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Articulação Têmporo-Mandibular e Músculos da

Mastigação
Osso temporal

• Porções
escamosa,
timpânica e
petrosa

• Articulação
com occipital,
parietal e
esfenóide
Fossa mandibular

• Anteriormente: tubérculo ou
eminência articular
• Posteriormente porção escamo e
petrotimpânica do osso
• Disco anterior e medialmente na
fossa. Quando muda a carga,
aparecem osteófitos na parte
posterior da fossa.
– Aumento da inclinação entre a
fossa e a eminência articular cria
uma fossa mais profunda.
– Teto da fossa é muito fino, o que
exige cuidado com cargas verticais
se há osteófito no côndilo.
Processo condilar
• Forma elíptica, sendo o
diâmetro lateral 2 vezes
maior que o coronal.
• Há uma rotação de cerca de
20º do côndilo, de forma
que o polo lateral fica
anterior ao medial.
• Forma muito variável entre
pessoas, entre os lados e
com a idade.
• Na superfície do processo
condilar temos a cabeça da
mandíbula
– podem existir osteófitos
verticais ou anteriores
Processo coronóide

• É fino e triangular e situa-se


anteriormente ao côndilo.
• Nota-se aumento desse
quando ocorre hipertrofia do
m. temporal (principalmente
a porção anterior).

– Em pessoas com perda


dentária, o processo é mais
alto, e por isso ocorre
diminuição da altura do
côndilo, que sofre alterações
degenerativas.
Processo estilóide

• É uma extensão da
porção petrosa do
temporal

 Pode ocorrer aumento


deste estendendo-se
para o lig.
estilomandibular,
estiloglosso, estilo-
hióideo e estilofaríngico.

• Admite-se que isso pode


limitar movimentos de
inclinação e rotação
cervical (síndrome de
Eagle)
Superfície articular
• Na fossa mandibular, há fibrocartilagem até a eminência
articular

• A cabeça é revestida de fibrocartilagem, que é mais espessa


as áreas de maiores cargas funcionais: na fossa ela está no
declive posterior à eminência, e no côndilo está no declive
anterior.

• Além disso, há mais cartilagem medial que lateral, e há


menos cartilagem no teto da fossa.

 As erosões mais comuns do côndilo são no seu polo


lateral talvez pela ação do disco e do ligamento
colateral lateral, já que essa não é uma região articular
funcional.
• É uma estrutura
fibrocartilagínea
Disco articular
bicôncava, que
apresenta maior
vascularização e
inervação anterior e
posteriormente. Isso
não existe no centro.

• A banda posterior é
maior que a anterior,
porque suporta mais
carga.

• Em cadáveres frescos, o
disco é medial e mais
espesso medialmente.
• A fibrocartilagem é
adaptável ao côndilo.
Disco articular

• Existem inserções pelos ligamentos colaterais medial e


lateral, e anteriormente existem inserções do epimísio.

 Com compressão, ocorre expulsão de água para o


líquido sinovial. Mas em parafunção, podem
ocorrer deformidades adaptativas, que provocam
sons. Isso denota um espaço reduzido.

• Por uma compressão a longo termo, como no


deslocamento, podem existir aderências do disco à
fossa, bem como nas cicatrizes cirúrgicas.
Tecidos retrodiscais
• Existe uma estrutura de tecido conjuntivo aderida à banda posterior
do disco. São duas lâminas de TCD (bilaminar), sendo que na camada
central existe tecido frouxo, altamente vascularizado e inervado.
Esses tecidos inserem-se na fossa superior e medialmente.

• Em RNM feita a cada 4 mm de abertura da boca, pôde-se perceber


bombeamento nos tecidos retrodiscais, sendo que eles se enchem e
se esvaziam, nutrindo os mesmos.

• Essa bomba na abertura e fechamento produz o líquido sinovial, já


que a membrana sinovial está sobre eles.
 Com o deslocamento do disco, o aumento da tensão na
cápsula e na membrana sinovial causam alterações na
lubrificação e pressão do líquido sinovial, que podem dificultar
a função e levar a alterações degenerativas.
 Em cadáveres frescos com deslocamento do disco, não existe
alongamento total desses tecidos quando a mandíbula é
levada para a ADM total, sugerindo que o comprimento
aumenta.
Cápsula articular
Inserções:
• póstero-superiormente na
fossa, na fissura escamo-
timpânica e
petrotimpânica.
• Inferiormente no colo do
côndilo.
• Anteriormente adiante da
eminência articular e na
inserção anterior do
disco.
• Lateral e medialmente,
nas bordas da fossa e
inferior ao colo do
côndilo.
– Lateralmente ela é
mais espessa pela
inserção dos
ligamentos têmporo-
Ela é frouxa superiormente e tensa
mandibular e inferiormente pela inserção
colateral lateral. anteriormente à eminência
articular, o que permite
considerável movimento anterior.
• Ligamento têmporo-
mandibular LIGAMENTOS
• Inserções:
anteriormente na
porção zigomática do osso
temporal e do tubérculo
articular até a porção
lateral e posterior do colo,

