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24/03/2020

GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO


SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE NOVA XAVANTINA

FITOTECNIA I

A CULTURA DO

MILHO Zea mays L.

Rodrigo de Góes Esperon Reis

A CULTURA DO MILHO
SUMÁRIO

1. Importância econômica
2. Origem
3. Descrição da planta e fenologia
4. Clima e solo
5. Nutrição mineral e adubação
6. Melhoramento, cultivares e híbridos
7. Preparo do solo e semeadura
8. Controle de plantas daninhas, pragas e doenças

9. Colheita

Rodrigo de Góes E. Reis

A CULTURA DO MILHO
1. Importância econômica
• Mais importante planta comercial com origem nas
Américas;
• Amplamente disseminada no mundo:
Desde 58° N (Rússia) até 40° S (Argentina);
Desde o nível do mar até 3.800 m de altitude;
• Diversas formas de utilização;

Fornasieri Filho (2007)


Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
IMPORTÂNCIA ECONÔMICA
Destino da produção de milho no mundo

Fornasieri Filho (2007)


Rodrigo de Góes E. Reis

A CULTURA DO MILHO
IMPORTÂNCIA ECONÔMICA

• Alimentação humana;
• Alimentação animal;
• Produção de etanol;
✓ EUA destina cerca de 40% da produção para
etanol;
✓ Seis usinas em Tem mais cinco até 2021 → 1,1
bi L (2019) e 2 bi L (2020);
✓ 1 t → 375 L álcool, 240 kg de resíduos e 18 L
óleo;
✓ R$ 0,78 (milho) / R$ 0,97 (cana-de-açúcar)

Rodrigo de Góes E. Reis

A CULTURA DO MILHO
IMPORTÂNCIA ECONÔMICA

Produção mundial (milhões de toneladas)


Safra
País
13/14 14/151 16/17 18/19 19/201
EUA 353,7 367,7 348,8 366,3 353,1
China 218,5 217,0 219,6 257,3 254,0
Brasil 79,3 75,0 98,5 101,0 101,0
U.E.28 64,2 71,0 61,3 64,2 64,8
Demais 242,0 235,0 307,1 334,2 335,3
Mundo 988,6 990,7 1.071,2 1.123,0 1.108,2
USDA (2014) USDA (2017) USDA (2019)
Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
IMPORTÂNCIA ECONÔMICA

Produção mundial (milhões de toneladas)

FAO (2019)

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A CULTURA DO MILHO
IMPORTÂNCIA ECONÔMICA

Área cultivada (milhões de ha)

FAO (2019)

Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
IMPORTÂNCIA ECONÔMICA
Produção mundial 2013 – 1.016,7 Mt

301,7
353,7

30,9
32,1
80,5
217,7

Produção mundial de milho em 2013.


Fonte: FAOSTAT (2015)
Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
IMPORTÂNCIA ECONÔMICA
Produção mundial 2017 – 1.134,7 Mt

Produção mundial de milho em 2017.


Fonte: FAOSTAT (2019)

Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
IMPORTÂNCIA ECONÔMICA

Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
IMPORTÂNCIA ECONÔMICA

Produção de milho por estado, 1ª e 2ª safra, em 2013/14.


Fonte: Conab

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A CULTURA DO MILHO
IMPORTÂNCIA ECONÔMICA

Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
2. Origem
• Família Poaceae, única espécie cultivada do gênero;
• Já era cultivada nas Américas quando os europeus
chegaram;
• Foi levada para a Europa e se espalhou para outras
regiões;
• Completamente domesticada;

Fornasieri Filho (2007)


Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
ORIGEM

Vestígios arqueológicos de milho encontradas na caverna Guila Naquitz no


Vale de Oaxaca datam cerca de 6.250 anos, os mais antigos restos em
cavernas de Tehuacan, Puebla, são de cerca de 5.450 anos.

Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
ORIGEM

• Domesticado a 4000 anos, a partir do teosinte;

Teosinte Milho moderno

Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
3. Descrição da planta e fenologia
• Família: Poaceae (Gramineae)
• Gênero: Zea
• Espécie: Zea mays L.
• Monocotiledônea
• Várias espécies:
Zea mays L. ssp. mays (2n = 20, anual)
Zea mays ssp. mexicana Raça Chalco (2n = 20, anual)
Zea mays ssp. mexicana Raça Central Plateau (2n = 20, anual)
Zea mays ssp. mexicana Raça Nabogame (2n = 20, anual)
Zea mays ssp. parviglumis Raça Balsas (2n = 20, anual)
Zea mays ssp. huehuetenangensis (2n = 20, anual)
Zea diploperennis (2n = 20, perene)
Zea luxurians (2n = 20, perene) – teosinte da Flórida
Zea perennis (2n = 40, perene)

Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
DESCRIÇÃO DA PLANTA E FENOLOGIA

Colmo – haste cilíndrica


com nós e entrenós
compactos

Raiz fasciculada, e os
nós imediatamente
acima do solo formam
esporões ou raízes
suporte e podem
perfilhar. Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
DESCRIÇÃO DA PLANTA E FENOLOGIA
“A partir de Gemas laterais idênticas,
mantidas em dormência - dominância
apical. A quebra dessa dominância pode
provocar o Perfilhamento”.

• população de plantas,
• nível de adubação e fertilidade do solo
• ataque de pragas (percevejo)
• doenças (Enfezamento vermelho),
• características genéticas do híbrido.

Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
DESCRIÇÃO DA PLANTA E FENOLOGIA

1- SISTEMA RADICULAR
“ diferentes tipos de raízes que desempenham funções
diferenciadas no desenvolvimento das plantas”

• Raízes primárias ou temporárias ou seminais;

• Raízes permanentes ou secundárias ou nodais;

• Raízes adventícias ou aéreas

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A CULTURA DO MILHO
DESCRIÇÃO DA PLANTA E FENOLOGIA

Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
DESCRIÇÃO DA PLANTA E FENOLOGIA

Coleóptilo: bainha que primeiro emerge do solo e envolve a plúmula

Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
Sistema radicular seminal
DESCRIÇÃO DA PLANTA E FENOLOGIA
• Surgem diretamente da semente;
•Radícula – âncora para plântula;
• Raízes laterais – absorvem água e nutrientes;
• Crescimento reduzido a partir de VE – estende-se até V3;
• Função ao longo do ciclo – maior contribuição antes do
estabelecimento das raízes nodulares.

