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Dentes (presença de cáries, ausências dentárias,

erosões, desgastes)

O exame clínico da atividade de cárie visa examinar cada


Adequação do meio bucal e plano de tratamento superfície dentária utilizando os códigos descritos no
prontuário clínico. O uso de sonda exploradora deve se
limitar a cavitações (cárie ativa) e às situações de fraturas,
soluções de continuidade de restaurações e superfícies
Plano de tratamento → Consiste em uma sequência de proximais.
ações elaboradas de forma racional para a tomada de
decisões em saúde. Pode ser considerado ideal quando OBS: Os dados obtidos devem ser anotados no
todas as alternativas planejadas forem executadas odontograma do prontuário utilizando símbolos
levando a resoluções definitivas com a menor intervenção padronizados.
possível.

OBS: O cirurgião-dentista deve ser capaz de realizar um


planejamento odontológico integrado voltado para Oclusão
prevenção, diagnóstico, tratamento e manutenção das
Após o exame minucioso do periodonto e das estruturas
condições de saúde bucal do seu paciente.
dentais, deve ser examinada a inter-relação entre os arcos
Fatores que podem influenciar no plano de tratamento: dentários em movimento, para chegarmos a um
diagnóstico conclusivo visando ao tratamento reabilitador.
1. Estado da doença do paciente.
2. Condições de arcar com os custos do tratamento.
3. Índice de sucesso do tratamento.
4. Possíveis complicações.
5. Tempo ou quantidade de consultas necessárias
para a conclusão do trabalho.
6. Influência na qualidade de vida do paciente.

OBS: Para uma atuação vinculada à promoção da saúde


bucal, é imprescindível que o profissional/estudante
realize um exame clínico e radiográfico detalhado,
avaliando cuidadosamente o perfil psicológico e social e a Diagnóstico
saúde geral do paciente. Além disso, para atingir o
equilíbrio no processo saúde-doença, deve-se controlar É a parte do atendimento voltada à identificação de uma
os fatores etiológicos e determinantes das doenças que eventual doença ou conjunto delas. Os dados coletados a
o paciente esteja apresentando. partir de sinais e sintomas, histórico clínico, exame físico e
exames complementares são analisados sintetizados em
uma ou mais doenças. A partir dessa síntese, é feito o
Sucesso terapêutico → Elaboração de um plano de planejamento para a eventual intervenção (ou tratamento)
tratamento correto, ou seja, que consiga suprir a e/ou uma previsão da evolução (prognóstico), com base
necessidade do indivíduo em relação ao controle da no quadro apresentado.
atividade da doença, associado à reabilitação estética e
funcional do sistema estomatognático.
PLANEJAMENTO DO TRATAMENTO ODONTOLÓGICO

O tratamento proposto deverá ser tolerado pelas


EXAME CLÍNICO
limitações sistêmicas do paciente. Nem sempre o
EXAME CLÍNICO INTRAORAL: tratamento ideal, ou o mais divulgado na mídia, será o
melhor para o seu paciente.
Periodonto de proteção (cor, textura e contorno)
OBS: Os procedimentos envolvidos no plano de
Instrumentos → Kit clínico + sonda periodontal específica. tratamento escolhido deverão seguir uma sequência
lógica e eficiente para que o tempo de tratamento, o
Deve-se proceder, pelo menos, um registro periodontal gerenciamento de materiais e os resultados sejam
simplificado (PSR) e um índice de placa (O’leary). otimizados.

O plano de tratamento é divido em 3 fases:


Concluída a fase I de maneira satisfatória e com a adesão
do paciente ao tratamento proposto, a fase II visa à
restauração ou à substituição estética e funcional dos
elementos ausentes.

Os procedimentos restauradores e suas inter-relações


(p.ex.; entre os canais radiculares), os procedimentos
restauradores e as próteses, além dos pequenos
movimentos ortodônticos e implantes dentários, deverão
ser idealizados conforme o planejamento da reconstrução
protética final.

Fase III ou fase de manutenção do paciente


(autocuidado)

Consiste em um conjunto de procedimentos e recursos


de que a terapêutica clínica dispõe para conservar a
higidez das estruturas bucais conseguida por meio da
prevenção e do tratamento.

