Você está na página 1de 11

SAÚDE PUBLICA:

PUBLICA:
SEGURANÇA DO UTENTE

Formação para obtenção de Cédula


Definitiva em Osteopata

Maria Raquel Santos Almeida nº 6570


Luis Manuel Vieira Amorim nº 6571
Luis Miguel Teodoro Nicolau nº 6572
Lyubov Balog nº 6573
Mauro André Neves Carlos nº 6575

Professora Margarida Eiras


Lisboa, 30-12-2020
2
Índice

GLOSSÁRIO .................................................................................................. 4
1. ENUNCIADO DO TRABALHO DE GRUPO ................................................... 5
2. RESPOSTAS AS QUESTÕES .................................................................... 6
2.1. OBJECTIVO DO ESTUDO ........................................................................ 6
2.2. TIPO DE ESTUDO ................................................................................. 6
2.3. AMOSTRA ............................................................................................ 8
2.4. FORMA DE IDENTIFICAÇÃO DOS EA ....................................................... 8
2.4.1. OUTRA FORMA DE IDENTIFICAÇÃO DOS EA ............................................. 8
2.5. A CLASSIFICAÇÃO DE EA PODERIA TER SIDO DIFRENTE ........................... 9
2.5.1. SUGESTÕES DE CLASSIFICAÇÃO DOS EA ................................................ 9
2.6. O MOMENTO DA AVALIAÇÃO PODERIA TER SIDO DIFERENTE ..................10
2.6.1. SUGESTÕES DE MOMENTOS DE AVALIAÇÃO ...........................................10
2.7. HAVERÁ EA QUE POSSA SURGIR POSTERIORMENTE E QUE NÃO SEJA
IDENTIFICADOS NO MOMENTO USADO NO ARTIGO ..........................................11

3
GLOSSÁRIO

EA – Eventos adeversos;
HVLA – Técnicas de alta velocidade e baixa amplitude;
TMO – Técnicas Manipulativas Osteopáticas.

4
1. ENUNCIADO DO TRABALHO DE GRUPO

1.1. Identifique o objetivo do estudo.

1.2. Qual o tipo de estudo?

1.3. Qual a amostra?

1.4. Como foram identificados os EA? De que outra forma poderiam ser?

1.5. A classificação de EA podia ter sido diferente? Se sim o que sugeria?

1.6. O momento da avaliação podia ter sido diferente? O que sugeria de


diferente?

1.7. Haverá EA que possam surgir posteriormente e que não sejam identificados
no momento usado no artigo? Comente...

5
2. RESPOSTAS AS QUESTÕES

2.1. OBJECTIVO DO ESTUDO

Este estudo tem o intuito de investigar os possíveis efeitos adversos após a aplicação
de um tratamento/procedimento através de Técnicas Manipulativas Osteopáticas
(TMO).
Foi considerado um efeito adverso, quando os pacientes relataram alterações da sua
condição clínica pós TMO, para pior ou muito pior e posteriormente comparadas com
o seu estado pré aplicação de TMO. A orientação que define um evento adverso é,
de acordo com o National Cancer Institute´s (NCI´s), “qualquer sinal, sintoma ou
doença desfavorável e não intencional, associada temporariamente com o uso de
tratamento ou procedimento médico que pode ou não, ser considerado relacionado
com o tratamento ou procedimento médico”.
Como os eventos adversos são comummente assumidos como causas do tratamento
(apesar de outros fatores poderem estar relacionados com a experiência pós
tratamento), o desafio do estudo é estimar a incidência dos mesmos, quantificando-
os e qualificando-os imediatamente após a TMO para poder estimar a probabilidade
de identificar um evento adverso após o paciente deixar o consultório. Melhorar o
conhecimento acerca dos impactos dos vários tratamentos/procedimentos no
paciente e melhor entender ambos os efeitos positivos e negativos destes para que
possamos proteger o paciente e acima de tudo a aplicação seja a mais segura e
benéfica.

