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REABILITAÇÃO VESTIBULAR

A reabilitação vestibular é considerada um tratamento complementar, que visa o uso


de manobras e exercícios físicos repetitivos de olhos cabeça e corpo com o objetivo
de recuperar o equilíbrio
Equilíbrio estático: é o equilíbrio quando estamos
imóveis, ou seja, sentado em pé ou deitado
Complexa função sensorial
motora, reflexa e inconsciente Equilíbrio dinâmico: é o equilíbrio em movimento, ou
que visa estabilizar o campo seja, quando estamos andando correndo, etc. ATIVO
FGMMMMMMMM
visual e manter a posição ereta
Equilíbrio cinético: é um movimento passivo, ou seja,
quando estamos dentro de algo em movimento.
PASSIVO

O equilíbrio depende que as informações


visuais, proprioceptivas e labirínticas cheguem até o cérebro de forma correta para
um bom funcionamento de todo o sistema e que ele não sofra alguma alteração

Visual Proprioceptivo Envolve as Labirínticas oferece informações


Oferece informações quanto a estruturas como pele, sobre o deslocamento
posição do corpo no espaço músculos e articulações que
irão em conjunto dizer sobre o
toque e movimento

Os cílios no sistema vestibular funcionam através da inercia, ou seja, o movimento


realizado pelos líquidos é contralateral, gerando assim, um padrão de impulsos
nervosos que são enviados para o encéfalo através do nervo óptico. Mesmo quando
o corpo está estável (parado) o encéfalo recebe informações sobre a posição do
corpo. Trabalho inconsciente

nervo vestibular núcleos vestibulares do


centros superiores
(movimentação) bulbo

Essas conexões são responsáveis por alguns reflexos que o corpo utiliza para
compensar a movimentação cefálica e a percepção do movimento no espaço:

 Reflexos vestíbulo-oculares (gera visão clara de quando a cabeça está em


movimento)
 Reflexos vestíbulos-espinhais (gera movimentos compensatórios do corpo
para manter a cabeça e o corpo estáveis)
Quando alguns desses três sistemas não funciona corretamente...

Síndromes vestibulares (sintomas que se relacionam com o SV) Vertigem,


náuseas, vomito, tontura, dentre outras

Síndrome vestibular periférica Síndrome vestibular central

acomete os canais semicirculares, Acomete as estruturas vestibulares


utrículo, sáculo e nervo vestibular do SNC, como, núcleos, vias e inter-
relações
 Endolabirinticas
 Retrolabirinticas, não  Cerebelo
localizadas  Tronco cerebral, outras

A partir do momento em que existe uma falha nesses sistemas, inicia uma
perturbação do estado de equilíbrio, tornando-o consciente, ou seja, os sintomas
vêm a tona:
Tontura: toda e qualquer sensação de perturbação do equilíbrio corporal, onde 85%
são de origem vestibular, ou seja, periférica. Os principais sintomas são
desequilíbrio, quedas, náuseas, vomito, ou até mesmo de caráter auditivo pela
proximidade dos sistemas, como zumbido, PA, plenitude, dentre outras
Vertigem é um tipo de tontura de caráter
ROTARIO

Existe também o de posicionamento, que


acontece com a movimentação de cabeça

Vertigem: sensação rotatória, náuseas, vomito, sudorese, presença de nistagmo e


desequilíbrio estático e dinâmico
Disfunção periférica de vias vestibulares ou disfunção central
Sincope e pré-sincope: perda súbita de consciência (escurecimento da visão),
zumbido, náuseas, palidez e sudorese, mudança brusca de posição, calor ou
estresse
Distúrbio relacionado a falência de perfusão cerebral levando a hipóxia
disfusa do SNC
Desequilíbrio: perda de equilíbrio sem sensação anormal na cabeça
Déficit do controle motor principalmente por comprometimento cerebelar
e da propocepção
Tontura: sensação de cabeça leve ou vazia, não caracterizado como vertigem,
sincope ou desequilíbrio.
Distúrbio de percepção sensorial
Otorrinolaringologia e fonoaudiologia trabalho multidisciplinar
 Anamnese: definir a tontura (sintoma do paciente) duração dos sintomas e
episódios, doenças previas/atuais, uso de drogas ou medicamentos (uso ou
abstinência), antecedentes pessoais e/ou familiares, hábitos deletérios e
pessoais, hábitos alimentares,
 Investigar outras doenças que podem estar associadas ou demais sistemas
do corpo que podem interferir
 Investigar sintomas que podem estar associados
 realizar exames: físico, neurológico e otológico
 audiometria, imitanciometria, exames eletrofisiológicos,
vectoeletronistagmografia, posturografia e exames complementares

Pares cranianos (II, IV, V, VI e VII)

Pesquisa do nistagmo
exames

Equilíbrio estático e dinâmico

Provas de coordenação motora

Pesquisa de nistagmo fonoaudiologia


 Nistagmo espontâneo: olhar frontal no dedo do examinador
 Nistagmo semi-espontâneo: 30 graus de desvio do olhar para a direita,
esquerda, para cima e para baixo
 Nistagmo de posicionamento sem registro: com os olhos abertos irá verificar a
presença do nistagmo e/ou vertigem associados a mudança do corpo através
das provas Dix-Hallpike ou Brandt-Daroff
Com o examinador de lado ou de frente para o paciente
Paciente virado para o lado que irá examinar de olhos abertos
Uma mão do examinador vai dar apoio a coluna e a outra as
costas

Teste de Romberg, romberg sensibilizado, romberg-


Equilíbrio estático e dinâmico barré, fournier

Prova de Barbinski-Weil, Fukuda, Unterberger


Coordenação (index-nariz, index-index ou index-joelho
Provas de coordenação Motora
Prova de movimentos alternados ou de Diadococinesia

Prova de braços ou de membros superiores estendidos


Audiometria: importante para o diagnostico de vertigens decorrentes de distúrbio
otológico
PEATE: útil em casos com suspeitas de neurinoma do acústico
Eletrococleografia: usado para detecção precoce de hidropsia endolinfática
Vectoeletronistagmografia estuda o reflexo vestíbulo-ocular
Ele serve para confirmar se existe comprometimento vestibular, localizar onde
aconteceu a lesão e se é de nível periférico ou central e sua lateralidade,
confirma/nega a hipótese diagnostica, também estabelece um prognostico,
orientando o terapeuta, e por fim, pode ser útil para monitorar o caso.

Posturografia estuda o reflexo vestíbulo-espinhal


O exame serve para avaliar o sistema multissensorial e se existe déficits
proprioceptivos no equilíbrio na posição em pé
Exames complementares
São utilizados para descartar patologias metabólicas, alterações hematológicas,
hormonais e auto-imunes
Opções para terapia  Uso de medicação antivertigiosa
 Cirúrgico
 Orientação nutricional
Alterações vestibulares  Mudança de hábitos inadequados
 Psicoterapia
 RV

Pré-reabilitação vestibular
É importante para verificar o prejuízo da tontura de queda do paciente, além de
mensurar o processo de evolução da RV
Testes:
 Escala de atividade de vida diária e desordens vestibulares de cohen e
kimball
 Escala de equilíbrio de Berg-risco de queda
 Tug-timed up and go
 Dgi- dynamic gait index- comprometimento de marcha
 Questionário de desvantagens da tontura na vida do individuo
Ele avalia autopercepção dos efeitos incapacitantes provocados pela
tontura, onde o paciente responde 25 questões (sim, não, as vezes, não,
nunca) com escore total de 100 pontos, onde 0 é nenhum prejuízo.
Orientação nutricional:
 Rica de manhã, moderada no almoço e pobre no jantar
 Evitar alimentos industrializados, refrigerantes, bebidas alcoólicas, alimentos
com cafeína, frituras ou comidas gordurosas, açúcar, sal
 Aumentar consumo de alimentos saudáveis
 Tomar bastante água
Orientações gerais:
 Manter o corpo em movimento, para estimular o labirinto
 Fazer exercícios físicos
 Fazer o treinamento corretamente
 As crises são desagradáveis, mas não representam risco de morte
 Não senti medo da tontura
Reabilitação vestibular tem como objetivo fazer com que o paciente
se sinta melhor reduzindo suas limitações
 Estimular a estabilização visual
 Aprimorar a interação viso-vestibular
 Promover orientação espacial adequada
 Reduzir desconforto durante a movimentação da cabeça
 Propiciar maior estabilidade da postura corporal, no repouso e na
movimentação

Adaptação- imagens móvel durante movimento


Mecanismo de neuroplasticidade
Habituação-produz nistagmos até o estimulo parar
Quando acontece uma lesão, o
SNC naturalmente recupera o
funcionamento por meio de
neuroplasticidade
Substituição

Reabilitação vestibular
Protocolos prontos
 Cowthorne e Cooksey
 Exercícios de tronco segundo Davis
 Protocolo de Bolonha
 Exercícios de Zee
 Bola suíça
Personalizado
 Exercícios selecionados conforme a dificuldade do paciente
Evolução do paciente (repetir 3 vezes ao dia, de preferência logo após a
refeição)

olhos abertos olhos fechados

deitado sentado em pé superficie macia

Vertigem posicional paroxística benigna VPPB


Vertigem em determinada posição da cabeça, náusea, vomito e sem sintomas
cocleares
O diagnóstico é feito através do histórico clínico e nistagmo em provas de Dix-
Hallpike ou de Brandt-Daroff. O tratamento também e realizado com manobras de
reposição, medicamentos ou reabilitação vestibular
A intensidade do nistagmo vai depender de onde os otólitos estão
direcionados
VPPB de canal anterior VPPB de canal lateral VPPB de canal
posterior
Principal manobra de Principal manobra de reposição
reposição YACOVINO LEMPERT (rotação do corpo e cabeça) Principal manobra de
reposição SEMONT E EPLEY

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