Procedimentos → Efetivo controle da placa, na prescrição


e no cumprimento de dieta e no uso contínuo de flúor em
baixa concentração, como estratégia de promoção de
saúde bucal.

Saúde do paciente = atuação profissional + atuação do


paciente.

Resolução de urgências RESUMINDO!!!!!!!!!

As urgências incluem controle da dor, controle de O planejamento compreende estas fases,


infecções agudas, tratamento de traumatismos sequencialmente: motivo da consulta e/ou do tratamento,
dentofaciais, estética e função. iniciando-se com a resolução dos casos de urgência;
análise do estado de saúde bucal; adequação do
Urgências + frequentes → Pulpites, fraturas e avulsões ambiente bucal para posterior reabilitação propriamente
dentárias. dita.

OBS: O cirurgião-dentista deve estar qualificado a


solucioná-los, minimizando a dor e as sequelas que
podem causar. Deve, também, fazer o correto
encaminhamento do paciente para especialistas nas áreas
que não sejam de sua aptidão.

Fase I ou fase de preparo bucal

Os procedimentos dessa etapa visam eliminar/controlar


doenças bucais e preservar a relação dos dentes e a
saúde dos tecidos orais.

OBS: A sequência correta de procedimentos poderá variar


em razão das necessidades de cada caso.

Controle de urgências → Adequação do meio bucal


(procedimentos básicos periodontais, fechamento de
cavidades com restaurações temporárias, adequação de
margens, remoção de próteses com falha de adaptação.

OBS: Um primeiro passo importante é avaliar a ausência


de sinais e sintomas relacionados à saúde das estruturas
do sistema mastigatório, das articulações, dos músculos e
das estruturas dentárias. Em casos sintomáticos, o início
será o tratamento dessas disfunções

Fase II ou fase restauradora


OBS: Quanto mais próximo da polpa maior será a
concentração de túbulos dentinários e maior será a
Procedimentos restauradores sensibilidade.
O profissional deve avaliar se o procedimento será Classificação da dentina:
conservador (fluorterapia) ou restaurador.
1. Peritubular: É a dentina que compõe a parede
Exame clínico → Radiografia → Confecção e/ou dos túbulos dentinários.
substituição das restaurações. 2. Intertubular: Dentina que compõe os espaços
entre os túbulos.
OBS: Os procedimentos restauradores podem ser diretos
ou indiretos e utilizar diversos materiais.

Procedimentos periodontais

O que determina a excelência de um procedimento


restaurador é a reação favorável do complexo
dentinopulpar e periodontal.

OBS: Em algumas situações, devido à extensão


subgengival da lesão cariosa e de fraturas
coronorradiculares, bem como de restaurações
deficientes em nível subgengival ou subósseo, não é
possível restaurar o dente da forma palnejada. Assim,
alguns procedimentos periodontais cirúrgicos podem Tipos de dentina:
ajudar no tratamento.
1. Primária: Formada durante o período de
Procedimentos endodônticos desenvolvimento do dente.
O diagnóstico endodôntico correto representa a etapa 2. Secundária: Formada após o completo
inicial do tratamento cujo êxito ou fracasso depende do desenvolvimento do dente (estímulos de baixa
profissional e das inúmeras adversidades associadas não intensidade)
somente a alterações fisiopatológicas, mas também à 3. Terciária: Formada como proteção da polpa em
manifestação do mecanismo da dor, a fatores resposta a estímulos externos.
morfoestruturais condicionados à idade do paciente, à 4. Esclerosada: Mecanismo de defesa da polpa
intensidade e à frequência do dano pulpar, entre outros frente à uma agressão (aumento da deposição
elementos. mineral em dentina pré-existente).

Diagnóstico → Testes térmicos e de percussão.

Tratamentos → Proteção direta ou indireta e tratamento


expectante (preventivo), curetagem pulpar e pulpotomia
(abordagem conservadora), pulpectomia e obturação de
condutos radiculares (tratamento + radical).

Procedimentos protéticos

As próteses removíveis podem ser parciais ou totais,


enquanto as fixas se dividem em unitárias ou múltiplas.

