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KARINA TOMAZ ROLO – ST (DR.

PARMA) – SEXTO SEMESTRE – PROBLEMA 1

Problema 1
1) Relembrar a psicologia do -Da solução positiva, surge um ego
envelhecimento de Erik Erikson. mais rico e forte e da solução
negativa, um ego mais fragilizado.
-Erikson não nega a teoria Freudiana
sobre desenvolvimento psicossocial, -A cada crise, a personalidade se
mas muda o enfoque desta para o reestrutura e se reformula de acordo
problema da identidade e das crises com as experiências vividas.
do ego, ancorado em um contexto
ESTÁGIOS PSICOSSOCIAIS
sociocultural, ou seja, sempre
considerando o ser humano como ser Confiança Básica x Desconfiança
social, que vive em grupo e sofre a básica (corresponde a fase oral de
pressão e influência deste. Freud -> o fato do afastamento
momentâneo da mãe e objetos pode
-Desvia o foco fundamental da fazer com que a criança veja que eles
sexualidade para as relações sociais. retornam e que o mundo é bom, ou
-A proposta de estágios vai além da pode levar a pensar que eles não
infância, considerando que o que é retornaram e que o mundo é ingrato; a
construído nela em termos de mãe é vista como um ser supremo, e o
personalidade não é totalmente fixo, bebê pode identificar-se com isso ou
podendo ser parcialmente modificado criar a ideia de que a mãe é um ídolo
em experiências posteriores. inalcançável).

-Em cada etapa, o indivíduo cresce a Autonomia x Vergonha e Dúvida


partir das exigências de seu ego, mas (corresponde a fase anal de Feud -> a
também das exigências do meio em criança passa a ter autonomia dos
que vive, sendo importante a análise movimentos musculares e pode ver
cultural e da sociedade. isso como algo que a torna capaz de
realizar as coisas, mas dependendo da
-Em cada estágio, o ego passa por atuação paterna, a criança pode se
uma crise, podendo esta ter desfecho sentir exposta e envergonhada, além
positivo (ritualização) ou negativo de se ver incapaz de realizar tarefas
(ritualismo). que estão além da sua capacidade
atual).
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Iniciativa x Culpa (início da busca pode levar a estagnação; nessa fase a


pelo desenvolvimento intelectual, personalidade é mais enriquecida do
aprender novas tarefas, treinar novas que modificada).
coisas, ter responsabilidades; quando
INTEGRIDADE X DESESPERO
a criança vê que tem coisas que ainda
não pode fazer, ela pode treinar e Nessa fase o ser humano reflete, revê
fantasiar para fazer futuramente ou sua vida, o que fez e deixou de fazer,
pode se frustrar por ser incapaz, suas realizações.
levando a criança a fantasiar e se Essa retrospectiva pode ser
afastar demais do seu “eu” vivenciada por meio do desespero de
verdadeiro. ver a morte se aproximando, o tempo
Diligência x Inferioridade (início das acabando, sendo pessoas que vivem
responsabilidades mais próximas do em eterna nostalgia e tristeza pela
mundo adulto, canalização da energia velhice, já que desejam retroceder,
para atividades da mente, o que pode readquirir oportunidades perdidas,
levar a sensação de capacidade ou de reformular escolhas, mas por ser
inferioridade devido as frustações tarde, instala-se o desgosto e a
quando não é possível realizar algo). angústia.

Identidade x Confusão de identidade Ou essa vivência pode ser positiva,


(adolescente no processo de se sendo que a pessoa tem a sensação de
conhecer e se encaixar em algum dever cumprido, sentimento de
papel na sociedade por meio da dignidade, integridade, experiencia e
identidade que já criou nas fases sabedoria, reconcilia-se com mágoas,
anteriores). encarando a existência como positiva.
Nessa fase há o perigo do indivíduo
Intimidade x Isolamento (fase em que se julgar mais sábio e querer impor
um ego pode se unir a outro sem se suas ideias.
sentir ameaçado, sendo que, para isso,
é necessário que tenha construído um Assim, o idoso pode utilizar sua
ego forte para que não haja experiencia de vida em prol de viver
isolamento como forma de proteger bem os últimos anos ou estagnar
um ego frágil). diante do fim, desesperando-se.

