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100 Incisivo Central Superior

Figura 6-1 Incisivo central superior direito, vista lingual e incisal. A


margem vestibuloincisal (MVI) e a margem linguoincisal (MLI) delimitam a
crista incisal. LC, Linha cervical; C, cíngulo; CMM, crista marginal mesial;
FL, fossa lingual; CMD, crista marginal distal.

Figura 6-2 Incisivo central superior direito, vista vestibular.

Figura 6-3 Incisivo central superior direito, vista lingual.

Figura 6-4 Incisivo central superior direito, vista mesial.

Figura 6-5 Incisivo central superior direito, vista distal. Figura 6-6 Incisivo central superior direito, vista incisal.
106 Incisivo Lateral Superior

A linha cervical que delimita mesialmente a junção amelo- a dimensão mesiodistal. Um exame rápido pode não revelar
cementária (JAC) no incisivo central superior curva-se inci- esse detalhe.
salmente em um ângulo considerável. Essa curvatura cervical Bilateralmente, o contorno da face incisal é bastante
é maior na face mesial desse dente do que em qualquer outra uniformeζ. A região lingual mostra alguma variação, de
face de qualquer outro dente da cavidade oral. A curvatura modo que uma linha traçada lingualmente do ângulo
varia em extensão, dependendo do comprimento da coroa e mesioincisal ao centro do cíngulo será mais longa do que
da medida desta no sentido vestibulolingual. Em um incisivo uma traçada a partir do mesmo ponto do cíngulo ao ângulo
central com 10,5 a 11 mm de altura de coroa, em média, a distoincisal. A coroa segue um contorno triangular refletido
curvatura tem profundidade de 3 a 4 mm (Fig. 5-26). pelo contorno do corte transversal da raiz no colo mencio-
A raiz desse dente pela face mesial tem formato de cone nado anteriormente.
e o ápice da raiz é, em geral, irregularmente arredondado.

Vista Distal Incisivo Lateral Superior


Poucas diferenças são evidentes entre as faces mesial e distal
desse dente (Fig. 6-5). Quando se observa o incisivo central As Figuras 6-13 a 6-21 ilustram o incisivo lateral superior
pela face distal, pode-se notar que a coroa dá a impressão de sob várias vistas. Como o incisivo lateral superior suplementa
ser um pouco mais larga em direção ao terço incisal. Devido o incisivo central em sua função, a coroa possui grande seme-
à inclinação da face vestibular no sentido distolingual, lhança. O incisivo lateral é menor em todas as dimensões,
observa-se mais dessa superfície pela face distal, o que dá a exceto na altura da raiz (Tabela 6-2). Como lembra o incisivo
ilusão de maior espessura nessa face. Na realidade, há um central superior na forma, a descrição do incisivo lateral
leve giro nas bases radiculares da maioria dos dentes para superior faz comparações diretas com aquele dente.
que estes se adaptem à curvatura da arcada dentária. O O incisivo lateral difere do incisivo central quanto ao
incisivo central superior não é exceção. desenvolvimento, que pode variar consideravelmente. O inci-
A curvatura da linha cervical que contorna a JAC é menor sivo lateral superior varia na forma mais do que qualquer outro
em profundidade nas faces distais do que nas mesiais. A dente da cavidade oral, com exceção do terceiro molar. Se as
maioria dos dentes apresenta essa característica. variações forem muito grandes, considera-se uma anomalia de
desenvolvimento. Uma situação comum é encontrar incisivos
Vista Incisal laterais superiores com forma indefinida e pontiaguda. Tais
A amostra desse dente está posicionada nas ilustrações com dentes são chamados laterais conoides (Fig. 6-21, 7 e 8). Em
a margem incisal centralizada sobre a raiz (Figs. 6-6 e 6-11). alguns indivíduos, os incisivos laterais estão completamente
A observação da coroa sob essa vista a sobrepõe totalmente ausentes.7 Nesses casos, o incisivo central superior pode estar
à raiz de modo que essa última não fique visível. em contato distal com o canino. A presença de um sulco lin-
Por essa vista, a face vestibular da coroa é relativamente guogengival nos incisivos superiores pode ser fator predispo-
larga e plana em comparação com a superfície lingual, espe- nente na doença periodontal localizada8 (Fig. 6-21, 3). Esse
cialmente em direção ao terço incisal. Não obstante, o terço sulco também é chamado sulco linguorradicular.9
cervical da coroa é convexo vestibularmente, apesar de o
arco descrito ser amplo. ζ
Nota da Revisão Científica: A crista incisal não será notada quando
A crista incisal pode ser claramente visualizada, e uma houver desgaste da região incisal.
diferenciação entre a margem incisal e o restante da crista
incisal, com sua inclinação para lingual, é facilmente dis-
tinguida.
O contorno da face lingual afunila-se lingualmente em
direção ao cíngulo. O cíngulo da coroa constitui a parte
cervical da face lingual.
As arestas mesiovestibular e distovestibular são proemi-
nentes a partir da vista incisal. As posições relativas dessas
arestas devem ser comparadas com as arestas mesiolingual e
distolingual, que são representadas pelas margens das cristas
marginais mesial e distal. A dimensão mesiodistal da coroa
nas arestas vestibulares é maior do que a mesma dimensão
nas arestas linguais.
A coroa desse dente mostra-se mais volumosa pela vista
incisal do que se poderia esperar observando o espécime
pelas vistas mesial ou distal. As superfícies relativamente
mais largas ficam no local das áreas de contato mesial e distal.
Também deve ser feita a comparação entre as dimensões da
coroa no sentido vestibulolingual e mesiodistal. A dimensão Figura 6-13 Incisivo lateral superior direito, vista vestibular.
vestibulolingual da coroa é mais de dois terços maior do que (Quadrado = 1 mm2).
Capítulo 6 Os Incisivos Superiores Permanentes 107
Um tipo de malformação visível no incisivo lateral supe-
rior é a presença de um tubérculo grande e pontiagudo como
parte do cíngulo; outros possuem sulcos de desenvolvimento
profundos que se estendem lingualmente em direção a raiz,
formando uma profunda dobra no cíngulo; alguns apresen-
tam raízes sinuosas, coroas deformadas e assim por diante
(Fig. 6-21).

