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3. Retículo estrelado.
Pe r i o d o n t i a I 4. Epitélio interno do órgão do esmalte.
5. Junção do epitélio externo e interno, formará a bainha
epitelial de Hertwig.
27 out 21 6. Papila dentária.
Aula 01: Periodonto de proteção
Células se especializando
e de sustentação
darão origem aos odonto-
Prof. Ricardo de Sousa Magini
blastos que irão formar a
dentina, o folículo dentário
Revisão da odontogênese
(4) terá três porções: por-
da Liga de Periodntia
ção mais interna dá origem
aos cementoblastos, a po-
Fase de capuz: no germe dentário em fase de capuz, con-
ção intermediária dará ori-
tamos com tecidos provenientes da ectoderme e tecidos
gem ao ligamento perio-
provenientes do ectomesênquima. A ectoderme é um fo-
dontal e a porção mais ex-
lheto embrionário que dá origem a tecidos com função de
terna que dará origem a os-
proteção.
teoblastos que formaram o
osso alveolar.
A largura não deve ser con- - Paraceratinizado: à medida que o ceratinócito sobe para
fundida com a largura do a camada córnea, sofre parcial ceratinização. Na camada
epitélio queratinizado, já córnea, possui núcleo viável de ceratinócito.
que a gengiva inserida
também é queratinizada Quando o epitélio é ceratinizado, é muito mais imper-
oferecendo proteção. meável porque possui essa camada de proteção a mais
em comparação com um epitélio não ceratinizado.
Nos dentes anteriores, mais fina e maior. Nos dentes pos-
teriores, é menor e mais delgada. *** Por que Deus não fez a mucosa alveolar ceratinizada para
ser tudo impermeável? A mucosa alveolar, acima da jun-
ção mucogengival, é não-ceratinizada porque, dessa
forma, todo antígeno que entra em contato com, devido
à permeabilidade, há um reconhecimento do sistema fluidos entre meio e epitélio. Assim, componentes do sis-
imune e formação de anticorpos para o antígeno. Quando tema imune conseguem passar, até porque possui uma
esse mesmo antígeno entrar via sulco alveolar, uma via adesão menor entre as células.
mais crítica, já haverá formação de anticorpo. Ou seja,
muitas gengivites, periodontites não se instauram. 3. Epitélio juncional: aderido à superfície do esmalte. Epi-
télio pavimentoso estratificado não ceratinizado assim
Então, o epitélio gengival é uma barreira mecânica, quí- como o epitélio sulcular, além disso, possui uma menor
mica e antimicrobiana composta por células. A principal adesão entre as células. Possui função de manutenção da
célula são os ceratinócitos, células de Langerhans (macró- saúde gengival do que de proteção, ele faz proteção da
fagos da pele, fagocitose, apresentação de antígeno), cé- colonização de bactérias. Esse epitélio é uma barreira epi-
lulas de Merkel (perceptoras táteis), melanócitos (produ- telial e possui uma lâmina basal interna formada por he-
toras de melanina). midesmossomos que permite que ele se una ao esmalte.
Além disso, permite a troca de fluido gengival e possui
uma rápida renovação (cicatrização muito maior). Como
se forma? Epitélio reduzido do órgão do esmalte forma
um capuz que impede que o esmalte seja reabsorvido na
erupção e, em seguida, forma o epitélio juncional.
5. Epitélio
6. Epitélio sulcular
oral
A flecha da imagem mostra uma barreira física colocada para A ortodontia trabalha com pressão e tração. Na área de pres-
permitir que o ligamento periodontal e o osso alveolar cresçam são, há reabsorção óssea, na área de tração, há neoformação
no seu tempo, excluindo tecido epitelial e conjuntivo. óssea.
Caso clínico: a sonda periodontal entra por completo e há for- Cemento radicular: ainda no periodonto de sustentação,
mação de pus. Na imagem radiográfica, observa-se uma ex- há o cemento radicular, um tecido mineralizado que re-
tensa perda óssea. veste a raiz do dente e ocasionalmente pequenas porções
da coroa dental. Sua principal função é a inserção das fi-
bras do ligamento periodontal na raiz dos dentes além da
proteção da dentina.
Esse tecido é avascular, não possui vascularização, não
sofre reabsorção fisiológica e nem remodelação, quando
isso acontece, é sempre patológico diferentemente do
osso alveolar.
