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APOSTILA OCLUSÃO I 2020.

AULA 01 (02/02) - Introdução ao estudo da Oclusão I – Profª Beatriz DMS

*Material da aula cedido pela Ana Salvador

• Oclusão é a base da odontologia


• Conceito: Contato dos dentes superiores e inferiores que ocorre com a aproximação da
mandíbula e maxila.
• Outro conceito: relação estática (abrir e fechar a boca) e dinâmica (movimentar a mandíbula
para o lado ou para a frente com os dentes encostados) entre as superfícies oclusais que devem
estar em equilíbrio com as demais estruturas do Sistema Estomatognático.
• Desoclusão é desencostar os dentes.
• Funções do sistema estomatognático: mastigação (mais importante para a gente), deglutição,
fonação, respiração e postura.
• Desequilíbrio no sistema estomatognático que interfere não só nos dentes, mas em outras
estruturas.
• Procedimento restaurador → precisa aplicar os princípios básicos da oclusão que são
constituídos pelas posições e movimentos mandibulares.
• Posições
o RC: relação cêntrica (fisiológica) → recorre a ela nos casos de grandes reabilitações.
o MIH: máxima intercuspidação habitual → fecha a boca e encosta os dentes.
▪ Posição de acomodamento mandibular, independe da posição dos côndilos na
cavidade glenóide.
o ROC: relação de oclusão cêntrica (RC=MIH)
o DVR (dimensão vertical de repouso)
o DVO (dimensão vertical de oclusão)
o EFL: espaço funcional livre para a fonética → para articular as palavras.

Preceitos da oclusão

• Preceito 1: Quando ocluímos, os contatos devem ser bilaterais e simultâneos e são os dentes
posteriores que seguram a mordida e determinam a dimensão vertical de oclusão (na base da
mandíbula até a altura do nariz).
• Se a dimensão foi maior que o ideal (bate os dentes) e fraturam os dentes também.
• Por que os dentes posteriores devem segurar a mordida?
o Os molares são os dentes preparados anatomicamente (mesa oclusal adequada, raízes
grandes, fossas integradas) para receber forças oclusais, amortecendo e distribuindo essas
forças mastigatórias. São alinhados de tal forma que as forças verticais intensas de
fechamento possam ser suportadas por estes dentes sem prejuízo.

ATENÇÃO!!

• Incisivos e caninos são preparados anatomicamente para receber forças laterais (movimentos
mandibulares).
• Preceito 2: Quando vamos reconstruir ou repor um dente é necessário existir espaço suficiente.

MOVIMENTOS

• Protrusão: movimento postero-anterior da boca - incisivos devem se tocar

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• Lateralidade: arrasta a mandíbula ou para o lado direito ou para o lado esquerdo
• Preceito 3: Nos movimentos de lateralidade idealmente os caninos é que devem se tocar
o Porque o canino? Maior comprimento radicular, anatomia favorável, envolvido por osso
compacto e denso, posicionamento estratégico (longe do fulcro/ ATM) e menos força para
fazer movimento (Quanto mais perto o dente da articulação - mais músculos são recrutados
para esse movimento. Se o canino está mais longe, menos força chega nele).
o Desoclusão em grupo: retração de gengiva se o paciente tiver parafunção.
o O que fazer nesse caso? Placa, devolver a anatomia/guia do canino e dos outros caninos,
recomendações sobre o bruxismo.
• Preceito 4: no movimento de protrusão são os incisivos que devem desocluir os dentes
posteriores.
• A força na parafunção é muito maior que a normal; é tão maior que nem conseguimos
reproduzir.
• Por que é tão importante avaliar a oclusão do nosso paciente?
o 1. Para avaliar se existe desequilíbrio oclusal
o 2. Para verificar se tem dentes com sobrecargas oclusais
o 3. Para avaliar se existe espaço suficiente para restaurar
o 4. Para avaliar se existe a necessidade de planejar o caso no articulador
o 5. Para que o trabalho restaurador tenha longevidade

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AULA 02 (09/02) - Anatomia Funcional e Biomecânica do Sistema Estomatognático –
Prof. Ricardo Armini

*Material da aula cedido pela Ana Salvador

MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO

1) MASSETER
a. SUPERFICIAL
o Origem: ⅔ iniciais da borda inferior do arco zigomático - processo zigomático da maxila
e arco zigomático
o Inserção: ângulo da mandíbula
o Distribuição das fibras: inclinação para trás - Fechamento da mandíbula
através da contração das fibras - Elevação da mandíbula, ou seja, não tem
participação em movimentos laterais. Forma 90° com o plano de oclusão
e esse plano passa na porção média desse músculo (quando for montar
prótese, deve deixar o plano de oclusão próximo a porção média). A
maior contração ocorre nessa região, assim, na produção de próteses, por
exemplo, é importante respeitar essa região, pois, se não, perde força de
mastigação. Auxilia na protrusão.
b. PROFUNDO
o Origem: terço posterior da borda inferior do arco zigomático
o Inserção: parte média do ramo da mandíbula
o Fibras: são mais verticais. Participam do fechamento final da mandíbula - final da
mastigação.

2) TEMPORAL
o Origem: aponeurose temporal - fossa temporal e superfície lateral do
crânio
o Inserção: Processo coronóide da mandíbula
o Região anterior - fibras mais verticais - fechamento grosseiro de
mandíbula - translação do côndilo
o Região média - fibras levemente inclinadas para trás. Quando a
mandíbula começa a se aproximar do fechamento final, essas fibras são
ativadas - translação final do côndilo
o Região posterior - fibras praticamente horizontais - rotação do côndilo.
Retrusão.

3) PTERIGÓIDE MEDIAL
o Origem: parte superior do osso esfenóide
o Inserção: porção interna do ângulo da mandíbula
o Fibras: póstero- anterior. Elevação de mandíbula.

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4) PTERIGÓIDEO LATERAL
a. VENTRE SUPERIOR
o Origem: parede lateral do osso esfenóide
o Inserção: cápsula articular e no disco articular
o Fibras: início de movimento de protrusão da mandíbula,
porque a fixação dele é na área da cápsula articular.
Então no início de movimento ele não participa tanto,
mas conforme a translação do côndilo, ele se contrai para
manter a cápsula e o disco em posição em cima do
côndilo durante a translação

b. VENTRE INFERIOR
o Origem: Asa inferior do esfenóide
o Inserção: colo do côndilo da mandíbula
o Fibras: na contração promove a protrusão da mandíbula.

5) DIGÁSTRICO (SUPRA-HIÓIDEO)
o Origem ventre anterior: fossa digástrica
o Origem ventre posterior: eminência mastoidea
o Inserção: tendão intermediário
o Fibras: quando os dois ventres contraem, ocorre o movimento
inicial de abertura da boca.

MOVIMENTOS MANDIBULARES

• PROTRUSÃO: contração simultânea dos dois pterigoideos laterais.


• LATERALIDADE: se o movimento for para o lado esquerdo, o ventre superior e inferior do
m. pterigoideo lateral do lado direito que se contraem para realizar o movimento.

