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Alice Póvoas (@dradentinhos_)

- Essa apostila foi escrita por Alice


Póvoas (dradentinhos_) baseado na
- Biologia bibliografia descrita nas ultimas
- Patologia Pulpar páginas.
- Patologia Perirradicular - Esta apostila representa uma
- Diagnóstico propriedade intelectual da autora,
- Anatomia interna sendo assim, respaldado em direito
- Acesso coronário sob garantias de PLÁGIO (Crime de
- Instrumentos endodônticos Violação aos Direitos Autorias no Art.
- Fundamentos filosóficos 184 – Código Penal).
- Preparo químico-mecânico - Todo o conteúdo foi escrito retirado
- Irrigação-Aspiração do livro, os desenhos foram feitos
- Medicação intracanal pela autora e os que não (incluindo
- Obturação imagens) estão linkados no final da
- Retratamento apostila.
- Trauma dentário - É PROIBIDA a venda ou distribuição
gratuita deste conteúdo por outra
pessoa que não seja a autora, também
se enquadrando em crime contra a
propriedade intelectual.
- Inicia-se com interações de epitélio e
ectomesêcquima, na 5ª/6ª semana de
- A dentina e a polpa são tecidos que vida intrauterina (VIU)
apresentam origem embrionária
semelhante, estão intimamente
integrados em relação à anatomia e à
fisiologia e são considerados como
um complexo. Lâmina vestibular Lâmina dentária
- Esse complexo encontra-se - Lábios, bochechas - Germe dentário
geralmente isolado pelo revestimento e rebordo alveolar
de esmalte (na coroa) ou cemento (na
raiz).

- Quando essas camadas são perdidas,


o complexo pode ser exposto a
agentes irritantes e responder de - Proliferação inicial ao longo dos
diferentes maneiras futuros arcos
- Intensa atividade mitótica das células
da lamina dentária
- Por volta da 8ª semana de VIU
- O dente deriva de dois tipos de
tecidos embrionários: o ectoderma,
que origina o esmalte, e o
- Fase caracterizada por intensa
ectomesêcquima, que origina a
proliferação das células epiteliais
dentina, a polpa e os tecidos
- Crescimento desigual e
periodontais.
aprofundamento da parte interna
- Camadas celulares - Aparecimento do estrato
intermediário
- As células da camada exterior da
papila dentária se diferenciam em
odontoblastos por meio de um
processo iniciado e modulado por
fatores de crescimento e moléculas
sinalizadoras

- Parte epitelial: órgão do esmalte –


- Campanula avançada com formação
esmalte
da coroa
- Ectomesêcquima: papila dental –
- Deposição de dentina e esmalte
dentina e polpa; folículo dentário –
cemento, ligamento periodontal e
osso alveolar

- Morfogênese e histodiferenciação
- Diminui a proliferação celular e
começa a diferenciação de diversas
células do germe dentário

- Dentinogenese inicia-se antes da


amelogenese, e a primeira dentina a
ser formada é chamada de dentina do
manto

- Risogênese
- Proliferação da alça cervical – bainha cemento acelular sobre a camada
epitelial de Hertwig e diafragma hialina
epitelial - Em sequência, feixes de colágeno
chamados de fibras de Sharpey são
produzidos por fibroblastos e
incorporados ao cemento em
formação
- As células da área mais externa do
folículo se diferenciam em
osteoblastos e começam a produzir o
osso.
Componente Células Resultado
Órgão do Alça cervical – Forma da raiz
esmalte Bainha de
Hertwig

- Ocorre enquanto o dente erupciona Papila Odontoblastos Dentina


- A formação radicular inicia quando as dentária Células Polpa
mesênquimais
células do epitélio convergem para indiferenciadas
formar a alça cervical Folículo Cementoblastos Cemento
- A fusão epitelial origina a bainha dentário Fibroblastos Ligamento
Osteoblastos periodontal
epitelial de Hertwig, que orienta a
Osso alveolar
formação radicular
- As células da bainha secretam a
camada hialina de Hopewell-Smith,
importante para a adesão do cemento
à dentina radicular
- Os tecidos periodontais são - 70% de material inorgânico:
originários do ectomesêcquima e Cristais de hidroxiapatita
forma o folículo dentário - 10% de água
- As células da bainha de Hertwig e do - 20% matriz orgânica
saco dentário se diferenciam em Composta principalmente por
cementoblastos, que depositam colágeno, sendo o tipo I o mais
abundante, mas o tipo V também Túbulos dentinários
pode ser encontrado Durante a Dentinogenese, os
- Também contém diversas proteínas odontoblastos se movem em direção
não colagenosas, incluindo:
centrípeta, deixando seus processos
fosfoproteinas, proteoglicanas,
celulares para formar os túbulos
proteínas contendo
dentinários
gamacarboxiglutamato, - A dentina que reveste o interior dos
glicoproteínas acidicas, sialoproteinas
túbulos é chamada de peritubular ou
dentinárias, osteonectina,
intratubular, e a dentina que a
osteocalcina e osteopintina. circunda é chamada de intertubular.
- Contem também fatores de Dentina secundária
crescimento, incluindo o TGF-B - É depositada fisiologicamente após a
(transformante beta), PDGF (derivado raiz estar completamente formada
de plaquetas), IGF (semelhantes a durante toda a vida
insulina) e BMP (proteínas
Dentina terciaria
morfogeneticas ósseas). - É formada em resposta a estímulos
externos, como a carie.
- É depositada no lado pulpar, logo
Dentina do manto abaixo do local de injuria.
A primeira a ser formada e está - Pode ser categorizada como
localizada imediatamente abaixo do reacional ou reparadora:
esmalte ou cemento
Dentina primária
É depositada durante formação
fisiológica da dentina pelos
odontoblastos
Pré-dentina
Zona estreita com espessura de 10 a - Reacional: é formada por
40 µm de dentina não mineralizada, odontoblastos que sobreviveram a
localizada entre a camada injuria e exibem túbulos que são
odontoblastica e a dentina contínuos aos túbulos da dentina
mineralizada secundaria
- Reparadora: é formada por células
recém-diferenciadas semelhantes ao
odontoblastos, que se originam de
células tronco mesênquimais.
Dentina esclerótica (esclerosada) - A estrutura tubular garante à dentina
- É caracterizada pela obliteração total essas duas propriedades importantes.
ou parcial dos túbulos dentinários e - Por causa da permeabilidade,
pode resultar tanto do aumento da qualquer substancia aplicada à
produção de dentina intratubular dentina tem o potencial de atingir e
como da deposição de hidroxiapatita afetar a polpa através dos túbulos
na luz tubular dentinários.
- Podem ser um importante - A sensibilidade também está
mecanismo de defesa do complexo relacionada com a presença de
dentinopulpar contra injurias túbulos.
externas - A teoria hidrodinâmica (mais aceita)
considera que estímulos externos
atuam na dentina, induzindo o
movimento abrupto do fluido
- Se estendem por toda a espessura da
dentinário no interior dos túbulos,
dentina e apresentam conformação
provocando a dor
cônica, com diâmetro maior voltado
- Esse movimento pode ser em direção
para polpa e menor voltado para
à polpa ou em direção à periferia,
periferia.
dependendo do estimulo
- Túbulos associados à polpa vital
- Alguns exemplos desses estímulos
contem fluido dentinário, processos
são os térmicos (calor e frio),
odontoblasticos, terminações
mecânicos (mastigação e sondagem),
nervosas, colágeno tipo I e outras
osmóticos (doces) e evaporativos
proteínas.
(jatos de ar).
- Formativa
Os odontoblastos do tecido pulpar
são responsáveis pela Dentinogenese
- Outras células presentes na polpa:
- Sensitiva
fibroblastos, células tronco
A inervação sensorial pulpar atua
mesênquimais indiferenciadas e as
como um sistema de alarme,
diversas células de defesa.
indicando alterações da normalidade.
- Nutritiva
A vascularização pulpar fornece
oxigênio e nutrientes, que são - A vascularização é fornecida por
essenciais para a formação de dentina vasos sanguíneos que entram na
e para a sobrevivência pulpar polpa via forame apical e, em seguida,
se estendem e ramificam no sentido
- Defensiva coronário.
O tecido pulpar pode se defender - A vascularização é originada a partir
contra infecções microbianas por dos ramos da artéria infraorbital, da
meio da produção de dentina artéria alveolar posterossuperior ou
esclerosada e/ou terciaria e da da artéria alveolar inferior
ativação da resposta imune - A polpa dentaria apresenta
inervação sensorial e autônoma, por
conta da natureza do nervo trigêmeo.

- A polpa é um tecido conjuntivo


frouxo, constituído de células, matriz
extracelular, vasos sanguíneos e
nervos.
- Os odontoblastos são organizados
em uma única camada de células no
limite entre a dentina e a polpa
- É um importante mecanismo de
defesa contra o avanço bacteriano em
direção à polpa.
- A carie é a causa mais comum de - Em dentes com polpa vital, o
agressão ao complexo dentinopulpar movimento do fluido dentinário e a
- Uma vez que a dentina é exposta presença do conteúdo tubular vital
como resultado da destruição do influenciam a permeabilidade
esmalte ou do cemento por carie, os dentinária e podem retardar a invasão
túbulos dentinários podem atuar bacteriana
como canais de difusão de produtos - Além disso, a polpa pode fazer com
bacterianos até a polpa que a dentina exposta se torne ainda
- A dentina e a polpa respondem ao menos permeável, por meio do
estimulo bacteriano da carie através aumento do fluxo de fluidos para o
de três mecanismos principais: exterior e deposição da dentina
Redução da permeabilidade esclerosada.
dentinária
Formação de dentina terciária
Resposta imune
- Este mecanismo pode ser encarado
- As duas primeiras reações são
como uma forma da polpa recuar em
realizadas para reforçar as barreiras,
resposta ao avanço de uma lesão
proporcionando proteção adicional à
cariosa na dentina, retardando a
polpa
exposição
- A dentina reacional é
frequentemente formada abaixo de
caries superficiais ou de progressão
lenta, produzida por odontoblastos
primários, originais e sobreviventes
- As lesões cariosas mais avançadas e
progressivas podem provocar a morte
dos odontoblastos subjacentes, e a
polpa reage por meio da deposição de
dentina reparadora, selando assim a
porção pulpar dos tratos mortos.

