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PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA

Portal Educação

CURSO DE
FISIOTERAPIA NAS DISFUNÇÕES
TEMPOROMANDIBULARES (ATM)

Aluno:

EaD - Educação a Distância Portal Educação

AN02FREV001/REV 4.0

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CURSO DE
FISIOTERAPIA NAS DISFUNÇÕES
TEMPOROMANDIBULARES (ATM)

MÓDULO III

Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
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do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.

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MÓDULO III

3 AVALIAÇÃO FÍSICO-FUNCIONAL EM DTMS

A avaliação e o tratamento das disfunções temporomandibulares


caracterizam-se em uma responsabilidade compartilhada entre todos os
profissionais da área da saúde, distinguida somente pelo conhecimento e
treinamento de cada um. O profissional precisa possuir um claro senso de
diagnóstico diferencial para perceber o momento correto de indicar o paciente para
outro membro da equipe interdisciplinar.
O paciente com DTM faz parte de um grupo de indivíduos tratados por
serem portadores de dor craniofacial de vários tipos. Portanto, o protocolo de
avaliação deve ser extenso o suficiente para permitir conclusões precisas, evitando
intervenções inadequadas ou prejudiciais. A avaliação deve obedecer a um critério
de desenvolvimento sequencial, de tal forma que permita o diagnóstico e a definição
do tratamento.

3.1 IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE

Coleta de dados pessoais (nome, endereço, telefone, idade, sexo,


profissão, dados de trabalho). Informações importantes para detecção de possíveis
fatores de risco para o desenvolvimento de DTMs.
Neste momento, também é importante identificar os profissionais
envolvidos no tratamento do paciente, que fazem parte da equipe interdisciplinar,
coletando nome, área de atuação e telefone para posterior contato. Assinalar o
profissional que encaminhou ou indicou o paciente para avaliação e posterior
tratamento fisioterapêutico. Questionar o paciente em relação aos tratamentos já

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realizados ou em curso com outros profissionais para adequação de conduta dentro
da equipe interdisciplinar. Registrar o diagnóstico clínico de encaminhamento
proposto pelo médico responsável pelo paciente.

3.2 ANAMNESE

Abordagem inicial do paciente. Uma anamnese detalhada é importante, pela


influência que os hábitos diários e antecedentes patológicos, psicológicos e
hereditários exercem sobre a instalação e evolução das DTMs. Além disso, a
anamnese permite verificar determinados pontos que irão orientar a estratégia
terapêutica. O profissional deve dedicar certo tempo a ouvir o relato de seu paciente
sem interferir em sua explanação de modo que ele conte seus problemas como
melhor lhe convier.
A anamnese pode ser estruturada em tópicos: história clínica, história da
moléstia atual, sintomatologia e hábitos parafuncionais.
A história clínica inclui questionamentos em relação a hábitos da infância
que podem influenciar na etiologia das disfunções temporomandibulares
(amamentação ao seio, utilização de chupeta ou mamadeira, hábito de chupar o
dedo); investigar o tipo de alimentação que habitualmente o paciente ingere (carnes
duras, alimentos pastosos). Questionar sobre possíveis alergias que o paciente
apresente. Investigar sobre a ingestão de bebidas alcoólicas, bebidas estimulantes
como refrigerantes ou café, tabagismo, prática regular de atividade física. Questionar
se existe história familiar de disfunções da ATM. Caso o paciente seja do sexo
feminino, é importante saber se está grávida, utiliza contraceptivos hormonais ou faz
reposição hormonal, se está na menopausa.
A história da moléstia atual inclui questionamentos acerca da queixa
principal, frequência e duração dos sintomas, localização, intensidade e qualidade
dos sintomas, fatores de piora e melhora, evolução dos sintomas, história de
traumatismos prévios, além de observações importantes colhidas do relato do
paciente. Questionar em relação à existência de patologias associadas como
alterações reumáticas, hipertensão arterial, alterações cardíacas, pulmonares,

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hepáticas, urinárias, neurológicas e/ou metabólicas (diabetes, hiper/hipotireoidismo),
neoplasias, fibromialgia, entre outras.
Em relação à sintomatologia e hábitos parafuncionais, é importante
realizar um minucioso questionamento. Como descrito no módulo anterior, os
sintomas das DTMs são amplos e variados, podendo incluir diversos sistemas
orgânicos (sintomas craniofaciais, oftálmicos, otológicos, labirínticos, musculares,
entre outros), sendo importante detectá-los para a determinação do diagnóstico
diferencial.
Incluir questionamentos a respeito da qualidade do sono (horas de sono
por noite, posicionamento adotado para dormir, dificuldade respiratória durante a
noite, hábitos de bruxismo ou apertamento dos dentes, insônia, ronco, cansaço ou
dor ao acordar); presença de dor facial espontânea ou à mastigação, presença de
estalidos ou crepitações na ATM, apertamento dental, briquitismo, dificuldade de
abertura ou fechamento da boca, travamento com a boca fechada ou aberta,
presença de cefaleias ou nevralgias, dor cervical ou nos ombros, dor ou ruídos nos
ouvidos, dificuldades auditivas, vertigens, alterações visuais ou dor nos olhos, dor de
dente, stress ou ansiedade.
Como complemento da avaliação e pela importância que os fatores sociais,
ambientais e padrões de qualidade de vida exercem sobre a gênese das DTMs,
deve-se incluir também questionamentos de cunho social, a fim de buscar
possíveis causas de ansiedade e stress físico e mental. Questionar sobre a
qualidade de vida no trabalho e em casa, sobre as atividades sociais e de lazer que
o indivíduo realiza. Investigar se o paciente possui hábitos parafuncionais como roer
as unhas ou canetas, apertar ou ranger os dentes, mascar chicletes, uso contínuo
de telefone ou computador.