Sistema radicular definitivo


• Inicia-se em VE alongando-se a partir do primeiro nó
(mesocótilo) ;
• VE/V1 >>> R3 conjunto de raízes desenvolve em cada nó;
• Apartir de V4/V5 – principal fornecedor de água e nutrientes
(15/16 dae);
• tendem a crescer de 25 a 30 graus na horizontal. Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
DESCRIÇÃO DA PLANTA E FENOLOGIA

2- FOLHAS
• Alternadas, lanceoladas e presas aos
nós dos colmos

• Partes da folha:

✓ Lâmina foliar
✓ Bainha foliar
( cartucho cobre entre nó)

✓ Aurícula (apêndices) e lígula

Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
DESCRIÇÃO DA PLANTA E FENOLOGIA
FOLHAS – Área Fotossint. Ativa - Produção de
fotoassimilados

Desfolha :

✓ Pragas;
50%
✓ Despendoamento;

30% ✓ Chuvas granizo;

✓ “Doenças”.

20%

Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
DESCRIÇÃO DA PLANTA E FENOLOGIA

Desfolha : Granizo

Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
DESCRIÇÃO DA PLANTA E FENOLOGIA

Desfolha : Pragas: Lagarta do cartucho

Diferentes níveis de danos provocados pela Spodoptera


Rodrigo de Góes E. Reis

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PENDÃO A CULTURA DO MILHO


DESCRIÇÃO DA PLANTA E FENOLOGIA
• Inflorescência masculina tipo panícula
• Formado por espiguetas – 1 séssil e 1 pedicelada
• 1 espigueta – 2 flores – 3 anteras/flor

Crescimento e desenvolvimento do pendão até a polinização: 55 – 60 dias


Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
DESCRIÇÃO DA PLANTA E FENOLOGIA

Pendão médio chega a ter 2,5 milhões de grãos de pólen

Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
ESPIGA DESCRIÇÃO DA PLANTA E FENOLOGIA

• Inflorescência feminina
• Ramo lateral modificado
• Ao longo do sabugo tem-se pares de espiguetas
• Cada espigueta – 2 óvulos – 1 fértil e 1 estéril

Espiga tem 750 a 1000 óvulos


• Estilo-estigma – “cabelo” ou “barba”

Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
DESCRIÇÃO DA PLANTA E FENOLOGIA

CARACTERÍSTICAS DA PLANTA DE MILHO

• MONÓICA

✓ Órgão feminino e masculino em locais diferentes na

mesma planta

✓ Tassel seed (gene Ts1 e Ts2 ) – sementes no pendão

Causas: genético e ambiental

Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
DESCRIÇÃO DA PLANTA E FENOLOGIA

Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
DESCRIÇÃO DA PLANTA E FENOLOGIA

CARACTERÍSTICAS DA PLANTA DE MILHO

• PROTÂNDRICA

✓ Órgão masculino aparece primeiro – pendão com

pólen

✓ 3-5 dias antes da emergência do estilo-estigma

✓ período de polinização : 8 – 12 dias

Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
DESCRIÇÃO DA PLANTA E FENOLOGIA
CARACTERÍSTICAS DA PLANTA DE MILHO

• ALOGAMIA

✓ Fecundação cruzada – mais de 95% de alogamia

✓ Dispersão pelo vento

• FATORES QUE PROMOVEM A ALOGAMIA

✓ Monoicia (Flores unissexuais)

✓ Protandria (Maturação do pólen antes)

✓ Presença de folhas acima da espiga

✓ Quantidade e Densidade do pólen


Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
DESCRIÇÃO DA PLANTA E FENOLOGIA

Estádio Fase Descrição sucinta


0 GERMINAÇÃO EMERGÊNCIA
1 4 FOLHAS
2 8 FOLHAS
3 12 FOLHAS
4 PENDOAMENTO
5 FLORESCIMENTO/POLINIZAÇÃO
6 GRÃOS LEITOSOS
7 PASTOSOS
8 FARINÁCEOS
9 DUROS
10 MATURIDADE FISIOLÓGICA
Fancelli (1986) – Escala Fenológica Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
DESCRIÇÃO DA PLANTA E FENOLOGIA
FENOLOGIA DO MILHO

ESTÁDIO 0 – GERMINAÇÃO E EMERGÊNCIA

✓ Sementes absorvem água e começam


germinar;

✓A radícula é a 1a a se alongar, seguida


pelo coleóptilo

✓ Início do crescimento das raízes seminais;

✓ VE- mesocótilo empurra o coleóptilo para fora do solo;

✓ Com temperatura e umidade, emerge em 5 dias;

✓ Início do crescimento das raízes nodais


(definitivas);
Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
DESCRIÇÃO DA PLANTA E FENOLOGIA
FENOLOGIA DO MILHO

ESTÁDIO 0 – GERMINAÇÃO E EMERGÊNCIA

Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
DESCRIÇÃO DA PLANTA E FENOLOGIA
FENOLOGIA DO MILHO

FATORES QUE AFETAM O ESTABELECIMENTO


INICIAL

• Temperatura baixa – 18 dias (a 13 °C)

• Produtos químicos

• Sementes

• Semeadura x adubo

• Pragas iniciais

• Lentidão na germinação Patógenos

• Plantas invasoras – controle 15 – 30dias

Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
DESCRIÇÃO DA PLANTA E FENOLOGIA
FENOLOGIA DO MILHO
ESTÁDIO 1 – Planta com 4 folhas (V4)
✓ 4-8 folhas

✓ 2ª semana após EMERGÊNCIA;

✓ Sistema radicular permanente - principal fornecedor;

✓ Inicio aparecimento perfilho;

✓ Inicio formação cartucho;

✓ Diferenciação estruturas reprodutivas (inflorescências)


✓ Definição da produção potencial
✓ Viabilidade das estruturas;
✓ Número fileiras

✓ Tratos culturais – cobertura, foliar, herbicida, inseticida

Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
DESCRIÇÃO DA PLANTA E FENOLOGIA

ESTÁDIO 2 – Planta com 8 folhas (V8)

✓ 8-12 folhas

✓ 4ª semana após a emergência (30 dias)

✓ O pendão se encontra em rápido desenvolvimento;

✓Alta taxa de desenvolvimento de órgãos florais;

✓Caule continua alongando - através dos entrenós;

✓ Rápido e contínuo crescimento - Grande demanda por água


e nutrientes.

Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
DESCRIÇÃO DA PLANTA E FENOLOGIA

FENOLOGIA DO MILHO
ESTÁDIO 2

Planta com 9 folhas V9 - Muitas espigas facilmente


visíveis (Prolificidade)

Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
DESCRIÇÃO DA PLANTA E FENOLOGIA

Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
DESCRIÇÃO DA PLANTA E FENOLOGIA

FENOLOGIA DO MILHO
ESTÁDIO 3 – Planta com 12 folhas (V12)
✓ 12-16 ...17...18 folhas até pendoamento;

✓ 6ª - 8ª semana após a emergência;

✓ Crescimento em comprimento do colmo;

✓ Formação das raízes adventícias (V12);

✓ Definição de área foliar - Planta atinge cerca de

85% a 90%

✓ Confirmação do tamanho e do nº de espigas da

planta
Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
DESCRIÇÃO DA PLANTA E FENOLOGIA
FENOLOGIA DO MILHO

ESTÁDIO 3

Inflorescências femininas superiores > inferiores


Visíveis – V17
Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
DESCRIÇÃO DA PLANTA E FENOLOGIA

FENOLOGIA DO MILHO
ESTÁDIO 4 ou VT

✓ inicia-se quando o último ramo do pendão está


completamente visível e os estilos – estigmas
ainda não emergiram (não são visíveis)
✓ 8ª-9ª semana após a emergência – 3 a 4 dias antes
florescimento.

✓Período crítico:
• Falta de água afeta o sincronismo pendão /espiga

• Entre os estádios VT e R1: mais vulnerável aos


danos causados por granizo, pendão e todas as
folhas estão completamente expostos

Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
DESCRIÇÃO DA PLANTA E FENOLOGIA
FENOLOGIA DO MILHO
ESTÁDIO 4 ou VT

Figura 30. Estádio VT: estilos-estigmas ainda não


são visíveis.

Pendoamento Estádio VT
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A CULTURA DO MILHO
DESCRIÇÃO DA PLANTA E FENOLOGIA

FENOLOGIA DO MILHO
ESTÁDIO 5 ou R1

✓ 9ª-11ª semana após a emergência

✓ Florescimento e embonecamento;

✓ Estigmas visíveis fora da palha da espiga.

✓ Cessa a elongação do colmo e internódios;

Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
DESCRIÇÃO DA PLANTA E FENOLOGIA
FENOLOGIA DO MILHO
ESTÁDIO 5 ou R1
✓ Pendão médio chega a ter 2,5 milhões de grãos de
pólen, uma espiga tem 750 a 1000 óvulos.
✓ Neste período cada "cabelo" deve emergir, ser
polinizado para resultar em um grão.
✓ Liberação do pólen vai do amanhecer ao meio-dia, período de
liberação estende-se por uma a duas semanas;

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DESCRIÇÃO DA PLANTA E FENOLOGIA
FENOLOGIA DO MILHO
ESTÁDIO 6 ou R2
✓ Grãos leitosos

✓ 10-14 dias após o florescimento

✓ Grãos em período de rápida acumulação de matéria

seca– 85% de umidade

✓ Definição da densidade do grão

✓ Início da formação do embrião


✓ estilos-estigmas estão escurecendo e começando
a secar

✓ Problemas com período nublado e déficit hídrico


Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
DESCRIÇÃO DA PLANTA E FENOLOGIA

FENOLOGIA DO MILHO

ESTÁDIO 6 ou R2

Grãos brancos externamente

Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
DESCRIÇÃO DA PLANTA E FENOLOGIA
FENOLOGIA DO MILHO
ESTÁDIO 7 ou R3

✓ Grãos pastosos;

✓ 18-22 dias após a florescimento;

✓ Rápido acumulo de MS – 75 -80% de umidade;


✓ Crescimento dos grãos se deve ao enchimento
das células do endosperma;

✓ Desenvolvimento eixo embrionário(plúmula +

radícula);

✓ Ponto de colheita de milho verde


Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
DESCRIÇÃO DA PLANTA E FENOLOGIA
FENOLOGIA DO MILHO
ESTÁDIO 7 ou R3

✓ Grão: aparência amarela interior pastoso


Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
DESCRIÇÃO DA PLANTA E FENOLOGIA

FENOLOGIA DO MILHO
ESTÁDIO 8 ou R4

✓ Grão farináceo

✓ 28-32 dias após a florescimento

✓ Deposição de amido é acentuada

✓ Grão assumindo sua forma - 70% de umidade

✓ Cerca da metade do peso dos grãos foi atingido

Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
DESCRIÇÃO DA PLANTA E FENOLOGIA

FENOLOGIA DO MILHO
ESTÁDIO 8 ou R4

Grãos farináceos, com


consistência pastosa

Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
DESCRIÇÃO DA PLANTA E FENOLOGIA

FENOLOGIA DO MILHO
ESTÁDIO 9 ou R5

✓ Grão farináceo-duro

✓ 42-48 dias após florescimento

✓ Grãos morfologicamente completos

✓ Perda de umidade - 55% de umidade

✓ Redução de acúmulo de MS

✓ Entre o estádio 8-9 - Ponto de colheita de silagem


Plantas em torno de 33 a 37% de
matéria seca

Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
DESCRIÇÃO DA PLANTA E FENOLOGIA

FENOLOGIA DO MILHO
ESTÁDIO 9 ou R5

Grãos farináceos-duros Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
DESCRIÇÃO DA PLANTA E FENOLOGIA

FENOLOGIA DO MILHO
ESTÁDIO 10 ou R6

✓ PMF

✓ 55-60 dias após o florescimento

✓ Máximo acúmulo de MS e máximo vigor


✓Aparecimento da camada negra: grão se desliga da
planta
✓ 32 a 37% de umidade

✓ Ponto de colheita de sementes em espigas

Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
DESCRIÇÃO DA PLANTA E FENOLOGIA
Estádios de linha de leite (LL)
LL-2 → < 25% DO ENDOSPERMA SOLIDIFICADO

LL-3 → 50% DO ENDOSPERMA SOLIDIFICADO

LL-4 → 75% DO ENDOSPERMA SOLIDIFICADO

LL-5 → ENDOSPERMA COMPLETAMENTE SOLIDIFICADO

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A CULTURA DO MILHO
4. Clima e Solo

