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COMO O

PROCESSAMENTO
AUDITIVO SE
COMUNICA COM A
LINGUAGEM?
Jordi Galcerán Expósito
Autor do SENA©
ESTIMULAÇÃO NEUROAUDITIVA – Comunicando o processamento com a linguagem

Processamento da informação

• Processo global que permite identificar e interpretar estímulos.


• Formado por diferentes níveis de interação.
• Objetivo
• Gerar o maior grau de semelhança entre a imagem física e a imagem
perceptiva
• Depende
• Da complexidade do estímulo
• Da capacidade do sistema sensorial de transmitir a informação sem distorções.

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ESTIMULAÇÃO NEUROAUDITIVA – Comunicando o processamento com a linguagem

Processamento da informação

• Níveis de processamento da informação


• Sensação:
• Primeiro contato entre o organismo e o meio ambiente.

• Inconsciente, involuntário…

• Sistema auditivo periférico

• Análise das características físicas do estímulo

• Audiologia

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ESTIMULAÇÃO NEUROAUDITIVA – Comunicando o processamento com a linguagem

Processamento da informação

• Níveis de processamento da informação


• Percepção:
• Experiência inconsciente do estímulo
• Codificação neuronal dos atributos físicos do estímulo
• Processamento bottom-up
• Via auditiva central
• Tronco encefálico
• Sistema límbico
• Córtex auditivo
• Processamento auditivo
• Localização da fonte sonora (COS)
• Resolução temporal (NC)

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Processamento da informação

• Níveis de processamento da informação


• Atenção:
• Processamento consciente da informação
• Processo de seleção das informações a serem processadas.
• Processamento bottom-up e top-down
• Via auditiva central
• Vias auditivas corticais excitatórias e inibitórias
• Processamento auditivo
• Ordenação temporal
• Integração binaural
• Separação binaural
• Interação binaural
• Figura-fundo
• Fechamento auditivo

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Processamento da informação

• Níveis de processamento da informação


• Memória
• Armazenamento e recuperação das informações processadas.
• Aprendizagem
• Processamento top-down
• Sistema auditivo central
• Córtex auditivo

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Processamento da informação

• Níveis de processamento da informação


• Processamento vertical: processamento inconsciente de
informações que começa no órgão periférico e termina em
uma área do córtex especializada no processamento de um
estímulo de uma maneira específica.

• Processamento horizontal: processamento consciente de


informações que começa em uma determinada área do
córtex e envolve muitas outras áreas no nível cortical e
subcortical.

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Processamento auditivo

ESTÍMULO RESPOSTA

TOP-DOWN

• ENTRADA • SAÍDA
• Visão
• Motor
• Audição
• Grosso
• Toque
• Fino
• Equilíbrio
• Propriocepção • Linguagem
• Gosto • Oral
• Cheiro • Escrita

BOTTOM-UP
Feedback

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Processamento da linguagem

• Processamento da linguagem • Processamento da linguagem


• Estímulo • Resposta
• Auditivo • Auditivo

• Som • Fala

• Visual • Visual

• Letra • Escrita

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Processamento da linguagem

• Articulação
• A vibração das pregas vocais origina o F0.

• O modo de articulação representa a forma de criar uma


obstrução ao passo do ar pela cavidade oral e gera o F1.

• O ponto de articulação representa o ponto onde se realiza a


obstrução e gera o F2.

• A posição da ponta da língua gera o F3.

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Processamento auditivo

• Fonética articulatória
• Filtros ressonadores:
• São a consequência de obstruir a saída do ar na cavidade oral. Chamam-se filtros por que são seletivos para determinadas
frequências e ressonadores por que amplificam a energia de ditas frequências.
• As frequências amplificadas (formantes) são diferentes em todos os falantes, mais a distância relativa entre elas sempre é a
mesma para todos os falantes

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Processamento da linguagem

• Formantes dos sons da fala

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Processamento da linguagem
Formantes da linguagem

F
F0O

FF11
FF22
INTENSIDADE

FF33 HARMÔNICOS DA FALA

FREQUÊNCIAS DA VOZ

DISTAÂNCIA RELATIVA
ENTRE FORMANTES

FREQUÊNCIA

F0 – PREGAS VOGAIS F1– MOD. ARTICULA. F2 – PONTO ARTICULA. F3 – PONTA LINGUA

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Análise do processamento auditivo da linguagem através da eletrofisiologia

