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Fı́sica Experimental I

2023/01
2
Conteúdo
4
PARTE I

EXPERIMENTOS – ROTEIROS
6
Medida do tempo de queda de uma esfera
1
Tratamento estatı́stico dos dados

Neste experimento determinaremos o tempo de queda de uma esfera de cerca de 2 cm de


diâmetro, solta do repouso de uma altura de 1.5 m repetidas vezes. Cada grupo deve apresen-
tar 120 medidas. A partir destas medidas vamos estudar os conceitos de flutuações aleatórias,
tratamento estatı́stico dos dados e estudo de efeitos sistemáticos.

Planejem seu experimento e comecem a fazer as anotações nos seus cadernos de laboratório.
Para todos os experimentos que faremos nesse curso, cada um de vocês deve elaborar um
pequeno texto no caderno para os seguintes tópicos:

1. Introdução
2. Procedimento Experimental
3. Análise de Dados
4. Discussão dos Resultados

Eventualmente, esses tópicos poderiam ser organizados em um relatório (veja o Apêndice B da


apostila de conceitos básicos). Ainda não exigiremos a elaboração de um relatório completo
para esse experimento, mas, para cada um desses itens, preparamos algumas perguntas para
vocês pensarem, discutirem entre si e com seu professor. A partir dessa discussão, façam suas
anotações.

1.1 Introdução
1. Qual o objetivo e a motivação desse experimento ?
2. De acordo com as leis da Fı́sica que você conhece, qual deveria ser o tempo de queda
da esfera ?
Medida do tempo de queda de uma esfera
8 Tratamento estatı́stico dos dados

1.2 Procedimento Experimental


1. Vocês podem medir o tempo diretamente ? Que instrumento vão utilizar ? Qual a
resolução desse instrumento ?

2. Qual a melhor forma de montar o seu experimento, de tal forma a tentar garantir que
a altura de queda esteja sempre no intervalo (1.50 ˘ 0.02) m e que a esfera caia sempre
do repouso ?

3. Dado o grande número de medidas que devem ser realizadas, como vocês pretendem
registrá-las ? Será que vocês podem se organizar de forma a que um estudante realize
a medida e o outro a registre ? Seu instrumento de medida tem caracterı́sticas que
permitem agilizar o registro ? Sugerimos que cada integrante registre seus dados na
forma de uma tabela, em ordem cronológica, como mostrado nas duas primeiras colunas
da Tabela ??. Vocês podem também construir a tabela diretamente em um programa
de planilha no computador, e posteriormente imprimir para colar nos cadernos.

1.3 Análise de Dados e Discussão dos Resultados


Vocês certamente encontraram mais de um valor como resultado da medida direta do tempo
de queda. Com base nesses valores, como podem apresentar o resultado dessa medição ?
Conforme explicado no Capı́tulo 2 da apostila de Conceitos Básicos, a melhor forma de
apresentar essa medida experimental é realizando uma análise estatı́stica dos dados obtidos.
Para entender melhor o significado dessa análise, propomos as seguintes atividades:

Parte I: Análise estatı́stica dos dados


1. Considerem o conjunto de 120 medidas. Para 6 conjuntos independentes de 10 medições
consecutivas do mesmo integrante, calculem o valor médio, desvio padrão e a incerteza
do valor médio (Capı́tulo 2 da parte Conceitos Básicos). Utilize as últimas colunas da
Tabela ?? para auxiliar nos cálculos.
2. Resumam os resultados obtidos para os 6 subconjuntos dos dados colocando-os na Ta-
bela ?? e observem como variam o valor médio e o desvio padrão. O que podem dizer
sobre os valores encontrados? Para o experimento que estão fazendo, 10 medidas é
uma quantidade suficiente para se determinar o tempo de queda ? Justifiquem suas
respostas.
3. Calculem o valor médio, desvio padrão e a incerteza do valor médio para: (a) as 20
últimas medidas, (b) as 60 primeiras medidas e (c) para o conjunto completo de 120
medidas. Coloquem esses valores na Tabela ?? e discutam como variam estas três
grandezas com respeito ao número de medidas. Analisem se as 120 medidas foram
suficientes para determinar o tempo de queda.
1.3 Análise de Dados e Discussão dos Resultados 9

Tabela 1.1: Medições realizadas pelo primeiro integrante.

i ti δi “ ti ´ t̄ δi2 “ pti ´ t̄q2


1
2
3
...
120
Somas

Tabela 1.2: Valor médio, desvio padrão e incerteza para subgrupos de 10 medições independentes.

Desvio Padrão
Valor Médio ( ) Incerteza ( )
Medições N ( )

Grupo 1 10
Grupo 2 10
Grupo 3 10
Grupo 4 10
Grupo 5 10
Grupo 6 10

Tabela 1.3: Valor médio, desvio padrão e incerteza para subgrupos de 10 medições independentes.

N Valor Médio ( ) Desvio Padrão ( ) Incerteza ( )


20
60
120
Medida do tempo de queda de uma esfera
10 Tratamento estatı́stico dos dados

4. Analisem como se compara o valor médio encontrado com o valor de referência, igual a
tq “ p0.554 ˘ 0.004 ) s. Caso existam efeitos sistemáticos, discutam sobre eles e como
poderiam evitá-los refazendo as medições.
5. Por convenção, utilizamos como definição para a incerteza de cada medida realizada, o
valor de σ. Discutam o resultado da comparação entre o valor de σ encontrado para o
conjunto de 120 medições com a precisão do cronômetro utilizado.
6. Calcule para o conjunto de 120 medições a fração de medidas contidas nos intervalos
rt̄ ´ 1σ, t̄ ` 1σs, rt̄ ´ 2σ, t̄ ` 2σs, rt̄ ´ 3σ, t̄ ` 3σs. Em um procedimento sujeito somente a
flutuações aleat’orias, as frações esperadas para estes intervalos são aproximadamente
68.3%, 95.4% e 99.7%. Note então que a convenção mais adotada, de utilizar como
incerteza o valor do desvio padrão, corresponde a adotar um intervalo de incerteza que
conteria aproximadamente 68% dos valores obtidos, caso o processo de medida fosse
repetido muitas vezes. Quando não conhecemos bem nosso processo de medida, a rea-
lização de uma análise estatı́stica permite também a melhor determinação da incerteza
das medidas individuais.1

Parte II: Representação gráfica dos conjuntos de medidas

10. Com base na Seção 3.1 da parte Conceitos Básicos, construam histogramas de frequência
relativa para os dados de cada integrantes em uma mesma folha de papel milimetrado.
Distinguam um histograma do outro usando traços de cores distintas para desenhar as
barras. Lembrem que o número adequado de barras depende do conjunto de dados e
do número total de medições. Neste caso particular, o número aconselhável de barras
fica entre 6 e 10. Discutam entre si e com o professor a melhor escolha de intervalos.
11. Marquem no gráfico, para cada um dos histogramas, as posições dos valores médios
encontrados para cada um dos conjuntos de dados. As medições de cada conjunto se
distribuem simetricamente ao redor do seu valor médio ?
12. Desenhem sobre os histogramas um segmento de reta representando o intervalo
rt̄ ´ σ, t̄ ` σs. Observem a concentração dos dados nesse intervalo.
13. Analisem os dois histogramas, seus valores médios e desvios padrão. O que é possı́vel
concluir sobre os processos de medida empregados pelos dois integrantes ? Discutam
em termos de desvios sistemáticos e flutuações aleat’orias.

