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LS

 INTRODUÇÃO
Cada fotografia representa uma situação clínica do
dia a dia, como fraturas dentárias dos incisivos
centrais e laterais, essas fraturas podem ocorrer
devido a algum esporte radical (skate, bicicleta,
luta) ou até mesmo ao cair de outro brinquedo.
Quando o paciente chega com alguma fratura
dentária no consultório, deve ser tratado
imediatamente com a restauração, para isso, é importante ter conhecimento da anatomia dentária.
 Caso clínico 1: Paciente com 17 anos
com amelogênese imperfeita, que é uma
alteração hereditária que afeta o
esmalte dos dentes decíduos e
permanentes, chegou ao consultório
onde o dentista removeu todo esmalte dos dentes e restaurou os
dentes de canino a canino com resina A2.

 Caso clínico 2: Paciente chega ao consultório


com uma lesão cariosa, onde se tem cárie
proximais na face oclusal dos dentes. O
dentista removeu toda lesão cariosa e depois
com a resina composta irá restaurar a forma
anatômica do dente.

 Exemplo: No manequim foi feito um preparo total, onde se teve a confecção de um


provisório em resina para justamente se restaurar o ponto de contato e a oclusão.

UM CONSELHO: Toda vez que um dentista for atender um paciente pela primeira vez, além de realizar o
exame clínico terá que analisar as restaurações já feitas nos dentes do paciente por algum outro dentista.

1-Confeccionar 2-Faz uma


o provisório, bolinha sem
manipulando forma e insere
com resina no preparo.
acrílica.

4-Finaliza com
3-Pede para o
fresas para da
paciente ocluir,
forma
para tentar
anatômica ao
copiar a face
dente.
oclusal do
paciente.
LS

 INTRODUÇÃO
Os incisivos fazem parte dos dentes anteriores envolvidos no sorriso juntamente
com os caninos. São 4 incisivos e 2 caninos em cada arcada dentária.

 PRINCIPAIS FUNÇÕES DO INCISIVOS


Cortar alimentos; capacitar para a fala articulada; ajudar a sustentar o lábio e manter uma boa
aparência.

 CARACTERÍSTICAS COMUNS (SUPERIORES E INFERIORES)


As características comuns servem tanto para os incisivos superiores quanto os incisivos inferiores.
 Face vestibular:
1- Forma da coroa comparada à um trapézio;
2- Bordas proximais convergindo no sentido do colo, sendo a maior convergência na borda
distal;
3- Convexidade nos sentidos cérvico-incisal e mésio-distal. O dente é todo convexo;
4- Presença de dois sulcos cérvicos-incisais consequentes da fusão de três lóbulos de
desenvolvimento.

4
3
1e2 3
 Face lingual ou palatina:
Presença de um cíngulo (proeminência de esmalte) formado pelo encontro dos
rebordos proximais;
1- Rebordos proximais de maior espessura à altura do cíngulo e diminuindo juntos
aos ângulos incisais.

 Face proximal:
1- Forma de triângulo com base voltada para a cervical;
2- Bordas vestibular e palatina convergindo para o bordo incisal.

OBS.: Os sulcos cérvicos-incisais que dividem os lóbulos de desenvolvimento, quando criança


eles são mais aparentes dando um aspecto de lírio, conforme a criança for crescendo, o
contato de deslize da borda inferior sobre o bordo superior vai tendo um desgaste na borda
incisal e assim os sulcos ficando mais discretos.

Nos adultos os sulcos podem ser aparentes quando o paciente possui algum problema
articular e no movimento mastigatório o dente inferior nunca toca na borda incisal do
superior.
LS

 INCISIVO CENTRAL SUPERIOR X INCISIVO LATERAL SUPERIOR


 Face vestibular:
INCISIVO CENTRAL SUPERIOR INCISIVO LATERAL SUPERIOR

1- Maior em todas as dimensões; 1- Menor em todas as dimensões;


2- Forma trapezoidal tendendo ao 2- Forma trapezoidal aproximando-se
quadrilátero; de um triângulo;
3- Diâmetro cérvico-incisal 3- Diâmetro cérvico-incisal maior que o
proporcional ao mésio-distal; mésio-distal;
4- Borda mesial ligeiramente 4- Borda mesial visivelmente maior
maior que a distal; que a distal.
5- Bordas proximais convergindo 5- Convergência acentuada das bordas
para o colo; proximais para o colo, resultando em
6- Bordo incisal retilíneo, um aspecto de face triangular;
levemente inclinado para a 6- Bordo incisal retilíneo, com
distal; inclinação para a distal;
7- Ângulo disto-incisal levemente 7- Ângulo disto-incisal nitidamente
arredondado. arredondado.
8-

