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UNIVERSIDADE DE FORTALEZA
Centro de Ciências da Saúde
Primeiros Socorros
R.478
Primeiros Socorros
Professora:
Sônia Ficagna
CHANCELER
Airton José Vidal Queiroz
REITORA
Fátima Maria Fernandes Veras
VICE-REITORES
De Graduação: Henrique Luís do Carmo e Sá
De Pós-Graduação: Lilia Maia de Morais Sales
De Extensão: Randal Martins Pompeu
De Administração: José Maria Gondim Felismino Júnior
DIRETORIAS
Antônio Roosevelt G. Chaves – NATI
Marcelo Nogueira de Magalhães – Planejamento
João José Vasco Peixoto Furtado – Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação
Ana Leopoldina M. Quezado V. Vale – Comunicação e Marketing
COORDENADORES DE CURSO
Educação Física – Lia Maria Brasil de S. Barroso
Enfermagem – Geisy Lanne Muniz Luna
Estética e Cosmética - Lia Maria Brasil de S. Barroso
Farmácia – Geisy Lanne Muniz Luna
Fisioterapia - Lia Maria Brasil de S. Barroso
Fonoaudiologia – Lia Maria Brasil de S. Barroso
Medicina – Rivianny Arrais Nobre
Medicina Veterinária – Marília de Oliveira Taumaturgo
Nutrição – Geisy Lanne Muniz Luna
Odontologia – Fernando André Campos Viana
Psicologia – Karla Carneiro Romero Correia
Terapia Ocupacional - Lia Maria Brasil de S. Barroso
Apresentação........................................................................................................... 4
Mapa conceitual....................................................................................................... 5
Bibliografia............................................................................................................... 8
Cronograma.............................................................................................................. 9
Avaliação.................................................................................................................. 26
Anexos...................................................................................................................... 35
Apresentação
Sinta-se muito bem-vindo (a) ao módulo de Primeiros Socorros. Neste módulo você
entrará em contato com experiências teóricas e práticas em Primeiros Socorros, desde a
abordagem à vítima, a prestação dos Primeiros Socorros e seu transporte caso seja
necessário.
Este módulo engloba diferentes práticas pedagógicas, organizadas em torno de
estratégias metodológicas ativas, portanto, você profissional em formação, estará
sistematicamente participando, como ator principal, de um processo de construção de
conhecimentos, habilidades e atitudes, o qual será mediado por mim. Este método depende,
então, em grande parte de uma atitude de colaboração e integração efetiva entre todos os
que participam - professores e alunos (profissionais em formação) - a fim de que, haja o
sucesso esperado.
Nossas práticas serão voltadas para o desenvolvimento de habilidades para resolução de
problemas, necessitando constantemente de grande participação e empenho nas atividades
que serão desenvolvidas.
A construção do módulo e a elaboração deste manual foram realizadas pensando em
seu desenvolvimento e aprendizado e também no intuito de que você possa tirar o maior
proveito de seu conteúdo e se envolva em um processo de ensino-aprendizagem dinâmico e
significativo.
Bons Estudos!
Sônia Ficagna
MAPA CONCEITUAL PRIMEIROS SOCORROS
Objetivos Gerais de Aprendizagem
OBJETIVO GERAL 1
✓ Discriminar o estado geral do paciente e as circunstâncias que determinam a
ressuscitação cardiorrespiratória
✓ Apresentar atitude ética nas diversas intervenções.
OBJETIVO GERAL 2
✓ Interpretar a relação dos sinais vitais e sinais de apoio com as alterações de
saúde do paciente que necessita de atendimento de emergência.
✓ Realizar atendimento de emergência com o domínio correto das técnicas de
primeiros socorros
OBJETIVO GERAL 3
✓ Descrever os métodos de ventilação artificial para cada situação específica.
✓ Aplicar os métodos de ventilação artificial em situações de emergência.
✓ Demonstrar atitudes éticas nas intervenções
OBJETIVO GERAL 4
✓ Analisar a fisiologia da parada cardiorrespiratória.
✓ Aplicar as principais técnicas de circulação artificial em casos de
ressuscitação.
✓ Demonstrar atitudes éticas nas intervenções
OBJETIVO GERAL 5
✓ Correlacionar o tratamento adequado de acordo com o tipo de lesão
apresentada.
✓ Aplicar técnicas de primeiros socorros em casos de lesões de tecidos moles e
hemorragias.
✓ Apresentar cuidados específicos com o uso de Equipamentos de Proteção
Individual.
OBJETIVO GERAL 6
✓ Analisar a fisiologia da pele nas intercorrências das principais queimaduras.
✓ Aplicar os métodos de tratamento de emergências adequadas aos tipos de
queimaduras.
OBJETIVO GERAL 7
✓ Descrever a fisiologia do choque e explicar as etapas e o papel da terapêutica
intravenosa no seu tratamento.
✓ Aplicar os métodos de prevenção e primeiros socorros em choques.
OBJETIVO GERAL 8
✓ Identificar a sintomatologia e as causas de desmaios e crises epiléticas.
✓ Aplicar os primeiros socorros para desmaios de origem inespecífica e crises
epiléticas.
✓ Demonstrar atitudes éticas nas intervenções em desmaios e crises epiléticas.
MÓDULO: PRIMEIROS SOCORROS – R.478 –
Bibliografia
Bibliografia Básica
MARTINS, H. S. (Ed.), DAMASCENO, M. C. T. (Ed.), AWADA, S. B. (Ed.) Pronto-
socorro: diagnóstico e tratamento em emergências. 2. ed. Barueri, SP: Manole,
2008, 2178p.
NASI, L. A. et al. Rotinas em Pronto Socorro. 2ª ed. Artmed, Porto Alegre: 2006,
797p.
Bibliografia Complementar
Cronograma
SEMANA CONTEÚDO LOCAL
Educação Física
Semana 1
Primeiros Socorros
Estrutura da Atividade
Semana 2
Suporte Básico de Vida
Estrutura da Atividade
QUESTIONÁRIO
Descreva abaixo, como suas palavras o que é significa Suporte Básico de Vida (SBV)?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Quando nos deparamos com uma situação de risco de vida, que necessita de SBV, qual é
o primeiro procedimento que deve ser tomado?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Avaliação
Semana 3
Ética nos Primeiros Socorros
Estrutura da Atividade
Avaliação
Ler o Texto construído em sala, e tirar dúvidas em relação ao tema, valendo 1,0 ponto para
composição da NP1
Semana 4 e 5
Sinais Vitais e Sinais de Apoio
http://unifor.bv3.digitalpages.com.br/users/publications/9788520434789/p
ages/37
Semanas 6
Asfixia e Métodos de Ventilação Artificial
Estrutura da Atividade
Semanas 7
Prova Colegiada Teórica (50% da Nota da NP1), esta avaliação valerá 5,0 pontos
na composição da NP1
Semanas 8 e 9
Parada Cardiorrespiratória e Ressuscitação Cardíaca
Estrutura da Atividade
Semana 10 e 11
Os tecidos moles são aqueles que não são ossos nem dentes. A pele, tecidos
gordurosos, músculos e órgãos internos fazem parte dos tecidos moles. (BRASIL,
20103).