Opcional
Realize novamente as suas medidas tendo em conta os cuidados discutidos para eliminar suas
incertezas sistemáticas. Para este conjunto de 120 medições, calcule o valor médio, o desvio
padrão e a incerteza do valor médio e compare com o valor de referência. Conseguiu eliminar
as incertezas sistemáticas? Discuta.
1
Essas frações decorrem de um modelo matemático que descreve o comportamento de medidas somente
sujeitas a flutuações aleat’orias. Esse modelo será discutido na Fı́sica Experimental II, mas quem quiser se
aprofundar pode olhar o Capı́tulo 6 da apostila de Conceitos Básicos.
Medida do volume de um cilindro
2
Propagação de incerteza

Neste experimento determinaremos o volume de um cilindro de alumı́nio. Planeje o experi-


mento. Pense em que métodos poderiam ser utilizados para se medir um volume, em quais
medidas deveriam ser realizadas para esses métodos e quais instrumentos seriam mais ade-
quados para isso.

O volume pode ser determinado a partir das dimensões do cilindro. Qual a expressão ma-
temática do volume a partir dessas dimensões?

Se você conhece a massa e a densidade volumétrica de massa do material do qual é feito o


cilindro, como você pode determinar o seu volume ?

Se você tem um recipiente com um volume de água conhecido, como pode determinar o volume
do cilindro ?

Como se estima as incertezas das medidas indiretas ? Veja a seção ?? do Capı́tulo de conceitos
básicos da apostila.

Medindo a partir desses diferentes métodos, o que se espera da comparação dos seus resulta-
dos?

Abaixo sugerimos um roteiro para realização do experimento e elaboração do relatório. O


experimento será discutido e guiado pelo professor no laboratório. Para este experimento em
particular, preparamos um modelo de relatório a ser preenchido, para que fique claro o que
se espera de cada um dos tópicos que devem estar presentes em um relatório tı́pico da nossa
disciplina, conforme discutido no apêndice ?? da sua apostila de Fı́sica Experimental I.
Medida do volume de um cilindro
12 Propagação de incerteza

2.1 Introdução
1. Qual é o objetivo desse experimento?
2. Descreva sucintamente os métodos utilizados nessas medidas, de acordo com o que você
pensou na etapa de planejamento.
3. Quais hipóteses você supõe serem válidas para a utilização de cada um dos métodos?

2.2 Procedimento experimental


1. A partir do volume de água deslocado
Usando uma proveta graduada cheia de água, introduza o cilindro e estime o seu volume
a partir do aumento da coluna de água.
2. A partir do seu raio e altura
Meça o diâmetro e a altura do cilindro. Para a medição do diâmetro utilize um
paquı́metro (Apêndice C). Discuta com seu professor sobre o uso adequado do paquı́-
metro. Por que não é adequado utilizar a régua para a determinação do diâmetro do
cilindro?
3. A partir da densidade volumétrica
Determine a massa do cilindro utilizando uma balança. Lembre de verificar se a balança
está zerada antes da sua utilização (o zero da balança corresponde ao prato vazio). Peça
ajuda a seu professor se for necessário.

2.3 Análise de dados


1. A partir dos valores do diâmetro e comprimento do cilindro, calcule o volume com a sua
incerteza utilizando a fórmula V “ πr2 h (r = raio e h = comprimento).
2. Sabendo que a densidade volumétrica do alumı́nio industrial é 2,56 g/cm3 , com 0,5% de
incerteza, e utilizando a medida de massa realizada, determine o seu volume e incerteza.
3. Organize em uma tabela os resultados obtidos para a determinação do volume do cilindro
com as respectivas incertezas para os três métodos realizados. Faça uma comparação
entre os resultados obtidos (Seção I.2 da parte de Conceitos Básicos).
2.4 Discussão dos Resultados 13

2.4 Discussão dos Resultados


1. Os resultados encontrados são compatı́veis? Justifique.
2. Qual foi a medição mais precisa? Justifique.
3. Considerando a medição com a proveta como a de referência (por quê?) qual foi a
medição mais acurada? Justifique.
4. Quais parâmetros contribuem mais fortemente para a incerteza do volume em cada um
dos três métodos? Como essas incertezas poderiam ser diminuı́das? Você sugere alguma
modificação do procedimento experimental adotado?
Medida do volume de um cilindro
14 Propagação de incerteza
Movimento de um corpo em um plano inclinado
3
Determinação da aceleração da gravidade

3.1 Introdução

Neste experimento, determinaremos a componente vertical da aceleração de um corpo deslocando-


se num plano inclinado com atrito desprezı́ vel (trilho de ar), vamos comparar o resultado
com o valor de referência da aceleração da gravidade, g “ p978, 7 ˘ 0, 1q cm{s2 , para a cidade
de Rio de Janeiro.

Pense sobre o planejamento desse experimento. A aceleração do corpo pode ser obtida dire-
tamente? Quais grandezas devem ser medidas para que seja possı́vel obtê-la? Quais instru-
mentos são mais adequados para que esses dados possam ser coletados?

O roteiro a seguir possui todas as instruções para a montagem e análise do experimento. Leia
com atenção, discuta com o professor e salve/anote as medidas para preparar o relatório.

3.2 Procedimento experimental

O arranjo experimental está esquematizado na Figura ??. Selecione blocos de madeira e


posicione-os sob uma das bases do trilho de ar.

Figura 3.1: Arranjo experimental do plano inclinado: posicionamento do carrinho na extremidade


do trilho.
Movimento de um corpo em um plano inclinado
16 Determinação da aceleração da gravidade

Para a filmagem, posicione o celular sobre o tripé de forma a estabilizar a tela do celular
paralelamente ao plano de movimento do carrinho, durante todo o movimento. Pare ver
detalhes, confira o material complementar na página da disciplina.

O celular deve ser posicionado aproximadamente no meio da trajetória do carrinho e a uma


distância da parede suficiente para que se possa filmar todo o movimento no trilho de ar. Não
use “slow-motion” (câmera lenta). Filme com a velocidade normal do seu celular. A imensa
maioria dos celulares filma a uma taxa de 30 frames/seg (fps) 1 , alguns celulares permitem
uma filmagem com 60 frames/seg. Verifique em seu celular o valor da taxa de quadros por
segundo.

Para cada inclinação do trilho (duas inclinações por grupo), é necessário determinar sin θ pela
geometria do sistema de acordo com a Figura ??, determinando a diferença de alturas para
dois pontos quaisquer sobre o trilho e tendo em conta a distância entre eles:

h2 ´ h1
sin θ “ .
L

Figura 3.2: Medida de sin θ.

Como são necessárias muitas medidas de sin θ (inclinações) para determinar o valor de g, os
dados obtidos por todos os grupos da turma serão analisados como um único conjunto de
dados.

O professor atribuirá a cada grupo de alunos, diferentes números de blocos de madeira que
serão colocados sob uma das extremidades do trilho de ar.

Para evitar que o carrinho adquira uma velocidade muito alta e o impacto ao final do trilho
seja muito forte, não devem ser usados mais do que 12 blocos. As hastes com elásticos são
1
A palavra em inglês “frame” significa quadro.
3.3 Análise de dados 17

usadas como proteção para amortecer a colisão do carrinho.

Uma vez que o celular foi posicionado para gravar o filme, ligar o compressor, que joga ar
no trilho (nı́vel 3), posicionar o carrinho sobre o trilho, liberando-o a partir do repouso, feito
isto, inicie a filmagem.