DINÂMICA MANDIBULAR

• Abertura da boca
o Movimento inicial: ventre inferior m. pterigóideo lateral (superior está começando a se
ativar), m. digástrico (mais do ventre anterior)
o O côndilo vai transladando
• Fechamento da boca
o Fechamento grosseiro: Masseter superficial, pterigóideo medial e as porções anterior e média
do m. temporal.
o Fechamento final e "mandíbula para trás”: masseter profundo e porção posterior do m.
temporal.
o Protrusão: ventre inferior do pterigóideo lateral (superior em menor proporção) e os
músculos elevadores de mandíbula para manter a mandíbula estável.
o Lateralidade:
▪ Lado direito: ventre inferior do pterigóide lateral esquerdo (translação do côndilo, vertical
para baixo e para mesial) e ventre superior do lado direito (rotação no seu próprio eixo).

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INTRODUÇÃO

• A compreensão da anatomia funcional e biomecânica é fundamental para o estudo da oclusão.


• Altamente refinada e complexa
• Mastigação, fala e deglutição
• 32 dentes (contanto com os terceiros molares)
• Arco maxilar é ligeiramente maior que o mandibular - dentes maxilares anteriores são mais
largos que os mandibulares e apresentam maior inclinação para a vestibular que os
mandibulares.
• Existe o Trespasse Vertical (cruzamento entre as pontas dos IS e II - 1 a 3 mm) e o Trespasse
Horizontal (TO) (sobremordida ou overbite). Interfere na movimentação, pois para fazer o
movimento de protrusão ela precisa “desviar” desse contato. O TO é o quanto a mandíbula
precisa protruir para fazer contato de topo.
• No movimento de protrusão da mandíbula abaixa um pouco para conseguir protruir.
• Lateralidade: sente o aumento de volume de um dos lados.

COMPONENTES ESQUELÉTICOS

1) MAXILA
• Forma parte do palato duro
• Se fundem na sutura palatina mediana
• Processo palatino
• Processo alveolar
• Processo zigomático
• Eminência canina

2) MANDÍBULA
• Corpo da mandíbula
• Processo alveolar
• Ramos ascendentes
• Processos coronóides
• Processos condilares

• Côndilos
o Se articulam com o crânio
o Tem projeções medial e lateral denominado: polo
o Comprimento médio lateral em torno de 18-23 mm
o Largura anteroposterior entre 8 e 10 mm
o Apresenta superfície articular convexa
• Linha traçada pelos pólos geralmente se estendem em direção ao forame magno. A
mandíbula rotaciona antes da lateralidade. Esse posicionamento mais para medial dos
polos facilita essa rotação.

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3) OSSO TEMPORAL
• Porções: petrosa, timpânica e escamosa (é onde fica a fossa e eminência
articular)
• O grau de convexidade e inclinação da eminência varia de pessoa para
pessoa
• Por que é um osso denso? Onde recebe as forças - onde o côndilo e o
disco transferem a força - protrusão - para baixo e para frente - deslizando
sobre a eminência articular
• Fossa articular/mandibular/glenóide - côncava
• Teto posterior da fossa articular é delegado: não é apropriado receber forças.

Osso zigomático: forma o arco zigomático junto com o processo zigomático do osso temporal e
é onde se tem a inserção do masseter.

Osso hioide: não é considerado parte dos ossos da mastigação, pois ele faz abertura de boca.

ATM
• Articulação entre a mandíbula e o osso temporal
• Separado pelo disco articular
• Articulação composta: formada por 3 ou mais ossos (3 componentes no caso da ATM- osso
temporal, mandíbula e disco articular) - embora o disco articular não seja osso,
funcionamento ele age como um osso não calcificado.
• Disco fibroso denso
• Articulação Ginglimoartroidal: dois tipos de movimento: movimento de dobradiça
(articulação ginglimoidal) e o movimento de deslizamento (articulação artroidal).
• Articulação Sinovial - produz líquido sinovial para lubrificar e nutrir (superfícies internas
das cavidades revestidas por células endoteliais que formam revestimento sinovial)
• Lubrificação Divisória - ocorre quando a articulação se move e o líquido sinovial é forçado
de uma região para outra. Evita a fricção no movimento articular. É o principal mecanismo
de lubrificação articular.
• Lubrificação Exudativa: capacidade das superfícies articulares de absorver pequena
quantidade de líquido sinovial. Atua sob forças compressivas para prevenir a aderência dos
tecidos. Ajuda a eliminar a fricção na compressão. Pouco líquido retido nas células que
extravasam. Compressão cíclica (função) se for o tempo todo (parafunção - pode ter algum
agravamento)

DISCO ARTICULAR

• Inervado e irrigado na porção posterior - desprovido de vasos sanguíneos e fibras nervosas em


sua maior parte
• Tecido conjuntivo fibroso denso
• Ligeiramente inervado na periferia
• Dividido em: zona intermediária (porção mais delgada), borda posterior e borda anterior - para
não escapar/ se mantém mais fácil em posição
• Bicôncavo

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• Se insere no ligamento capsular medial e lateralmente: divide em duas cavidades articulares
(superior e inferior)
o Cavidade superior: fossa articular e superfície superior do disco
o Cavidade inferior: côndilo mandibular e superfície inferior do disco.
• Região posterior
o Lâmina retrodiscal superior (LRS) - liga o disco à placa timpânica
o Lâmina retrodiscal inferior (LRI) - liga o disco à margem posterior da superfície articular
do côndilo. Estabilização do disco.
o Plexo venoso (TR): na protrusão é preenchido por sangue para equilibrar o volume na
região.
• Região anterior
o Presas ao ligamento capsular
o Ligamento capsular superior (LCA) - osso temporal
o Ligamento capsular inferior (LCA) - superfície anterior do côndilo.
o Músculo pterigóideo lateral superior (PLS)
• O disco é flexível e pode se adaptar às demandas funcionais das superfícies articulares
• A adaptabilidade do disco não implica que a morfologia do disco seja reversível
• Forças destrutivas ou alterações estruturais podem alterar irreversivelmente a morfologia do
disco.

LIGAMENTOS

• Ligamentos atuam passivamente para restringir ou limitar os movimentos


• Papel de proteção das estruturas
• Constituídos de fibras colágenas
• Possuem comprimentos específicos - quem tem hiperlassidão pode ter problemas
• Não esticam
• Pode ser alongado por forças exacerbadas ou por longos períodos de tempo - função
comprometida

LIGAMENTOS QUE SUSTENTAM A ATM

1) LIGAMENTOS COLATERAIS
• Prendem as bordas medial e lateral do disco aos polos do côndilo
• Não possuem elasticidade
• Restringem o movimento do disco para fora do côndilo – estabiliza durante o movimento
de dobradiça sem que ele escape para medial ou lateral.
• Possuem suprimento vascular e são inervados
• Proporcionam informações sobre a posição e movimentação da ATM.
• Permitem o movimento ântero-posterior do disco
• Responsáveis pelo movimento de dobradiça da ATM: movimento que ocorre entre o côndilo
e o disco articular

2) LIGAMENTO CAPSULAR
• Circunda toda a ATM
• Inserida no colo do côndilo e osso temporal
• Age para resistir à forças mediais, laterais e inferiores que tende a separar ou deslocar as
superfícies articulares

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• Retém o líquido sinovial na cavidade superior
• Inervado e proporciona estímulos proprioceptivo sobre a posição e movimento da
articulação

3) LIGAMENTO TEMPOROMANDIBULAR
• PEO - Porção Externa Oblíqua
o Impede queda excessiva do côndilo
o Limita a abertura de boca
o Influência no movimento de abertura
o Limita a rotação da mandíbula até se esticar e tornar rígido, forçando o côndilo a
transladar.
o Impede a compressão de estruturas vitais submandibulares e retromandibulares do
pescoço.
o Consegue uma abertura maior sem comprimir e danificar as estruturas - bem importante
• PIH - Porção Interna Horizontal
o Limita o movimento posterior do côndilo e do disco
o Protege os tecidos retrodiscais e o ouvido do trauma causado pelo deslocamento posterior
do côndilo
o Protege o m. pterigóideo lateral do estiramento ou distensão
o A efetividade deste ligamento é demonstrada durante casos de trauma extremo à
mandíbula. Nesses casos, o colo do côndilo sofrerá fratura antes que os tecidos
retrodiscais sejam rompidos ou que o côndilo entre na fossa craniana média.

