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1-INTRODUÇÃO

Avaliação sensorial ou análise sensorial é uma técnica de medição, precisa e


descritiva que representa uma maneira de quantificar a resposta humana frente a um
estímulo.
Os seres humanos possuem sensores especializados que servem para fornecer
diversos tipos de informações sobre o ambiente a sua volta. Por exemplo, a visão
permite a definição de cores, a audição a captação de sons e o sitema somatossensorial
permite o reconhecimento da temperatura, do tato, da posição do corpo e da dor.
O nosso cotidiano é feito de situações com variados estímulos, o que podemos
chamar de experiências multissensorias, definidas como a combinação de várias
modalidades sensorias.
As informações sensoriais são usadas para atender quatro grandes funções:
percepção e interpretação, controle do movimento, regulação de funções de órgãos
internos e a manutenção de consciência. Para que os estímulos sejam percebidos e
transformados em respostas apropriadas é necessário a ativação dos receptores
sensoriais.
A sensibilidade humana compõe um vasto universo em que o corpo, segundo os
sentidos e sentimentos, apreende a realidade que o circunda e a manifesta
subjetivamente, e por esses motivos, se apresenta como de interesse histórico, pois se
altera no tempo e no espaço.

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2-FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1-Avaliação sensorial
O objectivo da avaliação sensorial é de fazer o indivíduo distinguir o estímulo e
a área, o mesmo está ocorrendo e ver se há alterações na sensibilidade.
Para esta avaliação pode ser usado uma imagem com dermátomos,
estesiômetro, martelo de Buck e diapasão. São avaliadas a sensibilidade somestesia, a
barestesia, a palestesia, propriocepção entre outros.
Dermátomos: são determinadas áreas do corpo inervadas por nervos sensorias
que tem origem em apenas uma raiz nervosa. A coluna é composta por 33 vértebras e
possuí 31 pares de nervos que se distribuem pelo corpo, de forma organizada.
(PINHEIRO 2021)
Cada nervo que sai da coluna é responsável por conferir sensibilidade e força
numa determinada área do corpo, e por isso sempre que há uma compressão ou corte de
um nervo, uma determinada área do corpo fica comprometida. Dessa forma é possível
identificar qual parte da medula espinal foi afectada por uma compressão, traumatismo
ou hérnia de disco, quando uma pessoa diz que sente sensação de formigamento,
fraqueza ou impossibilidade de movimentar um braço ou parte lateral do pé por
exemplo. (PINHEIRO 2021)
No total existem 31 dermátomos que são divididos em forma de fatias. Os
principais dermátomos são:
Dermátomos cervicais- rosto e pescoço, são especialmente inervados pelo nervo
que sai das vértebras C1 e C2.
Dermátomos torácicos- tórax, são as regiões inervadas por nervos que saem das
vértebras T2 à T12.
Dermátomos dos membros superiores- braços e mãos, são inervados pelos
nervos que saem das vértebras C5 à T2.
Dermátomos lombares e dos membros inferiores- pernas e pés, contêm as
regiões inervadas que saem das vértebras L1 a S1.
Glúteos: é a área inervada pelos nervos que estão no sacro, S2 à S5
Estesiômetro: é um importante instrumento para diversos profissionais da
saúde, como ortopedistas, neurologistas, terapeutas e outros. Na fisioterapia, ele
também tem um papel fundamental, afinal o aparelho determina o grau de sensibilidade
que o paciente apresenta. A avaliação da sensibilidade da pele feita pelos especialistas é
capaz de prevenir deformidades a até mesmo amputações, tornando o seu uso
indispensável.
Este aparelho consegue diagnosticar precocemente prováveis lesões nos nervos,
causadas por neuropatias diabéticas e alcóolicas e pela hanseníase. Dessa forma é
possível acompanhar a evolução do paciente, identicando melhoria ou a estabilidade do
quadro.