Após o término do movimento, retire o carrinho do trilho e desligue o compressor.

O tamanho do trilho de ar (200 cm) deve ser utilizado para calibração do programa (o pro-
grama converte as unidades da imagem do filme para as distâncias reais do trajeto do carrinho
—por isso do ajuste e da preparação da câmera serem importantes).

Utilizaremos o programa Tracker para analisar o filme. Este programa pode ser instalado no
computador, e baixado gratuitamente do endereço eletrônico: https://physlets.org/tracker/
2
. Na página da disciplina, encontra-se um tutorial básico do programa Tracker.

3.3 Análise de dados

Monte a tabela Tabela ?? para dois valores de sin θ e suas incertezas:

Inclinação h1 ˘ δh1 ( ) h2 ˘ δh2 ( ) L ˘ δL ( ) sin θ ˘ δ sin θ


1
2

Tabela 3.1: Tabela para dois valores de sin θ.

Usando o programa Tracker monte a Tabela ?? com ao menos 12 valores diferentes de posição,
de forma a possibilitar a estimativa de 10 valores de velocidade. Utilize as fórmulas da
velocidade que constam no modelo do Relatório 3.

t (s) x() δx ( ) vx ( ) δvx ( )

Tabela 3.2: Tabela de dados da experiência.

2
O programa é disponibilizado para os sistemas operacionais Windows, Linux e Mac OSX.
Movimento de um corpo em um plano inclinado
18 Determinação da aceleração da gravidade

As colunas do tempo t e da posição x são preenchidas usando as informações do Tracker.


As coordenadas x correspondem às posições, por exemplo, do centro do carrinho (etiqueta
branca) ao longo do movimento.

Após fixado o sistema de referência (escolha um dos eixos como paralelo ao movimento do
carrinho). Para isto é necessário rotacionar o eixo. Note que, ao longo da trajetória, a imagem
do carrinho pode ficar um pouco embaçada. Confira no material complementar disponı́vel na
página da disciplina, ou discuta com seu professor, como proceder caso isso ocorra.

Para preencher a coluna da velocidade vx , leia o Apêndice ?? (no final do roteiro). Como
são calculadas as incertezas δvx ?

1. Em papel milimetrado, desenhe o gráfico vx vs. t a partir dos dados da Tabela 2,


indicando a incerteza nos valores das velocidades. Qual é a forma esperada para este
gráfico?

2. Use as colunas t, vx e δvx para calcular através do Método dos Mı́nimos Quadrados
(Capı́tulo 5 da Apostila), qual é a melhor reta que aproxima os dados experimentais do
gráfico vx vs. t.

3. Com os parâmetros da reta (coeficiente linear e coeficiente angular) obtidos no item


anterior, desenhe a reta na mesma folha de papel milimetrado onde fez o gráfico vx vs.
t.

4. Construa a Tabela ??, considerando os valores de a e sin θ e suas respectivas incertezas,


obtidos pela turma. Construa o gráfico a ˆ sin θ e determine o valor da aceleração g.

3.4 Discussão dos resultados


1. A partir dos parâmetros do ajuste linear aos dados experimentais vx ˆ t, como se obtêm
o valor da aceleração do carrinho?

2. Compare o valor da aceleração do carrinho com o valor da aceleração da gravidade para


a cidade do Rio de Janeiro que é g “ p978, 7 ˘ 0, 1q cm/s2 . Qual valor é mais preciso?
Você utilizaria este método para determinar o valor da gravidade? Justifique.
3.5 Opcional: Estudo da conservação da energia 19

Número de blocos a() δa ( ) sin θ δ sin θ

Tabela 3.3: Tabela a ˆ sin θ.

3.5 Opcional: Estudo da conservação da energia

1. Utilizando os dados registrados para a posição x como função do tempo t, determine


a altura y do carrinho para cada instante de tempo, a partir do ponto mais baixo na
Tabela ??.

2. Determine a energia cinética (K), energia potencial (U ) e a energia mecânica (E) para
cada intervalo de tempo. Para facilitar a organização das informações, construa uma
tabela.

3. Faça um gráfico que contenha a energia cinética, potencial e mecânica em função do


tempo.

4. Discuta a partir do gráfico obtido, se há ou não conservação da energia mecânica.


Justificar.

5. No caso da energia não se conservar, determine o ganho ou perda percentual.

Observações:

• Para os cálculos de energia considere a aceleração da gravidade no Rio de Janeiro, sendo


g “ p978, 7 ˘ 0, 1q cm/s2 ).

• Não esqueça de colocar todos os cálculos de propagação de incerteza num Apêndice.


Movimento de um corpo em um plano inclinado
20 Determinação da aceleração da gravidade

3.6 Movimento Retilı́neo Uniformemente Variado (MRUV)

Se a força resultante sobre uma partı́cula de massa m for, F~ , a segunda lei de Newton diz
que:
F~ “ m~a, (3.1)
com ~a sendo o vetor aceleração da partı́cula. No caso de F~ ser uma força constante, viz.
não depende nem do tempo, nem da posição da partı́cula e nem da velocidade da mesma, da
Eq.(??) vemos que a aceleração ~a é constante. Assim, a Eq.(??) pode ser facilmente integrada
para obtermos:

F~
żt żt
F~ dt “ m ~adt ùñ F~ pt ´ t0 q “ mp~v ´ ~v0 q ùñ ~v “ ~v0 ` pt ´ t0 q, (3.2)
t0 t0 m

com ~v :“ ~v ptq e ~v0 :“ ~v pt0 q. Integrando temporalmente mais uma vez ambos os membros da
Eq.(??) obtemos:
1 F~
~r “ ~r0 ` ~v0 pt ´ t0 q ` pt ´ t0 q2 , (3.3)
2m
com ~r :“ ~rptq sendo a posição da partı́cula como função do tempo e ~r0 :“ ~rpt0 q a sua posição
inicial.

Vamos supor agora que a força resultante F~ é paralela à velocidade inicial ~v0 . Como a
soma vetorial de vetores paralelos continua sendo um vetor na mesma direção que os vetores
somados, de acordo com a Eq.(??), a velocidade ~v ptq é paralela a ~v0 para todo tempo. Portanto
trata-se de um movimento retilı́neo. Como também a aceleração é constante o movimento se
denomina Movimento Retilı́neo Uniformemente Variado (MRUV). Sem perda de generalidade
podemos chamar de eixo “y” o eixo coordenado na direção de movimento, e as equações de
movimento, Eqs.(??) e (??), nessa direção são:

1F
y “ y0 ` vy0 pt ´ t0 q ` pt ´ t0 q2 , (3.4)
2m
F
vy “ vy0 ` pt ´ t0 q, (3.5)
m
com y :“ yptq e vy :“ vy ptq e as condições iniciais, y0 :“ ypt0 q e vy0 :“ vy pt0 q.
3.7 Estimativa da velocidade instantânea 21