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3.3 EXAMES COMPLEMENTARES

Após a anamnese, devemos solicitar ao paciente, possíveis exames


complementares que ele tenha realizado e que possam auxiliar no diagnóstico
funcional das alterações e ATM. Vários são os exames complementares que podem
ser realizados para subsidiar o diagnóstico clínico das disfunções
temporomandibulares:
Os testes da imagem podem diagnosticar má formações, patologias e
alterações anatômicas. São utilizadas: radiografia panorâmica; radiografia
transcraniana; tomografia linear ou computadorizada; ressonância magnética;
cintilografia óssea; ultrassonografia.
A eletromiografia (EMG) é o registro elétrico da atividade de um músculo. É
utilizada para avaliar o estado dos músculos mastigadores e suas relações com
problemas de oclusão e ATM. É um exame de rápida execução, não invasivo e que
não traz nenhum desconforto ao paciente. Eletrodos de superfície são fixados sob a
pele em oito diferentes músculos mastigadores. Um software específico permite
obter informações sobre a função e o estado de repouso da musculatura envolvida.
A sonografia baseia-se num princípio simples: quando duas superfícies
lisas entram em contato, ocorre pequena fricção e quase nenhuma vibração.
Entretanto, se uma ou ambas as superfícies tornarem-se irregulares ou
desgastadas, além da fricção ocorrerá vibrações e ruídos quando essas superfícies
se movimentam. Várias patologias da ATM são relacionadas a um tipo específico de
vibração e ruído. Nesse exame, um aparelho transdutor é colocado na cabeça do
paciente e seus sensores posicionados sobre as ATM. Os ruídos e vibrações podem
então ser medidos. O sistema detecta o lado do ruído, a localização, a frequência e
a intensidade. Os resultados permitem avaliar o estado da ATM: condição de
normalidade ou se há patologias em curso ou instaladas.

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3.4 EXAME FÍSICO

Composto por: inspeção geral da face; avaliação da ATM (inspeção e


palpação); exame muscular das regiões da ATM e cervical; goniometria da coluna
cervical; testes de força muscular; avaliação postural; e avaliação dental.

3.4.1 Inspeção geral da face

Durante a inspeção geral da face (FIGURA 28), busca-se observar a


presença de alterações funcionais da face, assimetrias faciais, posicionamento
antálgico da cabeça e do pescoço, além de analisar se há a presença de manchas,
hematomas, equimoses, fibroses, edemas e linfedemas, má formações da face
(prognatismo ou micrognatismo).
É importante analisar também o padrão postural da cabeça do paciente,
verificando se há anteriorização, condição comum em pacientes com DTM.

FIGURA 28 - INSPEÇÃO GERAL DA FACE

FONTE: Arquivo próprio, 2008.

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3.4.2 Avaliação da ATM

Durante a avaliação da ATM, inspeciona-se o padrão de movimentação da


articulação ao realizar o movimento de abertura, verificando se ela é simétrica ou se
ocorre desvio ou deflexão durante o movimento. Solicitar a movimentação ativa da
articulação para detectar se há algum bloqueio articular.
Durante a realização dos movimentos ativos pelo paciente, o fisioterapeuta
deve avaliar a capacidade funcional do indivíduo em executá-los, observando seu
início e sequência. Verificar se há a presença de dor, em que intensidade e edemas
teciduais. Os sinais e alterações manifestados devem ser registrados.
Deve-se realizar a palpação da articulação simultaneamente nos dois
lados da face. O examinador deve introduzir dois dedos no meato auditivo externo e
pressionar suavemente para frente, em estado de repouso e em movimento de
abertura e fechamento da boca. A palpação no meato auditivo externo permite
examinar zonas dolorosas posteriores e movimentos incoordenados do côndilo da
mandíbula (FIGURA 29).

FIGURA 29 - PALPAÇÃO DA ATM

FONTE: Arquivo próprio, 2008.

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Para avaliar a amplitude de movimento deve-se solicitar ao paciente que
realize os movimentos de abertura, protusão e lateralidade esquerda e direita. A
amplitude alcançada deve ser mensurada com o auxílio de uma fita métrica,
paquímetro ou régua (medindo-se dos dentes superiores aos inferiores) (FIGURA 30).
Observar se há a presença de ruídos articulares (estalidos e/ou crepitações)
durante a movimentação ativa da articulação e em que estágio do movimento eles
acontecem (início/meio/final).

FIGURA 30 - MENSURAÇÃO DA AMPLITUDE DE MOVIMENTO DA ATM


Abertura da mandíbula Protusão da mandíbula

Lateralização (realizar dos lados esquerdo e direito)

FONTE: Arquivo próprio, 2008.