LIGAMENTO ACESSÓRIO

1) LIGAMENTO ESTILOMANDIBULAR
• Ele parte do processo estilóide e estende-se até o ângulo e a borda posterior do ramo
mandibular
• Limita o movimento de protrusão excessivo da mandíbula

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AULA 03 (23/02) – Conceitos Atuais em Bruxismo do Sono e Vigília em Crianças e
Adultos – Profª Beatriz DMS

BRUXISMO

• Pandemia aumentou os registros de casos de bruxismo. Por isso é um tema bem importante!
• O bruxismo afeta adultos e também crianças.
• Gera efeitos deletérios no sistema estomatognático. Por conta desses efeitos deletérios, fizeram
do bruxismo um vilão, mas será que ele é sempre o vilão?

CONCEITO

• Bruxismo é o ato de ranger os dentes (CONCEITO ULTRAPASSADO!)


• Em 2013, se atualizou esse conceito: Atividade dos músculos da mastigação caracterizada
por apertar, encostar, bater ou ranger os dentes ou manter a mandíbula na mesma
posição (ou seja, contraindo a mandíbula, mas sem encostar os dentes).
• Para ocorrer bruxismo, não precisa encostar os dentes!
• Em 2018 atualizou o conceito novamente, complementando o de 2013.

CLASSIFICAÇÃO

• Em relação ao tipo de contração muscular: FÁSICO ou TÔNICO


• Em relação ao ciclo circadiano: SONO ou VIGÍLIA
• Em relação aos fatores associados: PRIMÁRIO ou SECUNDÁRIO

1) EM RELAÇÃO AO TIPO DE CONTRAÇÃO MUSCULAR


a. FÁSICO: tem contração e relaxamento, ou seja, as fibras se intercalam para fazer o
movimento. Isso acontece especialmente quando rangemos ou batemos os nossos dentes.
b. TÔNICO: contração sustentada, mantém o mesmo tônus muscular. Neste tipo de
contração, não há relaxamento, por conta disso, essa contração é considerada um pouco
mais prejudicial, pois os músculos não se revezam/não descansam. Ocorre quando
apertamos os dentes.
c. MISTO

2) EM RELAÇÃO AO CICLO CIRCADIANO (possuem etiologias, fisiopatologias, tratamentos


e controles diferentes, mas possuem também algumas coisas em comum)

a. COISAS EM COMUM DOS DOIS:


i. A gênese é no SNC, não é na periferia (como se achava antigamente).
ii. Parte um comando do SNC para que o musculo contraia. NÃO VEM DA
PERIFERIA!!!
iii. Interferências oclusais não são fatores de risco para o bruxismo.
iv. Tratamento bruxismo: ajuste oclusal? Ortodontia? Toxina botulínica? NÃO VAI
CURAR O BRUXISMO! O paciente pode cessar o bruxismo por um tempo, mas ele
vai voltar, porque o comando vem do SNC, não tem nada a ver com a periferia.
v. AJUSTE OCLUSAL, TRATAMENTO ORTODÔNTICO, TOXINA BOTULINA
NÃO TRATAM BRUXISMO!

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vi. Ambos causam dores transitórias. Não é uma dor como nas DTMs, é como um
dolorimento, um cansaço, uma fadiga. Se não tomar nenhum remédio, essa dor vai
passar com o tempo. Se a dor persiste, já é DTM.
vii. BRUXISMO NÃO É DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR (DTM).

b. BRUXISMO DO SONO
i. Prevalência: 8-13% em adultos
ii. Prevalência: 4,9 – 49,6% em crianças
iii. Atividade muscular mastigatória que ocorre durante o sono, caracterizado por ranger
e/ou apertar os dentes.
iv. Mais comum nesse bruxismo: ranger (comum aparecer as facetas de desgaste
coincidentes), misto, apertar
v. O bruxismo do sono é um despertar adrenérgico associado a um evento que acontece
na microestrutura do sono.
vi. O sono é dividido em sono REM e nREM
1. nREM:
a. Estágio 1: período de transição entre sono e vigília
b. Estágio 2: inicia-se o sono. Ondas cerebrais vão diminuindo > duração. É
NESTE ESTÁGIO QUE OCORRE O BRUXISMO DO SONO.
c. Estágio 3: sono mais profundo
vii. Bruxismo do sono não altera a qualidade do sono. Porém, a qualidade do sono interfere
no bruxismo do sono. Pacientes que demoram mais tempo para dormir, tem o sono
mais superficial e ficam mais tempo no estágio 2 do nREM, consequentemente fica
mais predisposto a ter bruxismo do sono.
viii. FISIOPATOLOGIA DO BRUXISMO DO SONO:

4 SEGUNDOS 1 SEGUNDO RMMA RANGER


Microdespertar Taquicardia Atividade Muscular DE DENTES
(ondas alfa EEG) Mastigatória Rítmica

ix. Apenas 15 min de 8h de sono


x. É fator de risco para várias condições:
1. Desgaste dental
2. Fratura do dente ou restauração
3. Hipertrofia muscular
4. Mobilidade dentária
5. Desconforto, cansaço ou dor muscular
6. Travamento fechado ao acordar
7. Língua, bochechas ou mucosa marcada
8. Cefaleia matinal recorrente, boca seca
xi. Detecção do Bruxismo do Sono:
1. Questionários: diário, anotar a frequência, deve-se conhecer o sono do paciente
2. Exame físico
3. Polissonografia
4. EMG portáteis.
5. POSSÍVEL: relato do paciente – questionário e/ou anamnese
6. PROVÁVEL: achados em exame físico com ou sem relato do paciente