Fonte:https://www.google.com.br/search?q=LES%C3%95ES+DE+TECIDOS+MOLES&client=firefox-b-
ab&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjlsemWwpfRAhWJgpAKHawFDpQQ_AUICCgB&biw=1047&bih=505#im
grc=oOZhlPtyyNLz0M%3A
Estrutura da Atividade
Aula 1. Leitura Pipoca do anexo VIII deste Caderno e discussão dos principais pontos.
Aula 2. Aula expositiva e Vídeo sobre Hemorragias:
https://www.youtube.com/watch?v=JG1wfNUTzCc
Semana 12
Emergências em Queimaduras
Fonte: https://www.google.com.br/search?q=queimaduras&client=firefox-b-
ab&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwiftsjPzJfRAhUEDZAKHdj3CKQQ_AUICCgB&biw=1047&bih=505#imgdii=qAjGbph
iR0awQM%3A%3BqAjGbphiR0awQM%3A%3BQNuqQHcLYCL8sM%3A&imgrc=qAjGbphiR0awQM%3A
Estrutura da Atividade
TBL
Ler o Capítulo 24 do livro digital Primeiros Socorros para Estudantes. P. 403-426.
Endereço eletrônico:
http://unifor.bv3.digitalpages.com.br/users/publications/9788520434789/pages/-20
Responder as questões em sala de aula após leitura prévia do capítulo 24.
Semana 13
Avaliação
AVALIAÇÃO
Seguindo os requisitos da UNIFOR (CF. Resolução R18 de 01/07/2005), um mínimo de
8,0 (oito) na média aritmética das Notas Parciais constituirá critério para a aprovação. De
igual forma, será exigida a frequência mínima regulamentar de 75% (setenta e cinco por
cento) requerida nas atividades dos demais cursos de graduação. O aluno que tiver obtido
média aritmética das duas Notas Parciais inferior a 8,0 (oito vírgula zero) e igual ou superior
a 4,0 (quatro vírgula zero), e obtido o mínimo de 75% (setenta e cinco por cento) de
frequência às atividades acadêmicas deverá se submeter à Avaliação Final (AF), realizada no
final do semestre, com conteúdo cumulativo.
A nota da Prova Final não poderá ser inferior a 4,0 (quatro vírgula zero). Ficará
aprovado no módulo o aluno que obtiver Média Global igual ou superior a 5,0 (cinco vírgula
zero), calculada entre a média das duas Notas Parciais e a Nota Final. As notas parciais têm
valor máximo de 10 pontos.
A 1ª nota parcial (NP1) refletirá o desempenho do aluno nas seguintes atividades:
1. Prova Colegiada (5,0 pontos)
2. Responder o questionário SBV (1,0 ponto)
3. Texto ética nos primeiros socorros (1,0 ponto)
4. Mapa Conceitual Sinais Vitais e Sinais de Apoio (1,0 ponto)
5. Avaliação Asfixias (2,0 pontos)
A 2ª nota parcial (NP2), semelhante à NP1, será composta de uma série de avaliações:
1. Prova Colegiada (5,0 pontos)
2. Avaliação Prática Parada cardiorrespiratória (2,0 pontos)
3. Avaliação Prática Hemorragias (2,0 pontos)
4. Fichamento Anafilaxia
PRIMEIROS SOCORROS
Esta é uma avaliação do Módulo que você está cursando. Ao final, por favor, responda aos quesitos destaque e
devolva-a à professora. É um instrumento sigiloso, não identificado, cujo propósito fundamental é avaliar o
processo de ensino-aprendizagem desenvolvido. Nenhuma informação pessoal ou qualquer forma de
identificação será associada a este documento. Obrigada.
1 2 3 4 5
Fraco, Insuficiente, requer
Regular Bom Excelente
requer grande melhoria melhorias
AULAS PRÁTICAS
Os objetivos da aula foram previamente listados de forma clara
Facilitação da aprendizagem
Integração com outras atividades do módulo
Papel dos professores
Recursos materiais (unidades de saúde, salas, equipamentos).
CONFERÊNCIAS
Objetivos foram expostos previamente e cumpridos ao final do tempo da conferencia
Organização (sequência de tópicos, quantidade de trabalho/estudo
Facilitação da aprendizagem
Integração com outras atividades do módulo
Recursos materiais e didáticos (auditório, equipamentos, som, etc)
AVALIAÇÃO GERAL DO MÓDULO
Abrangência (quantidade de tópicos, nível de profundidade)
Relevância dos temas
Os objetivos de aprendizagem previstos foram atingidos
Nível geral de integração entre as atividades do próprio módulo
Integração entre as atividades do módulo com outros módulos
Universidade de Fortaleza
Centro de Ciências da Saúde
Módulo Primeiros Socorros
Você deve usar a escala abaixo para fazer a avaliação do seu desempenho deste semestre
até o presente momento
AVALIAÇÃO DO APRENDIZADO
1. Se você respondeu que observa lacunas no seu conhecimento básico, cite quais são
estas lacunas.
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
3. Quais são as áreas do Programa de Apoio Didático (PAD) que você procurou?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
5. Qual área?_____________________________________________________
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Módulo Primeiros Socorros
Nome do aluno(a):_________________________________________________
Matrícula_________________Data:____/_____/_____Curso:________________
Você deve usar a escala abaixo para fazer a avaliação do seu desempenho neste semestre,
até o presente momento
AVALIAÇÃO DO APRENDIZADO
1. Se você respondeu que observa lacunas no seu conhecimento básico, cite quais são
estas lacunas.
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
__________________________________________________
3. Quais são as áreas do Programa de Apoio Didático (PAD) que você procurou?
_____________________________________________________________________
___________________________________________________________
5. Qual área?_____________________________________________________
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Módulo Primeiros Socorros
ESCALA
1-Discordo 2-Discordo 4-Concordo 5-Concordo
3-Neutro
totalmente Parcialmente parcialmente totalmente
A PROFESSORA 1 2 3 4 5
1. Teve papel importante na mediação da aprendizagem
2. Apresentou segurança na mediação do processo de ensino-aprendizagem
3. Deu suporte nas atividades desenvolvidas nas semanas
4.Oportunizou o refazimento das aprendizagens
5.Esteve disponível para todos os alunos durante o semestre
6.foi pontual e assídua
Pontos fortes:___________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
Data:____/____/_____
Educação Física
Anexos
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Módulo Primeiros Socorros
ANEXO I –
INTRODUÇÃO
Em situações de emergência, a avaliação da vítima e seu atendimento devem
ser prontamente realizados de forma objetiva e eficaz, a fim de aumentar a
sobrevida e reduzir as sequelas dessas vítimas.