• Origem tropical
✓ Cultivado em várias latitudes, exceto: Clima extrem.
Frio

• 58º N (Rússia) – 40º S (Sul da Argentina)


• Em geral, em latitudes maiores, obtém-se maiores
produtividades:
✓ Áreas tropicais – média de 1000 a 3000 Kg ha-1

✓ Áreas temperadas – média acima 5000 Kg ha-1

Em experimentos: 16000 BR x 24000 EUA


**Efeito maior em condições de campo: clima e não da
tecnologia

Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
CLIMA E SOLO

Necessita de condições específicas


•Semeadura: temp. no solo 11-40 ºC e umidade próxima à
Capacidade de Campo

• Crescimento e desenvolvimento vegetativo: temps. próximas


a 25 ºC e umidade favorável;

• Floração e enchimento de grãos : alta temperatura,


disponibilidade de água, luminosidade e elevada UR;

• Colheita: Período seco (perdas por doenças)

Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
CLIMA E SOLO

ÁGUA
“ milho (C4): Reduzir abertura estomática : conservando H 2O
enquanto fixa CO2”

Consumo: f( temperatura, UR, manejo do solo, condições do


sistema radicular, estádio de desenvolvimento)

Germinação: semente precisa entumecer protusão


Seca retardo na emergência

Plântula: requer pouca água (>desenv. Raiz)

Floração: crítico – afeta produção ( num. de óvulos fecundados


num. de grãos/espiga)

Maturação: somente até enchimento de grão

Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
CLIMA E SOLO

ÁGUA
Consumo diário: até 40 DAE (V8) – 3 mm dia-1
40 DAE até enchim. – 7 a 10 mm dia-1

• Consumo total = 350 a 500 mm ciclo-1

• Consumo total para alta produção= 600 a 900 mm ciclo-1

PERÍODO CRÍTICO

15 dias Florescimento 15 dias

(Emborrachamento) (Grãos leitosos)

Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
CLIMA E SOLO

ÁGUA

Grão pastoso e farináceo: pode levar a uma menor acúmulo de


peso no grão

“Estudos têm demonstrado que apenas dois dias de stress


hídrico na cultura do milho é o suficiente para provocar perdas
até 20% da produção e que quatro a oito dias pode diminuir em
mais de 50% da produção”

Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
CLIMA E SOLO

Déficit hídrico

Estresse hídrico →
acelera senescência

Folhas enroladas → área foliar Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
CLIMA E SOLO

TEMPERATURA
“ Fator mais importante para o desenvolvimento da planta de
milho, pois interfere em todas as funções da planta”

Não observância das exigências térmicas pode:

• reduzir ou prolongar a fase vegetativa

• afetar o desempenho da planta

• afetar o potencial de produção

Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
CLIMA E SOLO

TEMPERATURA

✓ Mínima diurna – 18ºC

✓ Mínima noturna – 13ºC

✓ Temperatura basal – 10ºC

✓ Mínima para germinação – 10ºC

Faixa tolerável: 18 a 40 ºC

Faixa ideal: 28 a 32ºC

Dias quentes e noites frias

Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
CLIMA E SOLO

TEMPERATURA BAIXA

< 19 ºC (diurna) → Redução do metabolismo e do crescimento


( menor tamanho de espiga)

< 10 ºC → Redução da porcentagem de germinação de sementes


(afeta estande)

Solos com temp. baixa (<12 ºC) + umidade alta

Fase de Embebição

Aumento de plântulas anormais

Ideal: 25 a 30 ºC
Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
CLIMA E SOLO

TEMPERATURA ELEVADA

> 35 ºC → Alteração da composição proteica do grão


(Redução da atividade enzimática)

> 33 ºC → Redução da produção e da viabilidade do grão de


pólen

> 24 ºC ( à noite) Elevação da respiração (consumo de


metabólitos) e redução do ciclo da planta

senescência precoce

queda de rendimento

Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
CLIMA E SOLO
Exigência Térmica
Referem ao comprimento das fases fenológicas compreendidas
entre a emergência e o início da polinização”

f( Somatoria calórica ou Graus-dia)


Classificação:

(𝑻𝒎á𝒙 + 𝑻𝒎í𝒏)
𝑮𝑫 = − 𝟏𝟎 × ∆𝒕
𝟐
✓ Hiperprecoces - <730 GD
21% mercado
✓ Superprecoces - 730-830 GD

✓ Precoce – 830-890 GDD - 65% mercado

✓ Semi-precoce – 890-950 GD

✓ Médio – 950 -1100 GD

✓ Tardio - >1100 GD
Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
CLIMA E SOLO

LUZ
• Fotoperíodo
“ número de horas de luz solar”

• Fotoperiodismo
“ resposta das plantas”

✓ Fotoperíodo é importante para o milho?

• Planta de dias curtos - cultivares possuem pouca ou


nenhuma sensibilidade às variações do fotoperíodo

• Nas condições brasileiras, o efeito na produtividade do milho


é praticamente insignificante

Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
CLIMA E SOLO

Radiação solar
“ sem a qual o processo fotossintético é inibido e a planta é impedida de expressar o
seu máximo potencial produtivo”

• 90% MS do milho, provém da fixação de CO2 pelo processo fotossintético

• PLANTA C4

✓ Alta produtividade líquida – luz FS

✓ Praticamente não tem FR – perdas de CO2

✓ Taxa de transpiração mais baixa

✓ Fotossíntese mais eficiente em altas temperaturas

Rodrigo de Góes E. Reis

83

A CULTURA DO MILHO
CLIMA E SOLO

Influência da deficiência de luz

• O aproveitamento depende da estrutura da planta, principalmente


da distribuição espacial das folhas – População de plantas

• 30 a 40% da intensidade luminosa: atraso na maturação dos


grãos, principalmente em cultivares tardias, mais carentes de luz

• Dias nublados + frequência de período chuvoso durante o dia

redução da densidade dos grãos e produtividade

Rodrigo de Góes E. Reis

84

24
24/03/2020

A CULTURA DO MILHO
CLIMA E SOLO
Influência da deficiência de luz

• Qualidade – Não tolera luz difusa sombreamento: cvs. com folhas


mais eretas na parte superior tem > aproveitamento de luz.

