Você está na página 1de 33

Anatomia Pé e Tornozelo

André M. Venturine
Coordenador Labs For Fit
Esp. Fisioterapia Esportiva
Sócio SONAFE
Anatomia do
Pé - Divisão
• Pé posterior: calcâneo e
tálus;
• Pé Médio: navicular, cuboide
e cuneiformes;
• Pé Anterior: metatarsos e
falanges;
Anatomia do
Pé - ossos
Anatomia do
Pé - Ossos
Tálus : importante tanto para o
tornozelo quanto para o pé,
devido as inumeras facetas
articulares. 70% recorberto de
cartilagem
Anatomia do
Pé - Ossos
Calcâneo: maior osso do pé /
importante função na marcha /
absorção de impacto
Anatomia do
Pé - Ossos
Navicular: importante osso da
região medial do pé / inserção do
m. tibial posterior
Anatomia do Pé – articulações
• Pé posterior: talocalcânea;

• Pé Médio: transversa do tarso, talonavicular,


calcaneocuboídea, intertarsais distais,
cuneonavicular, cuboideonavicular, complexo
intercuneiforme e cuneocuboídea;

• Pé Anterior: tarsometatarsais,
intermetatarsais, metatarsofalângicas e
interfalângicas;
Complexo Ligamentar do Pé
• Lateral
Complexo Ligamentar do Pé
• Medial
Complexo Ligamentar – Placa Plantar
• Articulação metatarsofalangeana;
• Par de ligamentos colaterais unidos a
cápsula ligamentar profunda;
• Ligamentos intermetatarsais transversos
profundos também dão sustentação;
• As cinco articulações estáveis ajudam a
manter o alinhamento com o primeiro
raio, possibilitando a adaptação do pé a
diversas superfícies;
• Grande estresse durante a flexão plantar
com extensão dos dedos.
Anatomia Tornozelo

• Fíbula
• Tíbia
• Tálus
• Articulações: tibiofibulares distais e
proximais / talocrural
Estrutura Ligamentar do Tornozelo
• Anterior
Estrutura Ligamentar do Tornozelo
• Posterior
Biomecânica do Tornozelo

• Posição neutra pé em 90°

• Máxima dorsiflexão 15-25°

• Máxima flexão plantar 40-55°

Método de medição pode alterar os valores de ADM. Movimentos acessórios podem representar
até 20% de todo arco de movimento.
Biomecânica do Tornozelo – Tálus CCA
• Movimento de rolamento
• Dorsiflexão : rolamento anterior a tíbia e deslizamento posterior.
• Alongamento de todas as estruturas posteriores capazes de produzir torque de
flexão plantar. Cápsula posterior alongada e ligamento calcâneofibular com tensão
aumentada.

• Flexão plantar: rolamento posterior e deslizamento anterior.


• Lig. Talofibuflar anterior torna-se tenso em toda excursão de flexão plantar.
Alongamento de toda musculatura dorsiflexora e cápsula anterior.
Biomecânica do Tornozelo – Tálus CCF

• Movimento de estabilização: durante o apoio total, a tíbia começa a


deslizar sobre o pé fixo. O tornozelo fica estabilizado devido as forças
compressivas e tensão nos ligamentos colaterais. A carga promove
uma força de abertura da pinça maleolar, suportada pela membrana
interóssea e lig. Tibiofibular distal.

• 40% do ciclo da marcha – suportando até 4x peso corporal


Biomecânica do Pé

• Dorsiflexão (extensão) / Flexão Plantar: paralelo o plano sagital em


torno do eixo de rotação lateromedial;

• Eversão / Inversão: paralelo ao eixo frontal e em torno do eixo de


rotação anteroposterior;