- Como qualquer outro tecido


conjuntivo no corpo, a polpa
responde a injuria por meio da
inflamação
- A inflamação pulpar se desenvolve
como uma resposta de baixa - É um tecido conjuntivo
intensidade a bactérias e seus particularmente adequado para a sua
produtos em lesões cariosas, muito função de sustentar o dente no seu
antes de a polpa se tornar alvéolo, tornando possível que ele
diretamente exposta e infectada. resista às cargas de compressão
- A inflamação inicial envolve o decorrentes da mastigação
acumulo focal de células inflamatórias - Também atua como receptor
crônicas abaixo da dentina afetada sensorial indispensável para o
- Os odontoblastos podem posicionamento adequado nos
reconhecer produtos bacterianos e maxilares
liberar moléculas pró-inflamatórias - É composto por células e
que recrutam células dendriticas para compartimentos extracelulares, que
a região pulpar subjacente a dentina incluem fibras e substancia
afetada fundamental amorfa
- A medida que a carie avança em - O colágeno tipo I é o principal
direção a polpa, a densidade do componente, mas outros tipos de
infiltrado inflamatório crônico, no colágeno (III, XII) e proteínas
tecido pulpar, aumenta (fosfatase alcalina, proteoglicanas,
undulina, tenascina, fibronectina)
também estão presentes
- As células presentes são
osteoblastos, osteoclastos,
fibroblastos, restos epiteliais de
malassez, macrófagos, mastócitos,
células mesênquimais indiferenciadas
e cementoblastos.
- A porção da maxila e da mandíbula
que contém os dentes e os alvéolos
nos quais eles estão inseridos é
chamada de processo alveolar
- É constituído de uma tabua cortical
externa de osso compacto
(vestibular, lingual e palatina), um
centro esponjoso (osso trabecular) e
o osso que reveste o alvéolo (osso
alveolar propriamente dito)
- A superfície do osso alveolar em
- É um tecido conjuntivo duro que contato com o ligamento periodontal
recobre a raiz dentaria é recoberta por osteoblastos que
- Sua principal função é fornecer uma podem estar em fase ativa ou em
superfície de contato para as fibras do repouso
ligamento periodontal
- Diferentemente do osso, o cemento
- A agressão à polpa e ao ligamento
não tem sua própria vascularização e
periodontal apical e lateral pode ser
geralmente é mais resistente a
de origem biológica, física ou química.
reabsorção
- Apesar da inflamação física e química
- Pode ser celular, mais frequente no
serem capazes de induzir a
terço apical radicular e na região inter-
inflamação, esses tipos são
radicular e costuma ser encontrado
geralmente transitórios
sobre uma camada de cemento
- Os microrganismos representam
acelular
uma agressão biológica persistente, e
- O cemento é coberto por pré-
a respostas inflamatórias à agressão
cemento, que é uma área estreita de
microbiana também é resistente
matriz de cemento desmineralizada
- No entanto, a inflamação
normalmente não se torna severa ao
ponto de ser considerada irreversível
- A resposta imune contra bactérias
até que a polpa seja exposta
que penetram e proliferam nos
- Na resposta da polpa exposta à
tecidos do hospedeiro é dividida em
infecção, são observados eventos
inata, que é a primeira linha de defesa,
vasculares típicos, da inflamação,
e imunidade adaptativa, que é uma
incluindo a vasodilatação e aumento
resposta mais sofisticada e eficaz
da permeabilidade vascular, o que
Imunidade inata
resulta em exsudação
- Serve como uma defesa inicial,
- Isso ocasiona o edema, com
atuando imediatamente após a
consequente aumento da pressão
invasão bacteriana dos tecidos
intratecidual, que se for grave, pode
- Os principais mecanismos são a
ocorrer fechamento do lúmen e
ativação do sistema complemento, a
estagnação do fluxo sanguíneo, como
fagocitose e a resposta inflamatória
também faz com que a remoção de
- Mesmo que a infecção não seja
resíduos tóxicos seja prejudicada,
eliminada pelos mecanismos da
provocando a morte celular
imunidade inata, esta pode ainda
contribuir para a ativação da resposta
imune adaptativa
- A inflamação aumenta o fluxo de
linfa que contem antígenos, o que
facilita a apresentação dos antígenos
à linfócitos circulantes, que dá origem
a uma reposta imune adaptativa
eficaz, através de linfócitos T e B

É por definição, uma leve alteração


inflamatória da polpa, em fase inicial,
- A medica que a carie destrói a em que a reparação tecidual advém
dentina e se aproxima da polpa, a uma vez que seja removido o agente
resposta inflamatória torna-se maior desencadeador do processo
em magnitude
- A dor cede imediatamente ou
poucos segundos depois da remoção
do estimulo
- A queixa mais comum é dor ao frio,
- Os vasos sanguíneos pulpares pois o aumento de pressão diminui o
tornam-se dilatados, um quadro limiar de excitabilidade das fibras,
conhecido como hiperemia fazendo com que a dentina fique em
estado de hipersensibilidade
- A formação de edema é discreta
nessa fase inicial da resposta
inflamatória aguda na polpa, assim,
não há dor espontânea nesta fase do
processo
Inspeção
- A vasodilatação prolongada - Pelo exame visual, detecta-se
predispõe ao edema, como resultado restauração ou lesão cariosa profunda
da elevação da pressão capilar e do sem exposição pulpar
aumento da permeabilidade vascular
- A resposta hiperemica em uma área Testes pulpares
localizada da polpa pode ser - Calor: em casos de normalidade, o
acompanhada de um infiltrado leve a paciente acusa dor tardia à aplicação
moderado de células inflamatórias do estimulo (segundos depois).
Dentes acometidos por Pulpite
reversível podem tanto ter este
estimulo quanto o paciente pode
Sinais e sintomas
relatar dor aguda e imediata, que
- Geralmente é assintomática
passa logo após a remoção do
- Contudo, em determinadas
estimulo
situações, o paciente pode acusar dor
- Frio: evoca dor aguda, rápida,
aguda, rápida, localizada e fugaz, em
localizada, que passa logo ou
exposta a estímulos que
segundos depois após a remoção da
normalmente não evocam dor
fonte estimuladora, bastante similar à
de uma polpa normal
- Elétrico: a intensidade de corrente
elétrica necessária para o paciente
acusar um formigamento ou sensação
- Quando a polpa é exposta, uma área
de queimação geralmente é igual ou
de contato direto desta com os
levemente inferior a de um dente
microrganismos da carie é
normal.
estabelecida
- Cavidade: a estimulação dentinária
- Inicia-se então um verdadeiro
por meio de brocas, sonda ou colher
“combate”, visando à eliminação do
de dentina evoca dor, indicando
agente agressor
presença de vitalidade pulpar.
- Na grande maioria das vezes, por
Testes perirradiculares
causa das características anatômicas
- Percussão e palpação: resultado
peculiares da polpa, esta
negativo, uma vez que não há
invariavelmente sofre alterações
comprometimento dos tecidos
irreversíveis, caracterizadas por uma
perirradiculares
inflamação severa
- Achados radiográficos: presença de
lesões cariosas ou restaurações
extensas, próximo a câmara pulpar
- Bactérias podem causar dano direto,
por meio de fatores de virulência, e
indireto, por evocar resposta
- Basicamente, consiste na remoção
inflamatória e/ou imunológica no
da carie ou da restauração
tecido pulpar que, quando
defeituosa/extensa e na aplicação de
exacerbada, é crítica para a
um curativo a base de Óxido de zinco-
sobrevivência da polpa.
eugenol, que é dotado de efeito
- A liberação de enzimas proteolíticas
analgésico e anti-inflamatório ou
e radicais oxigenados por neutrófilos
Capeamento pulpar com hidróxido de
PMN promove a destruição tecidual,
Cálcio.
na maioria das vezes caracterizada
por micro abscessos
inflama e depois necrosa, então
avançam e ocupam outra região
adjacente, que sofrerá os mesmos
efeitos, até que toda a polpa esteja
necrosada.
- Em determinadas situações,
inflamação aguda pode tornar-se
- A resposta inflamatória torna-se
crônica, sem progredir diretamente
então mais acentuada, em virtude do
para a necrose. Isto acontece quando
contato direto da polpa com bactérias
a agressão bacteriana tem sua
- A pressão gerada pelo aumento da
intensidade reduzida, e essa polpa
permeabilidade vascular pode
pode levar anos para tornar-se
exceder o limiar de excitabilidade das
necrosada. As alterações
fibras, provocando dor pulsátil,
degenerativas da polpa, como fibrose
excruciante, lenta, lancinante e
e reabsorção interna, podem
espontânea.
eventualmente se desenvolver
- Em estágios mais avançados, o fluxo
durante esse processo
sanguíneo torna-se reduzido,
degenerando as fibras, fazendo com
que a polpa responda negativamente
ao teste térmico de frio (e ele pode
até melhorar a dor), e
exacerbadamente ao calor
- Ou seja, a dor em Pulpite irreversível
nem sempre está presente, sendo a - Em dentes de pacientes jovens, a
maioria e é chamada de Pulpite inflamação crônica pode resultar na
assintomática, e a presença de dor é formação de um pólipo, conhecido
uma exceção. como Pulpite hiperplásica. Esta é uma
- Quando uma região localizada da forma de Pulpite irreversível
polpa se torna necrosada, perde-se a caracterizada pela proliferação de um
capacidade de defesa contra a tecido granulomatoso que se projeta
invasão bacteriana. Ou seja, as a partir da câmara pulpar.
bactérias agridem uma região, que
Inspeção
- Pelo exame clinico-visual, observa-se
presença de caries ou restaurações
extensas que na grande maioria das
vezes, quando removidas ocorre
exposição pulpar
Testes pulpares
- Calor: o resultado do teste é positivo.
Nos casos sintomáticos, a aplicação
de calor exacerba a dor
- Frio: nos estágios iniciais, pode haver
resposta positiva. Entretanto, nos
estágios mais avançados da
inflamação pulpar, geralmente não há
resposta positiva ou o frio pode
causar alivio da dor.
- Elétrico: observa-se que a polpa
Sinais e sintomas apenas responde a altas correntes
- A maioria dos pacientes não se - Cavidade: a resposta é geralmente
queixa de dor positiva
- Poucos pacientes relatam episódio Testes perirradiculares
de dor previa - Percussão: geralmente negativo,
- Quando presente, a dor associada pois a resposta inflamatória
pode ser provocada, aguda e normalmente é localizada e restrita à
localizada e persiste por um longo polpa
período após a remoção do estimulo - Palpação: a palpação da mucosa ao
- O paciente geralmente relata o uso nível do ápice gera resposta negativa
de analgésicos, que podem ou não ser Achados radiográficos
eficazes - Pela radiografia, podem ser
- Em casos mais avançados, a dor detectadas lesões cariosas e/ou
relatada pode ser pulsátil, restaurações extensas, geralmente
excruciante, lancinante, continua e sugerindo exposição pulpar
espontânea.
- O espaço do ligamento periodontal Necrose gangrenosa: quando o tecido
apresenta-se normal ou, algumas que sofreu necrose de coagulação é
vezes, ligeiramente espessado invadido por bactérias que promovem
- Em casos de Pulpite irreversível a liquefação. Ocorre em dentes
crônica, pode ser observado uma área traumatizados, cujas polpas sofreram
de reabsorção na porção coronária da necrose de coagulação e que se
polpa tornaram infectadas posteriormente.

