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Para que a escala se torne mais eficiente e prática, a avaliação foi disposta de forma em que
sejam realizadas as tarefas, primeiramente, em decúbito dorsal, em seguida sentado e por fim em
ortostatismo. E para isto, a escala foi desmembrada e dividida em várias partes.
Pontuação Dor:
0 – dor pronunciada durante todos os graus de movimento e dor marcante no final da amplitude
1 – alguma dor
2 – nenhuma dor
2. Atividade reflexa normal: Neste teste, além de avaliar os reflexos aquileu e patelar, avalia-se
também os adutores.
Cuidados: Fica estipulado que um reflexo vivo é aquele em que está mais acentuado que o membro
sadio. E é considerado um reflexo hiperativo, aquele que ao se percutir áreas vizinhas ao tendão
testado, apresentar resposta muito acentuada com relação ao lado sadio. (o reflexo vivo é mais leve
que o hiperativo, porém é mais acentuado que o normal)
Pontuação:
0 – 2 ou 3 reflexos estão marcadamente hiperativos
1 – 1 reflexo esta hiperativo ou 2 estão vivos
2 – não mais que 1 reflexo esta vivo
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Pontuação máxima: 2 pontos
Motricidade ativa
3. Sinergia flexora:
Neste teste, o paciente deve sair de uma postura de extensão de quadril e joelho (membro
apoiado na maca) e com uma flexão plantar. E a partir deste posicionamento, é solicitado que o
paciente realize uma tríplice flexão. Usualmente, o paciente ira abduzir e rodar externamente o
quadril. Durante este movimento, os tendões dos flexores do joelho podem ser palpados para
certificar de que esta ocorrendo atividade dos flexores.
Cuidados: Deve-se observar com atenção a movimentação do tornozelo, que geralmente esta
diminuída ou ausente.
Pontuação:
0 – a tarefa específica não pode ser realizada
1 – a tarefa pode ser realizada em parte
2 – a tarefa é realizada em todo o grau de movimento nas 3 articulações
Pontuação máxima: 6 pontos
4. Sinergia Extensora:
A partir de uma posição de tríplice flexão, o paciente deverá realizar uma extensão de quadril,
joelho, flexão plantar e uma adução de quadril. O avaliador com a mão na região plantar do pé,
impõe uma resistência ao movimento do paciente, e assim compara a força com o lado não afetado.
Pontua-se 0 quando o paciente não conseguir realizar algum movimento ativamente, principalmente
de flexão plantar.
Pontuação:
0 – a tarefa específica não pode ser realizada
1 – apenas pouca força
2 – força normal ou perto do normal (comparado ao lado não afetado)
Pontuação máxima: 8 pontos.
V. EQUILÍBRIO NA POSIÇÃO SENTADA – Parte I Paciente sentado e sem apoio para os pés.
2. Sinergia flexora: Com o paciente sentado, solicitar que ele leve o dedo mínimo a orelha, com o
dorso da mão voltado para frente. Assim, deve ser avaliado a elevação, retração de ombro, abdução
de 90º, rotação externa, flexão de cotovelo e supinação do antebraço. Este teste deve ser feito
bilateralmente para assim se comparar o lado sadio com o lesado.
Cuidados: Os itens mais difíceis de serem observados são a elevação e retração de ombro,
rotação externa e a supinação. Os pacientes devem ser meticulosamente instruídos – comando verbal
para minimizar dificuldades. Solicitar que realize movimento sempre no lado sadio primeiro. Pontua-
se com relação ao posicionamento final do paciente, ou seja, a posição que ele conseguiu alcançar no
final. Comparar com lado sadio.
Pontuação:
0 – a tarefa não pode ser realizada completamente
1 – a tarefa pode ser realizada parcialmente
2 – tarefa perfeita
Pontuação máxima: 12 pontos.
3. Sinergia extensora: Solicitar que o paciente rode internamente o ombro e com o cotovelo
estendido, leve o polegar ao joelho oposto. Comparar bilateralmente. O posicionamento inicial pode
ser que se encontre em sinergia flexora. Alguns pacientes, ansiosos em cooperar, podem rodar o
tórax, ou oscilar o braço afetado. Para ver se existe realmente atividade motora, talvez seja
necessário palpar o peitoral maior e/ou o tendão do tríceps braquial.
