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ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM

A primeira infância representa inúmeras conquistas no


desenvolvimento da criança, tais como sentar, engatinhas e andar. O
primeiro ano de vida reserva um dos momentos mais esperados pelos pais:
quando o bebê fala “papai” e “mamãe” pela primeira vez, que ocorre graças
ao adequado desenvolvimento da linguagem.

A linguagem é a habilidade de compreender e criar conceitos mentais


de tudo o que é aprendido, por exemplo: ao ser apresentada várias vezes à
uma bola, quando for solicitada à criança que pegue a bola, ela saberá que
o termo “bola” refere-se a um brinquedo, redondo, colorido e que pula,
graças às suas experiências prévias.

Então surgem as dúvidas a respeito do desenvolvimento da


linguagem dos pequenos: Quando é esperado que a criança fale as
primeiras palavras? Até quando é normal falar errado? Se a criança de 5
anos não consegue falar de forma inteligível, a mãe precisa se preocupar?

Cada criança tem suas particularidades, mas em geral há etapas


semelhantes a serem cumpridas de acordo com a idade e o
desenvolvimento cognitivo, conforme exemplificaremos abaixo, de acordo
com informações do Conselho Federal de Fonoaudiologia:

1º ao 3º mês de vida:

A comunicação com as pessoas ao seu redor é basicamente através


de variações de entonação do choro e dos sons por ela emitidos, mais
evidente a partir da 3ª semana de vida, conseguindo indicar quando está
com fome, sono ou a cólica, por exemplo. Desde cedo ela já começa a
compreender alguns sinais da comunicação, por exemplo ao observar a
entonação da voz e expressão facial do adulto, ela sorri quando alguém fala
de frente para ela, ou acalmando-se ao ouvir a voz da mãe.

4º ao 6º mês de vida:

A partir do 4º mês de vida, a criança passa a emitir mais sons,


mexendo a boca e variando a voz, como se ela estivesse preparando-se para
as primeiras palavras que em breve iniciarão.
7º mês ao 1º ano de vida:

Passa a ser mais frequente a produção de consoantes de “m”, “b”,


“p” em sílabas e junções ainda sem significado, como “angu” e
“mamamama”. Nesta idade, a criança já olha quando é chamada pelo
nome, sabe o significado de expressões simples como “não”, “tchau”, “dá”,
“vem”.

1 a 2 anos:

A criança começa a falar as primeiras palavras com significado,


como “mamãe” e “papai” e não por acaso, pois estas palavras têm uma
grande importância de significado na vida do bebê, por terem sido
frequentemente apresentadas a ele e também pelo falo de ambas serem
formadas por consoantes cujos sons são de fácil produção.

A partir dos 18 meses novas palavras são aprendidas com muito mais
facilidade. É a fase “esponjinha”, em que muito do que ouve ela aprende a
falar. Sua compreensão evolui tanto quanto a fala e ela já consegue manter
pequenos diálogos.

É esperado que a criança fale as palavras erradas, pois ela ainda não
aprendeu todos os sons das consoantes. Assim, neste período devemos nos
atentar ao número de palavras que ela sabe, não tanto ao como ela fala. À
medida em que ela vai crescendo e adquirindo maior habilidade dos
movimentos da boca, estes erros vão reduzindo e a fala ficando cada vez
mais fácil de ser compreendida.

2 a 3 anos:

Neste período a criança aprende cerca de 200 a 400 palavras novas,


passando a elaborar frases com 3 a 4 palavras, como “qué comer não” e a
contar pequenas histórias, com a ajuda de um adulto.
3 a 4 anos:

Seu vocabulário está ainda maior, com aproximadamente 600


palavras, passando a usar preposições (ex. em cima, com e atrás), plural e
sentimentos em frases longas de 6 palavras, tanto no presente, como
também no passado e futuro. Mantém um diálogo sem dificuldades, e as
histórias que conta têm mais detalhes. Apesar de ter ainda algumas trocas
de letras, sua fala é facilmente compreendida.

4 a 5 anos:

Já conta histórias sem a ajuda do adulto ou de figuras. Usa com


facilidade frases maiores, com adequada noção de tempo e condições (“eu
só vou brincar se for de carrinho”), ainda apresenta dificuldade na flexão
verbal em alguns momentos, mas é facilmente compreendida pois fala
praticamente todos os sons de letras.