OBS: Todas as opções de tratamento protético visam


restabelecer a estética, a fonética e a função mastigatória
de pacientes com perdas dentárias.

Proteção do complexo dentinopulpar

Polpa dentária → Tecido conjuntivo altamente


especializado, ricamente inervado, vascularizado e
responsável pela formação de manutenção da dentina. Como proteger?
Dentina → Principal constituinte dos dentes. Fatores a considerar:
OBS: A formação da dentina se dá pelo movimento
 Idade do paciente (quanto mais velho, menor o
centrípeto dos odontoblastos.
volume da polpa);
Composição da dentina:  Profundidade da cavidade

1. 70% matéria inorgânica (cristais de hidroxiapatita) Superficial → Podem estar aquém, ao nível ou
2. 18% substâncias orgânicas. ultrapassando ligeiramente a junção
3. 12% água. amelodentinária.
Rasas → Lesões incipientes, com parede de  Menor solubilidade;
fundo localizada entre 0,5 a 1,0 mm além da  Ação anticariogênica → Liberação de flúor;
junção amelodentinária.  Isolante termoelétrico;
 Adesão as estruturas;
Média → Atingem até metade da espessura de
 Biocompatível;
dentina remanescente (1 a 2 mm além da junção
amelodentinária).  Boa resistência.

Profundas → Ultrapassam a metade da Técnicas de proteção do complexo dentinopulpar


espessura da dentina, mantendo cerca de 0,5 mm (proteção pulpar indireta, tratamento expectante,
de dentina remanescente. proteção pulpar direta, curetagem pulpar, pulpotomia)

Bastante profunda → O assoalho dentinário , fica PROTEÇÃO PULPAR INDIRETA


a 0,5 mm ou menos da polpa. Consiste na remoção de toda a dentina infectada
(amolecida) e posterior forramento da parede pulpar da
 Condição pulpar (testes térmicos, percussão,
cavidade dentária sem que tenho ocorrido exposição da
palpação, exame radiográfico).
polpa, mas podendo ser observada por translucidez.
Materiais de proteção
Técnica operatória de proteção pulpar direta em
Características do material ideal: cavidade profunda e/ou muito profunda:

 Biocompatibilidade;  Anestesiar o paciente.


 Estimular formação de ponte de dentina;  Realizar o isolamento.
 Bactericida e bacteriostático;  Remover todo o tecido cariado e/ou restaurado.
 Vedar margens cavitarias;  Limpar a cavidade com solução bactericida
 Adesividade às estruturas dentárias; (digliconato de clorexidina a 2% ou solução de
 Resistência mecânica para suportar a mastigação; hidróxido de cálcio)
 Isolamento térmico e elétrico;  1ª opção (para cavidades profundas ou muito
 Insolúvel em meio bucal. profundas em dentina sem esclerose): aplicar
agente forrador + base cavitária + selante
Selantes cavitários: cavitário, além de inserir material restaurador
definitivo.
Vernizes  2ª opção (para cavidades profundas ou muito
profundas em dentina com esclerose): aplicar
 Isolamento semipermeável;
base cavitária + selante cavitário, além de inserir
 Película fina;
material restaurador definitivo.
 Bom isolamento elétrico, mas ineficaz contra
estímulos térmicos.

Aplicação → Duas camadas, com 1 min de intervalo entre


as aplicações.

Sistemas adesivos

 Película fina do material;

Aplicação → Conforme a recomendação do fabricante.