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3.4.3 Exame muscular

O exame muscular caracteriza-se pela palpação das estruturas moles da


ATM e região cervical, buscando encontrar pontos de dor localizada ou sensibilidade
alterada. A palpação muscular é realizada com o objetivo de se detectar áreas com
o tônus muscular alterado, espasmos, miosites, fibrosites e pontos gatilho.
Deve ser realizada em sentido paralelo e perpendicular às fibras musculares
do músculo a ser avaliado. Ao palpar as fibras perpendicularmente, elas sofrem uma
deformação que permite identificar zonas dolorosas específicas. Deve ser realizada
bimanualmente e com pressão uniforme.
O músculo temporal deve ser palpado desde sua origem até sua inserção
no osso temporal (fibras anteriores, médias e posteriores) (FIGURA 31). Os pontos
gatilho neste músculo podem causar cefaleia tensional.

FIGURA 31 - PALPAÇÃO DO MÚSCULO TEMPORAL

FONTE: Arquivo próprio, 2008.

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Para palpar o músculo masseter, deve-se posicionar os dedos indicador e
polegar em forma de pinça na direção anteroposterior no nível da zona média do
ventre do músculo intra e extrabucal. Solicitar ao paciente para cerrar os dentes
enquanto os músculos são palpados de ambos os lados da boca.

FIGURA 32 - PALPAÇÃO DO MÚSCULO MASSETER

FONTE: Arquivo próprio, 2008.

A origem do masseter é com frequência sensível, assim como o ventre, nos


pacientes que sofrem de ausência de dimensão vertical posterior suficiente de
oclusão ou se sofrem de bruxismo ou oclusão forçada crônica. Os pontos gatilho
ativos no masseter podem causar dor no músculo propriamente dito e restrição de
movimento (FIGURA 32).
A palpação do músculo pterigóideo medial se faz por via intrabucal,
introduzindo-se o dedo indicador na região que corresponde à metade do músculo
masseter. Se percebermos uma área dolorosa devemos colocar o dedo indicador da
outra mão sob e por dentro do ângulo mandibular, realizando a palpação muscular
nessa área por via intrabucal (FIGURA 33).
A ativação do ponto de gatilho no pterigóideo medial pode originar dores
referidas na língua e na porção posterior da garganta. Isto pode também resultar em
dor referida profunda na região auricular e na articulação temporomandibular.

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FIGURA 33 - PALPAÇÃO DO MÚSCULO PTERIGÓIDEO MEDIAL

FONTE: Arquivo próprio, 2008.

A palpação do músculo pterigóideo lateral é feita, inicialmente, pedindo ao


paciente que cerre seus dentes. Em seguida introduz-se a ponta do dedo indicador
de maneira que a polpa superior do dedo toque a região posterior da tuberosidade,
na altura da porção lateral do processo pterigoide (FIGURA 34).
Frequentemente, a hipertonia deste músculo é responsável por cefaleia de
tensão e dor nos olhos, erroneamente atribuídas a problemas sinusais, alergias ou
enxaquecas.

FIGURA 34 - PALPAÇÃO DO MÚSCULO PTERIGÓIDEO LATERAL

FONTE: Arquivo próprio, 2008.

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O músculo digástrico (ventre posterior), que faz parte do grupo dos
supra-hióideos pode ser palpado por via extrabucal, colocando-se o dedo indicador
na borda inferior da mandíbula e pressionando no sentido para cima e para dentro
(FIGURA 35).

FIGURA 35 - PALPAÇÃO DO MÚSCULO DIGÁSTRICO (VENTRE POSTERIOR)

FONTE: Arquivo próprio, 2008.

A palpação dos músculos do pescoço (occipitais,


esternocleidomastóideo, trapézio, escalenos, elevadores da escápula e
romboides) é importante, uma vez que esta região concentra muitos pontos de
tensão, hipertonia muscular e pontos gatilho, sobretudo em indivíduos com
alterações posturais instaladas.
Os músculos occipitais podem ser palpados na região posterior do crânio,
sobre o osso occipital, acima da margem basal do crânio. Geralmente sua
sintomatologia dolorosa pode estar associada a um quadro de desordem da
articulação temporomandibular ou da relação postural da cabeça com a coluna
cervical (FIGURA 36).

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FIGURA 36 - PALPAÇÃO DOS MÚSCULOS OCCIPITAIS

FONTE: Arquivo próprio, 2008.

A palpação do músculo esternocleidomastóideo deverá ser feita em todo


seu trajeto. O paciente realiza uma inclinação lateral da cabeça e palpa-se o
músculo do lado contrário (FIGURA 37). A palpação pode ser realizada uni ou
bimanualmente.
Os pontos gatilho são múltiplos e se encontram ao longo do ventre muscular.
As dores referidas são encontradas no vértex, occipito, face, olho, garganta e
esterno. Os fenômenos autonômos são relacionados com os olhos, ouvidos e
vertigens.

FIGURA 37 - PALPAÇÃO DO MÚSCULO ESTERNOCLEIDOMASTÓIDEO

FONTE: Arquivo próprio, 2008.

