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Material e Equipamento:
Martelo para desencadear os reflexos: 1 para cada 2 alunos
Tampa de caneta, espátula ou cabo do martelo (para testar a sensibilidade)
Figuras das manobras de avaliação da força muscular dos diferentes grupos
musculares (ver figuras da aula teórica)
Luvas: 2 pares para cada aluno
Algodão ou gaze: 1 saquinho para cada grupo
Álcool: 1 garrafa em total
Formato do processo clínico do paciente: de consulta externa, do internamento, da
consulta de pediatria, da consulta de TARV
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BLOCO 1: INTRODUÇÃO À AULA (10 min)
1.1 Apresentação do tópico, conteúdos e objectivos de aprendizagem.
1.2 Apresentação da estrutura da aula.
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A sensibilidade térmica
A sensibilidade discriminativa de 2 pontos
2.5. Avaliação dos sinais de irritação meníngea: são sinais que aparecem
espontaneamente ou evocados, por causa de uma inflamação das meninges.
2.6. O registo dos achados do exame neurológico
Deve ser feito no fim de todo o exame neurológico, escrevendo em sequência os
achados normais ou anormais dos seguintes componentes:
Consciência e eventual pontuação obtida na avaliação com a escala de
Glasgow; exemplo: paciente consciente em caso de normalidade ou paciente
com consciência alterada e Glasgow 9.
Capacidades cognitivas: mantidas em caso de normalidade ou em caso de
alteração deve-se escrever qual função foi afectada, exemplo “o paciente não
sabe onde está’ (alteração da orientação espacial)
Nervos cranianos: normais em caso de exame físico normal; em caso de
alteração de um nervo craniano, escrever o nome do nervo e o achado alterado,
exemplo “N III: reflexo pupilar alterado”
Massa, força e tono muscular: o resultado do exame da força e tono muscular
deve ser registado anotando o local da avaliação e a graduação; exemplo: “tono
e força muscular normais; ou força do braço direito muito reduzida”.
Os reflexos: caso sejam normais anotar: reflexos normo-evocados e simétricos;
em caso de alteração podem ser classificados no seguinte modo:
o 0: reflexo ausente
o +: reflexos diminuídos
o ++ : normal ou na média
o +++ : vivos, não patológicos
o ++++ : vivos patológicos ou hiper-reflexia, com contracções rítmicas ou
clonos
Marcha: normal ou alterada; exemplo: “marcha nas pontas dos pés não foi
possível”.
Sensibilidade: o resultado do exame deve ser registado por cada tipo de
sensibilidade testada, seja normal ou anormal; “exemplo: sensibilidade dolorosa
normal; sensibilidade táctil diminuída (hipoestesia) no dorso do pé esquerdo;
ausência de sensibilidade na mão (anestesia)”.
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Inspecção: observar o volume e a forma dos músculos/grupos musculares
visíveis
Palpação: palpar com as palmas de uma ou ambas as mãos os músculos
dos membros superiores e inferiores, examinando o volume, a forma e o
contorno.
3.1.2. Avaliar o tono muscular através de:
Inspecção: verificar a existência ou não de achatamento das massas
musculares de encontro ao plano da cama; se são flácidas
Palpação: palpar com as palmas de uma ou ambas as mãos os músculos
dos membros superiores e inferiores, examinando consistência, relevo,
facilidade de deformação
Executar a manobra da mobilização passiva de um segmento músculo-
esquelético: pedir ao paciente para ficar relaxado e realizar movimentos de
flexão e extensão dos membros; observar se há resistência (tono
aumentado) ou não (tono diminuído) ou se há espasticidade, rigidez, sinal da
roda dentada.
3.1.3. A força muscular: avaliar os diferentes segmentos musculares (enquanto o
docente demonstra as manobras o projector projecta as figuras da aula teórica
correspondentes as manobras)
Prova dos braços estendidos: pedir para o paciente ficar sentado ou
deitado e para estender os braços com as palmas das mãos voltadas uma
para outra e com os polegares estendidos. Observar se os membros ficam
fixos na mesma posição ou se um ou ambos caem verticalmente pouco a
pouco
Prova de Barré: pedir para o paciente ficar em decúbito ventral, e flexionar
as pernas de modo a formar um angulo recto (90º.) com o plano do leito e
manter essa mesma posição. Observa se as pernas ficam nessa posição ou
se estendem-se progressivamente
Prova de Mingazzini: pedir para o paciente ficar em decúbito dorsal com os
olhos fechados, as coxas e os joelhos flexionados no plano horizontal e
manter essa posição. Verificar se há queda de um ou dos dois membros
inferiores.