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Martelo de Buck: permite avaliar a sensibilidade e os reflexos profundos, e para
isso conta com um pincel e agulha para tornar a avaliação completa.
Diapasão: é um pequeno instrumento metálico, em forma de U montado sobre
um cabo que, posto em vibração, produz um som de determinada altura.
2.1.1-Sistema sensorial
O sistema sensorial é o conjunto de órgãos especiais chamados de receptores.
Através dos receptores, o indivíduo capta estímulos e informações do ambiente que o
cerca e do seu próprio corpo. Os estímulos são transmitidos na forma de impulsos
elétricos até ao sistema nervoso central. Por sua vez o sistema nersoso central processa
as informações, traduzindo-as em sensações e gerando respostas.(COSTANZO 2018)
É assim que enxergamos o que está ao nosso redor, sentimos quando alguém nos
belisca, percebemos se a água do banho está fria, sentimos o gosto das comidas, entre
muitas sensações.
Normalmente os receptores sensoriais são os neurônios ou células epiteliais
modificadas, capazes de captar estímulos diversos e traduzir ou converter esses
estímulos em impulsos elétricos ou nervosos e serão processados e analisados em
centros específicos do sistema nervoso central, onde será produzida uma resposta
voluntária ou involuntária, vital para a sobrevivência e integração ao ambiente em que
vivemos (CURI 2017)
A informação sensorial chega ao sistema nervoso central através dos nervos
periféricos e é conduzida imediatamente para o sistema nervoso central, passando pela
medula espinal, tronco encefálico, cerebelo, tálamo, e por fim áreas sensitivas do córtex
cerabral (KLEBER 2020)
2.1.2-Receptores sensoriais
Os receptores sensoriais são classificados em cinco tipos básicos:
Mecanorreceptores, que dectetam a compressão mecânica e o estiramento dos
tecidos adjacentes a ele.
Termorreceptores que detectam alterações de temperatura, sendo que alguns
deles detectam o frio e outros o calor.
Nociceptores ou receptores da dor, que detectam danos físicos ou químicos que
ocorrem nos tecidos.
Receptores eletromagnéticos, que detectam a luz que incide na retina dos olhos,
relacionando-se com a visão.
Quimiorreceptores, que detectam o gosto na boca, o cheiro no nariz e outros
factores que compõem o equilíbrio químico do corpo.
Cada tipo de receptor é muito sensível a um tipo de estímulo para qual ele é
especializado, e ao mesmo tempo, é praticamente insensível a outros tipos de estímulos
sensorias (KLEBER 2020).

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2.2- Sensibilidade
A sensibilidade é a capacidade de detectar e processar a informação sensorial
que é gerada por um estímulo proveniente do ambiente interno ou externo ao corpo
(SANTOS 2012).
2.3-Avaliação do teste de sensibilidade
Segundo (Baccarelli 2010), a realização do teste de sensibilidade deve seguir
alguns princípios:
1. Não exceder trinta minutos; se necessário,
2. Fazer os testes em duas ou mais sessões, de preferência no mesmo dia;
3. Proporcionar um ambiente calmo para
4. Favorecer a concentração do paciente;
5. Demonstrar ao paciente os instrumentos e a forma como serão utilizados em
áreas da pele com sensibilidade normal;
6. Assegurar que o paciente compreenda as informações, antes de iniciar o teste;
7. Impedir que o paciente visualize o teste, através do uso de venda, barreira,
oclusão
8. Palpebral ou rotação da cabeça;
9. Colocar o membro em posição confortável e apoiar os dedos em superfície
firme e macia
10. Para evitar que a movimentação do segmento interfira no resultado do teste;
11. Estimular áreas com sensibilidade normal, periodicamente, para oferecer
parâmetros de normalidade.

