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ODONTOGÊNESE

PARTE 2
Revisando: Os eventos de MORFODIFERENCIAÇÃO dizem respeito as dobras internas do EIOE,
que vão estabelecer a forma da futura coroa do dente, e os eventos de HISTODIFERENCIAÇÃO
dizem respeito a especialização das células que formaram os tecidos dentários maduros.
- Os pré-ameloblastos quando formados iniciam uma sinalização das células ectomesênquimais
superficiais da papila dentária. Essa influência gera uma interrupção do processo da divisão
celular e iniciação o processo de aumento de tamanho, esse evento representa a diferenciação
dessas células que dão origem aos ODONTOBLASTOS que passam a secretar a primeira camada
de dentina. A matriz de dentina quando depositada forma a DENTINA DO MANTO, que é a
dentina que futuramente terá contato com o esmalte. Essa matriz dentinária terá como principal
constituinte o colágeno do tipo I. É válido lembrar que essas células são derivadas do
ectomesênquima e por isso formam um tipo de tecido conjuntivo.
- Portanto, a matriz dentinária e o contato entre os odontoblastos e os pré-ameloblastos irá dar a
continuidade do processo de diferenciação e originar, consequentemente, formação dos
AMELOBLASTOS, que é a célula capaz de secretar a matriz orgânica do esmalte. Sendo que essa
matriz é basicamente proteica mas não é de natureza colágena.
- Esse eventos se iniciam nos locais dos pontos fixos (borda incisal de dentes anteriores e futuras
cúspides dos dentes posteriores). É claro que esse evento não irá se limitar a essas regiões, só
começam nesse locais mas depois vai progredindo para os outros locais. Por isso primeiro vai
haver a formação do TERÇO OCLUSAL OU INCISAL, seguindo pelo TERÇO MÉDIO e concluindo a
formação da coroa no TERÇO CERVICAL.
- A diferenciação dos odontoblastos é induzida com a participação da lâmina basal e a sinalização
dos pré-ameloblastos. Quanto a matriz orgânica da dentina se deposita, ela produz efeitos nos
pré-ameloblastos fazendo com que esses ganhem ainda mais altura e completem a sua
diferenciação. Os ameloblastos formados iniciam o processo de síntese do esmalte dentário.
- A deposição do esmalte ocorre DE DENTO PARA FORA (DEPOSIÇÃO CENTRÍFUGA), aumento o
DIÂMETRO da coroa do dente, enquanto a deposição da dentina ocorre DE FORA PARA DENTRO
(DEPOISÇÃO CENTRÍPETA), estabelecendo o espaço interno que será ocupado pelo tecido pulpar
diferenciado.
- Os fenômenos de indução recíproca são reesposáveis por tanto pelos eventos de
histodiferenciação.
- Os eventos sequências, ou seja, a mineralização do esmalte e da dentina na coroa do dente
ocorrem na fase denominada, fase de coroa.