1e2 3 4 5 6 7

 Face palatina:
INCISIVO CENTRAL SUPERIOR INCISIVO LATERAL SUPERIOR

1- Cíngulo formado pela união 1- Cíngulo formado pela união direta dos
indireta dos rebordos rebordos proximais (aspecto de v);
proximais (aspecto de w); 2- Buraco cego encontrado no ponto de
2- Pouca incidência de buraco interseção dos rebordos proximais.
cego.

OBS.: O buraco cego é tão aprofundado no incisivo lateral superior, que começa a acumular resíduo, por isso
é feito o selamento que preenche o buraco cego para não ficar retendo resíduos e formar uma cárie.

 Raiz:
INCISIVO CENTRAL SUPERIOR INCISIVO LATERAL SUPERIOR

1- Forma cônica, normalmente 1- Delgada, com curvatura apical para


reta. a distal ocorrendo com frequência.

OBS.: A raiz é dividida em 3 terços: terço apical, médio e


cervical. A divisão coronal é dividida 3 terços também:
terço cervical, médio e oclusal.

A importância de saber a curvatura do terço apical é que


em um tratamento endodôntico usaremos a lima
correta, assim como em uma exodontia, onde se a raiz
possuir uma curvatura, só poderá introduzir a alavanca
no lado distal e jamais na mesial (pode fraturar).
LS

 INCISIVO CENTRAL INFERIOR X INCISIVO LATERAL INFERIOR


 Características particulares do central inferior: pouca inclinação das bordas
proximais, borda incisal reta e o ângulo (mesial e distal) reto.

 Face vestibular:

INCISIVO CENTRAL INFERIOR INCISIVO LATERAL INFERIOR

1- Menor em todas as 1- Maior em todas as 1e2


dimensões; dimensões;
2- Forma trapezoidal tendendo 2- Forma trapezoidal;
ao retângulo; 3- Bordas proximais
3- As bordas mesial e distal convergente para o colo;
tendem ao paralelismo; 4- Borda mesial maior que a 3e4
4- Borda mesial igual ou menor distal;
que a distal; 5- Borda incisal inclinada para a
5- Borda incisal horizontal ou distal;
inclinada para a mesial; 6- Ângulo disto-incisal
6- Ângulos mésio-incisal e disto- arredondado.
incisal igualmente nítidos. 5e6

 Raiz:
INCISIVO CENTRAL INFERIOR INCISIVO LATERAL INFERIOR

1- Achatada no sentido mésio- 1- Achatada no sentido mésio-distal


distal para ambos. para ambos;
2- Pode ocorrer pequeno desvio apical
para distal nos incisivos laterais.

 INCISIVOS SUPERIORES X INCISIVOS INFERIORES


 Volume da coroa:
INCISIVOS SUPERIORES INCISIVOS INFERIORES
1- Constituem uma ordem 1- Ordem crescente de volume (incisivo
decrescente de volume (incisivo central menor que o lateral).
central maior que o lateral).

 Face vestibular:
INCISIVOS SUPERIORES INCISIVOS INFERIORES
1
1- Diâmetro cérvico-incisal com 1- Predomínio mais acentuado do
pouco predomínio sobre o diâmetro cérvico-incisal sobre o
mésio-distal; mésio-distal;
2- Face vestibular sofre uma 2- Inclinação acentuada da face
pequena inclinação em direção à vestibular para a lingual, 2
lingual, em relação ao longo eixo podendo ultrapassar o longo eixo
do dente. do dente (desvio lingual).

 Raiz:
INCISIVOS SUPERIORES INCISIVOS INFERIORES

1- Raiz de forma cônica. 1- Raiz achatada no sentido


mésio-distal.
LS

 ELEMENTOS QUE DEFINEM O LADO DOS INCISIVOS


1- Borda distal mais convergente para o colo que a mesial;
2- Borda mesial maior que a distal, com exceção do incisivo central inferior (borda mesial igual
ou menor que a distal)
3- Ângulo mésio-incisal melhor definido e ângulo disto-incisal arredondado, com exceção do
incisivo central inferior (ambos os ângulos são bem definidos).
4- Raiz inclinada distalmente em relação ao longo eixo do dente;
5- Ápice da raiz frequentemente voltado para a distal.