3.7 Estimativa da velocidade instantânea

No movimento uniformemente acelerado, a velocidade da partı́cula em um instante t pode ser


calculada a partir da velocidade média calculada entre os instantes t ` ∆t e t ´ ∆t com ∆t
constante. Isto é:
xpt ` ∆tq ´ xpt ´ ∆tq
xvx ptqy “ . (3.6)
2∆t
Assim, para um conjunto de medições de posição em função do tempo, podemos calcular a
velocidade em cada ponto piq a partir das medições de tempo e posição do ponto posterior
pti`1 e xi`1 q e anterior pti´1 e xi´1 q, utilizando a fórmula:
xi`1 ´ xi´1
vx,i “ . (3.7)
ti`1 ´ ti´1
Para cada valor de velocidade também podemos calcular a incerteza associada mediante a
fórmula de propagação de incertezas. Desprezando a incerteza na determinação do tempo,
obtemos: a
pδxi`1 q2 ` pδxi´1 q2
δvx,i “ (3.8)
ti`1 ´ ti´1
com δxi`1 e δxi´11 as incertezas na determinação da posição xi`1 e xi´1 , respectivamente.
Movimento de um corpo em um plano inclinado
22 Determinação da aceleração da gravidade
Sistema de partı́culas – Colisão elástica e inelástica
4
Neste experimento estudaremos as colisões elástica e inelástica. Analisaremos as conservações
de momento linear e energia mecânica de um sistema unidimensional de dois carrinhos que
colidem entre si em um trilho de ar com atrito desprezı́vel. Será utilizado um sistema de vı́deo
(gravação de um filme com uma câmera digital) e o programa ImageJ para levantamento de
dados.

Pense sobre o planejamento desse experimento. Quais grandezas devem ser medidas direta-
mente para que seja possı́vel avaliar as conservações de momento linear e energia mecânica?

Siga o roteiro e as orientações do professor para fazer o experimento em sala de aula. Faça
anotações no seu caderno de laboratório. Para preparar o relatório, tome como base as
orientações do apêndice B da apostila de conceitos básicos e as anotações realizadas durante
o experimento, de acordo com as discussões levantadas em sala a partir do roteiro abaixo.

4.1 Introdução
1. Qual é o objetivo desse experimento?
2. O que é um processo de colisão ?
3. Que tipo de movimento cada carrinho realiza sobre o plano antes e após a colisão ?
4. Para dois carrinhos colidindo entre si em um trilho de ar horizontal com atrito des-
prezı́vel, espera-se que tanto o momento linear como a energia mecânica se conservem
nas colisões elástica e inelástica ? Desenvolva as expressões para conservação de mo-
mento linear e energia mecânica deste sistema unidimensional para os dois tipos de
colisão, em termos das grandezas medidas no experimento.
5. Como é definida a posição do centro de massa do sistema estudado no experimento?
24 Sistema de partı́culas – Colisão elástica e inelástica

6. Nesse experimento, espera-se que o momento linear do centro de massa do sistema seja
conservado ?
7. Como verificar experimentalmente se o momento linear do centro de massa do sistema
é conservado ?

4.2 Procedimento Experimental e Levantamento de Da-


dos
Antes de começar o experimento, verifique se o trilho de ar funciona corretamente. Não mexa
nos parafusos de nivelamento do trilho sozinho. A câmera digital deve ser configurada de
acordo com o apêndice E da apostila. Coloque adequadamente o tripé com a câmera de
forma que todo o trilho esteja compreendido no campo de visão e certifique-se que a câmera
esteja alinhada com a horizontal.

O experimento é dividido em duas partes:


Parte I: Estudo qualitativo da colisão elástica com massas iguais.
Nesta etapa a colisão é estudada apenas qualitativamente por todos os grupos. Pense
como garantir que as massas dos dois carrinhos sejam compatı́veis. A turma faz o
experimento e os alunos descrevem o que observam. Justifique se o comportamento
observado está de acordo com o esperado teoricamente para este tipo de colisão.
Parte II: Estudo quantitativo de colisões de carrinhos com massas diferentes.
A Parte II contempla a colisão elástica e a colisão perfeitamente inelástica de carrinhos
com massas diferentes. Neste caso, o professor indicará qual colisão deverá ser estudada
quantitativamente por cada grupo.
1. As massas devem ser escolhidas de forma que a massa do carrinho mais pesado
seja 100 g superior à do mais leve.
2. Determine a massa dos carrinhos com todos os acessórios necessários para a rea-
lização da colisão.
3. Decida qual carrinho estará em movimento e estabeleça um procedimento para
impulsioná-lo ao encontro do carrinho em repouso.
4. Simule a experiência sem a tomada de dados.
5. Registre a colisão com o sistema de vı́deo e construa uma tabela da posição de
cada carrinho em função do tempo. Lembre-se de escolher um único sistema de
referência para a determinação da posição em função do tempo.

4.3 Análise de dados e discussão dos resultados


1. O instante de colisão pode ser obtido diretamente a partir da tabela dos dados? Faça
um gráfico da posição em função do tempo para os dois carrinhos e determine o instante
em que eles colidem.
4.3 Análise de dados e discussão dos resultados 25

2. Determine as velocidades dos carrinhos antes e depois da colisão a partir do ajuste


linear dos dados e analise as conservações de momento linear e energia mecânica. Estes
resultados são compatı́veis com o esperado para este tipo de colisão?
3. Calcule a porcentagem de perda (ou ganho) de energia cinética dada por:

|Kf ´ Ki |
Ki
onde Ki e Kf são a energia cinética inicial e final respectivamente. Discuta os resultados
obtidos.
4. Analise se os seus resultados são compatı́veis com o esperado. Caso exista um desacordo
com o esperado, analise as possı́veis causas do desacordo.
5. Calcule a posição do centro de massa em função do tempo (adicione as colunas cor-
respondentes na tabela de posição dos carrinhos em função do tempo) e adicione estes
pontos ao gráfico de posição em função do tempo já realizado. O momento linear se
conserva?
6. O resultado obtido para a conservação (ou não) do momento linear observando-se o
deslocamento do centro de massa do sistema está de acordo com o obtido analisando-se
o movimento dos dois carrinhos separadamente?
26 Sistema de partı́culas – Colisão elástica e inelástica
Movimento de um corpo rı́gido em um plano inclinado
5
Neste experimento estudamos o movimento de um corpo rı́gido que se desloca por uma cana-
leta com dois trechos, um inclinado e outro horizontal. Ao atingir o final da canaleta, o corpo
rı́gido realiza um movimento balı́stico até tocar o chão.

O corpo rı́gido utilizado nesse experimento é uma esfera de aço com diâmetro maior que a
largura interna da canaleta. Avaliaremos o alcance da esfera ao tocar o chão em função da
altura de lançamento da canaleta.

Analise a ilustração do experimento na Figura ?? e pense sobre o seu planejamento. O alcance


do corpo rı́gido pode ser medido diretamente? Quais são as grandezas relevantes nesse estudo?

Os dados experimentais são comparados com dois modelos teóricos: Deslizamento sem Rola-
mento e Rolamento sem Deslizamento.

Siga o roteiro abaixo e as orientações do professor para fazer o experimento em sala de aula.
Faça anotações no seu caderno de laboratório.

5.1 Introdução
1. Qual é o objetivo desse experimento?
2. Basta fazer um lançamento da esfera na canaleta para determinarmos o alcance desta
ao tocar o chão? Como podemos melhorar a precisão da medida?
3. O movimento da esfera, conforme ilustrado na Fig. ??, pode ser estudado dividindo-o
em duas etapas:

i Movimento da esfera pela canaleta;

ii Movimento balı́stico.
28 Movimento de um corpo rı́gido em um plano inclinado

A primeira etapa do movimento da esfera pode ser descrita considerando-se dois mode-
los teóricos:

• Modelo A: Deslizamento sem Rolamento;

• Modelo B: Rolamento sem Deslizamento.