posteriormente na
porção zigomática do osso
temporal e do tubérculo
articular até a porção
medial e posterior do colo.

 Esse ligamento assiste na


dinâmica resistindo o
movimento inferior
Ligamentos colaterais
durante a abertura inicial Não são estritamente laterais porque existe rotação do
e na transição do côndilo.
movimento de rotação Os pacientes que apresentam erosão do polo lateral,
para o deslizamento. apresentam o ligamento colateral lateral mais fino e mais
frouxo. Esse ligamento insere-se no aspecto inferior do
polo lateral.
Ligamento esfenomandibular
• Esse é medial à parte medial da cápsula. Ele se origina na
espinha do esfenóide, desce anteriormente entre os mm
pterigoídeos.
 Ele resiste aos movimentos verticais descendentes
e de translação anterior. Assim, ele assiste na
função normal, parando os movimentos verticais no
início da abertura, na mediada que a mandíbula
desce pela ação dos mm. supra-hioídeos.

Ligamento estilomandibular
• É uma banda de fáscia na borda póstero-medial da mandíbula
entre os mm. masséter e pterigoídeo medial, inserindo-se no
ângulo da mandíbula.
 Ele resiste aos movimentos verticais descendentes e de
translação anterior.
 No teste nos cadáveres, ele não se tornou tensionado nem
no final da abertura. Porém, ficou tensionado na protusão.
 Pode haver alongamento desse ligamento durante o
bruxismo.
A. Disco articular
luxado anteriormente.
B e C, durante
abertura da boca
ocorre redução do
disco. D, durante
fechamento da boca o
disco luxa (desloca-se)
anteriormente
novamente
Relação côndilo-disco-fossa normal
m. temporal
• or. Fossa temporal, parietal,
esfenóide e frontal.
• Ins. Processo coronóide.
• Coberto pela fáscia temporal
• A fáscia profunda é aderida à
cápsula superior e anteriormente.
• As fibras superficiais inserem-se nas
profundas do masséter.
• Ele é mais fino posterior (1mm)do
que anteriormente (10 mm).
• Função: elevação. Os ventres
anterior e médio estão mais ativos
quando um alimento é cortado.
 Existem fibras que inserem-
se na porção anterior da
cápsula da ATM que podem
agir para trazer a cápsula
anterior e superiormente
durante o fechamento,
evitando uma invaginação da
mesma.
1. Músculo
temporal, fibras
anteriores.
2. Músculo
temporal, fibras
médias.
3. Músculo
temporal, fibras
posteriores.
4. Músculo
masseter, feixe
superficial.
5. Músculo
masseter, feixe
profundo.
m. masséter
• or. Arco zigomático com
fibras para trás e para baixo.
• Ins. Ramo e ângulo da
mandíbula
• A camada média insere-se
dentro do ramo. As fibras
profundas estão cobertas
pelo masséter superficial e
pela glândula parótida. Elas
vêm da porção temporal do
arco zigomático. As fibras do
masséter profundo inserem-
se na porção anterior da
cápsula.
 Existem fibras que inserem-
se na porção anterior da
cápsula da ATM que podem
agir para trazer a cápsula
anterior e superiormente
durante o fechamento,
evitando uma invaginação
da mesma.
Músculo
Masseter: 1.
Feixe
superficial
2. Feixe
profundo
3. Músculo
Bucinador
Músculo Masseter: 1. Feixe superficial
2. Feixe profundo 3. Ducto Parotídeo
m. pterigoídeo medial
• Ele está no aspecto medial da
mandíbula.

• Ins. No ângulo da mandíbula,


com fibras para cima e para
frente.

• Or.. Placa pterigoídea e parte


do palato.

