação, sendo controlado por
trabecular ou esponjosa (20%) com hormônios e citocinas (interleucinas
função metabólica. 1, 6, 4, 7, 11 e 17, fator de necrose
tumoral, fator de transformação do
Na infância, dois terços da substância
crescimento beta e porstaglandinas
óssea são formados por tecido
E2.
conjuntivo e na velhice os minerais
predominam, o que leva a menor
flexibilidade e maior fragilidade
óssea.
REMODELAÇÃO ÓSSEA

O osso é um tecido conjuntivo


dinâmico, está em remodelação
constante, não uniforme, por toda a
vida. Esse processo é realizado pelas
KARINA TOMAZ ROLO – ST (DRA. PARMA) – SEXTO PERÍODO – PROBLEMA 2

Além dessas citocinas, o RANKL é


também é uma citocina essencial para
osteoclastogênese. Este é um membro
da superfamília TNF, expressa pelos
osteoblastos e seus percursores
imaturos e que ativa seus receptores
RANK, promovendo a ativação dos
osteoclastos, prolongando sua
sobrevivência ao suprimir a apoptose.
A osteoprotegerina (produzida pelso
osteoblastos) é um receptor solúvel Após o processo de modelação e
que atua como antagosnista do maturação óssea que ocorrem durante
RANKL, bloqueando seus efeitos. a infância e adolescência, a principal
atividade metabólica do esqueleto é a
A relação RANKL/osteoprotegerina é
remodelação, em que reposição e
regulada por citocinas e hormônios e
absorção devem seguir a mesma
alterações nesta que levam as doenças
proporção para manter a massa
ósseas reabsortivas.
constante. Após os 30 anos, em
alguns locais do esqueleto, a
reabsorção supera a reposição por
aumento da atividade esteoclástica ou
diminuição da osteoblástica.
KARINA TOMAZ ROLO – ST (DRA. PARMA) – SEXTO PERÍODO – PROBLEMA 2

-Duas primeiras décadas de vida:


incremento progressivo de massa
óssea.
-Entre os 20 e 40 anos: predomínio
construtivo, mas em menor ritmo.
-Após os 50 anos: estabiliza-se a taxa
de formação e a taxa de reabsorção
aumenta, levando a perda progressiva
de massa óssea -> osteopenia
fisiológica.
Antes dos 50 anos a perda óssea é
trabécular e depois passa a ser cortical
A perda óssea no idoso se relaciona a
menor formação óssea, falta de
estrogênio na mulher (estrogênio
funciona como freio dos
osteoclastos), hipovitaminose D
(pouca exposição solar, alimentação
pobre em vitaminas, pele envelhecida
produz menos da vitamina D, menor
produção da enzima renal que permite
a conversão em calcitriol) e ação do
PTH

ALTERAÇÕES ÓSSEAS RESULTANTES DO FATORES DE RISCO


ENVELHECIMENTO
KARINA TOMAZ ROLO – ST (DRA. PARMA) – SEXTO PERÍODO – PROBLEMA 2

INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DO RISCO Há presença de sintomas quando há


PARA FRATURA presença de fraturas vertebrais
O FRAX foi introduzido pela OMS (principalmente torácicas inferiores e
em 2008 e estimula a probabilidade lombares superiores) que são
de fratura de quadril ou fratura provocadas por mínimos traumas,
osteoporótica combinada em 10 anos como inclinar-se. Os sintomas
para uma pessoa não tratada por meio incluem dor aguda, de forte
de fatores de risco e usando, ou não, a intensidade, que se irradia para frente,
densidade mineral óssea. em barra, raramente em direção aos
quadris e membros inferiores, além de
Nos indivíduos com baixo e médio hipercifose dorsal, costela que toca a
risco de fraturas, é necessário se fazer crista ilíaca anterossuperior, pregas
a densidade mineral óssea, já nos que horizontais no abdome, restrição de
possuem alto risco, a intervenção está movimentos respiratórios e
justificada sem a necessidade de compressão gástrica.
DMO.
DIAGNÓSTICO E MONITORAMENTO DA
SINAIS E SINTOMAS OSTEOPOROSE