DESCRIÇÃO DETALHADA DO INCISIVO


LATERAL SUPERIOR
Vista Vestibular
A face vestibular do incisivo lateral superior pode ter apa-
rência semelhante à do incisivo central, mas normalmente
apresenta-se mais convexa, com margem e ângulos incisais
arredondados mesialmente e distalmente (Figs. 6-13 e 6-19).
Apesar de a coroa ser menor em todas as dimensões, suas
Figura 6-14 Incisivo lateral superior direito, vista lingual. proporções normalmente correspondem às do incisivo cen-
(Quadrado = 1 mm2).
tral.

Figura 6-15 Incisivo lateral superior direito, vista mesial. Figura 6-16 Incisivo lateral superior direito, vista distal.
(Quadrado = 1 mm2). (Quadrado = 1 mm2).

Figura 6-17 Incisivo lateral superior direito, vista incisal. (Quadrado = 1 mm2).
114 Incisivo Central Inferior

Figura 7-1 Incisivo central inferior direito, vistas lingual e incisal. MI,
Margem incisal; CMD, crista marginal distal; FL, fossa lingual; LC, linha
cervical; C, cíngulo; CMM, crista marginal mesial.

Figura 7-2 Incisivo central inferior direito, vista vestibular. (Quadrado


= 1 mm2).

Figura 7-3 Incisivo central inferior direito, vista lingual. (Quadrado


= 1 mm2).

Figura 7-4 Incisivo central inferior direito, vista mesial. (Quadrado


= 1 mm2).

Figura 7-5 Incisivo central inferior direito, vista distal. (Quadrado Figura 7-6 Incisivo central inferior direito, vista incisal. (Quadrado
= 1 mm2). = 1 mm2).
Capítulo 7 Os Incisivos Inferiores Permanentes 119

Tabela 7-1 Incisivo Central Inferior


Primeira evidência de calcificação 3-4 meses
Esmalte completo 4-5 anos
Irrupção 6-7 anos
Raiz completa 9 anos

Tabela De Medidas
Comprimento Comprimento Curvatura Curvatura
altura Comprimento Mesiodistal Comprimento Vestibulolingual da Linha da Linha
cervicoincisal Altura Mesiodistal da Coroa no Vestibulolingual da Coroa no Cervical– Cervical–
da coroa da Raiz da Coroa Colo da Coroa Colo Mesial Distal
Dimensões* 9,5 12,5 5,0 3,5 6,0 5,3 3,0 2,0
sugeridas
para a técnica
da escultura
dentária
*Em milímetros.

A superfície mesial da coroa é convexa e lisa no terço


incisal, tornando-se mais ampla e aplainada no terço médio,
cervicalmente à área de contato; então, torna-se quase total-
mente plana, com tendência a ficar côncava imediatamente
inferior ao terço médio da coroa e superiormente à linha
cervical (Fig. 7-10, 5, 8 e 10).
A superfície mesial da raiz é achatada imediatamente infe-
rior à linha cervical. A maioria dessas raízes possui uma depres-
são de desenvolvimento ampla que se estende por grande parte
de sua altura. Normalmente, as depressões são mais profundas
na junção dos terços médio e apical (Fig. 7-10, 3 e 9).

Vista Distal
A linha cervical que representa a JAC apresenta curvatura
voltada incisalmente cerca de 1 mm menor na face distal em
relação à face mesial (Figs. 7-5, 7-7 e 7-8).
Figura 7-13 Incisivo lateral inferior direito, vista vestibular. (Quadrado
A superfície distal da coroa e da raiz do incisivo central = 1 mm2).
inferior é similar àquela da superfície mesial. A depressão de
desenvolvimento na superfície distal da raiz pode ser mais
marcada, com um sulco de desenvolvimento mais profundo é mais ampla vestibularmente do que lingualmente no terço
e mais bem-definido no centro. cervical, que é a área representada por um suave cíngulo.
A superfície vestibular da coroa no terço incisal, apesar
Vista Incisal de mais ampla e aplainada em comparação com o terço
A vista incisal ilustra a simetria bilateral do incisivo central cervical, possui tendência à convexidade, enquanto a superfí-
inferior (Figs. 7-1, 7-6, 7-7, 7-8 e 7-11), sendo a metade cie lingual da coroa no terço incisal possui tendência à
mesial da coroa quase idêntica à metade distal. concavidade.
A margem incisal está em ângulo quase reto com a linha Quando esse dente é observado através da vista incisal, de
que bissecciona a coroa no sentido vestibulolingual. Esse modo que a linha de observação esteja alinhada com o longo
traço é característico do dente e serve como marca de iden- eixo do dente, é possível ver mais extensamente a superfície
tificação na diferenciação entre incisivos inferiores centrais vestibular do que a superfície lingual.
e laterais (ver adiante Incisivo Lateral Inferior). Observe a
comparação entre o comprimento dessas coroas no sentido
vestibulolingual e seus comprimentos no sentido mesiodis- Incisivo Lateral Inferior
tal. O comprimento vestibulolingual é sempre maior.
A face vestibular da coroa é mais ampla no sentido mesio- As Figuras 7-13 a 7-21 ilustram o incisivo lateral inferior em
distal do que no caso da face lingual. Normalmente, a coroa várias vistas. O incisivo lateral inferior é o segundo dente
120 Incisivo Lateral Inferior

