1- Diferenciar com detalhes, os tipos de prótese endoesquelética e exoesquelética.
2- Identificar os principais tipos de alterações na marcha de usuários de próteses. 3- Identificar quais músculos que mais atuam em cada fase da marcha.
1- Prótese endoesquelética: para os membros inferiores, as estruturas tubulares são
revestidas com uma espuma cosmética, são normalmente aplicadas nas próteses com função meramente estética. Possuem estrutura interna de sustentação rígida, constituída de componentes mecânicos (módulos), por esse motivo, as próteses endoesqueléticas podem ser chamadas de próteses modulares. Seus componentes pré-fabricados são altamente resistentes, compactos e com alto grau de funcionalidade, permitindo ajustes, mudanças de alinhamento e troca rápida de componentes. O uso de materiais sofisticados, como titânio e a fibra de carbono, reduz o peso. Sendo assim, as próteses endoesqueléticas visam a mobilidade, sem se preocupar com a estética.
Prótese exoesquelética: para os membros inferiores, seu revestimento e
resistência são assegurados por uma estrutura exterior laminada em resina com um pigmento da cor da pele, que confere também o acabamento cosmético. As próteses exoesqueléticas podem ser chamadas de convencionais, possuem estrutura externa rígida, e é responsável pela sustentação do peso, como dito anteriormente, pela característica cosmética. São confeccionadas com material pré-fabricado com madeira ou plástico, sendo de interior oco, o que faz reduzir muito o peso, sendo bem leves. Portanto, podemos afirmar, que tem fins estéticos e sendo de baixo custo.
2- Marcha Convencional: o indivíduo não apresenta alterações ao deambular. É um
andar bípede no qual os membros se movem em um padrão alternado e simétrico. Marchas Patológicas: - Espástica/Espasmódica: dois MMII enrijecidos e espásticos, permanecem semifletidos, os pés se arrastam e as pernas se cruzam quando o paciente tenta caminhar. Patologias: esclerose múltipla, paraparesia MMII. - Escarvante: arrastam os pés ou elevam bem alto, com joelhos flexionados trazendo ao chão de maneira com que faça uma batida. Patologias: fraqueza nos músculos peroneal e tibial anterior, doenças no neurônio motor inferior. - Parkinsoniana: passos curtos e pés arrastam no chão. Patologias: doença de Parkinson e processos avançados de arteriosclerose cerebral. - Hemiparesia: um braço flexionado imóvel e próximo ao corpo. A perna fica esticada com flexão plantar. Patologia: doença do trato corticoespinhal como o AVE. - Cerebelar ou do Ébrio: oscilante, instável e de base larga. Dificuldade exagerada de fazer curvas. Patologias: doença do cerebelo ou dos tratos associados. - Anserina: fraqueza dos músculos do quadril. Quando o indivíduo vai dar o passo, o quadril oposto cai. Patologias: fraqueza dos músculos da cintura pélvica, devido a distrofia muscular, luxação de quadril. - Tabética: durante a marcha, o paciente mantém o olhar fixo ao chão, levantando abruptamente os MMII do chão, e ao serem recolocados, os calcanhares tocam o solo pesadamente. Patologia: lesão do cordão posterior da medula – perda de sensibilidade proprioceptiva. As alterações na mobilidade articular e na atividade muscular, podem prejudicar a marcha do indivíduo, assim apresentando uma marcha deficitária. Esta, leva a compensações, maior gasto energético, menor versatilidade à adaptações ao terreno. As principais alterações na marcha em usuário de próteses (exemplo do nível de amputação transfemoral, porém, é independente do nível de amputação) são: excessiva inclinação de tronco, marcha abduzida, circundação (marcha ceivante), marchar com saltos, desvio lateral da marcha, desvio medial, rotação na fase de contato inicial, elevação desigual dos joelhos, impacto terminal, comprimento desigual do passo, hiperlordose.
3- Fases da Marcha Humana:
Atuação dos principais músculos em cada fase:
- Resposta à Carga (0-10% do CM):
Flexão do quadril: íliopsoas Flexão do joelho: isquiotibiais Flexão plantar: tríceps sural
- Apoio Médio (10-30% do CM):
Extensão do quadril: glúteo máximo Extensão do joelho: quadríceps femoral Dorsiflexão: tibial anterior
- Apoio Terminal (30-50% do CM):
Extensão do quadril: glúteo máximo Extensão do joelho: quadríceps femoral Dorsiflexão: tibial anterior
- Pré-Balanço (50-60% do CM):
Flexão do quadril: íliopsoas Flexão do joelho: isquiotibiais Flexão plantar: tríceps sural
- Balanço Inicial (60-73% do CM):
Flexão do quadril: íliopsoas Flexão do joelho: isquiotibiais Dorsiflexão: tibial anterior - Balanço Médio (73-87% do CM): Flexão do quadril: íliopsoas Flexão do joelho (diminui): isquiotibiais Tornozelo: posição neutra
- Balanço Terminal (87-100% do CM):
Flexão do quadril: íliopsoas Extensão do joelho: quadríceps femoral Tornozelo: posição neutra