O suporte básico de vida inclui várias etapas do socorro à vítima em situação
que represente risco de vida. Na maioria das vezes, o socorro a essas vítimas tem
início fora do ambiente hospitalar. O reconhecimento precoce da vítima de infarto do
miocárdio ou acidente vascular cerebral deflagra o suporte básico de vida, que inclui:
O socorrista leigo que presencia uma vítima com dor torácica deve:
✓ Reconhecer os sinais e sintomas da síndrome coronariana aguda;
✓ Manter a vítima em repouso, sentada ou deitada;
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Módulo Primeiros Socorros
✓ Chegada no hospital.
Uma assistência adequada e qualificada é fundamental para o paciente chegue ao
hospital com vida.
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Módulo Primeiros Socorros
ANEXO III
Temperatura Corporal
A temperatura resulta do equilíbrio térmico mantido entre o ganho e a perda
de calor pelo organismo. A temperatura é um importante indicador da atividade
metabólica, já que o calor obtido nas reações metabólicas se propaga pelos tecidos
e pelo sangue circulante.
A temperatura do corpo humano está sujeita a variações individuais e a flutuações
devido a fatores fisiológicos como: exercícios, digestão, temperatura ambiente e
estado emocional.
A avaliação diária da temperatura de uma pessoa em perfeito estado de
saúde nunca é maior que um grau Celsius, sendo mais baixa pela manhã e um
pouco elevada no final da tarde. Existe pequena elevação de temperatura nas
mulheres após a ovulação, no período menstrual e no primeiro trimestre da gravidez.
Nosso corpo tem uma temperatura média normal que varia de 35,9 a 37,2ºC.
A avaliação da temperatura é uma das maneiras de identificar o estado de uma
pessoa, pois em algumas emergências a temperatura muda muito.
O sistema termorregulador trabalha estimulando a perda de calor em
ambientes de calor excessivo e acelerando os fenômenos metabólicos no frio para
Perda de Calor
O corpo humano perde calor através de vários processos que podem ser
classificados da seguinte maneira:
Eliminação - fezes, urina, saliva, respiração.
Evaporação - a evaporação pela pele (perda passiva) associada à eliminação
permitirá a perda de calor em elevadas temperaturas.
Condução - é a troca de calor entre o sangue e o ambiente. Quanto maior é a
quantidade de sangue que circula sob a pele maior é a troca de calor com o meio. O
aumento da circulação explica o avermelhamento da pele (hiperemia) quando
estamos com febre.
Verificação da Temperatura
Oral ou bucal - Temperatura média varia de 36,2 a 37ºC. O termômetro deve ficar
por cerca de três minutos, sob a língua, com o paciente sentado, semi-sentado
(reclinado) ou deitado.
Não se verifica a temperatura de vítimas inconscientes, crianças depois de ingerirem
líquidos (frios ou quentes) após a extração dentária ou inflamação na cavidade oral.
Axilar - Temperatura média varia de 36 a 36,8ºC. A via axilar é a mais sujeita a
fatores externos. O termômetro deve ser mantido sob a axila seca, por 3 a 5
minutos, com o acidentado sentado, semi-sentado (reclinado) ou deitado. Não se
verifica temperatura em vítimas de queimaduras no tórax, processos inflamatórios na
axila ou fratura dos membros superiores.
Retal - Temperatura média varia de 36,4 a 37,ºC. O termômetro deverá ser lavado,
seco e lubrificado com vaselina e mantido dentro do reto por 3 minutos com o
acidentado em decúbito lateral, com a flexão de um membro inferior sobre o outro.
Não se verifica a temperatura retal em vítimas que tenham tido intervenção cirúrgica
no reto, com abscesso retal ou perineorrafia.
A verificação da temperatura retal é a mais precisa, pois é a que menos sofre
influência de fatores externos.
A vítima com febre, muito alta e prolongada, pode ter lesão cerebral
irreversível. A temperatura corporal abaixo do normal pode acontecer após
depressão de função circulatória ou choque.
Febre
A febre é a elevação da temperatura do corpo acima da média normal.Ela
ocorre quando a produção de calor do corpo excede a perda. Tumores, infecções,
acidentes vasculares ou traumatismos podem afetar diretamente o hipotálamo e com
isso perturbar o mecanismo de regulagem de calor do corpo. Portanto, a febre deve
ser vista também como um sinal que o organismo emite. Um sinal de defesa.
Devemos lembrar que pessoas imunodeprimidas podem ter infecções graves
e não apresentarem febre.
A vítima de febre apresenta a seguinte sintomatologia:
• Inapetência (perda de apetite)
• Mal estar
• Pulso rápido
• Sudorese
• Temperatura acima de 40 graus Celsius
• Respiração rápida
• Hiperemia da pele
• Calafrios
• Cefaléia (dor de cabeça)
Pulso
O pulso é a onda de distensão de uma artéria transmitida pela pressão que o
coração exerce sobre o sangue. Esta onda é perceptível pela palpação de uma
artéria e se repete com regularidade, segundo as batidas do coração.
Existe uma relação direta entre a temperatura do corpo e a frequência do
pulso. Em geral, exceto em algumas febres, para cada grau de aumento de
temperatura existe um aumento no número de pulsações por minuto (cerca de 10
pulsações).
O pulso pode ser apresentado variando de acordo com sua frequência,
regularidade, tensão e volume.
a) Regularidade (alteração de ritmo)
Pulso rítmico: normal
Pulso arrítmico: anormal
b) Tensão
c) Frequência - Existe uma variação média de acordo com a idade como pode ser
visto no Quadro abaixo:
Pulso normal Faixa etária
60-70 bpm Homens adultos
70-80 bpm Mulheres adultas
80-90 bpm Crianças acima de 7 anos
80-120 bpm Crianças de 1 a 7 anos
110-130 bpm Crianças abaixo de um ano
130-160 bpm Recém-nascidos
Respiração
A respiração é uma das funções essenciais à vida. É através dela que o corpo
promove permanentemente o suprimento de oxigênio necessário ao organismo, vital
para a manutenção da vida.
A respiração é comandada pelo Sistema Nervoso Central. Seu funcionamento
processa-se de maneira involuntária e automática. É a respiração que permite a
ventilação e a oxigenação do organismo e isto só ocorre através das vias aéreas
desimpedidas.
A observação e identificação do estado da respiração de um acidentado de
qualquer tipo de afecção é conduta básica no atendimento de primeiros socorros.
Muitas doenças, problemas clínicos e acidentes de maior ou menor proporção
alteram parcialmente ou completamente o processo respiratório.
Fatores diversos como secreções, vômito, corpo estranho, edema e até
mesmo a própria língua podem ocasionar a obstrução das vias aéreas.
A obstrução produz asfixia que, se prolongada, resulta em parada
cardiorrespiratória.
O processo respiratório manifesta-se fisicamente através dos movimentos
ritmados de inspiração e expiração. Na inspiração existe a contração dos músculos
que participam do processo respiratório, e na expiração estes músculos relaxam-se
espontaneamente. Quimicamente existe uma troca de gazes entre os meios
externos e internos do corpo. O organismo recebe oxigênio atmosférico e elimina
dióxido de carbono. Esta troca é a hematose, que é a transformação, no pulmão, do
sangue venoso em sangue arterial.
Deve-se saber identificar se a pessoa está respirando e como está
respirando. A respiração pode ser basicamente classificada por tipo e frequência.