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O músculo trapézio deve ser palpado desde sua origem, no processo
espinhoso da cervical até a clavícula. Este músculo é sede frequente de pontos
gatilho em pacientes portadores de disfunções temporomandibulares (FIGURA 38).
Os pontos gatilho do músculo trapézio localizam-se na região interescapulovertebral.
As dores referidas se encontram nas regiões, temporal e posterolateral cervical e
atrás do pavilhão auricular.

FIGURA 38 - PALPAÇÃO DO MÚSCULO TRAPÉZIO

FONTE: Arquivo próprio, 2008.

Os músculos escalenos localizam-se anteriormente ao trapézio e


posteriormente ao esternocleidomastóideo. A palpação deve ser feita em direção da
primeira costela (atrás da clavícula) (FIGURA 39). As dores referidas são
encontradas nas regiões peitoral, lateral e posterior dos braços, cotovelo, antebraço,
polegar e indicador.

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FIGURA 39 - PALPAÇÃO DOS MÚSCULOS ESCALENOS

FONTE: Arquivo próprio, 2008.

Os músculos elevadores da escápula e omo-hióideo (FIGURA 40)


podem ser palpados logo abaixo dos músculos escalenos. Quando hipertônicos,
podem causar importante limitação de movimentos da coluna cervical, relacionada
ao quadro álgico. Os pontos gatilho se situam no ângulo superior da escápula. A
zona de dor referida está localizada no ângulo do pescoço e ao longo do bordo
vertebral da escápula.

FIGURA 40 - PALPAÇÃO DOS MÚSCULOS ELEVADORES


DA ESCÁPULA E HOMO-HIODEO

FONTE: Arquivo próprio, 2008.

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Os músculos romboides (FIGURA 41) possuem formato losangular e
podem ser subdivididos em romboide maior (processos espinhosos de T1 a T4 até a
borda medial e ângulo inferior da escápula) e romboide menor (processos
espinhosos de C7 e T1 à 1/3 superior da borda medial da escápula). Podem ser
palpados próximo à região escapular.

FIGURA 41 - PALPAÇÃO DOS MÚSCULOS ROMBOIDES

FONTE: Arquivo próprio, 2008.

3.4.4 Goniometria

A goniometria é uma técnica de avaliação muito usada na fisioterapia como


diagnóstico funcional para mensurar objetivamente as amplitudes de movimento
articular, através da utilização do goniômetro (FIGURA 42).
O goniômetro é um instrumento durável, lavável e de baixo custo que se
assemelha a um transferidor, com dois braços longos, um fixo e outro móvel. Existe
ainda um eixo, que deve estar alinhado com o eixo longitudinal dos seguimentos
adjacentes à articulação. O centro deve ser posicionado sobre o eixo da articulação
a ser examinada.

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FIGURA 42 - GONIÔMETRO UNIVERSAL

FONTE: Portal da Saúde, 2008.

A medida e o registro das amplitudes articulares devem obedecer a certos


preceitos de forma a minimizar possíveis erros:
 Devem-se conhecer os valores de referência normais para o movimento;
 O comparativo com o lado contralateral do indivíduo é um dado
importante;
 Deve-se explicar ao indivíduo o que, e de que modo, vai ser executado;
 Os pontos de referências anatômicas devem ser deixados descobertos;
 A posição inicial do seguimento a ser avaliado deve ser a posição zero
(posição de partida), que é normalmente a posição de extensão;
 Caso exista dor na posição de partida, esta pode ser alterada e o teste
deve ser executado na posição de maior conforto para o indivíduo;
 O movimento deve ser executado lentamente para permitir observar a
resposta do indivíduo a sinais de dor ou desconforto;
 Deve ser realizada a estabilização de segmentos adjacentes, para evitar
compensações.

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3.4.4.1 Exame de goniometria da coluna cervical

Devem ser avaliados os movimentos de flexão, extensão, inclinação


lateral direita e esquerda e rotação direita e esquerda.
Para mensurar a amplitude de movimento articular da flexão da coluna
cervical, deve-se solicitar ao paciente que realize a flexão do pescoço evitando a
flexão do tronco e a rotação e flexão lateral da coluna cervical (FIGURA 43). O
músculo principal responsável por este movimento é o esternocleidomastóideo.
Amplitude articular normal: 0° - 80º/90°.

FIGURA 43 GONIOMETRIA: FLEXÃO CERVICAL

FONTE: Arquivo próprio, 2008.

Para mensurar a amplitude de movimento articular da extensão da coluna


cervical, deve-se solicitar ao paciente que realize a extensão do pescoço evitando a
extensão de tronco e a flexão lateral e rotação da coluna cervical (FIGURA 44). Os
músculos principais responsáveis por este movimento são o trapézio, esplênio
cervical e semiespinhal da cabeça. Amplitude articular normal: 0° - 70°.

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FIGURA 44 - GONIOMETRIA: EXTENSÃO CERVICAL

FONTE: Arquivo próprio, 2008.

Para mensurar a amplitude de movimento articular da inclinação lateral da


coluna cervical, deve-se solicitar ao paciente que realize a inclinação lateral do
pescoço para um lado e posteriormente para o outro, evitando a flexão, extensão e
rotação de tronco e a elevação do ombro no lado testado (FIGURA 45). Os
músculos responsáveis por este movimento são os escalenos. Amplitude articular
normal: 0° - 40°.

