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Clínica Integrada III (Prótese Fixa) –7º Semestre – 1ª FASE I

Unidade – Aula 1 - Reabilitação Oral e Arquitetando o  Controle dos fatores etiológicos locais:
Sorriso a) Fatores inflamatórios:
 R.A.R (Raspagem e Alisamento
 Prótese:
Radicular), I.H.O (Índice de Higiene Oral);
 Definição  (do grego antigo próthesis,
 Em alguns casos e se necessário
“adição, aplicação, acessório”) é o
pode ser feita também uma
componente artificial que tem por finalidade
raspagem em campo aberto, para
suprir necessidades e funções de indivíduos
se controlar os fatores
sequelados, por algum trauma.
inflamatórios e estabilizar aquele
paciente a nível periodontal;
 Planejamento:
 Deve-se fazer também uma boa
 Tudo na prótese parte de um planejamento;
instrução de higiene oral;
 Para começar o planejamento precisa-se de
 Tratamento endodôntico;
informações, sendo elas:
 Eliminação de cáries;
1. Exame clínico:
 Extrações estratégicas e/ou restos
 Vai-se conversar e inspecionar aquele
radiculares;
paciente, vai escutar a história do
 Instalação de coroas provisórias 
paciente, porque o paciente perdeu
Importantes, por motivos estéticos, para
dentes ou fraturou dentes, como é o
reestabelecimento de dimensão vertical
hábito daquele paciente
de oclusão, e até mesmo devolver
2. Exame radiográfico:
mastigação para o paciente;
 Vai-se fazer a complementação das
 Controlando todo esse sistema, pode-se
informações;
partir para o  MODELO DE ESTUDO,
 Verificar qual a extensão da lesão, se
logo vai moldar o paciente, vazar o
tem comprometimento pulpar ou não,
modelo de gesso, e tem-se agora a boca
se o remanescente radicular tem boa
do paciente em mãos, para pode fazer
fixação óssea ou não.
todo o estudo, pode-se fazer um
 Deve-se verificar se é viável instalar um
enceramento diagnóstico, além de fazer
artifício ortodôntico diante dos problemas
uma associação com radiografia.
que o paciente apresenta;
b) Fatores oclusais:
 Primeiro reabilita-se o paciente de uma
 Ajustes oclusais:
forma que ele possa ter saúde, mesmo que
 Se perceber que está havendo
seja com artifícios, para depois assim fazer
interferência oclusal;
alguma manipulação seja ortodôntica ou
 Pode-se entrar com placas (Front
protética.
Plateau, Mio Relaxantes,
reestabelecimento de DVO);
 Fases do planejamento da prótese:
 Coroa provisórias;
 Dentro do planejamento da prótese, faz-se
 Depois de tudo isso preparado pode-se
uma divisão em fases, e isso é importante
partir para a  ORTODONTIA;
para que assim se siga um roteiro de
tratamento, para que assim possa se ter  Avaliação da resposta do paciente em
sucesso naquilo que for executado. relação ao controle feito;
 Nunca usar placa de silicone como
relaxamento ou proteção, essas placas
necessariamente devem ser em acrílico;

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ARQUITETANDO O SORRISO
 Placa Front Plateau: Provoca uma
 Análise Facial:
desprogramação muscular e ajuda a
 Conhecer as proporções da face do
posicionar a mandíbula do paciente em
paciente é importante, pois a
uma posição ideal;
depender do formato do rosto,
estudos mostram que também
será o formato dos dentes, por
exemplo, mas isso não é
obrigatório;
 Além disso, devem-se conhecer alguns
 Placa de Reestabelecimento de DVO: conceitos, como linha média, linha pupilar;
instala-se sobre os dentes do paciente
reestabelecendo a Dimensão Vertical de  Vista Frontal:
Oclusão daquele paciente. O paciente  Linhas de referências horizontais:
usa por um determinado período até a  Linha interpupilar;
musculatura dele se habituar a isso, e  Linha da comissura labial
poder assim fazer uma nova prótese  Linha de referência vertical:
para aquele paciente sobre os  Linha média
remanescentes dentais com essa nova  Proporções faciais:
configuração.  Terços faciais  Devem estar em
harmonia;
FASE II
 Superior;
 Vai seguir com o controle periodontal do  Médio;
paciente:  Inferior;
 Vai-se reavaliar aquele paciente para
saber se o paciente está habituado à 1. Linhas de referencias horizontais:
essa nova configuração, à nova  Linha interpupilar:
reabilitação;  Ajuda a trabalhar com a linha
oclusal;
 Cirurgias periodontais quando necessárias:  Deve ser basicamente
 A. C. C. (aumento de coroa clínica); paralela ao plano incisal dos
 Cirurgias de tecido mole e duro; dentes superiores e as
contorno da margem
 Execução das próteses finais, chegando a gengival;
parte final da reabilitação  Pequenas inclinações podem
não gerar desequilíbrio
FASE III estético importante;
 Manutenção do paciente:  Alterações mais evidentes entre essas três
 Vai acompanhar o paciente, esse linhas imaginárias horizontais podem levar à
paciente precisa ir ao consultório de necessidade de corrigir o plano gengival ou
tempos em tempos, para saber se o até de empregar ortodontia ou cirurgia antes
paciente está sabendo lhe dar com a de confeccionar restaurações estéticas em
nova prótese, se está sabendo higienizar dentes anteriores;
aquela prótese bem.