Pressão Arterial
Uma pessoa com hipertensão deverá ser mantida com a cabeça elevada;
deve ser acalmada; reduzir a ingestão de líquidos e sal e ficar sob observação
permanente até a chegada do médico. No caso do hipotenso deve-se promover a
ingestão de líquidos com pitadas de sal, deitá-lo e chamar um médico.
Referência bibliográfica
Brasil, Ministério da Saúde. Fundação Oswaldo Cruz. FIOCRUZ. Vice-Presidência
de Serviços de Referência e ambiente. Núcleo de Biossegurança. NUBio. Manual de
Primeiros Socorros. Rio de Janeiro. Fundação Oswaldo Cruz, 2003.
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Módulo de Primeiros Socorros
SINAIS DE APOIO
Os sinais de apoio auxiliam nas informações sobre o estado de saúde de uma pessoa;
podem ser alterados em casos de hemorragia, parada cardíaca ou uma forte batida na
cabeça; tornam-se cada vez mais evidentes com o agravamento do estado;
Os principais Sinais de apoio são:
1. Dilatação e reatividade das pupilas
2. Cor e umidade da pele
3. Estado de consciência
4. Motilidade e sensibilidade do corpo
Dilatação e Reatividade das Pupilas
A pupila é uma abertura no centro da íris - a parte colorida do olho - e sua função
principal é controlar a entrada de luz no olho para a formação das imagens que vemos. A
pupila exposta à luz se contrai. Quando há pouca ou quase nenhuma luz a pupila se dilata,
fica aberta e quando a pupila está totalmente dilatada, é sinal de que o cérebro não está
recebendo oxigênio, exceto no uso de colírios midriáticos ou certos envenenamentos.
O objetivo da avaliação das pupilas concentra-se em buscar os seguintes dados:
reatividade, simetria, forma e diâmetro. A reatividade demonstra o funcionamento dos III e
IV pares cranianos. Quando há reação pupilar ao feixe de luz diz-se que houve reação foto
Alteração Ocorrência
Estado de Consciência
CAUSAS: Desmaio, estado de choque, estado de coma, convulsão, parada cardíaca, parada
respiratória, alcoolismo, intoxicação por drogas, outras circunstâncias de saúde e lesão.
NÍVEIS DE CONSCIÊNCIA
A.V.D.I
A – Estado de Alerta
V – Resposta aos estímulos verbais
D – Resposta aos estímulos dolorosos
I – Inconsciência Total
Referências:
GARCIA, Sérgio Britto (Ed.). Primeiros socorros: fundamentos e práticas na comunidade, no
esporte e ecoturismo. São Paulo: Atheneu, 2003.
GONÇALVES, Aguinaldo et al. Saúde coletiva e urgência em educação física e esportes.
Campinas: Papirus, 1997.
HAFEN, Brent Q; KARREN, Keith J; FRANDSEN KATHRYN J. Guia de primeiros socorros para
estudantes. 7. ed. São Paulo: Manole, 2002.
MINISTÉRIO DA SAÚDE, Manual de Primeiros Socorros. Rio de janeiro: Fundação Oswaldo
Cruz, 2003.
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Módulo Primeiros Socorros
Asfixia – Introdução
Asfixia pode ser definida como sendo parada respiratória, com o coração ainda
funcionando.
Causas:
✓ Traumatismos cranianos ou ainda, na boca, o pescoço, ou tórax;
✓ Por fumaça no decurso de um incêndio;
✓ Por afogamento;
✓ Em soterramentos;
Como identificar
Inconsciente:
Dificuldade respiratória pela respiração arquejante, pela cianose acentuada do rosto,
dos lábios e das extremidades (dedos)
Consciente: pela falta de ar ou dificuldade de respirar (sinal universal de asfixia)
Principais Causas
Bloqueio da passagem de ar: Pode acontecer nos casos de afogamento,
secreções e espasmos da laringe, estrangulamento, soterramento e bloqueio do ar
causado por ossos, alimentos ou qualquer corpo estranho na garganta.
Insuficiência de oxigênio no ar: Pode ocorrer em altitudes onde o oxigênio é
insuficiente, em compartimentos não ventilados, nos incêndios em compartimentos
fechados e por contaminação do ar por gases tóxicos (principalmente emanações de
motores, fumaça densa).
Impossibilidade do sangue em transportar oxigênio: Paralisia do centro
respiratório no cérebro: Pode ser causada por choque elétrico, venenos, doenças,
(AVC), ferimentos na cabeça ou no aparelho respiratório, por ingestão de grande
quantidade de álcool, ou de substâncias anestésicas, psicotrópicos e tranquilizantes.
Compressão do corpo: Pode ser causado por forte pressão externa (por exemplo,
traumatismo torácico), nos músculos respiratórios
1. Pergunte se ele está bem, se responder sim, mas estiver com dificuldade de
respirar ou segurando a garganta (sinal universal de asfixia), pode estar com
uma via aérea parcialmente obstruída;
2. Incentive a tossir;
3. Observe-o até que:
a) O objeto seja desalojado e ele volte a respirar normalmente;
b) A via aérea fique totalmente obstruída. Se isso acontecer, faça a manobra de
Heimlich;
4. Mande-o ao médico.
Referências:
GARCIA, Sérgio Britto (Ed.). Primeiros socorros: fundamentos e práticas na
Comunidade, no esporte e ecoturismo. São Paulo: Atheneu, 2003.
GONÇALVES, Aguinaldo et al. Saúde coletiva e urgência em Educação
Física e esportes. Campinas: Papirus, 1997.
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ANEXO IV
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA
O QUE É:
Interrupção da circulação sanguínea decorrente de paralisação súbita e inesperada
dos batimentos cardíacos.
CAUSAS:
DIAGNÓSTICO:
Pode ser obtido através de ausência de pulso e movimentos
respiratórios, inconsciência, cor arroxeada nos lábios e nas unhas, pele
fria e dilatação das pupilas.
SITUAÇÕES DE RISCO:
Cardiopatias, colesterol elevado, hipertensão arterial, diabetes, antecedentes
familiares de morte súbita.
SINAIS:
Dor Torácica, sudorese, palpitações, tontura, escurecimento visual, perda de
consciência.
2010 (Nova): Se a pessoa presente não tiver treinamento em RCP, ela deverá
aplicar a RCP somente com as mãos (somente compressões torácicas) na vítima
adulta com colapso repentino, com ênfase em "comprimir forte e rápido" no centro
do tórax, ou seguir as instruções do atendente/operador do SME. O socorrista deve
continuar a RCP somente com as mãos até a chegada e preparação de um
DEA/DAE para uso ou até que os profissionais do SME ou outros encarregados
assumam o cuidado da vítima. Todos os socorristas leigos treinados devem, no
mínimo, aplicar compressões torácicas em vítimas de PCR. Além disso, se o
socorrista leigo treinado puder realizar ventilações de resgate, as compressões e as
ventilações devem ser aplicadas na relação de 30 compressões para cada 2
ventilações. O socorrista deve continuar a RCP até a chegada e preparação de um
DEA/DAE para uso ou até que os profissionais do SME assumam o cuidado da
vítima.
perda de consciência.