Figura 7-14 Incisivo lateral inferior direito, vista lingual. (Quadrado


= 1 mm2). Figura 7-15 Incisivo lateral inferior direito, vista mesial. (Quadrado
= 1 mm2).

Figura 7-16 Incisivo lateral inferior direito, vista distal. (Quadrado Figura 7-17 Incisivo lateral inferior direito, vista incisal. (Quadrado
= 1 mm2). = 1 mm2).

Figura 7-18 Incisivo lateral inferior, vista incisal. São exibidos dez espécimes típicos.
126 Canino Superior

Figura 8-1 Canino superior direito, vistas lingual e incisal. LC, linha
cervical; C, cíngulo; CMM, crista marginal mesial; FML, fossa mesiolingual;
ALM, aresta longitudinal mesial; ALD, aresta longitudinal distal; CL, crista
lingual; FDL, fossa distolingual; CMD, crista marginal distal.

Figura 8-2 Canino superior esquerdo, vista vestibular. (Quadrado = 1 mm2).

Figura 8-3 Canino superior esquerdo, vista lingual. (Quadrado = 1 mm2).

Figura 8-4 Canino superior esquerdo, vista mesial. (Quadrado = 1 mm2).

Figura 8-5 Canino superior esquerdo, vista distal. (Quadrado = 1 mm2). Figura 8-6 Canino superior esquerdo, vista incisal. (Quadrado = 1 mm2).
Capítulo 8 Os Caninos Permanentes: Superiores e Inferiores 133

Figura 8-14 Canino inferior esquerdo, vista vestibular. (Quadrado = 1 mm2). Figura 8-17 Canino inferior esquerdo, vista distal. (Quadrado = 1 mm2).

Figura 8-18 Canino inferior esquerdo, vista incisal. (Quadrado = 1 mm2).

semelhantes, a descrição dos inferiores baseia-se em compa-


rações diretas com os superiores.
A coroa do canino inferior é geralmente mais estreita que
a do superior no sentido mesiodistal, podendo ter o mesmo
comprimento ou até ser mais longa cerca de 0,5 a 1 mm
Figura 8-15 Canino inferior esquerdo, vista lingual. (Quadrado = 1 mm2). (Tabela 8-2). A raiz pode ser tão longa quanto a de um
canino superior, mas geralmente é um pouco mais curta. O
comprimento vestibulolingual da coroa e da raiz é normal-
mente uma fração de milímetro menor.‡
A face lingual da coroa é mais suave, com menor desen-
volvimento do cíngulo e menos volume das cristas marginais.
Esta face lembra a morfologia da face lingual dos incisivos
laterais inferiores.
A cúspide do canino inferior não é tão bem desenvolvida
quanto a do superior e as arestas longitudinais# são mais del-
gadas no sentido vestibulolingual. Geralmente, pelas vistas
mesial ou distal, a ponta da cúspide está alinhada com o
centro da raiz, embora algumas vezes seja lingualizada, como
ocorre nos incisivos inferiores.
Uma variação não rara da forma do canino inferior é a
presença de raízes bífidas (Fig. 8-24, 1, 2, 5 e 6, e Fig. 8-25).

Nota da Revisão Científica: O comprimento citado se refere ao encon-
trado no nível cervical da coroa e raiz.
#
Nota da Revisão Científica: As arestas longitudinais juntas constituem
Figura 8-16 Canino inferior esquerdo, vista mesial. (Quadrado = 1 mm2). a margem incisal do canino
142 Primeiro Pré-molar Superior

Figura 9-1 Primeiro pré-molar superior direito, vistas mesial e oclusal.


RL, Raiz lingual; LC, linha cervical; SDMM, sulco de desenvolvimento
marginal mesial; CL, cúspide lingual; CV, cúspide vestibular; ACM, área de
contato mesial; CCV, crista cervical vestibular; DDM, depressão de
desenvolvimento mesial; RV, raiz vestibular; ALMV, aresta longitudinal
mesiovestibular; CMM, crista marginal mesial; FTM, fossa triangular mesial
(área sombreada); SDC, sulco de desenvolvimento central; ALML, aresta
longitudinal mesiolingual; ALDL, aresta longitudinal distolingual; Figura 9-2 Primeiro pré-molar superior esquerdo, vista vestibular.
FTD, fossa triangular distal; CMD, crista marginal distal; ALDV, aresta (Quadrado = 1 mm2).
longitudinal distovestibular.

Figura 9-4 Primeiro pré-molar superior esquerdo, vista mesial.


(Quadrado = 1 mm2).
Figura 9-3 Primeiro pré-molar superior esquerdo, vista lingual.
2
(Quadrado = 1 mm ).

