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Caso Clínico -

Ombro
Tratamento & US
Acadêmicas: Letícia Fernandes e Lorrayne Reitter

Estágio Supervisionado I
01 Caso Clínico 03 Objetivos de
Tratamento

02 Utilização do 04 Tratamento
Ultrassom Fisioterapêutico
Caso Clínico
Identificação
L.M.S., 45 anos, sexo masculino, cabeleireiro;

Queixa principal
Dor na face lateral do terço médio e proximal do braço direito;

Quadro Clínico
Refere que a dor piora ao final do dia de trabalho, com início insidioso. Nega
trauma, não há crepitações palpáveis à movimentação, piora da dor ao
abduzir o ombro acima de 90°. Testes de Neer, Hawkins-Kennedy e
Yocum positivos. Em uso de AINH, porém alega que a dor é refratária à
medicação.
Utilização do Ultrassom

O Ultrassom terapêutico (US) é uma forma de energia acústica e não


eletromagnética:

● Vibração acústica inaudível de alta frequência; US = modalidade


de calor profundo
● Efeitos fisiológicos térmicos e não térmicos.
Características Gerais

1 MHz Calor profundo - 5 cm

3 MHz Calor superficial - 2 a 3 cm

5 MHz Calor superficial - 1,5 a 2 cm


Fonte: Ispsaude.com.br
Características Gerais

Efeito Piezoelétrico → Ocorre quando


uma corrente elétrica atua sob um
cristal, deformando-se. Este efeito
mecânico gera ondas ultrassônicas.

(PRENTICE, 2014)
Transmissão de energia

Compriment Frequência Velocidade


o
1 3 5
2 4

Onda Amplitude
Ondas longitudinais X Ondas transversas

O US é uma onda mecânica cuja energia é


transmitida pelas vibrações das moléculas do
meio biológico pelo qual a onda se propaga.
● Ondas longitudinais = o deslocamento
molecular corre na direção de
propagação.
● Ondas transversas = as moléculas são
deslocadas em direção perpendicular à
direção do movimento da onda.

(PRENTICE, 2014)
Impedância Tecidual
É a resistência que o tecido impõe sobre a passagem das ondas sonoras:
● Quanto maior a densidade do tecido, maior a impedância;
● Quanto maior a impedância tecidual, maior a absorção das ondas;
● Quanto maior a impedância tecidual, maior a temperatura.

(PRENTICE, 2014)
Absorção das ondas
Quanto maior a frequência do US:

➔ Menor é o comprimento de onda;


➔ Menor é a profundidade;
➔ Maior a absorção;
➔ Maior a temperatura.

(PRENTICE, 2014)
Ultrassom Contínuo ou Pulsado

Contínuo Pulsado
Quando a emissão de ondas é Quando a emissão é intermitente,
ininterrupta. Acaba gerando efeitos gerando efeitos atérmicos e é mais
térmicos e é mais usado em lesões usado em lesões agudas e voltado para
crônicas. a regeneração tecidual.
Efeitos Fisiológicos
Efeitos Não-Térmicos Efeitos Térmicos
● Aumento na extensibilidade das
● Cavitação;
fibras de colágeno;
● Microfluxo acústico
● Diminuição na rigidez articular;
● Redução do espasmo muscular;
● Modulação da dor;
● Aumento do fluxo sanguíneo;
● Leve resposta inflamatória que
pode auxiliar na resolução da
inflamação crônica.
(PRENTICE, 2014)
Formas de Aplicação
Contato direto

Banho de imersão

Bolsa de água

Fonte: Google Imagens


Dosagem
Dores agudas → frequência baixa;

Dores subagudas → frequência média;

Dores crônicas → frequência alta. INTENSIDAD


E
0,3 a 0,5 W/cm² Baixa
● Profundo → modo contínuo → TÉRMICO.
● Superficial → modo pulsado→ MECÂNICO. 0,6 a 0,8 W/cm² Média

➔ Doses mais baixas - 0,5 W/cm² → 0,9 a 1,2 W/cm² Alta


regeneração tecidual;
➔ Doses acima de 1,5 W/cm² → efeitos
adversos.
Tempo de aplicação
Tempo = área ÷ ERA

ERA - Área de radiação efetiva


● Corresponde a área do cristal onde há emissão de ondas sonoras.

(PRENTICE, 2014)
Indicações

➔ Disfunções osteomioarticulares;
➔ Contraturas musculares;
➔ Tecido cicatricial;
➔ Pós-operatório;
➔ Condições inflamatórias.

(PRENTICE, 2014)
Contraindicações

➔ Alastramento de infecções;
➔ Problemas vasculares;
➔ Tendências hemorrágicas;
➔ Tecido especializado;
➔ Tumores;
➔ Áreas anestésicas;
➔ Gravidez;
➔ Medula espinhal.
(PRENTICE, 2014)
Aplicação de US e SIO/
Tendinite do supraespinhal
Aplicação de US e SIO/
Tendinite do supraespinhal
1º estudo

2º estudo
Objetivos de Tratamento

Curto prazo
4.Proporcionar melhor
2.Reduzir quadro 6.Orientar o paciente.
extensibilidade dos músculos do
inflamatório;
MMSS;

1.Promover analgesia 3.Melhorar a mobilidade de 5.Aprimorar ritmo escapular;


local; ombro e força mm;
Objetivos de Tratamento

Médio prazo
6. Proporcionar modificações
2.Aprimorar a mobilidade 4.Iniciar fortalecimento do ergonômicas e orientar o
de ombro; ombro; paciente.