O tratamento consiste na remoção do Sinais e sintomas


tecido pulpar, total (tratamento - A necrose pulpar é geralmente
endodôntico convencional) ou parcial assintomática, sendo que o paciente
(tratamento conservador pulpar- pode relatar episódio prévio de dor.
pulpotomia) - Entretanto, dependendo do status
dos tecidos perirradiculares, a dor
pode estar presente, como nos casos
de periodontite apical aguda ou
A necrose é caracterizada pelo abscesso perirradicular agudo
somatório de alterações morfológicas Inspeção
que acompanham a morte celular em - Detecta-se a presença de caries e/ou
um tecido. Dependendo da causa, a restaurações extensas que
morte pulpar pode ser classificada alcançaram a polpa.
como: - Na situação de trauma dental, a
Necrose de liquefação: comum em coroa dentária pode estar hígida
áreas de infecção bacteriana, resulta - A necrose pulpar pode promover o
da ação de enzimas hidroliticas que escurecimento da coroa por conta do
promovem destruição tecidual extravasamento de sangue
Necrose de coagulação: geralmente
causada por uma lesão traumática,
com interrupção do suprimento
sanguíneo pulpar por isquemia
tecidual.
Testes pulpares - Muitas vezes pode ser considerada
- Calor: a aplicação do calor, na uma sequela da carie. Uma vez não
maioria das vezes, não evoca dor. Em tratada, pode resultar em uma
situações raras o paciente pode inflamação pulpar, que depois de se
acusar sensibilidade. tornar irreversível, leva a necrose
- Frio: a resposta a aplicação de frio é pulpar total
sempre negativa, e é um dos testes - A medida que o processo se
mais confiáveis para determinar a aproxima do forame apical, os tecidos
necrose pulpar perirradiculares são afetados,
- Elétrico: não há resposta por parte podendo desenvolver lesões antes
da polpa mesmo da necrose
- Cavidade: negativo
Testes perirradiculares
- Percussão e palpação: podem evocar
resposta positiva ou negativa, - A intensidade da agressão bacteriana
dependendo do status dos tecidos depende do número de bactérias
perirradiculares patogênicas e de sua virulência
Achados radiográficos - Pode dar origem a uma resposta
Observa-se presença de carie, coroa inflamatória aguda (periodontite
fraturada e/ou restauração extensa. apical aguda ou abscesso
Se a causa foi traumática, a coroa perirradicular agudo) ou a uma
pode apresentar-se hígida. O espaço resposta crônica (periodontite apical
do LP pode estar normal, espaçado ou crônica ou abscesso perirradicular
uma lesão perirradicular caracterizadacrônico)
por reabsorção óssea pode estar - As bactérias que saem do canal para
presente os tecidos perirradiculares são
imediatamente combatidas, em geral,
de forma eficaz pelos mecanismos de
defesa do hospedeiro
- A lesão perirradicular também pode - Se as bactérias não forem eliminadas
ser referida como lesão periapical ou pelos mecanismos inatos imediatos,
periodontite apical. uma inflamação aguda se desenvolve,
dando origem a uma condição
denominada periodontite apical
aguda
- Se a resposta inflamatória não
- O osso é reabsorvido pelos
consegue reduzir significativamente a
osteoclastos, células multinucleares
intensidade da agressão, o processo
gigantes formadas pela fusão de
avança e exacerba, dando origem a
precursores da linhagem
uma inflamação caracterizada por
monócito/macrófago.
exsudação purulenta (pus) – o
- A diferenciação dos precursores dos
abscesso perirradicular agudo
osteoclastos necessita da presença
Agressão Periodontite
Abscesso concomitante de osteoblastos ou
perirradicular
aguda apical aguda
agudo células estromais da medula
- Sob condições fisiológicas, o
- Como a resposta aguda só pode equilíbrio das enzimas e fatores é
reduzir a intensidade de agressão, estabelecido entre reabsorção e
mas não eliminar a fonte de infecção, formação óssea.
o processo inflamatório cronifica, - Em determinadas condições
condição conhecida como inflamatórias, no entanto, o equilíbrio
periodontite apical crônica (ou é alterado de modo que a formação
assintomática) do osso (como na osteíte
- Como a infecção persiste no sistema condensante) ou a reabsorção
de canais, o processo crônico resulta excessiva (como na osteoporose)
em reabsorção óssea e da origem ao possam ocorrer
granuloma perirradicular,
posteriormente com a continua
proliferação do epitélio, forma-se uma
Alterações vasculares, que pouco a
cavidade, o cisto perirradicular.
pouco vão cedendo lugar a um tecido
Agressão
crônica
Periodontite
apical crônica
Granuloma
ou Cisto
de granulação que passará a
comprimir as paredes dentinárias,
provocando reabsorções. Apresenta
clinicamente como um dente rosado.
neuropeptídios, fibrinopeptideos,
bradicinina, aminas vasoativas,
enzimas lisossomais, derivados do
ácido araquidônico, radicais
oxigenados, oxido nítrico e citocinas
- Uma vez liberados após a agressão,
estes mediadores podem iniciar,
amplificar e perpetuar uma alteração
patológica
A reabsorção externa inicia-se a partir
do periodonto lateral e pode ou não
chegar à polpa. Na maioria das vezes,
ela limita-se ao cemento, atingindo
muito pouco da camada dentinária.
É representada por uma resposta
celular, mediada, basicamente por
linfócitos T, macrófagos e citocinas
secretadas e por uma resposta
humoral, mediada por linfócitos B,
plasmocitos e anticorpos.
Células Função
Neutrófilos Fagocitose;
produção de
citocinas
Macrófagos Fagocitose;
apresentação de
antígenos para
linfócitos T
Linfócitos B Diferenciam-se
em plasmocitos;
apresentação de
antígenos para
Os principais mediadores da resposta linfócitos T
inflamatória aguda são:
Plasmocitos Grande
produção de
anticorpos
Linfócitos T Resposta imune
celular – ativação
de macrófagos; - Se a agressão causada por bactérias
produção de que saem pelo forame apical for de
citocinas; auxilia alta intensidade, há o
na resposta desenvolvimento de uma resposta
imune humoral inflamatória aguda o ligamento
Células NK Cito toxicidade periodontal.
celular;
supressão da
resposta imune

Evidencia hiperemia e presença de um


Moléculas Função infiltrado inflamatório no ligamento
periodontal, contendo
Anticorpos IgG: formação de
predominantemente neutrófilos
complexos
PMN. As fibras colágenas podem
imunes
estar dilaceradas, como resultado do
IgM: ativação do
edema
complexo
IgA: inibição de
adesão
microbiana Sinais e sintomas
Sistema Quimiotaxia - O paciente geralmente se queixa de
complemento dor intensa, espontânea e localizada.
Citocinas Quimiotaxia; Pode também relatar extrema
ativação celular sensibilidade ao toque do dente e a
Outros Vasodilatação, sensação de este estar “crescido”
aumento da (isso está ligado a uma ligeira
permeabilidade extrusão dentaria, visando acomodar
vascular o edema inflamatório)
Testes pulpares obturação em sessão posterior. Para
Os resultados dos testes pulpares são alivio da sintomatologia, o dente deve
negativos, uma vez que a periodontite ser desgastado orientado por fita de
apical aguda está associada à necrose carbono e um analgésico/anti-
pulpar inflamatório deve ser receitado
Testes perirradiculares
- Percussão: a resposta a este teste é
sempre positiva, podendo, por vezes,
ser extremamente dolorosa ao
paciente. Assim, quando se suspeita
de periodontite apical aguda, o teste - Se a resposta inflamatória não
deve ser realizado apenas se consegue eliminar o agente agressor
necessário ou reduzir a intensidade da injuria, há
- Palpação: pode revelar sensibilidade exacerbação, caracterizada por
ou não inflamação purulenta
Achados radiográficos
- Na grande maioria das vezes, a
radiografia revela espessamento do
espaço do LP apical
- Isso se deve à leve extrusão do dente
no alvéolo

- Verifica-se presença de reação


intensa, localizada e adjacente ao
forame apical, caracterizada pela
presença de exsudato purulento
Eliminação do agente agressor - Células inflamatórias
através da instrumentação, irrigação e (principalmente neutrófilos) podem
medicação do canal, seguido pela ser detectadas em combate franco
- As fibras periodontais podem - Nas fases inicias, pode não haver
encontrar-se dilaceradas pelo edema tumefação
- Em determinados casos, verifica-se a
presença de mobilidade e ligeira
extrusão dentaria
Testes pulpares
- O normal seria todos apresentarem
negativos por conta da polpa
necrosada, entretanto em raras
situações os testes de calor e elétrico
Sinais e sintomas podem oferecer falsos resultados, em
- O paciente queixa-se de dor virtude da presença de liquido no
espontânea, pulsátil, lancinante e canal, oriundo da necrose por
localizada liquefação
- Pode ou não apresentar evidencias Testes perirradiculares
de envolvimento sistêmico, como - Percussão: resultado positivo
febre e mal-estar - Palpação: resultado positivo
- A dor e pronunciada quando o
abscesso ainda está intraósseo
- Um dramático alivio da dor ocorre - Quando o abscesso se desenvolve
após a ruptura do periósteo pelo pela agudização de um granuloma ou
exsudato purulento cisto, observa-se destruição óssea
Inspeção perirradicular
- Tumefação intra e/ou extraoral, - Quando se desenvolve como
flutuante ou não, o que dependera do extensão direta da periodontite apical
estágio de evolução aguda, verifica-se apenas presença de
um espessamento do LP

- Imediatamente, drenagem da
coleção purulenta e eliminação do
agente agressor
- A drenagem pode ser obtida via mentoniano se o ápice estiver abaixo
canal radicular, por incisão da mucosa da inserção do musculo mentoniano
- O canal deve ser limpo e desinfetado, Dente anterior inferior, cortical
preferencialmente na consulta de lingual: a via poderá ser o espaço
urgência submentoniano, se o ápice estiver
- Em sessão posterior, após localizado abaixo da inserção do
medicação intracanal, obtura-se o musculo milo-hioideo
canal Dentes inferiores, cortical lingual: a
- Analgésicos e anti-inflamatórios via de disseminação poderá ser o
devem ser prescritos espaço sublingual, se o ápice estiver
- Antibióticos apenas em condições acima da inserção do musculo milo-
com comprometimento sistêmico hioideo
Dentes posteriores inferiores,
cortical lingual: a via pode ser o
espaço submandibular, se o ápice
estiver localizado abaixo da inserção
- Dependendo da relação anatômica do musculo milo-hioideo. Se os
do ápice do dente, a disseminação da espaços submentoniano, sublingual e
infecção pode seguir vias diferentes e submandibular forem envolvidos ao
resultar em tumefação intraoral ou mesmo tempo, o quadro é
extraoral denominado angina de Ludwig, que
- O abscesso irá se disseminar por pode avançar para os espaços
áreas de menor resistência e a faríngeo e cervical, resultando em
proximidade do ápice com a cortical obstrução das vias aéreas e risco de
óssea também irá ditar a direção vida
Dentes inferiores, cortical vestibular:
a via poderá ser o fundo do vestíbulo
mandibular, se o ápice do dente
estiver localizado acima da inserção
do musculo bucinador (posteriores)
ou mentoniano (anteriores)
Dente anterior inferior, cortical
vestibular: a via poderá ser o espaço
Dentes posteriores superiores,
cortical vestibular: a via poderá ser o
fundo de vestíbulo se o ápice estiver Além disso, o abscesso perirradicular
localizado abaixo da inserção do agudo pode desenvolver-se como
bucinador agudização da periodontite apical
Dentes superiores, cortical palatina: a crônica, abscesso apical crônico e
via poderá ser o palato. Os dentes granuloma, sem ou com tratamento
comumente envolvidos são o incisivo endodôntico prévio, infecção
lateral, o primeiro pré-molar e a raiz recebendo a nomenclatura
palatina dos molares de Abscesso Fênix (o que ressurgiu).
Incisivo central superior, cortical
vestibular: a via poderá ser a base do
lábio superior, se o ápice estiver acima
da inserção do musculo orbicular da
boca.
Canino e primeiro molar superiores, - É uma condição patológica que pode
cortical vestibular: a via poderá ser o ser histologicamente classificada
espaço infraorbitário ou canino, se o como periodontite apical crônica
ápice estiver localizado acima da inicial, granuloma e cisto
inserção do musculo levantador do - Quando a resposta inflamatória
ângulo da boca. associada à periodontite apical aguda
- As infecções do espaço canino ou do é eficaz na redução da intensidade da
fundo de vestíbulo podem se agressão, a resposta cronifica
disseminar para o espaço periorbital,
podendo resultar em trombose do
seio cavernoso (quando a infecção
dissemina, o edema e a pressão
podem fazer com que o sangue flua
de volta para o seio cavernoso, que
pode estagnar e coagular)
- A causa da necrose pulpar também
pode ser detectada