Generatividade x Estagnação (fase de Fonte: Erikson e a Teoria Psicossosial


preocupação com tudo que é gerado, do Desenvolvimento; Elaine Rabello
transmitido e ensinado, caso a pessoa 2) Entender a Avaliação Geriátrica
não tenha filhos, sócio, empresa ou Ampla (AGA).
algo que sinta que seja uma tradição,
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A AGA é um processo diagnóstico -Define os parâmetros de


multidimensional, interdisciplinar, acompanhamento do paciente.
para determinar as deficiências,
-Direciona para as modificações e
incapacidades e desvantagens do
adaptações ambientais.
idoso, determinar um plano de
tratamento e planejar o seus cuidado e -Define critérios para hospitalização e
assistência a médio e longo prazos, do institucuionalização.
ponto de vista médico, psicossocial e
APLICAÇÃO DA AGA
funcional.
Esta pode ser feita pelo médico em
Prioriza o estado funcional e a seu consultório, mas é melhor
qualidade de vida, utilizando testes, realizada por uma equipe
índices e escalas para avaliação, interdisciplinar nos diferentes locais
sendo o padrão-ouro para avaliação de atendimento do idoso, como OS,
de idosos enfermaria, centro de reabilitação,
BENEFÍCIOS ambulatórios.
-Complementa a avaliação clínica A AGA só tem boa relação custo-
tradicional e melhora a precisão benefício se existir um processo de
diagnóstica. identificação dos idosos que
realmente podem se beneficiar de sua
-Define se há diminuições da
aplicação, já que apenas o aspecto
capacidade e limitações das
cronológico mostrou-se ineficaz, pois
atividades, sejam elas de causa
para idosos robustos e funcionais a
motora, mental ou psíquica.
AGA pouco muda no plano
-Detecta problemas médicos terapêutico.
inaparentes.
ESTRUTURA E COMPONENTES
-Identifica o risco de declínio É necessário coletar, organizar e usar
funcional. adequadamente, de forma sistemática
-Avalia riscos nutricionais. e com objetivos definidos uma vasta
gama de informações clínicas e
-Identifica riscos de iatrogenia. funcionais relevantes, contemplando
-Prediz desfechos desfavoráveis, as quatro principais dimensões, que
como mortalidade, perda funcional e são a capacidade funcional, as
fragilização. condições médicas, o funcionamento
social e a saúde mental.
-Orienta para as medidas de
preservação e restauração da saúde.
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A AGA avalia os seguintes Alguns testes são usados para avaliar


parâmentos: o equilíbrio e a mobilidade:
-Equilíbrio, mobilidade e risco de -Get up and go (teste de levantar e
quedas andar): o paciente deve se levantar de
uma cadeira com encosto reto,
-Função cognitiva
caminhar três metros, voltar para o
-Condições emocionais mesmo local após girar 180° e sentar-
se. A partir disso é possível
-Deficiências sensoriais
interpretar se há normalidade,
-Capacidade funcional anormalidade leve, média, moderada
ou grave, sendo que um score igual
-Estado e risco nutricional
ou superior a 3 indica risco
-Condições socioambientais aumentado de queda.

-Polifarmácia e medicações -Timed Get up and go (teste de


inapropriadas levantar e andar cronometrado): teste
como o anterior, sendo que há
-Comorbidades e multimorbidade
medição do tempo, permitindo a
-Outros. seguinte avaliação: paciente
independente, sem alterações (menor
EQUILÍBRIO, MOBILIDADE E RISCO DE QUEDAS
ou igual a 10 s); independente em
Devem ser avaliados pelo fato de o transferências básicas, baixo risco de
envelhecimento provocar quedas (entre 11 e 20 s); dependente
modificações no aparelho locomotor. em várias atividades de vida diária e
É necessário a realização de exame na mobilidade, alto risco de quedas
neurológico básico e pesquisa do sinal (maior ou igual a 20 s).
de Romberg para avaliar o equilíbrio. -Teste de equilíbrio e marcha:
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-Avaliação de sarcopenia: a -Força de preensão palmar:


mensuração da massa muscular pode relacionada a força de todo o corpo,
ser feita por meio de métodos sendo utilizado o dinamômetro
antropométricos, bioimpedância ou manual para realizar três medidas no
densitometria corporal total. O membro dominante com intervalo de
desempenho muscular é avaliado pela 60 segundos em cada medida. Escores
velocidade da marcha e a força não apresentam consenso na
muscular pela força da preensão literatura, mas pode-se utilizar como
palmar. normal 20 kg ou mais para mulheres e
30 kg ou mais para homens
-Velocidade de marcha: tempo que o
paciente leva para percorrer 4 metros. FUNÇÃO COGNITIVA E CONDIÇÕES EMOCIONAIS

O cálculo é feito pela média de três Deve-se avaliar a cognição como um


tentativas (normal maior que 0,8 m/s) todo, incluindo atenção, raciocínio,
e avalia o desempenho muscular. pensamento, memória, juízo,
-Circunferência de panturrilha: abstração e linguagem, o que permite
medida mais sensível para avaliar a identificar alterações como quadros
massa muscular em idosos (normal demenciais e depressivos.
maior ou igual a 31 cm). -Miniexame do Estado mental:
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-Teste do desenho do relógio: fácil


aplicação e o paciente deve ter pelo
menos 4 anos de escolaridade. Pedir
ao paciente que desenhe em um papel
um relógio com números e ponteiros,
marcando 2:45.
-Escala de depressão geriátrica:
caráter de rastreio e não de
diagnóstico em idoso, já que a
depressão tem manifestações atípicas.
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DEFICIÊNCIAS SENSORIAIS