Uma referência do que esperar quanto à produção dos sons, de acordo


com a idade, segundo Lamprecht (2004) é:

- Entre 1 e 3 anos: falar os sons referentes às letras p, t, k, b, d, g,  f, s, x, v,


z, j, m, n, nh.

- Aos 4 anos: falar os sons referentes às letras lh, r (ex. ilha, amora)

- Aos 5 anos: falar os sons referentes às letras l e r em encontros


consonantais (ex. planta, primo)

Estes dados são uma referência, não uma regra. O desenvolvimento


da linguagem pode se apresentar de forma diferente para cada criança.
Porém, casos que se distanciem das idades apresentadas devem ser
avaliados por um fonoaudiólogo, pois diversos fatores podem levar a um
atraso na aquisição dos sons da fala.

0-6 meses

• Vira para os pais quando falam com ela.


• Sorri ao ouvir a voz da mãe, pai ou cuidador.

• Responde a outros sons além da fala (brinquedos sonoros, por exemplo).

• Gosta de música e ritmo.

• Repete os mesmos sons.

• Emite sons diferentes para cada situação.

• Começa o balbucio (4-6 meses).

6-12 meses

• Vira para olhar quando seu nome é chamado.

• Gosta de jogos e brincadeiras sonoros.

• Começa a responder às solicitações.

• O som do balbucio muda.

• As primeiras palavras aparecem.

1-2 anos

• Aponta para imagens em um livro.

• Pode seguir comandos simples. 

• Compreende perguntas simples.

• Pode querer a mesma história repetidas vezes.

• Aprende mais palavras a cada mês que passa.

• Pode fazer perguntas de 2 palavras. 

• As palavras ficam mais claras.

2-4 anos

• Compreende os comandos de 2 estágios.

• Começa a entender os opostos.

• Compreende perguntas simples sobre quem, quais (3-4 anos).

• O vocabulário aumenta. 
• A linguagem se torna mais clara.

• Sentenças mais longas (3-4 anos).

• Capaz de falar sobre experiências interessantes (3-4 anos).

4-5 anos

• Gosta de histórias e pode responder a perguntas simples.

• Entende quase tudo que falam com elas.

• Fala com clareza e fluência.

• Pode usar frases longas e detalhadas.

• Envolve estranhos na conversa.

• A maioria dos sons são pronunciados corretamente.

Dicas para os pais estimular o desenvolvimento da linguagem de seus filhos.

Até os 2 Anos

 Incentive seu bebê a fazer sons como “ma”, “da” e “ba”, mantendo contato
visual, respondendo e imitando vocalizações. 
 Imite o riso e as expressões faciais do bebê.
 Ensine-o a imitar suas ações, como bater palmas e mandar beijos.
 Fale com ele enquanto dá banho, alimenta e veste. 
 Use gestos como acenar para ajudar a transmitir um significado.
 Reconheça as tentativas de comunicação.
 Leia para seu filho. 

2 a 4 anos

 Use um discurso claro e simples.


 Repita o que seu filho diz, mostrando que você entendeu. 
 Evite usar uma fala de bebê, infantilizada.
 Ajude-o a entender e a fazer perguntas.
 Faça perguntas que envolvem uma escolha.
 Expanda seu vocabulário.
 Cante canções.
 Conte histórias.

4 a 6 anos

 Quando seu filho iniciar uma conversa, dê atenção sempre que possível.
 Reconheça, incentive e elogie todas as tentativas de fala. 
 Faça uma pausa após falar. Isso dá a criança a chance de continuar a conversa.
 Continue a construir vocabulário. 
 Fale sobre relações espaciais (primeiro, meio e último; direita e esquerda) e
opostos (em cima e embaixo).
 Ajude seu filho a seguir instruções de duas e três etapas.

Se você gostou de saber mais sobre as etapas de desenvolvimento da linguagem,


compartilhe este artigo em suas redes e ajude outras famílias!

Emoções no autismo: como a fonoaudiologia ajuda crianças a


reconhecer expressões faciais?

Desenvolver as emoções no autismo é tão importante quanto desenvolver habilidades


motoras, sensoriais e/ou comportamentais, principalmente para que pessoas com TEA
possam entender as expressões faciais, que também são uma ferramenta de
comunicação e interação social. 

Assim como todas as pessoas típicas, crianças e adolescentes autistas também precisam
de apoio para compreenderem as próprias emoções e, consequentemente,
compreenderem as das pessoas com quem interagem. 