- Eliminação do agente agressor, por


meio de limpeza e desinfecção do
sistema de canais, seguidas pela
obturação em sessão posterior à
- No ligamento periodontal adjacente aplicação de uma medicação
ao forame apical, observa-se a intracanal
presença de um infiltrado
inflamatório do tipo crônico,
composto por linfócitos, plasmocitos
e macrófagos

Sinais e sintomas
Ausentes, sendo que o paciente pode
relatar apenas episódio prévio de dor - É constituído basicamente de um
Inspeção infiltrado inflamatório do tipo crônico,
- Verifica-se a presença de carie associado a elementos de reparação,
profunda ou de restauração extensa caracterizando um tecido
associada ou não à carie redicivante granulomatoso que substitui o osso
Testes pulpares reabsorvido
Resultados negativos
Testes perirradiculares
- Percussão e palpação: também
resultam em respostas negativas

- O espaço do LP encontra-se normal


ou espessado
Testes perirradiculares
- Percussão e palpação: negativo

- Como resultado da resposta


- Principal elemento de diagnostico
inflamatória no ligamento
- Verifica-se presença de uma área
periodontal, as células epiteliais
radiolúcida associada ao ápice
remanescentes da bainha de Hertwig
radicular ou lateralmente à raiz
começam a proliferar
- Bem circunscrita, com perda da
- Estas células, conhecidas como
integridade da lamina dura
restos epiteliais de Malassez, durante
- A radiolucidez deve-se a reabsorção
um processo inflamatório crônico
óssea, com consequência perda de
podem ativar a proliferação epitelial
densidade do osso e substituição por
- A proliferação epitelial no granuloma
tecido granulomatoso
gera a formação de fitas e verdadeiras
ilhotas de epitélio organizado,
conhecida como granuloma
epiteliado

Tratamento endodôntico
convencional, e o insucesso deste
Sinais e sintomas pode indicar a cirurgia perirradicular
Geralmente assintomático
Inspeção
- A causa da necrose pode ser
aparente, como presença de carie ou - Sempre se origina de um granuloma
restauração extensa que se tornou epiteliado
Testes pulpares
Negativos
- Iguais aos do granuloma, sendo
indistinguíveis radiograficamente

- O cisto consiste em uma cavidade


patológica com conteúdo fluido ou
semifluido, composto principalmente
por células epiteliais degeneradas.
Esta loja é revestida por epitélio
estratificado pavimentoso e
escamoso.

O tratamento indicado é o
endodôntico convencional e nos
casos de insucesso, a cirurgia
perirradicular

Os achados são similares aos do


granuloma
Sinais e sintomas
Também conhecido como
Assintomático
periodontite apical supurativa.
Inspeção
Resulta do egresso de irritantes do
Detecta-se presença de carie ou
canal para os tecidos perirradiculares,
restauração. A coroa pode
com formação de exsudato purulento
apresentar-se escurecida
no interior de um granuloma
Testes pulpares
Negativos
Testes perirradiculares
Negativos
- Presença de zonas de necrose por
liquefação contendo neutrófilos PMN
desintegrados Os mesmos do granuloma e cisto,
podendo os limites da área
radiolúcida não estarem bem
Sinais e sintomas definidos
Geralmente assintomático, o
abscesso crônico encontra-se
associado a uma drenagem Eliminação da fonte de irritantes,
intermitente ou continua por meio de através de tratamento endodôntico.
fistula, que pode ser intraoral ou Se o canal for tratado, a lesão e a
extraoral fistula regridem.

Inspeção
- Presença de carie ou restauração
Questionando e ouvindo o paciente, o
extensa
profissional obterá importante
- Uma fistula, ativa ou não,
subsídios, devendo dar cuidadosa
geralmente localizada ao nível da
atenção as informações.
mucosa alveolar
- Seu trajeto pode ser rastreado pela
introdução de um cone de guta-
percha em sua luz, seguido por - Se refere ao motivo da procura pelo
constatação radiográfica serviço, e deve ser anotada com as
Testes pulpares próprias palavras do paciente
Negativos
Testes perirradiculares
Negativos

- Deve-se obter a história da doença


atual, verificando-se seu: início,
duração, características, intensidade,
evolução, remissões e se há fatores bilateralmente, estabelecendo
que modificam (estímulos, uso de semelhanças e diferenças entre os
analgésicos) e se houve tratamentos lados
prévios Palpação apical
- Se amplia para a história medica, - Consiste em tatear a região apical do
realizando-se a revisão das condições elemento dentário examinado,
gerais da saúde fazendo-o delicadamente com a
ponta do dedo, verificando se há
alguma resposta dolorosa

- Mesmo antes de o paciente chegar à


cadeira odontológica, o seu exame - Edema periapical, mole a palpação
clinico já deve ser iniciado pressupõe a passagem de liquido para
- Gestos, expressão facial, estado de o interstício, como ocorre no abcesso
saúde geral, assimetria facial, apical
presença de edema, alterações na - Aumento de volume endurecido, de
textura da pele e colorações, etc. sensibilidade leve, demonstra
existência de um processo apical de
origem endodôntica
- Alterações de cor da coroa - Perda de continuidade na
- Estado das restaurações integridade caracterizam lesões que
- Exposição pulpar rompem a cortical óssea, como cistos
- Presença ou ausência de carie e granulomas
- Tecidos moles, procurando edemas
ou fistulas
- Restaurações infiltradas - A percussão deve ser iniciada com
- Restaurações recentes delicadeza, empregando-se de
preferência também o dedo,
percutindo a coroa do dente
- Utilizando a ponta do dedo, deve-se
apalpar a região da face
- Se a manobra resultar negativa, aí
sim fica indicado o uso do cabo de
espelho, de forma delicada - Verifica se há normalidade no
- A percussão vertical positiva tem periodonto
sido associada à inflamação de origem
endodôntica, enquanto a percussão
horizontal diz respeito a alterações
periodontais

- A radiografia periapical constitui um


elemento imprescindível ao
planejamento do tratamento
endodôntico.
- Empregando-se dois instrumentos
metálicos apoiados com firmeza,
aplica-se força em uma tentativa de
movimentar o elemento dentário
Grau 1: ligeiramente maior que o
normal - O profissional usa algum artificio
Grau 2: moderadamente maior que a para tomar calor do dente
normal - O uso de spray de fluido refrigerante
Grau 3: mobilidade grave ganhou largo emprego nos últimos
vestibulolingual e mesio-distal, anos
combinada com deslocamento - Na normalidade, o frio deve gerar
vertical uma sensibilidade rápida e ao
remover o estimulo, leva poucos
segundos para passar
Técnica
- Isolamento do dente (relativo ou
absoluto)
- Aplicação do gás sobre o cotonete
ou rolinho de algodão, apreendida
com pinça - Deve ser empregado quando o
paciente se refere a uma dor difusa ou
reflexa
- Deve-se anestesiar só o elemento
dentário suspeito de ser o causador
- O tempo de aplicação não deve dador, sem anestesiar o dente
exceder 5 segundos suspeito de ser aquele que está
refletindo a dor

- Neste caso, o calor é transferido ao


dente através de substancia ou - Trata-se de um teste invasivo, no
instrumento aquecido qual se estimula o dente de ser
- Tem sido empregado um bastão de portador de necrose pulpar, sem
guta-percha aquecida em chama de anestesia-lo, utilizando uma broca de
lamparina alta rotação
Técnica
- Isolamento (relativo ou absoluto)
- Vaselinar o dente para impedir que a - Utiliza-se um aparelho conhecido
guta-percha fique aderida como pulp tester
- Aquecimento e plastificação da
ponta do bastão na chama de uma
lamparina
- Aplicação da guta sobre a superfície
do dente enquanto ainda estiver Técnica
brilhosa - Isolamento relativo ou absoluto
- O dente deve estar seco
- A ponteira do eletrodo deve ser
ligeiramente untada com algum
creme de concentração salina, como
pasta dental
- A ponteira deve entrar em contato - Abscesso apical crônico
com o dente sob área sadia; - Osteíte condensante
- Assim que entra em contato, o
aparelho inicia automaticamente a
transmissão de corrente elétrica,
aumentando pouco a pouco sua
intensidade
- Em dentes com a polpa normal, a - Livre de sinais e sintomas
sensação indicada é de um discreto - Responde positivamente aos testes
formigamento, e o aparelho registra pulpares térmicos e elétrico
um numero - Responde deforma suave ou
- Os resultados de anormalidade são transitória ao teste térmico pelo frio,
dados pelo fabricante demorando não mais que 1 a 2
segundos para o alivio
- As manobras de palpação apical e
percussão resultam em resposta
negativa
- Integridade de lamina dura e espaço
periodontal de espessura semelhante
ao longo de toda a região
- Polpa normal perirradicular
- Pulpite reversível
- Pulpite irreversível sintomática
- Pulpite irreversível assintomática
- Necrose pulpar Pulpite
reversível
Positivo Positivo Igual ao
normal
Negativo Negativo

- Previamente tratado
- Terapia previamente iniciada Pulpite Positivo Inicial: Apenas Negativo Negativo
irreversível positivo altas
sintomática Avançado: correntes
alivia