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2.4.-Preparação geral para os testes
 O paciente deverá estar num ambiente calmo e silencioso;
 Disponibilize um tempo específico para os testes objetivando garantir que ambos
(paciente e examinador) estejam concentrados na avaliação;
 Em áreas de sensibilidade normal, garanta que o paciente entenda o tipo de teste
e a intensidade da sensibilidade a ser testada com olhos abertos e fechados;
 Inicie a avaliação com o paciente de olhos vendados e/ou fechados, comparando
sempre as mesmas regiões nos lados opostos do corpo, de maneira alternada e,
às vezes, simulada (sem tocar);
 Fique atento às respostas e reações do paciente.
Após a preparação geral, é esclarecido para o paciente como o teste será
realizado, ou seja, sempre que sentir um toque, dor ou sensação térmica, ele deve avisar.
A avaliação é iniciada primeiramente em uma região sensível, depois, passa-se
para a região supostamente afetada (ALVES 2020).
Após avaliação, a região testada é classificada em:
 Normoestesia: sensibilidade sem alteração;
 Hipoestesia; diminuição da sensibilidade;
 Anestesia; sensibilidade abolida;
 Hiperestesia; aumento da sensibilidade.

2.5- Classificação da sensibilidade


2.5.1-Sensibilidade especial: onde vamos encontrar:
 Visão;
 Audição;
 Gustação;
 Olfação;
 Labiríntica.
Os sistemas especiais possuem os receptores mais especializados. Dessa forma,
os receptorees da olfação são neurônios, mas os outros quatros sentidos especias
utilizam células receptoras não neurais, as quais fazem sinapse com neurônios
sensoriais. A célula ciliada da orelha é um exemplo de receptor não neural. Quando
activada, essa célula libera um sinal químico que inicia um potencial de acção no
neurônio sensorial associado. (SANARFLIX 2019)
Visão
A visão é captada pelos nossos olhos, onde há a presença de fotorreceptores
capazes de responder a estímulos luminosos. Esses receptores estão localizados mais

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precisamente na retina e podem ser classificados em bastonetes e cones. Os bastonetes
são sensíveis à luz, mas são capazes de perceber as cores. Os cones, por sua vez,
possibilitam a visão em cores e são menos sensíveis à luz.
Audição
A audição, capacidade de perceber sons, é possível graças à orelha humana, que
possui mecanorreceptores capazes de captar as ondas sonoras. Esses receptores estão
localizados na cóclea, uma estrutura em forma de tubo cônico localizada na orelha
interna.
Gustação
Também chamado de paladar, juntamente ao olfato, é resposável por garantir a
percepção do sabor e textura dos alimentos. A boca é o local onde esse sentido é
percebido, o que acontece em virtude da presença de saliências conhecidas como
pupilas gustatórias, que são capazes de perceber sensações táteis, além dos sabores
doce, azedo, salgado, amorgo e umami. Umani, um nome derivado da palavra japonesa
para delicioso, é um sabor básico que aumenta o gosto dos alimentos.
Olfação
O olfato está relacionado com a capacidade de perceber odores. Essa percepção
é possível graças à estimulação do epitélio olfatório, localizado no teto das cavidades
nasais. Esse epitélio é rico em células nervosas, mais precisamnete em
quimiorreceptores.
Receptores dos sistemas especiais
Os receptores são divididos em quatro grupos principais, com base no tipo de
estímulo a que são mais sensíveis:
Os quimiorreceptores: respondem a ligantes químicos que se ligam ao receptor,
como a olfação e gustação.
Os mecanorreceptores: respondem a diversas formas de energia mecânica.
Incluindo a pressão, vibração, gravidade, aceleração e som, como a audição.
Os termorreceptores: respondem à temperatura.
Os fotorreceptores da visão respondem ao estímulo luminoso.
2.5.2-Sensibilidade geral: onde vamos encontrar: Tato, dor, temperatura, pressão,
vibração ou palestesia, movimento e posição segmentar.
A sensibilidade geral classifica-se em:
1. Superficial: tato, pressão suave, temperatura, dor superficial.
2. Profunda: vibração (palestesia), cinético-postural, pressão profunda
3. Visceral.