São comuns em idosos e levam a


perda de qualidade de vida,
isolamento social, maior risco de
quadros confusionais e quedas.
CAPACIDADE FUNCIONAL

Seria a aptidão do idoso para realizar


tarefas que lhe permitam cuidar de si
mesmo e ter uma vida independente
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ESTADO E RISCO NUTRICIONAL Motivos que podem levar um idoso a


População geriátrica heterogênea desnutrição: viver sozinho
dificulta a uniformização nutricional. desestimula o preparo de alimentos e
restrições funcionais que impedem de
fazer compras e cozinhar.
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CONDIÇÕES SOCIOAMBIENTAIS
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Deve-se avaliar as relações e as familiar e financeiro), sabendo com


atividades sociais, os recursos que tipo de ajuda o idoso pode contar,
disponíveis de suporte (social, caso necessite.

POLIFARMÁCIA E MEDICAÇÕES INAPROPRIADAS Também deve-se atentar ao uso de


Polifarmácia consiste no uso regular medicamentos inapropriados para
de múltiplos medicamentos (cinco ou idosos, os que não possuem clara
mais), o que é muito frequente no eficácia, ou que os riscos superam os
envelhecimento para controlar várias benefícios
doenças crônicas.

COMORBIDADES E MULTIMORBIDADE Multimorbidade: ocorrência me um


Comorbidade: efeitos combinados de mesmo indivíduo de duas ou mais
doenças adicionais sobre uma doenças crônicas.
“doença índice” (condição principal
do paciente).
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Adiciona-se a escala, um ponto para “Is” da geriatria ou gigantes da


cada década a partir dos 50 anos de geriatria: iatrogenia; incontinência
idade. urinária; instabilidade postural,
quedas e fraturas; doenças
OUTROS PARÂMETROS
neuropsiquiátricas/ incapacidade
-Autoavaliação da saúde do cognitiva (depressão, insônia,
indivíduo. demências de delirium); síndrome de
-Presença de maus-tratos. imobilidade; algumas fontes trazem
mais dois gigantes, sendo a
-Estimativa do risco cardiovascular. insuficiência familiar e a
Fonte: Tratado de Geriatria e incapacidade comunicativa.
Gerontologia. São problemas típicos de idosos que
3) Explicar os “Is” da geriatria. não têm acesso aos cuidados com a
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saúde, já que com o avançar da idade, modificações da farmacocinética e


a capacidade funcional dos sistemas farmacodinâmica das drogas e
fisiológicos vai diminuindo, além de também maior vulnerabilidade a
se acumularem sequelas de outras efeitos colaterais dos medicamentos.
doenças crônico-degenerativas.
-Práticas para evitar a iatrogenia
Esses “gigantes” são problemas de medicamenrosa: avaliar se sintomas
difícil solução, etiologia multifatorial novos são podem ser efeitos colaterais
e abordagem que demanda cuidados a medicações; evitar prescrever mais
de uma equipe multidisciplinar. remédios para tratar efeitos colaterais,
preferindo a troca de medicamento;
IATROGENIA
verificar todos os medicamentos que
Prejuízo provocado a um paciente o paciente toma nas consultas, até
pela omissão ou ação dos remédios naturais; prescrever levando
profissionais de saúde, mesmo que a em conta a condição econômica do
intervenção tenha sido indicada e paciente; facilitar a posologia,
realizada adequadamente. preferindo drogas de dose única.
Exs: epigastralgia por uso de AAS; Porém, diz-se em iatrogenia, atribuir
cistite após passagem de sonda as queixas do paciente a idade; pedir
vesical de alívio, hematoma após exames de forma extensiva,
venóclise. desnecessária e sem indicação;
A iatrogenia é mais frequente em prolongamento artificial da vida sem
idoso porque eles apresentam taxas perspectiva de reversibilidade
mais altas de analfabetismo (dificulta (distanásia); prescrição de
o uso correto da prescrição), têm mais intervenções sem comprovação
doenças e usam mais o serviço de científica; excesso de intervenções
saúde. reabilitadoras.
INCONTINÊNCIA URINÁRIA
O principal tipo de iatrogenia acaba
sendo a medicamentosa, já que os Consiste na eliminação involuntária
idosos acumulam doenças crônicas de urina em qualquer quantidade e
que necessitam de tratamento com frequência suficientes para provocar
muitos medicamentos prejuízos sociais ou à saúde.
(“polifarmacia”), além do fato do
INSTABILIDADE POSTURAL, FRATURAS E
envelhecimento do organismo QUEDAS
(redução da complacência ventricular,
Estudos demostram que a cada ano,
do ritmo de filtração renal e do fluxo
um terço dos idosos sofre pelo menos
sanguíneo hepático) levar a
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uma queda, podendo levar até a O melhor é sempre evitar a primeira