Histórico MO -> microrganismos. Exemplo 02) Paciente com maior higiene, mas com do-
- Williams, 1897, massa densa, feltro M. O., forma ácidos ença periodontal mais severa. Há perda de inserção, mais
ao redor dos dentes. bolsas periodontais e maior perda óssea. A doença é mais
- Black, 1898, camadas gelatinosas de M. O.
severa porque a periodontite é multifatorial, sendo ne- - Células do hospedeiro (epiteliais da descamação/sanguí-
cessária uma condição favorável do organismo, ou seja, neas de defesa que combatem a inflamação).
um sistema imunológico menos competente. - Produtos bacterianos.
- Restos alimentares.
- Componentes inorgânicos (ex: cálcio/fosfato).
As espécies pionei-
ras aderem na pelí-
cula adquirida, há outros fatores de ligação que atraem
outras bactérias e a complexidade aumenta progressiva-
mente.
Formação
- Colonização inicial com pioneiros.
- Proliferação.
- Crescimento lateral e vertical.
- Desenvolvimento progressivo.
- Comunidade clímax (organizado, não tem mais para
onde crescer, mas tem canais para fonte de nutrientes e
eliminação de metabólitos).
Fatores predisponentes
As bactérias são essenciais, mas não suficientes. Assim, os
fatores predisponentes são fatores que aumentam o risco
de a doença progredir, ou seja, fatores que devem ser co-
nhecidos para evitar a progressão da doença. Podem ser
fatores locais ou fatores sistêmicos.
Fatores locais:
- Morfologia de Periodontium.
- Fatores iatrogênicos
- Azul: Actinomyces species.
- Amarelo:
Morfologia do periodontium:
- Laranja = bem periodontopáticas.
- Anatomia e formas do arco.
- Vermelho = 3 principais bactérias periodontopáticas.
- Anatomia e forma do dente.
Quando o indivíduo possui as 3, o risco é alto para desen-
- Inclinação axial do dente.
volvimento e progressão de periodontite. Quando há
- Eventuais discrepâncias anatômicas.
apenas 1 ou 2, o risco continua aumentado.
- Contato anormal das ameias.
- Relações inconsistentes das cristas marginais.
Modelo antigo de doença periodontal: ineficiente para Para ter periodontite, não é determinante a quantidade de
boa parte da população já que estava errado. Dizia que biofilme, mas, sim, a qualidade do biofilme. Há mais de
toda gengivite evoluía para periodontite se não tratada. 100 espécies bacterianas, mas poucas são consideradas
Havia uma relação direta entre quantidade de placa bac- periodontopatogênicas.
teriana e grau de inflamação, sendo o risco à doença de-
terminado exclusivamente pela higiene, portanto, uma - Qualidade de biofilme.
susceptibilidade universal (todo mundo igual, o que de- - Indivíduo susceptível (exposto a fatores de
termina é o grau de higiene). risco).
Uma vez instalada, a progressão era linear e, por isso, ha- O biofilme é o gatilho, mas a resposta do hospedeiro é
via uma relação severidade e idade. Não havia distinção muito importante (balança). Ou seja, a doença periodon-
de tipos de periodontite, apenas de gengivite crônica e tal é de etiologia multifatorial. O biofilme específico (com
aguda. determinadas bactérias) é o gatilho, pode ou não desen-
volver a doença, mas, para isso, é preciso que o hospe-
- Quantitativa. deiro esteja susceptível.
- Susceptibilidade universal.
Doença periodontal: quebra da homeostasia entre bio- dominal muito aumentada, encontra-se em fenótipo hi-
filme (agressão) e hospedeiro (defesa) em indivíduo sus- perinflamatório (liberando mediadores), por isso, a obe-
ceptível, ou seja, indivíduo exposto à modificadores da sidade é um indicador de risco.
resposta biológica.
Fator de risco: longitudinal, prospectivo, randômico.
Não basta bactéria, é preciso fatores modificadores da ex- Quando presente, afirmo categoricamente que o indiví-
pressão da doença. Por isso, nem toda gengivite vira pe- duo tem risco aumentado a desenvolver a doença.
riodontite. Assim, as bactérias são essenciais, mas insufici- - Biofilme específico.
entes para aparecimento e progressão das periodontites. - Tabagismo (50% das periodontites em 33+).
- Diabetes não compensado.
- Hereditariedade.