FIGURA 45 GONIOMETRIA: INCLINAÇÃO LATERAL CERVICAL

FONTE: Arquivo próprio, 2008.

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Para mensurar a amplitude de movimento articular da rotação da coluna
cervical, deve-se solicitar ao paciente que realize a rotação do pescoço para um
lado e posteriormente para o outro, evitando a flexão, a extensão e a flexão lateral
do tronco (FIGURA 46). O músculo principal responsável por este movimento é o
esternocleidomastóideo. Amplitude articular normal: 0° - 70º/90°.

FIGURA 46 GONIOMETRIA: ROTAÇÃO CERVICAL

FONTE: Arquivo próprio, 2008.

3.4.5 Testes de força muscular

Os testes de força muscular devem ser realizados através da execução de


movimentos resistidos. O objetivo principal destes testes é graduar a força muscular
e testar os movimentos mandibulares.
O terapeuta deve aplicar resistência manual ao movimento executado,
quantificar e registrar a força muscular (FIGURA 47), analisando e comparando com
resultados posteriores ao tratamento.

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FIGURA 47 TESTES DE FORÇA MUSCULAR
Músculos abaixadores da mandíbula Músculos elevadores da mandíbula

Músculos que realizam a protusão Músculos que realizam a lateralização


mandibular mandibular

FONTE: Arquivo próprio, 2008.

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3.4.6 Avaliação postural

A avaliação postural compõe-se por uma minuciosa observação do


paciente nas vistas anterior (frente), posterior (costas) e lateral (perfil) objetivando
detectar alterações e desequilíbrios posturais que possam decorrer ou ser fator
causal das disfunções temporomandibulares. Deve-se levar em conta pontos de
referência da postura padrão como alinhamento ideal (FIGURA 48). Pacientes
portadores de disfunções temporomandibulares frequentemente apresentam
alterações de posicionamento de cabeça, como a anteriorização.

FIGURA 48 ALINHAMENTO ESQUELÉTICO IDEAL

FONTE: Adaptado de JOÃO, 2008.

Existem conceitos importantes para realizar a avaliação postural de forma


adequada em cada posicionamento. Abaixo estão listados os principais:

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3.4.6.1 Conceitos para avaliação postural em vista anterior

 Genu valgo/varo: referência ao posicionamento do joelho. O genu


valgo é a projeção dos joelhos para dentro da linha média do corpo,
causada, geralmente, pela hipertrofia da musculatura lateral da coxa
e/ou hipotonia da musculatura medial da coxa. O geno varo é a
projeção dos joelhos para fora da linha média do corpo, causada,
geralmente, pela hipertrofia da musculatura medial da coxa e/ou a
hipotonia da musculatura lateral da coxa (FIGURA 49);

FIGURA 49 - GENU VARO E VALGO

FONTE: JOÃO, 2008.

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 Ângulo de Talles: triângulo formado entre o tronco e o braço (FIGURA 50);

FIGURA 50 - ÂNGULO DE TALLES

FONTE: Adaptado de GOMES, 2008.

3.4.6.2 Conceitos para avaliação postural em vista posterior

 Calcâneo valgo/varo: referência ao posicionamento do calcanhar.


Calcâneo valgo é a projeção do calcâneo para fora do corpo, fazendo
com que o tendão de Aquiles se projete para a parte interna do corpo. O
maléolo lateral fica mais inferiorizado do que no pé reto fazendo a
pronação e favorecendo a rotação medial da tíbia, o que irá produzir
repercussões em todo o membro inferior. Calcâneo varo é a projeção do
tendão de Aquiles para a parte externa do corpo, fazendo com que o
calcâneo se projete para dentro (FIGURA 51);

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FIGURA 51 CALCÂNEO VALGO E VARO

FONTE: Adaptado de MATTA, 2008.

 Escoliose: deformação morfológica da coluna vertebral nos três planos do


espaço. Pode acontecer nas regiões torácica e lombar, conforme
ilustração a seguir (FIGURA 52). Quanto à sua flexibilidade se divide em:
não estruturais ou corrigíveis com a eliminação da causa; e estruturais ou
permanentes;

FIGURA 52 - ESCOLIOSE

FONTE: JOÃO, 2008.

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 Gibosidade: saliência da coluna em formato de convexidade posterior
(giba), que pode ser de origem congênita, traumática ou infecciosa.
Frequentemente está associada a quadros de escoliose (FIGURA 53);

FIGURA 53 - GIBOSIDADE

FONTE: IGCCV, 2008.

 Escápula abduzida/alada: alterações da escápula. A escápula abduzida


(protraída) é um desvio, para frente, do cíngulo do membro superior. As
extremidades distais da clavícula e da escápula movem-se anteriormente em
torno da caixa torácica, com os bordos mediais da escápula movendo-se
para longe da linha mediana 13 cm a 15 cm. A escápula alada (retraída)
ocorre quando a extremidade distal da clavícula e a escápula movem-se
posteriormente, e os bordos mediais da escápula aproximam-se da linha
mediana. Geralmente é decorrente de hipotonia do músculo serrátil
anterior (FIGURA 54);

FIGURA 54 - ESCÁPULA ABDUZIDA/ALADA

FONTE: JOÃO, 2008.