Provas para testar a força de diferentes segmentos: avaliar os grupos
musculares diferentes. Peça para o paciente executar movimentos
específicos, e aplique uma força oposta ao movimento do paciente:
o Avaliação da força dos músculos do pescoço: colocar a palma da mão na
frente e atrás da cabeça do paciente e pedir para ele flexionar e estender
o pescoço.
o Avaliação da força dos músculos dos ombros: colocar as mãos sobre os
ombros do paciente e pedir para ele elevar os ombros.
o Avaliação da força dos músculos dos braços: pedir para o paciente ficar
com os braços ao longo do tronco. Colocar as mãos no bicípite do
paciente e pedir para ele abduzir/abrir os braços, ficar com os braços
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abertos em 90º, colocar suas mãos abaixo do bicípite e pedir ao paciente
para baixar os braços.
o Avaliação da força dos músculos dos antebraços: pedir ao paciente para
ficar com o antebraço flexionado a 90°. Com uma mão o clínico segura a
face ventral do antebraço e pede ao paciente para fechar (flexionar) o
braço. Depois o clínico segura a face dorsal do antebraço e pede ao
paciente para abrir (estender) o braço. Repetir as manobras com o outro
braço.
o Avaliação da força dos músculos das mãos e dedos: colocar os dedos
indicador e médio dentro da palma da mão do paciente e pedir para ele
apertar com a maior força possível.
o Avaliação da força dos músculos das pernas: pedir para o paciente ficar
sentado ou deitado. Colocar a mão na face anterior da tíbia e pedir ao
paciente para estender a perna. Com o paciente sentado, colocar a mão
na parte posterior da perna (barriga da perna) e pedir para flexionar a
perna.
o Avaliação da força dos músculos da coxa: pedir para o paciente ficar
sentado e colocar a mão acima do terço distal da coxa, logo acima do
joelho, e pedir ao paciente para elevar a coxa.
o Avaliação da força dos músculos dos dedos do pé: pedir ao paciente para
deitar-se estender e relaxar as pernas. Colocar a mão no dorso do pé e
pedir ao paciente para flexionar o pé, colocar então a mão na planta do
pé que está flexionado e pedir ao paciente para estender o pé. Colocar
os dedos 2^, 3^ e 4^ da mão horizontalmente a frente dos dedos do pé do
paciente e pedir para ele estender os dedos. Depois, colocar os dedos
atrás dos dedos do pé do paciente e pedir para ele flexionar os dedos do
pé. Fazer essa manobra nos dois pés.
3.2. Para realizar a avaliação da coordenação, o clínico deve fazer os seguintes testes:
Prova dedo-nariz: pedir para ao paciente ficar sentado ou de pé, com os
membros superiores estendidos lateralmente. Posicionar-se na frente do
paciente e pedir para ele tocar a ponta do nariz com os indicadores das duas
mãos: primeiro com a direita e depois com a esquerda, repetindo isso várias
vezes, mantendo os olhos abertos.
Prova dedo-dedo: pedir para ao paciente ficar sentado ou de pé; o clínico põe o
seu indicador na frente do paciente e pede para ele tocar com o indicador a
ponta do indicador do clínico: primeiro com o dedo direito e depois com o
esquerdo, repetindo isso várias vezes.
Prova calcanhar-joelho: pedir ao paciente para ficar em decúbito dorsal.
Posicionar-se ao lado direito do paciente e pedir para ele tocar várias vezes o
joelho com o calcanhar da perna oposta, mantendo os olhos abertos e depois
fechando-os.
Prova dos movimentos alternados das mãos: pedir ao paciente para ficar
sentado ou de pé. Posicionar-se na frente do paciente e pedir para ele abrir e
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fechar as mãos, a fazer movimentos de supinação e pronação com as palmas
das mãos, rápida e alternadamente.
Prova dos movimentos alternados dos pés: pedir ao paciente para ficar
sentado. Posicionar-se na frente do paciente e pedir para ele fazer movimentos
de extensão e flexão dos pés rápidos e alternadamente.
3.3. Para desencadear os reflexos osteo-tendinosos e cutâneos, o clínico deve:
Preparar o paciente numa posição confortável, com o membro a ser examinado
na posição adequada. Pedir ao paciente para relaxar completamente o membro,
“fazendo a perna ou o braço de morto”.