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Sensibilidade tátil, dolorosa e térmica
O tato é responsável por perceber vibrações, captar a pressão, além de perceber a
dor e as diferenças de temperatura. Diferentemente dos outros sentidos, ele não está
localizado em um único local, pos está presente em praticamente todas as regiões do
corpo, uma vez que os receptores localizam-se na pele. (MORAIS 2021)1
A nossa pele é o maior órgão do corpo humano. Ela é repleta de terminações
nervosas capazes de captar estímulos térmicos, mecÂnicos ou dolorosos. Cada
terminação nervosa ou receptor cutâneo é especializado na recepção de estímulos
específicos, sendo que cada receptor tem um axônio e, com conexão das terminações
nervosas livres, todos eles fazem associação com tecidos não neurais. (MORAIS 2021)
Podemos encontrar três tipos de receptores na pele: os corpúsculos de Pacini ou
de Vater-Pacini; os corpúsculos de Meissner e os discos de Merkel.
Corpúsculos de Pacini são especializados em captar estímulos vibráteis e táteis.
Corpúsculos de Meissner são encontrados nas regiões da pele que não
apresentam pelos e são especializados em captar estímulos táteis.
Discos de Merkel são especializados na captação de estímulos táteis e também
de pressão.
A dor é definida como uma experiência sensitiva e emocional desagradável
associada a uma lesão.
Classificação da dor
A dor pode ser classificada de acordo com o seu local de origem (periférica,
central,visceral ou somática), seu tempo de evolução e patologia física (aguda ou
crônica) e seu mecanismo fisiopatológico (neuropática, nociplástica, nociceptiva ou
mista)
Quanto ao ao aspecto temporal
Dor aguda: é aquela que se manisfesta transitoriamente durante um periodo
relativamente curto, de minutos a algumas semanas, associada a lesão de tecidos ou
órgãos. Quando inadequadamente controlada pode ser um factor ao desenvolvimento de
dor crônica.
Dor crônica: prolongada no tempo, normalmente com defícil identificação
temporal ou causal. A dor crônica não se resolve por conta própria, requerendo
conhecimento especializado e, muitas vezes, abordagem de tratamento interdisciplinar.
É uma dor que pode se originar no corpo, no cérebro ou na medula espinhal.
Usualmente com duração superior a 6 meses.
Quanto ao mecanismo fisiopatológico

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Dor nociceptiva: é aquela originada por dano tecidual potencial ou real.
Compreende a dor somática e a visceral, resultado de danos teciduais mais comuns e
frequentes nas situações inflamatórias, traumáticas e invasivas, ou isquémicas. Ocorre
por meio de activação ou sensibilização de nociceptores na periferia, que traduzem
estímulos nocivos em impulsos electoquímicos.
Dor somática: sensação dolorosa rude, exacerbada ao movimento. É aliviada
pelo repouso, é bem localizada e variável, conforme a lesão básica. Exemplo: dores
ósseas, pós-operatórias, dores músculo-esqueléticas, dores artríticas.
Dor visceral: é provocada por distensão de víscera oca, mal localizada, profunda,
opressiva, constritiva. Frequantemente associada a sensações de náuseas, vômitos e
sudorese.
Dor neuropática: dor causada po lesão ou doença do sistema nervoso
somatossensorial. Geralmente aguda e ardente, se origina por alterações na via nervosa
que leva a informação nociceptiva ao sistema nervoso central. A dor neuropática
manifesta-se de várias formas, como sensação de queimação, peso, agulhadas, ferroadas
ou choques, podendo ou não ser acompanhada de formigamento ou adormecimento de
uma determinada parte do corpo.
Avaliação da dor
A dor, de modo geral pode ser avaliada por diferentes escalas, sendo que elas
tanto unidimensionais ou multidimensionais. As escalas unidimensionais tendem a focar
na intensidade da dor e podem ser apresentadas de diferentes formas, enquanto que as
multidimensionais oferecem avaliação mais ampla e são especialmente úteis nos
idosos.(MACEDO et al 2020)
a) Escala Visual Analógica:
Esta escala consiste em uma linha retilínea, impressa ou desenhada, de tamanho
determinado, com os descritos verbais de ausência de dor e a pior dor possível em cada
uma das suas extremidades, respectivamente.
É utilizada da seguinte maneira: primeiramente, deve-se respeitar a apresentação
da régua; definir as extremidades deslocando o cursor durante a explicação e perguntar
qual o grau da dor no momento presente.
b) Escala Visual Numérica:
Permite quantificar a intensidade da dor atravéz de números, sendo que o zero
representa ausência de dor e 10 representa a pior dor imaginada, os demais números
representam estágios intermediários, podendo ser aplicada gráfica ou verbalmentte.
c) Escalas de faces:
Consiste em seis desenhos de faces ordenados de forma crescente em nível de
intensidade da dor ou angústia. Sua principal vantagem é a sua fácil utilização, sendo
necessária apenas soliciatr que o paciente escolha a face que melhor representa sua dor
actual. Além disso é indicada para crianças e pacientes com limitações cognitivas. Por

