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Quiz Poderoso
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COMPLEXO ARTICULAR DO JOELHO
Prof. Me. Maurício Poderoso
 GENERALIDADES SOBRE O JOELHO

• A articulação do joelho é particularmente suscetível à lesão

traumática por estar localizada nas extremidades de dois braços de
alavanca longos, a tíbia e o fêmur.

• Além disso, como a articulação conecta um osso longo “assentado”

sobre outro osso longo, sua força e estabilidade
dependem dos ligamentos e dos músculos circundantes, não apenas de
sua configuração óssea.

• A região genicular posterior tem uma cavidade bem definida, cheia de

gordura, que dá passagem a estruturas neurovasculares, denominada
fossa poplítea.

• A articulação tibiofemoral é uma das maiores do

corpo.
 GENERALIDADES SOBRE O JOELHO

• As superfícies articulares da tíbia e do fêmur não

são congruentes, o que permite aos dois ossos
moverem-se em graus diferentes, guiados pelos
músculos e pelos ligamentos.

• Os dois ossos aproximam-se da congruência na

extensão completa, a chamada posição de
congruência máxima.

• A posição de repouso da articulação é de

aproximadamente 25° de flexão.

Fonte: Domínio público

GENERALIDADES SOBRE O JOELHO

Os nervos que suprem os músculos que cruzam

(atuam sobre) a articulação do joelho são: os ramos
dos nervos femoral, tibial e fibular comum suprem
suas faces anterior, posterior e lateral,
respectivamente. Além disso, o nervo safeno
(cutâneo) envia ramos complementares para sua face
medial.
 GENERALIDADES SOBRE O JOELHO

Existem pelo menos 12 bolsas [cheias de líquido sinovial] ao redor da articulação do joelho, porque a maioria
dos tendões segue paralelamente aos ossos e traciona a articulação no sentido longitudinal durante movimentos
do joelho.
 Articulação do Joelho

• É a maior e mais superficial das articulações.

• Articulação sinovial do tipo gínglimo monoaxial*.

• Formada pelas articulações:

– Femorotibiais lat e med
– Femoropatelar
• O joelho consiste em compartimentos lateral e
medial da articulação tibiofemoral e da articulação
patelofemoral .
• A movimentação do joelho raramente ocorre de
forma independente de outras articulações do MI.

• A forte associação funcional entre

as articulações do MI se deve pelo
fato de que cerca de 2/3 dos
músculos que cruzam o joelho
também cruzam o quadril ou o
tornozelo.
• Possui importantes funções biomecânicas expressas
principalmente durante a marcha e a corrida.

– FLX na fase de apoio da marcha permite absorção de

choque e conservação de energia.
 Osteologia – Joelho

Fêmur
Patela

Fêmur

Tíbia

Tíbia

Fíbula
 Ossos do MMII - Fêmur
• Epífise distal
- Epicôndilos – fixação dos ligg colaterais

- Fossa intercondilar – fixação para os ligg cruzados.

 Ossos do MMII - Patela

• Patela - osso sesamóide de forma triangular.

Base
Face articular

Ápice
 Ossos do MMII – Tíbia e Fíbula

• São ossos longos, unidos pela membrana

interóssea.
Fíbula estabiliza
•A tíbia é medial e mais robusta que a lateralmente a
fíbula, articula-se com o fêmur. tíbia.

• Ambas, distalmente articulam com o tálus.

 Ossos do MMII - Tíbia

• Epífise Proximal - Eminências intercondilar – fixação para os ligg

cruzados e meniscos
Eminência - Tuberosidade da tíbia – inserção quadríceps
intercondilar
Face articular

Côndilo lateral Face articular fibular

Côndilo medial

Tuberosidade da tíbia
 Ossos do MMII - Tíbia

• Epífise Proximal
Eminência intercondilar

Face articular

Tuberosidade da tíbia
 Articulação do Joelho

• É relativamente fraca devido a incongruência das

superfícies articulares.
• A estabilidade depende:
– Força dos músculos adjacentes
– Ligamentos que unem o fêmur e
a tíbia
– Meniscos e cápsula
• Sua estabilidade se baseia principalmente na ação
estabilizadora de seus tecidos moles, em vez de na
sua configuração óssea.
• Os côndilos femorais se
articulam com superfícies
articulares quase planas da
tíbia, mantidos em seu lugar
por extensos ligamentos,
cápsula articular e por
músculos.
• Com o pé firmemente em contato com o solo, os
tecidos moles são frequentemente submetidos a
grandes forças.

Lesões ligamentares, nos

meniscos e na cartilagem
articular são consequências
das grandes demandas
funcionais impostas sobre o
joelho.
 Articulação tibiofemoral

Articulação tibiofemoral: entre côndilos femorais e platô tibial.