Ligar imediatamente para o SAMU (192), informando a necessidade de uso do
desfibrilador.
Fonte: Travers AH, Rea TD, Bobrow BJ et al. Part 4: CPR Overview: 2010 AHA Guidelines CPR/ECC.
Circulation, 2010; 122:S676-S684
Fonte: Berg et al. Part 5: Adult Basic Life Support. 2010 AHA guidelines for
CPR/ECC. Circulation, 2010; 122: IV156 – 166.
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Módulo Primeiros Socorros
ANEXO VI
ESTADO DE CHOQUE
Faz parte da via final comum em inúmeras doenças fatais, contribuindo, portanto, para
milhões de mortes em todo o mundo (2). É fundamental o seu reconhecimento precoce para
correção das disfunções por ele provocadas e sua causa de base, pois quanto mais precoce o
tratamento, melhor o prognóstico para o doente.
CLASSIFICAÇÃO
carga e diminuição do débito cardíaco (DC). A resistência vascular sistêmica está tipicamente
aumentada na tentativa de compensar a diminuição do DC e manter a perfusão nos órgãos
vitais (3). Pode ser dividido em quatro classes com base na gravidade da perda volêmica,
como demonstrado na Tabela 2. Exemplos: desidratação, hemorragia, sequestro de líquidos
• Obstrutivo: ocorre em consequência de uma obstrução mecânica ao débito cardíaco, o que
ocasiona hipoperfusão tecidual. Causas comuns são: tamponamento cardíaco,
tromboembolismo pulmonar e pneumotórax hipertensivo (1).
• Cardiogênico: é consequência da falência primária da bomba cardíaca, que resulta na
diminuição do débito cardíaco (3). Decorre de interferências sobre o inotropismo e/ou
cronotropismo cardíacos (2). Causas: infarto do miocárdio, arritmias, miocardite, entre outras.
• Distributivo: caracterizado por inadequação entre a demanda tecidual e a oferta de oxigênio
por uma alteração no fluxo sanguíneo. Dessa forma, temos tecidos com fluxo sanguíneo
elevado em relação à necessidade e outros com fluxo sanguíneo elevado em termos
numéricos, mas insuficiente para atender às necessidades metabólicas (2), como ocorre no
choque séptico, anafilaxia e choque neurogênico.
FC: frequência Cardíaca, PA: pressão arterial, FR: frequência respiratória, DU: débito urinário, CH: concentrado
de hemácias. *Estimativa paciente com 70kg
EPIDEMIOLOGIA
A mortalidade do choque é alta. Hollenberg SM et al. (4) estimam uma taxa de mortalidade de
50 a 80% nos pacientes com choque cardiogênico com infarto agudo do miocárdio. Friedman
G et al. (5) estimam uma taxa de mortalidade no choque séptico de 39 a 60%, que não tem
diminuído significativamente nas últimas décadas. A mortalidade do choque hipovolêmico é
mais variável.
FISIOPATOLOGIA
No choque ocorre um desbalanço entre a demanda de oxigênio e o consumo. A privação de
oxigênio leva à hipóxia celular e desarranjo do processo bioquímico a nível celular, que pode
progredir para nível sistêmico. Ocorre alteração do funcionamento das bombas de íons na
membrana celular, edema intracelular, alteração do conteúdo intracelular e regulação
inadequada do pH intracelular. Os efeitos sistêmicos incluem alteração do pH sérico,
disfunção endotelial e estimulação das cascatas inflamatória e anti-inflamatória (6).
Os efeitos da privação de oxigênio são inicialmente reversíveis, mas, rapidamente, tornam-se
irreversíveis. O resultado é morte celular sequencial, dano em órgãos-alvo, falência múltipla
de órgãos e morte (3).
A perfusão tissular sistêmica é determinada pelo débito cardíaco (DC) e resistência vascular
sistêmica. O DC é o produto da frequência cardíaca pelo volume sistólico. A resistência
vascular sistêmica (RVS) é controlada pelo tamanho do vaso, viscosidade sanguínea e é
inversa ao diâmetro do vaso. Uma diminuição da perfusão tissular sistêmica pode ser
consequência da diminuição do DC ou RVS. Esses parâmetros não precisam necessariamente
estar diminuídos. Um pode ter se elevado enquanto o outro está desproporcionalmente
diminuído, como no choque hiperdinâmico, em que a RVS está diminuída e o DC aumentado
(7). O débito cardíaco e a resistência vascular sistêmica podem se alterar de diferentes formas
nos diferentes tipos de choque.
FASES
Pré-choque: É caracterizado por rápida compensação da diminuição da perfusão tecidual
pelos diversos mecanismos homeostáticos. Como exemplo, mecanismos compensatórios
durante o pré-choque podem permitir que um adulto saudável esteja assintomático apesar da
redução de 10% do volume sanguíneo efetivo total (3). Taquicardia, vasoconstrição periférica
e uma modesta redução ou aumento na pressão arterial pode ser o único sinal clínico do
choque (3).
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico do choque é eminentemente clínico, baseado em uma boa anamnese e exame
físico. Para diagnóstico, avaliam-se sinais e sintomas de inadequação da perfusão tecidual (2).
Hipotensão arterial pode estar presente, porém, não é fundamental no diagnóstico de choque.
Em razão disso, deve ser dada atenção especial aos sinais de hipoperfusão tecidual (alteração
do estado mental, alterações cardíacas como taquicardia e, principalmente, alterações renais,
como oligúria em pacientes sem insuficiência renal prévia) (1). A história clínica deve ser
direcionada à procura da etiologia. A avaliação laboratorial auxilia na avaliação da oferta de
oxigênio e sua adequação para o metabolismo tecidual (2). A apresentação clínica varia de
acordo com o tipo de choque e sua causa.
Alguns achados são comuns entre todos os tipos de choques (achados principais), enquanto
alguns outros podem sugerir um tipo de choque em particular (achados sugestivos) (3). Os
achados principais são: hipotensão, oligúria, pele fria e pegajosa, alteração do estado mental e
acidose metabólica.
A hipotensão ocorre na maioria dos pacientes. Pode levar à hipoperfusão tecidual, por isso
deve ser corrigida o mais precoce possível (1). Pode ocorrer hipotensão absoluta (pressão
sistólica menor 90mmHg) ou relativa (diminuição da pressão sistólica maior 40mmHg).
A hipotensão relativa explica-se, em parte, porque o paciente pode estar em choque apesar de
ter uma pressão sanguínea normal ou aumentada. Hipotensão importante pode ocorrer, muitas
vezes sendo necessário vasopressores para manter a pressão de perfusão adequada na
progressão do choque (3). Pode ser medida de forma não in invasiva ou de forma invasiva
através da colocação de um cateter arterial, sendo essa última forma a preferida nos pacientes
em choque ou uso de drogas vasoativas (1). A oligúria pode ser devida ao desvio do fluxo
renal para outros órgãos vitais, à depleção do volume intravascular ou a ambos. Trata-se de
um dos sinais mais precoces e a melhora desse parâmetro ajuda a guiar a terapêutica (1).