Figura 9-5 Primeiro pré-molar superior esquerdo, vista distal. Figura 9-6 Primeiro pré-molar superior esquerdo, vista oclusal.
(Quadrado = 1 mm2). (Quadrado = 1 mm2).
Capítulo 9 Os Pré-molares Superiores Permanentes 151

Segundo Pré-molar Superior molar, com uma comparação direta entre esse e o primeiro
pré-molar; as variações são mencionadas.
As Figuras 9-17 a 9-25 mostram o segundo pré-molar supe- O segundo pré-molar superior é menos anguloso, o que
rior por todas as vistas. O segundo pré-molar superior com- resulta em um efeito mais arredondado para a coroa por
plementa a função do primeiro pré-molar superior. Como todas as vistas. Possui apenas uma raiz.
os dois dentes são bastante semelhantes, torna-se necessária Variações consideráveis podem ser visualizadas nos tama-
apenas uma breve descrição de cada face do segundo pré- nhos dos dois dentes quando comparados, pois o segundo
pré-molar parece não ser tão constante na sua forma como o
primeiro pré-molar (Tabela 9-2). O segundo pré-molar supe-
rior pode ter uma coroa nitidamente menor nos sentidos
cérvico-oclusal e mesiodistal. Todavia, também pode ser maior
nessas dimensões. Normalmente, a raiz do segundo pré-molar
é tão longa quanto, quando não maior em 1 mm ou mais, a
do primeiro pré-molar. Os dois dentes possuem aproximada-
mente as mesmas dimensões médias, exceto pela tendência de
maior altura da raiz do segundo pré-molar. A Figura 9-25
apresenta dez espécimes com variações incomuns.

DESCRIÇÃO DETALHADA DO SEGUNDO


PRÉ-MOLAR SUPERIOR
Vista Vestibular
Pela vista vestibular, observa-se que a cúspide vestibular do
Figura 9-17 Segundo pré-molar superior esquerdo, vista vestibular. segundo pré-molar não é tão alta quanto a do primeiro e
(Quadrado = 1 mm2).
parece menos pontiaguda (Fig. 9-17). Além disso, a aresta
longitudinal mesial da cúspide vestibular é normalmente

Figura 9-18 Segundo pré-molar superior esquerdo, vista lingual.


(Quadrado = 1 mm2).

Figura 9-20 Segundo pré-molar superior esquerdo, vista distal.


(Quadrado = 1 mm2).

Figura 9-19 Segundo pré-molar superior esquerdo, vista mesial. Figura 9-21 Segundo pré-molar superior esquerdo, vista oclusal.
(Quadrado = 1 mm2). (Quadrado = 1 mm2).
158 Primeiro Pré-molar Inferior

Figura 10-1 Primeiro pré-molar inferior direito, vistas mesial e oclusal.


CV, Cúspide vestibular; CTV, crista triangular vestibular ATLCV, aresta
transversal lingual da cúspide vestibular; CL, cúspide lingual; SDML, sulco de
desenvolvimento mesiolingual; LC, linha cervical; CCV, crista cervical
vestibular; ACM, área de contato mesial; CMM, crista marginal mesial;
ALDV, aresta longitudinal distovestibular; CMD, crista marginal distal; SDC, sulco Figura 10-2 Primeiro pré-molar inferior direito, vista vestibular. O
de desenvolvimento central; ALMV, aresta longitudinal mesiovestibular. espécime nessa figura mostra uma inclinação mesial da raiz. Apesar de
pré-molares e caninos inferiores poderem assim se apresentar – na maioria das
raízes, se houver inclinação, ocorrerá em direção distal. (Quadrado = 1 mm2.)

Figura 10-4 Primeiro pré-molar inferior direito, vista mesial.


Figura 10-3 Primeiro pré-molar inferior direito, vista lingual. (Quadrado = 1 mm2.)
2
(Quadrado = 1 mm .)

Figura 10-5 Primeiro pré-molar inferior direito, vista distal. Figura 10-6 Primeiro pré-molar inferior direito, vista oclusal.
(Quadrado = 1 mm2.) (Quadrado = 1 mm2.)
Capítulo 10 Os Pré-molares Inferiores Permanentes 165
A morfologia mais frequente do primeiro pré-molar inferior
mostra uma depressão e um sulco de desenvolvimento mesio-
lingual, os quais estreitam a face mesial da coroa e criam uma
diminuta área de contato mesial em contato com o canino
inferior. A parte distal da coroa é descrita por um arco maior,
criando uma área de contato mais ampla com o segundo pré-
molar inferior, que possui uma face proximal mais ampla que
a do canino (Figs. 5-7, D, 5-10, B, e 5-17, D).
A fossa mesial é mais linear e sulcada, contendo o sulco
de desenvolvimento mesial que se estende no sentido ves-
tibulolingual. Esse sulco estende-se para lingual e torna-
se o sulco de desenvolvimento mesiolingual conforme
passa sobre a superfície mesiolingual. Na maioria dos
casos, a fossa distal é mais circular, sendo circunscrita
pela aresta longitudinal distovestibular, crista marginal
distal bem como arestas transversais das cúspides vesti- Figura 10-14 Segundo pré-molar inferior esquerdo, vista lingual.
bular e lingual. (Quadrado = 1 mm2.)
A fossa distal pode apresentar-se com uma série de varia-
ções, como, por exemplo, contendo um sulco de desenvolvi-
mento distal em forma de meia-lua (Fig. 10-11, 2), abrigando
uma fóssula de desenvolvimento com sulcos acessórios que
se irradiam dela (Fig. 10-11, 10), ou ainda pode conter um
sulco linear que vai de mesial a distal em um arranjo que
lembra uma fossa triangular típica (Fig. 10-11, 4, 5 e 6).
Devido ao posicionamento da coroa sobre a raiz, a maior
parte da face vestibular pode ser visualizada pela vista oclusal,
enquanto muito pouco da face lingual é visualizado.