• Possuem diversas estruturas, que dão congruência (encaixe) e estabilidade.
• Meniscos: Aumentam a concavidade do platô tibial, permitindo um
melhor encaixe dos côndilos femorais. Atuam como amortecedores.

Lig cruzado posterior

Banda iliotibial
Menisco Menisco Lig cruzado anterior
Menisco lateral
lateral medial
Lig colateral Menisco medial
Forma mais Em
lateral
circular forma de Lig colateral medial
“C” Lig transverso
do menisco Pata de ganso
Lig patelar (semitendinoso, sartório
e grácil)
 Articulação do Joelho

• Cápsula articular – cápsula fibrosa externa e membrana

sinovial internamente.
– Fortalecida pelos ligamentos extracapsulares e capsulares
• Lig patelar
• Lig colateral fibular
• Lig colateral tibial
• Lig popliteo obliquo
• Lig poplíteo arqueado
Características da articulação:

Duas articulações femorotibiais (lateral e

medial)
Uma articulação femoropatelar.

A cápsula articular é delgada posteriormente e

anteriormente é substituída pelo tendão do
quadríceps e ligamento patelar.

A membrana sinovial interna forma pregas

e dividem a cavidade articular.
 Cápsula e Ligamentos de Reforço

• A cápsula envolve os compartimentos medial e

lateral da articulação tibiofemoral e patelofemoral.
• Recebe reforço significativo dos músculos,
ligamentos e fáscia.
• Cápsula anterior do joelho
insere-se as margens da patela
e do tendão patelar e é
reforçada pelo M. quadríceps e
por fibras do retináculo patelar
(extensões do tecido conectivo
que recobrem o vasto lateral e o
vasto medial).
• Lig patelar – porção distal do
tendão quadricipital que segue
do ápice e margens da patela
até a tuberosidade da tíbia.
– Recebe lateralmente os
retináculos medial e lateral da
patela – aponeurose dos mm
vasto med e lat.
• Cápsula lateral do joelho é
reforçada pelo ligamento
colateral lateral (fibular), pelas
fibras do retináculo patelar e
pela banda iliotibial.

• A estabilidade muscular provem

do bíceps femoral e pela cabeça
lateral do gastrocnêmio.
• Ligg colaterais – encontram-se tensos na posição
de EXT completa, contribuindo para estabilidade
na posição de pé.

✓ Lig colateral fibular –

epicôndilo lateral do
fêmur até cabeça da
fíbula
• Cápsula posterior do joelho é
reforçada pelo ligamento
poplíteo obliquo e pelo lig
poplíteo arqueado.

• A estabilidade muscular provem

do poplíteo, pelo gastrocnêmio
e pelo jarrete.
CÁPSULA ARTICULAR

➢ Posteriormente:

• Envolve os côndilos e
a fossa intercondilar.
• Tem uma abertura para que o m.
poplíteo saia da cápsula
para se inserir na tíbia.
• Lig poplíteo oblíquo – expansão do tendão do m.
semimembranoso que reforça a cápsula; côndilo
med da tíbia posteriormente até côndilo lat do
fêmur .
• Lig poplíteo arqueado – face post da fíbula e
segue superomedialmente fundindo-se a capsula.

* *
• Cápsula medial do joelho é
reforçada pelo retináculo
patelar e pelo lig colateral
medial (tibial).

• A estabilidade muscular provem

dos tendões do sartório, grácil
e semitendíneo – pata de
ganso.
• Ligg colaterais – encontram-se tensos na posição
de EXT completa, contribuindo para estabilidade
na posição de pé.

✓ Lig colateral tibial -

epicôndilo medial do
fêmur até face medial
da tíbia.
• Ligg intracapsulares – ligamentos
cruzados e meniscos.

– Lig cruzado ant – LCA – mais fraco;

eminencia intercondilar anterior da
tibia até face post do côndilo lat do
fêmur.
• Resiste deslizamento anterior da tíbia
• Resiste deslizamento posterior do
fêmur
• Resiste hiperextensão
• Lig cruzado post – LCP - eminencia
intercondilar posterior da tíbia até
face ant do côndilo medial do
fêmur.
– Resiste deslizamento posterior da tíbia
– Resiste deslizamento anterior do fêmur
• Meniscos – laminas de fibrocartilagem em forma de meia-lua
que aprofundam a superfície articular e absorvem o choque.
– Menisco med – em formato de C, mais largo posteriormente. Sua
extremidade anterior está fixada anteriormente a fixação do LCA,
ao LCM e a cápsula.

– Menisco lat – quase circular, menor e mais móvel.

 Articulação tibiofemoral

Articulação tibiofemoral: entre côndilos femorais e platô tibial.