E por que é tão importante desenvolver essa habilidade? Neste artigo falaremos sobre
isso. 

Autistas nã o têm emoçõ es?

Você já deve ter ouvido falar que pessoas no espectro não conseguem demonstrar
empatia, ou se expressar de maneira clara através de olhares, caretas e expressões
faciais que remetam a emoções, como um sorriso para expressar a felicidade.

Mas isso não é verdade! Pessoas no Espectro do Transtorno Autista (TEA) são sim
capazes de compreender e expressar as emoções, assim como qualquer pessoa
típica. O que acontece é que muitas possuem formas diferentes de se comunicar e se
expressar, ou possuem dificuldades em se comunicarem com outras pessoas.

É importante observar as particularidades de cada autista, pode ser que ela busque
outras formas de dizer o que está sentindo, através de desenhos ou outros gestos
(apontando para algum objeto, por exemplo). 

Por isso, uma das funções da fonoaudiologia e/ou da psicologia, é auxiliar o autista
numa maneira de se expressar, que esteja ligada e faça sentido para as pessoas que ele
convive, como o cuidador, por exemplo, facilitando assim o entendimento da
comunicação. 

Como as pessoas autistas lidam com as emoçõ es e expressõ es faciais?

As crianças no espectro autista podem ter mais dificuldades para reconhecer e utilizar
de expressões faciais e outras expressões não verbais para interagir com alguém, como
por exemplo:
 Imitações;
 Posturas;
 Gestos;
 Expressões faciais;
 Contato visual;
 Tom de voz;
 Ironia.

É importante ressaltar que expressões faciais são muito importantes nas interações
sociais e na comunicação com outras pessoas. Inclusive, é comum que bebês usem as
expressões faciais para se comunicarem com os pais e serem compreendidos; por isso é
tão importante atentar-se na falta de desenvolvimento dessas habilidades em crianças
atípicas. 

Para auxiliar a pessoa autista, é preciso lembrar de utilizar sempre uma comunicação
direta, verbal, sem ironia e figuras de linguagem. Um exemplo de usar comunicação
direta está em nosso instagram, em uma história compartilhada pela Debbie Cruz.
Ela contou que não tomava banho quando a mãe dizia “jogue uma água no corpo”,
como figura de linguagem para tomar banho, pois, para Debbie, a ação era literalmente
jogar água no corpo, então era isso que fazia.

A importâ ncia de desenvolver o socioemocional de pessoas autistas

A falta de desenvolver habilidades emocionais, podem prejudicar a pessoa com TEA,


resultando na dificuldade em expressar e entender os próprios sentimentos, além disso,
saber reconhecer as emoções no autismo promove e explora o lado lúdico do
indivíduo, principalmente quando se trata de usar a imaginação.  

Outros sentimentos que podem agravar, caso não haja suporte para desenvolver a
emoção, são:


o Ansiedade – a pessoa com TEA fica relutante em entender seus próprios
sentimentos, criando um caos dentro de si; 
o Irritabilidade – as crises podem aparecer com certa frequência; 
o Baixa tolerância à frustração – não saber reconhecer os limites, ou não
conseguir expressar tristeza gera frustração em excesso, por não entender
onde recorrer;
o Interação limitada – quando não há compreensão das emoções, não há como
a pessoa com TEA se envolver socialmente com outras pessoas ao redor,
principalmente por existir um limite na comunicação;

 Ataques de pânico e medo em excesso – reconhecer as expressões faciais resulta,


principalmente, no autoconhecimento, sem esse desenvolvimento, a pessoa no
espectro fica ainda mais insegura e impossibilitada de interagir, pois não conhece seus
limites e não vai além do que está acostumada. 

Dessa forma, é possível afirmar que desenvolver habilidades socioemocionais no


autismo é muito importante e pode impactar no bem-estar do indivíduo, principalmente
por que ajuda na identificação dos próprios sentimentos (autoconhecimento), além
de auxiliar na comunicação, tornando-a mais funcional e assertiva (e socialmente
“apropriada). 

Além disso, quando desenvolvidas, as habilidades socioemocionais promovem um


aprendizado de autocontrole. 

Como ajudar crianças autistas a reconhecerem expressõ es faciais?

Embora existam obstáculos com aspectos sociais e emocionais, além das limitações que
variam de acordo com o desenvolvimento da pessoa com TEA, é possível sim trabalhar
as emoções no autismo, bem como estimular o desenvolvimento socioemocional. 