Quando a depleção de volume intravascular é a causa a oligúria, pode também ocorrer
hipotensão postural, diminuição do turgor da pele, ausência de transpiração axilar e mucosas
secas (3). Mecanismos compensatórios vasoconstritores potentes são ativados e levam à
diminuição da perfusão tecidual para redirecionar o sangue da periferia para órgãos vitais e
para manter a perfusão coronária, cerebral e esplâncnica. Isso leva à pele fria e pegajosa vista
em determinados tipos de choque (3).
Entretanto, nem todos os pacientes com choque apresentam essas alterações cutâneas.
Pacientes com choque distributivo inicial ou choque terminal podem ter rubor ou hiperemia
cutânea (3).
Outros parâmetros não invasivos para avaliação do choque são frequência cardíaca e
oximetria de pulso. A taquicardia ocorre como resposta fisiológica à diminuição do volume
sistólico, porém níveis acima de 130 bpm podem interferir com o enchimento diastólico.
Eventualmente, bradicardia pode ser a causa do estado de choque, por isso, frequências
cardíacas inapropriadamente baixas frente à hipotensão devem ser corrigidas (1). A oximetria
de pulso pode mostrar hipoxemia, embora, em casos de vasoconstrição intensa, o dispositivo
possa perder o sinal (1).
As Tabelas 4 e 5 trazem as manifestações clínicas dos diversos sistemas na presença de choque (1,
2).
Diagnóstico Diferencial
O diagnóstico diferencial das causas de choque é determinado pelo provável tipo de choque
existente (3).
Choque hipovolêmico: pode ser dividido em duas categorias de acordo com a etiologia:
• Induzido por hemorragia: causas incluem sangramento por trauma penetrante, hemorragia
digestiva, ruptura de hematoma, pancreatite hemorrágica, fraturas, ruptura aórtica, entre
outros (3).
• Induzido por perda de fluido: causas incluem diarreia, vômito, perdas insensíveis
inadequadas, queimaduras e perda para terceiro espaço. Essa última é comum em estados pós-
operatórios e em pacientes com obstrução intestinal, pancreatite ou cirrose.
Choque cardiogênico: as causas de insuficiência cardíaca são diversas, mas podem ser
divididas de acordo com etiologias: miopatias, arritmias, causas mecânicas e extracardíacas
(obstrutivas).
• Miocardiopatias: incluem infarto miocárdio envolvendo mais de 40% do miocárdio do
ventrículo esquerdo, infarto de ventrículo direito, cardiomiopatia dilatada, alteração
miocárdica após isquemia prolongada e depressão miocárdica devido a choque séptico
avançado (3).
• Arritmias: tanto as ventriculares quanto atriais podem produzir choque cardiogênico.
Fibrilação atrial e flutter atrial reduzem o DC por interrupção coordenada do enchimento do
átrio para o ventrículo. Taquicardia ventricular, bradiarritmias e bloqueio completo diminuem
o débito cardíaco, enquanto que a fibrilação ventricular cessa o débito (3).
Profª Sônia Ficagna 70
MÓDULO: PRIMEIROS SOCORROS – R.478 –
Choque distributivo: há muitas causas, entre elas choque séptico, síndrome da resposta
inflamatória sistêmica, síndrome do choque tóxico, anafilaxia e reações anafilactoides, entre
outras.
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Módulo Primeiros Socorros
ANEXO VII
Entendendo a Anafilaxia
Fonte: http://unifor.bv3.digitalpages.com.br/users/publications/9788520447093/pages/295
Anafilaxia
Definição:
Classificação
Causas de Anafilaxia
Alimentos
• Amendoim
• Peixe
• Ovo de galinha
• Frutas, vegetais
Reação de hipersensibilidade alimentar pode ser tão grave ao ponto de ocorrer reação
sistêmica à inalação de partículas de alimentos, como o odor do cozimento de peixe ou abrir
uma embalagem de amendoim.
pode estar associada à anafilaxia ou a síndrome da alergia oral (caracterizada por prurido
orofaringe com ou sem angioedema facial), causada pela ingestão de certos alimentos
derivados de plantas; resultante da presença de proteínas homólogas em polens e alimentos. O
principal alérgeno de todas as gramíneas é a profilina, que é um alérgeno encontrado em
muitas plantas, pólens e frutas, um paciente sensibilizado a gramíneas pode às vezes reagir a
muitos alimentos derivados de plantas.
Associações de reatividade cruzada típica de alérgenos são:
Penicilina é a causa mais comum de anafilaxia, não apenas entre os casos induzidos
por drogas. Penicilinas e outros antibióticos são haptenos, moléculas que são muito pequenas
para suscitar resposta imunológica, mas que podem se ligar a proteínas séricas e induzir a
produção de anticorpos IgE. Reações graves à penicilina têm risco dobrado de ocorrência
após aplicação intramuscular ou intravenosa em relação à via oral, mas o uso de penicilina
oral também pode induzir reação anafilática. História de rinite alérgica, asma, eczema ou
atopia não são fatores de risco para o desenvolvimento de alergia à penicilina.
Relaxantes musculares
Insetos
Látex
Látex é uma seiva leitosa produzida pela árvore da borracha Hevea brasiliensis.
Reações alérgicas ao látex podem complicar procedimentos médicos, por exemplo, exames
internos, cirurgias e cateterização. Profissionais de saúde e da área médica e odontológica
podem desenvolver alergia ocupacional pelo uso de luvas de látex.
Proteínas estranhas
Exemplos de proteínas estranhas que podem causar anafilaxia são insulina, proteínas
seminais, antitoxinas (soro heterólogo) derivadas de animais (ex. cavalo) usadas para
neutralizar o veneno em picadas de cobras.
Resposta anafilática tem sido observada após a administração de sangue total e de seus
produtos, incluindo soro, plasma, derivados do soro e imunoglobulinas. Um dos mecanismos
responsáveis por estas reações é a formação de reação antígeno-anticorpo na superfície das
células sanguíneas vermelhas ou pela formação de imunocomplexos com ativação do sistema
do complemento. Os subprodutos ativos gerados pela ativação do complemento
(anafilatoxinas C3a, C4a e C5a) causam degranulação de mastócitos e basófilos, liberação de
mediadores e anafilaxia. Adicionalmente, produtos derivados da cascata do complemento
Narcóticos
Anticorpos IgE contra aspirina e outros AINE ainda não foram identificados.
Indivíduos afetados toleram colina ou salicilato de sódio, substâncias estruturalmente
próximas à aspirina, porém diferentes pela ausência do grupo acetil.
5. Sulfitos
de coloração e são também usados como conservantes em algumas medicações. Sulfitos são
convertidos no meio ácido do estômago em SO2 e H2SO3 que podem então ser inalados.
6. Idiopática
Exercício
Exercício isolado pode causar anafilaxia assim como pode induzir anafilaxia por
certos alimentos. Anafilaxia induzida por exercício pode ocorrer durante a estação de
polinização de plantas às quais o indivíduo seja alérgico.