• Ligamentos colaterais: Evitam estresse excessivo no plano frontal
• Lig colateral medial: Evita estresse em valgo
• Lig colateral lateral: Evita estresse em varo
• Resistem à extensão e rotação axial
Lig cruzado posterior
Banda iliotibial

Menisco lateral Lig cruzado anterior

Lig colateral Menisco medial

lateral Lig colateral
Lig transverso medial
do menisco Pata de ganso
Lig patelar (semitendinoso, sartório
e grácil)
 Articulação tibiofemoral

Articulação tibiofemoral: entre côndilos femorais e platô tibial.

• Ligamentos cruzados: Resistem aos extremos de todos os movimentos do
joelho. Fornecem a maior parte da resistência às forças de translação ântero-
posteriores. entre tíbia e fêmur. Ajudam a conduzir a artrocinemática
Lig cruzado
posterior
Banda iliotibial
Lig cruzado
Menisco lateral anterior
Lig colateral Menisco medial
lateral
Lig colateral medial
Lig transverso
do menisco Pata de ganso
Lig patelar (semitendinoso, sartório
e grácil)
 Articulação tibiofemoral

Articulação tibiofemoral: entre côndilos femorais e platô tibial.

• Ligamentos cruzados:
• LCA: A maior parte das fibras ficam tensas em extensão total do joelho
• LCP: A maior parte das fibras ficam tensas em flexão total do joelho

Extensão total → translação

anterior da tíbia → maior
tensão LCA
 Articulação Patelofemoral

Articulação patelofemoral: entre patela e tróclea do fêmur.

• A medida que ocorre a flexão/extensão, a patela desliza no fêmur,
mudando a região de contato.
• 135° Flexão: Pólo superior
• 90° Flexão: Migração do contato para região mais inferior
• 90-60°: Maior área de contato com o fêmur
• 20°: Pólo inferior
Epicôndilo
medial do
Epicôndilo fêmur
lateral do
fêmur
 Articulação Patelofemoral

Tendão quadricipital

• Relação íntima de Vasto lateral (VL)

Vasto medial
estruturas que são capazes Banda iliotibial
(VM)

de alterar o percurso da
Vasto medial
patela na fossa troclear oblíquo
Retináculo lateral (VMO)

Retináculo
O que ocorreria se as forças medial
mediais e laterais não se
equilibrassem?
Ligamento patelar
Articulação Patelofemoral
Movimentos do joelho
 Movimentos do joelho

Flexão e Extensão • Cadeia aberta: Extensão da tíbia sobre o

fêmur: tíbia rola e desliza anteriormente
Flexão: 130° a 140°
Hiperextensão: 5° a 10° • Flexão: Oposto da extensão

Exemplo: Sentado
para de pé

• Cadeia fechada: Extensão do fêmur sobre a

tíbia: fêmur rola anterior e desliza posterior

• Flexão: Oposto da extensão

 Movimentos do joelho

EXTENSÃO DE JOELHO FLEXÃO DE JOELHO

 Movimentos do joelho

Rotação medial/lateral
Só acontece voluntariamente com joelho fletido:
Fletido a 90°: 40° a 50° rotação total
• Quanto maior a flexão do joelho, maior a
rotação
• Rotação lateral > medial => 2:1
• Joelho estendido → Rotação bloqueada
Artrocinemática: Giro entre menisco
e faces articulares do fêmur e da tíbia
 Movimentos do joelho

ROTAÇÃO MEDIAL
 Movimentos do joelho - Rotação em parafuso

Rotação em parafuso: para que o joelho trave em extensão, é necessário que ele
rode lateralmente

• Ocorre nos últimos 30° de extensão do joelho

• Côndilo femoral medial se estende mais
anteriormente que o lateral
 Movimentos do joelho

ROTAÇÃO LATERAL
 Movimentos do joelho - Rotação em parafuso

Rotação em parafuso: para que o joelho trave em extensão, é necessário que ele rode lateralmente

Na extensão máxima o joelho tem que estar rodado

- Tíbia roda lateralmente sobre o fêmur (CAA)
- Fêmur roda medialmente sobre a tíbia (CFF)

Michaud, 1993
 Movimentos do joelho - Rotação em parafuso
Rotação em parafuso: na flexão ocorrem os movimentos
opostos e o joelho destrava.