Necrose Negativo Negativo Negativo Depende Depende

- Tecidos apicais normais


- Periodontite apical sintomática
- Periodontite apical assintomática
- Abscesso apical agudo
- Com a progressão da idade e
continua deposição de dentina
- A cavidade pulpar pode ser definida secundaria, promovem a redução
como um espaço que abriga a polpa progressiva do volume da câmara, o
dentária, estando normalmente que pode bloquear os orifícios dos
situada na porção central dos dentes canais
- Pode ser dividida em câmara pulpar - A presença de canais acessórios que
(porção coronária) e canais atingem o ligamento, a partir da
radiculares (radicular) câmara pulpar, na região de furca de
dentes multirradiculares,
denominados canais
cavointerradiculares
- É uma cavidade única, geralmente
volumosa, que aloja a polpa coronária
e ocupa internamente o centro da
coroa
- Nos dentes anteriores, a câmara é
contigua ao canal
- Nos dentes posteriores, geralmente
apresenta formato de um prisma
quadrangular com seis lados: teto,
assoalho e as quatro paredes axiais
- O teto tem forma côncava está
localizado abaixo da superfície oclusal
ou margem incisal
- Geralmente apresenta reentrâncias
que correspondem às cúspides,
mamelos, tubérculos ou outras
saliências, chamados de divertículos
pulpares
- O assoalho é a face oposta,
localizadas as entradas dos canais
Tipo IV: dois canais distintos se
estendem da câmara pulpar ao ápice
(2)
- O canal é a parte da cavidade pulpar
Tipo V: um canal deixa a câmara
localizada na porção radicular do
pulpar e se divide, próximo ao ápice,
dente
em dois canais distintos (1-2)
- Ela se afunila progressivamente em
Tipo VI: dois canais distintos deixam a
direção ao ápice, seguindo o contorno
câmara pulpar, fundem-se no corpo
externo da raiz
da raiz e se dividem em dois canais
- O canal principal pode ser dividido
próximo ao ápice (2-1-2)
em três porções: cervical, médio e
Tipo VII: um canal deixa a câmara
apical
pulpar e se divide em dois, que então
se fundem, no corpo da raiz, e se
dividem novamente em dois canais
distintos próximos ao ápice (1-2-1-2)
Tipo VIII: três canais distintos que se
- O conhecimento da morfologia do
estendem da câmara pulpar ao ápice
canal radicular e suas variações mais
(3)
frequentes é um requisito básico para
o sucesso do tratamento endodôntico
- O SCR em uma única raiz pode variar
e ser classificado como:
Tipo I: um canal se estende da câmara
pulpar ao ápice (1)
Tipo II: dois canais distintos deixam a
câmara pulpar, mas convergem perto
- Dependendo do grupo dentário
do ápice para formar um canal
estudado, o canal radicular pode
radicular (2-1)
Tipo III: um canal deixa a câmara apresentar, com frequência,
pulpar e se divide em dois no corpo da ramificações diminutas que o
raiz, então, os dois se fundem para comunicam a superfície externa da
formar um canal (1-2-1) raiz
- Quando o canal acessório está - A presença de configurações
localizado no terço cervical ou médio complexas na região apical, como a
da raiz, é denominado canal lateral existência de múltiplos portais de
- Clinicamente estes canais são saída, tem impacto direto no índice de
significativos, pois servem de via de sucesso do tratamento endodôntico
passagem de irritantes, da polpa
inflamada/necrótica para o
periodonto, sendo difíceis de acessar,
limpar, descontaminar e obturar

- É uma área estreita, em forma de fita,


que conecta dois ou mais canais
radiculares.

- Esta região compreende a porção


apical do canal principal, o forame
apical e ramificações, como canais
acessórios e delta apical, assumindo
grande importância durante o
preparo e obturação do sistema de
canais radiculares
- O acesso coronário pode ser definido
como o preparo de uma cavidade que
inclui a porção da coroa do dente
removida para se ter acesso à - Se inicia com o estabelecimento de
cavidade pulpar. uma área de eleição, confecção de
uma forma de contorno inicial e
direção de trepanação
- A área de eleição é o ponto escolhido
Algumas medidas preliminares para ser iniciado o desgaste do dente.
básicas devem ser realizadas antes de Uma broca de tamanho compatível
iniciar o acesso propriamente dito: com o dente é colocada no ponto de
- Verificar a inclinação do dente e das eleição e descer a cavidade. A broca
rizes no arco dentário deve penetrar o ponto de eleição e
-- Remoção de toda dentina cariada e retirar o teto de dentro para fora,
das restaurações eu impeçam o desenhando a forma de contorno.
adequado acesso aos canais
radiculares
- Alisar as superfícies pontiagudas dos
dentes, que possam interferir na
colocação do lençol de borracha e
facilitar a realização do isolamento
absoluto
- Essa etapa consiste na remoção de
- Remover todos os planos inclinados
todo restante da parede do teto e no
da coroa que possam interferir no
preparo das paredes laterais da
estabelecimento correto de
câmara pulpar
referências externas, para a futura
- Para esta manobra, é preciso que as
instrumentação e obturação
brocas tenham pontas inativas, para
- Estabelecer a área de eleição
que possam ser apoiadas no assoalho,
adequada de acordo com as
sem o risco de causar danos
características anatômicas
- Permitir que a cavidade adquira
paredes lisas e planas, para favorecer
a visibilidade adequada dos orifícios

- O uso de brocas esféricas de baixa


rotação pode ajudar a localizar o
orifício de entrada do canal - Antes de ser iniciado o preparo
- O uso de uma sonda endodôntica ou radicular, é importante que todo o
instrumentos de pequeno calibre tecido cariado, raspas de dentina, e
podem auxiliar a manter os orifíciostecido necrótico sejam removidos da
câmara pulpar.
de entrada dos canais sempre visíveis
- A toalete da cavidade deve ser
realizada através de irrigação
abundante com hipoclorito de sódio.
- O ato de aspiração deve ser realizado
simultaneamente. Após a realização
- Lavagens intermitentes, durante o desses passos, visualiza-se as
preparo, com uso de solução entradas dos canais radiculares
irrigadora, são altamente
recomendáveis, porque auxiliam a
manter o campo limpo e visível

- Tem intensão de dar uma


conformidade à cavidade pulpar com
finalidade de facilitar outros
procedimentos operatórios
A forma de conveniência visa:
- Facilitar o acesso dos instrumentos
endodônticos ao canal radicular
- Possibilitar a visualização e dar linhas
diretas às paredes da cavidade pulpar
em direção às entradas dos canais
Área de eleição
Área mais central da superfície
palatina, próximo do cíngulo
Direção de trepanação
Broca perpendicular à linha do longo
eixo do dente, penetrando em toda a
espessura do esmalte. Depois,
modifica-se a direção de sua
inclinação, de modo que ela fique
paralela ao longo eixo do dente,
aprofundando.
Forma de contorno
Incisivos: triangular retangular com a
base voltada para a incisal e o vértice
para o cíngulo
Caninos: Semelhante à do incisivo ou
losangular.
Preparo da câmara pulpar
Remoção completa do teto e preparo
das paredes vestibular e palatina da
câmara pulpar.
Forma de conveniência
Regularização e alisamento dos
ângulos mesial e distal do vértice,
remoção da projeção dentinária na
região do cíngulo.
Área de eleição
Área central da superfície oclusal,
junto à fossa central
Direção de trepanação
Vertical, paralela ao longo eixo do
dente
Forma de contorno
Forma cônico-ovoide, achatada no
sentido mesiodistal. No caso de uma
presença de um único canal, o local
será central, ligeiramente inclinado
em direção ao corno pulpar palatino
Preparo da câmara pulpar
Realiza-se completa remoção do teto
e preparo das paredes laterais da
câmara pulpar
Forma de conveniência
Complementa-se, tanto quanto
possível, a forma cônica elíptica
achatada no sentido mesiodistal da
cavidade pulpar
Com auxílio de um instrumento tipo K
de baixo calibre, observa-se a direção
e a inclinação dos canais. A seguir,
verifica-se a necessidade de realização
de desgastes compensatórios, a fim
de permitir um acesso reto e direto
aos canais
poderá apresentar três ou até cinco
canais.
Área de eleição
Na superfície oclusal, no centro da
fossa mesial
Direção de trepanação
Vertical, paralela ao longo eixo do
dente
Forma de contorno
Triangular, com a base voltada para
vestibular e o vértice voltado para a
palatina. - A forma de contorno inicia-
se no centro da fossa mesial, próximo
a cúspide mésiovestibular
- Posteriormente, continua em
direção palatina, atravessa a fossa
central, para se unir novamente ao
ponto inicial junto a cúspide
mésiovestibular
- No momento da trepanação, a broca
deverá mudar um pouco sua posição e
ser colocada com ligeira inclinação na
direção do canal palatino
Preparo da câmara pulpar
Realiza-se completa remoção do teto
e preparo das paredes laterais da
câmara pulpar
Forma de conveniência
O primeiro molar é o mais volumoso,
e por isso, quase sempre, quatro
canais, sendo dois localizados na raiz
mésiovestibular. Em função das
variações anatômicas, ele também
final do preparo um acesso direto e
amplo ao canal
Área de eleição
Área mais central da superfície lingual,
próximo do cíngulo
Direção de trepanação
Broca perpendicular à linha do longo
eixo do dente, penetrando em toda a
espessura do esmalte. Depois,
modifica-se a direção de sua
inclinação, de modo que ela fique
paralela ao longo eixo do dente,
aprofundando.
Forma de contorno
Incisivos: triangular com a base
voltada para a incisal e o vértice para
o cíngulo.
Caninos: Semelhante à do incisivo ou
losangular.
Diferentemente dos superiores, ela
deve ser mais estendida no sentido
incisal e lingual, ficando um pouco
mais ovalada
Preparo da câmara pulpar
Remoção completa do teto e preparo
das paredes vestibular e lingual da
câmara pulpar.
Forma de conveniência
Remoção das anfractuosidades,
regularização e alisamento dos
ângulos mesial e distal do vértice da
câmara pulpar, para remoção do
ombro lingual, proporcionando ao
cavidade pulpar. A presença de dois
ou três canais radiculares poderá
Área de eleição exigir maior abertura da cavidade.
Área central da superfície oclusal juto
à fossa central com discreta tendência
para a mesial do dente
Direção de trepanação
Vertical, paralela ao longo eixo do
dente. A penetração inicial se faz com
a broca dirigida paralelamente à linha
do longo eixo do dente,
aprofundando. Observar, durante a
trepanação, que a coroa destes
dentes quase sempre apresenta uma
inclinação lingual bem acentuada
Forma de contorno
Forma cônico-ovoide, que deve ser
iniciada pelo alargamento da área do
ponto de eleição, com maior
dimensão no sentido vestibulolingual,
para favorecer a eliminação das
angulações do teto. No caso da
presença de um único canal, a forma
de contorno poderá assumir um
aspecto mais circular
Preparo da câmara pulpar
Realiza-se a remoção completa do
teto e o preparo das paredes laterais
da câmara pulpar.
Forma de conveniência
Complementa-se, tanto quanto
possível, a forma cônica, elíptica e
achatada no sentido mesiodistal da
Área de eleição
Área central da superfície oclusal,
junto a fossa central
Direção de trepanação
Vertical, paralela à linha do longo eixo
do dente
Forma de contorno
Triangular com base para mesial e
vértice para distal, irregular ou
trapezoidal, por causa da presença de
dois canais na raiz distal. A penetração
inicial deve ser dirigida
preferencialmente para o orifício de
entrada da raiz distal
Preparo da câmara pulpar
Realiza-se remoção completa do teto
e o preparo das paredes laterais da
câmara pulpar
Forma de conveniência
Tenta-se explorar a entrada dos canais
radiculares e realiza0se desagaste
compensatório, principalmente na
parede mesial da câmara pulpar, para
facilitar a penetração nos orifícios.
Cabo: a extremidade pela qual se
Ângulo da ponta: é o ângulo solido
empunha o instrumento
formado pelo contorno da ponta

Haste de acionamento: extremidade


para a fixação e acionamento
mecânico de um instrumento
Haste de corte: porção da parte de
trabalho que se estende da base da
Corpo: é a parte de um instrumento ponta até o intermediário.
que se estende desde o cabo até a
extremidade da ponta
Intermediário: parte do corpo que se
entende do cabo até a parte de Aresta ou fio lateral de corte: é o
trabalho gume da cunha de instrumentos
Parte de trabalho: parte que se cortantes. A característica mais
estende da ponta até o termino da importante da cunha é o ângulo da
haste de corte cunha ou do fio de corte, quanto
Ponta: é o extremo do instrumento menor o ângulo mais facilidade a
com perfil cônico cunha terá para cortar.