Figura 5.1: Esquema experimental.

4. Para cada modelo, mostre, usando conservação da energia, que a velocidade (v) da
esfera antes de abandonar a canaleta é dada por:
• Modelo A:
v 2 “ 2gh (5.1)
• Modelo B:
2gh
v2 “ (5.2)
1 ` Imr
CM
2

Considere que o diâmetro da esfera de aço é maior que a largura interna da canaleta,
conforme mostrado no esquema da Figura ??. Descreva claramente todas as grandezas
envolvidas no experimento.
5. A partir da expressão para a velocidade da esfera v, obtida no item anterior, e utilizando
as equações de movimento balı́stico, mostre que o alcance (A) da esfera é dado por:
• Modelo A:
A2 “ 4Hh, (5.3)
• Modelo B:
4H
A2 “ h, (5.4)
1 ` Imr
CM
2
5.2 Procedimento experimental e levantamento de dados 29

onde ICM é o momento de inércia da esfera de massa m em relação ao eixo que passa
pelo seu centro de massa e a distância r está ilustrada na Fig. ??. Considerando que a
esfera de massa m e raio R é ideal, o momento de inércia em relação ao eixo que passa
pelo centro de massa da mesma é dado por:
2
ICM “ mR2 (5.5)
5

5.2 Procedimento experimental e levantamento de da-


dos
1. Escolha uma esfera e meça as caracterı́sticas da canaleta e da esfera que são relevantes
para o experimento.
2. Faça todas as medidas diretas relacionadas à determinação do alcance da esfera para os
modelos teóricos A e B. Tome cuidado para adaptar a definição teórica das grandezas
H e h à situação experimental do laboratório.
3. Antes de começar o lançamento da esfera para determinação do alcance, pense em:
• como determinar o alcance da esfera no chão?
• como determinar no chão a projeção do ponto onde a esfera abandona a canaleta
(ponto II na Figura ??)? Ajuda: utilize um fio de prumo.
• quantos lançamentos deverão ser feitos da mesma altura h para a determinação do
alcance e da sua incerteza?
4. Abandone a esfera de uma altura (h) determinada e meça seu alcance (A). Anote seus
resultados na Tabela ??, para 5 diferentes valore de h.
5. Para esferas de diferentes tamanhos, estude qualitativamente como o alcance depende
do raio da esfera.

Tabela 5.1: Medidas de alcance em função da altura.

h δh Aexp δAexp A2exp δA2exp A2A δA2A A2B δA2B


30 Movimento de um corpo rı́gido em um plano inclinado

5.3 Análise de dados e discussão dos resultados


1. Acrescente na Tabela ?? os valores de A2 obtidos para os dois modelos teóricos (A2A e
A2B ) e para os dados experimentais de A (A2exp ), em função das alturas de lançamento
da esfera na canaleta.
2. Faça o gráfico em papel milimetrado do A2 ˆ h, para os dois modelos teóricos identi-
ficando claramente cada um deles, e para os dados experimentais correspondentes.
3. Como se comparam os dados experimentais com o previsto por cada modelo teórico? A
partir desta análise, o que pode-se dizer sobre o movimento realizado pela esfera?
4. Discuta sobre a dependência do alcance com o raio da esfera e com a altura h.

Opcional
1. Considerando que a esfera realiza rolamento sem deslizamento, a partir da equação de
alcance linearizada determine o momento de inércia da esfera em relação a um eixo que
passa pelo seu centro de massa.
2. Compare o valor de momento de inércia obtido com o valor esperado considerando uma
esfera ideal com distribuição de massa homogênea.
PARTE II

EXERCÍCIOS
32
Algarismos significativos
1
Expresse corretamente os resultados para as seguintes medições com suas respectivas incerte-
zas.

Medição Incerteza Unidades Resultado


1 67,002 0,023 cm
2 0,001 2,3 erg
3 45612,98 345 cm/s
4 14 29 erg
5 152,389 0,037 cm/s2
6 74,58 3,14 g
7 0,0012 0,0001 m
8 120034 2607 m/s2
9 45,98 2,1 erg
10 65555,467 56,001 g
11 23,456 1,2 m
12 0,173 0,056 cm3
13 45001,6 657,31 J
14 45,629 2,5914 km/h
15 104104 104 m2
16 0,0826 0,099 cm/s
17 3,69 1,582 mm3
34 Algarismos significativos

Medição Incerteza Unidades Resultado


18 19,78 5,46 kg
19 0,458 0,177 cm
20 135,589 0,0888 g
21 25,36 0,84 cm
22 74589,589 5698,26 erg
23 0,145 0,5 cm/s
24 14580,8 37,36 erg
25 125,369 0,041 cm/s2
26 74,58 3,14 g
27 0,025 0,0074 m
28 256 0,5 m/s2
29 7489 2,1 m/s2
30 4789,4 36,001 g
Propagação incerteza
2
1. Os lados de um paralelepı́pedo são a = (4,50 ˘ 0,05) cm, b = (8,50 ˘ 0,09) cm e c =
(35,0 ˘ 0,3) mm. Determinar o volume do cubo com sua incerteza absoluta e relativa.
2. Na medição da resistência (R), se obteve o valor da tensão V = (15,2 ˘ 0,2) V e da
corrente I = (2,6 ˘ 0,1) A. Qual é a incerteza absoluta da resistência usando a equação
R = V/I?
3. Um pêndulo simples é utilizado para medir o valor da aceleração da gravidade utilizando
equação:
d
l
T “ 2π .
g
O perı́odo T medido foi de (1,24 ˘ 0,02) s e o comprimento do pêndulo l = (0,381 ˘
0,002) m. Qual é o resultado do valor da aceleração da gravidade g com sua incerteza
absoluta e relativa?
4. Para medir o comprimento total de um pêndulo (fio + esfera) usou-se uma régua mili-
metrada para medir o comprimento do fio e um paquı́metro para medir o diâmetro da
esfera. Observam-se os seguintes valores com as suas respectivas incertezas:
Comprimento do fio = 2,100 m
Incerteza comprimento do fio = 0,5 cm
Diâmetro da esfera = 2,114 cm
Incerteza do diâmetro da esfera = 0,01 mm
Ache o comprimento total e a sua incerteza associada.
5. Para o cálculo do volume de uma esfera, foi dado o raio da mesma: R = (232,0 ˘
0,1) mm. Calcular seu volume com a sua respectiva incerteza relativa.
6. A partir da figura ??, com as seguintes medidas:
L1 = (5,00 ˘ 0,05) cm
L2 = (20,00 ˘ 0,05) mm
36 Propagação incerteza

Figura 2.1: Bloco retangular.

L3 = (15,00 ˘ 0,01) mm

(a) Determine a área A1 com a incerteza correspondente.


(b) Determine o volume desta peça com a incerteza correspondente.
(c) Se a precisão necessária para o resultado da área é de 0,5% podemos considerar
este resultado satisfatório?
7. Para determinar a altura de uma cachoeira, algumas pessoas mediram o tempo de queda
de pedrinhas que eram soltas, em queda livre, de um mesmo local. Conhecendo o tempo
de queda t, pode-se calcular a altura h a partir da relação cinemática h “ 1{2gt2 em que
g é a aceleração da gravidade. Foi utilizado um cronômetro com precisão de centésimos
de segundo e os valores ti obtidos em 8 medidas estão na seguinte tabela:

t(s)
1 1,30
2 1,09
3 1,03
4 1,27
5 1,18
6 1,31
7 1,24
8 1,15

Considerando g “ p9, 784 ˘ 0, 001q m/s2 , calcule a altura da cachoeira e a sua incerteza.
PARTE III

APÊNDICES
38
Caderno de laboratório
A
1. É um documento. Nele se tem todos os registros cronológicos de um experimentos
ou ideia. Portanto, deve ter datas, sem rasuras nem espaços em branco, sem inserções
e se possı́vel assinado por quem realizou as anotações.