Muitas atividades podem ser realizadas por profissionais da fonoaudiologia, ou até


mesmo em casa, onde as pessoas cuidadoras estimulam através de brincadeiras e ações
rotineiras que fazem toda a diferença. 

Algumas dicas que podem ajudar:

 Usar cartões, quadros e imagens – o contato com o uso de figuras e imagens que
expressem os sentimentos podem auxiliar no processo de conhecimento das
expressões. Uma boa forma para incentivar essa proximidade é colar as figuras em
quadros em lugares visíveis para a criança, no quarto, na sala e até mesmo no
banheiro. 


o Promover jogos de imitação – o uso dos quadros com imagem também pode
ser alinhado com outra atividade: uma brincadeira de imitação. Ao solicitar
que uma criança imite a imagem do quadro, reforce qual é a emoção que a
imagem transmite. 

 Usar espelhos – o processo de imitação pode ser feito de frente para o espelho,
promovendo assim o autoconhecimento da criança, e reforçando ainda mais a
expressão para uma determinada emoção. 

 Desenhar – os desenhos podem ser outra forma de ajudar a aprender sobre uma
expressão, além de ser um momento lúdico, que estimula a imaginação, a criança se
familiariza com as emoções. 

 Promover autonomia – ao designar uma tarefa rotineira para a criança, ela ganha
senso de responsabilidade, e entende que determinado comportamento resulta em
uma harmonia por toda a casa, por exemplo, ao arrumar os brinquedos, ela auxilia na
rotina de limpeza da pessoa cuidadora. E isso promove a relação socioemocional no
núcleo familiar (principalmente), que desencadeia na percepção de expressões faciais
e emoções.  

 Reforçar a importância de ter empatia – essa ajuda com as tarefas diárias podem ser
de grande ensino para a que criança com autismo aprenda a ter empatia e respeito
com o próximo; outra característica do desenvolvimento socioemocional.
Quer saber mais sobre o desenvolvimento de sentimentos e emoções de pessoas
autistas? Em nosso blog temos um conteúdo sobre Análise do Comportamento, que
retrata a importância de compreender o sentimento para uma relação socioemocional
saudável. 

Sinais de autismo: prepare-se para a ida ao pediatra

Você sabia que a primeira consulta com o pediatra precisa ocorrer enquanto o bebê
ainda está na barriga da mãe? Essa é a recomendação da Sociedade Brasileira de
Pediatra (SBP).

E a visita ao médico deve ocorrer durante o período pré-natal, mais precisamente no


terceiro trimestre dele.

O que é bom, não apenas para que a futura mamãe tenha confiança no pediatra, mas
principalmente para reduzir as chances de mortalidade infantil, poder identificar
outros problemas que o recém-nascido possa ter e até mesmo tirar todas as dúvidas e
inseguranças antes mesmo do nascimento da criança.

5 motivos para ir ao pediatra antes mesmo do bebê nascer

As consultas com o pediatra precisam ser frequentes após o nascimento da criança,


porém antes mesmo (lá pelo 3º mês da gravidez até no máximo 6º), a mãe precisa se
consultar com o pediatra como parte do pré-natal.

Vale lembrar que essa prática é recomendada para todas as gestantes, inclusive para
quem tem gravidez de risco, sendo indispensável por vários motivos como:

1. Evitar abortos espontâneos e natimortos


2. Reduzir riscos da criança nascer prematura
3. Verificar se está ocorrendo descolamento da placenta prematuramente
4. Identificar malformações fetais ou doenças genéticas (o que não é o caso do autismo)
5. Lidar com situações que possam dificultar o parto (posições do feto que não
favorecem, por exemplo), entre outros motivos que ajudam a prevenir sérios
problemas na gravidez e principalmente com a criança.