Cuidados: Neste teste a dificuldade esta em detectar a rotação interna e pronação do
antebraço. Caso o membro já esteja em pronação, porém ao solicitar uma pronação ativa e o paciente
não apresentar, a pontuação para a pronação é 0.
Caso o paciente realize somente uma adução (sem rotação interna) ou somente uma rotação interna
(sem adução), considera-se 1 ponto.
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Pontuação:
0 – tarefa não pode ser realizada completamente
1 – tarefa pode ser realizada parcialmente
2 – a tarefa é realizada perfeitamente
Pontuação máxima: 6 pontos
Este próximo item, somente será avaliado e pontuado se no item 5 (anterior) o paciente
conseguiu atingir a nota máxima (6 pontos). Caso contrário, não é avaliado e pontua-se 0.
6. Atividade reflexa normal: Avaliar a atividade reflexa de bíceps, flexores dos dedos e tríceps. E
observar se estão normais, vivos ou hiperativos, comparando-se com o lado não afetado. A diferença
entre vivo e hiperativo segue igual ao já citado para membro inferior. (item III).
Pontuação:
0 – 2 ou 3 reflexos estão hiperativos
1 – 1 reflexo esta marcadamente hiperativo ou 2 estão vivos
2 – não mais que 1 reflexo esta vivo e nenhum esta hiperativo
7. Controle de punho:
A) Com o cotovelo a 90º, ombro a 0º e em pronação, o paciente deve realizar uma extensão de punho
de pelo menos 15º. Neste teste o avaliador pode auxiliar a estabilizar o cotovelo e manter o antebraço
em pronação, porém não pode auxiliar no movimento do punho. Caso o paciente tenha atingido a
posição requerida e ainda conseguir realizar o movimento exigido, o avaliador coloca resistência ao
movimento.
Pontuação:
0 – o pcte não pode dorsifletir o punho na posição requerida
1 – a dorsiflexão pode ser realizada mas sem resistência alguma
2 – a posição pode ser mantida contra alguma resistência
B) Cotovelo a 90º de flexão, ombro a 0º, dedos fletidos e em pronação: Realizar um movimento de
máxima flexão para máxima extensão de punho. O avaliador pode auxiliar no posicionamento
correto do membro superior. Neste teste não se avalia a força, apenas se há movimento ativo.
Cuidados: Considerar 0 quando o paciente não realizar a atividade, ou realizar somente uma extensão
ou flexão de punho. (não realiza os dois movimentos).
Pontuação:
0 – não ocorre mov. Voluntário
1 – o pcte não move ativamente o punho em todo grau de movimento
2 – a tarefa pode ser realizada
C) Cotovelo a 0º, ombro levemente fletido e em pronação: Realizar uma extensão de punho a pelo
menos 15º. Caso o paciente tenha atingido a posição requerida e ainda conseguir realizar o
movimento exigido, o avaliador coloca resistência ao movimento. O avaliador pode auxiliar no
posicionamento correto.
Pontuação:
0 – o pcte não pode dorsifletir o punho na posição requerida
1 – a dorsiflexão pode ser realizada mas sem resistência alguma
2 – a posição pode ser mantida contra alguma resistência
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D) Realizar máxima flexão para máxima extensão de punho, com o cotovelo a 0º, e ombro
levemente fletido e abduzido e com pronação: O avaliador pode auxiliar no posicionamento correto
do membro superior. Neste teste não se avalia a força, apenas se há movimento ativo.
Cuidados: Considerar 0 quando o paciente não realizar a atividade, ou realizar somente uma extensão
ou flexão de punho. (não realiza os dois movimentos).
Pontuação:
0 – não ocorre mov. Voluntário
1 – o pcte não move ativamente o punho em todo grau de movimento
2 – a tarefa pode ser realizada
E) Realizar uma circundução do punho. Avaliar a atividade voluntária. O examinador pode auxiliar
no posicionamento correto do membro superior.