Forradores/ capeadores cavitários

Hidróxido de cálcio

 pH;
 Induz formação de dentina;
 Ação antibacteriana;
 Promove proteção termoelétrica.
TRATAMENTO EXPECTANTE
Formas de uso:
Tratamento de cáries agudas e profundas, na iminência de
1. Água dical (200 ml + 10 a 20g) → Limpeza da expor a polpa, mantendo parte da dentina cariada no
cavidade/hemostasia. fundo cavitário.
2. Pasta (pó+ soro fisiológico ou água dical) →
Estimula a formação de dentina terciária e Objetivos:
apresenta baixa resistência mecânica.
 Interromper o circuito metabólico bacteriano;
3. Cimento → Maior resistência mecânica, menor
 Inativar bactérias pelo material de proteção
solubilidade, formação de dentina terciária,
(hidróxido de cálcio);
proteção contra estímulos termoelétricos e
toxidade dos monômeros resinosos.  Remineralizar parte da dentina cariada;
 Hipermineralizar dentina sadia subjacente;
Cimento de ionômero de vidro  Estimular formação de dentina terciaria.
PROTEÇÃO PULPAR DIRETA LESÕES CERVICAIS NÃO CARIOSAS E
HIPERSENSIBILIDADE DENTINÁRIA
Consiste no recobrimento direto de polpa dentária
exposta por acidentes operatórios (trocas de restaurações Lesões cervicais não cariosas → São caracterizadas pela
extensas e/ou em casos de traumatismo dentário). perda de tecido dental duro próxima à junção cemento-
esmalte que pode promover a exposição de dentina,
Objetivo: Restabelecer a saúde da polpa e resguardá-la causando, assim, sensibilidade dolorosa.
de agentes irritantes adicionais, mantendo sua vitalidade e
estimulando a formação de dentina reparadora, também OBS: Apresentam grande variedade de forma e
denominada ponte de dentina. superfícies de acometimento, muitas vezes sendo notada
como uma sutil Classe V.

Classificação:

 Lesões de erosão.
 Lesões de abrasão.
 Lesões de abfração.
 Lesões de atrição.

EROSÃO

Perda de estrutura dentária em decorrência de ação


química.

Características: Descalcificação superficial do esmalte,


manchas brancas (perda de brilho), dureza e aspereza
superficiais, com aspecto largo, raso e sem ângulos
Técnica operatória da proteção pulpar direta: nítidos.

Lesões de erosão:
 Anestesia e isolamento do dente
 Limpeza da cavidade: pode ser realizada com  Podem e devem ser diagnosticadas quando
soro fisiológico, solução de hidróxido de cálcio ou ainda estiverem confinadas ao esmalte.
digliconato de clorexidina 2%.  Identificação dos fatores etiológicos de lesões
 Ampliação do preparo: com broca de corte (p. ex., erosivas- prevenção das lesões.
330, 328) ou esférica lisa, ampliar a área da  Anamnese detalhada.
exposição apenas para regularização das
margens Como prevenis ou minimizar essas lesões?
 Nova limpeza da cavidade. Observar coloração
da polpa e hemostasia  Diminuir a frequência dos ácidos;
 Aplicação do material de proteção:  Aumentar o fluxo salivar;
 Aumentar a resistência ao ácido – aplicação de
1ª opção: pasta ou pó de hidróxido de cálcio + cimento de flúor;
hidróxido de cálcio + base cavitária + material selador (p.  Minimizar a abrasão;
ex., sistema adesivo) + material restaurador  Encaminhamento médico.
2ª opção: cimento de hidróxido de cálcio ou agregado Erosão extrínseca
trióxido mineral (MTA) + base cavitária + material selador
(p. ex., sistema adesivo) + material restaurador. É o resultado da ação de ácidos exógenos, e os
provenientes da dieta são seus principais causadores.

Ex: Ácidos de frutas, especialmente o ácido cítrico contido


em frutas frescas, sucos e refrigerantes (ác. ascórbico),
agentes derivados dos ambientes de trabalho (ácidos
industriais), tônicos de ferro.

OBS: Nesses casos, em geral, as lesões envolvem boa


parte da coroa clínica do dente, principalmente a
superfície vestibular, com esmalte apresentando-se
opaco e algumas vezes com coloração alterada.
oral.

OBS: A saliva é o principal protetor dos dentes contra ação


dos ácidos.

Atuação da saliva:

 Dilui e remove agentes desmineralizantes por


meio do fluxo salivar.
 Neutralização dos ácidos, devido a sua
capacidade tampão. (proteção)
 Fornecimento de minerais (cálcio, fosfato, flúor)
para atuar na remineralização. (reparação)
 Formação de película adquirida por meio da
Erosão intrínseca adsorção das proteínas salivares (proteção).