consequências graves como lesões queda, o que pode ser feito por meio
corto-contusas, hematomas e fraturas. de orientações sempre que houver
contato com o idoso. E caso a queda
-Síndrome do medo pós-queda:
ocorra, é um momento ímpar para
distúrbio de marcha provocado pelo
investigar e tratar as causas, evitando
receio de cair, mesmo na ausência de
uma nova queda.
comprometimento da capacidade de
deambular, passando a depender de É importante ver que quedas são um
acompanhante, dar passos curtos ou problema de saúde pública,
até deixam de sair de casa, relacionado a populações com estilo
abandonando atividades cotidianas. de visa pouco ativo.
Essa restrição de atividades por medo,
pode levar ao desenvolvimento de
atrofia muscular, déficits de marcha,
favorecendo o surgimento de novas
quedas.
As quedas podem ocorrer por:
-Fatores intrínsecos (relacionados ao
próprio indivíduo):

-Fatores ambientais (relacionados a


fatores externos):

Pode ser necessário que o idoso com


risco de queda ao andar recorra a
ampliação da base de apoio, por
meios de bengalas, muletas ou
andadores e sejam feitas adaptações
ambientais para evitar as quedas
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INCAPACIDADE COGNITIVA (DEPRESSÃO,


INSÔNIA, DEMÊNCIAS DE DELIRIUM)

A incapacidade cognitiva designa o


comprometimento das funções
cefálicas superiores capaz de
prejudicar as atividades de vida
diária.

DEPRESSÃO por ser confundida com um aspecto


É muito frequente que a depressão habitual do envelhecimento.
seja subdiagnosticada em idosos, por INSÔNIA
ser discreta na maior parte dos casos e
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A insônia também pode ser tida como consciência e pela frequência de


incapacidade cognitiva, sendo alucinações visuais. É um quadro de
definida como a incapacidade de urgência pois sempre há uma causa
conciliar sono de boa qualidade, que deverá ser descoberta e tratada.
durante um período adequado para
restaura as necessidades fisiológicas
do organismo. Pode ser causado por
hábitos inadequados ou iatrogenia
medicamentosa
Hábitos de via inadequados:

Medicamento inadequado
(benzodiazepínicos, tricíclicos
antigos, anti-histamínicos e
barbitúricos):

SÍNDROME DA IMOBILIDADE

Imobilidade é a incapacidade de um
DELIRIUM indivíduo de se deslocar sem o auxílio
de outras pessoas, com a finalidade de
É uma causa comum de confusão
atender as necessidades da vida
mental aguda em idosos,
diária. Pode ser temporária (fraturas,
caracterizada por alteração do
internações) ou crônica (demências,
pensamento, da atenção, do nível de
fobia de queda, sequela de AVC).
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A síndrome é um conjunto de sinais e


sintomas resultantes da limitação de
movimentos e da capacidade
funcional que geram empecilhos à
mudança postural e à translocação
corporal.

INCAPACIDADE COMUNICATIVA

Problemas de comunicação podem


resultar em perda de independência e
funcionalidade e sentimentos de
desconexão com o mundo.
Cabe ao médico avaliar as habilidades
comunicativas do paciente que
compreendem a quatro áreas distintas:
linguagem, audição, motricidade oral
e voz; visão pode ser incluída como a
quinta função, sendo compensatória
na ausência de outras habilidades.
INSUFICIÊNCIA FAMILIAR

A dimensão sociofamiliar deve ser


avaliada, já que a família é a principal
É necessária uma abordagem
instituição cuidadora do idoso. As
interdisciplinar nesses casos que deve
atuais mudanças sociodemográficas e
englobar, ações de prevenção de
culturais (menor número de filhos,
agravos, recuperação e reabilitação.
participação ativa da mulher no
mercado de trabalho) repercutem no
acolhimento dos idosos, que
dependem de apoio e cuidado
familiar.
Fontes: Principais Síndrome
Geriátricas; Edgar Nunes de Morais.
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Saúde do Idoso; 2013; UFMG; FISIOLOGIA