Se o paciente não conseguir ficar relaxado, há alguns métodos destinados a
distraí-lo, como pedir ao paciente para entrelaçar os dedos da mãos e no
momento em que seu tendão será percutido, pedir para ele puxar as mãos com
força.
Examinar cada reflexo, percutir no local apropriado, determinado previamente
por palpação: a pancada deve ser brusca, seca e de intensidade moderada;
deve modificar-se a intensidade no sentido inverso da resposta reflexa: se o
reflexo está fraco aumenta-se a intensidade e vice-versa.
Comparar sempre o reflexo de um lado com o outro do corpo, e os dos membros
superiores com os membros inferiores.
Na dúvida sobre o estado dos reflexos deve repetir a manobra.
3.3.1. Reflexo radial (C5,C6): posicionar-se na frente do paciente, que deve estar
sentado, com o antebraço flexionado em um ângulo recto (90º). Sustentar o
antebraço do paciente em ligeira pronação com a mão esquerda, e fazer uma
percussão na apófise estilóide do rádio.
Observar a resposta: normalmente consiste na flexão do antebraço.
3.3.2. Reflexo bicipital (C5, C6): posicionar-se da mesma maneira descrita no reflexo
radial. Com uma mão segurar o cotovelo do paciente de modo a que o polegar
comprima levemente o tendão do bicípite e com o martelo percutir o polegar.
Observar a resposta: normalmente consiste na flexão do antebraço. Quando o
reflexo está fraco o movimento pode não aparecer, mas a saliência do tendão
provocada pela contracção do músculo deve ser sentida sob o dedo polegar
3.3.3. Reflexo rotuliano ou patelar (L2, L3, L4): pedir ao paciente para ficar sentado
com os pés assentes no chão ou deitado em decúbito dorsal com os joelhos em
repouso sobre o seu antebraço (do clínico); percutir o tendão rotuliano (entre a
rótula e a inserção tibial).
Observar a resposta: normalmente é a extensão da perna sobre a coxa
3.3.4. Reflexo aquiliano (S1, S2): pedir ao paciente para ficar na marquesa com as
pernas relaxadas. Posicionar-se ao lado do paciente, segurar as pernas do
paciente e cruzá-las. Imprimir na ponta do pé uma leve flexão dorsal e percutir o
tendão de Aquiles: sentir a força com a qual é feita a contracção muscular.
Observar a resposta: normalmente é a extensão plantar do pé.
3.3.5. Reflexo cutâneo abdominal (D6-D12): pedir ao paciente para ficar em decúbito
dorsal com o abdómen despido. Posicionar-se ao lado do paciente e riscar a
parede abdominal com um objecto de ponta romba (tampa de caneta, espátula,
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cabo do martelo de reflexos) de fora para dentro ou de dentro para fora. Procurar
o reflexo em 3 alturas:
Seguindo uma linha paralela a da prega da virilha
Transversalmente à altura do umbigo
Paralelamente ao rebordo costal e um pouco abaixo dele
Observa a resposta: normalmente há contracção dos músculos abdominais
subjacentes com desvio do umbigo para o lado estimulado.
3.4. Para realizar a avaliação da sensibilidade, o clínico deve:
Pedir ao paciente para fica deitado na cama com as áreas a serem exploradas,
pernas, pés, braços e mãos, despidas e para manter os olhos fechados durante
o exame.
Explicar que vai testar a sensibilidade táctil ou dolorosa aplicando o objecto “x”
numa área da pele, e pede para dizer “está tocando” no momento que sente o
estímulo.
Avaliar a sensibilidade táctil-superficial: aplicar o estímulo usando o pedaço
de algodão ou um pequeno pincel macio ou uma tira de papel, roçando de leve
em diferentes áreas: superfície tibial da perna, dorso do pé, planta do pé;
superfície dorsal e ventral do braço; dorso da mão, palma da mão, polpa dos
dedos.
Enquanto estiver aplicando o estímulo espera pela reacção do paciente.
Comparar a resposta aos estímulos em áreas homólogas.
Avaliar a sensibilidade dolorosa superficial: nas mesmas regiões acima
descritas: aplicar um estilete rombo, capaz de provocar dor sem ferir.
Avaliar a sensibilidade discriminativa de 2 pontos: pedir ao paciente para
ficar com olhos fechados, aplicar um agrafo ou um objecto com dois pontos de
estimulação em dois pontos cutâneos: nos dedos da mão, palma da mão, dorso
dos pés; esperar a reacção do paciente.