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7. DEFINITIVO: polissonografia com ou sem relato do paciente e/ou exame físico
8. Polissonografia (usado principalmente em pesquisas!):
a. 3 canais para eletromiografia: dois em masseter e um em temporal
b. Microfone e câmera – captação de sons e movimentos de ranger de dentes
c. A mudança do ambiente de dormir pode influenciar o bruxismo do sono
d. Alto coeficiente de variabilidade. O número de eventos de bruxismo varia noite
a noite – necessárias várias noites de exame.
e. Os técnicos muitas vezes não são capacitados para posicionar os eletrodos em
masseter e temporal
f. A polissonografia gera muitas páginas para leitura e para encontrar as contrações
na eletromiografia pode-se ter dificuldades
g. Muitas clínicas não gravam, só filmam (não dispõe de HD)
h. Alto custo

c. BRUXISMO EM VIGÍLIA
i. Prevalência: 20-40% em adultos
ii. Prevalência: ? em crianças (ainda estão sendo feitos estudos, é difícil ver a prevalência
em crianças).
iii. Atividade muscular mastigatória na vigília, caracterizado pelo contato repetitivo ou
prolongado dos dentes e/ou por movimentos mandibulares.
iv. Mais comum: encostar, encostar e fazer pequenos movimentos, segurar a mandíbula
v. Está associado com estado de nervosismo e reações ao estresse
vi. Fatores associados a concentração
vii. Fatores psicossociais
viii. Pouco estudado
ix. Bruxismo em vigília é um HÁBITO que é possível de modificar
x. Uma associação positiva foi encontrada entre bruxismo em vigília e sintomas de
ansiedade. Não houve associação entre bruxismo do sono e ansiedade
xi. Detecção do Bruxismo em Vigília:
1. Questionários/Método ecológico (aplicativos – Desencoste seus Dentes)
2. Exame físico
3. Eletromiografia
4. POSSÍVEL: relato do paciente – questionário e/ou anamnese
5. PROVAVÉL: achados em exame físico com ou sem relato do paciente
6. DEFINITIVO: eletromiografia com ou sem relato do paciente e/ou exame físico
xii. O bruxismo em vigília é fator de risco significativo para a ocorrência de disfunção
temporomandibular (DTM), porque ele é mais frequente que o bruxismo do sono.
xiii. É fator de risco para várias condições:
1. Hipertrofia muscular
2. Desconforto, cansaço ou dor muscular
3. Língua, bochechas ou mucosa marcada
4. Cefaleia final de tarde

3) EM RELAÇÃO AOS FATORES ASSOCIADOS


a. PRIMÁRIO
i. Idiopático
ii. Não associado à condição médica
iii. Ex: genético

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b. SECUNDÁRIO
i. Modulado por fatores externos
ii. Associado à patologia neurológica ou mental

FATORES ASSOCIADOS AO BRUXISMO

• Síndrome genética: doença de Parkinson, síndrome de Down


• Obstrução das vias aéreas: BS: papel protetor: pode ajudar a desobstruir as vias aéreas
• Apneia Obstrutiva do Sono
• Refluxo gastroesofágico: BS: papel protetor: pH ácido induz bruxismo, o qual estimula
glândulas salivares
• TDA
• Medicamentos: antidepressivos, anticonvulsionantes, psicoestimulantes que causam
xerostomia
o Inibidores seletivos da recaptação da serotonina: fluoxetina, sertralina,
citalopram, venlafaxina, paroxetina
• Fumo, álcool, tabaco: ação no SNC – associação do álcool, cafeína, tabaco, drogas com
bruxismo do sono
• Drogas: semi ou sintéticas: MD, bala, cristal, venvanse com álcool
• Estresse, fatores psicológicos: ansiedade, estresse, depressão
o Ansiedade: gera estímulos motores que suscitam respostas de luta e fuga que
aumentam as contrações musculares – dores nos músculos da mastigação e
cervicais – prejudica o sono reparador das fases mais profundas

BRUXISMO INFANTIL

• História de BS durante a infância parece ser um importante fator de risco associado ao BS


em adultos
• Bruxismo na infância pode ser entendido como sinalizador de que algo pode estar errado
com o bem estar na criança (bruxismo mocinho!)
• BS em criança não é fisiológico!
• BS não está relacionado com a troca de dentes!
• Aparelhos ortodônticos e ajustes oclusais não tratam bruxismo!
• Ronco, respiração oral, sono agitado, babar, posição do estômago durante o sono e falta de
sono foram os fatores de risco relacionados ao bruxismo em crianças
• Doenças respiratórias
• Distúrbio do sono
• Refluxo
• Medicamentos
• Fatores psicossociais
• As crianças com BS tem maior frequência de distúrbios do sono.
• As crianças com bruxismo têm maior chance de desenvolver DTM

TRATAMENTO BRUXISMO

• Decisões clínicas baseadas em evidência científica


• Revisão sistemática: melhores evidências

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• Controle do bruxismo do sono:
o Inicialmente focar no possível controle dos fatores associados
o Medicamentos: clonazepam, gabapentina, clonidina. NÃO HÁ EVIDÊNCIAS
SUFICIENTES! EFEITOS COLATERAIS!
o Placa oclusal: não cessa bruxismo, mas é PROTETORA! Protege os dentes e a ATM.
Placa ideal:
▪ Placa rígida
▪ Estabilidade e retenção
▪ Sem báscula
▪ Lisa, sem marcas edentadas
▪ Se possível, lateralidade em canino
▪ Espaço de 2 a 2,5mm no último dente
▪ Acompanhando a linha equatorial do dente
o Higiene do sono
▪ Evitar estimulantes (cafeína, nicotina)
▪ Manter horários rotineiros para dormir
▪ Não dormir de estômago vazio
▪ Reduzir barulho e claridade no quarto
▪ Exercícios de relaxamento antes de dormir
▪ Evitar telas antes de dormir
▪ Prática de esportes
o Toxina botulínica: necessita de mais estudos.
▪ Ação periférica
▪ Não há aplicação em pterigoides: movimentos de lateralidade e protusão continuam
▪ Brotamento neurais (reinervação)
▪ Músculo vai perdendo sua força, alteração muscular dose dependente (atrofia
muscular)
▪ Diminui densidade óssea.
o Ajuste oclusal: não há suporte na literatura de que procedimentos oclusais como
equilíbrio das forças mastigatórias, reabilitação e alinhamento ortodôntico sejam validos
no tratamento do bruxismo
o Meditação
o Terapias alternativas
• Controle do bruxismo em vigília:
o Mudança de hábito
o Algo cognitivo
o Lembretes
o Aplicativos
o Controle da ansiedade
o Terapias alternativas
• Controle do bruxismo infantil:
o Aconselhamento higiene do sono
o Tratamento local: uso de placas (só quando já tem dentição mista)
o Controle periódico
o Psicologia
o Otorrino

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AULA 04 (02/03) – Erosão, Atrição, Abrasão e Abfração: Efeitos da Sobrecarga na
Dentição – Helena Polmann

LESÕES NÃO CARIOSAS

• As Lesões Não Cariosas caracterizam-se por perda de tecido dental duro (esmalte e dentina)
sem ação de bactérias.
• Prevalência 46% (prevalência é alta!)
• Os pré-molares são os elementos dentais mais acometidos por Lesões Não Cariosas
• Novos hábitos da sociedade moderna levaram à alta prevalência dessas Lesões Não Cariosas,
como:
• Maior longevidade da população, vivendo com seus dentes naturais em boca por mais
tempo
• Alimentação: comidas mais industrializadas
• Estresse

Mecanismos responsáveis pela perda de substância dental:

• MECÂNICOS
o ATRIÇÃO
o ABRASÃO
o ABFRAÇÃO
• QUÍMICOS
• EROSÃO

EROSÃO/BIOCORROSÃO/PERIMÓLISE

• Desgaste dental provocado por ação de agentes químicos de origem endógena ou exógena.
• Refrigerante: pH 2-3
• Tomate: pH 4.3
• Vinho: pH 2.3
• Laranja: pH: 4
• Café: pH:4
• Resultado físico de uma perda patológica, crônica, localizada do tecido dental submetido
quimicamente ao ataque ácido, sem envolvimento de bactéria.
• pH oral: 6,9 (considerado um pH neutro). O pH é regulado pela quantidade de íons H+ no
meio.
• O pH da nossa cavidade oral pode sofrer alterações devido a nossa alimentação, problemas
gastrointestinais entre outros
• Processo de biocorrosão:
o Solubilidade da apatita do esmalte
o Dissolução da periferia dos prismas
o Remoção das camadas sucessivas de esmalte
o Exposição de dentina
o Erosão gradativa da dentina
o Exposição pulpar