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3.4.6.3 Conceitos para avaliação postural em vista lateral

 Genu flexum/recurvatum: referência ao posicionamento do joelho. Genu


flexum é a projeção dos joelhos para frente, fazendo com que a linha de
gravidade passe por cima ou por trás dos joelhos. Causada pela
hipertrofia da musculatura flexora dos joelhos. Genu recurvatum é a
projeção do joelho para trás, fazendo com que a linha de gravidade passe
bem à frente dos joelhos. É causado pela hipertrofia da musculatura
extensora dos joelhos (FIGURA 55);

FIGURA 55 - GENU FLEXUM/RECURVATUM

FONTE: Adaptado de UNB, 2008.

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 Pelve anteversão/retroversão: alteração de posicionamento da pelve.
Na anteversão, a pelve inclina-se para frente diminuindo o ângulo entre
a pelve e a coxa anteriormente, resultando em flexão da articulação do
quadril, assim a coluna inferior irá se arquear para frente criando um
aumento na curvatura para frente (lordose) da coluna lombar. Na
retroversão, a pelve inclina-se para trás, as articulações do quadril se
estendem e a coluna lombar se retifica, levando a uma postura de dorso
plano, que pode resultar de um encurtamento dos músculos isquiotibias
(FIGURA 56);

FIGURA 56 - PELVE EM ANTEVERSÃO/RETROVERSÃO

FONTE: RODRIGUES E OLIVEIRA FILHO, 2008.

 Hiperlordose cervical ou lombar: aumento da curva na região cervical


ou na região lombar, ou seja, acentuação da concavidade cervical e/ou
lombar no plano sagital. A hiperlordose lombar está associada a uma
anteversão da pelve. Frequentemente está associada a um desequilíbrio
dos músculos abdominais e glúteos;

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 Retificação da coluna lombar: condição associada à retroversão da
pelve, originando costas planas e diminuição da mobilidade da coluna.
Diante deste desequilíbrio, as curvaturas responsáveis pela dissipação
das forças provenientes da ação da gravidade são diminuídas, e
consequentemente ocorrerá em determinados pontos da coluna, uma
maior incidência de sobrecarga, ocasionando dores, perda da mobilidade
e um desequilíbrio postural geral como forma de compensação;

 Hipercifose torácica: aumento da curvatura da região dorsal, ou seja, é


o aumento da convexidade posterior no plano sagital, podendo ser
flexível ou irredutível;

 Retração de ombros: rolamento dos ombros para frente;

 Protusão de cabeça (hiperlordose cervical): proeminência da cabeça


associada à hipercifose dorsal, caracterizando um pescoço mais
alongado à frente (FIGURA 57 A).

 Retrusão de cabeça (retificação cervical): diminuição da lordose,


originando um pescoço reto e diminuição da mobilidade cervical
(FIGURA 57 B).

FIGURA 57 - PROTUSÃO (A) E RETRAÇÃO (B) DA CABEÇA

A B
FONTE: Adaptado de JOÃO, 2008.

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3.4.7 Avaliação dental

Devido à importância que a dentição tem sobre a funcionalidade da ATM, é


importante inspecionar os dentes do paciente. Questionar sobre a extração de dentes,
utilização de próteses, realização de tratamento ortodôntico (aparelho dental),
observar a condição gengival, a oclusão e o tipo de mordida que o paciente realiza.

3.5 OBJETIVOS E CONDUTA TERAPÊUTICA

Por fim, é importante que o profissional trace objetivos a curto e médio


prazos para o tratamento e determine a sua conduta terapêutica com base nos
parâmetros aferidos durante a avaliação.

AN02FREV001/REV 4.0

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4 PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO FÍSICO-FUNCIONAL EM DTM

Identificação
Nome:
__________________________________________________________________
Data de nascimento: _____________________Idade: ___________________anos
Sexo: ____________ Raça: ______________________________
Estado civil: _____________________
Filhos: ( ) Sim. Idades: _________________________________________( ) Não
Endereço:
___________________________________________________________________
Telefones/e-mail:
___________________________________________________________________
Escolaridade:
___________________________________________________________________
Profissão:
___________________________________________________________________
Situação de trabalho:
( ) Aposentado ( ) Desempregado
( ) Estudante integral ( ) Estudante parcial
( ) Ativo ( ) Trabalha fora ( ) Trabalha em casa / ( ) Tempo integral ( ) Tempo
parcial

Profissionais da equipe interdisciplinar:


Dentista:___________________________________________Telefone:__________
Médico:____________________________________________Telefone:__________
Fisioterapeuta:______________________________________Telefone: __________
Fonoaudiólogo:_____________________________________Telefone: __________
Psicólogo:_________________________________________Telefone: __________
Outros:___________________________________________Telefone: ___________

AN02FREV001/REV 4.0

93
Tratamentos já realizados ou em curso:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Diagnóstico clínico:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Anamnese