3.5. Para realizar a avaliação da marcha, o clínico deve:
Observar como o paciente anda enquanto esta entrando na sala da consulta.
Observar o paciente enquanto fica executando as ordens do clínico:
o Pedir ao paciente para andar normalmente na sala da consulta; se não há
espaço suficiente pode ir para fora no corredor.
o Pedir ao paciente para andar na ponta dos pés seguindo uma linha recta
imaginária ou a linha dos azulejos no chão.
o Pedir ao paciente para andar com os calcanhares seguindo uma linha recta
imaginária ou a linha dos azulejos no chão.
o Pedir ao paciente para andar com o calcanhar de um pé logo na frente das
pontas dos dedos do outro pé, seguindo uma linha recta imaginária ou a linha
dos azulejos no chão.
o Observa como o paciente anda, se há desvio da trajectória ou perda de
equilíbrio.
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3.6. Para realizar a avaliação do equilíbrio estático (prova de Romberg), o clínico
deve:
Pedir ao paciente para ficar na posição erecta
Solicitar ao paciente para ficar nesta posição com os pés juntos, os braços ao
longo do tórax e olhando para frente por alguns segundos
Após uns 10 segundos pedir para o paciente fechar os olhos e ficar na mesma
posição.
Observar as eventuais oscilações do corpo do paciente: pequenas oscilações
são normais. Observar se o paciente deve abrir os olhos para manter o equilíbrio
3.7. Para realizar avaliação de sinais de irritação meníngea, o clínico deve:
3.7.1. Avaliação do sinal de rigidez da nuca:
Pedir ao paciente para ficar sentado ou em decúbito dorsal com a cabeça em
contacto com o colchão e sem almofada.
Inspeccionar a posição da cabeça, coluna e membros inferiores: caso a
rigidez seja intensa o pescoço fixa-se espontaneamente em extensão por
defesa a dor; num grau mais acentuado, os músculos extensores da coluna
participam na rigidez e o paciente fica em posição de opistótono.
O clínico pede para flectir o pescoço, procurando levar o queixo em contacto
com o tórax: o sinal é positivo, ou seja há rigidez da nuca, quando o
movimento de flexão é dificultado pela resistência dos músculos e desperta
dor.
3.7.2. Evocação do sinal de Kernig
Pedir ao paciente para ficar em decúbito dorsal com joelhos flectidos
O clínico flecte a coxa do paciente sobre o quadril e estende o joelho: o sinal
é positivo quando este movimento desperta dor
3.7.3. Sinal de Brudzinsky:
Pedir para o paciente ficar em posição dorsal
O clínico tenta elevar a cabeça do paciente flectindo-a sobre o peito e
observa se o paciente flecte involuntariamente os membros inferiores
Após de ter examinado todas as componentes do exame neurológico registar
os achados no processo clínico
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4.1. Avaliação da motricidade
Lista de verificação:
Preparação do material necessário
Preparação e posição do paciente
Lavar as mãos
Técnica de execução das manobras para a avaliação da massa muscular
Técnica de execução das manobras para a avaliação da força muscular
o Força do pescoço
o Força dos ombros
o Força dos braços
o Força dos antebraços
o Força das mãos
o Força das coxas
o Força das pernas
o Força dos pés
Técnica de execução das manobras para a avaliação do tono muscular
Técnica de execução das manobras para a avaliação da marcha:
o Marcha normal
o Marcha nas pontas dos pés
o Marcha nos calcanhares
o Marcha com pe em frente de outro
Técnica de execução das manobras para a avaliação da coordenação:
o Prova dedo-nariz
o Prova dedo-dedo
o Prova calcanhar-joelho
o Prova dos movimentos alternados
Técnica de execução das manobras para a avaliação do equilíbrio: prova de
Romberg
Lavar as mãos novamente
Interpretação dos achados
Registo dos achados
Comunicação com o paciente sobre os achados
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Preparação e posição do paciente
Lavar as mãos
Técnica de execução da manobra de avaliação do reflexo bicipital
Técnica de execução da manobra de avaliação do reflexo radial
Técnica de execução da manobra de avaliação do reflexo rotuliano ou patelar
Técnica de execução da manobra de avaliação do reflexo aquiliano
Técnica de execução da manobra de avaliação dos reflexos abdominais
Lavar as mãos novamente
Interpretação dos achados
Registo dos achados
Comunicação com o paciente sobre os achados
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