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• CARACTERÍSTICAS:
o Evolução crônica e lenta
o Superfície lisa e brilhante
o Superfície livre de placa macroscópica
o Todos ou um grupo de dentes
o Concavidades dentinárias
o Exposição de dentina
o Sensibilidade dentinária
o Restaurações em resina composta que se desprendem
o Ilhas de amálgama
• ETIOLOGIA
o Extrínsecos: quando o agente ácido tem origem externa ao corpo
• Componentes da dieta: frutas cítricas, refrigerantes, vinhos, vinagres, produtos em
conserva, bebidas esportivas
• Medicamentos: vitamina C, ácido acetilsalicílico, ácido hidroclorídrico, ácido
nítrico.
• Drogas ilícitas (cocaína)
• Faces vestibulares são mais afetadas.
o Intrínsecos: quando o agente ácido tem origem interna ao corpo
• Distúrbios gastrointestinais e transtornos alimentares (bulimia, anorexia nervosa),
alcoolismo crônico* (a ingestão do álcool será externa, mas o paciente que faz uso
crônico de álcool irá ter casos de vômitos frequentes, terá alteração do fluxo salivar
e problemas gastrointestinais)
• Faces lingual/palatina anteriores e oclusal posteriores
• pH ácido clorídrico (estomacal): 1,5-2
• Transtornos alimentares/psicológicos:
o Anorexia nervosa: recusa alimentar
o Bulimia nervosa: ingestão compulsiva
o Fatores ocupacionais: quando a profissão do paciente leva a uma biocorrosão
• Nadadores profissionais
• Enólogos
• Trabalhadores expostos a gases ácidos industriais
• TRATAMENTOS
o Fatores intrínsecos: multiprofissional (psicólogos, psiquiatras, médicos
gastroenterologistas)
o Fatores extrínsecos: orientações e mudança de hábitos
o Fatores ocupacionais: bochechos com água e flúor
o Remoção do agente etiológico
o Reposição do tecido perdido
o Prevenção (soluções neutras de flúor a 0,05%)
o Prevenção de danos
• Tomar líquidos com canudos
• Não escovar os dentes logo após as refeições
• Visitas periódicas ao cirurgião-dentista

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ATRIÇÃO

• Desgaste dental resultante da fricção dente a dente que causa perda de tecido dental
• Atrição fisiológica: ocorre ao decorrer da vida, mais perceptível com o aumento da idade
• ETIOLOGIA
o Apertamento dental (bruxismo)
• CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
o Desgaste principalmente nas regiões incisais e oclusais
o Normalmente síncronas (facetas coincidentes), em ambas as arcadas, nas superfícies
antagônicas. As restaurações também se desgastam
• TRATAMENTO
o Controle de hábitos parafuncionais
o Reposição do tecido perdido
o Prevenção – uso de placa oclusal total rígida

ABRASÃO

• Abrasão é o desgaste físico que resulta de um processo mecânico envolvendo objetos


estranhos
• Escova dental (escovação incorreta com excessiva pressão), palitos de dente, onicofagia,
piercing lingual/labial, entre outros.
• Pode acometer um grupo de dentes (escovação) ou em um dente mais específico (morder
objeto, piercing, palito de dente)
• Carvão ativado
• CARACTERÍSTICAS
o Superfícies vestibular
o Dentes posteriores
o Margens agudas e bem definidas
o Superfícies dura e polida
o Associada à recessão gengival
• PREVENÇÃO
o Escovação
o Cerdas extra macias
o Evitar dentifrícios abrasivos
o Não escovar logo após as refeições
• TRATAMENTO
o Controle de hábitos
o Reposição do tecido dental perdido
o Prevenção

ABFRAÇÃO

• Lesão cervical não cariosa em formato de cunha


• Perda patológica dos tecidos duros dentais decorrentes de cargas biomecânicas que
resultam em ruptura e falha de esmalte e dentina em uma região longe da carga
• CARACTERÍSTICAS
o Forma de cunha, profunda, bordas bem definidas, ângulos vivos
o Superfície lisa e polida
o Área mais acometida: face vestibular dos dentes pré-molares

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• ETIOLOGIA
o Forças de tração e compressão tornam susceptível a ruptura dos cristais de
hidroxiapatita, diminuindo a união química.
o Quando, por algum motivo, durante a fala, mastigação, lateralidade, protusão acontecer
um contato/uma interferência oclusal, onde os dentes estarão se encostando de forma
errônea, vai acontecer essa força de compressão na face lingual e de tensão na face
vestibular. Essas forças tendem a fazer com o dente gire no alvéolo, só que o dente não
gira pois o LP absorve essas forças, desta forma as forças de tensão vão se acumular no
terço cervical, provocando a ruptura dos cristais do esmalte e levando às lesões de
abfração

• TRATAMENTO
o Controle da parafunção
o Remoção de interferência oclusais
o Reposição do tecido perdido
o Prevenção – uso de placa oclusal total rígida

FATORES ASSOCIADOS

• Recessão gengival
• Sensibilidade dental

• DIAGNÓSTICO
• PLANEJAMENTO
• TRATAMENTO
• PREVENÇÃO

REMOÇÃO DO AGENTE ETIOÓLIGO


1) EROSÃO: Orientações sobre alimentação e/ou equipe multiprofissional
2) ATRIÇÃO: Controle da atividade parafuncional, uso do dispositivo oclusal
3) ABRASÃO: Orientações sobre escovação e hábitos
4) ABFRAÇÃO: Remoção do contato prematuro; reabilitação oclusal

TRATAMENTOS DESSENSIBILIZANTES
• Vernizes
• Nitrato de potássio
• Oxalatos

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DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
• Quantos dentes acometidos? Ex: Abrasão por escovação sempre vai ser um grupo de
dentes
• Quais faces envolvidas? Ex: é mais lingual/palatal ou vestibular? Ajuda a identificar se
são fatores extrínsecos ou intrínsecos nas erosões
• Qual a forma da lesão? Ex: ângulo mais vivo nas abfrações, nas abrasões não tem formato
de cunha.
• Apresenta parafunção oclusal?

BIOCORROSÃO ATRIÇÃO ABRASÃO ABFRAÇÃO

QUÍMICO MECÂNICO MECÂNICO MECÂNICO


PALATAL DENTES INCISAL/OCLUSAL LOCALIZADA CERVICAL
ANTERIORES E RESUTARAÇÕES RESTAURAÇÕES RESTAURAÇÕES
SUPERIORES ACOMPANHAM O COM LEVE DESPRENDEM-SE
RESTAURAÇÃOES DESGASTE DO DESGASTE
DESPRENDE-SE DENTE FORMATO DE
FORMATO VARIADO CUNHA
ILHAS AMÁLGAMA FACETAS
COINCIDENTES

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AULA 05 (09/03) – Posicionamento e Oclusão da Dentição. Mecânica do Movimento
Mandibular. Interação Reabilitação Oral e Oclusão– Helena Polmann

DEFINIÇÃO: a oclusão é a relação estática e dinâmica entre as superfícies oclusais dos dentes,
que devem estar em harmonia com as demais estruturas do sistema estomatognático.