Encaminhada ao CEO. Idade (+ exposto a fatores/indica- Área marginal com resposta tecidual diferente, um “cor-
dores de risco, mais comum doenças sistêmicas ou outras dão”, sugestivo que há um modificador da resposta bio-
exposições). Estresse (filhos, trabalho). lógica, supuração.
Indicadores de risco
- Estresse.
- Obesidade (fenótipo hiperinflamatório).
- Nutrição.
4. Reavaliação.
5. Manutenção.
Periodontite é multifatorial.
Diferentes tipos, diferentes riscos.
Plano de tratamento:
- Gengivite – periodontite.
- Mucosite – peri-implantite (+ rápido).
Sequência terapêutica
1. Anamnese (identificar fatores de risco).
2. Exame clínico e raio-X (furca, mobilidade, assoa-
lho, palato, língua, profundidade...).
3. Promoção de saúde.
- Exame extrabucal.
- Exame intrabucal.
Pe r i o d o n t i a I - Exame clínico periodontal.
- Exame radiográfico (complementar, não faz diagnóstico,
verifica a presença de perda óssea, um sinal passado, não
17 nov 21 significa que a doença está ativa no momento. Perda ós-
Aula 04: Anamnese e exame sea apenas visível após 30% da perda mineral, é rica para
complementar e planejar cirurgicamente, mas como
clínico periodontal
exame principal é pobre).
Prof. Glaucia Santos Zimmermann
Exame radiográfico:
Na radiografia, verifica-se que a doença já se estabeleceu
em algum momento da história do paciente, mas não que
o paciente está doente naquele momento. Na radiogra-
fia, apenas há sinal quando pelo menos 30% do conteúdo
ósseo está perdido, por isso, não é possível fazer o diag-
nóstico precoce, ao contrário do uso da sonda.
Jogo de exame clínico:
- Pinça, jogo de espelho e sonda exploradora.
Caso clínico 01) Molar extru-
- Sonda de um lado Williams, do outro exp.
ído, sem antagonista, junção
amelocementária, retração de
3 mm compatível com a extru- Medidas de sondagem:
são. Arco côncavo regular, co- - Profundidade de sondagem.
loração aparentemente nor- - Retração.
mal, próxima às características de saúde. Porém, há uma bolsa - NCI (nível clínico de inserção).
profunda de 9 mm em um dente com 3 mm de retração, ou seja, - Sangramento à sondagem.
12 mm (quase que a extensão toda da raiz). O que há de suporte - Envolvimento de furca (Nabers).
periodontal? Nada.
1. Profundidade de sondagem: distância da margem gen-
Sondagem periodontal gival à ponta da sonda. Verifica se há bolsa periodontal ou
Modelos de sonda periodontal não. É importante medir 6 sítios por dente, já que a sonda
- Marquis (3, 6, 9 e 12 mm). periodontal pode estar mal posicionada ou foi colocada
- Williams (Mais aconselhável, mais fácil de visualizar, 1, pouca ou muita força na sondagem (calibração).
2, 3, 5, 7, 8, 9 e 10 mm).
- Carolina do Norte (1 a 15 mm, múltiplos de 5 em preto).
Medidas acima de 3 mm é uma bolsa periodontal. Há uma
profundidade de 6 mm em todos os 3, porém, na pri-
meira, há uma falsa bolsa periodontal que é causada pelo
crescimento gengival, e não por perda de inserção. Posi-
ção coronal em relação à margem da gengiva, registro a
medida como negativa (crescimento registrado negativo
como retração gengival).
A = 6 mm.
B = 6 mm.
C = 6 mm.
Perda horizontal:
Classe I (pires): menos de 1/3 da largura do dente.
Classe II (copo): mais de 1/3 da largura, não passa lado.
Classe III (túnel): perda horizontal lado a lado.
CLASSE I
Técnica de sondagem
- Proximais: mais próximo possível do ponto de contato. CLASSE III
- Centro: bem no longo eixo do dente.
Causas de aumento de mobilidade dentária:
- Perda de inserção.
- Espessamento do ligamento (aumento de forças).
- Lesões endodônticas ou reabsorção radicular.
- Morfologia desfavorável da raiz.
- Inflamação gengival.
Alterações mucogengivais
- Gengiva inserida insuficiente, região com maior risco de
retração, mucosa ceratinizada insuficiente, 2 mm ou me-
nos, com pequena retração de mucosa ceratinizada.