Base da ponta: região de passagem da


ponta para a haste de corte
Assim como uma cunha mais aguda
facilita a penetração da aresta
cortante e produz raspas de dentina - O diâmetro da ponta da parte de
pequenos, ele terá a resistência de sua trabalho de um instrumento é
aresta cortante diminuída, podendo denominado D0.
danifica-la por conta da pressão - O diâmetro junto ao intermediário é
aplicada. denominado D16.
Hélice: a aresta ou fio lateral de corte Série especial:
disposta na forma helicoidal, traçada
em volta de um cone ou cilindro
Canal: é o sulco presente entre as
arestas de corte

Primeira série:

- É dado pelo comprimento do corpo,


desprezando-se o cabo.
- Os instrumentos padronizados são Segunda série:
fabricados com o comprimento de 21,
25, 28 e 31mm
- Como a parte de trabalho mede
16mm, o que varia é a extensão do
intermediário.
Terceira série: - As condições clinicas que o
profissional se depara em sua pratica
clínica são:
Dentes polpados - com polpa vital e
inflamada irreversivelmente, livres de
infecção
Dentes despolpados – com polpa
necrosada com ou sem lesão
perirradicular
Retratamento

- É a relação entre o aumento do


diâmetro por unidade de - É realizado por meio do emprego de
comprimento (milímetro) da parte de instrumentos endodônticos, de
trabalho substancias ou soluções químicas
- A conicidade dos instrumentos auxiliares e da irrigação-aspiração.
convencionais é de 0,02mm/mm, ou
seja, a cada 1mm (Dx > Dx+1) aumenta-
se 0,02mm no diâmetro.
- Para saber o diâmetro de um ponto - O objetivo do preparo biomecânico é
especifico, pode se usar o seguinte limpar, ampliar e dar forma definida
cálculo: ao canal radicular para que ele possa
𝐷ሺ𝑥 ሻ = 𝐷0 + 0,02 . 𝑥 receber o material obturador
Ex: Lima 30, no D5 = 0,30 + 0,2 . 5 =
0,40
- Visa a eliminação de irritantes como
microrganismos, seus produtos e
tecido pulpar vivo ou necrosado,
criando um ambiente propicio para a
reparação dos tecidos
perirradiculares
- É lograda pela ação mecânica dos
instrumentos junto as paredes
internas do canal e por limpeza obtida de promover uma total limpeza e uma
pelo emprego de soluções químicas correta ampliação e modelagem de
auxiliares canais radiculares
- A ação antimicrobiana da solução é a
responsável pela desinfecção em
casos de necrosa ou Retratamento,
enquanto em polpa viva ela pode ser
importante para evitar a
contaminação dos canais - É composto de três manobras:
avanço do instrumento no canal
radicular (1), rotação de uma a duas
voltas à direita sobre o seu eixo (2) e
- Visam, por meio da instrumentação,
tração em sentido à coroa dentaria (3)
à confecção de um canal de formato
cônico com o menor diâmetro apical e
o maior em nível coronário
- Formação de degraus, perfurações e
deslocamentos apicais internos ou
externos são acidentes indesejáveis,
- É usado para remoção da polpa
observados na instrumentação de
dentaria, detritos livres, bolinhas de
canais curvos
algodão e cones de papel.
- Os instrumentos indicados são as
Alguns critérios têm sido propostos
limas Hedstroen.
para determinar se a limpeza do canal
- Esse movimento também é muito
foi adequada:
usado nos retratamentos
- Obtenção de raspas de dentina
endodônticos, na remoção inicial do
limpas após o último instrumento
material obturador
- Presença de solução irrigadora
límpida
- Sentido tátil de paredes lisas e
uniformes - É realizado imprimindo-se ao
instrumento pequenos avanços em
- Vários estudos mostram que o sentido apical (1), conjuntamente com
preparo químico-mecânico é incapaz discretos movimentos de rotação à
direita e à esquerda (2), com submetido à: colocação da pontado
pequenos retrocessos instrumento junto à embocadura do
canal (1), seguida da aplicação de uma
força ao instrumento no sentido
apical (penetração), acompanhada
simultaneamente de rotação à direita
(2), e então tracionar o instrumento
- É utilizado no cateterismo de canais em sentido cervical do canal (3)
amplos, com o objetivo do
conhecimento da anatomia interna, o
esvaziamento inicial do canal e a
determinação da odontometria
- O instrumento indicado é o tipo K,
- A principal indicação deste
com diâmetro menor do que o canal
movimento é no cateterismo de
radicular
canais atresiados

- É o processo mecânico de usinagem


- O instrumento deve ter diâmetro
destinado a ampliar, por meio do
maior que o canal
corte de um material, o diâmetro de
- Manobras: aplicação de uma força no
um furo preexistente, e é realizado
sentido apical do canal (1)
por instrumentos denominados
acompanhada simultaneamente de
alargadores
rotação continua a direita (2),
- Consiste no giro (rotação) e
traciona-se ligeiramente o
deslocamento compressivo (avanço)
instrumento em sentido cervical (3)
simultâneos no interior de um furo

- O instrumento endodontioc deve ter


diâmetro maior do que o canal e ser
- Em alguns casos, pode ser usado
uma técnica de patência foraminal,
- É caracterizado pelo avenço do que consiste na colocação de um
instrumento no interior do canal de instrumento tipo K de pequeno
tração linear curto com aplicação de diâmetro acionado manualmente por
uma força lateral contra as paredes meio do movimento de alargamento
dentinárias parcial até o forame apical

Conjunto de termos peculiares de


- É o principal movimento efetivo de uma ciência ou arte
corte de um instrumento na
instrumentação.
- Equivale ao diâmetro do canal
radicular anteriormente aos
procedimentos de
instrumentação, e
corresponde à primeira lima
- O ponto mais apical que os justa colocada no canal.
instrumentos devem atingir durante a
instrumentação e o material
obturador ser aplicado durante a - Equivale ao diâmetro obtido após a
obturação instrumentação do canal radicular e
- Por conta da anatomia apical do corresponde ao diâmetro do último
canal radicular, o termino da instrumento endodôntico utilizado no
instrumentação (batente apical) tem canal
sido proposto entre 1 a 2mm aquém
do vértice do ápice radiográfico
direção à coroa, criando um formato
cônico.
- Procedimento dinâmico que tem por
objetivo promover a limpeza, a
ampliação e a modelagem de um
canal radicular por meio de três
eventos: instrumentação, substancias
químicas auxiliares e irrigação- - É iniciada após a radiografia
aspiração diagnostica, anestesia, acesso
coronário e isolamento absoluto do
dente a ser submetido.
Localização do canal radicular
Como o forame apical se encontra, em
- Após a remoção completa de todo o
média, 0,5mm aquém do ápice, o
teto cavitário no momento do acesso,
comprimento de trabalho pode ser
os orifícios dos canais devem ser
obtido deduzindo-se 1 a 2mm aquém
localizados por meio de sondas
do Comprimento Real do Dente
clinicas de pontas retas e afiadas
- A anatomia natural dita a localização
usual da entrada dos canais
Os instrumentos são utilizados sem radiculares
segmentos ao longo dos canais. Pode Exploração inicial
ser realizada em dois sentidos - Cateterismo
Escalonamento Coroa-Ápice - Engloba a fase inicial de
Os instrumentos endodônticos são esvaziamento, permitindo verificar o
empregados em ordem decrescente número, a direção e o diâmetro dos
de diâmetro (da mais calibrosa para a canais.
menos), e essa etapa antecede a - De posse a uma radiografia periapical
instrumentação apical e utilizando uma régua escolar, toma-
Escalonamento Ápice-Coroa se o Comprimento Aparente do Dente
Os instrumentos em ordem crescente (CAD), traçando uma reta do vértice
de diâmetro (da menos calibrosa para do ápice radicular até a incisal ou
a mais calibrosa) para a oclusal do dente.
instrumentação dos canais em
o calibre até que o cursor encoste na
incisal/oclusal do dente

- Usa-se o valor do CAD para transferir


em uma lima tipo K uma medida de
segurança para um comprimento de - Fazer outra radiografia periapical
exploração inicial, denominado para descobrir o Comprimento Real
Comprimento Real do Instrumento do Dente.
(CRI) - Após processamento da radiografia,
𝐶𝑅𝐼 = 𝐶𝐴𝐷 − 3 pode haver um espaço entre a ponta
- Para o cateterismo de canais do instrumento e o ápice,
radiculares, os instrumentos tipo K denominado X.
são os indicados e devem possuir
diâmetros menores que os canais

- Técnica em que a instrumentação é - De posse à essa medida, iremos


iniciada pela coroa (crown-down, soma-la ao comprimento do
coroa-ápice) e depois avança em instrumento e achar o comprimento
direção aos canais (ápice-coroa) real do dente (CRD)
𝐶𝑅𝐷 = 𝐶𝑅𝐼 + 𝑋
- A partir do CRD, iremos indicar o
Comprimento de Trabalho (CT),
- Ainda com o valor do CRI, transferi-lo
diminuindo 1 a 2 mm por conta do
para um instrumento endodôntico
forame.
tipo K compatível com diâmetro do
𝐶𝑇 = 𝐶𝑅𝐷 − 1𝑚𝑚
canal, ou seja, que fique justo, sem
forçar.
- Avançar com instrumento fazendo
movimentos de limagem e diminuindo - É o rebaixo onde o cone principal de
obturação se encaixa, e é o ponto de
parada da instrumentação, Ex: (CT = 20mm; lima memória 25)
equivalente ao comprimento de 1ª Lima – 30 – CT = 19mm
trabalho Lima memória 25 – CT = 20mm
- Começa de uma lima fina (de 2ª Lima – 35 – CT = 18mm
preferência que não seja da série Lima memória 25 – CT = 20mm
especial, pois a ponta aguda pode 3ª lima – 40 – CT = 17mm
perfurar as paredes) calibradas no CT ...
Polpa viva: Progredir até quando achar
1ª lima + 3 limas, aumentando o necessário
calibre, sendo a última chamada de
LIMA MEMÓRIA
Ex: - Também chamada de step-back,
1ª lima – 20 – CT = 20mm IAI (irriga, através apenas da instrumentação
aspira e inunda) ápice-coroa
2ª lima – 25 – CT = 20mm IAI - Indicada apenas para
3ª lima – 30 – CT = 20mm IAI Biopulpectomia
4ª lima – 35 – CT = 20mm LIMA
MEMÓRIA
Polpa necro:
1ª lima + 4 limas, aumentando o
calibre, sendo a última chamada de
LIMA MEMÓRIA
- O diâmetro da lima memoria define o
cone principal da obturação - É uma irregularidade criada na
parede de um canal radicular, aquém
do CT e sem comunicação com o
ligamento periodontal
- Este acidente dificulta ou impede o
- Calibrar as limas no CT e fazer um avanço do instrumento em sentido
aumento progressivo do calibre da apical
lima, diminuindo 1mm no
comprimento anterior e intercalando
com a lima memória
- É a formação de um canal dentinário
sem comunicação com o ligamento
periodontal em virtude de um erro de
instrumentação