1.Promover analgesia 3.Aumentar


5.Iniciar treino de propriocepção
local; extensibilidade dos
do ombro;
músculos do MMSS;
Objetivos de Tratamento

Longo prazo
2.Treinar propriocepção do 4.Reinserir o indivíduo a 6. Orientar o paciente.
ombro sociedade;

1.Aumentar força da 3.Proporcionar modificações 5. Aumentar a resistência


musculatura do ombro; ergonômicas; muscular;
Tratamento
Fisioterapêutic
o
Síndrome do Impacto do ombro &
Tendinite do Supra-espinhoso
Curto prazo
1. Promover analgesia local 2. Reduzir
inflamação:

US contínuo - 3MHz – Laser AsGa - 904nm -


0,7W/cm² durante 3 minutos;
TENS VIF, A3: 30-90 Hz, 15 3J/cm² - pontual.
minutos;
Curto prazo
3. Melhorar mobilidade e força de ombro;

Exercícios isométricos de
Foco em movimentos ativos isométricos elevação de ombro e
Curto prazo
3. Melhorar mobilidade e força de ombro;

Movimentos Movimentos Elevação anterior


pendulares escapulares (escalada)
Curto prazo
3. Melhorar mobilidade e força de ombro;

MIA de ombro, grau III - grau IV Mobilização escapular


Curto prazo
3. Melhorar mobilidade e força de ombro;

Elevação com Abdução e Alongamento


bastão adução com cápsula
Curto prazo
3. Melhorar mobilidade e força de ombro;

RE com bastão RI com toalha Alongamento de tríceps


Curto prazo
4.Proporcionar melhor extensibilidade dos músculos do
MMSS;
Curto prazo
5.Aprimorar ritmo escapular;
Curto prazo
6.Orientar o paciente.

Criomassagem Alongamentos e exercícios


de mobilidade em casa
Adaptação da altura da
cadeira
Médio
prazo
Síndrome do Impacto do ombro &
Tendinite do Supra-espinhoso
Médio prazo
1. Promover analgesia local

Laser AsGA - 904 nm – 3 Associando a exercícios


J/cm² de forma pontual;
US pulsado - 3MHz –
0,6W/cm² durante 3 minutos; (STEURI et al., 2020; CHARBONNEAU et al., 2015)
Médio prazo
2. Aprimorar a mobilidade do ombro; 3. Aumentar a extensibili
mm;

Auto alongamento
Mobilidade de ombro e (STEURI et al., 2020)
Médio prazo
2. Aprimorar a mobilidade do ombro 3. Aumentar a
extensibilidade

MIA de ombro, grau IV - grau V Terapia manual Mobilização escapular


(STEURI et al.,
2020)
Médio prazo
4. Aprimorar fortalecimento do ombro

Exercícios
resistidos com
bandagem elástica
Médio prazo
4. Aprimorar fortalecimento do ombro

Exercícios
resistidos com
foco no
manguito
Médio prazo
5. Iniciar treinamento de propriocepção

Exercícios proprioceptivos,
evoluindo grau de dificuldade
Médio prazo
6. Proporcionar modificações ergonômicas
e orientar o paciente.

Fonte: Google Imagens


Longo
prazo
Síndrome do Impacto do ombro &
Tendinite do Supra-espinhoso
Longo prazo
1. Aumentar a força muscular do ombro
Longo prazo
1. Aumentar a força e resistência muscular do ombro
Longo prazo
1. Aumentar a força e resistência muscular do
ombro
Longo prazo
2. Treinar propriocepção do ombro
Longo prazo
2. Treinar propriocepção do ombro

Trabalho de controle da escápula


com fortalecimento de serrátil
Longo prazo
4. Proporcionar modificações ergonômicas e reinseri-lo a
sociedade

Fonte: Google Imagens


Referências Bibliográficas
CHARBONNEAU, A. D. et al. The Efficacy of Manual Therapy for Rotator Cuff Tendinopathy: A
Systematic Review and Meta-analysis. Journal of Orthopaedic & Sports Physical Therapy, v. 45, n.
5, p. 330-350, 2015.

PIETERS, L. et al. An Update of Systematic Reviews Examining the Effectiveness of Conservative


Physical Therapy Interventions for Subacromial Shoulder Pain.
Journal of Orthopaedic & Sports Physical Therapy, v. 50, n. 3, p. 113-168, 2020.

PRENTICE, W. E. Modalidades Terapêuticas para Fisioterapeutas. 4 ed. São Paulo: AMGH, 2014.

SANTOS, L. C.; AGUIAR, C. C. C. Tendinopatia do supra espinhoso e fisioterapia aplicada: uma


revisão da literatura. Revista Movimenta, v. 12, n. 3, p. 448-456, 2019.

STEURI, R. et al. Effectiveness of conservative interventions including exercise, manual therapy and
medical management in adults with shoulder impingement: a systematic review and meta-analysis of
RCTs. British Journal of Sports Medicine, v. 51, n. 18, p. 1340–1347, 2017.

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