< Peso de grãos

< Tamanho de espigas

< Sincronismo Pendão / Espiga

Perdas de Produção

Rodrigo de Góes E. Reis

85

A CULTURA DO MILHO
CLIMA E SOLO
Ventos

• Aumento na incidência pode aumentar a demanda por água:

Evapotranspiração

• menor resistência à seca (atuais áreas do melhoram.)


• tombamento e quebra de plantas:
** Produção de sementes: ex. 3F: 1M
- Contaminação genética – Autofec. do parental ♀ devido a
falhas no despendoamento
- Contaminação varietal – mistura com parental ♂

• Ventos quentes e frios – falhas na polinização

Rodrigo de Góes E. Reis

86

A CULTURA DO MILHO
CLIMA E SOLO

Danos por Vento

Rodrigo de Góes E. Reis

87

25
24/03/2020

A CULTURA DO MILHO
CLIMA E SOLO

Época de plantio
“ interação genótipos e ambientes: importância de conhecer a
época de plantio analisando todo o ciclo da cultura, procurando
prever as condições ambientais em todas as suas fases
fenológicas”

• A época mais adequada: aquela que faz coincidir o período de


floração com os dias mais longos do ano e a etapa de enchimento
de grãos com o período de temperaturas mais elevadas e alta
disponibilidade de radiação solar.

• Nas condições tropicais, devido à menor variação da


temperatura e do comprimento do dia, a distribuição de chuvas
geralmente determina a melhor época de semeadura

Rodrigo de Góes E. Reis

88

A CULTURA DO MILHO
CLIMA E SOLO

Época de plantio

Safra verão: Sul do país: Agosto – Novembro (chuvas regulares)


Centro Oeste e Sudeste: Outubro – Novembro

** Resultados mostram na produção 30kg/ha/dia – semeadura tardia


(Dezembro)

Milho safrinha: plantios de maior risco climático realizados o mais


cedo possível, logo após a colheita da cultura de verão
Janeiro – Abril

afetada pelo regime de chuvas e por fortes limitações de radiação


solar e temperatura na fase final de seu ciclo.

Rodrigo de Góes E. Reis

89

A CULTURA DO MILHO
CLIMA E SOLO

Época de plantio

• Semeaduras precoces + maiores densidades de plantas:


estratégia para compensar o menor desenvolvimento vegetativo da
planta, devido às menores disponibilidades térmica e de radiação
solar durante o período vegetativo.

• semeaduras tardias a adoção de altas densidades de plantas


pode não ser uma prática cultural recomendável, por favorecer a
incidência de doenças foliares e de grãos ardidos, bem como o
acamamento de plantas

“ prever as condições ambientais em


todas as suas fases fenológicas”

Rodrigo de Góes E. Reis

90

26
24/03/2020

A CULTURA DO MILHO
CLIMA E SOLO

ALTITUDE

• Ideal: 720-1100 m

Rodrigo de Góes E. Reis

91

A CULTURA DO MILHO
5. Nutrição mineral e Adubação

FERTILIDADE DO SOLO
16* elementos químicos são considerados essenciais
para o crescimento das plantas:
Minerais (fornecidos pelo solo)

Macronutrientes primários:
Não N, P e K
minerais:
Macronutrientes secundários:
C, H e Ca, Mg e S

O Micronutrientes:
Retirados da B, Cl, Cu, Fe, Mn, Mo, Zn e Ni
atmosfera
e da água!

Não essenciais:
Si- gramíneas Co-leguminosas Se - pastagens
Rodrigo de Góes E. Reis

93

A CULTURA DO MILHO
NUTRIÇÃO MINERAL E ADUBAÇÃO
FERTILIDADE DO SOLO
Relação entre pH e disponibilidade de
elementos no solo

Faixa ideal : 6- 6,5


Rodrigo de Góes E. Reis

95

27
24/03/2020

A CULTURA DO MILHO
NUTRIÇÃO MINERAL E ADUBAÇÃO
NITROGÊNIO

• Produtividade esperada;

• Cultura anterior;

• Fertilidade do solo;

• Tecnologia;

• Condições ambientais.

• Híbrido: Genótipo x N2

Rodrigo de Góes E. Reis

108

A CULTURA DO MILHO
NUTRIÇÃO MINERAL E ADUBAÇÃO
NITROGÊNIO
11000

10000

9000
Produtividade (kg ha-1)

8000

7000

6000

5000
Crioulo
4000
BRS Caat.
3000
Híbrido
2000
0 240 480 720
Doses de NPK (kg ha-1)
Produtividade de milho de diferentes genótipos submetidos a
diferentes doses de adubação.

Rodrigo de Góes E. Reis

109

A CULTURA DO MILHO
NUTRIÇÃO MINERAL E ADUBAÇÃO
NITROGÊNIO – ADUBAÇÃO DE COBERTURA

• Deve-se parcelar: (Evitar perdas)

✓ Altas doses de nitrogênio (120 a 200Kg/ha);

✓ Solos de textura arenosa;

✓ Áreas sujeitas a chuva de alta intensidade;

PARCELAMENTO E ÉPOCA DE APLICAÇÃO


• Período de maior exigência: 35 a 45 dias
• Entre a 4º e 6º folha – totalmente expandida

Rodrigo de Góes E. Reis

111

28
24/03/2020

PARCELAMENTO DA ADUBAÇÃO DE
COBERTURA
Recomendação de adubação nitrogenada de cobertura
(Fancelli, 1997)

Condição Parcelamento (nº) Época de aplicação


solo argiloso e período de baixa
1
pluviosidade 3ª - 4ª folha
solos arenosos e/ou condição 1ª 3ª - 4ª folha
2
favorável à lixiviação de nitrogênio 2ª 6ª - 7ª folha
1ª 3ª - 4ª folha
sistema de produção sob agricultura
3 2ª 7ª - 8ª folha
irrigada (principalmente pivô central)
3ª 10ª - 12ª folha
Considerando o uso de 30-45 Kg/ha de N na semeadura

112

A CULTURA DO MILHO
NUTRIÇÃO MINERAL E ADUBAÇÃO
FÓSFORO - P
•Exigido em pequenas quantidades, porém, são
aplicados altas doses;
•Solos brasileiros são naturalmente pobres em
P disponível;
•Baixa eficiência de aproveitamento da cult.
•Não movimenta - lixiviação
(s/parcelamento)

•Fixação Formas que a planta não absorve

Rodrigo de Góes E. Reis

117

A CULTURA DO MILHO
NUTRIÇÃO MINERAL E ADUBAÇÃO
POTÁSSIO - K

•Semeadura: máximo de 50 Kg/ha de K2O na


linha;
•Distanciar o K2O das sementes, no mínimo, 8-10
cm (Efeito salino);
•Opções: aplicar na semeadura ou semeadura +
cobertura;

Rodrigo de Góes E. Reis

120

29
24/03/2020

Potássio - K
“a planta acumula 50 % de matéria seca (60 a 70
dias), cerca de 90% da sua necessidade total de
potássio já foi absorvida”
• recomenda-se aplicar o fertilizante no sulco por
ocasião da semeadura .