- É a instrumentação do canal até ou


além da abertura foraminal

- Quando os instrumentos sofrem


carregamentos extremamente
adversos que modificam
continuamente a sua resistência a
- É o preparo do canal aquém do limite torção, a flexão em rotação e ao
apical de instrumentação estimado, e dobramento.
o instrumento não atua em toda a
extensão do comprimento de
trabalho
instrumentação e como soluções
irrigadoras
- São comunicações acidentais da - No tratamento endodôntico, a
cavidade pulpar de um dente com o irrigação é representada por uma
meio bucal e/ou com os tecidos corrente liquida no interior da
perirradiculares cavidade pulpar
Perfurações coronárias - A aspiração é a ação de atrair, por
- Ocorre durante a abertura coronária sucção, fluidos e partículas solidas de
uma cavidade

- Molhabilidade (umectação, baixa


- Pode ser supragengival (quando está tensão superficial)
localizada aquém da inserção - Ação antimicrobiana
gengival), subgengival supraossea - Solvente de matéria orgânica e
(além da inserção gengival e aquém inorgânica
do níveo ósseo) ou intraóssea. - Prevenir a formação do magma
Perfuração radicular dentinário ou eliminá-lo
- Comunicação acidental de um canal - Ação lubrificação a fim de facilitar a
radicular com o tecido ósseo ação dos instrumentos
- Promover o aumento da
permeabilidade dentinária
- Biocompatibilidade tecidual

- Também pode ser classificada em - Hipoclorito de sódio


cervical, media e apical. - Clorexidina
- Ácido Etilenodiamino Tetracetico
Dissodico (EDTA)
- As substancias químicas podem ser - Acido cítrico
empregadas no preparo dos canais - Agua de Cal
radiculares como auxiliares da
- Agua oxigenada sessões durante a terapia
- Glicerina endodôntica.

Interfere diretamente na dissociação


rápida, lenta e por longo período,
dependo da necessidade em
particular.
- Aquoso: ação medicamentosa até 10
dias
- Viscoso: até 30 dias
- Oleoso: até 60 dias
aproximadamente,

- Quanto maior a concentração,


melhor a dissolução de material
orgânico - Eliminar microrganismos que
- Quanto menor a concentração, sobreviveram ao preparo químico-
melhor a atividade antimicrobiana mecânico
- Atuar como barreira físico=química
contra a infecção ou reinfecção por
Consiste na aplicação de um
microrganismos da saliva
medicamento no interior do canal
- Reduzir a inflamação perirradicular e
radicular por um período geralmente
consequente sintomatologia
mais longo do que de uma consulta e
- Controlar a exsudação persistente
que visa exercer algum efeito
- Solubilizar a matéria orgânica
terapêutico
- Inativar produtos microbianos
- A ação dos medicamentos intracanal
- Controlar a reabsorção dentinária
(MIC) estará condicionada ao veículo
inflamatória externa
utilizado (aquoso, viscoso ou oleoso);
- Estimular a reparação do tecido
concentração; tensão superficial no
mineralizado
canal radicular e, a duração entre as
- Se dá, pois, a maioria dos
microrganismos patogênicos não
consegue sobreviver em meio alcalino
Solvente de matéria orgânica
Promove quebra de ligações iônicas
Nos casos em que, o preparo químico-
que mantem a estrutura terciaria das
mecânico está completo porem
proteínas, desnaturando-as e
decidiu-se por fazer a obturação em
tornando mais susceptíveis por NaOCl
uma sessão posterior, a opção mais
Inibição da reabsorção radicular
viável é o Hidróxido de Cálcio.
externa
- Pode estar associado a veículo
Em virtude de ser uma base forte, o
aquoso (soro fisiológico - UltraCal® -
hidróxido de cálcio promove elevação
Ultradent)
do Ph do meio, neutralizando ácidos e
inibindo a atividade enzimática
relacionada à reabsorção
Atividade física
- Ao veículo viscoso (polietilenoglicol Atuam como barreira física e química,
– Calenl® - SSWhite) impedindo ou retardando a infecção
- Ao veículo oleoso ou reinfecção do canal radicular.
(Paramonoclorofenal – Calen PMCCI®
- SS White)

Quando, por
algum motivo, o
preparo químico-
mecânico não foi
finalizado na
- A pasta de hidróxido de cálcio pode sessão atual e pretende-se continua-
desempenhar atividades biológicas, lo em sessão posterior, é utilizado
químicas e físicas que possibilitam a uma associação de um anti-
substancia diferentes funções. inflamatório do grupo dos
Ação antimicrobiana corticosteroides com um
antimicrobiano, a
Hidrocortisona – Otosporin®
Composição:
Hidrocortisona – 10mg/ml
(Corticosteroide) Consiste no preenchimento da porção
Sulfato de Neomicina – 5mg/ml modelada do canal com materiais
(Antibiótico) inertes ou antissépticos que
Sulfato de Polimixina B – 10.000 UI/m promovam um selamento
(Antibiótico) tridimensional e estimulem ou não
interfiram no processo de reparo.

- Ausência de sintomatologia
Utiliza-se o hidróxido de cálcio - Canal limpo e modelado
associado a um veículo aquoso (soro - Cadeia antisséptica mantida
fisiológico) como primeira opção, - Ausência de odor
proporcionando a liberação rápida de
íons cálcio e hidroxila, alcalinizando o
meio (pH 12,5) e assim, combatendo
- Padronizados ISO 6877 - Dental Root
os microrganismos presentes
Canal Points (1995)
- Eles já vêm com diâmetros,
conicidades e comprimentos
É utilizado o Paramonoclorofenol determinados
canforado, associado ou não ao - O D0 pode ser de 15 a 140
hidróxido de Cálcio - Conicidade de 0,02 mm/mm, assim
como as limas endodônticas
- Comprimento total fixo de 28 mm

- Os cones auxiliares possuem


conicidades variáveis (não
padronizadas) e pontas mais afiadas, - Apresentam pouca adesividade, o
sendo representadas por letras que exige a complementação com
D3 (calibre a Conicidade cimentos endodônticos
Tamanho 3mm da
ponta)
(mm/mm)
XF (extra-fine) 0,2 0,019
FF (fine-fine) 0,24 0,025
MF (médium- - A guta percha é considerada um
0,27 0,032
fine) material impermeável, mas ela não
F (fine) 0,31 0,038
adere às paredes dentinárias
FM (fine-
0,35 0,041 - Por essa razão, torna-se imperioso o
medium)
M (medium) 0,40 0,054 emprego de cimento juntamente com
ML (medium-
0,43 0,063 a guta-percha para a obturação do
large)
L (large) 0,49 0,082 sistema de canais radiculares
XL (extra-
0,52 0,083
large)
Vantagens
- Adesividade às paredes do canal
- Adaptam-se facilmente as
- Ser de fácil inserção e remoção no
irregularidades do canal quando
canal radicular
utilizados em várias técnicas de
- Promover o selamento
obturação
tridimensional do sistema de canais
- São bem tolerados pelos tecidos
radiculares
perirradiculares
- Ser radiopaco
- São radiopacos
- Não manchar a estrutura dentaria
- Podem ser facilmente plastificados
- Força coesiva
por meios físicos e químicos, de
- Insolúvel nos fluidos teciduais e na
acordo com variações de técnicas
saliva
- Possuem estabilidade dimensional
- Solúvel ou reabsorvível nos tecidos
- Não alteram a cor da coroa
periapicais
- Podem ser facilmente removidos do
- Impermeável no canal
canal
- Biocompatibilidade
Desvantagens
- Atividade antimicrobiana
- Apresentam pequena resistência
mecânica à flexo-compressao
- Eugenol: possui atividade
antibacteriana (bactericida), efeito Simples, de baixo custo, ótima
analgésico e anti-inflamatório qualidade final e pode ser usado na
- Tem boa capacidade seladora, baixa grande maioria dos casos.
permeabilidade, boa adesividade e
baixa estabilidade e solubilidade
- Grossman, Fillcanal e Endofill - Irrigação da câmara pulpar
- Retirada da medicação intracanal
- Remoção da Smear Layer com EDTA
17% por três minutos

- Neutralização do EDTA com


hipoclorito de sódio
- Secagem do canal com cones de
papel
- Tem excelentes propriedades - Desinfecção das guta-perchas
benéficas para o uso em obturação, utilizadas com hipoclorito de sódio
contudo, não é radiopaco, tem pouco
escoamento, não tem boa
viscosidade, é permeável e é - Os espaçadores tem a função de
solubilizado com o tempo abrir espaços para colocação de cones
acessórios lateralmente ao principal
- O espaçador não deve penetrar até o
CT porque pode alterar o selamento
apical ou provocar o deslocamento no
sentido apical do cone principal de
guta-percha
- O espaçador que deve ser utilizado é Critério tátil
o de maior diâmetro, que possa - O cone deve oferecer certa
penetrar livremente ao canal de 2 a resistência (travamento) ao
3mm aquém do comprimento de deslocamento coronário.
trabalho, sem transmitir força Critério radiográfico
excessiva nas paredes do canal - Aprovado o teste visual e tátil,
o cone é posicionado no canal e o
dente radiografado para confirmar a
exatidão da seleção.

- De acordo com o calibre da lima


memoria, para que ele encaixe no
batente apical e evite a É feita utilizando placa de vidro e
sobreobturação, calibrado no espátula metálica flexível, de acordo
comprimento de trabalho com as recomendações do fabricante.
- Deve-se seguir três critérios para
saber se o cone escolhido é o perfeito
para a obturação
Inspeção visual
- Apreende-se o cone com uma pinça
clínica, introduzindo-o no canal até o
CT.
O cimento poderá ser levado ao
- Após sua retirada, não deve
interior do canal de duas maneiras:
apresentar distorções
- Por meio de instrumento de
- Se o cone não alcança a medida,
diâmetro imediatamente menor do
outro de diâmetro imediatamente
que a lima memoria
inferior deve ser testado
- Por meio do próprio cone principal
seguro com uma pinça clínica. O cone
é carregado com cimento e inserido
no canal, realizando-se movimentos
curtos de avanço e retrocesso até
atingir o CT
- Os cones que protraem na câmera
pulpar são cortados com instrumento
aquecido em sentido lateral

