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1.

O estabelecimento de uma fronteira social ou espacial que aumenta as desvantagens de


grupos discriminados é imposta por leis e caracteriza-se como ação política que busca
manter à distância indivíduos e grupos considerados inferiores ou indesejáveis. Essa
definição refere-se ao (à):

a) preconceito.
b) discriminação.
c) segregação.
d) homofobia.
e) nenhuma das anteriores

2. (ENEM MEC/2020/2ª Aplicação)


As canções dos escravos tornaram-se espetáculos em eventos sociais e religiosos
organizados pelos senhores e chegaram a ser cantadas e representadas, ao longo do século
XIX, de forma estereotipada e depreciativa, pelos blackfaces dos Estados Unidos e Cuba, e
pelos teatros de revista do Brasil. As canções escravas, sob a forma de cakewalks ou
lundus, despontavam frequentemente no promissor mercado de partituras musicais, nos
salões, nos teatros e até mesmo na nascente indústria fonográfica — mas não
necessariamente seus protagonistas negros. O mundo do entretenimento e dos empresários
musicais atlânticos produziu atraentes diversões dançantes com base em gêneros e ritmos
identificados com a população negra das Américas.
ABREU, M. O legado das canções escravas nos Estados Unidos e no Brasil: diálogos
musicais no pós-abolição. Revista Brasileira de História, n. 69, jan.-jun. 2015.
A absorção de elementos da vivência escrava pela nascente indústria do lazer, como
demonstrada no texto, caracteriza-se como

a) ação afirmativa
b) missão civilizatória
c) desobediência civil
d) apropriação cultural
e) comportamento xenofóbico

3. O racismo institucional é a negação coletiva de uma organização em prestar serviços


adequados para pessoas por causa de sua cor, cultura ou origem étnica. Pode estar
associado a formas de preconceito inconsciente, desconsideração e reforço de estereótipos
que colocam algumas pessoas em situações de desvantagem.
GIDDENS, A. Sociologia. Porto Alegre: Penso, 2012 (adaptado).
O argumento apresentado no texto permite o questionamento de pressupostos de
universalidade e justiça a institucionalização de políticas antirracismo. No Brasil, um
exemplo desse tipo de política é a

a) reforma do Código Penal.


b) elevação da renda mínima
c) adoção de ações afirmativas
d) censura dos meios de comunicação
e) revisão da legislação eleitoral

4. (ENEM MEC/2017)
TEXTO I
Frantz Fanon publicou pela primeira vez, em 1952, seu estudo sobre colonialismo e
racismo, Pele negra, máscaras brancas. Ao dizer que “para o negro, há somente um
destino” e que esse destino
é branco, Fanon revelou que as aspirações de muitos povos colonizados foram formadas
pelo pensamento colonial predominante.
BUCKINGHAM, W. et al. O livro da filosofia. São Paulo: Globo, 2011 (adaptado).
TEXTO II
Mesmo que não queiramos cobrar desses estabelecimentos (salões de beleza) uma eficácia
política nos moldes tradicionais da militância, uma vez que são estabelecimentos
comerciais e não entidades do movimento negro, o fato é que, ao se autodenominarem
“étnicos” e se apregoarem como divulgadores de uma autoimagem positiva do negro em
uma sociedade racista, os salões se colocam no cerne de uma luta política e ideológica.
GOMES, N. Corpo e cabelo como símbolos da identidade negra. Disponível
em: http://www.rizoma.ufsc.br. Acesso em: 13 fev. 2013.
Os textos apresentam uma mudança relevante na constituição identitária frente à
discriminação racial. No Brasil, o desdobramento dessa mudança revela o(a)

a) fortalecimento da organização partidária


b) enfraquecimento dos vínculos comunitários
c) aceitação das estruturas de submissão social
d) utilização de resistência violenta
e) valorização de traços culturais

5. (ENEM MEC/2016)
A demanda da comunidade afro-brasileira por reconhecimento, valorização e afirmação
de direitos, no que diz respeito à educação, passou a ser particularmente apoiada com a
promulgação da Lei 10.639/2003, que alterou a Lei 9.394/1996, estabelecendo a
obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileiras e africanas.
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Etnicorraciais e para o
Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana. Brasília: Ministério da Educação,
2005.
A alteração legal no Brasil contemporâneo descrita no texto é resultado do processo de

a) mobilização do movimento negro


b) aumento da renda nacional
c) melhoria da infraestrutura escolar
d) politização das universidades públicas
e) ampliação das disciplinas obrigatórias