“déficit hídrico após a semeadura, a aplicação de dose


alta de potássio no sulco pode prejudicar a germinação
das sementes”
• Quando o solo arenoso ou a recomendação exceder
80 kg/ha de K2O:
metade da dose no plantio e a outra metade junto
com a cobertura nitrogenada (no máximo até 30 dias
após o plantio).
Rodrigo de Góes E. Reis

121

A CULTURA DO MILHO
NUTRIÇÃO MINERAL E ADUBAÇÃO
Enxofre e Micronutrientes
“Necessidade de alcançar elevados patamares de produtividade elevou a
preocupação”

• Histórico da área
“com o uso mais intensivo dos solos e de fórmulas de adubos
concentrados, sem enxofre, as respostas a esse elemento
tendem a aumentar”

• Análise de solo;

• Análise foliar;

• Aplicação:

desequilíbrio de nutrientes

fitotoxidade
Rodrigo de Góes E. Reis

124

A CULTURA DO MILHO
NUTRIÇÃO MINERAL E ADUBAÇÃO

RECOMENDAÇÕES
ZINCO - Zn
• Áreas de cerrado, solos arenosos, pobres em
MO e calagem excessiva;

• Teor no solo (Zn-EDTA) for menor que 0,6


mg/dm³ aplicar 3 Kg/ha (Fancelli, 2000);

• via foliar – aplicado entre 4ª e 6ª folha e a


dosagem pode variar entre 100 a 400 g/ha;

• Via semente*;

Rodrigo de Góes E. Reis

127

30
24/03/2020

A CULTURA DO MILHO
6. Melhoramento, Cultivares, Híbrido e Transgênicos

• Depende dos recursos genéticos


disponíveis;
• Espécie bastante trabalhada;
• Estreitamento da base genética;
• Bancos de germoplasmas;
• Busca de novos materiais;

Rodrigo de Góes E. Reis

130

A CULTURA DO MILHO
MELHORAMENTO, CULTIVARES, HÍBRIDOS E TRANSGÊNICOS

• Diversos métodos;
• Engenharia genética;
• Melhoramento assistido por marcadores
moleculares

Rodrigo de Góes E. Reis

131

A CULTURA DO MILHO
MELHORAMENTO, CULTIVARES, HÍBRIDOS E TRANSGÊNICOS
CULTIVARES E HÍBRIDOS
• 477 (323 diferentes e 154 variações) cultivares disponíveis na
safra 2015/16;
• 57 novas (35 T e 22 C) e 56 tiradas do comércio (42 T e 14 C)
• 284 transgênicas e 193 convencionais;
• 320 genéticas diferentes;
Tipo Porcentagem Ciclo Porcentagem

Hiperprecoce
H. simples 60,07 24,14
Superprecoce

H. triplo 18,57 Precoce 66,56

H. duplo 9,91 Semiprecoce


8,97
Outros 11,45 Normal

TOTAL 100 TOTAL 100


Rodrigo de Góes E. Reis

134

31
24/03/2020

A CULTURA DO MILHO
7. Preparo do solo, semeadura e área de rufúgio
• Convencional:
• Aração profunda (20 cm);
• Gradagem;
*Rotação de implementos
• Sistema Plantio Direto:
• Movimentação do solo apenas na linha de
semeadura;
• Camada compactada
• Contaminação com patógenos
• Temperatura do solo

Rodrigo de Góes E. Reis

136

A CULTURA DO MILHO
PREPARO DO SOLO, SEMEADURA E ÁREA DE REFÚGIO
Estabelecimento da cultura
• Definição:
Considera-se como estabelecimento da
cultura do milho a fase que vai desde a
preparação e planejamento da semeadura
até a completa emergência das plântulas.
Fornasieri Filho (2007)

PLANEJAMENTO SEMEADURA EMERGÊNCIA DA CULTURA

Rodrigo de Góes E. Reis

137

A CULTURA DO MILHO
PREPARO DO SOLO, SEMEADURA E ÁREA DE REFÚGIO
Utilização de sementes melhoradas

FÍSICO

www.monsanto.com.br Cícero e Banzatto Junior(2003)

GENÉTICO SANITÁRIO

FISIOLÓGICO
http://seedlab.oregonstate.edu/importance-seed-vigor-testing)

Marcos Filho (2005)


Rodrigo de Góes E. Reis

138

32
24/03/2020

A CULTURA DO MILHO
PREPARO DO SOLO, SEMEADURA E ÁREA DE REFÚGIO
Densidade de semeadura

• Também conhecida como estande, que significa


o número de plantas por unidade de área;
• A baixa densidade é uma das principais causas
da baixa produtividade de lavouras no Brasil;

Produtividade de milho em alguns Estados da Federação na safra 2011/2012.


Fonte: Adaptado de Agrianual (2012) Rodrigo de Góes E. Reis

141

A CULTURA DO MILHO
PREPARO DO SOLO, SEMEADURA E ÁREA DE REFÚGIO
Densidade de semeadura

Produtividade de milho no Brasil, entre 1995 e 2000.


Fonte: Durães (2007) Rodrigo de Góes E. Reis

142

A CULTURA DO MILHO
PREPARO DO SOLO, SEMEADURA E ÁREA DE REFÚGIO
Densidade de semeadura

Rodrigo de Góes E. Reis

143

33
24/03/2020

A CULTURA DO MILHO
PREPARO DO SOLO, SEMEADURA E ÁREA DE REFÚGIO
Densidade de semeadura
• BAIXA DENSIDADE: produção individual é máxima, mas
baixa produtividade;
• ALTA DENSIDADE: produção individual é menor, mas a
produtividade aumenta.