- O espaçador é introduzido no
canal lateralmente ao cone
principal, utilizando-se
movimentos simultâneos de - Imediatamente depois do corte,
penetração e rotação realiza-se uma compactação no
alternada sentido apical, usando-se um
- Inicialmente o espaçador deve compactador sem aquecimento por 3
penetrar no canal ate 2 a 3mm aquém minutos
do CT - Procede-se com a limpeza da câmara
- Procede-se então a remoção do pulpar com álcool etílico para evitar
espaçador com uma das mãos, escurecimento da coroa
inserindo imediatamente um cone
acessório carregado com cimento no
espaço criado
- Repetir com cones acessórios até
que o espaçador não penetre mais do
que a junção dos segmentos apical e - Quando um exame radiográfico
cervical revelar obturação endodôntica
- Toma-se uma radiografia para avaliar inadequada de um canal radicular
a quantidade da obturação - Quando exame clinico revelar
exposição da obturação do canal
radicular ao meio bucal por um longo
período
- Quando o exame clinico do dente
tratado endodonticamente revelar:
persistência de sintomas objetivos,
desconforto a percussão e palpação,
fistula ou edema, mobilidade, - É muito volátil e toxico, possuindo
impossibilidade de mastigação potencial cancerígeno
- Quando há presença, no exame Xilol
radiográfico, de rarefações ósseas, - Apresenta-se como um liquido
espaço do ligamento periodontal límpido, incolor com cheiro
aumentado, ausência de reparo ósseo semelhante ao benzeno. Também é
em uma reabsorção perirradicular, muito toxico, e apresenta menor
aumento de uma área radiolúcida efeito sobre a guta-percha quando
comparado ao clorofórmio
Eucaliptol
- Exibe efeito antibacteriano e
propriedades anti-inflamatórias, e é
menos irritante que os dois primeiros
- A guta-percha pode ser removida - Porém, é menos efetivo como
com facilidade dos canais radiculares, solvente de guta-percha.
por meio de instrumentos
endodônticos, calcadores aquecidos,
solventes orgânicos ou combinações
desses. - Após o esvaziamento e
- Os cimentos endodônticos, determinação do comprimento de
independentemente de sua trabalho, inicia-se a Reinstrumentação
composição química, são removidos dos canais radiculares.
das paredes de um canal radicular por - A sequência de instrumentação
meio da ação mecânica de empregada é a coroa-ápice
alargamento e/ou limagem dos - Os seus princípios e manobras são
instrumentos endodônticos utilizados para remoção do material
obturador ou neutralização do
conteúdo toxico e reanatomização do
canal cirúrgico
Clorofórmio
- É fundamental que o diâmetro do
- Apresenta-se como um liquido
preparo, seja maior do que o diâmetro
pesado, transparente, incolor e com
do preparo anterior
odor característico.
- Após o preparo, a smear layer deve - Como ocorreu ajudara o clinico a
ser removida com EDTA e hipoclorito localizar injurias especificas, como a
de sódio diferença entre um murro e uma
- A obturação é feita novamente, queda
obedecendo o novo formato do canal. - Onde torna-se significativo para o
prognostico, pois, quedas em casa
com o chão limpo é diferente de
quedas em um gramado com terra

- Embora ocorram em qualquer idade, - Antes do paciente abrir a boca, o


a faixa etária mais comum em que clinico deve primeiramente procurar
afetam os dentes permanentes varia sinais externos de injuria
de 8 a 12 anos, principalmente em - Lacerações de cabeça e pescoço
acidentes com bicicletas, playgrounds - Desvios de contornos normais do
ou acidentes esportivos osso
- O dente mais vulnerável é o incisivo - Articulação temporomandibular
central superior - Padrão de abertura e fechamento de
boca

- A próxima etapa é procurar


lacerações nos lábios, língua, mucosa
- Quando ocorreu é o mais jugal, palato e assoalho bucal
importante. Com o passar do tempo, - As gengivas vestibulares e linguais e
começam a se formar coágulos mucosa oral são palpadas
sanguíneos, o ligamento periodontal - A borda anterior do ramo da
resseca, a saliva contamina a ferida e mandíbula é palpada
tudo isso se torna um fator decisivo
em relação ao tratamento
- Em atendimentos de urgência a
dentina exposta deve ser no mínimo
protegida com ionômero de vidro
- Realizar a restauração definitiva
- Um acompanhamento meticuloso
por um período de 5 anos é a medida
- Inspeção procurando aspectos de endodôntica preventiva mais
anormalidade de traumas importante nestes casos
- Testes térmicos e elétricos para
verificar vitalidade pulpar normal
- Exames radiográficos - Fraturas coronárias que envolvem
esmalte, dentina e polpa

- Geralmente ocorrem em dentes


anteriores jovens e sem caries
- Isso faz com que a manutenção da
vitalidade pulpar seja altamente - Uma fratura que expõe a polpa, se
desejável não for tratada, sempre irá resultar
- Por sorte, a terapia para polpa vital em necrose pulpar
tem um bom prognostico nessas Tratamento
situações - Tratamento da polpa vital,
- Trincas de esmalte (fraturas compreendendo: capeamento pulpar;
incompletas ou rachaduras do pulpotomia parcial e pulpotomia total
esmalte sem perda de estrutura OU pulpectomia
dentaria) e fratura dentaria não - A escolha depende do estágio de
complicada (fratura somente no desenvolvimento do dente, do tempo
esmalte ou do esmalte e dentina sem entre o trauma ou a lesão e o
exposição pulpar) são injurias que tratamento, injuria periodontal
tem pouco risco de causar necrose concomitante e plano de tratamento
pulpar restaurador.
- Se houver fragmento, pode ser
colado
- Podem ser coronárias, medianas ou
apicais

- Fratura coronária envolvendo


esmalte e dentina e raiz com ou sem
exposição pulpar

Tratamento - Grau de deslocamento e mobilidade


- Dentes jovens com Risogênese da porção coronária
completa ou incompleta: capeamento - É raro ocorrer fratura radicular em
pulpar, curetagem ou pulpotomia dentes com Risogênese incompleta,
- Dentes de adultos pode-se tentar mas prognóstico é bom
terapia conservadora, mas prefere-se - Rapidez no tratamento
tratamento endodôntico - Intima aproximação dos fragmentos
convencional
- Em casos de fraturas extensas pode
ser indicada a exodontia - Reposicionar o segmento coronário
o mais rápido possível
- Verificar a posição pelo rx
- Estabilizar com contenção flexível
- Fraturas envolvendo cemento,
por 4 semanas
dentina e polpa
- Caso a fratura seja próxima da região
cervical, estabilizar por um período
mais longo (até 4 meses)
- Anti-inflamatório
- Monitorar a vitalidade pulpar por no
mínimo um ano
- Alivio articular
- Prescrição de anti-inflamatório
- Orientar paciente sobre manutenção
da higiene
- Mastigação liquida e pastosa por 7
- Lesão traumática nas estruturas de
dias
suporte e sem perda de substância.
- Controle radiográfico em 1 mês, 2
- Intensidade insuficiente para romper
meses e 1ano
o ligamento
- Ausência de deslocamento,
mobilidade normal, sensibilidade à
percussão - Deslocamento vestibular, lingual,
Tratamento distal ou incisal
- Controle - Sensibilidade à palpação e percussão
- Alivio articular - Percussão: som metálico e alto
- Prescrição de anti-inflamatório - Quando não há mobilidade, ocorreu
- Orientar paciente sobre manutenção aprisionamento da raiz entre o osso
da higiene fraturado
- Orientar paciente sobre mastigação - Quando há grande mobilidade,
liquida e pastosa por 7 dias houve fratura de rebordo
- Acompanhamento radiográfico em 1 - Pode haver sangramento no sulco
mês, 2 meses e 1 ano gengival

- Lesão traumática semelhante à


concussão, com maior intensidade
Tratamento
- Sem perda de substância
- Reposicionar com dedos ou fórceps
- Há estiramento e Rompimento de
(fixo)
algumas Fibras do ligamento
- Estabilização por contenção flexível
- Sensibilidade à percussão,
por 1 mês
mobilidade aumentada, sem
- Monitorar a condição pulpar
deslocamento
- Alimentação pastosa ou líquida por 7
Tratamento
dias
- Higiene cuidadosa
- Antisséptico bucal
- Prescrição de antibiótico - Deslocamento na direção apical
- Prescrição de anti-inflamatório dentro do alvéolo

- Deslocamento na direção coronária,


dente parece estar alongado
- Sensibilidade à palpação e percussão - Traumatismo dos tecidos de suporte
- Mobilidade excessiva devido causado por batida axial (sentido do
rompimento das fibras longo eixo) com deslocamento dental
- Sangramento no sulco gengival pelo para dentro do alvéolo
rompimento ligamento - É um dos traumatismos mais graves
- Há rompimento parcial ou total do
ligamento
- Severas alterações no pré cemento e
cemento
Tratamento - Pode ocorrer fratura óssea
- Reposicionar suavemente concomitante ao deslocamento apical
(deslocamento maior que 2 mm) - Não há mobilidade
- Estabilização por contenção flexível - Sangramento
por 15 dias - Sensibilidade à palpação
- Monitorar a condição pulpar - Percussão: som metálico e alto
- Possibilidade de reabsorção radicular Tratamento
em caso de necrose pulpar - Quanto maior a idade, menor
- Alimentação pastosa ou líquida por 7 possibilidade de extrusão
dias - Reposicionar (se não extruir)
- Higiene cuidadosa - Contenção flexível por 2 a 3 semanas
- Antisséptico bucal - Polpa normalmente necrosa - realizar
- Prescrição de antibiótico tratamento endodôntico usando
- Prescrição de anti-inflamatório medicação intracanal a base de
hidróxido de cálcio (por 180 dias, com
troca a cada 30 dias)
- Alimentação pastosa ou líquida por 7 - Dieta pastosa por até 15 dias
dias - Anti-inflamatório
- Higiene cuidadosa
- Antisséptico bucal
- Prescrição de antibiótico
- Prescrição de anti-inflamatório

Dente em meio adequado por menos


de 1 hora (leite, soro, saliva)
- Limpar superfície raiz com jato de
soro e manter em soro
Leite - Ph e osmolaridade compatíveis - Examinar o alvéolo
previne a morte celular por até 6 - Se houver fratura reposicionar
horas - Reimplantar suavemente com
Soro - eficaz se o dente colocado em pressão digital
até 10 minutos após o trauma. - Verificar posição dental por inspeção
Saliva - não é ideal devido à e rx
contaminação - Contenção flexível por até 15 dias
Água - causa lise celular - Endodontia após no máximo 10 dias
após avulsão (usar hidróxido de cálcio
como medicação intracanal (180 dias)
- Limpar área com água, soro ou
clorexidina Dente por mais de uma hora fora do
- Suturar lacerações gengivais se alvéolo
necessário - Remover ligamento necrosado com
- Verificar posição dental por inspeção gaze
e rx - Realizar endodontia antes
- Contenção flexível por até 15 dias reimplante
- Antibiótico - Usar medicação intracanal com
- Vacina antitetânica Hidróxido de cálcio (180 dias)
- Endodontia após no máximo 10 dias - Remover coágulo do alvéolo com
após jato de soro
Avulsão - Examinar alvéolo
- Se houver fratura reposicionar
- Reimplantar suavemente com
pressão digital
- Verificar posição dental por inspeção
e rx
- Contenção flexível por até 1 mês
- Antibiótico, anti-inflamatório E
analgésico
- Vacina antitetânica
LOPES, H.P.; SIQUEIRA JÚNIOR, J.F.
Endodontia: biologia e técnica. 4. ed.,
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2015.

https://blog.dentalcremer.com.br/alt
eracao-de-cor-em-dentes-deciduos-
apos-traumas/
http://www.endo-
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http://www.endo-
e.com/odontometria.htm
https://docplayer.com.br/172066784-
Classificacao-periapicopatias-
pericementite.html
http://www.endo-
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.htm

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