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 Linha ofríaca:
 Passa sobre a sobrancelha do paciente, deve
1. Análise lateral do paciente:
estar paralela à linha interpupilar e deve
 Glabela – Base do Nariz – Mento
estar paralela à linha da comissura labial.
 Linha de comissura labial:
 Instrumento que pode ser utilizado  Régua de
FOX

2. Linha E:
2. Linhas de referência vertical  Parte da ponta do nariz à ponta do mento;
 Linha média da face (facial);  A linha “E” ideal é aquela que passa pela
 Uma vista frontal do cliente ponta do nariz, lábio inferior e ponta do
permite verificar se há mento;
alguma discrepância ou  Se o lábio inferior estiver aquém da linha “E”,
desvio da linha mediana da esse paciente é côncavo, se o lábio do
face; paciente está passando da linha “E”, esse
 Pontos de referência: paciente é convexo
glabela, ponta do nariz, filtro
labial e a ponta do mento;
 Uma alteração dessa linha pode representar
uma ruptura no equilíbrio ou na simetria entre
as estruturas faciais e, assim, prejudicar a
aparência estética;
 Caso isso seja detectado, pode indicar a
necessidade de tratamento ortodôntico ou de
correções de mal-oclusão com ajustes dentários
3. Ângulo Nasolabial:
e/ou próteses.
 É um artifício interessante mais por estética
do paciente;
3. Proporções faciais:
 Nas mulheres esse ângulo gira em torno +/-
 As proporções faciais devem ser respeitadas e
de 100°(ideal). A mulher tem um ângulo
quando necessário devem ser reestabelecida;
mais aberto, e o nariz mais inclinado;
 O nosso principal campo de atuação são os
 No homem o ângulo gira em torno +/- 90°
terço: médio e inferior da face;
(ideal);
 Atenção ao terço inferior
 Com prótese removível consegue-se alterar
 Compasso de Willis  ideal
esse ângulo do paciente.
para mensurar o terço facial
 Análise Dentolabial:
 Vista de Perfil:
 Exposição dos dentes em repouso:
 Geralmente são pacientes com problemas
 Perfil normal; Linha E
respiratórios (respiradores bucais);
 Perfil convexo; Ângulo Nasolabial
 Perfil côncavo.

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 Corredor bucal:  Análise Dental:
 Observar inclinação axial dos dentes e  Linha Interincisal Superior X Linha Interincisal
preparos; Interior:
 Avalia-se o espaço entre a vestibular dos  Ambas essas linhas devem se coincidir
dentes posteriores e a mucosa jugal da (IDEAL);
bochecha;  Mas nem sempre se consegue isso;
 A ideia é fazer uma gradação de  Se conseguir o alinhamento da linha
visualização dos dentes ao longo do interincisal superior com a linha média da
corredor bucal; face, é melhor do que se fazer um
 Quando os arcos dentários se separam e os alinhamento interincisal superior e inferior
lábios se distendem durante o sorriso, desviada da linha média da face.
geram-se espaços negativos ou fundos  Formato do Dente:
escuros da boca;  Está muito ligado ao formato da face do
 O primeiro localiza-se na região anterior e paciente;
propicia um destaque dos dentes  Proporção Áurea:
anteriores;  A utilização da regra de proporção áurea
 O segundo localiza-se entre a superfície pode ser realizada empregando uma régua
externa dos dentes superiores e os cantos proporcionada entre as partes que
direito e esquerdo da boca, formando o compõem a face;
corredor bucal;  É uma proporção da natureza;
 0,618 | 1 | 1,618 | 1,618 | 1 | 0,618
Lombardi, 1973/ Levim, 1978
 Proporções dos incisivos:
 Só em 14% dos casos existe simetria entre
os INCISIVOS CENTRAIS (Variação de 75% à
85%) Largura em relação à altura;

 DSD (Digital Smile Design) – Planejamento


 Largura do sorriso: Digital do Sorriso:
 É o quanto de dentes esse paciente vai  Percepção de ilusão:
mostrar quando sorrir.  Quando se amplia a área de reflexão de luz
 Borda incisal: do dente, da a aparência do dente ser
 Deve acompanhar o arco do lábio inferior; maior, e quando diminui a área de reflexão
 Linha do sorriso: de luz, da aparência do dente ser menor.
 O quanto de gengiva o paciente vai mostrar  Cor do dente:
quando sorrir;  Matiz:
 Sorriso baixo  Não mostra nada de  Cor do dente propriamente dita  A, B,
gengiva. É o melhor paciente para se tratar, C, D;
mesmo não sendo o mais “bonito”;  Vermelho, amarelo, preto;
 Linha interincisal X Linha média:  Cor da dentina;
 A linha média superior tem que coincidir  Croma:
com a linha média da face  Saturação da cor  A1, A2, A3;
 Plano olcusal X linha da comissura  Vermelho claro e vermelho escuro;
 Variação dos tons de cor;
 Espessura de dentina e espessura de
esmalte;

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 Valor:
 O quanto de BRILHO esse dente tem,
presença da quantidade de banco e de
cinza;
 Presença do branco ou cinza;
 Quanto mais branco, maior o valor, é
mais brilhante, quanto mais cinza, tem
menos valor, não brilha tanto.
 Translucidez:
 O quanto de esmalte a estrutura dental
tem;
 Análise gengival:

 Existem diversos biótipos da gengiva do


paciente:
 Espesso;
 Delgado;
 Um biótipo espesso para prótese é
bom, pois consegue preparar bem,
fazer um afastamento ideal.

 Arquitetura Gengival  Zênite Gengival


 O ponto mais apical do contorno gengival
de cada dente;
 Está localizado mais para distal do centro
do dente;
 É do zênite que se faz a avaliação para
saber tamanho de dente;

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

PEGORARO, L. F. et al. Prótese Fixa. Bases para o


planejamento em Reabilitação Oral. 2a edição. Artes
Médicas, São Paulo, 2013.

CONCEIÇÃO, E. N. Dentística Saúde e Estética. Artmed.


2ª edição. Porto Alegre, 2007.

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