História Clínica
Foi amamentado ao seio? ( ) Sim. Tempo: ______________________________
( ) Não
Chupou o dedo na infância? ( ) Sim. Tempo: ____________________________
( ) Não
Utilizou chupeta ou mamadeira na infância? ( ) Sim. Tempo: ________________
( ) Não
Tipo de alimentação:
___________________________________________________________________
Cirurgias e/ou internações anteriores:
___________________________________________________________________
Alergias:
___________________________________________________________________

Ingere bebidas alcoólicas ( ) Sim. Freq: ______ ( ) Não

Fuma ( ) Sim. Freq: ______ ( ) Não

Ingere bebidas estimulantes (café, chá preto)? ( ) Sim. Freq.: _________ ( ) Não
Prática regular de atividade física ( ) Sim ( ) Qual: _________________( ) Não

AN02FREV001/REV 4.0

94
Há história familiar de disfunções da ATM? ( ) Sim. ( ) Não
Caso o paciente seja do sexo feminino:
 Está grávida? ( ) Sim. ______ semanas ( ) Não
 Menstrua regularmente? ( ) Sim ( ) Não
 Utiliza contraceptivo hormonal? ( ) Sim ( ) Não
 Está na menopausa? ( ) Sim ( ) Não
 Faz reposição hormonal? ( ) Sim ( ) Não

História da moléstia atual


Queixa principal
___________________________________________________________________
Frequência dos sintomas: ( ) contínuo ( ) muitas vezes ao dia ( ) uma vez ao dia
( ) muitas vezes por semana ( ) muitas vezes por mês
( ) uma vez por mês ( ) menos de uma vez por mês
Duração dos sintomas: ( ) contínuo ( ) meses ( ) semanas ( ) dias
( ) horas ( ) minutos ( ) variável
Sintomas são piores: ( ) ao levantar ( ) manhã ( ) tarde ( ) noite ( ) ao dormir
Eventos relacionados ao início:
___________________________________________________________________
Período de início dos sintomas:
___________________________________________________________________
Há história de traumatismos prévios?
___________________________________________________________________
Localização:
___________________________________________________________________
Frequência:
___________________________________________________________________
Intensidade:
___________________________________________________________________
Qualidade:
___________________________________________________________________
Fatores de piora:
___________________________________________________________________

AN02FREV001/REV 4.0

95
Fatores de melhora:
___________________________________________________________________
Evolução dos sintomas:
___________________________________________________________________
Medicação atual/doses:
___________________________________________________________________
Patologias associadas:
( ) alterações reumáticas ( ) hipertensão arterial ( ) alterações cardíacas
( ) desordens pulmonares ( ) desordens hepáticas/urinárias ( ) desordens
neurológicas ( ) alterações metabólicas ( ) neoplasias ( ) fibromialgia
( ) outras: __________________________________________________________
Observações:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Sintomatologia / Hábitos parafuncionais


Qualidade do sono ( ) Ótima ( ) Boa ( ) Regular
( ) Ruim ( ) Péssima
Horas de sono por noite
________________________________
Posição em que dorme ( ) Dec. dorsal ( ) Dec. ventral
( ) Dec. lateral esquerdo
( ) Dec. lateral direito
Dorme com a boca aberta ( ) Sim ( ) Não

Respira pela boca ao dormir ( ) Sim ( ) Não

Range os dentes à noite (bruxismo) ( ) Sim ( ) Não

Aperta os dentes à noite ( ) Sim ( ) Não

Tem insônia ( ) Sim ( ) Não

Dificuldade para respirar deitado ( ) Sim ( ) Não

Acorda várias vezes durante a noite ( ) Sim ( ) Não

Acorda durante a noite com falta de ar ( ) Sim ( ) Não

Ronca ( ) Sim ( ) Não

AN02FREV001/REV 4.0

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Sente dor de cabeça ao acordar ( ) Sim ( ) Não

Sente-se cansado ao acordar ( ) Sim ( ) Não

Sente dor muscular ao acordar ( ) Sim ( ) Não

Dificuldade em ficar acordado durante ( ) Sim ( ) Não


o dia

Acorda muito cedo ( ) Sim ( ) Não

Dor facial ( ) Sim (lado esquerdo) ( ) Sim (lado direito)


( ) Não
Dor à mastigação ( ) Sim (lado esquerdo) ( ) Sim (lado direito)
( ) Não
Estalido na ATM ( ) Sim (lado esquerdo) ( ) Sim (lado direito)
( ) Não
Crepitação na ATM ( ) Sim (lado esquerdo) ( ) Sim (lado direito)
( ) Não
Range os dentes durante o dia ( ) Sim ( ) Não
(briquitismo)?
Aperta os dentes durante o dia? ( ) Sim ( ) Não
Não consegue abrir a boca ( ) Sim ( ) Não
Travamento (boca aberta) ( ) Sim ( ) Não
Travamento (boca fechada) ( ) Sim ( ) Não
Cefaleia (dor de cabeça) ( ) Sim. Região: ________________________
( ) Não
Nevralgia ( ) Sim. Região: ________________________
( ) Não
Dor cervical ( ) Sim (lado esquerdo) ( ) Sim (lado direito)
( ) Não
Dor nos ombros ( ) Sim (lado esquerdo) ( ) Sim (lado direito)
( ) Não
Dor no ouvido ( ) Sim (lado esquerdo) ( ) Sim (lado direito)
( ) Não
Zumbido no ouvido ( ) Sim (lado esquerdo) ( ) Sim (lado direito)
( ) Não
Dificuldades auditivas ( ) Sim (lado esquerdo) ( ) Sim (lado direito)
( ) Não
Vertigens ( ) Sim ( ) Não
Alterações de equilíbrio ( ) Sim ( ) Não
Dor nos olhos ( ) Sim ( ) Não
Visão distorcida ( ) Sim ( ) Não
Dor na língua ( ) Sim ( ) Não
Dor de dente ( ) Sim ( ) Não
Stress/ ansiedade ( ) Sim ( ) Não