SBGG. O TU inferior tem função de
4) Entender a incontinência urinária armazenar e eliminar a urina, sendo
no idoso. composto pela bexiga, uretra e
esfíncteres.
Incontinência urinária é qualquer
perda involuntária de urina, sendo O processo de micção vai envolver a
altamente prevalente na população integração de nervos periféricos,
idosa, comprometendo a qualidade de medula e centros encefálicos em
vida dos indivíduos afetados, córtex cerebral, ponte, bulbo e
familiares e cuidadores, além de mesencéfalo. Esses dirigem
acarretar aumento dos custos em influências neurológicas excitatórias
saúde e resultar em ou inibitórias ao TU, além de
institucionalização precoce. receberem aferências sensitivas
desses órgãos.
É um tema que os pacientes (crença
de que é uma condição inevitável) e Centros controladores em áreas
profissionais da saúde têm corticais (giros frontal e cingulado) e
constrangimento em abordar, subcorticais promovem influência
mantendo a condição inibitória da micção em nível
subdiagnosticada e subtratada. pontinho e influência excitatória do
esfíncter uretral externo por meio do
EPIDEMIOLOGIA
nervo pudendo, proveniente do corno
É mais frequente em mulheres do que anterior (núcleo de Onuf) de S2-S4,
em homens, estando presente em permitindo controle voluntário da
cerca de 10-35% dos homens idosos, micção.
30-60% das mulheres idosas e em
O Centro Pontino da Micção (CPM) é
cerca de 80% dos institucionalizados.
essencial no controle desse processo,
A incontinência urinária está graças a modulação dos efeitos
associada a maior risco de quedas e opostos dos sistemas nervosos
fraturas, infecções do TU recorrentes, simpático e parassimpático no TU.
celulites, úlceras de pressão, Para que haja o esvaziamento vesical,
disfunções sexuais, distúrbios do o CPM envia estímulos excitatórios
sono, além de contribuir para para a medula sacral (parassimpática)
isolamento social, depressão, estresse e inibitórios para a coluna
do cuidador e institucionalização toracolombar (simpática), enquanto
precoce. na fase de enchimento, o processo se
inverte.
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Simpático (T11-L2) -> enchimento: inibindo o simpático e estimulando o


realiza sinapses nos plexos parassimpático.
hipogástrico e mesentérico inferior,
prosseguindo pelo nervo hipogástrico
até os receptores beta-adrenérgicos
(corpo vesical) e alfa-adrenérgico
(colo vesical e uretra proximal).
Algumas fibras passam por gânglios
parassimpáticos para chegar ao
detrusor, inibindo-o. A ativação
simpática leva a liberação de
noroepinefrina, resultando em
relaxamento do detrusor (receptores
beta3) e contração do esfíncter uretral
interno (Receptores alfa1).
Parassimpática (S2-S4) ->
esvaziamento: fibras pré-ganglionares
são conduzidas pelo nervo pélvico até
os gânglios do plexo pélvico. Há
liberação de acetilcolina, produzindo
contração do detrusor (receptores
muscarínicos M2 e M3) e de óxido
nítrico, levando ao relaxamento do
esfíncter uretral interno
Fase de enchimento: impulsos
aferentes saem da bexiga e vão para
os centros controladores
supraespinais, inibindo o centro
pontinho, ativando os neurônios do
IMPACTO DO ENVELHECIMENTO
núcleo de Onuf (contrai esfíncter
externo da uretra), ativando assim, o O idoso é mais suscetível a
simpático e inibindo o incontinência urinária devido a
parassimpático. alterações do TU decorrentes do
envelhecimento, como:
Fase de esvaziamento: impulsos do
CPM inibem fibras do núcleo de Onuf -Aumento nas fibras de colágeno na
(relaxamento do esfíncter externo), bexiga, diminuindo a elasticidade.
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-Os receptores de pressão também se qualidade dos tecidos vaginais, pH e


alteram, explicando o surgimento de flora, favorecendo infecções
contrações intempestivas durante a
-Períneo fragilizado por:
fase enchimento vesical
envelhecimento muscular, carências
-Hiperatividade do detrusor. hormonais, partos, sequelas de
intervenções uroginacológicas, além
-Uretra torna-se mais fibrosa, menos
de tosse e constipação intestinal
flexível e há perda de densidade
crônica.
muscular, o que acarreta falha no
esfíncter. -No homem, a HPB e adenoma de
próstata estão relacionados a
-Na mulher, a deficiência de
alterações urinárias.
estrogênio, leva a diminuição da
irrigação tecidual, a uretra resseca e -Envelhecimento renal leva a
há favorecimento da irritação dos diminuição do número de néfrons,
receptores de pressão. diminuindo a capacidade de
concentrar urina, o que se associa a
-As carências hormonais, diminuição
redução da secreção de ADH,
de relações sexuais e sequelas de
aumentando a frequência urinária.
parto levam a interferências na

CLASSIFICAÇÃO
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A incontinência urinária é É rara em homens, podendo ser