Segundo Pré-molar Inferior


As Figuras 10-13 a 10-21 ilustram o segundo pré-molar
inferior por todas as vistas. Este dente lembra o primeiro
pré-molar inferior apenas pela vista vestibular. Apesar de
a cúspide vestibular não ser tão alta, o comprimento me-
siodistal da coroa e seu contorno geral são similares
Figura 10-15 Segundo pré-molar inferior esquerdo, vista mesial.
(Tabela 10-2). O referido dente é ainda mais largo e possui (Quadrado = 1 mm2.)
maior desenvolvimento em outros aspectos; comumente,
assume duas formas: a primeira, que provavelmente ocorre

Figura 10-13 Segundo pré-molar inferior esquerdo, vista vestibular. Figura 10-16 Segundo pré-molar inferior esquerdo, vista distal.
(Quadrado = 1 mm2.) (Quadrado = 1 mm2.)
Capítulo 11 Os Molares Superiores Permanentes 173
mesiovestibular não é tão longa, porém mais larga no sentido A cúspide mesiovestibular é mais larga que a cúspide
vestibulolingual e conformada (em secção transversal), de distovestibular, e a sua vertente mesial encontra a sua ver-
modo que a sua resistência a torção é maior que a da raiz tente distal em um ângulo obtuso. Já a vertente mesial da
lingual. A raiz distovestibular é a menor das três, sendo cúspide distovestibular encontra a sua vertente distal em um
arredondada de modo regular. ângulo aproximadamente reto. Por isso, a cúspide distoves-
O desenvolvimento dos primeiros molares superiores tibular é mais pontiaguda e tão longa, ou ainda frequente-
raramente se desvia do padrão normal. Dez espécimes com mente mais longa, que a cúspide mesiovestibular (Fig. 11-15,
variações incomuns são exibidos na Figura 11-18. 4, 6, 7, 8 e 9).
O sulco de desenvolvimento vestibular que divide as duas
cúspides vestibulares é aproximadamente equidistante entre
DESCRIÇÃO DETALHADA DO PRIMEIRO
MOLAR SUPERIOR
Vista Vestibular
A coroa é aproximadamente trapezoidal, sendo os contor-
nos cervical e oclusal representados por lados desiguais
(Figs. 11-4, 11-13, 11-14 e 11-15). A linha cervical é a mais
curta desses lados (Fig. 4-16, D).
Quando a face vestibular do referido dente é observada
com a linha de visão em ângulo reto em relação ao sulco de
desenvolvimento vestibular da coroa, a face distal da coroa
pode ser visualizada em perspectiva, o que é possível por
causa do caráter obtuso da margem distovestibular (ver Vista
Oclusal mais adiante). Também são visualizadas partes das
quatro cúspides: mesiovestibular, distovestibular, mesiolin-
Figura 11-6 Primeiro molar superior direito, vista lingual. (Quadrado = 1 mm2.)
gual e distolingual.

Figura 11-7 Primeiro molar superior direito, vista mesial. (Quadrado = 1 mm2.)
Figura 11-4 Primeiro molar superior direito, vista vestibular.
(Quadrado = 1 mm2.)