O que é considerado uma oclusão ideal?

• “O normal é o que se mantém num estado de equilíbrio relativo graças à capacidade de


adaptação humana”

POSIÇÕES ESTÁTICAS

MOVIMENTOS DINÂMICOS

POSIÇÕES

Máxima Intercuspidação Habitual (MIH)

HORIZONAIS Relação Cêntrica (RC)

Relação de Oclusão Cêntrica (ROC)

Dimensão Vertical de Repouso (DVR)

VERTICAIS Dimensão Vertical de Oclusão (DVO)

Espaço Funcional Livre (EFL)

MOVIMENTOS EXCÊNTRICOS

LATERALIDADE

PROTUSÃO

POSIÇÕES - HORIZONTAIS

1) MÁXIMA INTERCUSPIDAÇÃO HABITUAL


• É a posição intermaxilar onde ocorre o maior número de contatos entre os dentes
superiores e inferiores, independentemente da posição condilar.
• Contatos – devem ser bilaterais e simultâneos
• Posição variável, depende de contato oclusal (depende dos dentes posteriores)
• É fisiológica
• Dentes posteriores: seguram a mordida, importantes para o equilíbrio oclusal

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• Dentes anteriores: não devem se tocar ou tocar levemente

2) RELAÇÃO CÊNTRICA
• Posição crânio-mandibular onde ocorre uma relação funcional ideal entre várias
estruturas anatômicas da ATM.
• É quando os côndilos estão em suas posições mais súpero-anteriores na fossa articular,
apoiados nas vertentes posteriores das eminências articulares com os discos articulares
interpostos corretamente
• Fisiológica e imutável
• Independe do contato dental
• Reproduzível
• Posição de diagnóstico
• Quando devemos obter a RC?
o Diagnóstico
o Perda da dimensão vertical
o Perda da guia anterior
o Contatos unilaterais
o Pacientes sintomáticos
• Métodos para obter RC:
o Deglutição
o Posicionar a ponta da língua no palato
o Manipulação frontal ou bilateral
o Desprogramadores oclusais
• Desprogramadores oclusais: promove o “esquecimento” do reflexo proprioceptivo dos
dentes e da musculatura
o Jig de Lucia (Guia de Interferência Mandibular)
o Espátula de afastamento lingual
o Placa de proteção anterior
o Tiras de Long ou Leaf Gauge
• Como saber se estamos na RC correta do paciente?
o Manipular várias vezes para conferir contato.
o Se todas as vezes RC – MIH = CONTATO PREMATURO
• CONTATO PREMATURO contato que desvia a mandíbula de RC para MIH
• INTERFÊRENCIA OCLUSAL: interferência oclusal em movimentos excêntricos

3) RELAÇÃO DE OCLUSÃO CÊNTRICA


• Posição intermaxilar onde ocorre o maior número de contatos dentários com os côndilos
posicionados em RC, isto é, existe uma coincidência da MIH com a RC
• Seria o ideal, não existiria contato prematuro ao manipular em RC

POSIÇÕES – VERTICAIS

1) DIMENSÃO VERTICAL
• A dimensão vertical é a distância entre dois pontos localizados na face: um na parte
superior e outro na parte inferior.

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• A odontologia classifica a dimensão vertical como sendo de repouso ou oclusão.
a. DIMENSÃO VERTICAL DE REPOUSO (DVR)
• Imutável
• Músculo relaxado, dentes desencostados
• Posição de descanso postural da mandíbula
b. DIMENSÃO VERTICAL DE OCLUSÃO (DVO)
• Mutável
• É a altura facial mantida pelos dentes em especial pelos posteriores, quando estão
ocluídos
• Depende dos dentes

ALTERAÇÕES DA DIMENSÃO VERTICAL

• DV AUMENTADA:
o Motivos:
▪ Mordida aberta anterior
▪ Confecção de próteses e placas
▪ Extrusão dos dentes posteriores

• DV DIMINUÍDA
o Ausência de dentes posteriores, atrição severa, dor, sorriso invertido
o Dificuldade da fonética
o Sinais da DV diminuída:
▪ Acentuada sobremordida
▪ Redução do terço inferior da face
▪ Facetas de desgastes
▪ Instabilidade oclusal

TÉCNICAS PARA AVALIAR DVO

• Estética e proporção facial: do canto do olho ao canto do lábio = de baixo do nariz ao


queixo
• Terços médios da face devem ser similares

DVR – DVO = EFL

2) ESPAÇO FUNCIONAL LIVRE


• DVR – DVO = EFL
• O ideal é que este espaço seja de 2 a 4mm e é muito importante na fala

MOVIMENTOS

• Molares: podem receber forças verticais; não podem receber forças horizontais
• Caninos: podem receber forças horizontais

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1) LATERALIDADE
• Lado de trabalho: é o lado para o qual a mandíbula se movimenta
• Lado de balanceio: é o lado oposto ao lado de trabalho
• No lado de trabalho podem ser encontrados dois tipos de desoclusão:
o Desoclusão pelo canino: onde durante o movimento de lateralidade, o canino
inferior desliza na concavidade palatina do canino superior, desocluindo os
demais dentes, tanto do lado de trabalho quanto do de balanceio.
o Desoclusão por grupo: grupo de dentes de segundo molar até canino, tocam-se
simultaneamente desde o início do movimento. À medida que a mandíbula se
movimenta, vai ocorrendo desoclusão progressiva dos dentes posteriores no
lado de trabalho

EXEMPLO DE DESOCLUSÃO PELO CANINO:

Lado de balanceio Lado de Trabalho

(não aparece na foto)

Note os
caninos desocluindo

A mandíbula se deslocou nesse sentido

PROBLEMAS DA LATERALIDADE

• Interferências oclusais: contato no lado de balanceio

2) PROTUSÃO
• É o movimento que a mandíbula faz no sentido posteoanteior
• Guia anterior ou incisiva: quando, no movimento de protusão, os dentes anteriores
inferiores deslizam pela concavidade palatina dos dentes anteriores superiores,
desocluindo os dentes posteriores

OCLUSÃO MUTUAMENTE PROTEGIA: Ideal: dentes posteriores devem suportar a


oclusão e proteger os dentes anteriores, e ao mesmo tempo, os dentes anteriores protegem os
dentes posteriores

RELAÇÃO NORMAL DE OCLUSÃO DOS POSTERIORES

• Cúspides vestibulares inferiores – fossa central dos superiores


• Cúspides palatinas dos superiores – fossa central dos inferiores

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• Cúspide de contenção cêntrica (trabalho): responsáveis pela manutenção da distância
entre a maxila e mandíbula.
o Molares superiores: cúspide palatal
o Molares inferiores: cúspide vestibular
• Cúspide não cêntrica: minimiza o impacto tecidual, mantém o bolo alimentar na mesa
oclusal, instabilidade mandibular pela DVO
o Molares superiores: cúspide vestibular
o Molares inferiores: cúspide lingual
• Mordida cruzada: essa relação está alterada. Os dentes ocluem de tal forma que as
cúspides vestibulares superiores contatam a fossa central dos dentes inferiores

OCLUSÃO IDEAL:

• A transmissão das forças oclusais devem ser para o longo eixo do dente posteriores.
Contatos bilaterais e simultâneos
• DVO adequada
• Guias laterais de anteriores adequados
• Oclusão mutuamente protegida. Molares que fecham e protegem os anteriores
• Movimentos laterais e protusão, devem ser realizados por anteriores protegendo os
molares

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AULA 06 (16/03) - Posicionamento e Oclusão da Dentição. Mecânica do Movimento
Mandibular. Interação Reabilitação Oral e Oclusão – Prof. Ricardo Armini

DVO: altura do terço inferior da face com dentes em oclusão

DVR: altura do terço inferior da face em posição de relaxamento (dentes antagonistas não se
tocam).