• Introdução
• A eletrofisiologia avalia a atividade elétrica que acontece nos diferentes núcleos de relevo da via auditiva e as
habilidades auditivas a nível cortical
• Os parámetros avaliados são amplitude e latência
• A amplitude tem relação com a função desenvolvida no núcleo ou a habilidade avaliada
• A latência tem relação com a velocidade de processamento
• Podem ser
• Exógenos

• Depende das caraterísticas físicas do estímulo

• Endógenos

• Dependem da função cognitiva

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Análise do processamento auditivo da linguagem através da eletrofisiologia

• Introdução
• Estímulo
• Click

• Tom burst

• Fala sintetizada /da/

• Paradigma oddball
• Um estímulo infrequente é introduzido em uma série de estímulos frequentes.

• Relação 80/20 ou 90/10

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Análise do processamento auditivo da linguagem através da eletrofisiologia

• Via auditiva central e eletrofisiologia


• Potenciais auditivos evocados de tronco encefálico
• Tem relação ao controle do território

• Onda I (órgão de Corti)

• Codificação da intensidade e frequência das formantes da fala

• Onda II (núcleos cocleares)

• Codificação das caraterísticas temporais do som

• Início

• Duração

• Final

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Análise do processamento auditivo da linguagem através da eletrofisiologia

• Via auditiva central e eletrofisiologia


• Potenciais auditivos evocados de tronco encefálico
• Onda III (Complexo olivar superior)

• Localização da fonte sonora

• Onda IV (lemnisco lateral)

• Melhora da percepção do espaço

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Análise do processamento auditivo da linguagem através da eletrofisiologia

• Via auditiva central e eletrofisiologia


• Potenciais auditivos evocados de tronco encefálico
• Onda V (colículo inferior)

• Resposta reflexa de orientação

• Baseada nas caraterísticas físicas do estímulo

• Frequência

• Intensidade

• Duração

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Análise do processamento auditivo da linguagem através da eletrofisiologia

• Via auditiva central e eletrofisiologia


• Potenciais auditivos evocados de latência média
• Integração binaural
• Na 16-30 mseg, Pa 30-45 mseg, Nb 46-56 mseg e Pb 55-65 mseg.
• Na – Pa
• Amplitude
• Avaliação e monitoramento do DPAC
• Discriminação auditiva
• Latência
• Problemas de aprendizagem
• Discriminação auditiva
• Nb
• Amplitude
• Problemas de aprendizagem
• Consciência fonológica

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Análise do processamento auditivo da linguagem através da eletrofisiologia

• Via auditiva central e eletrofisiologia


• Potenciais auditivos evocados de latência média
• Onda Pb (P1 ou P50):
• Exógeno
• Atenção
• Córtex auditivo primário e secundário
• Sua amplitude reflete a inibição de estímulos ou distratores
irrelevantes, um processo conhecido como modulação
sensorial (sensory gating).
• Fases atencional quanto pré-atencional do
processamento da informação.
• Indicador da maturidade da via auditiva.

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Análise do processamento auditivo da linguagem através da eletrofisiologia

• Via auditiva central e eletrofisiologia


• Potenciais auditivos evocados corticais
• FFR
• Avaliam a percepção da estrutura linguística de uma sinal verbal
• Estímulo fala sintetizada /da/
• Componentes
• Complexo VA (10 mseg)
• Onset
• Porção transiente do estímulo que reflete a decodificação das mudanças
temporais rápidas da consonante
• Onda C
• Transiçåo das formantes da consonante e a vogal
• Ondas D, E, F
(Skoe e Kraus, 2011)
• Estrutura harmônoica da vogal. F0, F1 e F2
• Onda O
• Offset
• Final do estímulo

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Análise do processamento auditivo da linguagem através da eletrofisiologia

• Via auditiva central e eletrofisiologia


• Potenciais auditivos evocados corticais
• FFR

• Componentes

• V, A, C e O avaliam as partes transientes do estímulo

• D, E e F avaliam as partes estacionárias do estímulo

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Análise do processamento audi:vo da linguagem através da eletrofisiologia

• Via auditiva central e eletrofisiologia


• Potenciais auditivos evocados corticais
• Onda P1 – N1 – P2

• Exógenos ou sensoriais, dependentes das características físicas do estímulo externo.