Como é a primeira consulta com o pediatra (ainda durante a gravidez) 

Para se preparar melhor, confira os principais pontos dessa ida ao médico:

 O pediatra informa a provável data do parto


 Fica por dentro do quadro clínico da gestante (sono, diurese, etc.)
 Conversa sobre nutrição da grávida
 A gestante pode aproveitar para  tirar dúvidas diversas sobre amamentação, os
primeiros cuidados com o bebê e até mesmo o que é esperado que o seu filho faça nos
3 primeiros meses de idade.
 Caso no pré-natal já tenha sido identificada alguma síndrome congênita, problemas de
malformação ou coisas do tipo, é nessa primeira consulta que há os esclarecimentos
médicos sobre isso
O que levar ao pediatra na consulta com a criança

Até o seu filho completar 1 ano, as visitas ao pediatra são 1 vez por mês. Isso porque o
médico vai acompanhar o desenvolvimento geral da criança e assim detectar algum
problema rapidamente para que seja tratado logo (caso ocorra). E você precisa levar:

 Exames
 Vacinas
 Históricos de saúde do seu filho e da sua gestação

A partir dos 2 anos, as consultas pediátricas passam a ser a cada 3 meses.

Sinais de ‘autismo infantil’ são identificados pelo pediatria?

Por melhor que o pediatra do seu filho seja, é importante ter em mente que ele não é um
especialista em autismo. Portanto, a chance do médico acompanhar as mudanças na
Classificação Internacional de Doenças (CID) relacionadas aos graus do TEA são bem
pequenas.

E até mesmo por isso, o profissional de saúde pode estar preso a estereótipos sobre TEA
que se tornaram senso comum embora estejam longe da realidade.

Então para evitar esse tipo de situação, o ideal é que pais ou cuidadores tenham uma
noção do que o bebê deveria estar fazendo em cada etapa da infância e até mesmo o que
pode ser confundido com autismo. Ainda assim, se notar sinais de autismo, é importante
checar com o pediatra essa possibilidade e, se necessário, pedir que o profissional te
encaminhe a outros profissionais.

O que pode ser confundido com autismo

 Transtorno de Déficit de Atenção e de Hiperatividade (TDAH)


 Problemas de audição
 Dificuldades de aprendizagem
 Timidez

Em caso de dúvidas, você pode até fazer teste de autismo no seu filho, porém não deixe
de ter acompanhamento de um especialista em neurologia infantil para analisar o
resultado e a situação da criança especificamente. O diagnóstico de autismo é clínico, e
depende de protocolos, observação e histórico do paciente.

Conheça os principais sinais de autismo em bebês 

É importante que antes de ir ao pediatra você fique por dentro dos principais marcos
de desenvolvimento infantil até 6 anos. Dessa forma você acompanha o cotidiano do seu
filho identificando se ele tem sinais de atraso o quanto antes. Confira alguns nos
primeiros 6 meses de vida:

 1 mês: o recém-nascido dá sinais de que não está vendo pessoas e objetos bem
próximos a ele
 Até 2 meses: nunca sorri para quem cuida e nem para quem está diante dele
 Até  3  mês: o bebê não tenta usar a voz (não faz aqueles barulhos típicos de bebê),
além disso não busca acompanhar os movimentos de objetos e nem ergue a cabeça
para isso.
 Até 4 meses: não reage a mudanças de tons de voz e nem a qualquer som. Também
demonstra não reconhecer seus pais ou cuidadores e tem falta de conexão com quem
o rodeia.
 Até os 6 meses: bebê com  postura caída, se comunica apenas por meio de choro.
Também demonstra indiferença e até mesmo que não gosta de socialização em torno
dele.

Você também leva seu  filho de outra faixa etária ao pediatra? Confira nosso post
sobre desenvolvimento infantil de 7a 12 anos.

O que acontece quando o pediatra suspeita de atraso de


desenvolvimento infantil? 

Quando o médico suspeita que a criança está com atrasos no desenvolvimento costuma
apresentar algumas hipóteses e pedir que a família e cuidadores sigam observando se os
sinais de autismo continuam.

E também indica a ajuda de um médico especialista em autismo que é


o  Neuropediatra ou Psiquiatra Infantil.  Ou seja, é preciso continuar acompanhando de
perto os comportamentos da criança.

Já a família também vai precisar de apoio especializado em TEA para lidar com as


crises de autismo e controle emocional da criança, entre outras situações, caso
o diagnóstico de TEA seja confirmado pelo Neuropediatra.

Desenvolvimento cognitivo: quais são os marcos para bebês?

O desenvolvimento cognitivo infantil é o momento da construção de conhecimento e


formas de resolver problemas por meio de processos mentais envolvendo: percepção,
atenção, memória, raciocínio e imaginação. É a partir dele que a criança consegue
interagir e se envolver com o mundo ao seu redor.