2. É pessoal. Pode haver outros cadernos de uso compartilhado, por exemplo, para
equipamentos ou instrumentos de laboratório, etc., onde se registram informações de
uso geral, como mudanças introduzidas em configurações experimentais ou estado de
conservação dos equipamentos. Mas o caderno de laboratório contem ideias, propostas
e modo de colocar a informação que são pessoais, próprias de cada pessoa.

3. É um registro de anotação em sequência. Não se devem intercalar resultados nem


se corrigir o que está escrito. Em caso de se detectar um erro, se anota na margem
o erro encontrado e a página na qual se corrige. Isto permite saber se o erro pode-se
voltar a encontrar e a partir de que dados foi corrigido. Por este mesmo motivo não se
deve escrever a lápis.

4. As páginas devem ser numeradas. Isto permite fazer referência de forma fácil e organi-
zada às anotações anteriores, assim como também indicar na margem onde se corrigem
os erros.

5. As fórmulas e figuras devem ter uma numeração consistente e interna. Um exemplo


prático é numerar todas as fórmulas dentro de cada página ou folha e citá-las por
página/fórmula. É importante numerar todas as fórmulas, pois não sabemos no futuro
qual necessitaremos citar ou utilizar.

6. Referências completas. No caso em que se deva utilizar uma referência externa (roteiro
do experimento, artigo, livro, etc.), esta referência deve ser completa. Se uma referência
é citada com frequência pode-se utilizar a última página do caderno para registrá-la e
citá-la por seu número. Quando citamos alguma coisa, sempre acreditamos que vamos
nos lembrar de onde saiu, mas isto só é assim a curto prazo.

7. Deve-se escrever todos os resultados. Indicar sempre a maior quantidade de in-


formação possı́vel do experimento. Todas as condições experimentais devem ser corre-
tamente registradas e deve-se utilizar diagramas claros das configurações experimentais
40 Caderno de laboratório

e indicando também cada vez que há uma mudança. Um dado ou informação que hoje
parece irrelevante em função do nosso modelo da realidade, pode resultar vital ao des-
cobrir que nossas ideias estavam erradas ou eram incompletas. A falta de um dado de
aparência menor pode invalidar tudo o que foi realizado.

8. Deve-se escrever o plano. O que é que se pretende medir, o que é que se procura
e as considerações ou razões pelas quais se faz o experimento. O planejamento do
experimento e as ideias a serem realizadas devem ser explı́citas. A anotação sequencial
permite seguir a evolução das idéias, dado vital também para interpretar os resultados,
pois os preconceitos condicionam o que se mede e como se mede. Saber o que se pensava
no momento de medir vai nos indicar se nesse momento tivemos uma determinada
precaução que depois demostrou ser fundamental.

9. Deve-se escrever as conclusões. O mesmo vale para o planejamento do experimento.

10. Fazer uma reorganização periódica das ideias. Se uma ideia tem evoluı́do desde
o inicio do experimento, é conveniente periodicamente fazer um quadro da situação,
passando a limpo o que foi feito, para não ter que reconstruir a história a cada vez.
Como escrever um relatório?
B
A idéia desta nota é dar aos alunos de Fı́sica Experimental I algumas dicas e recomendações
de como escrever um relatório. Infelizmente, não existe uma “receita”para isto, pois há várias
maneiras de fazer um relatório, dependendo do tipo de trabalho realizado e de quem o escreva.
Portanto, a organização do relatório pode ser diferente apresentando diferentes distribuições
de seções. Nesta nota propõe-se uma estrutura básica com algumas sugestões, mas será com a
experiência, com a prática e com as sucessivas correções do professor que os alunos aprenderão
a fazê-lo. Escrever um relatório é um aprendizado que se obtém aos poucos.

O ponto principal a ser tido em conta é que no relatório deve-se apresentar os resultados
obtidos de forma clara e concisa. Para isto, deve-se expor cuidadosamente quais são os
objetivos do trabalho realizado, os conceitos fı́sicos básicos necessários para a realização do
experimento e como ele foi realizado, entre outros. O relatório tem que ser escrito de modo
que um leitor que nunca tenha realizado o experimento descrito, ou a pesquisa realizada, seja
capaz de entender e até reproduzir o trabalho a partir do conhecimento adquirido na sua
leitura. Para começar, sugere-se a seguinte distribuição:

• Tı́tulo e autores: O tı́tulo deve descrever claramente o conteúdo do trabalho. O


relatório tem que ter o(s) nome(s) do(s) autor(es) e as informações relevantes referentes
a ele(s).

• Resumo: Deve dar uma visão completa do trabalho realizado. De forma breve, deve-se
descrever qual é o objetivo do mesmo, o que foi feito e qual foi o resultado obtido.

• Introdução: Nela expõem-se as motivações do trabalho e os objetivos a serem atingi-


dos. Deve-se apresentar uma revisão da informação existente sobre o tema em questão.
Também, deve-se incluir uma explicação teórica mı́nima (não copiada de livro, mas ela-
borada pelos alunos) que permita a compreensão do trabalho e como esta informação
está aplicada ao experimento especı́fico.

• Método experimental ou Descrição do experimento: Deve-se descrever em de-


talhe a configuração experimental utilizada, os métodos utilizados para a realização das
medições, incluindo a fundamentação fı́sica. Deve-se realizar uma descrição dos aspectos
42 Como escrever um relatório?

relevantes dos dispositivos e equipamentos utilizados, especificando suas caracterı́sticas


importantes (precisão dos instrumentos, intervalos de medição, etc). Pode-se repre-
sentar esquematicamente o dispositivo empregado para a realização do experimento de
forma a acompanhar as explicações e facilitar a compreensão do leitor.

• Resultados e discussão: Esta seção tem que ser uma continuação natural da Intro-
dução e do Método experimental ou Descrição do experimento. Deve-se incluir tabelas
dos dados colhidos junto com as suas incertezas e a explicação de como foram avaliadas
essas incertezas. Também deve ser realizada uma descrição de como a análise de dados
foi realizada e como os resultados foram obtidos. Deve-se incluir também gráficos, junto
com as curvas de ajuste dos dados realizados. Além da análise dos dados, é fundamen-
tal realizar uma discussão dos mesmos: sua validade, precisão e a sua interpretação.
Dependendo do caso, pode-se realizar uma proposição de um modelo para a descrição
dos resultados ou realizar uma comparação com o modelo teórico já discutido na in-
trodução. Caso seja necessária a utilização de equações, elas devem estar explicitadas
ou, se já foram introduzidas anteriormente (na introdução), através de uma referência
ao número de equação correspondente.
Levar em conta que, dependendo do relatório e do trabalho apresentados, pode-se sepa-
rar esta seção em duas independentes, uma de resultados e outra de discussões.
Figuras e tabelas: cada figura ou tabela deve estar numerada e deve conter uma legenda
ao pé que permita entendê-la. A descrição detalhada da figura deve estar incluı́da
também no texto e referenciada pelo número. Os gráficos são considerados figuras,
então deverão ser numerados de forma correlacionada com as mesmas.