Hormonal
Idiopática
A = Via aérea
B = Respiração
C = Circulação
A = Adrenalina (epinefrina)
B = Difenidramina
Anti-histamínicos não são úteis para o manejo inicial da anafilaxia, mas podem ser
úteis uma vez que o paciente esteja estabilizado. Difenidramina pode ser administrada por via
IV, IM ou oral. Cimetidina oferece benefício teórico de reduzir tanto arritmia cardíaca
induzida por histamina, que é mediada por receptores H2, e, vasodilatação associada à
anafilaxia, mediada por receptores H1 e H2. Cimetidina, até 300mg a cada 6 a 8 horas, pode
ser administrada por via oral ou lentamente por via IV. Doses devem ser ajustadas para
crianças.
C = Corticosteróides
Corticosteróides não são benéficos na anafilaxia aguda, mas podem prevenir recidiva
ou anafilaxia protraída. Hidrocortisona (100 – 200mg) ou equivalente pode ser administrada a
cada 6 – 8 horas nas primeiras 24horas. Doses devem ser ajustadas para crianças.
Prevenção da Anafilaxia
Diagnóstico diferencial
• Globo histérico
• Embolia pulmonar
• Epiglotite
• Infarto do miocárdio
• Síndrome carcinóide
• Angioedema hereditário
• Feocromocitoma
• Hipoglicemia
• Crise convulsiva
• Urticária ao frio
• Urticária colinérgica
Obstrução das vias aéreas superiores, broncoespasmo, cólicas abdominais, prurido, urticária e
angioedema estão ausentes na reação vasovagal. Palidez, síncope, sudorese e náusea podem
ocorrer em ambas as condições.
Perante reações durante procedimentos médicos é importante considerar a possibilidade de
reação ao látex ou medicação usada para anestesia.
Epidemiologia
França. Alergia a alimentos é relatada como causa de mais da metade de todos os episódios de
reação anafilática grave em crianças italianas tratadas em serviços de emergência e por um
terço à metade dos casos de anafilaxia tratados em emergências na América do Norte, Europa
e Austrália. Anafilaxia por alimento é menos comum em países não ocidentais. Estudo
dinamarquês encontrou prevalência anual de 3,2 casos de anafilaxia alimentar por 100.000
habitantes e com taxa de fatalidade de aproximadamente 5%. Os fatores de risco para
anafilaxia alimentar incluem asma e reação alérgica prévia ao alimento em questão.
É mais comum em mulheres, mais de 60% dos casos ocorrem em indivíduos abaixo
dos 30 anos de idade. Pacientes muitas vezes têm história de reagir ao alimento quando mais
jovens e usualmente têm teste cutâneo positivo ao alimento que provoca sua reação
anafilática.
Relaxantes musculares
ser utilizado. Por outro lado, um teste negativo fornece evidências de que o relaxante
muscular pode provavelmente ser administrado com segurança.
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Módulo Primeiros Socorros
ANEXO VIII
Os tecidos moles são aqueles que não são ossos nem dentes. A pele, tecidos
gordurosos, músculos e órgãos internos fazem parte dos tecidos moles.
Todo o ferimento é uma forma de lesão que afeta os tecidos moles do corpo, seja
externamente ou de maneira não aparente ou interna.
O objetivo final do tratamento de qualquer lesão ou ferida traumática será fechá-la no
menor tempo possível, sem deformações e sem perda de função.
Tecnicamente, o método de tratamento varia de acordo com o tipo de ferimento. Para
primeiros socorros esta afirmação também vale, mas o que veremos aqui são as condutas
universais para o pronto atendimento destas alterações. Em qualquer forma de atendimento a
ferimentos provocados por qualquer tipo de acidente, sempre conduzir da seguinte forma:
1. Lavar as mãos com água corrente e sabão antes de manipular o ferimento
2. Parar ou controlar qualquer tipo de hemorragia
3. Cuidar e prevenir o estado de choque
4. Procurar auxílio especializado com urgência, nos casos de lesões graves, e encaminhar o
acidentado para atendimento especializado.
O diagnóstico do ferimento simples ou complicado, não oferece dificuldades do ponto
de vista do grau de contaminação, o ferimento pode ser considerado limpo ou sujo. Este
problema deve ser deixado para avaliação por profissional médico. Devemos nos preocupar
sempre em manter o ferimento o mais limpo e protegido possível, para que possa aguardar o
atendimento especializado.
Mesmo não sendo função do primeiro socorro, é útil saber que para atender ao
processo de cicatrização e ao que pode intervir na fisiologia normal da cicatrização, deve-se
conhecer o que acontece com o tecido lesado e por quais fases passa a cicatrização.
Imediatamente após a lesão, ocorre reação inflamatória (primeira fase), e alterações
vasculares, tais como vasoconstrição, vasodilatação. Ocorrem ainda reações hemostáticas com
retração vascular e formação de coágulo e reações celulares. A inflamação é proporcional ao
agente causador. Se o ferimento é limpo, com um mínimo de traumatismo celular, a reação
Identificação
De uma maneira prática, os ferimentos podem ser classificados de acordo com o tipo de
agente que as causou e com as complicações que elas podem apresentar.
Contusões
As contusões são lesões provocadas por pancadas, sem a presença de ferimentos
abertos, isto é, sem rompimento da pele. Não há solução de continuidade da pele e só ocorre
derramamento de sangue no tecido subcutâneo, ou em camadas mais profundas. Quando há
apenas o acometimento superficial, o acidentado apresenta somente dor e inchação (edema)
da área afetada.
Quando há sufusão, hemorrágica de pequeno porte, o local adquire uma coloração
preta ou azulada, chamamos a contusão de equimose. Quando vasos maiores são lesados, o
sangramento produz uma tumoração visível sob a pele, ocorre o hematoma formado pelo
sangue extravasado.
Estas lesões quando superficiais não ameaçam a vida, porém podem alertar a quem
estiver fazendo a prestação de primeiros socorros, para a possibilidade de lesões de órgãos
internos.
Primeiros Socorros: As lesões contusas podem ser tratadas de maneira simples, desde que
não apresentem gravidade. Normalmente, bolsa de gelo ou compressa de água gelada nas
primeiras 24 horas e repouso da parte lesada é suficiente. Se persistirem sintomas de dor,
edema, hiperemia, pode-se aplicar compressas de calor úmido. Deve ser procurado auxílio
especializado. As contusões simples, de um modo geral, não apresentam complicações, nem
necessitam de cuidados especiais. Todavia, deve-se ficar alerta para contusões abdominais,
mesmo que não apresentem nenhum sintoma ou sinal, pois poderá ter havido complicações
internas mais graves. Mais adiante trataremos de ferimentos abdominais
Escoriações
São lesões simples da camada superficial da pele ou mucosas, apresentando solução de
continuidade do tecido, sem perda ou destruição do mesmo, com sangramento discreto, mas
costumam ser extremamente dolorosas. Não representam risco à vítima quando isoladas.
Geralmente são causadas por instrumento cortante ou contundente.