Em geral, osteoporose é Apesar da ausência de sintomas na


assintomática, então, os pacientes só osteoporose, o exame físico e
tomam conhecimento da doença anamnese completos determinaram a
quando ocorre fratura ou o médico suspeita da doença no indivíduo,
observa alterações no raio X ou na levando a busca da possível etiologia.
densitometria óssea.
EXAMES LABORATORIAIS
KARINA TOMAZ ROLO – ST (DRA. PARMA) – SEXTO PERÍODO – PROBLEMA 2

Visam estabelecer a presença de por clearance metabólico, ritmo


fatores secundários determinantes da circadiano, idade, etnia, medicações e
perda de massa óssea e, em geral, status menopausal.
estão normais na OP involucional ou
Clinicamente são úteis para
primária do tipo I ou II.
determinação do risco de fraturas;
Exames básicos: hemograma, determinação da resposta terapêutica
velocidade de hemossedimentação a alguns agentes antirreabsortivos e
(VHS), cálcio sérico, fósforo sérico, identificação dos indivíduos com alto
proteína total, albumina, enzimas turnover ósseo, para predispor perda
hepáticas, creatinina, eletrólitos, óssea rápida.
glicemia de jejum, dosagem de cálcio
Biomarcadores de reabsorção: quando
na urina de 24 horas, vitamina D
elevados, há maior risco de fraturas e
sérica.
quando diminuídos, há redução desse
Se houver suspeita clínica de causas risco.
secundárias, pode-se incluir: TSH,
Os marcadores só são alterados após
PTH intacto sérico, cortisol urinário
3 meses do uso das medicações e se
livre, marcadores bioquímicos do
considera que há resposta terapêutica
metabolismo ósseo, estudo do
quando houver diminuição de pelo
equilíbrio acidobásico, eletroforese de
menso 30% no NTX ou no CTX.
proteínas séricas, anticorpos
antiendomísio, antigliadina e
antitrasglutaminase, aspiração de
medula óssea, biópsia de crista ilíaca
com tetraciclina marcada (quando não
houver causa subjacente a OP e a
terapêutica não for efetiva).
BIOMARCADORES ÓSSEOS

São produtos de degradação do osso,


liberados para a circulação ou urina,
derivados de atividade esteoblástica
e/ou osteoclástica, traduzindo, em
última análise, a remodelação
(turnover) óssea.
Esses marcadores não são específicos
para OP e podem ser influenciados
KARINA TOMAZ ROLO – ST (DRA. PARMA) – SEXTO PERÍODO – PROBLEMA 2

-Desaparecimento de trabéculas
horizontais, com persistência das
verticais.
-Estriação longitudinal na zona
subendotelial (tunelização
intracortical) -> patognomônico de
alto turnover ósseo.
-Irregularidade óssea externa ->
hiperparatireoidismo primário ou
secundário.
-Vértebras perdem o “bojo” central
formado por osso trabecular,
passando a apresentar aspecto de
RADIOGRAFIAS CONVENCIONAIS “moldura de quadro”.
São pouco sensíveis para determinar -As fraturas vertebrais são
baixa massa óssea, não podendo ser classificadas quanto a gravidade em I,
utilizada para diagnosticar OP II e III, e quanto a gravidade em
precocemente (detecta perda óssea acunhamento anterior, biconcavidade
superior a 30% - diagnóstico tardio). e colapso vertebral.
O diagnóstico pode ser fechado se
O Raio X é interessante para
houver fratura de baixo impacto.
diagnóstico diferencial de outras
As radiografias são utilizadas para osteopenias:
estabelecer se a presença de fraturas
-Osteopenia generalizada: OP
ósseas e indicada também para
involucional e secundária a processos
paciente com perda de altura
endócrinos.
significativa e injustificada.
-Osteopenia regional: distrofias
Alterações radiográficas:
simpático-reflexas e OP transitória.
-Radiotransparência aumentada ->
-Osteopenia focal periarticular:
osteopenia.
processos inflamatórios.
-Afinamento cortical.
TÉCNICAS QUE MEDEM A DENSIDADE ÓSSEA
KARINA TOMAZ ROLO – ST (DRA. PARMA) – SEXTO PERÍODO – PROBLEMA 2