• Atividade elétrica relativa à chegada do estímulo auditivo ao córtex e início do processamento cortical.

• Responde as características físicas e temporais do estímulo, frequência, intensidade e duração.

• Tem relação com a percepção da fala, maturação do sistema auditivo e qualidade do processamento auditivo.

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Análise do processamento auditivo da linguagem através da eletrofisiologia

• Via audiBva central e eletrofisiologia


• Potenciais audiPvos evocados corPcais
• Onda N1

• Exógeno.

• Áreas corlcais audilvas não primárias.

• Avalia as caracteríslcas msicas do som.

• Reapresenta a formação de um traço de memória sensorial do esnmulo audilvo e a disponibilidade da informação sensorial no córtex audilvo.

• Avalia a capacidade da discriminação audilva.

• É um correlato da memória sensorial ecoica.

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Análise do processamento auditivo da linguagem através da eletrofisiologia

• Via auditiva central e eletrofisiologia


• Potenciais auditivos evocados corticais
• Onda P2 (145 – 200 mseg)

• Exógeno

• Córtex auditivo primário e secundário

• Percepção da estimulação auditiva repetitiva e não relevante para o sujeito (ruído de fundo)

• A maior amplitude, maior rejeição do sujeito à informação irrelevante (habituação).

• É um indicador da capacidade de separação figura-fundo.

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• Via auditiva central e eletrofisiologia


• Potenciais auditivos evocados corticais
• Onda N200 (200 – 400 mseg)

• Exógeno

• Córtex cingulado anterior

• Tem relação a atenção executiva

• Monitoramento dos erros

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Análise do processamento auditivo da linguagem através da eletrofisiologia

• Via auditiva central e eletrofisiologia


• Potenciais auditivos evocados corticais
• Complexo N2 (150 – 225 mseg)

• Componentes N2a e N2b

• N2a

• Paradigma oddball

• Ocorre quando se introduz um estímulo estranho entre uma série de estímulos repetitivos aos que o sujeito não atende.

• Analisa a resposta automática e involuntária do sistema sensorial na discriminação auditiva entre dois estímulos sonoros e sem o
direcionamento da atenção ativa ao estímulo. Frizzo (2018)

• Avalia a discriminação

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Análise do processamento auditivo da linguagem através da eletrofisiologia

• Via auditiva central e eletrofisiologia


• Potenciais auditivos evocados corticais
• Complexo N2 (150 – 225 mseg)
• Componentes N2a e N2b
• N2b
• Paradigma oddball
• Primeiro potencial endógeno
• Ocorre quando se introduz um estímulo estranho entre uma série de estímulos repetitivos aos que o sujeito atende.
• Representa a categorização e discriminação de estímulos ante os que deve ser dado uma resposta.
• Obtém-se ante estímulos atendidos relevantes para a tarefa.
• A latência é um índice do tempo requerido para a categorização do estímulo (velocidade de processamento).

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Análise do processamento auditivo da linguagem através da eletrofisiologia

• Via auditiva central e eletrofisiologia


• Potenciais auditivos evocados corticais
• Complexo P3 (250 – 450 mseg)
• Componentes P3a e P3b
• P3a
• Hipocampo e lobo frontal
• Tem relação a atenção
• Reflete o processo de redirecionamento de atenção controlando as respostas do cérebro aos distratores ambientais.

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Análise do processamento auditivo da linguagem através da eletrofisiologia

• Via auditiva central e eletrofisiologia


• Potenciais auditivos evocados corticais
• Complexo P3 (250 – 450 mseg)
• Componentes P3a e P3b
• P3b (P300)
• Via auditiva temporoparietal
• Reconhecimento consciente do estímulo
• É um indicador fiável da memória de curto prazo.
• Avalia a capacidade discriminação, reconhecimento e classificação do estímulo.
• Uma menor amplitude supõe:
• Deficiente focalização dos recursos atencionais.
• Demora nas latências representa:
• Incremento no tempo para processar os estímulos e resolver a incerteza a respeito de sua relevância.
• Lentidão no processamento da informação.