Importância do m. poplíteo: Inicia o movimento ao destravar a articulação

quando o joelho está completamente estendido

• Flexão da tíbia sobre o fêmur: Poplíteo

gira a tíbia medialmente Poplíteo
• Flexão do fêmur sobre a tíbia: Poplíteo
gira o fêmur lateralmente
 Movimentos do joelho

• Mobilidade do joelho nos movimentos funcionais

• Marcha típica: requer pelo menos 60° de flexão, e idealmente
máxima extensão (0°)
• Subida de degrau, posição sentada: requer até 90° de flexão
 Movimentos do joelho

• Mobilidade do joelho nos movimentos funcionais

• Agachar até o chão, ajoelhar sobre os pés → requer mais ADM
máxima de flexão (= ou + 130°)
• Movimentos esportivos como chutes → ADM até 120° de flexão
 Músculos envolvidos no joelho
Ação Músculos Primários

RETO FEMORAL
EXTENSÃO DO JOELHO VASTO MEDIAL
VASTO LATERAL
VASTO INTERMÉDIO

QUADRÍCEPS: Junção no tendão do quadríceps e inserção na tuberosidade da

tíbia (tendão patelar)
 Músculos envolvidos no joelho
Ação Músculos Primários

RETO FEMORAL
EXTENSÃO DO JOELHO VASTO MEDIAL
VASTO LATERAL
VASTO INTERMÉDIO
 Músculos envolvidos no joelho
Ação Músculos Primários

RETO FEMORAL
EXTENSÃO DO JOELHO VASTO MEDIAL
VASTO LATERAL
VASTO INTERMÉDIO Adutor curto
Adutor magno

Vasto medial

Grácil
 Músculos envolvidos no joelho
Ação Músculos Primários

RETO FEMORAL
EXTENSÃO DO JOELHO VASTO MEDIAL
VASTO LATERAL
VASTO INTERMÉDIO
Adutor curto

Adutor magno

Vasto lateral

Grácil
 Músculos envolvidos no joelho
Ação Músculos Primários

RETO FEMORAL
EXTENSÃO DO JOELHO VASTO MEDIAL
VASTO LATERAL
VASTO INTERMÉDIO
Adutor curto

Adutor magno

Vasto intermédio

Grácil
 Músculos envolvidos no joelho
Ação Músculos Primários
SEMITENDINOSO/SEMITENDÍNEO
FLEXÃO DE JOELHO SEMIMEMBRANOSO/SEMIMEBRANÁCEO
BÍCEPS FEMORAL

ISQUIOTIBIAIS: origem tuberosidade isquiática, *biarticulares

 Músculos envolvidos no joelho
Ação Músculos Primários

SEMITENDINOSO/SEMITENDÍNEO
FLEXÃO DE JOELHO SEMIMEMBRANOSO/SEMIMEBRANÁCEO
BÍCEPS FEMORAL
 Músculos envolvidos no joelho
Ação Músculos Primários

SEMITENDINOSO/SEMITENDÍNEO
FLEXÃO DE JOELHO SEMIMEMBRANOSO/SEMIMEBRANÁCEO
BÍCEPS FEMORAL
 Músculos envolvidos no joelho
Ação Músculos Primários

SEMITENDINOSO/SEMITENDÍNEO
FLEXÃO DE JOELHO SEMIMEMBRANOSO/SEMIMEBRANÁCEO
BÍCEPS FEMORAL
 Músculos envolvidos no joelho
Ação Músculos Acessórios

POPLÍTEO
FLEXÃO DE JOELHO GASTROCNÊMIO
PLANTAR
GRÁCIL
SARTÓRIO
 Músculos envolvidos no joelho
Ação Músculos Acessórios

POPLÍTEO
FLEXÃO DE JOELHO GASTROCNÊMIO
PLANTAR
GRÁCIL
SARTÓRIO
 Músculos envolvidos no joelho
Ação Músculos Acessórios

POPLÍTEO
FLEXÃO DE JOELHO GASTROCNÊMIO
PLANTAR
GRÁCIL
SARTÓRIO
 Músculos envolvidos no joelho
Ação Músculos Acessórios

POPLÍTEO
FLEXÃO DE JOELHO GASTROCNÊMIO
PLANTAR
GRÁCIL
SARTÓRIO

Origem: Acima do côndilo femoral lateral

Inserção: Calcâneo
Inervação: Nervo tibial (L5-S1)
Ação: auxiliar a flexão do joelho e flexão plantar
 Músculos envolvidos no joelho
Ação Músculos Acessórios

POPLÍTEO
FLEXÃO DE JOELHO GASTROCNÊMIO
PLANTAR
GRÁCIL
SARTÓRIO
 Músculos envolvidos no joelho
Ação Músculos Acessórios

SEMIMEMBRANOSO/SEMIMEMBRANÁCEO
ROTAÇÃO MEDIAL DO SEMITENDINOSO/SEMITENDÍNEO
JOELHO POPLÍTEO
SARTÓRIO
GRÁCIL

Grupo flexor com

exceção do bíceps,
gastro e plantar
 Músculos envolvidos no joelho
Ação Músculos Acessórios

ROTAÇÃO LATERAL DO BÍCEPS FEMORAL

JOELHO