Permitem diagnosticar as perdas


ósseas, avaliar o risco de fratura e
monitorar o tratamento.

ULTRASSONOMETRIA ÓSSEA Padrão ouro para o diagnóstico de


Critérios pouco estabelecidos, exame OP, já que consegue medir a
limitado. quantidade de osso em uma área ou
volume, calculando a densidade
Faz-se a medição da velocidade de
mineral óssea. Estabelece diagnóstico
propagação e a atenuação do som em
precoce da doença, nível de gravidade
calcâneo e tíbia, permitindo
e risco de fratura óssea.
estabelecer um índice de resistência
óssea, que se relaciona ou risco de A escolha do local de análise depende
fraturas em colo femoral em mulheres do tipo de OP que se esteja
acima dos 65 anos. estudando, idade do paciente, tipo
histológico do osso envolvido e da
DENSITOMETRIA ÓSSEA
presença de alterações morfológicas
ou artefatos
KARINA TOMAZ ROLO – ST (DRA. PARMA) – SEXTO PERÍODO – PROBLEMA 2

Os locais que permitem melhor -Homens com idade inferior a 70 anos


avaliação são: coluna lombar, fêmur com fatores de risco.
proximal e úmero.
-Indivíduos que apresentem perda
O densitometrista deve estar alerta ao estatura (2,5 cm) ao longa da vida ou
realizar os exames devido a grande hipercifose torácica.
possiblidade de artefatos e de
-Indivíduos em uso de corticoides por
realização incorreta do exame, sendo
3 meses ou mais, independente da
importante a realização de uma boa
dose.
anamnese para identificar fatores que
possam interferir no exame. -Indivíduos com índice de massa
corporal baixo (IMC de 19 kg/m2
INDICAÇÕES:
para jovens e 22 kg/m2 para idosos).
-Todas as mulheres com 65 anos ou
mais. -Portadores de doenças crônicas ou
em uso de outras medicações
-Mulheres na peri e pós-menopausa associadas a OP.
com fatores de risco.
-Para monitoramento de mudanças de
-Mulheres com amenorreia secundária massa óssea decorrentes da evolução
prolongada (mais de 1 ano). das doenças e dos diferentes
-Todos os indivíduos que tenham tratamentos disponíveis.
sofrido fratura por trauma mínimo ou ANÁLISE DOS RESULTADOS
atraumática.
O método oferece três tipos de
-Indivíduos com evidências medidas:
radiográficas de esteopenia ou
-Valor absoluto (g/cm2)
fraturas vertebrais.
-Valor percentual relativo a uma
-Homens com mais de 70 anos.
curva ajustada para a idade, sexo, raça
KARINA TOMAZ ROLO – ST (DRA. PARMA) – SEXTO PERÍODO – PROBLEMA 2

e peso (age matched – Z-score): alerta Os novos densitômetros permitem


quanto a alguma causa secundária quantificar as fraturas vertebrais de
para osteopenia ou OP; não define acordo com as curvas de normalidade,
risco de fratura. estabelecendo a gravidade.
-Valor percentual relativo a uma -Biópsia óssea: indicada para
curva de jovens entre 20 e 40 anos de realização de diagnóstico diferencial
idade com mesmas características em das doenças osteometabólicas. É
relação a peso e sexo (young adults – retirado fragmento ósseo 2 cm abaixo
T-score) da crista ilíaca anterossuperior,
permitindo a determinação do
Os indivíduos são classificados, de
turnover ósseo.
acordo com a OMS com base na
curva T-score, como: TRATAMENTO