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Análise do processamento audi:vo da linguagem através da eletrofisiologia

• Via auditiva central e eletrofisiologia


• Potenciais auditivos evocados corticais
• N400
• Independente da modalidade sensorial.
• Aparece em tarefas de tipo exclusivamente linguístico.
• Reflete processamento semântico.
• Reflete um processo de integração da palavra dentro do contexto da frase.
• P600
• Principalmente aparece frente a anomalias sintáticas.
• Processamento sintático da oração.
• Supõe uma integração dos processos sintáticos e semânticos.
• N900
• Parece se relacionar com a integração da oração no contexto do discurso.

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Modelos neurológicos da lingaugem

• A primeira contribuição ao estudo da anatomia associada à linguagem se deve a Paul Broca (1861), que
descreveu a área de Broca, encontrada no giro frontal inferior esquerdo e críBca na produção da linguagem
oral.

De Charlyzona - Trabajo propio, CC BY-SA 3.0,


https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=4265251

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Modelos neurológicos da lingaugem

• Em 1874, Carl Wernicke descreveu o que é conhecido como área de Wernicke, parte posterior do giro temporal
superior e é fundamental para entender a linguagem.

De Charlyzon - Trabajo propio, CC BY-SA 3.0,


https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=4265246

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Modelos neurológicos da lingaugem

• Em 1885, Ludwing Lichtheim ampliou o modelo de Wernicke, representando o processo com um diagrama de
caixa e seta, colocando a entrada sensorial e a saída do motor na parte inferior, a representação audiBva e
motora no centro e a parte conceitual no topo.

SEMÁNTICA

MOTOR AUDITIVO

OUTPUT INPUT

Ludwing Lichtheim, 1885

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Modelos neurológicos da lingaugem

• Norman Geschwind, em 1970, melhorou o modelo Wernicke-Lichtheim. A área de Wernicke era a área de
entendimento e a área de produção de Broca. Quando uma palavra é reconhecida, a área de Wernicke é
ativada, que se conecta à área de Broca através do fascículo arqueado. Se precisar ser articulada, a área de
Broca ativa a área motora primária

Fundació Universitat Oberta de Catalunya

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Modelos neurológicos da linguagem

• Modelo de dupla rota de Hickok y Poeppel (2004)

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Modelos neurológicos da linguagem

• Modelo de dupla rota de Hickok y Poeppel (2004)


• Circuito auditivo motor (via dorsal)
• Do som a fala
• Liga a área de Wernicke à área de Broca através do fascículo arqueado
• Crítico do desenvolvimento da linguagem em bebês
• Permite a aquisição de consciência fonológica
• Permite treinar a conexão entre a representação dos sons e a articulação motora
• Permite a conversão de representações auditivas em motoras
• Caminho das pseudopalavras
• Processamento subléxico
• Sua capacidade de repetição e armazenamento de curto prazo (alça fonológica) de
novas informações aprendidas através da linguagem (memória declarativa)
• Mantém o componente fonológico da memória de curto prazo a partir da articulação e
repetição interna (alça fonológica) das informações fonológicas armazenadas
• Permite o reconhecimento das representações lexicais de cada idioma

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Modelos neurológicos da linguagem

• Modelo de dupla rota de Hickok y Poeppel (2004)


• Circuito conceitual (via ventral)
• Do som ao significado
• Liga a área de Wernicke à área de Broca através do fascículo longitudinal inferior, do
fascículo frontooccipital inferior e do fascículo uncinado
• Vamos entender o significado das palavras acessando as representações conceituais
nas quais o conhecimento é armazenado
• Vamos entender o significado das frases e sua estrutura sintática
• Não há distinção entre idiomas, pois a representação do conceito é independente do
idioma.
• Os conceitos associados às palavras ou objetos e informações do mundo são
armazenados na memória semântica
• A memória semântica é imediatamente acessível, sem processo de recuperação ativo
• Acesso ao significado
• Processamento lexical
• Fechamento fonológico

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Modelos neurológicos da linguagem

• Modelo de dupla rota de Hickok y Poeppel (2004): Circuito conceitual (via ventral)

ÁREA AUDITIVA PRIMÁRIA (41 BRODMANN)

ÁREA AUDITIVA DE ASOCIAÇÃO (42 BRODMANN)

ÁREA DE WERNICKE (22 BRODMANN)

ÁREA DE BROCA (44 DE BRODMANN)

ÁREA PREMOTORA (6 DE BRODMANN)

ÁREA MOTORA (4 DE BRODMANN)

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Modelos neurológicos da linguagem