6. Qual a diferença entre preconceito e discriminação?

a) Preconceito se refere à atitude negativa e discriminação ao ideal pejorativo contra um grupo


b) Preconceito e discriminação possuem o mesmo significado
c) Preconceito se refere ao ideal pejorativo contra um grupo enquanto discriminação é a atitude
negativa
d) Todas as opções anteriores
e) Nenhuma das opções anteriores
7. Sobre o a teoria da democracia racial no Brasil, assinale a alternativa INCORRETA:

a) A teoria da democracia racial teve início com o pensamento de Gilberto Freyre, na obra
“Casa Grande e Senzala”, ao analisar a interação e falta de segregação entre brancos e negros na
história do Brasil
b) A teoria da democracia racial, apesar de incorreta, denota um avanço científico para a época,
pois rompe com o racismo científico e o determinismo geográfico vigentes na sociologia
nacional até 1930
c) Florestan Fernandes, na década de 1970, desconstrói a teoria da democracia racial, afirmando
que está é um mito, pois essa a miscigenação característica da sociedade brasileira não resultou
em igualdade de condições de vida e nem com o fim do racismo
d) O mito da democracia racial ainda é utilizado por setores conservadores da sociedade que
tentam afirmar que o racismo não existe no Brasil, de forma a continuar perpetuando estruturas
de dominação desiguais
e) A teoria da democracia racial é um fato científico inquestionável, pois pode-se ver,
claramente e estatisticamente, que no nosso país, não há racismo estrutural que indique ausência
de privilégios e vulnerabilidades sociais por parte da população negra

8. (ENEM MEC/2017)
A luta contra o racismo, no Brasil, tomou um rumo contrário ao imaginário nacional e ao
consenso científico, formado a partir dos anos 1930. Por um lado, o Movimento Negro
Unificado, assim como as demais organizações negras, priorizaram em sua luta a
desmistificação do credo da democracia racial, negando o caráter cordial das relações
raciais e afirmando que, no Brasil, o racismo está entranhado nas relações sociais. O
movimento aprofundou, por outro lado, sua política de construção de identidade racial,
chamando de “negros” todos aqueles com alguma ascendência africana, e não apenas os
“pretos”.
GUIMARÃES, A. S. A. Classes, raças e democracia. São Paulo: Editora 34, 2012.
A estratégia utilizada por esse movimento tinha como objetivo

a) eliminar os privilégios de classe


b) reduzir as desigualdades culturais
c) alterar injustiças econômicas
d) combater discriminações étnicas
e) identificar preconceitos religiosos

9. A maior parte das agressões e manifestações discriminatórias contra as religiões de


matrizes africanas ocorrem em locais públicos (57%). É na rua, na via pública, que
tiveram lugar mais de 2/3 das agressões, geralmente em locais próximos às casas de culto
dessas religiões. O transporte público também é apontado como um local em que os
adeptos das religiões de matrizes africanas são discriminados, geralmente quando se
encontram paramentados por conta dos preceitos religiosos.
REGO, L. F.; FONSECA, D. P. R.; GIACOMINI, S. M. Cartografia social de terreiros no
Rio de Janeiro Rio de Janeiro: PUC-Rio, 2014.
As práticas descritas no texto são incompatíveis com a dinâmica de uma sociedade laica e
democrática porque
a) asseguram as expressões multiculturais
b) promovem a diversidade de etnias
c) falseiam os dogmas religiosos
d) estimulam os rituais sincréticos
e) restringem a liberdade de credo

10. (ENEM MEC/2017)


Muitos países se caracterizam por terem populações multiétnicas. Com frequência,
evoluíram desse modo ao longo de séculos. Outras sociedades se tornaram multiétnicas
mais rapidamente, como resultado de políticas incentivando a migração, ou por conta de
legados coloniais e imperiais.
GIDDENS, A. A Sociologia. Porto Alegre: Penso, 2012 (adaptado).
Do ponto de vista do funcionamento das democracias contemporâneas, o modelo de
sociedade descrito demanda, simultaneamente,

a) segregação do território e estímulo ao autogoverno


b) universalização de direitos e respeito à diversidade
c) políticas de compensação e homogeneização do idioma.
d) defesa do patriotismo e rejeição ao hibridismo.
e) padronização da cultura e repressão aos particularismos.

GABARITO:

1c
2d
3c
4e
5a
6c
7e
8d
9e
10 b

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