-Até -1,0 desvio padrão: indivíduo MEDIDAS PREVENTIVAS NÃO FARMACOLÓGICAS

normal. -Adequada nutrição (bom aporte


proteico; ingesta adequada de cálcio –
-Entre -1,0 e -2,5 desvios padrões:
1500mg para mulheres após a
indivíduos osteopênicos.
menopausa sem terapia estrogênica e
-Abaixo de -2,5 desvios padrões: para idosos a partir dos 65 anos e
pacientes com OP. 1000mg para homens e mulheres em
terapia estrogênica.
-Abaixo de -2,5 desvios padrões
associada a fratura: pacientes com OP -Bons hábitos de vida, incluindo
estabelecida ou grave. exercícios físicos (40 min de
caminhada diariamente ou exercícios
O monitoramento para portadores de
3x por semana durante 30 minutos),
OP do tipo II (senil) deve ser feito
evitando alcoolismo e tabagismo.
com intervalo de 2 anos e de
portadores de OP do tipo I, o -Controle do ambiente para prevenção
monitoramento deve ser anual. de quedas.
Repetir o exame com intervalo MEDIDAS FARMACOLÓGICAS
inferior a 1 ano, em geral, não permite Visam diminuir o risco de fraturas e
visualizar mudanças de metabolismo aumentar a massa óssea.
ósseo.
Devem ser tratados os paciente com
AVALIAÇÃO VERTEBRAL LATERAL risco de fraturas baseado em: fatores
maiores de risco clínico, baixa massa
KARINA TOMAZ ROLO – ST (DRA. PARMA) – SEXTO PERÍODO – PROBLEMA 2

óssea e marcadores ósseos elevados, o (1,25(OH2D3), além de análogos


que inclui: mulheres com OP pós- sintético da vitamina D3.
menopausa; mulheres com fraturas
*A vitamina D3 é responsável pela
atraumáticas e baixa DMO; mulheres
absorção de cálcio e seu transporte até
com T-score de DMO < -2,5 sem
os ossos, e encontra-se diminuída nos
fatores de risco; mulheres com baixa
idoso devido a menor capacidade de
DMO limítrofe (T-score < - 1,5 DP)
transformar 25(OH) vitamina D em
se fatores de risco presentes; mulheres
sua forma ativa 1,25 (OH).
nas quais medidas não farmacológicas
não foram eficazes.
*Todo homem com
osteoporose/osteopenia deve ser
investigado causas secundárias.

SUPLEMENTAÇÃO DE CÁLCIO E VITAMINA D

Fazem parte dos esquemas


terapêuticos.
-Cálcio: possui utilidade terapêutica e
profilática. Pode ser utilizado por via
EV (gliconato de cálcio e cloreto de
cálcio) ou por via oral (citrato de
cálcio, carbonato de cálcio, fosfato de
cálcio e lactato de cálcio)
-Vitamina D: mesmo o Brasil sendo
um país ensolarado, grande parte dos
idosos possuem deficiência de
vitamina D, principalmente os
institucionalizados. A reposição pode
ser com vitamina de origem vegetal
(ergocalciferol – D2) ou animal
(colecalciferol – D3). Existem no
mercado preparados de vitamina D
que incluem colecalciferol (D3),
ergocalciferol (D2), calcifediol
(25(OH)D) e calcitriol
KARINA TOMAZ ROLO – ST (DRA. PARMA) – SEXTO PERÍODO – PROBLEMA 2