2.2. TIPO DE ESTUDO

Para avaliar os resultados associados com as TMO, a rede de pesquisa baseada na


prática DO-touch.NET recolheu informação dos Osteopatas e os seus pacientes que
foram tratados com TMO nas suas clínicas. Neste estudo foi utilizada informação da
base de dados da pesquisa feita pela DO-Touch.NET para caracterizar os tipos de
eventos adversos que ocorrem imediatamente a seguir a aplicação de TMO.
Este protocolo de estudo foi aprovado pelos painéis de revisão institucionais
apropriados e registado com ClinicalTrials.gov (#NCT02395965). Todos os pacientes
deram o seu consentimento informado antes da sua participação.
Foram elegíveis para participar neste estudo todos os pacientes >18 anos de idade
que receberam tratamento através de TMO por um terapeuta membro da DO-
Touch.NET (Terapeuta Osteopata, Terapeuta Alopático e Terapeutas Osteopáticos

6
com formação no estrangeiro que utilizem TMO). Pacientes com dificuldades em
comunicar em Inglês, demência ou outras condições psicológicas que possam afetar
a veracidade da informação foram excluídos.
A informação foi colocada em questionários informatizados e/ou em papel (consoante
a preferência do paciente). Esta informação foi colocada diretamente pelos pacientes
na ferramentas de captura de dados: Assessment Center (Chicago, IL) que foi
utilizada entre 2011 e 2012 e a REDCap (Nashville, TN), hospedada na A.T. Still
University e foi usada de 2013 a 2014.
Foram fornecidos aos pacientes envelopes pré-pagos com os questionários e foi-lhes
requisitado que os devolvessem preenchidos para o DO-Touch.NET Coordinating
Center, que depois inseriu a informação contida no sistema informático através do
seu Staff. Foi recolhida informação sobre o passado clínico e área demográfica dos
pacientes e dos Terapeutas durante e imediatamente a seguir a uma consulta onde
as TMO tenham sido utilizadas bem como nos 7 dias a seguir á consulta. Os registos
clínicos da consulta também foram requisitados.
O questionário colocado imediatamente a seguir a aplicação de TMO consiste numa
escala de 5 pontos de qualificação (muito melhor, melhor, mais ou menos igual, pior,
muito pior) que visa comparar como o paciente se sente em relação ao momento
antes da aplicação da TMO. Caso o paciente relate que algo mudou, seja para pior
ou melhor, é efetuado um follow-up com perguntas que permitem o paciente
descrever em que medida o seu estado clínico se alterou, caso o paciente relate que
o seu estado mudou para pior ou muito pior é considerado que ocorreu um evento
adverso.
Através de duas fontes de pesquisa independentes (B.F.D e W.J.D.) foram codificados
os eventos adversos cujas sintomas são exacerbados ou qual o novo sintoma
fornecido pela descrição do paciente. Foi definido um máximo de 3 queixas pelos
pacientes antes de receber TMO. As técnicas extraídas dos registos clínicos e
documentadas como método de tratamento foram: Técnicas de alta velocidade e
baixa amplitude (HVLA), técnicas contra resistidas/facilitação, musculo-energéticas,
técnicas articulares, técnicas de libertação miofascial, técnicas de tecidos moles,
viscerais, craniais, técnicas de tensão e inibição, diretas e funcionais.
As taxas de incidência de 95% dos tipos de eventos adversos reportados
imediatamente a seguir a aplicação de TMO foram calculados através de modelos de
regressão logístico generalizado que também foi utilizado para testar as associações
dos eventos adversos com características demográficas (sexo, etnia/raça, idade) e
com TMO individualizadas, depois de contabilizadas as características demográficas.
Valores abaixo dos 0,5% foram considerados estatisticamente significativos. A
análise estatística foi feita utilizando a SAS versão 9.4 (SAS Institute, Inc).

7
2.3. AMOSTRA

A amostra deste estudo, é constituida por 925 individuos.


Dos 925 individuos, somente 884 individuos deram informação completa.

2.4. FORMA DE IDENTIFICAÇÃO DOS EA

Os efeitos adversos foram identificados, imediatamente após o tratamento.


Este processo de identificação dos EA, foi efectuado através da aplicação de uma
escala de likert de 5 pontos, que era administrada antes de sairem da clinica, e de
um acompanhamento diario dos pacientes ao longo dos 7 dias posteriores.