Figura 11-5 Primeiro molar superior direito, vista lingual. RDV, Raiz Figura 11-8 Primeiro molar superior direito, vista mesial. RL, Raiz
distovestibular; RL, raiz lingual; LC, linha cervical; SDL, sulco de lingual; QC, quinta cúspide; CML, cúspide mesiolingual; CMM, crista
desenvolvimento lingual; CDL, cúspide distolingual; CML, cúspide marginal mesial; CMV, cúspide mesiovestibular; ACM, área de contato
mesiolingual; QC, quinta cúspide; RMV, raiz mesiovestibular. mesial; CC, crista cervical; RMV, raiz mesiovestibular.
Capítulo 11 Os Molares Superiores Permanentes 175
que pode ser descrito como tendo o seu início em uma
depressão na margem mesiolingual da coroa; este sulco
estende-se oclusalmente em direção ao ápice da cúspide
mesiolingual, fazendo, em seguida, um ângulo obtuso em
direção ao término do sulco lingual e desaparecendo próximo
ao término do sulco lingual. Se a quinta cúspide é bem
desenvolvida, as suas arestas são mais agudas e menos obtusas
do que as da cúspide mesiolingual. A aresta longitudinal da
quinta cúspide situa-se aproximadamente a 2 mm cervical da
aresta longitudinal da cúspide mesiolingual (Fig. 11-5).
As três raízes são visíveis pela face lingual, constituindo a
grande raiz lingual a maior parte no primeiro plano. A parte
Figura 11-10 Primeiro molar superior direito, vista distal. (Quadrado = 1 mm2.) lingual do bulbo radicular é contínua, lingualmente, com
toda a parte cervical da coroa. A raiz lingual é cônica, ter-
minando em um ápice arredondado e rombudo.
Todo o contorno mesial da raiz mesiovestibular e parte
do seu ápice podem ser vistos por esse ângulo.
O contorno distal da raiz distovestibular é visualizado a
partir do seu terço médio, incluindo todo o seu contorno
apical.
Figura 11-11 Triângulo da cúspide primária dos molares superiores. O
lobo distolingual, representado pelas áreas sombreadas, torna-se Vista Mesial
progressivamente menor nos molares superiores, começando pelo primeiro
Pela face mesial, podem-se observar: o comprimento vesti-
molar, que apresenta o maior desenvolvimento do lobo. Essas áreas,
aproximadamente triangulares no contorno, representam o triângulo das bulolingual aumentado, os contornos das curvaturas cervi-
cúspides primárias dos molares superiores. cais da coroa no terço cervical vestibular e lingual, bem
como a diferença nas dimensões entre o maior comprimento
vestibulolingual da coroa e a distância entre as pontas das
cúspides (Figs. 11-7, 11-8, 11-13, 11-14 e 11-16).
Começando vestibularmente na linha cervical, o contorno
da coroa faz um pequeno arco vestibularmente à sua crista
da curvatura no terço cervical da coroa. A extensão dessa
curvatura é de aproximadamente 0,5 mm (Fig. 11-13). Em
seguida, o contorno da face vestibular descreve uma conca-
vidade rasa imediatamente oclusal à crista da curvatura (ver
em Vista Vestibular). O contorno torna-se levemente con-
Figura 11-12 Primeiro molar superior direito, vista oclusal. vexo conforme progride para inferior e lingual, a fim de
(Quadrado = 1 mm2.) circunscrever a cúspide mesiovestibular e terminar na ponta
da cúspide, bem dentro do contorno da base da raiz.
As cúspides linguais são as únicas a serem visualizadas Se o dente for posicionado de modo que a linha de visua-
pela face lingual. A cúspide mesiolingual é muito maior, lização fique em ângulo reto com a área de contato mesial,
sendo sempre, antes do desgaste oclusal, a cúspide mais as únicas cúspides visíveis serão a mesiovestibular, mesiolin-
longa que o dente possui. Seu comprimento mesiodistal é gual e quinta cúspide. A raiz mesiovestibular esconde a raiz
cerca de três quintos do diâmetro mesiodistal da coroa, distovestibular.
constituindo a cúspide distolingual os dois quintos restantes. O contorno lingual da coroa curva-se de modo lingual,
O ângulo formado pelo contorno mesial da coroa e pela aproximadamente na mesma extensão do lado vestibular. O
vertente mesial da cúspide mesiolingual é de quase 90 graus. nível da crista da curvatura fica próximo do terço médio da
Um ângulo obtuso descreve a junção das vertentes mesial e coroa em vez de um ponto no terço cervical, como ocorre
distal dessa cúspide. por vestibular.
A cúspide distolingual é tão esferoidal e sem curvaturas Se a quinta cúspide for bem desenvolvida, o contorno
bruscas que se mostra difícil descrever qualquer angulação lingual irá se inclinar vestibularmente para revelá-la. Se não
nas vertentes mesial e distal. estiver desenvolvida, o contorno lingual continua a partir da
O sulco de desenvolvimento lingual começa aproximada- crista da curvatura como um arco regularmente curvo até a
mente no centro da face lingual; de sentido mesiodistal, ponta da cúspide mesiolingual. A ponta da cúspide mostra-se
curva-se de modo abrupto para distal quando passa entre as mais claramente centralizada dentro dos contornos da base
cúspides, continuando-se na face oclusal. da raiz que a ponta da cúspide mesiovestibular. A cúspide
A quinta cúspide encontra-se conectada à superfície mesiolingual fica alinhada com o longo eixo da raiz lingual.
mesiolingual da cúspide mesiolingual, sendo contornada A crista marginal mesial, contínua com as arestas das
oclusalmente por um sulco de desenvolvimento irregular, cúspides mesiovestibular e mesiolingual, é irregular; seu con-
Capítulo 11 Os Molares Superiores Permanentes 181
por lingual (Fig. 11-5, SDL). Se houver o desenvolvimento Segundo Molar Superior
da quinta cúspide, um sulco de desenvolvimento irá contorná-
la, unindo-se ao sulco lingual próximo do seu término. Qual- As Figuras 11-19 a 11-27 ilustram o segundo molar superior
quer parte do sulco de desenvolvimento que contorne uma por todas as vistas. O segundo molar superior auxilia o
quinta cúspide é chamada de sulco da quinta cúspide. primeiro molar em sua função. Na descrição desse dente,
Na maioria dos casos, o sulco oblíquo distal apresenta serão feitas comparações diretas com o primeiro molar tanto
vários sulcos secundários. Dois ramos terminais normal- para a forma como para o desenvolvimento.
mente aparecem, formando os dois lados da depressão trian- De um modo geral, as raízes do referido dente são tão
gular imediatamente mesial à crista marginal distal. Esses longas quanto, se não forem um pouco mais longas, que as do
dois lados, em combinação com a vertente mesial da crista primeiro molar (Tabela 11-2). A cúspide distovestibular não é
marginal distal, formam a fossa triangular distal. O contor- tão grande ou tão bem desenvolvida, e a cúspide distolingual
no distal da crista marginal distal da coroa mostra leve se mostra menor. Não é evidente uma quinta cúspide.
concavidade. A coroa do segundo molar superior é aproximadamente
A cúspide distolingual é lisa e arredondada pela face 0,5 mm mais curta no sentido cervicoclusal que a do primeiro
oclusal, e o seu contorno, da concavidade distal da crista
marginal distal até o sulco lingual da coroa, descreve o arco
de uma elipse.
O contorno lingual da cúspide distolingual situa-se em
um mesmo nível que o contorno lingual da quinta cúspide,
a menos que a quinta cúspide seja anormalmente grande.
No último caso, o contorno lingual da quinta cúspide é mais
proeminente lingualmente (Fig. 11-17, 9). A aresta longitu-
dinal da cúspide distolingual normalmente se estende lin-
gualmente mais do que a aresta longitudinal da cúspide
mesiolingual.