 Resultado da ação de ácidos endógenos; ABRASÃO


 Ácido gástrico/clorídrico
Perda de estrutura dentária por um processo mecânico
(vômitos/regurgitações);
repetitivo que envolve objetos ou substâncias, podendo
 É o ácido mais forte e destrutivo que entra em
ser difusa ou localizada.
contato com as estruturas dentais;
Fatores envolvidos: técnica, força aplicada e frequência
Causas: Vômitos frequentes devido a problemas
de escovação; rigidez das cerdas da escova dental;
gastrointestinais, gravidez ou alcoolismo, vômito
abrasividade do dentifrício usado; uso abusivo de palito
autoinduzido (anorexia nervosa/bulimia, refluxo
e/ou escova interdental; e local onde é iniciada a
gastroesofágico, úlcera duodenal, xerostomia.
escovação. Hábitos de interpor objetos duros entre os
OBS: Nesses casos, as lesões apresentam perda de dentes – lápis, objetos metálicos, onicofagia (hábito de
estrutura principalmente nas superfícies lingual e incisal roer unhas).
dos dentes.
OBS: Pacientes com desgastes devem receber uma
orientação individual, para uma escovação apropriada.

A área da lesão cervical se mostra quase sempre em


forma de “V”, tendo aspecto liso e brilhante, livre de placa
e sem descoloração.

Etiologia da erosão:

✓ pH do produto;
✓ Tipo de ácido;
✓ Propriedades de
Fatores químicos quelação do
produto;
✓ Concentração de
cálcio, flúor e
fosfato.

✓ Saliva:
ABFRAÇÃO
Composição,
qualidade, É a flexão do dente que ocorre principalmente na junção
capacidade de cemento-esmalte, ocasionada por sobrecarga oclusal.
Fatores biológicos tamponamento;
✓ Composição da
estrutura dentária;
✓ Movimento
fisiológico dos
tecidos moles.

✓ Tipo de dieta
alimentar;
Fatores comportamentais ✓ Estilo de vida;
✓ Hábitos de higiene
Há formação de trincas na estrutura dentária, causando
seu enfraquecimento por fadiga devido à tensão local
existente, o que provoca, também, superfícies
desestruturadas e perda gradual de esmalte, dentina e
cemento.

Lesões em forma de cunha e com término cavitário nítido. Desgaste generalizado:

Essas lesões surgem quando os dentes, sob forças  Relacionado a atividades parafuncionais
oclusais mal direcionadas, não suportam o esforço, (bruxismo, apertamento) em pacientes não
levando à deflexão da estrutura dentária e, em sequência, suscetíveis à instalação de doença periodontal
a uma ruptura dos cristais no nível cervical, formando a inflamatória – DPI;
lesão. Essas lesões apresentam-se em forma de cunha,  Em casos de desgaste generalizado – a análise
geralmente profundas e com margem bem definida. da dimensão vertical de oclusão.

Por que a maior incidência de lesões é na região


cervical?

 Região com menor área de secção transversal;


 Menor espessura de esmalte;
RESUMINDO !!!!
 Arranjo deficiente dos prismas;
 Apatita mais solúvel.

ATRIÇÃO

Desgaste provocado pelo atrito entre os dentes


contactantes durante a mastigação ou parafunção.

Classificação:

1. Desgaste localizado;
2. Desgaste generalizado.

Desgaste localizado:

 Contatos anormais durante os movimentos


laterais.
 Posição incorreta de dormir.
 Obtenção de modelos de gesso em períodos
diferentes (espaço de 3 a 6 meses). Tratamento

 Avaliação da dieta e mudança de hábitos


alimentares;
 Ajuste oclusal;
 Placa oclusal;
 Tratamento da sensibilidade dentinária;
 Tratamento restaurador (resina composta ou  Ser de baixo custo.
ionômero de vidro);
 Reabilitação oral. Procedimentos restauradores