ou de pé após o uso do medicamento,


acalasia ou estenose.
-Risedronato: é utilizado nas doses de
O calcitriol aumenta a absorção de 35 e 150 mg, sendo administrados 1
cálcio dietético, inibe a síntese e vez por semana ou mensalmente uma
liberação de PTH, eleva a reabsorção hora antes da primeira refeição.
renal de cálcio e fósforo. Previne a perda de massa óssea, reduz
fraturas e preserva massa óssea em
BIFOSFONADOS OP secundárias ao uso de
Agentes antirreabsortivos análogos do glicocorticoide. Efeitos colaterais
pirofosfato, que se concentram nos como os do Alendronato.
tecidos mineralizados, onde são Contraindicações: hipersensibilidade
incorporados ao mineral, ao risedronato ou hipocalcemia.
permanecendo ativos e não
-Ibandronato: é utilizado na dose de
metabolizados. Conforme o osso sofre
150 mg uma vez por mês, antes da
reabsorção, os ácidos secretados pelos
primeira refeição; ou na forma
osteoclastos dissociam o mineral
intravenosa 3mg a cada 3 meses.
ósseo do bifosfonato, que é excretado
Efeitos colaterais: náuseas e
ou internalizado pelo osteoclasto.
gastrenterite. Contraindicações:
Dentro do osteoclasto, atua
hipersensibilidade ao ibandronato ou
bloqueando a via do mevolonato,
hipocalcemia.
comprometendo funções dessas
células e levando-as a apoptose. -Zalendronato: usado em pacientes
com múltiplos esquemas terapêuticos
-Alendronato: é utilizado em doses de
(AIDS, quimioterapia) sendo
70 mg, uma vez por semana, 30
utilizado anualmente em infusão de
minutos antes da refeição (manter-se
preparado pronto em 15-20 minutos.
em pé ou sentado até a refeição). É
capaz de prevenir a perda de massa -Pamidronato: para pacientes com
óssea, aumentar a densidade óssea e osteogênese imperfeita.
reduzir risco de fraturas. Efeitos
TERAPIA HORMONAL/ ESTRÓGENO
colaterais: pirose, plenitude gástrica,
desconforto retroesternal, esofagite. Funciona como antirreabsortivo
Contraindicações: hipersensibilidade ósseo, agindo sobre receptores
aos produtos, hipocalcemia, osteoblásticos e na produção de
incapacidade de permanecer sentado calcitonina.
KARINA TOMAZ ROLO – ST (DRA. PARMA) – SEXTO PERÍODO – PROBLEMA 2

Pode ser usado na forma oral ou intermitente (usar por 15 dias e


transdérmica, devendo estar associado interromper 15 dias).
a progesterona nas pacientes com
Pode causar rinite, epistaxe ocasional
útero.
raramente.
Efeitos colaterais: mastalgia, retenção
Contraindicado se hipersensibilidade
hídrica, dor abdominal, cefaleia,
ao fármaco.
aumento do risco de colelitíase,
tromboembolismo. TERIPARATIDA

Contraindicações: câncer de mama, Osteoformador que age sobre os


neoplasia estrogênio dependente, osteoblastos de maneira anabólica,
tromboflebite. estimulando a diferenciação das
células progenitoras em pré-
SERM osteoblastos, aumentado o número e
São moduladores seletivos dos ação das células.
receptores de estrogênio, sendo o
É utilizado na forma de injeções
principal o raloxifeno, que age como
subcutâneas, 20 mcg por dia, durante
agonista estrogênico na massa óssea.
18 meses.
É administrado por via oral na dose
Possui indicação restrita pelo alto
de 60 mg/dia.
custo.
Pode ter efeitos colaterais como
Efeitos adversos raros que incluem
fogachos e câimbras.
hipercalcemia, náuseas, cefaleia,
Contraindicado em caso de histórico câimbras.
de doença tromboembólica venosa e
Contraindicado para pacientes com
mulheres no climatério com sintomas
hipersensibilidade ao produto,
vasomotores importantes.
hipercalcemia e neoplasias ósseas.
CALCITONINA

Age nos osteoclastos, inibindo a


reabsorção óssea, é utilizada em
pacientes fraturados para diminuição
dos níveis de dor (liberação de
endorfinas).
Uso na forma de spray nasal (200 UI
por borrifada) em esquema

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