• Conclusões: Deve conter uma discussão de como a partir dos resultados obtidos
mostra-se que as hipóteses e objetivos do trabalho foram satisfeitos ou não. Espera-se
que a discussão do trabalho seja feita de forma crı́tica podendo-se propor melhoras ao
trabalho realizado, tanto na metodologia empregada quanto nas propostas para ampliar
o objetivo do experimento no futuro.

• Referências: Deve-se informar a bibliografia citada durante o desenvolvimento do


trabalho. A bibliografia pode estar relacionada ao modelo teórico discutido, a referências
de equipamento utilizado, ou a artigos de referência no qual o trabalho foi baseado.

• Apêndice: Caso seja necessário, pode-se anexar um ou mais apêndices com informa-
ção complementar que ajude a esclarecer o conteúdo das partes anteriores (cálculos
realizados para obter um dado resultado, estimativa de incertezas, etc.), mas que no
corpo principal do relatório desviariam a atenção do leitor. No(s) apêndice(s) coloca-se
geralmente informação adicional necessária, mas não fundamental.
Paquı́metro
C
O paquı́metro é um instrumento utilizado para medir dimensões de objetos relativamente
pequenos, desde uns poucos centı́metros até frações de milı́metros, com uma precisão da
ordem do centésimo de milı́metro. Este instrumento é delicado e deve ser manipulado com
cuidado e precaução.

Ele é formado por uma régua com um esquadro num extremo, sobre a qual se desliza o outro
esquadro destinado a indicar o valor medido sobre a escala. Sobre o esquadro móvel encontra-
se o nônio que possui uma segunda escala dedicada a marcar as subdivisões do milı́metro. Na
Figura ?? podemos ver um desenho de um paquı́metro tı́pico.

Figura C.1: Paquı́metro formado por: 1 Encostos para medidas externas; 2 Orelhas para me-
didas internas; 3 Haste de profundidade; 4 Escala principal inferior (graduada em centı́metros e
milı́metros); 5 Escala principal superior (graduada em polegadas e frações de polegadas); 6 Nônio
ou vernier para leitura das frações de milı́metros em que esteja dividido; 7 Nônio ou vernier para
leitura das frações de polegada em que esteja dividido; 8 Propulsor e trava.

Para utilizar o paquı́metro, primeiramente se separam os encostos para que o objeto a ser
medido possa ser colocado entre eles, logo se fecham estes encostos de forma que o objeto fique
preso ao mesmo e se bloqueia o movimento do esquadro móvel para poder realizar a leitura
do valor medido. Usaremos o exemplo mostrado na Figura ?? para facilitar a explicação de
como fazer a leitura.

O primeiro passo é fazer a leitura sobre a escala principal (Figura ??) e para isso observamos
44 Paquı́metro

Figura C.2: Exemplo de uma medição realizada com paquı́metro graduado em mm e com um nônio
com 10 divisões. Valor medido (0,98 ˘ 0,01) cm. Ver texto.

a posição do zero do nônio, que no exemplo está levemente deslocada à direita dos 9 mm (seta
cheia na figura ??). Desta forma temos a primeira parte da medida, sendo 0,9 cm. Vemos que
as seguintes marcas do nônio também estão levemente deslocadas à direita e que esta diferença
vai se reduzindo paulatinamente. Verificamos que a oitava marcação sobre o nônio coincide
com a marcação com a régua principal (seta tracejada na Figura ??) e logo as marcas do
nônio vão ficando progressivamente à esquerda das marcas da régua fixa. Portanto a segunda
parte da leitura nos diz que o valor medido é de 0,98 cm com uma incerteza de 0,01 cm. Para
a determinação da incerteza, considerada aqui como a mı́nima divisão do instrumento, temos
que determinar o número de subdivisões do milı́metro dado pelo nônio. No caso do exemplo,
temos 10 subdivisões, sendo a incerteza 1 mm dividido 10, ou seja 0,1 mm. Finalmente o
resultado da medição é: (0,98 ˘ 0,01) cm.

Importante: Lembrar de verificar que o paquı́metro esteja corretamente calibrado, ou seja


que quando não haja abertura dos dois encostos, o zero da escala principal e do nônio sejam
coincidentes.

Mais informações sobre o uso do paquı́metro podem ser encontradas na página http://www.
stefanelli.eng.br/webpage/metrologia/p-nonio-milimetro-05.html.
Trilho de Ar
D
O trilho de ar é um sistema que permite estudar movimentos unidimensionais reduzindo
drasticamente as forças de atrito habitualmente presentes. Ele é composto de chapas metálicas
de perfil reto, com pequenos orifı́cios regularmente espaçados nas faces laterais.

Injeta-se ar comprimido dentro do trilho que sai através dos orifı́cios gerando desta forma
um colchão de ar entre o trilho e o carrinho de cerca de 0,5 mm de espessura. Este colchão
de ar faz com que o carrinho ”flutue”, provocando assim uma grande redução do atrito. O
atrito residual é devido principalmente à fricção com o ar. Nas extremidades do trilho sempre
deve-se colocar os pára-choques formado por um suporte com elásticos.

O sistema trilho de ar e carrinho devem ser cuidadosamente tratados para evitar que eles se
sofram deformações ou marcas que comprometam a redução do atrito. Para isto devemos
evitar choques mecânicos fortes, tanto ente o carrinho e o trilho como entre dois carrinhos.
Evitar quedas dos carrinhos, mesmo que sejam de uns poucos centı́metros, manuseando-os
com segurança e muito cuidado. Em continuação enumeramos alguns cuidados extras na hora
de utilizar o sistema trilho-carrinho, a saber:

• Nunca movimente os carrinhos sobre o trilho quando não houver ar saindo pelos orifı́cios
do trilho ou se o ar que sai é muito fraco (neste caso deve se aumentar a potência do ar
comprimido), pois serão produzidos arranhões.
• Quando se colocar massas em cima dos carros, é fundamental que estas sejam dis-
tribuı́das simetricamente para evitar desbalanceamentos do carrinho quando flutua po-
dendo encostar certas partes dele no trilho. Desta forma não só poderão ser produzidos
arranhões no trilho senão como a hipóteses de atrito desprezı́vel não será verificada.
• O trilho é apoiado sobre pequenas hastes numa base em perfil de alumı́nio. Estas hastes
têm como função permitir o nivelamento do trilho. Com o tempo e o uso constante, o
trilho de ar tende a se deformar criando ”barrigas”. A consequência principal destas
barrigas é os carrinhos passam a ter um movimento irregular. O nivelamento do trilho
é uma operação trabalhosa e delicada, por isso deve-se estar seguro da necessidade de
nivelamento antes de começar a mexer.
46 Trilho de Ar
Sistema de Video
E
Configuração Câmera
Para a realização dos filmes os passos a seguir são:

1. Ligue a câmera e verifique que o cartão de memória esteja vazio.


2. Configure a câmera para a realização do filme.
• Para a câmera Olympus:
(a) Tamanho De Imag VGA
(b) Imagens Por Seg. 15 ou 30 fas (fotos por segundo)
(c) Microfone Desl. (desligado)
(d) Modo AF: configure a câmera para que sempre faça foco no objeto de in-
teresse, mesmo quando ele esteja em movimento. Novamente, entre no menu
e escolha a primeira opção como indicado na Figura ??-C. No menu da es-
querda escolha a terceira opção “Modo AF”e logo “Rastreia AF”. Dê “OK”e
pressione o botão do menu para sair do mesmo.
• Para a câmera Nikon Coolpix s3600, aperte o botão “Menu”, selecione o ı́cone de
câmera de vı́deo conforme a Figura ?? e selecione:
(a) Opções de vı́deo: 480/30p
(b) Modo foco automático: AF-F AF constante
(c) VR do vı́deo: desligado
• Para a câmera Sony Cyber-shot, aperte o botão “Menu”e busque as opções a seguir,
conforme a Figura ??:
(a) Tamanho Filme: VGA
(b) ACT: STD movimentação moderada (nem todas as câmeras tem essa opção
no menu à esquerda, com um ı́cone de mão)

Desta forma sua câmera está configurada e você pode começar a fazer sua aquisição de dados.
48 Sistema de Video

Figura E.1: Configuração da câmera Olympus.