Figura 11-21 Segundo molar superior esquerdo, vista mesial.


(Quadrado = 1 mm2.)

Figura 11-19 Segundo molar superior esquerdo, vista vestibular.


(Quadrado = 1 mm2.)

Figura 11-22 Segundo molar superior esquerdo, vista distal.


(Quadrado = 1 mm2.)

Figura 11-20 Segundo molar superior esquerdo, vista lingual. Figura 11-23 Segundo molar superior esquerdo, vista oclusal.
(Quadrado = 1 mm2.) (Quadrado = 1 mm2.)
Capítulo 11 Os Molares Superiores Permanentes 185

Figura 11-28 Terceiro molar superior direito, vista vestibular. Figura 11-31 Terceiro molar superior direito, vista distal.
(Quadrado = 1 mm2.) (Quadrado = 1 mm2.)

Figura 11-32 Terceiro molar superior direito, vista oclusal.


(Quadrado = 1 mm2.)

DESCRIÇÃO DETALHADA DO TERCEIRO


Figura 11-29 Terceiro molar superior direito, vista lingual. MOLAR SUPERIOR
(Quadrado = 1 mm2.)
Vista Vestibular
Pela face vestibular, a coroa do terceiro molar é menor nos
sentidos cérvico-oclusal e mesiodistal que a do segundo
molar (Figs. 11-28 e 11-33). As raízes são normalmente
fusionadas, funcionando como uma volumosa raiz, porém
mais curtas no sentido cervicoapical. As raízes fusionadas
terminam em um afunilamento no ápice; possuem nítida
inclinação para distal, conferindo aos ápices uma relação
mais distal com o centro da coroa.

Vista Lingual
Além das diferenças, anteriormente mencionadas, em relação
ao segundo molar superior, apenas uma volumosa cúspide
lingual está presente, por isso nenhum sulco lingual é evi-
Figura 11-30 Terceiro molar superior direito, vista mesial. dente (Fig. 11-29). Entretanto, em muitos casos um terceiro
(Quadrado = 1 mm2.) molar com as mesmas características essenciais possui uma
cúspide distolingual pouco desenvolvida com um sulco de
Todos os terceiros molares mostram mais variação no desenvolvimento por lingual (Fig. 11-35, 2).
desenvolvimento que qualquer outro dente. Ocasional-
mente, aparecem como variações que possuem pouca ou Vista Mesial
nenhuma semelhança com os dentes vizinhos. Algumas Pela face mesial, com exceção das diferenças na medida, a
variações morfológicas são mostradas na Figura 11-36. principal característica é o afunilamento das raízes fusiona-
É necessário fornecer uma breve descrição do terceiro das e uma bifurcação, normalmente na região do terço
molar considerando uma média em seu desenvolvimento, apical. A Figura 11-30 não mostra essa bifurcação, demons-
que estaria em boas proporções com os outros molares supe- trada na Figura 11-34, 1, 2 e 3. A parte radicular é conside-
riores e com uma forma oclusal considerada normal. Na ravelmente menor em relação ao comprimento da coroa.
descrição do terceiro molar superior normal, serão feitas Contudo, partes da coroa e raiz tendem a ser pouco desen-
comparações diretas com o segundo molar superior. volvidas, com contornos irregulares.
Capítulo 12 Os Molares Inferiores Permanentes 191

Figura 12-4 Primeiro molar inferior direito, vista vestibular.


(Quadrado = 1 mm2). Figura 12-5 Primeiro molar inferior direito, vista lingual. CDL, cúspide
distolingual; SDL, sulco de desenvolvimento lingual; LC, linha cervical;
CML, cúspide mesiolingual.

Figura 12-7 Primeiro molar inferior direito, vista mesial. (Quadrado =


Figura 12-6 Primeiro molar inferior direito, vista lingual. (Quadrado = 1
2 1 mm2).
mm ).

Figura 12-9 Primeiro molar inferior direito, vista distal. CMM, crista
Figura 12-8 Primeiro molar inferior direito, vista mesial. CMM, crista marginal mesial; CMV, cúspide mesiovestibular; CDV, cúspide
marginal mesial; CML, cúspide mesiolingual; ACM, área de contato mesial; distovestibular; CD, cúspide distal; SDDV, sulco de desenvolvimento
LC, linha cervical; DD, depressão de desenvolvimento; CC, crista cervical; distovestibular; ACD, área de contato distal; LC, linha cervical; CMD, crista
CMV, cúspide mesiovestibular. marginal distal; CDL, cúspide distolingual; CML, cúspide mesiolingual.
192 Primeiro Molar Inferior

Figura 12-11 Primeiro molar inferior direito, vista oclusal. (Quadrado =


1 mm2).

Figura 12-10 Primeiro molar inferior direito, vista distal. (Quadrado =


1 mm2).