Estes tipos de ferimentos também são chamados de escoriações, esfoliaduras ou
Primeiros socorros:
1) Abrir vias aéreas e prestar assistência ventilatória, caso necessário.
2) Controlar a hemorragia.
3) Tratar o estado de choque, caso este esteja presente.
4) Cuidados com o segmento amputado:
a) Limpeza com solução salina, sem imersão em líquido.
b) Envolvê-lo em gaze estéril, seca ou compressa limpa.
c) Cobrir a área ferida com compressa úmida em solução salina.
d) Proteger o membro amputado com dois sacos plásticos.
Lesão por objetos perfurantes, a pele e tecidos mais profundos ficam parcialmente
exteriorizados. Proceder da seguinte forma:
1) Expor a lesão.
2) Nunca remover objetos encravados. Existe o risco significativo de precipitar
hemorragia, devido ao destamponamento de vasos sanguíneos.
3) Estabilizar o objeto com curativo apropriado.
4) Não tentar partir ou mobilizar o objeto, exceto nos casos em que isto seja essencial
para possibilitar o transporte.
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Módulo Primeiros Socorros
ANEXO IX
Fraturas
Introdução
É uma interrupção na continuidade do osso. Constituem uma emergência traumato
ortopédica que requer boa orientação de atendimento, calma e tranquilidade por parte de
quem for socorrer e transporte adequado. Apresenta aparência geralmente deformante devido
ao grau de deformação que podem impor à região afetada. A fratura ocorre quando existe não
solução de continuidade de um osso. Ocorre geralmente devido à queda, impacto ou
movimento violento com esforço maior que o osso pode suportar.
O envelhecimento e determinadas doenças ósseas (osteoporose) aumentam o risco de
fraturas, que podem ocorrer mesmo após traumatismos banais. Estas lesões são chamadas
fraturas patológicas. A fratura pode se dar por ação direta, por exemplo, um pontapé na perna,
levando à fratura no local do golpe, ou por ação indireta, por exemplo, a queda em pé de uma
altura considerável, ocorrendo fratura da parte inferior da coluna vertebral, isto é, o impacto
foi transmitido através dos ossos da perna e bacia até a coluna vertebral. Ainda se pode dar
por ação muscular, sendo, neste caso, a contração muscular com força suficiente para causar
fratura.
Nos ambientes de trabalho a fratura pode ocorrer devido a quedas e movimentos
bruscos do trabalhador, batidas contra objetos, ferramentas, equipamentos, assim como queda
dos mesmos sobre o trabalhador; portanto pode ocorrer em qualquer ramo de atividade, ou
durante o trajeto residência-trabalho-residência.
A pessoa que for prestar os primeiros socorros deve ser muito hábil na avaliação e
decisão da conduta a ser tomada nestes casos. Aqui, a dor do acidentado e as lesões
secundárias resultantes do traumatismo são mais graves e perigosas do que nos outros casos
de emergências ortopédicas.
As sequelas nas fraturas podem ocorrer com maior probabilidade e gravidade.
A imobilização deve ser cuidadosa; as lesões secundárias, atendidas com redobrada
atenção, e o transporte para atendimento médico só poderá ser feito dentro de padrões
rigorosos.
Classificação
As fraturas podem ser classificadas de acordo com sua exteriorização e com a lesão no
osso afetado.
Fratura Fechada ou Interna: São as fraturas nas quais os ossos quebrados permanecem no
interior do membro sem perfurar a pele. Poderá, entretanto romper um vaso sanguíneo ou
cortar um nervo.
Fratura Aberta ou Exposta: São as fraturas em que os ossos quebrados saem do lugar,
rompendo a pele e deixando exposta uma de suas partes, que pode ser produzida pelos
próprios fragmentos ósseos ou por objetos penetrantes. Este tipo de fratura pode causar
infecções.
Fratura em Fissura: São aquelas em que as bordas ósseas ainda estão muito próximas, como
se fosse uma rachadura ou fenda.
Fratura em Galho Verde: É a fratura incompleta que atravessa apenas uma parte do osso.
São fraturas geralmente com pequeno desvio e que não exigem redução; quando exigem, é
feita com o alinhamento do eixo dos ossos. Sua ocorrência mais comum é em crianças e nos
antebraços (punho).
Fratura Completa: É a fratura na qual o osso sofre descontinuidade total.
Fratura Cominutiva: É a fratura que ocorre com a quebra do osso em três ou mais
fragmentos.
Fratura Impactada: É quando as partes quebradas do osso permanecem comprimidas entre
si, interpenetrando-se.
Fratura Espiral: É quando o traço de fratura encontra-se ao redor e através do osso. Estas
O indivíduo que sofre uma fratura apresenta dor, que aumenta com o toque ou os
movimentos, incapacidade funcional (impossibilidade de fazer movimentos) na região
atingida, acentuada impotência funcional da extremidade ou das articulações adjacentes à
lesão; inchaço, alteração da cor da área afetada; presença ou não de pulso no membro
atingido, pode haver, ainda, fragmentos de ossos expostos e angulação ou curvatura anormal
da região afetada. A pessoa que está atendendo não deve esperar deparar com todo este
quadro, em todos os casos; encontrando duas destas características, já há uma forte suspeita.
Primeiros Socorros
1. Observar o estado geral do acidentado, procurando lesões mais graves com
ferimento e hemorragia.
2. Acalmar o acidentado, pois ele fica apreensivo e entra em pânico.
3. Ficar atento para prevenir o choque hipovolêmico.
4. Controlar eventual hemorragia e cuidar de qualquer ferimento, com curativo, antes
Entorses e Luxações
São lesões dos ligamentos das articulações, onde estes esticam além de sua
amplitude normal rompendo-se. Quando ocorre entorse há uma distensão dos ligamentos,
mas não há o deslocamento completo dos ossos da articulação. As formas graves produzem
perda da estabilidade da articulação às vezes acompanhada por luxação.
As causas mais frequentes da entorse são violências como puxões ou rotações, que
forçam a articulação. No ambiente de trabalho a entorse pode ocorrer em qualquer ramo de
atividade.
Os locais onde ocorre mais comumente são as articulações do tornozelo, ombro,
joelho, punho e dedos.
Após sofrer uma entorse, o indivíduo sente dor intensa ao redor da articulação
atingida, dificuldade de movimentação, que poderá ser maior ou menor conforme a
contração muscular ao redor da lesão. Os movimentos articulares cujo exagero provoca a
Distensões
As distensões são lesões aos músculos ou seus tendões, geralmente são causadas por
hiperextensão ou por contrações violentas. Em casos graves pode haver ruptura do tendão.
Primeiros Socorros para distensão, entorse ou luxação
P (PREVENÇÃO)
R (repouso)
G (Gelo)
C (Compressão)
E (Elevação)
D (diagnóstico)
Basicamente aplicar gelo ou compressas frias durante as primeiras 24 horas. Após este
tempo pode-se aplicar compressas mornas. Imobilizar o local como nas fraturas. A
imobilização deverá ser feita na posição que for mais cômoda para o acidentado.