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conta disso é a escala de mais fácil compreensão, sendo a preferível para pacientes entre
quatro e sete anos.
d) Escala descritiva ou qualitativa:
É mais comumente utilizada em idosos. Na sua aplicação devem ser usados
sempre os mesmos termos qualificadores da dor. Sem dor; dor ligeira; dor moderada;
dor intensa; dor máxima.
Dor superficial pode ser testada comprimindo uma pequena porção da pele com
as unhas de dois dedos. Agulhas são evitadas devido ao risco de infecções. Dor
profunda pode ser testada comprimindo um músculo, osso ou tendão.
Para o teste térmico, são comumente utilizados objetos que demonstrem
claramente a diferença entre o quente e o frio, tais como: compressas mornas ou frias,
tubos de ensaio com água morna ou fria, ou ainda algum material que se consiga mudar
a temperatura como por exemplo, uma colher (ALVES 2020).
2.6- Avaliação da sensibilidade geral superficial
Segundo (Alves 2020) os passos para uma avaliação da sensibilidade são os seguintes:
 Antes de qualquer teste é recomendado avaliar a superfície, espessura e
integridade da pele.
 Observar a região anatômica e sua distribuição, se há lesões ou áreas expostas a
alérgenos ou irritantes específicos, como pulseiras, anéis, produtos químicos e
produtos de limpeza;
 Realizar palpação da superfície da pele, observando as condições de hidratação
(umidade, oleosidade, xerodermia (seca) e hiperidrose (sudorese excessiva),
presença de edemas e/ou cicatrizes.
 A avaliação da sensibilidade deve ser feita pela pesquisa da sensação tátil nos
dermátomos correspondentes a cada nível neurológico.
Após avaliação, a região testada é classificada em:
Normoestesia: sensibilidade sem alteração;
Hipoestesia; diminuição da sensibilidade;
Anestesia; sensibilidade abolida;
Hiperestesia; aumento da sensibilidade.
2.7-Avaliação da sensibilidade profunda
Segundo (Almeida 2021), A sensibilidade proprioceptiva tem origem nos tecidos
profundos do corpo, principalmente músculos, ligamentos, tendões, articulações e
ossos; está relacionada à noção da posição de partes do corpo no espaço.
Pode ser testada pedindo-se ao paciente que feche os olhos e diga como está o
seu corpo neste momento (sentado/deitado; braços e pernas cruzados/estendidos, um ao
lado do outro, etc).