multifatorial e depende da integridade secundária a cirurgias prostáticas,
do TU e seu controle neurológico, traumas pélvicos e lesões
cognição, motivação, mobilidade e neurológicas.
destreza manual, podendo ser
Fatores de risco: obesidade, partos
influenciada por comorbidade clínicas
vaginais, hipoestrogenismo e
e medicamentos (geralmente, em
cirurgias.
idosos, há causas sobrepostas).
INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE URGÊNCIA
INCONTINÊNCIA URINÁRIA TRANSITÓRIA
É o tipo mais comum em idosos,
Perda de urina precipitada por insulto
sendo marcada pela perda de urina
psicológico, medicamentoso ou
precedida ou acompanhada por desejo
orgânico, que cessa ou melhora após
imperioso de urinar. Resulta da
o controle do fator desencadeante.
hiperatividade do detrusor, levando a
Causas: delirium; infecções do TU; contrações involuntárias deste durante
uretrite e vaginites atróficas; restrição o enchimento vesical.
de mobilidade; aumento do débito
Possíveis causas: transtornos
urinário; medicamentos; impactação
neurológicos, anormalidades vesicais
fecal; distúrbios psíquicos.
e idiopática.
INCONTINÊNCIA URINÁRIA ESTABELECIDA
INCONTINÊNCIA URINÁRIA POR HIPERFLUXO OU
INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE TRANSBORDAMENTO
ESTRESSE/URGÊNCIA
Decorre de inabilidade de
Perda involuntária de urina decorrente esvaziamento vesical devido a
de aumento da pressão intra- hipocontratilidade do músculo
abdominal (tosse, espirro, atividade detrusor, obstruções uretrais ou
física) na ausência de contrações ambos.
vesicais.
Mais frequente em homens, por
É a mais frequente em mulheres obstrução uretral secundária a
jovens, podendo estar envolvida com hiperplasia prostática benigna, mas
a hipermobilidade uretral pode ocorrer em mulheres devido a
(comprometimento do suporte obstruções após cirurgias ou
anatômico dos órgãos pélvicos, prolapsos genitais graves.
levando a rotação da uretra e colo
Em idosos de ambos os sexos, é
vesical) e deficiência esfincteriana
decorrente de impactação fecal e
intrínseca.
hipocontratilidade vesical secundária
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a neuropatia autonômica ou Atenção as comorbidades clínicas e


medicamentos de ação medicamentos utilizados.
anticolinérgica.
EXAME FÍSICO

INCONTINÊNCIA URINÁRIA MISTA Incluir avaliação cognitiva da


Coexistência de mais de um tipo de mobilidade e funcionalidade do
incontinência em um paciente, sendo paciente; exame neurológico; toque
muito frequente em mulheres idosas retal (presença de fecalomas, massas,
(hiperatividade do detrusor e analisar tônus esfincteriano); exame
deficiência esfincteriana). pélvico; teste de estresse (paciente em
posição supina tosse vigorosamente
INCONTINÊNCIA FUNCIONAL para que se analise se a perda urinária
Atribuída a fatores externos como é simultânea ou após alguns
comprometimento cognitivo, fatores segundos)
ambientais que dificultem a chegada à
EXAMES COMPLEMENTARES
toalete, limitações físicas e psíquicas,
mediante integridade do TU (exceção -Exames laboratoriais: urina 1 e
em idosos) urocultura. Pacientes selecionados
devem realizar dosagem de
ABORDAGEM
eletrólitos, glicemia, ureia e
ANAMNESE creatinina, de acordo com a suspeita
Incluir características da perda clínica.
urinária, quantidade, gravidade e -Medida de volume residual pós-
sintomas associados (frequência, miccional: útil para excluir retenção
noctúria, urgência, esforço, urinária significativa (mais de 200
hesitação). mL) e pode ser feito por cateterização
O diário miccional é uma boa vesical ou ultrassonografia.
ferramenta para auxiliar no -Estudo urodinâmico: avalia a
diagnóstico, que consiste no registro qualidade das contrações vesicais e
da ingesta de líquidos frequência, dos esfíncteres uretrais; exame caro e
volume urinário, episódio de perda e invasivo, sendo mais recomendado
circunstâncias a ela associadas nas 24 antes de procedimentos cirúrgicos ou
horas. minimamente invasivos do TU.
Colher informações sobre: dor -Citoscopia: realizada diante da
hematúria, infecções recorrentes, suspeita de fístula ou de outras
cirurgias e radiação pélvica. patologias associadas.
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TRATAMENTO comorbidades, deterioração funcional


Deve ser individualizado, e iatrogenia medicamentosa.
valorizando-se o tipo de TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
incontinência, condições médicas
-Medicamentos de ação mista:
associadas, aplicabilidade, riscos e
porpiverina (ação antimuscarínica e
benefícios.
de bloqueio dos canais de cálcio).
Devem ser estabelecidos metas e
-Medicamentos antimuscarínicos:
objetivos a serem atingidos para que
impedem a contração do detrusor;
haja a melhora global do paciente.
oxibutina, solifenacina, tolterodina,
TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO trospium, darifenacina, fesoterodina e
Mudanças do estilo de vida: perda de propantelina.
peso, não inferir líquidos de forma -Agonistas dos beta-
abundante, evitar cafeína, álcool e adrenorreceptores: efeito
tabaco, além de eliminar barreiras miorrelaxante; merabegron, agonistas
físicas de acesso ao banheiro. de receptor vaniloide, capsaicina.
Terapias comportamentais: exercícios INCONTINÊNCIA DE ESTRESSE
para os músculos pélvicos (exercícios
-Primeira linha: exercícios de Kegel,
de Kegel; objeticam reeducar os
com altas taxas de cura e melhora.
músculos do assoalho pélvico a
contrair de forma voluntária), -Medicamentos possuem escasso
treinamento vesical papel no tratamento pela baixa
(preestabelecimento de intervalos eficácia. Medicamentos alfa-
para as micções são gradativamente adrenérgico, antidepressivos
aumentados para incrementar a tricíclicos, duloxetina e estrógenos
capacidade vesical), eletroestimulação tem uso questionáveis.
(inibe a hiperatividade do detrusor e
-No caso de falha do tratamento não
melhora a musculatura pélvica),
farmacológico, a cirurgia é o
diário miccional. Objetivam
tratamento de eleição, sendo realizada
estabelecer padrão normal de
com faixas suburetrais de suporte
esvaziamento vesical e promover
(slings) ou esfíncteres artificiais.
continência. É necessário que o
paciente tenha capacidade física e INCONTINÊNCIA DE URGÊNCIA
mental para a aprendizagem.
-Primeira linha: treinamento vesical
É importante que haja a correção de associado a exercícios pélvicos
fatores contribuintes como
KARINA TOMAZ ROLO – ST (DR. PARMA) – SEXTO SEMESTRE – PROBLEMA 1