• Ele assiste na desaceleração


do côndilo durante o
fechamento, e facilita os
movimentos de rotação no
final do fechamento.
 Ocorre hipertrofia desse
no caso de parafunção.
 Pode-se palpar, para
pesquisa de miosites e
tendinites.
1. Músculo pterigóideo medial.
2. Músculo pterigóideo lateral.
Músculo Pterigóideo Medial
(vista medial esquerda)
m. pterigoídeo lateral
• Or - porção superior - fossa infra-temporal na asa maior do esfenóide (parte
póstero-lateral da órbita)
– porção inferior - face lateral da placa pterigoídea
• ins. - ½ medial do colo
• O 1/3 das fibras superiores tem inserção miofascial para o epimísio e cápsula.
1. Músculo
pterigóideo
medial (observar
que a mandíbula
está seccionada).
2. Músculo
pterigóideo
lateral, cabeça
superior. 3.
Músculo
pterigóideo
lateral, cabeça
inferior.
m. pterigoídeo lateral
Função
• Porção inferior – protusão com ou sem abertura
• Porção superior – estabiliza forças para segurar a cápsula
ântero-medialmente e o disco enquanto o côndilo se move até
a abertura total.
 Parece que o movimento do disco não ocorre pela função
muscular. Ele ocorre pela forma do relacionamento côndilo-
disco-fossa, inserções dos ligamentos colaterais e líquido
sinovial agindo sobre o disco.
 As fibras superiores agem para desacelerar e prevenir
invaginação da cápsula com o fechamento da boca, e
portanto, não age ativamente no deslocamento do disco.
Assim, ele assimila a mesma função que o m. articular do
joelho, que previne estrangulamento da cápsula articular
quando a patela se move verticalmente durante a extensão do
joelho.
mm. supra-hioídeos

• m. digástrico
• m. milo-hioídeo
• m. geno-hioídeo
• m. estilo-hioídeo
Músculos supra-hióideos. 1. Músculo digástrico, ventre
posterior. 2. Músculo digástrico, ventre anterior. 3. Músculo
estilo-hióideo. 4. Trígono submandibular.
Músculos supra-hióideos. 1. Músculo estilo-hióideo.
2. Músculo digástrico, ventre posterior.
Músculos supra-hióideos (vista posterior). 1. Músculo
estilo-hióideo. 2. Músculo digástrico, ventre posterior.
mm. infra-hioídeos

• m. esterno-hioídeo
• m. tiro-hioídeo
• m. omo-hioídeo
• Quando agem em
conjunto, os infra-
hioídeos contraem-
se para estabilizar
o osso hióide para
que os mm. supra-
hioídeos abaixem a
mandíbula
mm. sub-occipitais
• são 6 músculos, sendo
4 posteriormente e 2
anteriormente:

Posteriormente

• m. reto posterior
maior da cabeça,
• m. reto posterior
menor da cabeça,
• m. obliquo superior da
cabeça, e
• m. oblíquo inferior da
cabeça.
Anteriormente
– m. reto anterior da cabeça
– m. reto lateral da cabeça
 Os músculos sub-occipitais
geralmente são descritos
por suportar a cabeça e o
pescoço.
 Eles agem coletiva e
individualmente para iniciar,
estabilizar e controlar as
ações e reações do atlas e
áxis quando inicia-se um
movimento no occipital.
 Esses são os músculos que
controlam os deslizamentos
do atlas e áxis e coordenam
as rotações em amplitudes
extremas.
 m. trapézio, oblíquo inferior
e semiespinhal da cabeça
são sítios de
estrangulamento do n.
grande occipital.
mm. paracervicais
• 4 camadas de músculos
• maior importância para ECM e
trapézio superior.

m. trapézio.
• Or. Ligamento nucal até C4,
protuberância occipital.
• Fibras muito finas, que podem
ser removidas com a fáscia.
• Ins. Espinha da escápula
(lateralmente), ângulo do
acrômio e metade lateral da
clavícula.

m. esternocleidomastoídeo.
• Or. A porção esternal insere-
se no ângulo do manúbrio.
• A porção clavicular insere-se
no 1/3 medial da borda
superior clavícula.
• Essas duas porções unem-se
ao nível de C6, formando um
músculo em forma de corda.
• Ins. Através de um curto e
forte tendão, insere-se em
toda superfície lateral do
processo mastóide (temporal)
e linha nucal (occipital).
• n. aurículo-temporal –
ramo do n. mandibular
(passa pelo forâme oval)

• n. temporal profundo –
idem.
Músculo Bucinador (seta branca)

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