Relação entre rendimento de grãos e densidade de semeadura na cultura


do milho.
Fonte: Fornasieri Filho (2007). Rodrigo de Góes E. Reis

144

A CULTURA DO MILHO
PREPARO DO SOLO, SEMEADURA E ÁREA DE REFÚGIO

Profundidade de semeadura

RAÍZES NODAIS RAÍZES NODAIS


NÍVEL DO SOLO

Fonte: https://www.pioneer.com/home/site/us/agronomy/library/planting-depth-and-stand-yields

Rodrigo de Góes E. Reis

147

A CULTURA DO MILHO
PREPARO DO SOLO, SEMEADURA E ÁREA DE REFÚGIO

Profundidade de semeadura

Porcentagem de emergência de plântulas de milho em diferentes


profundidades de semeadura.
Fonte: Adaptado de Bresolin (1993) citado por Fornasieri Filho (2007).
Rodrigo de Góes E. Reis

148

34
24/03/2020

A CULTURA DO MILHO
PREPARO DO SOLO, SEMEADURA E ÁREA DE REFÚGIO

Espaçamento entre linhas


• Normal – 80 cm e Reduzido – 45 a 50 cm

Arranjo de plantas de acordo com o espaçamento entre linhas.


Fonte: Adaptado de
http://www.agrosena.com.br/site/new.php?corpo=conteudo.php&tabela=tabram05&pg=1&cod=19).
Rodrigo de Góes E. Reis

150

Espaçamento entre linhas

Normal Reduzido

Distribuição das plantas na linha de semeadura de acordo com o espaçamento.


Fonte: Adaptado de
http://www.agrosena.com.br/site/new.php?corpo=conteudo.php&tabela=tabram05&pg=1&cod=19

Rodrigo de Góes E. Reis

151

Espaçamento entre linhas

ESPAÇAMENTO REDUZIDO
VANTAGENS DESVANTAGENS
• Aumento do rendimento de • Adequação das
grãos; colhedoras;
• Melhor controle de plantas
• Maior gasto com
daninhas;
sementes*;
• Redução da erosão;
• Ocorrência de doenças*;
• Melhor qualidade de
semeadura; • Poucas cultivares são
adaptadas*.
• Maximização do uso do
maquinário.

Fornasieri Filho (2007)


Rodrigo de Góes E. Reis

153

35
24/03/2020

A CULTURA DO MILHO
PREPARO DO SOLO, SEMEADURA E ÁREA DE REFÚGIO
Tamanho e forma da semente
• Não tem efeitos diretos sobre o rendimento da cultura;
• Facilita a semeadura.

Fonte: http://www.assy.com.br/info-tecnicas/medidas-de-discos-e-aneis-para-o-plantio-de-milho/
Rodrigo de Góes E. Reis

154

A CULTURA DO MILHO
PREPARO DO SOLO, SEMEADURA E ÁREA DE REFÚGIO
Tamanho e forma da semente

Fonte: http://www.assy.com.br/info-tecnicas/

Rodrigo de Góes E. Reis

155

A CULTURA DO MILHO
PREPARO DO SOLO, SEMEADURA E ÁREA DE REFÚGIO
Tamanho e forma da semente

Fonte: http://www.assy.com.br/info-tecnicas/
Rodrigo de Góes E. Reis

156

36
24/03/2020

A CULTURA DO MILHO
PREPARO DO SOLO, SEMEADURA E ÁREA DE REFÚGIO
Quantidade de sementes (NS)

• Determinado de acordo com a população final


desejada;
• Informações necessárias:
População desejada na colheita (Pc) – 55.000 pl.ha-1
Espaçamento entre linhas (E) – 0,8 m
Germinação (G) – 98%
Pureza física (Pf) – 100%
Índice de sobrevivência (Is) – 90%

𝑃𝑐 𝑁𝑆
NS =
𝐺 ×𝑃𝑓 ×𝐼𝑠
NSm = × 𝐸
10000
Rodrigo de Góes E. Reis

157

A CULTURA DO MILHO
PREPARO DO SOLO, SEMEADURA E ÁREA DE REFÚGIO
Velocidade de semeadura

Influência da velocidade de semeadura no estande final e


produtividade de milho.
Fonte: Centro de Tecnologia Pioneer citado por Fornasieri Filho (2007)

• Semeadoras a vácuo podem realizar o trabalho a até 10 km.h-1,


de acordo com as condições de topografia do terreno, umidade e
textura do solo.

Rodrigo de Góes E. Reis

158

A CULTURA DO MILHO
PREPARO DO SOLO, SEMEADURA E ÁREA DE REFÚGIO
Tratamento de sementes

Sementes de milho tratadas Larva alfinete (Diabrotica speciosa)

Lagarta elasmo (Elamopalpus lignosellus)


Rodrigo de Góes E. Reis

159

37
24/03/2020

A CULTURA DO MILHO
PREPARO DO SOLO, SEMEADURA E ÁREA DE REFÚGIO

Tratamento de sementes

Tratamento industrial de sementes

Rodrigo de Góes E. Reis

160

A CULTURA DO MILHO
PREPARO DO SOLO, SEMEADURA E ÁREA DE REFÚGIO
Tratamento de sementes
• Aplicação de grafite – 3 a 6 g.kg-1
Semeadura irregular de
sementes de milho.
Fonte: Pioneer. Plant depth and
spacing.

Semeadura regular de
sementes de milho.

Rodrigo de Góes E. Reis

162

A CULTURA DO MILHO
PREPARO DO SOLO, SEMEADURA E ÁREA DE REFÚGIO
Área de Refúgio
• Área semeada com uma variedade convencional, mas de
mesmo porte e ciclo da variedade transgênica;
• Tentar manter a tecnologia por mais tempo no mercado;
• Preservação da população susceptível;
• *Pode vir separada ou vir no saco

Rodrigo de Góes E. Reis

163

38
24/03/2020

A CULTURA DO MILHO
8. Plantas daninhas, Pragas e Doenças
• Competição por água, nutrientes, luz e CO2;
• Hospedeiras de pragas e doenças;
• Efeitos alelopáticos;
• Consumo de fotoassimilados;
• Porta de entrada para patógenos
• Redução de área fotossintetizante;

Rodrigo de Góes E. Reis

164

A CULTURA DO MILHO
PLANTAS DANINHAS PLANTAS DANINHAS, PRAGAS E DOENÇAS

• Perdas de 10 a 80%;
• Mudança na arquitetura da planta;
• Redução do rendimento;
• Redução da qualidade dos grãos;
• Maturação desuniforme;
• Perdas ou dificuldades na colheita;

Rodrigo de Góes E. Reis

166

A CULTURA DO MILHO
PLANTAS DANINHAS, PRAGAS E DOENÇAS

PLANTAS DANINHAS
Manejo Integrado de Plantas Daninhas:
• Evitar perdas devido à competição;
• Beneficiar as condições de colheita;
• Evitar o aumento da infestação;
• Proteger o ambiente;
• Rotação de princípios ativos ou mecanismos de
ação?