Terço apical da raiz


voltada para distal.

OBS.: Nada impede que o incisivo lateral tenha uma raiz reta, como também no mesmo paciente,
tenha no incisivo central uma raiz com curvatura para distal, porém a maioria das vezes isso não
acontece.
LS

 INTRODUÇÃO
Os caninos fazem parte dos dentes anteriores, onde possuem a forma anatômica
pontuda. São 2 caninos em cada arcada, totalizando 4.

 PRINCIPAIS FUNÇÕES DOS CANINOS


Perfurar e rasgar os alimentos; servir de guia para a oclusão.

OBS.: Desoclusão: ocorre quando coloca a ponta do canino inferior na ponta do canino superior, desocluindo
todos os dentes. Outra guia de oclusão é quando coloca topo a topo o bordo superior dos incisivos superiores
com bordo incisivos inferiores, desocluindo todos os dentes da arcada.

 CARACTERÍSTICAS COMUNS (SUPERIORES E INFERIORES)


 Face vestibular:
1- Aspecto de forma pentagonal;
2- Presença de uma crista dividindo a borda incisal em uma porção mesial (menor) e uma
distal (maior);
3- Bordas proximais convergentes para o colo; a distal é mais convergente que a mesial.
4- Convexidades nos sentidos mésio-distal e cérvico-incisal, mais notadas no terço cervical,
devido a possível presença de uma bossa (melhor observada nos inferiores).
5- Presença de dois sulcos ocluso-cervicais, consequentes da fusão de três lóbulos de
desenvolvimento;
6- O lóbulo médio é o mais proeminente e toma aspecto de crista.

4
1, 2 e 3 4 5e6
 Face lingual ou palatina:
1- Forma pentagonal;
2- Convergências das bordas proximais para o colo, sendo a distal mais convergente;
3- Apresenta o cíngulo em estágio de evolução;
4- Presença de uma crista lingual, que percorre toda a face;
5- A crista lingual junto com os rebordos proximais forma duas fossas linguais, a
mesial e a distal.

 Face proximal:
1- Forma triangular com base correspondente a borda cervical;
2- As bordas vestibular e lingual convergem em sentido incisal.

 Raiz
1- Única e longa.
LS

 CANINO SUPERIOR X CANINO INFERIOR


 Face vestibular:
CANINO SUPERIOR CANINO INFERIOR

1- Forma pentagonal regular; 1- Forma pentagonal irregular;


2- Diâmetros cérvico-incisal e 2- Predomínio do diâmetro cérvico-
mésio-distal com certa incisal sobre o mésio-distal
equivalência; (coroa alongada);
3- Borda proximal mesial pouco 3- Borda proximal mesial
maior que a distal. nitidamente maior que a distal.

1 1 2 2 3
3
 Face lingual:
CANINO SUPERIOR CANINO INFERIOR

1- Cíngulo, crista, rebordos 1- Cíngulo, crista, rebordos


proximais e fossas bem proximais e fossas menos
marcadas. evidenciadas.

 Face proximal:
CANINO SUPERIOR CANINO INFERIOR

1- Borda vestibular inclinada em 1- Borda vestibular bem


direção à lingual. inclinada em direção à lingual
(presença de desvio lingual).
 Raiz:
CANINO SUPERIOR CANINO INFERIOR
1- Longa, volumosa e cônica; 1- Achatada no sentido mésio-
2- Ápice frequentemente distal. (Como os incisivos
desviado para a distal. inferiores)

 ELEMENTOS QUE DEFINEM O LADO DOS CANINOS


 Face vestibular:
1- O ângulo disto-incisal é mais arredondado que o mésio-incisal;
2- Borda mesial maior que a distal;
3- Vértice da crista vestibular deslocado para a mesial;
4- Borda incisal distal maior que a mesial.

 Raiz: 1e2 3e4


1- O desvio apical ocorre normalmente para a distal.

OBS.: Os dentes que tem a raiz mais longa e volumosa são os incisivos
centrais superiores e os caninos superiores, por serem guia de oclusão e
por suportar o impacto continuo.

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