Figura 12-12 Primeiro molar inferior direito. São exibidos os perfis das cinco vistas. (Quadrado = 1 mm2).
Capítulo 12 Os Molares Inferiores Permanentes 199
arestas longitudinais dessas cúspides, o sulco mesiovestibular
da superfície oclusal é contínuo com o sulco mesiovestibular
da face vestibular da coroa. O sulco de desenvolvimento
lingual da face oclusal é irregular e percorre direção lingual
até a junção das arestas longitudinais das cúspides – mesio-
lingual e distolingual –, onde é contínuo com sua exten-
são lingual. Novamente a partir da fóssula central, seguindo
o sulco central na direção distovestibular até o ponto em que
ele se junta com o sulco de desenvolvimento distovestibular
da face oclusal. Desse ponto em diante, nota-se que o sulco
central continua em direção distolingual, terminando na
fossa triangular distal. A partir do sulco central, o sulco
distovestibular continua com a própria extensão na face Figura 12-19 Segundo molar inferior esquerdo, vista lingual.
vestibular da coroa, atravessando a junção das arestas longi- (Quadrado = 1 mm2).
tudinais das cúspides distovestibular e distal.
Aparentemente, o sulco de desenvolvimento central está
localizado centralmente em relação ao comprimento vesti-
bulolingual da coroa; porém, as cúspides linguais maiores
tornam suas arestas transversais mais longas do que as das
cúspides vestibulares.
Observe a posição e o tamanho da cúspide distal pela vista
oclusal; note que sua parte distal une-se à área de contato
distal da coroa.

Segundo Molar Inferior


As Figuras 12-18 a 12-26 mostram o segundo molar inferior
por todas as vistas; esse dente suplementa a função do pri-
meiro molar, mas a anatomia dele difere em alguns Figura 12-20 Segundo molar inferior esquerdo, vista mesial.
(Quadrado = 1 mm2).
detalhes.
Normalmente, o segundo molar é menor do que o pri-
meiro um milímetro ou menos em todas as dimensões
(Tabela 12-2). Não se trata, no entanto, de sugerir que o
mesmo seja verdadeiro para a forma. Não é raro encontrar
coroas de segundos molares inferiores um pouco mais largas
do que as coroas dos primeiros molares e, apesar de as raízes
não serem tão bem-formadas, podem ser mais longas.
A coroa possui quatro cúspides bem-desenvolvidas, duas
vestibulares e duas linguais, de tamanhos quase iguais. Uma
cúspide distal ou uma quinta cúspide não são evidentes,
contudo a cúspide distovestibular é maior do que a encon-
trada no primeiro molar.

Figura 12-21 Segundo molar inferior esquerdo, vista distal.


(Quadrado = 1 mm2).

Figura 12-18 Segundo molar inferior esquerdo, vista vestibular. Figura 12-22 Segundo molar inferior esquerdo, vista oclusal.
(Quadrado = 1 mm2). (Quadrado = 1 mm2).
204 Terceiro Molar Inferior

Figura 12-30 Terceiro molar inferior direito, vista lingual.


Figura 12-29 Terceiro molar inferior direito, vista vestibular. (Quadrado = 1 mm2).
2
(Quadrado = 1 mm ).

Figura 12-32 Terceiro molar inferior direito, vista distal. (Quadrado =


1 mm2).
Figura 12-31 Terceiro molar inferior direito, vista mesial. (Quadrado =
1 mm2).

cularmente na parte coronária. As raízes desses terceiros


molares com tamanho além do normal podem ser curtas e
malformadas.
A situação oposta é provável nos terceiros molares supe-
riores. A maioria das anomalias apresenta-se com tamanho
abaixo do normal. São os dentes com maior probabilidade
de impactação total ou parcial; a falta de espaço para aco-
modação é a causa principal de impactação.
Se o terceiro molar estiver ausente congenitamente de
um lado da maxila ou da mandíbula, provavelmente também
Figura 12-33 Terceiro molar inferior direito, vista oclusal. (Quadrado = o estará no lado oposto. Contudo, não é evidente nenhuma
1 mm2). associação significativa entre a agenesia na maxila e na man-
díbula. A irrupção parcial do terceiro molar inferior pode
resultar em problemas periodontais nas proximidades da
de cúspides e no desenho oclusal do que ao primeiro. Oca- face distal dos segundos molares e, em alguns casos, pode
sionalmente, são observados terceiros molares inferiores ocorrer reabsorção da superfície da raiz distal (Fig. 12-28).
bem-formados e comparáveis, em tamanho e desenvolvi- Quando precisam ser restaurados, lembre-se de que a pro-
mento, ao primeiro molar inferior. fundidade do esmalte na superfície oclusal é relativamente
São encontrados muitos exemplos de terceiros molares maior do que no caso do primeiro ou do segundo molar.
inferiores com cinco ou mais cúspides, com partes da coroa
maiores do que as do segundo molar (Tabela 12-3). Nesses DESCRIÇÃO DETALHADA DO TERCEIRO
casos, o alinhamento e a oclusão com os outros dentes não MOLAR INFERIOR
são normais, porque não há espaço suficiente no processo
alveolar da mandíbula para a acomodação de um dente tão Vista Vestibular
grande, de forma tão variável. Pela vista vestibular, os terceiros molares inferiores variam
É possível encontrar espécimes de terceiros molares infe- consideravelmente em seu contorno, mas possuem, conco-
riores com todas as dimensões reduzidas (Fig. 12-37, 2), mas mitantemente, certas características comuns (Figs. 12-29 e
a maioria dos que não tem tamanho normal é maior, parti- 12-34).

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