CLASSE I
Sangramento à sondagem:
- Sinal mais precoce que as alterações visuais.
- Ausência em tecidos previamente inflamados é um bom
indicativo de melhora.
Retração ultrapassa a junção mucogengival.
- Não indica atividade de doença.
- Parâmetro objetivo – monitorar padrão periodontal.
CLASSE II
Mobilidade dentária:
- Aumento da amplitude de deslocamento da coroa.
- Identificar a causa.
- Exame clínico.
Retração ultrapassa a junção mucogengival e o dente tem
Grau I: movimento acima que o normal. uma perda de inserção, a posição da papila é mais baixa
Grau II: > 1 mm em qualquer direção. que a junção amelocementária, logo, a gengiva com cirur-
Grau III: > 1 mm em qualquer direção ou intrusão ou ro- gia não chega à junção, mas pode fazer recobrimento, só
tação no alvéolo. Perda completa ou lesão endodôntica não chega a 100%.
significativa no ápice.
CLASSE IV
Dentes têm um mínimo de
mobilidade dentária. Se há
aumento, é necessário
identificar causa pelo
exame clínico.
Como sequela da doença periodontal, não consegue reco-
brir raiz.
Inserções de freios e bri-
das próximas ou na mar-
gem gengival, dificulta a
higiene e favorece a retra-
ção.
Análise radiográfica
Não é possível ver bolsa periodontal, apenas perda óssea
(e somente quanto mais de 30% do tecido ósseo foi per-
dido).
Informações:
- Comprimento e morfologia radicular.
- Proporção coroa-raiz.
- Quantidade aproximada de destruição óssea.
- Condição do osso alveolar e espaço do ligamento period.
- Posição do seio maxilar em relação à deformidade peri-
odontal.
Limitações:
- Não mostram bolsas periodontais.
- Não distinguem casos tratados com sucesso e não trat.
- Não registram morfologia dos defeitos.
- Não mostram porção vestibular e lingual.
- Não mostram relação com tecido mole.
- Não registram mobilidade dentária.
- Saúde gengival clínica no pac. c/ periodonto reduzido.
- Paciente estável periodontal.
Pe r i o d o n t i a I - Paciente não periodontal.
Periodontites:
- Doenças periodontais necrosantes.
- Periodontite.
- Periodontite como manifestação de condição sistêmica.
04 dez 21
Aula 06: Terapia não-cirúrgica
Prof. Marco Aurélio Bianchini
Com esses dois passos, conseguimos estabelecer o diag- Percebendo-se a anatomia gengival, passamos para a
nóstico e a classificação do tipo de doença periodontal sondagem. Reparamos também gengivites, sangramen-
que o paciente tem. Bem executado o diagnóstico, passa- tos (pode não haver periodontite) indicando para um de-
mos para outras etapas da terapia não cirúrgica: sequilíbrio no periodonto. Paciente inclinado a ter proble-
mas periodontais.
3. Fisioterapia oral (higiene).
4. Remoção de placa e cálculo. 2. Exame radiográfico: observo lâmina dura e espaço pe-
5. Exodontias estratégicas. riodontal. Não observo apenas coroa e periápice, observo
6. Tratamento restaurador. raiz, osso alveolar, observando perda de suporte ósseo,
7. Manutenção (terapia de suporte). espaço periodontal... para identificar o grau de envolvi-
8. Reavaliação (alta ou terapia cirúrgica). mento ósseo e radicular da doença.
- Perda de espaço periodontal.
A terapia não cirúrgica segue esse roteiro, essa sequência - Esfumaçamento de cristas.
lógica de atendimento e tratamento, uma rotina odonto- - Aumento de espaço periodontal.
lógica voltada à periodontia. - Não olhar apenas coroa e periápice.
6. Tratamento restaurador:
Excesso de amálgama. Resinas em excesso no 22 e 23. Tratamento endodôntico: dentes com polpa necrosada,
cáries profundas que irão atingir a polpa... devem receber
o tratamento endodôntico durante a terapia não-cirúr-
gica que se estende para diversas áreas da odontologia.