• Distância comissura do olho à comissura da boca = distância base do nariz à base do mento
(NÃO é regra! Pois cada pessoal é individual)

EFL ≈ 3mm

DVO = DVR – EFL

• Como é a Oclusão Ideal?


• CONCEITO: “O estado em que os dentes, naturais ou artificiais, da arcada superior
encontram-se em contato com os dentes da arcada inferior”

ESTÁTICA

SEIS CHAVES DA OCLUSÃO DE ANDREWS

1) RELAÇÕES INTERARCOS
a. As cúspides mesiovestibulares dos 1ºMS permanentes ocluem nos sulcos mesiovestibulares
dos 1ºMI

b. As cristas marginais distais dos dentes 1ºMS devem ocluir com as cristas marginais mesiais
dos 2ºMI

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c. As cúspides mesiopalatinas dos 1ºMS devem ocluir nas fossas centrais dos 1ºMI

d. As cúspides vestibulares dos PMS devem manter uma relação cúspide-ameia com os dentes
PM e M inferiores

e. As cúspides palatinas dos PMS devem ocluir com as fossas distais dos dentes PMI

f. Os caninos superiores devem fazer uma chave de relação cúspide-ameia com CI e 1ºPMI

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g. Os IS devem fazer uma sobremordida e uma sobressalência com os inferiores e apresentar
coincidência de suas linhas médias

2) ANGULAÇÃO DAS COROAS


a. Inclinação mésio-distal
b. Coroas clínicas apresentam inclinação para mesial

3) INCLINAÇÃO DAS COROAS


a. Inclinação vestíbulo-palatino/lingual

4) AUSÊNCIA DE ROTAÇÕES

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5) PONTOS DE CONTATOS JUSTOS

6) CURVA DE SPEE

ALINHAMENTO E OCLUSÃO DA DENTIÇÃO

• Cúspides V inferiores: ocluem na fossa central dos superiores


• Cúspides P superiores: ocluem na fossa central dos inferiores
• Cúspides Cêntricas: Vestibular dos Inferiores Palatina dos
Superiores

VIPS – ocluem na fossa central oposta

• Mordida cruzada posterior: pode ser causada por discrepâncias esqueléticas


• Classe I de Angle: padrão oclusal típico. Cada dente inferior oclui com o seu antagonista e
com o dente mesial adjacente.
• Classe II de Angle:
o Arco maxilar > mandibular
o Arco mandibular pequeno ou posicionado posteriormente
o Em relação à classe I, cada par de contato oclusal situa-se na posição distal
• Classe III de Angle:
o Crescimento predominante da mandíbula
o Posicionamento dos molares inferiores mesialmente à Classe I

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ESTABILIDADE OCLUSAL

• Contato oclusal: impede a extrusão:


o Cada dente oclui com 2 dentes antagonistas, exceto:
▪ Incisivos centrais inferires
▪ Terceiros molares superiores (ou 2ºMS caso não tenha os 3º)
o A relação de 1 dente para 2, é boa para:
▪ Distribuir forças oclusais
▪ Estabilização dos contatos oclusais
o O padrão de contato oclusal mantém a posição dentária
o Se uma porção de superfície oclusal do dente é perdida ou alterada, o dente poderá sofrer
movimentação
o A perda de um dente leva a perda da estabilidade dos arcos dentários
• Manutenção da DVO:
o Cúspides cêntricas:
▪ As VIPS são responsáveis por manter a distância entre a maxila e a mandíbula –
dimensão vertical de oclusão
▪ As VIPS também são fundamentais na mastigação
• Quantidade de força aplicada aos DENTES:
o POSTERIORES: posicionamento no arco para receber forças maiores e direcionadas no
sentido axial
o ANTERIORES: vestibularizados no arco. Não devem receber forças pesadas – se
receberem forças pesadas, tendem ao deslocamento vestibular (comum em paciente que
perderam os dentes posteriores)
• Contatos oclusais comuns em dentes anteriores:
o Contatos anteriores em MIH são ausentes ou muito mais leves comparado aos contatos
posteriores
o A função dos dentes anteriores é guiar os movimentos mandibulares e também incisar o
alimento
o Guia anterior: contatos dentários que orientam a mandíbula

DINÂMICA

1) MUTUAMENTE PROTEGIDA
a. Lateralidade: canino ou desoclusão em grupo
b. Protusão: toque em anteriores, desoclusão de posteriores
c. Quantidade de forças aplicada aos DENTES:
i. POSTERIORES: funcionam para “parar” a mandíbula durante o
fechamento – devem ter contato oclusal mais forte
ii. ANTERIORES: funcionam guiando a mandíbula nos movimentos
excêntricos – devem ter contato oclusal mais fraco
2) BILATERAL BALANCEADA
a. Contatos bilaterais balanceados
b. Todos os dentes estarão em contato durante os movimentos excursivos da
mandíbula
c. Desenvolvida para próteses totais: ajuda a estabilizar as bases da prótese durante
os movimentos mandibulares

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MUTUAMENTE PROTEGIDA

BILATERAL BALANCEADA
-Anteriores protegem
posteriores -Contatos bilaterais
-Posteriores balanceados durante
protegem anteriores movimentos
-Lateralidade com excêntricos
função em grupo
(contato posterior no
lado de trabalho)

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AULA 07 (30/03) - Uso de ASA: montagem inferior teórica – Prof. Ricardo Armini

O QUE É UM ARTICULAR?

“Um instrumento mecânico que representa a articulação temporomandibular, maxila e mandíbula,


onde os modelos são fixados para simular parcialmente ou totalmente os movimentos
mandibulares”

CLASSIFICAÇÃO

1) Classe I: Articular tipo Verticulador ou Charneira sem lateralidades


a. Não ajustável
b. Instrumento capaz de realizar o registro estático e/ou com
apenas movimentos verticais

2) Classe II: Articulador tipo Charneira com lateralidade


a. Não ajustável
b. Instrumento capaz de realizar movimentos horizontais e verticais,
porém não orientados pela articulação temporomandibular

3) Classe III: Articular semi-ajustável


a. Semi-ajustável
b. Instrumento capaz de simular os caminhos condilares a partir de
valores médios para parcialmente ou todos os movimentos

4) Classe IV: Articulador totalmente ajustável


a. Totalmente ajustável
b. Ângulo de Bennet
c. Guia condilar
d. Distância Intercodilar
e. Ângulo de Fisher

ARTICULADORES NÃO AJUSTÁVEIS

VANTAGENS DESVANTAGENS

• Menor custo do articular • Reproduz com precisão apenas a MIH


• Modelos montados em tempo • Tratamento realizados de maneira
mínimo imprecisa

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ARTICULADOR SEMI-AJUSTÁVEL

VANTAGENS DESVANTAGENS

• Tipo intermediário • Tempo clínico


• Reproduz as condições no paciente • Custo
• Movimentos excêntricos, contato
oclusal

ARTICULADOR TOTALMENTE AJUSTÁVEL

VANTAGENS DESVANTAGENS

• Capaz de repetir a maioria dos • Custo do articulador elevado


movimentos de maneira • Dificuldade da técnica
individualizada • Tempo para individualização
• Mínimo ajuste intraoral necessário
(reabilitações/restaurações)

VANTAGENS
• Permite visão geral dos dentes e estruturas adjacentes
• Permite o exame da oclusão por vista lingual
• Permite a reprodução dos movimentos mandibulares
• Complementa achados clínicos e radiológicos
• Permite execução do enceramento diagnóstico
• Menor tempo clínico para ajustes de próteses
• Análise detalhada do caso, permitindo a observação das dificuldades do mesmo
• Discutir com o paciente as alternativas para o tratamento
• Mostrar ao paciente as modificações que serão realizadas pelo tratamento

ARTICULAR

Estudo da oclusão – planejamento e enceramento diagnóstico – confecção de: prótese fixa, prótese
removível, prótese total, aparelhos interoclusais

QUAL TIPO DE ARTICULAR DEVEMOS USAR?