Hipersensibilidade dentinária Lesões cervicais não cariosas, caracterizadas muitas vezes


por hipersensibilidade dentinária, podem apresentar-se no
É definida como uma resposta exagerada ou uma dor de formato de cunha ou pires, com uma grande superfície
curta duração relacionada com estímulos químicos, táteis dentinária exposta. Assim, procedimentos restauradores
e osmóticos oriundos do meio oral. utilizando os cimentos de ionômero de vidro ou a
associação dos sistemas adesivos às resinas compostas
OBS: Normalmente esses estímulos não causariam constituem recursos terapêuticos eficientes.
resposta em um dente sem perda de tecido.
Uso do laser
Etiologia
Possibilita a liberação de betaendorfinas endógenas e
Teoria hidrodinâmica → Lesões que envolvem esmalte apresenta efeito bioestimulador, que resulta na deposição
e/ou perda de cemento na região cervical e de dentina secundária.
consequentemente abertura dos túbulos dentinários ao
meio bucal sob determinados estímulos possibilita o Laser de baixa potência → Efeito biomodulador,
movimento do fluído dentinário dentro dos túbulos , analgésico e anti-inflamatório.
estimulando, indiretamente, as extremidades dos nervos
da polpa e causando sensação de dor. Laser de alta potência → Atuam no rompimento de
tecidos por meio de ablação, coagulação, vaporização e
CURIOSIDADE !!! desnaturação das proteínas.

A dentina sensível apresenta túbulos dentinários


ampliados, cerca de 8x maiores quando comparados com
os de uma dentina normal, e em maior quantidade por
área quando comparados com a dentina sem
sensibilidade.

Diagnóstico

 Anamnese → Busca detalhada da história médica


e odontológica do paciente (detectar
espontaneidade, localização e intensidade da
dor).
 Exame clínico → Realização de diagnóstico
diferencial da hipersensibilidade dentinária
(lesões cariosas, restaurações fraturadas e
desadaptadas, dentes fraturados e trincados,
lesões com comunicação pulpar, recessões,
contorno gengival, mobilidade dentária, biofilme
dentário).
 Análise da oclusão → Avaliação de interferências
oclusais (fraturas de esmalte, mobilidade
dentária, facetas de desgaste e abfrações).
 Testes e exames complementares →
Percussão, palpação, sondagem periodontal,
 Vernizes (profilaxia e isolamento
radiografia, teste térmico e elétrico de
relativo/aplicação com o pincel).
sensibilidade pulpar.
 Compostos fluoretados (profilaxia e isolamento
DICA CLÍNICA !!! relativo/ aplicação por 2 a 3 minutos).
 Hidróxido de cálcio (Sob forma de pasta sobre
Um modo de diagnosticar a hipersensibilidade dentinária áreas sensíveis deixar atuar por 5 minutos,
é passar a ponta da sonda exploradora n° 5 na região a ser também como cimento sob região sensível).
avaliada, já que essa lesão apresenta resposta a estímulos  Sistemas adesivos (com condicionamento ácido
táteis. ou autocondicionantes).
 Laser (obliterações microscópicas).
Tratamento
Profundidade Hipersensibilidade Tratamento
Critérios para um agente dessensibilizante ideal são:
Remoção do fator
 Não ser um irritante pulpar; etiológico.
 Ser indolor; Menos de 1 Presente
 Ser de fácil aplicação; mm Dessensibilização.
 Cessar rapidamente a dor após aplicação;
 Promover efeito duradouro; Proservação.
 Não provocar manchamento;
 Ter efetividade comprovada;
Remoção do fator
Menos de 1 Ausente etiológico.
mm
Proservação.

Remoção do fator
etiológico.

Dessensibilização.
Mais de 1 mm Presente
Restauração
adesiva.

Proservação.

Remoção do fator
etiológico.

Mais de 1 mm Ausente Restauração


adesiva.

Proservação.

Orientações ao paciente

 Reduzir a quantidade e a frequência de ingestão


de alimentos ácidos, pois são responsáveis pela
desmineralização do esmalte e da dentina.
 Evitar escovação imediatamente após o consumo
de alimentos ácidos.
 Fazer bochecho com água após alimentação
ácida para neutralização do pH bucal.
 Realizar as técnicas de escovação adequadas,
utilizando escova macia e dentifrício pouco
abrasivo.
 Fazer visitas periódicas ao cirurgião-dentista para
a proservação do caso.
 Procurar tratamento médico no caso de doenças
sistêmicas que envolvam redução do fluxo salivar
e aumento da acidez bucal.

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