• Adução (valgo) / Abdução (varo): paralelo ao plano horizontal


(transverso) e em torno de um eixo vertical.
Biomecânica do Pé - Subtalar

• Inversão: 22,5°

• Eversão: 12,5° (maléolo lateral e complexo deltoide limitam a


movimentação:
• Pronação: movimentação combinada de eversão, dorsiflexão e abdução
• Supinação: movimento combinado de inversão, flexão plantar e adução
• Relação de movimento pode chegar a 3:1 devido a movimentação
acessória
Biomecânica do Pé – Transversa do Tarso
• Articulação versátil, permite a transferência de peso sobre o pé e
promove a adaptação do pé a diversas superfícies.
• Articulação talonavicular e calcâneocuboidea conectando o retropé
ao mediopé
Biomecânica do Pé – Transversa do Tarso
Biomecânica do Pé – Transversa do Tarso
Biomecânica do Pé – Transversa do Tarso
Biomecânica do Pé – Transversa do Tarso
Biomecânica do Pé - tarsometarsicas
• Articulações de Lisfranc
Arco Longitudinal

• Característica côncava do pé;


• Tálus / Navicular /
Cuneiformes / 3 Metatarsos
mediais
• Função de absorção de
impacto ;
• Coadjuvantes: coxim adiposo
do calcâneo / fáscia plantar /
sesamoides localizados no
hálux;
Arco Transverso -
Funcionamento
Normal

• Direcionada na articulação
talunavicular
• Dissipada anterior e
posteriormente ao arco
longitudinal / coxim adiposo /
derme mais espessa do calcanhar e
cabeças metatarsais
• Retropé recebe 2x mais peso que o
antepé (cabeça de segundo e
terceiro metatarsos recebem a
maior pressão)
• Depressão do tálus, distanciamento
do calcâneo aos metatarsos, faz a
fáscia atuar como uma mola,
tentando juntamente com a
musculatura intrínseca manter a
função normal do arco.
FÁSCIA PLANTAR
• Fornece o suporte principal do arco longitudinal do pé;
• Consiste por diversas bandas longitudinais e transversas de tecidos
ricos em colágeno;
• Fibras superficiais: fixam-se a derme
• Fibras profundas: cobrem a musculatura intrínseca do pé, estendem
até as cabeças metatarsais fazendo cobertura e união das placas
plantares das articulações metatarsofalangeanas com a bainha dos
tendões flexores dos dedos.

A extensão dos dedos tensiona a banda central da fascia plantar,


aumentando assim a tensão no arco longitudinal do pé
Arco Transverso –
funcionamento
anormal

• Frouxidão
capsuloligamentar +
fraqueza do tibial posterior
+ estiramento excessivo da
fáscia.
• Pronação excessiva,
calcâneo evertido durante a
marcha
• Capacidade de dissipar
cargas prejudicada
Arco Transverso

• Complexo articular
intercuneiforme e
cuneocuboide;
• Estabilidade transversa do
médiopé;
• Possibilita a dissipação de carga
sobre a cabeça dos 5
metatarsos;
• Apoio da m. intrínseca, m. tibial
posterior, fibular longo, tecidos
conjuntivos e o pilar principal A estabilização do segundo raio é reforçada pelo recesso da segunda
“cuneiforme intermédio” articulação tarsometatársica.
Algumas Condições Associadas a Anatomia
Pé Plano
• Pé Plano Patológico: doenças neurológicas e/ou má formações
estruturais.
• Pé Plano Flexivel:
• Geralmente ocasionado por:
• Tendiopatias do tibial posterior
• Fraqueza da musculatura intrínseca
• Pós trauma repetitivo
• Mais sujeito a contusões ósseas com a prática esportiva
Pé Varo
• Arco longitudinal elevado;
• Com uma inversão do retropé e possível eversão do ante pé;
• Casos graves: Charcot-Marie-Tooth/paralisias/poliomielite;
• Casos leves são geralmente idiopáticos;
• Possíveis sobrecargas geradas:
• Metatarsalgias
• Sobrecarga joelhos e quadril
• Fraturas por estresse
Hálux Valgo
• Desvio progressivo em direção a linha média
• Metarsofalangeana e 1° raio envolvidos
• Exposição da cabeça do metatarso “joanete”
• Desequilibrio muscular:
• Abdutor do hálux migra para a face plantar.
• Tração excessiva do adutor do hálux, e da cabeça lateral do flexor curto do
hálux
• Ruptura do lig. Colateral medial e da cápsula
• Artrose/Bursite/Dificuldade para uso de calçados/Dor

Você também pode gostar