Figura E.2: Configuração da câmera Nikon.


49

Figura E.3: Configuração da câmera Sony.

Leitura manual da posição do carrinho


1. Uma vez registrado o movimento do carrinho com a câmera proceda a baixar o filme
que você fez numa pasta no desktop do seu computador chamada MRU. Para algumas
câmeras, o video é salvo no formato MP4 e precisa ser convertido em AVI para análise
no programa ImageJ. Um tutorial para conversão dos videos encontra-se nas bancadas,
próximo ao computador.
2. Abra o programa ImageJ.
3. No ImageJ abra o filme que você fez em formato AVI. Aparecerá uma tela com algumas
indicações como se mostra na Figura ??, “First Frame 1”, “Last Frame 135”, que podem
em princı́pio ser alteradas pelo usuário. Essas informações correspondem ao número de
imagens contidas no filme e permitem que escolhamos apenas algumas delas para serem
exibidas. Mantenha como está e tecle “Ok”.
4. Após o filme aberto você pode escolher a ferramenta de zoom que fica na barra de
ferramentas do programa para ver melhor as imagens. A resolução das imagens não é
muito boa, mas não precisamos mais do que isso para fazer a análise do experimento.
5. Experimente passar o cursor do mouse sobre a imagem. Você verá que embaixo da
barra de ferramentas do ImageJ aparecerão alguns números, por exemplo, na Figura ??:
x=325, y=202, z=36, value = 195. As letras x e y correspondem à posição do cursor
em pixels no sistema de referência mostrado na Figura ??. A letra z corresponde à
ordem em que imagem foi capturada em relação ao inı́cio do filme. Finalmente, value
corresponde aos nı́veis de vermelho, verde e azul da imagem, nesta ordem. Para as
análises que faremos, só utilizaremos a posição x e y do cursor.
6. Observe agora no canto superior esquerdo das imagens do filme (Figura ??). Aparecem
números semelhantes a ‘37/135 (2.47s); 640x480 pixels; RGB; 158 MB”. O primeiro
deles significa que está sendo exibida a imagem 37 de um total de 135. O instante
de tempo no qual essa imagem foi capturada em relação ao inı́cio do filme é indicado
pelo número entre parênteses “2.47s”que é dado por 1{15 ˆ 37 s (onde 1/15 corres-
ponde a 15 fotos ou frames por segundo), “640 X 480 pixels”corresponde às dimensões
da imagem em número de pixels, “RGB”corresponde à qualidade da imagem, e “158
50 Sistema de Video

Figura E.4: ImageJ: tela de inicio para carregar o filme.

Figura E.5: ImageJ: posição do cursor sobre a imagem.

MB”corresponde ao espaço de memória do computador que foi utilizado para guardar


o filme. Para nossas análises o número importante dentre esses é o que corresponde ao
número de imagem e ao instante de tempo em que a imagem foi capturada. Observação:
estes números serão diferentes para cada filme.

Rotação do Filme
Para realizar a análise dos dados, é necessário que a medida do deslocamento do carrinho seja
apenas em uma dimensão, por exemplo, na horizontal. Se o eixo horizontal da câmera não
está bem alinhado com o trilho, precisamos realizar uma rotação do filme antes de proceder
51

à leitura da posição do carrinho. Portanto, o primeiro passo é a determinação do ângulo de


rotação. A mesma pode ser realizada de duas formas diferentes:

Forma manual

1. Determine com os cursores as coordenadas “x e y”das extremidades do trilho, tendo


desta forma px1 , y1 qepx2 , y2 q como se mostra na figura ??.

2. Utilizando trigonometria, e utilizando uma calculadora, determine o ângulo de in-


clinação como o arctan py2 ´ y1 q{px2 ´ x1 q. Observação: o ângulo tem que ser deter-
minado em graus.

Forma automática

1. Escolha o botão de “Ângulo”(cı́rculo na Figura ??-A), que fica na barra de ferramentas


do programa ImageJ para poder marcar o ângulo que quer ser determinado.

2. Movimente o cursor para marcar os três pontos que vão determinar o ângulo que o trilho
forma com a horizontal (linhas cheias sobre o filme na Figura ??-B). Faça click cada vez
que esteja na posição desejada.

3. Escolha a opção ”Analyze”do menu principal e ”Measure”do sub-menu.

4. O resultado será mostrado em uma outra janela (Figura ??), entre os quais estará o
valor do ângulo desejado em graus.
Uma vez determinado o ângulo, devemos proceder a realizar a rotação do Filme. Para
isto, deve seguir os seguintes passos:

(a) Escolha a opção “Imagem”do menu principal, logo “Transform”e finalmente “Ro-
tate”, como mostrado na Figura ??-A.
(b) Uma nova janela será aberta onde deve-ser informado o valor do ângulo de rotação,
no nosso exemplo, o mesmo é de 4,101 graus (Figura ??). Este ângulo deve ser
informado com o sinal negativo (´) se queremos realizar uma rotação no sentido
anti-horário ou com sinal positivo (`) se a rotação é no sentido horário.
(c) Como a rotação é uma ação definitiva e não pode ser refeita, utilizar sempre
o “Preview”para poder ter certeza de que se está realizando a rotação desejada
(ver Figura ??-B) antes de dar o “OK”final.
52 Sistema de Video

Figura E.6: ImageJ: determinação das coordenadas px1 , y1 qepx2 , y2 q, ver texto.

Figura E.7: ImageJ: determinação do ângulo de inclinação do trilho, ver texto.


53

Figura E.8: ImageJ: valor do ângulo de inclinação do trilho

Figura E.9: ImageJ: rotação do filme por um determinado ângulo, ver texto
54 Sistema de Video
Programa QtiPlot
F
Ao longo do curso vamos realizar gráficos e ajustes lineares (ajustes por uma reta), para
isto vamos aprender a utilizar um programa chamado de QtiPlot. Este programa pode ser
baixado gratuitamente da internet, ou da página pessoal do Prof. Angelo Gomes em: http:
//www.if.ufrj.br/~amgomes/qtiplotinfo.html.

Para descompactar o mesmo você deverá fornecer uma senha, a mesma é: fisexp2-2009

O Prof. Angelo Gomes preparou um tutorial que ajuda a aprender a utilizar o QtiPlot. Para
acessar ao mesmo, basta com ir para
http://www.if.ufrj.br/~amgomes/tutorialqtiplot-pag1.html

Qualquer dúvida ou problema, entrar em contato com seu professor e/ou monitor.

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