Pontuação:
0 – não ocorre mov. Voluntário
1 – o pcte não move ativamente o punho em todo grau de movimento
2 – a tarefa pode ser realizada
8. Mão:
A) O paciente deve realizar uma flexão em massa total dos dedos e o avaliador compara com o lado
contralateral.
Pontuação:
0 – não ocorre flexão alguma
1 – ocorre alguma flexão de dedos
2 – flexão completa (comparado com mão não afetada)
B) O paciente deve realizar uma extensão em massa dos dedos. Pontua-se 1 quando o paciente não
consegue estender os dedos ativamente, porém ele consegue relaxar da posição de flexão dos dedos.
Pontuação:
0 - nenhuma atividade ocorre
1 – ocorre relaxamento (liberação) da flexão em massa
2 – extensão completa (comparado com mão não afetada)
D) O paciente é instruído a realizar uma adução de polegar e segurar um papel contra um puxão.
Cuidados: Avaliar se paciente esta realizando uma flexão ou oponência de polegar ao invés de uma
adução. Observar também se ele mantêm o papel ativamente, ou é a espasticidade que esta agindo.
Então pontua-se 0 se ele não consegue aduzir ou se não tem esse movimento ativo e sim
espasticidade.
Pontuação:
0- a função não pode ser realizada
1 – o papel pode ser mantido no lugar mas não contra um leve puxão
2 – um pedaço de papel é segurado firmemente contra um puxão
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E) O paciente deve segurar um lápis interpondo o polegar ao dedo indicador (polpa a polpa).
Cuidados: Observar se o paciente conseguiu segurar com as polpas dos dedos requeridos e se ele
consegue manter o lápis na posição contra um puxão. Neste caso, talvez se faça necessário abduzir os
dois dedos do paciente para que ele consiga pegar o objeto, porem deve pegar o objeto com
movimento em pinça.
Pontuação:
0 – a função não pode ser realizada
1 – o lápis pode ser mantido no lugar mas não contra um leve puxão
2 – o lápis é segurado firmemente
F) O paciente deve segurar um objeto cilíndrico com as superfícies volares do polegar e dedo
indicador contra os demais dedos. Observar a força com que ele segura.
Pontuação:
0 – a função não pode ser realizada
1 – o objeto interposto pode ser mantido no lugar mas não contra um leve puxão
2 – o objeto é segurado firmemente contra um puxão
G) O paciente deve segurar com firmeza uma bola de tênis. Ele e instruído a colocar os dedos em
posição de abdução de polegar e flexão com abdução do II ao V dedos.
Pontuação:
0 – a função não pode ser realizada
1 – o objeto interposto pode ser mantido no lugar mas não contra um leve puxão
2 – o objeto é segurado firmemente contra um puxão
B) Pedir para o paciente realizar uma dorsiflexão de tornozelo e comparar ao lado não afetado.
Pontuação:
0 – sem movimento ativo
1 – atividade flexora incompleta
2 – dorsiflexão completa (comparar com lado não afetado)
X. EQUILÍBRIO EM PÉ – Parte II
C) Paciente deve ficar em apoio único sobre o lado não afetado (sem apoio): O avaliador deve
cronometrar
Pontuação:
0 – a posição não pode ser mantida por mais que 1-2 seg (oscilação)
1 – consegue permanecer em pé, com equilíbrio, por 4 a 9 segundos
2 – pode manter o equilíbrio nesta posição por mais que 10 segundos
D) Paciente deve ficar em apoio único sobre o lado afetado (sem apoio): O examinador deve
cronometrar o tempo que paciente consegue se manter na posição sem apoio algum.
Pontuação:
0 – a posição não pode ser mantida por mais que 1-2 segundos (oscilação)
1 – consegue permanecer em pé, com equilíbrio, por 4 a 9 segundos
2 – pode manter o equilíbrio nesta posição por mais que 10 segundos
Pontuação máxima parcial: 8 pontos
Para se obter a pontuação total da escala, soma-se os testes, que para a avaliação foram
desmembrados, e assim obtem-se a pontuação atingida pelo paciente.
Para se calcular a porcentagem de recuperação, multiplica-se o valor total obtido por 100 e
divide-se por 226 (valor máximo).
PORCENTAGEM DE RECUPERAÇÃO: