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Reparação Tecidual

Regeneração e Cicatrização

Prof. MSc. Valdemir Costa


Reparo tecidual
–visão geral
• Diversas são as causas das agressões
• Formação de lesões reversíveis
• Reparo
Após ressecção cirúrgica, ferimentos e diversos
tipos de lesão ao tecido, o corpo humano possui
a habilidade de substituir as células lesionadas e
reparar o tecido danificado. Iremos estudar os
dois processos de reparação: regeneração e
cicatrização.
Desorganização e Regeneração
destruição
tecidual
Lesão

Agressão
Início

Inflamação Neutralização
de agentes
agressores Reparo Cicatrização

Reorganização
da área
lesada
• Reparo é o processo de cura de lesões
teciduais e pode ocorrer por regeneração ou
cicatrização.

Reparo de lesões Qual a diferença entre


REGENERAÇÃO e CICATRIZAÇÃO?
MORTE CELULAR

Reparação

Regeneração Cicatrização
As células que morrem
As células que morrem
são substituídas por células
são substituídas por tecido
do parênquima do mesmo órgão
fibroso = cicatriz
(morfo funcionalmente idêntico)
Importância

MANUTENÇÃO DA INTEGRIDADE FÍSICA –


processo de restituição é crítico para
manutenção da estrutura e função normal e
para sobrevivência do organismo.

RESTITUIÇÃO TECIDUAL – FINAL DO


PROCESSO INICIADO COM A INFLAMAÇÃO

SITUAÇÃO IDEAL – REGENERAÇÃO (nem


sempre é possível)
• Tipo celular: algumas células não proliferam;
Situação
• Falta de membrana basal: mesmo células
ideal: que podem proliferar precisam de uma
regeneração superfície (elementos especializados da
matriz extracelular – ECM);
por que não • Extensão da lesão: se a injúria tomou uma
acontece grande área, mesmo com células que podem
proliferar, a chance de ocorrer fibroplasia e
sempre? substituição por tecido conjuntivo é maior
São células que perderam
completamente a capacidade de se
dividir

Normalmente não se dividem,


porém têm a capacidade de
proliferar quando estimuladas.

São aquelas que continuam a se


multiplicar durante toda a vida
Cicatrização

É quando o processo de reparo se faz à custa da proliferação do


tecido conjuntivo fibroso, em que o tecido preexistente fica
substituído por uma cicatriz fibrosa.
1. PI em resposta à injúria inicial, com remoção do tecido
Fenômeno alterado e morto.
2. proliferação e migração de células parenquimatosas e do
complexo, tecido conjuntivo

ordenado que 3. formação de vasos sanguíneos novos e do tecido de


granulação
envolve 4. síntese de proteínas da matriz extracelular e deposição de
colágeno
5. remodelação tecidual
6. contração da ferida
7. aquisição de força e estabilidade da ferida
Fases da
cicatrização
1- Fase inflamatória
Lesão provoca a inflamação (vasodilatação,
edema, fatores mediadores e migração de
leucócitos)
2- Fase Proliferativa
Produção de tecido de granulação
(fibroblastos e proliferação endotelial)
3- Fase de Maturação
Depósito de MEC e contração da ferida
(deposição, agrupamento e remodelação
pelo colágeno e regressão endotelial)
Fases do processo reparo
Fase Inflamatória
Proliferação
Granulação

• Chegada de fibroblastos com substituição gradual da matriz


inicial de fibrina por tecido de granulação rico em colágeno;

• Hipóxia tecidual relativa e fatores de crescimentos derivado


de fibroblastos produzidos pelo endotélio e macrófagos
estimulam angiogênese.
Proliferação

Granulação

• Migração da epiderme espessa e


células basais da borda da ferida
(queratinócitos) crescem e migram
para a matriz da ferida;

• Alterações morfológicas ocorrem


nos queratinócitos, estimulados por
fatores locais.

• Glicoproteínas adesivas facilitam a


migração e a formação de uma nova
camada epidérmica que repousa
sobre a nova membrana basal.
Proliferação

Contração
• Aumento da força tênsil do tecido
• Predomínio de citocinas e fatores anti-inflamatórios
• Linfócitos T, macrófagos e fibroblastos são os grandes atores
Tipos de Cicatrização
Cicatrização por primeira
É um ferimento com margens opostas em que o espaço incisional é estreito. Melhor exemplo é a cicatrização
de uma incisão cirúrgica limpa e não infectada. Esse processo segue as seguintes etapas cronológicas

1 - Em 24 horas: neutrófilos aparecem nas margens da ferida, movendo-se em direção ao


coágulo de fibrina e células sanguíneas;
2 - Em 24 a 48 horas: células epiteliais movem-se para fechar a ferida;
3 - No 3º dia: começa a formação do tecido de granulação com o surgimento de
macrófagos no local;
4 - No 5º dia: ponto máximo da neovascularização, o colágeno fica mais abundante, a
epiderme recupera a espessura normal e ocorre a diferenciação das células epidérmicas;
5 - Na segunda semana: ocorre aumento do colágeno, proliferação de fibroblastos e
regressão dos vasos;
6 - No final do primeiro mês: a cicatriz se encontra coberta por pele intacta, porém não
ocorre a regeneração dos anexos dérmicos.
• Ocorre quando existe uma grande perda de células
e tecidos, deixando as margens separadas.
• Processo de reparação é mais complicado, pois a
regeneração das células parenquimatosas não pode
restaurar totalmente a arquitetura original.
Cicatrização
por segunda • Além disso, a reação inflamatória é mais intensa
devido fato que o coágulo formado é maior em
intenção comparação a feridas com margens opostas. Porém,
o que mais se diferencia no processo de cicatrização
de feridas com margens separadas é o fenômeno de
contração da ferida.
• Esse acontecimento é possível devido à ação de
uma rede de fibroblastos contendo actina na
margem da ferida.
Fatores que Impedem o
Reparo do Tecido
Fatores que influenciam a cicatrização
Exemplos Clínicos da
Cicatrização Anormal
de Feridas e Cicatrizes
Feridas crônicas ilustrando defeitos na
cicatrização. (AD). Aparência externa de
úlceras de pele. (A) Úlcera venosa na
perna. (B) Úlcera arterial, com necrose
tecidual extensa. (C) Úlcera diabética. (D)
Úlcera de pressão. (E-F) Aparência
histopatológica de uma úlcera diabética.
(E) Cratera da úlcera. (F) Inflamação
crônica e tecido de granulação.

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