NÃO AJUSTÁVEIS SEMI AJUSTÁVEIS TOTALMENTE AJUSTÁVEIS

CLASSIFICAÇÃO ARTICULADORES SEMI AJUSTAVEIS

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ARCON (Articulação Condilar) NÃO ARCON

PARTES DO ARTICULADOR
1) CORPO: parte central, onde fixam-se os côndilos e os ramos
2) RAMOS: são os prolongamentos horizontais, neles são as placas de montagem
a. Superior
b. Inferior
3) ELEMENTOS CONDILARES: representam os côndilos para distância intercondilar pequena,
média ou grande
4) GUIAS CONDILARES: guiam os movimentos protrusivos do articular
a. Ajuste entre 0 e 60º
b. Regular em 30º (média)
5) ÂNGULO DE BENNET: guiam os movimentos de lateralidade do articulador
a. Ajuste entre 0 e 30º
b. Regular em 15º (média)
6) MESA INCISAL: localizada na parte anterior do ramo inferior. Apoia o pino incisal.
7) PINO INCISAL: apoia-se na mesa incisal e mantém a altura entre os ramos. Os ramos são
paralelos quando o pino incisal está ajustado em zero.
8) PLACAS DE MONTAGEM: recebem o gesso que fixará os modelos ao articulador
9) BRAÇOS ARTICULADOS: possibilitam movimentos de abertura e fechamento do arco facial
10) PARAFUSOS DE FIXAÇÃO: responsáveis pela imobilização dos braços articulados
11) CORRELARO NÁSIO: fixa o conjunto em conformidade com o ponto násio
12) GARFO: entra em contato com a arcada superior/modelo superior para transferência da
posição maxilar
13) PARAFUSOS DE FIXAÇÃO DO GARFO: responsáveis pela fixação do garfo
14) OLIVAS: posiciona os braços articulados do arco facial no meato acústico externo

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TOMADA DO ARCO FACIAL

• Três pontos de referência oclusal (3 pontos de godiva no garfo)


• Garfo: coincidente com a linha média
• Olivas: proteger com plástico/PVC
• Braço lateral: paralelo ao plano de Frankfurt
• Sequência de apertamento:
1. Central do braço articulado
2. Laterais do braço articulado
3. Násio
4. Súpero-inferior do garfo
5. Ântero-posterior do garfo
• Sequência de soltura:
1. Násio
2. Laterais do braço articulado
3. Central do braço articulado
4. NÃO SOLTAR OS PARAFUSOS DO GARFO
• Cuidados:
▪ Deixar na bancada com o garfo para cima
▪ Montar imediatamente no articulador
MONTAGEM EM ARTICULADOR
1. Remover o pino incisal
2. Encaixar as olivas no corpo do articulador
3. Posicionar modelo sobre o garfo
4. Fixar o modelo na placa de montagem com gesso tipo IV
5. Recobrir com gesso tipo II
6. Travar a lateralidade para transporte
TÉCNICAS PARA REGISTRO OCLUSAL
1. REGISTRO EM MIH
• Estabilidade oclusal do paciente
• Reabilitação será realizada sem alterar a MIH do paciente
• Sem bolhas positivas e estabilidade oclusal do modelo

2. REGISTRO COM JIG DE LUCIA


• Dispositivo para Registro em Relação Cêntrica (RC)
• Confeccionado sobre os IC superiores
• Contato oclusal em um IC inferior
• Confeccionado em resina de baixa contração
PASSO A PASSO

• Isolar dentes anteriores – vaselina ou lubrificante a base de água


• Isolar dentes anteriores com facetas em resina ou contenção palatina (com papel
alumínio)
• Resina de baixa contração (Pattern)
• Manipulação:
o Colocar o líquido (monômero) e depois o pó (resina) de um pote Dappen
o Saturar todo o líquido com pó

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o Homogeneizar
o Tampar até atingir a face plástica
o Posicionar a resina na fase plástica sobre os
incisivos centrais superiores
o Ter sempre um pote com água ao lado, para quando
a resina começar a esquentar
o Deixar o volume lingual suficiente para promover a
desoclusão dos dentes posteriores
o Ajustar para que toque apenas um incisivo inferior
o JIG finalizado
o Estabilização oclusal com cera 7 ou 9 (1 ou 2 lâminas de cera é o suficiente). Aquece
a cera na lâmparina. Coloca sobre a oclusal dos pacientes (sobre M, PM e C), posiciona
o JIG e pede para o paciente morder. Espera a cera esfriar
o Silicone de adição (ao invés da cera): é mais preciso que a cera, porém mais caro

3. REGISTRO COM PALITOS


• Dispositivo para Registro em Relação Cêntrica (RC)
• Interposto entre IC superior e IC inferior
• Utilização de palitos de madeira
• Utilizado em registro com maior afastamento dental para Placas oclusais
• Utilizar quantidade de palitos suficiente para promover a desoclusão desejada
• Estabilização oclusal com cera 7 ou 9 (aqui usaremos mais ceras do que usado no JIG de
Lucia, provavelmente 3 a 4 lâminas de cera)
• Silicone de adição (ao invés de cera): é mais preciso que a cera, porém mais caro
MONTAGEM DO MODELO INFERIOR EM ARTICULADOR

• Pino incisal
o Se for montar em MIH ou com os palitos = pino incisal em 0
o Se for montar com o JIG (promoveu uma leve abertura bucal) = aumentar o pino
em 2mm
• Ângulo de Bennet (15º)
• Guia condilar (30º)
• Distância intercondilar
• Mesa incisal
• Travar as guias (menos que zero ou trava laranja)
• Ajustar distância intercondilar
• Posicionar o articular invertido na bancada
• Hidratar o modelo
• Posicionar o modelo inferior em MIH (se fez com cera, colocar as ceras junta interposta
nos modelos)
• Confirmar que possui estabilidade oclusal
• Estabilizar o modelo inferior junto ao superior
• Uso de palitos de madeira e cola quente por godiva em bastão
• Aplicar gesso tipo IV na central e tipo II por cima para finalizar
• Realizar acabamento com lixa d’água
• OBS: Em caso de montar o modelo inferior com registro utilizando JIG, deve-se aumentar
o pino incisal (aumentar a distância entre o ramo superior e inferior) em 2mm para
compensar o aumento da DVO provocada pelo JIG.

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