Próteses e restaurações mal adaptadas. Gengiva edema- Lesão periapical do molar, terceiro molar incluso com ne-
ciada, disforme e retraída. cessidade de exodontia, primeiro molar com lesão na me-
sial combinada com a distal do segundo molar (endo-pe-
rio), restauração com excesso, dente condenado... 37 pre-
cisando que tratamento de canal, 38 precisa ser extraído
e 35 com excesso de restauração.
Fatores predisponentes
O atendimento dessas urgências é focado no combate da
fase aguda da inflamação e na sintomatologia. Porém, há Papila edemaciada, hiperplasia gengival ou até bolsa pe-
fatores locais e sistêmicos como predisponentes para o riodontal. A gengiva cresce para coronal e a sonda perio-
aparecimento das lesões que devem ser abordados: dontal penetra muito. O paciente sente muita dor.
- Controle inadequado do biofilme dental.
- Doenças sistêmicas. É considerado a principal causa de perda dental em paci-
- Comprometimento imunológico. entes em manutenção (terapia periodontal de suporte).
- Posição dentária. Pode ser encontrado em outras formas de periodontite,
- Impacção alimentar. mas é mais comum em periodontites de grau I e II.
- Cálculo.
- Fumo.
- Estresse.
Causas locais do abscesso periodontal: algo obstrui sulco estar. A gengiva fica edemaciada e avermelhada, com su-
gengival, gera abscesso. perfície brilhante. Na maioria dos casos, o pus pode sair
- Bolsas periodontais profundas e sinuosas. pela margem gengival por pressão digital. Pode haver, ra-
- Penetração de corpo estranho no fundo. ramente, edemas extraorais.
- Excesso de restaurações, próteses mal adaptadas, ban-
das e bráquetes ortodônticos... Diagnóstico diferencial: abscesso periodontal ou periapi-
- Perfurações. cal: a origem do abscesso periodontal é o periodonto, não
- Traumas generalizados. a polpa (exceto em lesões combinadas). Portanto, geral-
- Cálculo dental. mente está ligado a alterações no periodonto de prote-
- Acúmulo de biofilme. ção e de sustentação. Assim, suas manifestações são mais
* Maioria dos casos. ligadas ao sulco gengival e à bolsa periodontal, enquanto
no abscesso periapical as manifestações são mais ligadas
ao periápice provenientes de infecções pulpares.
Controle pós-operatório: caso haja necessidade, o paci- Portanto, dentre os fatores pode-se citar:
ente pode ser encaminhado para a segunda fase do tra- - Deficiência do sistema imune.
tamento, se houver necessidade. O prognóstico só será - Higiene oral deficiente.
dado e o tratamento definitivo só poderá ser planejado e - Má nutrição.
executado após o desaparecimento completo da fase - Cálculo.
aguda (cerca de 7 dias). - Fumo.
- Respiração oral.
Tratamento das doenças periodontais necrosantes: o tra- Pericoronarite, então, é um termo usado para descrever
tamento da fase aguda baseia-se no combate ao agente a inflamação circundante da coroa de um dente, geral-
etiológico e à sintomatologia: mente, terceiro molar inferior semi-erupcionado, e se re-
- Anestesia à distância. fere à infecção mista polimicrobial de patologia periodon-
- Remoção da pseudomembrana (gaze com soro). tal.
- Raspagem delicada, ideal com ultrassom (baixa potênc.).
- Uso de curetas apenas com máximo cuidado. Causas da pericoronarite: em geral, relaciona-se com o
- Diminuição de bebidas alcoólicas e alimentos irritantes. acúmulo de biofilme, por exemplo, caso o dente se en-
- Bochechos (clorexidina, soro fisiológico, oxigênio ativo). contre parcialmente erupcionado ou em posição que di-
- Higiene da área. ficulte a higiene. No caso dos terceiros molares, há ainda
uma anatomia particular com fissuras profundas oclusais
Posteriormente ao combate à fase aguda, o tratamento favorecendo o acúmulo de biofilme e restos alimentares,
pode envolver a cura das sequelas gengivais e periodon- além disso, os elementos inferiores encontram-se quase
tais que poderão surgir. no ramo da mandíbula, mesializado e circundados por
mucosa alveolar frouxa não-queratinizada.
- Impacção alimentar.
- Dificuldade de higienização.
- Traumas.
- Erupção parcial.
- Proximidade com ramo ascendente mandibular.