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Pode ser avaliada com o paciente de olhos fechados e o examinador
movimentando, por exemplo, o membro superior e perguntando sua posição num
determinado momento. Pode se posicionar a mão do paciente (que permanece com
olhos fechados) a uma certa altura e pedir que coloque a outra mão no mesmo nível.
Segundo Dellon, 1981, a sensibilidade vibratória é uma outra submodalidade
tátil. Os estímulos vibratórios são conduzidos pela mesma população de fibras que
conduzem a percepção de estímulos tátil-dinâmicos.
Vibrômetro ou bioestesiômetro é um instrumento que permite aplicar e
quantificar estímulos vibratórios de diferentes freqüências e intensidades. Dessa forma,
por ser um instrumento quantitativo, auxilia a identificar pacientes com perda da
sensibilidade protetora e também a detectar e monitorar lesões nervosas
(BACCARELLI 2010).
A sensibilidade vibratória pode ser avaliada com o uso de um diapasão vibrando
e colocado levemente sobre as articulações, ou com algum outro objeto que gere algum
nível de vibração, como um celular ou relógio, por exemplo.
A sensibilidade discriminativa diz respeito à capacidade de identificar objetos,
desenhos e letras sem utilizar a visão. A sensibilidade profunda auxilia na execução dos
movimentos, no controle da força e pressão aplicada ao objeto manipulado e no
reconhecimento de objetos sem utilizar a visão; e junto com a sensibilidade superficial é
uma importante forma de proteção para o organismo, fornecendo o reflexo necessário
para evitar traumas e lesões.
2.8- Alterações da sensibilidade
Doenças ou alguma outra alteração corporal não necessariamente causam
sintomas de dor. Essas condições podem se apresentar como:
Aumento ou perda da sensibilidade;
Formigamento;
Choques e sensação de anestesia no local, geralmente sentidos nos dedos, nas
mãos, nos pés, nos braços e nas pernas.
Segundo (Barbosa 2021) as alterações de sensibilidade são classificadas em:
Hipoestesia: diminuição da sensibilidade.
Parestesias: as sensações de formigamento, queimação, dormência ou choque.
Os sisntomas costumam aparecer de forma lenta, mas tendem a aumentar com o
tempo. Como na maioria dos casos eles podem estar relacionados às lesões nas
estruturas nervosas do cérebro ou da medula, é importante um diagnóstico o mais rápido
possível para evitar complicações. (BARBOSA 2021)
2.9- Doenças que causam formigamento e alterações da sensibilidade
 Neuropatias;
 Diabetes;

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 Acidente Vascular Cerebral;
 Anemia.

CONCLUSÃO
A escolha do método de avaliação da sensibilidade deve levar em consideração
que apenas os testes quantitativos permitem detectar e monitorar lesões nervosas.
Quanto mais fiel o instrumento mais precisas serão as informações colhidas.
Há necessidade de maior conhecimento, por parte dos fisioterapeutas, a respeito
da utilização dos estímulos sensoriais para potencialização dos resultados da terapia.e
importante ressaltar que antes de buscar ganhos motores, precisamos investigar se o
paciente é capaz de assimilar a quantidade de estímulos que queremos ofertar, pois, o
tratamento só terá exito se as vias sensoriais forem capazes de responder ao comando
oferecido.

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REFERÊNCIAIS BIBLIOGRÁFICAS
NASCIMENTO Leonardo: Desenvolvimento do teste de sensibilidade tátil, São
Paulo 2014
Departamento de Neurociências: Semiologia Neurológica 2020
KLEBER Fbrício.Sistema Nervo: Fisiologia sensorial 2020
ALVEZ Camila, ALMEIDA Carlos;Avaliação da sensibilidade superficial e
profunda 1ªed. 2020
JÚNIOR Lucindo, SANTOS Márcio; Receptores sensoriais e sistema
somatossensorial 2012
Fisiologia, CASTANZO 6ªed. Rio de Janeiro 2018
ROSA Armando et al; Manual de avaliação e tratamento da dor. Belém
GODZICKI, Bárbara. Da SILVA, Fisioterapia em movimento, v.23, 2012

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