2.4.1. OUTRA FORMA DE IDENTIFICAÇÃO DOS EA

Para se poder identificar os EA de forma diferente, deve-se procurar:


 Aumentar a informação recolhida;
 Cruzar a informação recolhida entre si;
 Identificar fatores causa-efeito, o que por si só, exige amostras superiores;
 Cruzar a opiniao dos Osteopatas com a dos pacientes, para se compreender
ambas as prespetivas, e identificar correctamente o que correu bem ou não
com a intervenção, e o que falhou;
 Identificar fatores tais como:
o Agrupar por sexo do paciente;
o Idade do paciente, para se poder agrupar por faixas etárias;
o Raça do paciente;
o Características físicas do paciente, e se for possível psicológicas;
o Tipo de patologias tratadas;
o O tipo de procedimento efetuado \ técnicas aplicadas;
o A forma \ e em que condições, o procedimento foi efetuado;
o Performance do terapeuta;
o Caracterizar o EA, para se identificar a causa-efeito.

8
2.5. A CLASSIFICAÇÃO DE EA PODERIA TER SIDO
DIFRENTE

Sim, a classificação poderia ter sido difrente, porque considera-se que o Evento
Adverso é temporariamente relacionado ao tratamento, mas não necessariamente
causado por ele.
O fato de o doente descrever, após a consulta, que a sua situação teria mudado para
pior ou muito pior, poderá não ser indicativo de que tenha havido um Evento Adverso,
mas sim um evento esperado, sendo o doente previamente informado dessa
possibilidade. Como também pela espectativa que o doente poderia ter antes da
consulta. O simples fato dessa espectativa não ter sido imediatamente alcançada o
doente poderá associar mau estar. Muitos fatores podem influenciar as experiências
e opiniões após o tratamento. Assim como a inexistência de avaliação nos dias
seguintes. Como é referido na discussão do estudo.
Para 44% dos doentes que relataram EA não especificaram o tipo de sintomas que
caracterizavam esses eventos.

2.5.1. SUGESTÕES DE CLASSIFICAÇÃO DOS EA

Uma sugestão seria no sentido de colmatar as lacunas existentes na classificação do


Evento Adverso presente estudo:
 Durante quanto tempo os sintomas permaneciam;
 Se o Osteopata informou da possibilidade da existência dos sintomas, isto é,
saber se era um evento esperado;
 Que os doentes forneçam informações mais completas de forma a ser possível
avaliar o tipo e gravidade dos eventos;

9
2.6. O MOMENTO DA AVALIAÇÃO PODERIA TER SIDO
DIFERENTE

Sim, o momento de avaliação podia ter sido difrente.


Um dos guias de diagnóstico e tratamento da prática osteopática é a disfunção
somática. Ela é definida como: “…função prejudicada ou alterada dos componentes
relacionados ao corpo: esqueléticos, articulares, miofasciais e seus elementos
vasculares, linfáticos e nervosos…”. É por meio da palpação que se diagnostica as
disfunções somáticas e elas são tratáveis utilizando o tratamento manipulativo
osteopático.
O momento de avaliação não foi feito na base de diagnóstico de disfunção somática.

2.6.1. SUGESTÕES DE MOMENTOS DE AVALIAÇÃO

Os criterios de avaliação devem relacionar a quantidade de sessões \ frequència que


as mesmas ocorrem e duração de tratamentos, que deve ser transversais em todo o
estudo e amostra.
Nos critérios de exclusão não foi referido se os pacientes estavam a receber outro
tipo de tratamentos, esse poderia ser um critério de exclusão.
Neste estudo como método de avaliação poderia ser acrescentado falsas OMT.
Deveria ser um estudo mais protocolar em questão das técnicas.
E identificar e documentar as técnicas aplicadas a cada paciente.

10
2.7. HAVERÁ EA QUE POSSA SURGIR POSTERIORMENTE E
QUE NÃO SEJA IDENTIFICADOS NO MOMENTO USADO NO
ARTIGO

Sim, pode haver EA posteriores tendo em conta que um dos princípios filosóficos da
osteopatia, ”a auto cura” onde o Osteopata intervém no encontrar a disfunção, corrigir
e o corpo se curar.
Em algumas técnicas os efeitos adversos podem não ser logo visíveis não são
prontamente detetáveis e manifestarem-se a longo prazo podendo ao invés,
manisfestar-se a longo prazo.
Assim, é possível surgir um efeito adverso não identificado no artigo, como por exemplo,
uma intervenção / tratamento ou TMO mal aplicadas, que possam iniciar um novo
padrão lesional que levará o tempo necessário a encontrar uma adaptação funcional
musculo-esquelética (ou outras) que poderá provocar uma nova disfunção somática.

11

Você também pode gostar