• Modelo de dupla rota de Hickok y Poeppel (2004): Circuito conceitual (via ventral)
ÁREA AUDITIVA PRIMÁRIA (41 BRODMANN)

ÁREA AUDITIVA DE ASOCIAÇÃO (42 BRODMANN)

ÁREA DE WERNICKE (22 BRODMANN)

CIRCUNVOLUÇÃO ANGULAR (39 BRODMANN)

CIRCUNVOLUÇAO OCCIPITOTEMPORAL INFERIOR (37 BRODMANN)

CIRCUNVOLUÇÃO TEMPORAL MEDIA (21 BRODMANN)

ÁREA DE BROCA (45 DE BRODMANN)

ÁREA PREMOTORA (6 DE BRODMANN)

ÁREA MOTORA (4 DE BRODMANN)

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Níveis de análise da linguagem

NÍVEIS DESCRIÇÃO UNIDADE BÁSICA


Fonológico Estuda a produção dos sons e as regras de combinação Fonema
Morfológico Conjunto de regras que permitem a formação de palavras Morfema
Léxico Sistema de palavras que compõem uma língua Lexema
Semántico Representação do conhecimento sobre os objetos/entidades do Palavra
mundo, seus relacionamentos e/ou eventos a eles associados
Sintático Regras que combinam e ordenam palavras para formar frases Oração
Pragmático Variações de significado dependendo do contexto Discurso

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Níveis de análise da linguagem

• Desenvolvimento da linguagem
• Bottom-up
FOCALIZAÇÃO CONCEITIUAL

SELEÇÃO
LÉXICA
ORGANIZAÇÃO SINTÁTICA

ACESSO SEMÂNTICO

RECUPERAÇÃO MORFOLÓGICA

MORFOLÓGICA
RECUPERAÇÃO
PROSÓDIA / SILABAÇÃO

CODIFICAÇÃO FONÉTICA

INPUT AUDITIVO

BOTTOM-UP

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ESTIMULAÇÃO NEUROAUDITIVA – Comunicando o processamento com a linguagem

Níveis de análise da linguagem

• Uso da linguagem
• Top-down TOP-DOWN

FOCALIZAÇÃO CONCEITIUAL

SELEÇÃO
LÉXICA
ACESSO SEMÂNTICO

ORGANIZAÇÃO SINTÁTICA

RECUPERAÇÃO MORFOLÓGICA

MORFOLÓGICA
RECUPERAÇÃO
PROSÓDIA / SILABAÇÃO

CODIFICAÇÃO FONÉTICA

ARTICULAÇÃO

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Processamento da linguagem

• Discriminação dos sons da fala


• Contraste surdo – sonoro
• V.O.T.
• Contraste por ponto de articulação
• Transição das formantes

acustica básica
domingo-roman.net

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Processamento da linguagem

• Discriminação dos sons da fala


• Contraste surdo – sonoro
• V.O.T.

/ta/ /da/

1. Vibração das pregas vocais enquanto articula-se a consonante.


2. Explosão da consonante.
3. Movimento de formantes para passar da consonante à vogal.
4. Formantes correspondentes à vogal.

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ESTIMULAÇÃO NEUROAUDITIVA – Comunicando o processamento com a linguagem

Processamento da linguagem

• Discriminação dos sons da fala


• Contraste por ponto de articulação
• Transição das formantes

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Modificada de liceu.uab.es

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ESTIMULAÇÃO NEUROAUDITIVA – Comunicando o processamento com a linguagem

Processamento da linguagem

• Discriminação dos sons da fala


• Contraste por ponto de articulação
• Transição das formantes

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ESTIMULAÇÃO NEUROAUDITIVA – Título

OBRIGADO

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ESTIMULAÇÃO NEUROAUDITIVA – Título

Bibliografia

• de Lemos Menezes, P., Lira de Andrade, K., Figueiredo Frizzo, A., Lins Carnaúba, A., e Gomes Lins, O.
(2018). Tratado de eletrofisiologia parea a audiologia (1st ed.). São Paolo: Book Toy.

• Barbosa, P., & Madureira, S. (2015). Manual de foné4ca acús4ca experimental (1st ed.). São Paolo: Cortez.

• Redolar Ripoll, D. (2013). Neurociencia cogni4va (2nd ed.). Madrid: Médica Panamericana.

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