Por esse motivo, é importante que a família, escola e profissionais da medicina que
acompanham a criança se atentem aos marcos de desenvolvimento nesta área para
identificar se ela evolui na mesma idade que as outras ou se existe um atraso que precisa
ser investigado.

Em muitos casos, pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) podem apresentar
dificuldades no cognitivo desde crianças. Neste artigo, explicamos mais sobre os
marcos do desenvolvimento cognitivo e sinais de alerta que indicam a importância de
procurar ajuda.
O que são marcos do desenvolvimento infantil?

São chamados de marcos do desenvolvimento infantil um conjunto de habilidades e


aprendizados que se espera que a criança atinja até determinada idade. Quando ela
não atinge esses marcos, ou demora a atingir, dizemos que há um atraso no
desenvolvimento.

No Brasil, o Ministério da Saúde é o órgão que determina quais são os marcos do


desenvolvimento infantil para cada idade. Eles são divididos por áreas:

 Social;
 Comunicação;
 Habilidades motoras;
 Habilidades emocionais.

É importante conhecer esses marcos para identificar sinais de alerta e buscar ajuda o
mais rápido possível. Isso porque, quanto mais precoce for o diagnóstico, melhor o
prognóstico.

O que é desenvolvimento cognitivo?

Chamamos de desenvolvimento cognitivo o processo que amplia a capacidade de uma


pessoa de processar informações. Para isso, etapas envolvidas são:

 Aquisição de recursos conceituais;


 Habilidades perceptivas;
 Aprimoramento da linguagem;
 Amadurecimento do cérebro.

Juntos, esse conjunto de mecanismos é o que nos ajuda a impulsionar o raciocínio,


abstração, imaginação e linguagem. Resumidamente, é o que nos torna capazes de
pensar e compreender o mundo ao nosso redor.

Quais são os marcos do desenvolvimento cognitivo em bebês?

Assim como ocorre em outras áreas, os marcos do desenvolvimento cognitivo em bebês


acontecem desde o momento do nascimento e seguem durante boa parte da infância.

Veja abaixo quais são os marcos do desenvolvimento cognitivo infantil em bebês:

0 a 3 meses:

 Prestar atenção na face humana: mesmo que não consiga fixar o olhar, desde o
primeiro mês o bebê já demonstra interesse em faces humanas.
 Reagir a sons e à voz humana: nesta idade, ele também reconhece e reage a sons
altos e vozes.
 Fixar o olhar: aos dois meses, bebês já conseguem fixar o olhar em rostos humanos.
Nesta fase, eles também começam a prestar atenção quando ouvem vozes e são
capazes de seguir uma pessoa ou objeto com os olhos.
 Explorar o mundo: também é nesse período que bebês começam a apresentar uma
vontade em explorar o mundo ao seu redor. Aqui, eles têm grande interesse por sons,
contrastes visuais e luzes. Esse momento acompanha outros marcos do
desenvolvimento da fala e socialização, como o sorriso social.
 Descoberta das mãos: aos três meses é quando o bebê percebe as próprias mãos.
Nesta fase, é muito comum que eles levem as mãos à boca e brinquem.
 Explorar o campo visual: também com três meses, bebês já começam uma exploração
de tudo que está em seu campo visual, aqui eles reagem e procuram fontes de sons,
além de conseguir segurar brinquedos por alguns segundos quando colocados em suas
mãos.

De 4 a 5 meses:

 Localizar de onde vêm os sons: com 4 meses, bebês conseguem identificar as fontes
sonoras. Também associado aos marcos de desenvolvimento da fala, é nesse período
que eles começam a emitir balbucios e sons indistinguíveis.
 Descoberta dos pés: enquanto até os 3 meses é esperado que bebês descubram e
brinquem com as próprias mãos, é a partir dos 4 meses de vida que eles percebem os
pés e passam a brincar.
 Descobrir brinquedos e brincar: outro marco importante nesta idade é que os bebês
descobrem brinquedos e começam a explorá-los e brincar com eles. Uma forma de
fazer isso é levá-los até a boca. Aqui eles também seguem objetos que caem e
começam a se divertir com brincadeiras de esconder (quando a pessoa cuidadora
esconde o rosto sob as mãos e ‘aparece’).
 Aumento da capacidade de atenção: com 5 meses, bebês já conseguem se concentrar
mais e passam mais tempo envolvidos na mesma atividade.
 Expressão de emoções: ligado também ao desenvolvimento da socialização, aqui
bebês já conseguem expressar emoções, como rir e soltar gritos de alegria ao brincar.
 Movimentar o corpo e pegar o que está ao alcance: usar os movimentos do corpo e
pequenos sons para chamar atenção é o que é esperado do bebê nesta fase. É
também aos 5 meses que eles pegam tudo que está ao seu alcance e continuam
levando à boca propositalmente.