SINALIZAÇÃO DOS PRÉ-


AMELOBLASTOS AS ODONTOBLASTOS
CÉLULAS SUPERFICIAIS FORMADOS
FASE DE COROA
- Essa fase se caracteriza pela deposição de dentina e do esmalte, ou seja, a dentinogênse e a
amelogênse, respectivamente.
FASE DE RAIZ
- É nessa fase que se finaliza o processo de formação do dente.
- Como foi visto, a dentina coronária só pode iniciar seu processo porque as células epiteliais do
EIOE começaram a se diferenciar e estimulou as células mesenquimais a iniciarem sua
diferenciação. Como a matriz radicular também é formada de dentina, é necessário que haja
alguma célula epitelial que estimule a produção da dentina radicular, já que não encontra-se
esmalte na região radicular.
- Quando o germe dentário chega no final da fase de coroa, ou seja, quando os eventos de
diferenciação alcançam o ponto da alça cervical, que é o encontro das células do EIOE e do EEOE,
esse ponto fixo sofre uma proliferação no sentindo apical para induzir a formação da dentina na
raiz. Mas essas células não vão conseguir se aprofundar verticalmente por conta do folículo
dentário e também por causa do osso da base da cripta óssea que rodeia o dente em formação.
- Esse epitélio que se prolifera da alça cervical sofre uma dobra que gera uma passagem, que
recebe o nome de DIAFRAGMA EPITELIAL, que permite a continuação da proliferação dessas
células epiteliais que vão originar a BAINHA EPITELIAL RADICULAR DE HERTWIG, essa bainha
produzirá os fatores que serão responsáveis por induzir as células da papila dentária a se
diferenciarem e produzir a dentina radicular.
- Para formação da dentina radicular, as células da bainha induzem as células ectomesênquimais
da papila dentária a se diferenciarem em odontoblastos. As células da região da bainha que
exercem essa indução elas posteriormente cessam sua proliferação e começam a secretar sob a
dentina radicular em formação uma fina matriz cuja composição é similar a matriz inicial do
esmalte.
- Os odontoblastos diferenciados começam a produzir a dentina radicular, o que gera um gradual
comprimento da raiz.
- Apenas as células da bainha que estão imediatamente adjacentes ao diafragma epitelial vão
continuar proliferando, as células que se encontram mais afastadas mas que já induziram a
diferenciação das células ectomesênquimais em odontoblastos, vão parar sua divisão. E por isso é
possível observar uma defasagem em relação ao crescimento da raiz, causada por esse contínuo
crescimento da raiz provocado pelo deposição de dentina contudo que não é acompanhado pelas
células epiteliais mais cervicais da bainha.
- Assim , somente as células localizadas mais apicalmente da bainha epitelial que vão continuar
acompanhando o crescimento da raiz. Essa diferença causa um TRACIONAMENTO nas células
cervicais da bainha, o que resulta em um afastamento dessas células umas das outras, esse
fenômeno recebe o nome de FRAGMENTAÇÃO DA BAINHA DE HERTWIG.
- Com o crescimento contínuo da raiz, observa-se um aumento desses espaços entre as células da
bainha que se reduz a apenas cordões celulares os quais sofrerão fragmentação ocasionando o
rompimento e a liberação de grupos celulares chamados de RESTOS EPITELIAIS DE MALASSEZ.
Esses restos aparecem em alguns cortes histológicos e nesses casos é possível visualizar um
grupo de 3 a 6 células que estão separadas da matriz extracelular do ligamento periodontal e
essas células apresentam poucas organelas refletindo seu estado inativo. Mas, em geral, as
células da bainha epitelial de Hertwig deixam de existir por processo apoptótico.
- Nessa fase, ocorre também a formação do periodonto de inserção. Pois a odontogênse dura até
que se feche o ápice do dente e é por esse motivo que as células do folículo dentário estão
aprisionadas junto ao germe dentário.
- É importante que esse processo ocorra concomitante porque é necessário que exista uma
matriz orgânica do cemento de um lado e a matriz óssea do outro para que haja a incorporação
de fibras periodontais dentro desses dois elementos mineralizados.
- Dessa forma, com a exposição da superfície radicular da dentina (causada pela fragmentação da
bainha) há a indução de diferenciação de grupos celulares: CEMENTOBLASTOS (produz o
cemento) e FIBROBLASTOS (produz o ligamento periodontal).
- Assim a formação da raiz ocorre primeiro no TERÇO CERVICAL, depois no TERÇO MÉDIO e
finaliza no TERÇO APICAL. Dentro desse contexto, não irá ocorrer a perfuração da base da cripta
óssea e por isso o dente começa os seus processos de erupção dentária.
- Então durante essa fase, ocorre a formação do Periodonto de Inserção e também os fenômenos
de Erupção Dentária.
- MATRURAÇÃO PRÉ-REUPTIVA:
é o aumento do conteúdo do conteúdo mineral do esmalte dentário, aumento de
mineralização.
- O órgão do esmalte sofre um colapso e produz com isso uma estrutura chamada EPITÉLIO
REDUZIDO DO ESMALTE que recobre toda a coroa do dente, até que o dente apareça na
cavidade oral. Quando a erupção se completa, esse epitélio reduzido contribui para formação do
EPITELIO JUNCIONAL DA GENGIVA.
- A sequência do desenvolvimento dos tecidos dentários é bem semelhante nos dentes decíduos
quanto nos dentes permanentes. Os dentes permanentes tem alguns predecessores decíduos, os
quais se desenvolvem a partir de uma proliferação epitelial em relação a face palatina ou lingual
dos germe do decíduo, denominado BROTO DO PERMANENTE. Essa formação vai ocorrer
durante a fase de capuz do dente decíduo.
- Entretanto existem dentes que não possuem predecessores decíduos, esses dentes se
desenvolvem igualmente aos dentes decíduos, ou seja, diretamente da lâmina dentária.

ESSAS CÉLULAS DA BAINHA EPITELIAL INDUZEM A DIFERENCIAÇÃO


DAS CÉL. ECTOMESENQUIMAIS EM ODONTOBLASTOS
DENTINA DO
MATRIZ
MANTO
ORGÂNICA
RADICULAR

FIBROBLASTOS
- LIGAMENTO
PERIODONTAL

CEMENTOBLASTOS
- CEMENTO

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