apresentam ótimos resultados sem menor eficiência do sistema,


efeitos adversos. resultando em aumento da propensão
e gravidade de doenças infecciosas,
-Anticolinérgicos (deprimem as
autoimunes e neopláscias.
contrações involuntárias do detrusor),
antidepressivos (imipramina em baixa IMUNIDADE INATA

dose), toxina botulínica (injetada no -Neutrófilos: papel importante na


detrusor; opção em caso de falha do defesa primária contra fungos e
tratamento anticolinérgico). bactérias e nas etapas de ativação (ex:
-Cirurgia em último caso e apenas em liberação de enzimas proteolíticas);
casos graves. com o envelhecimento, há diminuição
da capacidade fagocitária e
INCONTINÊNCIA MISTA quimiotática (mais tempo para a
Combinação do tratamento da multiplicação bacteriana e dano
incontinência de urgência e de tecidual), além da redução da
esforço. interação com a imunidade adquirida.

INCONTINÊNCIA POR TRANSBORDAMENTO


-Células dendríticas: relacionam o
sistema imune inato e adaptativo,
A cirurgia é a melhor forma de
iniciam e amplificam respostas,
tratamento. Uma alternativa a cirurgia
podendo induzir uma potente resposta
é a sondagem intermitente.
antigênica-específica ou levar a
Fonte: Tratado de Geriatria e tolerância; com o envelhecimento,
Gerontologia. passam a ser menos eficientes na
apresentação do antígeno, reduzindo a
5) Explicar a imunossenescência.
estimulação de linfócitos T.
O progressivo e fisiológico declínio
-Macrófagos e monócitos: possuem
da reserva funcional ocorre em todos
alta mobilidade e com o
os sistemas biológicos ao longo da
envelhecimento, aumentam em
vida, afetando também o sistema
número, entretanto sua
imune.
função/diferenciação é reduzida.
A imunossenescência é o
-Células NK: importantes na defesa
envelhecimento imunológico
viral e oncológica; com o
traduzido por modificações na
envelhecimento, aumentam em
resposta imune inata e adquirida.
número, porém são menos eficientes
Essas modificações podem ocorrer
na produção de citocinas
em uma ou várias etapas do caminho
(responsáveis pela omissão do sinal e
de ativação celular, o que leva a
regulação da resposta imune).
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IMUNIDADE ADQUIRIDA anticorpos e aumento dos


-Linfócitos T: há aumento na autoanticorpos; há produção de
proporção das células de memória que anticorpos de baixa afinidade (pouco
já entraram em contato com antígeno eficientes na eliminação do antígenos
em relação as células que não tiveram e apresentam mais reações cruzadas
contato, levando a uma diminuição do com outros anticorpos), o que leva a
potencial de reatividade a novos um menor percentual de eficácia na
antígenos.; há involução do timo, vacinação quando comparados a
diminuindo o repertório de células T, jovens.
inclusive as que impediriam a quebra OUTRAS ALTERAÇÕES
do delicado equilíbrio entre estas e as
-As citocinas, que afetam desde a
efetoras, aumentando a chance de
proliferação e diferenciação até a
fenômenos autoimunes. O
morte celular, estão alteradas, sendo
envelhecimento faz com que os
as principais: IL-1, IL-2, IL-6,
linfócitos T atuem de forma cada vez
interferon-gama, TNF alfa e fator de
mais disfuncional por terem um
crescimento tumoral.
fenótipo senescente (defeitos
funcionais, redução de telômeros, -As interleucinas fazem ativação de
diminuição da produção de linfócitos e indução da divisão de
interleucina 2, prejuízo na outras células; há diminuição da IL-2
diferenciação em célula efetora e (importante para crescimento dos
irreversibilidade da perda de sua linfócitos T) e dos receptores de IL-2
capacidade replicativa), falhando em das células; há aumento da liberação
responder a estímulos ativadores. de IL-1, IL-6 e TNF alfa, com
propriedades inflamatórias, o que leva
-Linfócitos B: com o envelhecimento,
a perda da função celular,
a capacidade da medula óssea em
modificação na habilidade em
expandir a produção de linfócitos B é
responder aos eventos de ativação e
reduzida; há uma população de
modificações da resposta aos eventos.
linfócitos B de memória muito maior
que a de linfócitos virgens, reduzindo 6) Identificar as vacinas do Programa
a capacidade de reconhecer novos Nacional de Vacinação do idoso.
antígenos; há diminuição dos
KARINA TOMAZ ROLO – ST (DR. PARMA) – SEXTO SEMESTRE – PROBLEMA 1