Estudo de Suomi et al. (1971): pacientes com gengivite di- 1. Exame, reavaliação e diagnóstico (5 a 10, 10 a 15 min):
vididos em dois grupos. O grupo de controle (não ia ao - Repetição de periograma (para comparar).
dentista) e o grupo tratado (regularmente a cada 3 me- - Atualização de história médica e odontológica.
ses). O grupo tratado recebe instrução de higiene bucal e - Solicitação de radiografia periapical (a cada 2 anos).
raspagem e alisamento radicular durante três meses, - Solicitação de radiografia interproximal (ao ano).
tendo perda de inserção de 0,03 mm em média ao ano. - Exame dos tecidos moles extrabucais e intrabucais.
Já o grupo de controle, sem tratamento, instrução e ras- - Exame dentário.
pagem, teve perda de inserção de 0,08 mm em média ao - Exame periodontal com sonda e registro no periograma.
ano, quase o dobro do grupo tratado.
Informações obtidas:
Estudo de Loved et al. (1961): Na Companhia de Oslo, na - Higiene bucal.
Noruega, pacientes eram rechamados de 2 a 4 vezes ao - Controle de placa.
ano acompanhados durante 5 anos. Entre os que rece- - Presença de supuração.
biam instrução de higiene bucal e raspagem e alisamento - Alteração de tecido mole.
radicular sub e supragengival, notou-se melhor de 60% - Alteração de tecido duro.
das condições gengivais em comparação aos que não vi- - Profundidade de sondagem.
nham às consultas. - Sangramento à sondagem.
09 fev 22 - RG.
Aula 09: Periograma - PS e sangramento à sondagem.
Prof. Glaucia Santos Zimmermann - NCI.
Periograma = Representação gráfica do exame periodon- Faz-se em ordem, da direita do paciente para a esquerda
tal. Divide-se em 6 sextantes por vestibular e por lingual, (no sentido em que escrevemos), começamos do 18 ao
então, a partir disso, examina-se os sextantes por vesti- 28 por vestibular, depois por lingual. No inferior, do 38 ao
bular e por lingual e anota-se no periograma. 48 por vestibular, depois por lingual. Mas, como a anota-
ção é feita da esquerda para direita, faz-se do 48 ao 38.
Na primeira linha, anota-se a recessão, UEC-MG. Para
cada face, anotam-se 3 medidas na disposição triangular Canta o exame como se fosse levantamento epidemioló-
(distal, central, mesial, para superiores). A segunda me- gico. Em seguida, confere com o anotador cada sextante.
dida é a de profundidade de sondagem. Por fim, o NCI, o Isso deve ser feito de modo dinâmico, rápido.
somatório do UEC-MG com o PS, por isso, não precisa
sondar, apenas somar. Quando há crescimento de gen- Feita toda a anotação de todas as arcadas e todos os sex-
giva, anota-se medida negativa para obter um resultado tantes, segue-se para o envolvimento de lesão de furca
certo. com classificação de Hamp de Grau I (setinha na direção),
II (triângulo) e III (triângulo pintado). Dentes que se sabe
Anotação simulando a cervical do dente. que há endodontia, faz-se risco azul indicando endodon-
tia. Além disso, nota-se a presença de gengiva ceratini-
As linhas do periograma têm distância de 2 mm (Ameri- zada < 2 mm, marca-se um asterisco verde. Dentro do nú-
can Board, reconhecida internacionalmente). Hoje, há mero na lingual, marca-se o grau de mobilidade dentária.
programas que fazem o desenho digitalmente. Na UFSC
fazemos manualmente, mas há possibilidade de usar um Pintura: pinta-se a margem gengival. A medida da reces-
site que faz o desenho automaticamente. Anota, salva e são gengival dá a margem, exemplo, 0 de RG, coincide
imprime. com a junção amelocementária. Se tenho 3 mm de reces-
são, tendo cada linha 2 mm, marca-se três pontos da cer-
vical de acordo com a RG.
Avaliação clínica
Instruções de preenchimento
1) Dente e/ou porção coronária devam ser pintadas de preto, dixando o número
aparente.
2) Dente impactdo e/ou não erupcionado devem ser contornados de preto.
3) Implantedentário de ser desenhado sobre o dente que está substituindo, de
1) Dente e/ou porção coronária devam ser pintadas de preto, dixando o número
aparente.
2) Dente impactdo e/ou não erupcionado devem ser contornados de preto.
3) Implantedentário de ser desenhado sobre o dente que está substituindo, de