Rodrigo de Góes E. Reis

167

39
24/03/2020

A CULTURA DO MILHO
PLANTAS DANINHAS, PRAGAS E DOENÇAS

PRAGAS

• Dezenas de espécies estão associadas à cultura do


milho;
• Pragas de solo;
• Pragas de Folhas;
• Pragas de espigas;
• Manejo Integrado de Pragas;

Rodrigo de Góes E. Reis

170

A CULTURA DO MILHO
PLANTAS DANINHAS, PRAGAS E DOENÇAS
PRAGAS
LAGARTA ELASMO
Elasmopalpus lignosellus
• Entre as principais pragas;
• Solos arenosos sob vegetação
de Cerrado, principalmente em
períodos secos às primeiras
chuvas;
• “Coração morto”;
• Larvas ativas e saltam quando
tocadas;
• Coloração verde-azulada, com
estrias transversais marrom,
púrpureas e pardo-escuras.

Rodrigo de Góes E. Reis

171

A CULTURA DO MILHO
PLANTAS DANINHAS, PRAGAS E DOENÇAS
PRAGAS
LAGARTA-DO-CARTUCHO
Spodoptera frugiperda
• Entre as principais pragas;
• Os prejuízos variam com o
estádio de desenvolvimento da
cultura;
• Larva → folha raspada;
• Pardo escura, verde ou quase
preta, com um “y” invertido na
cabeça;
• Pode atacar como a lagarta
elasmo ou como a lagarta rosca;
• Milhos precoces → espigas;

Rodrigo de Góes E. Reis

172

40
24/03/2020

A CULTURA DO MILHO
PLANTAS DANINHAS, PRAGAS E DOENÇAS
PRAGAS
LAGARTA-DA-ESPIGA
Helicoverpa zea
• Exame minucioso das “bonecas”
para identificação dos ovos;
• Orifícios bem evidentes feitos
pelas larvas;
• Falhas e destruição das espigas;
• Porta para patógenos e outros
insetos, como caruncho e traça.

Rodrigo de Góes E. Reis

173

A CULTURA DO MILHO
PLANTAS DANINHAS, PRAGAS E DOENÇAS
DOENÇAS
• Intensificação do uso de tecnologia → maior
importância das doenças;
• Novos patógenos e novas raças;
• Erosão da resistência genética;
• Flexibilidade da época de semeadura;
• Manejo Integrado de Doenças;
Cultivares resistentes;
Sementes de boa qualidade e tratamento de sementes;
Práticas de semeadura e manejo adequados.

Rodrigo de Góes E. Reis

176

A CULTURA DO MILHO
DOENÇAS PLANTAS DANINHAS, PRAGAS E DOENÇAS

ANTRACNOSE DO COLMO
Colletotrichum graminicola
• Lesões elípticas na vertival,
estreitas ou ovais;

Rodrigo de Góes E. Reis

177

41
24/03/2020

A CULTURA DO MILHO
DOENÇAS PLANTAS DANINHAS, PRAGAS E DOENÇAS

PODRIDÃO DE DIPLODIA
Stenocarpela maydis
Stenocarpela macrospora
• Próximos aos entrenós
apresentam lesões marrom claro;
• Nas espigas, causam podridões.

Rodrigo de Góes E. Reis

178

A CULTURA DO MILHO
DOENÇAS PLANTAS DANINHAS, PRAGAS E DOENÇAS

PODRIDÃO DE FUSARIUM
Fusarium spp.
• Tecidos dos entrenós inferiores e
da raiz, começam a adquirir
coloração avermelhada;
• Causam podridões na espiga

Rodrigo de Góes E. Reis

179

A CULTURA DO MILHO
DOENÇAS PLANTAS DANINHAS, PRAGAS E DOENÇAS

CERCOSPORIOSE
Cercospora zeae-maydis
• Lesões cloróticas ou necróticas,
retangulares e irregulares;
• Lesões paralelas às nervuras.

Rodrigo de Góes E. Reis

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24/03/2020

A CULTURA DO MILHO
DOENÇAS PLANTAS DANINHAS, PRAGAS E DOENÇAS

FERRUGEM POLISSORA
Puccinia polyssora
• Pústulas marrom-claro, circulares
e ovais, distribuídas em ambas as
faces das folhas

Rodrigo de Góes E. Reis

182

A CULTURA DO MILHO
DOENÇAS PLANTAS DANINHAS, PRAGAS E DOENÇAS

FERRUGEM COMUM
Puccinia sorghi
• Pústulas elípticas alongadas em
ambas as faces das folhas;

Rodrigo de Góes E. Reis

183

A CULTURA DO MILHO
DOENÇAS PLANTAS DANINHAS, PRAGAS E DOENÇAS

HELMINTOSPORIOSE
Exserohilum turcicum
• Lesões alongadas, determinadas
pelas nervuras com margens
castanhas;

Rodrigo de Góes E. Reis

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24/03/2020

A CULTURA DO MILHO
9. Colheita

Rodrigo de Góes E. Reis

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A CULTURA DO MILHO
COLHEITA

• O mau planejamento acarreta em :


Perdas qualitativas;
Perdas quantitativas;

• Perdas de 3,95% da produção total;


• Colheita manual;
• Colheita mecânica
Ideal - 20-22% TA
Real – 13-15% TA

• > TA → > rotação do cilindro;


Rodrigo de Góes E. Reis

191

A CULTURA DO MILHO
• Mecanismo de trilha: COLHEITA

Fluxo radial > Fluxo axial;

Rodrigo de Góes E. Reis

193

44
24/03/2020

A CULTURA DO MILHO
COLHEITA

Rodrigo de Góes E. Reis

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45

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