VACINA PNEUMOCÓCICA 23-VALENTE -É contraindicada para pessoas que


(POLISSACARÍDICA) apresentaram anafilaxia a algum
-Os pneumococos são os principais componente ou dose anterior da
responsáveis pela PAC em idosos, vacina.
resultando em elevada
-Pode levar a reações adversas, como:
morbimortalidade. Além do fato de
dor no local da aplicação,
que doenças cardiovasculares,
vermelhidão no local da aplicação,
pulmonares, hepática, renal e diabetes
dor de cabeça, cansaço e dor
são frequentes em idosos e fatores de
muscular.
risco para a doença invasiva.
-Deve ser administrada uma dose em
-É uma vacina inativada que contém
idosos em condições especiais
partículas purificadas das cápsulas
(acamados, institucionalizados) e, se
(responsáveis pela virulência) de 23
necessário, pode-se fazer uma dose de
tipos de pneumococos, prevenindo as
reforço 5 anos após a 1ª dose.
doenças causadas por eles. Essa
vacina é T-independente, de curta -Pode ser administrada com outras
duração, que não induz memória vacinas.
imunológica, por isso não confere
VACINA INFLUENZA
soroproteção abaixo de 2 anos,
estabelecendo proteção contra a -A influenza é causada por vírus da
doença invasiva. família Orthomyxoviridae, que são
divididos em três tipos imunológicos
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(A, B e C), sendo o A o mais -Pode ser administrada com outras


suscetível a variações antigênicas, vacinas ou medicamentos, em outros
contribuindo para quadros sítios anatômicos.
epidêmicos.
Fontes: Programa Nacional de
-A vacina contra influenza possui sua Imunização – MS
composição alterada anualmente
Tratado de Geriatria e Gerontologia.
devido a alta taxa de mutação viral e,
assim, permite a redução da 7) Entender os indicadores de saúde
ocorrência da doença, internações e alterados na epidemiologia do Brasil
óbitos associados. com o envelhecimento da população
(natalidade e mortalidade).
-As vacinas são preparadas a partir do
cultivo do vírus em fluidos alantoicos O envelhecimento populacional é
de embriões de galinha, uma mudança na estrutura etária da
posteriormente, o vírus e purificado, população, produzindo aumento do
inativado e fragmentado. Na peso relativo das pessoas idosas (mais
composição, são incluídas duas cepas de 60 anos, este é um fenômeno
de vírus influenza A e uma cepa de natural, irreversível e mundial.
vírus B.
No Brasil, a população idosa é a que
-A vacina é contraindicada nos casos mais cresce nos últimos tempos,
de reação anafilática prévia ou alergia representando 12% da população.
grave relacionada com ovo de galinha
As projeções estatísticas da OMS, no
e seus derivados e deve ser adiada em
período de 1950 a 2025, a pontavam
quadros de presença de doença febril
que a população brasileira aumentaria
aguda moderada ou grave.
15 vezes, enquanto a população total,
-Pode levar a reações adversas, como: 5 vezes.
dor no local da aplicação,
Em países desenvolvidos, o
vermelhidão no local da aplicação,
envelhecimento populacional ocorreu
dor de cabeça, cansaço e dor
de forma lenta, permitindo melhorias
muscular.
nas condições gerais de vida, já nos
-A vacinação de idosos e demais países em desenvolvimento, vem
grupos prioritários devem ser feitos ocorrendo de forma rápida, sem que
anualmente no período que precede o haja tempo para reorganização social
outono ou inverno. e de saúde para atender as novas
demandas. O objetivo seria garantir o
envelhecimento ativo e saudável da
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população, com direito a um ambiente


de saúde, social e cultural favorável.
A pirâmide etária brasileira demostra
acelerado processo de
envelhecimento, com redução das
taxas de mortalidade (decorrente de
melhorias no acesso aos serviços de
saúde, avanços tecnológicos da
medicina, investimentos em
infraestrutura e saneamento básico) e
natalidade.

Esse fenômeno populacional leva a


uma mudança no perfil de
morbimortalidade da população, com
diminuição progressiva das mortes
por doenças infectocontagiosas e
elevação das mortes por doenças
crônicas não-transmissíveis.
Fonte: Atenção à Saúde da Pessoa
Idosa e envelhecimento; Séria Pactos
pela Saúde; 2006.

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