De 6 e a 12 meses:

 Brincar no espelho e explorar objetos: como falamos, à medida que bebês crescem, o
desenvolvimento cognitivo também se expande. Por isso, aos 6 meses é esperado que
eles continuam a explorar objetos, mas isso agora acontece com uma maior variação,
invés de apenas levá-los à boca, eles agora batem, apertam e balançam os objetos,
além de demonstrar interesse por objetos. Aqui, também é esperado que eles já
brinquem na frente de espelhos.
 Usar o corpo: também é com esta idade que bebês começam a usar o corpo para
atingir objetivos e saciar sua curiosidade. Ele pode, por exemplo, se mover em um
ambiente para pegar um brinquedo ou objeto de interesse.
 Procurar por objetos: quando percebe que um objeto sumiu, o bebê já o procura. Isso
indica que ele já desenvolveu a noção de permanência do objeto.
 Age de forma intencional: com essa fase, bebês já são capazes de agir de forma
intencional. Por exemplo, deixar objetos cair de propósito.
Marcos do desenvolvimento cognitivo até os 2 anos

Até os dois anos, bebês continuam a apresentar importantes marcos do desenvolvimento


cognitivo. São eles:

De 1 ano a 1 ano e meio:

 Gostar de jogos de ação e reação: jogos e brincadeiras são instrumentos


fundamentais para o desenvolvimento de crianças, por isso, gostar de jogos que
envolvem ação e reação é muito importante. Outro ponto é que nesta fase eles já
começam a se distanciar da pessoa cuidadora, mas sem perdê-la de vista.
 Explorar brinquedos de maneira ampla: aqui, bebês já estão interessados em
descobrir quais são os atributos e funções de cada brinquedo.

De 1 ano e meio a 2 anos:

 Brincar de forma simbólica: importante para o desenvolvimento da imaginação. É


nesta fase que a criança começa a brincar de maneira simbólica. Por exemplo: dar
comida para a boneca ou servir chá para a pessoa cuidadora.
 Explora os efeitos de suas ações: lembra que entre 6 e 12 meses a criança começa a
agir de forma intencional? Pois entre os 12 e 24 meses, ela tem interesse em explorar
mais os efeitos das suas ações. Por isso, é comum que ela goste de brincadeiras como
jogar o objeto de várias formas diferentes, construir torres e derrubá-las.

Vale reforçar que o desenvolvimento continua a acontecer mesmo após os 2 anos.

Quando buscar ajuda?

Assim como acontece com outros marcos do desenvolvimento, é importante buscar


ajuda assim que se percebe que um ou mais marcos não foram atingidos na idade
esperada.

É importante saber que isso nem sempre significa que a criança está no espectro do
autismo, mas uma intervenção precoce pode ajudá-la a se desenvolver e também
investigar a possibilidade de TEA ou outros transtornos do desenvolvimento.
Além disso, é importante saber o que é esperado para outras idades em aspectos como
comunicação e socialização? Veja no nosso blog.

Atraso na fala: quando e onde procurar ajuda?

Seu filho ainda não fala e isso te preocupa? O fato de uma criança apresentar atraso na
fala é um dos mais notáveis sinais de que ela não está atingindo os marcos do
desenvolvimento esperados para cada idade.
O atraso na fala também é um dos sinais mais comuns de autismo. Para entender mais
sobre esse assunto e saber quando você deve procurar ajuda profissional, confira esse
conteúdo até o fim.

Marcos de desenvolvimento da fala

Mesmo que cada criança seja única e se desenvolva no seu próprio tempo, existem
alguns marcos do desenvolvimento infantil que precisam ser observados com cuidado.