AN02FREV001/REV 4.0

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Qualidade de trabalho ( ) Ótima ( ) Boa ( ) Regular
( ) Ruim ( ) Péssima
Masca chicletes ( ) Sim ( ) Não
Rói as unhas ( ) Sim ( ) Não
Uso contínuo do telefone/computador ( ) Sim ( ) Não
Outros sintomas: ________________________________________________________

Exames complementares
Testes de imagem:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Eletromiografia:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Sonografia:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Exame físico-funcional

Inspeção geral da face


 Edemas ( ) Sim. Locais: _____________________________________
( ) Não
 Assimetria facial: ( ) Sim ( ) Não
 Posicionamento antálgico: ( ) Sim ( ) Não
 Posicionamento da cabeça:____________________________________
 Outras observações:
_____________________________________________________________

Avaliação da ATM
 Movimentação:
 Abertura: Simétrica ( ) Desvio ( ) Deflexão ( )
 Abertura máxima: ________mm / Protusão: _______________mm
 Lateralidade direita: _______mm / Lateralidade esquerda: _____mm

AN02FREV001/REV 4.0

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 Ruídos Articulares:
 Abertura
Direita Esquerda
Estalido
Inicial (0/15mm)
Intermediário (16/30mm)
Tardio (31/50mm)
Crepitação

 Fechamento
Direita Esquerda
Estalido
Inicial (0/15mm)
Intermediário (16/30mm)
Tardio (31/50mm)
Crepitação

 Palpação da ATM
 Dor: ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Forte ( ) Locais:_______________
( ) Não
 Edemas ( ) Sim. Locais:___________________________________
( ) Não

Exame muscular (sensibilidade à palpação)


Assinalar: 0=sem dor/1= dor leve/2= dor moderada/3=dor forte/*trigger point
Direito Esquerdo
Músculo temporal
Masseter
Pterigóideo medial
Pterigóideo lateral
Occipitais
Esternocleidomastóideo
Trapézio
Escalenos
Elevadores da escápula
Romboides

Goniometria da região cervical


Movimentos Graus Presença de dor
Flexão ( ) Dor
Extensão ( ) Dor
Inclinação esquerda ( ) Dor
Inclinação direita ( ) Dor
Rotação esquerda ( ) Dor
Rotação direita ( ) Dor

AN02FREV001/REV 4.0

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Testes de força muscular
Músculos Força muscular
Abaixadores da mandíbula
Elevadores da mandíbula
Músculos que realizam a protusão da mandíbula
Músculos que realizam a lateralização da mandíbula (D)
Músculos que realizam a lateralização da mandíbula (E)

Avaliação dental
Possui falhas dentárias? ( ) Sim. Quais dentes? ________________________
( ) Não
Utiliza próteses? ( ) Sim ( ) Não
Fez/faz tratamento ortodôntico (aparelho dental)? ( ) Sim ( ) Não
Condição das gengivas: ( ) Boa ( ) Regular ( ) Ruim
Oclusão: ( ) Normal ( ) Alterada
Mordida: ( ) Normal ( ) Aberta ( ) Cruzada

Inspeção dos dentes


Assinalar:

 Falhas dentárias em azul


 Ausências dentárias em amarelo
 Prótese parcial removível em
marrom
 Prótese parcial fixa em laranja
 Prótese total em azul

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100
Avaliação postural
Vista anterior
Referências Direito Esquerdo Normal
Maléolo mais elevado
Patela mais elevada
Genu varo
Genu valgo
Espinha ilíaca anterossuperior mais
elevada
Ombro mais elevado
Assimetria do ângulo de Talles
Desvio do pescoço
Desvio da cabeça
Vista posterior
Calcâneo varo
Calcâneo valgo
Prega poplítea mais elevada
Prega glútea mais elevada
Escoliose toracolombar
Gibosidade
Ombro mais elevado
Escápula abduzida
Escápula alada
Vista lateral
Referências Direito Esquerdo Normal
Genu flexum
Genu recurvatum
Referências Sim Não
Pelve em anteversão
Pelve em retroversão
Hiperlordose lombar
Retificação lombar
Hipercifose torácica
Hiperlordose cervical
Retificação cervical
Rotação de tronco para a direita
Rotação de tronco para a esquerda
Ombro protuso
Cabeça protusa

Objetivos do tratamento:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Conduta:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Fisioterapeuta responsável:____________________________________________

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FIM DO MÓDULO III

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