De modo geral, o desenvolvimento da fala começa quando a criança completa 6 meses


de vida. A partir desta idade, é importante estar atento a:


o Aos 6 meses: compreende algumas palavras familiares (o próprio nome,
“mamã”, “papá”). Importante: vira a cabeça em direção ao som quando o
chamam.
o Aos 10 meses: surgimento da primeira palavra
o Entre 13 e 15 meses: mesmo que a criança ainda não consiga proferir
palavras, ela já brinca de falar. Emite sons como se estivesse querendo
comunicar algo
o Entre 12 e 18 meses: este é o período em que a criança vai desenvolver a fala.
Algumas crianças podem começar a falar antes

 Aos 2 anos: nesta idade, o vocabulário da criança já tem entre 50 e 100 palavras, e


esse repertório aumenta rapidamente à medida que ela aprende mais.

Quando esses marcos do desenvolvimento não são alcançados, é comum que muitas
famílias busquem informações e se deparem com artigos sobre autismo. Te explicamos
sobre isso a seguir.

Atraso na fala é sinal de autismo?

O Transtorno do Espectro Autista (TEA)  é caracterizado pelas dificuldades em


interação social e comunicação. Portanto, o atraso na fala pode ser um dos sinais de
autismo.

No entanto, ele sozinho não significa necessariamente que aquela criança esteja no
espectro do autismo. Outros sinais que podem indicar um risco para o TEA são:

 Falta ou ausência de contato visual


 Dificuldade em entender e compartilhar emoções
 Prejuízos na interação social
 Não se virar quando chamado pelo nome
 Fixação por objetos que não chamem a atenção das demais pessoas
 Movimentos repetitivos com o corpo ou fala
Como fazer o diagnóstico de autismo? 

O diagnóstico de autismo é clínico, e deve ser feito por uma equipe multidisciplinar.
Esses profissionais atuam na investigação comportamental para entender se aquela
pessoa está ou não no espectro do autismo.

Esse diagnóstico é feito de acordo com os níveis de suporte (conhecidos como graus de
autismo). São eles:

 Autismo nível 1 (pouca necessidade de suporte)

Pessoa tem dificuldade para iniciar interações sociais e apresenta interesse reduzido por
interações. Inflexibilidade no comportamento e em trocar de atividades.

 Autismo nível 2 (necessidade de suporte substancial)

Apresente déficits graves nas habilidades de comunicação verbal e não verbal, com
prejuízos aparentes mesmo ao receber apoio. Limitação em iniciar ou responder a
interações. Dificuldade em lidar com mudanças e comportamentos restritos/repetitivos.

 Autismo nível 3 (necessidade de suporte muito substancial)

Déficits graves nas habilidades de comunicação verbal e não verbal causam prejuízos
graves de funcionamento. Grande limitação em iniciar e responder a interações.
Extrema dificuldade em lidar com mudanças e grande sofrimento para mudar o foco ou
ações.

APRAXIA :

1-CRIANÇA TEM INTENÇÃO COMUNICATIVA;

2-QUER SE COMUNICAR;

3-TEM CONTATO VISUAL;

4-OLHA PRA SUA BOCA BUSCANDO AS PISTAS VISUAIS PARA PODER FALAR
MELHOR;

Obs: antes de fechar o diagnóstico em apraxia temos que analisar a


linguagem como está, as funções comunicativas, e se tem ess intenção de
fala.

- Só é possível dar o diagnóstico de apraxia de fala da infância se a criança


tiver fala, se a criança não fala ainda não pode dar o diagnóstico, você
pode ter indícios, suspeitar, portanto pra fechar o diagnóstico de apraxia
de fala na infância a criança precisa falar.

Características de apraxia:

-inventário fonético reduzido pra sua idade cronológica (a criança tem


erros em vogais que não é comum ex: maçã fala meçã)

- erros de acentuação e prosódia ;

- fala inetinligível;

- preferência em usar palavras menores mais curtas( prq a palavra mais


curta é mais fácil de programar ela, fazer a programação motora);

- a criança tem intenção comunicativa ( olha pra boca dos outros, quer
fazer o contato visual e ela faz como se fosse um tateio procura fazer
aquele som de forma mais possível, mas nem sempre consegue).

AUTISMO:

1-A CRIANÇÃO NÃO TEM INTENÇÃO COMUNICATIVA;

2- TEM POUCA INTENÇÃO;

3-CONTATO VISUAL POBRE;

4-POUCA INTENÇÃO COM OS PAIS E OUTRAS CRIANÇAS.

A incidência da apraxia de fala pura é muito menor do que do autismo, é


mais fácil encontrar uma criança com autismo e transtorno de fala do que
uma criança que tenha apraxia e transtorno de fala pura

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