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OSTEOARTRITE

DE
QUADRIL

Ana Beatriz Silva Castro - Artur de Oliveira Sales - Elaine Natielle de Santana dos Santos
O QUE É?
É o processo de degeneração e desgaste que afeta a articulação, afetando
principalmente a cartilagem articular e os tecidos circundantes. A OA de
quadril acomete a cartilagem da cabeça do fêmur e o acetábulo causando
alterações em sua biomecânica.
ETIOLOGIA
A osteoartrite (OA), é um distúrbio crônico que afeta as articulações sinoviais. O
processo degenerativo manifestado pela perda progressiva da cartilagem articular é
acompanhado por um processo reparador com formação óssea reativa, crescimento de
osteófitos e remodelação. Supõe-se que o envelhecimento contribua para o
desenvolvimento da AA do quadril principalmente por causa da incapacidade de definir
especificamente uma anormalidade anatômica subjacente ou um processo de doença
específico que leva ao processo degenerativo.
DIAGNÓSTICO
O diagnostico é feito por exames de imagem e exames físicos, como: inspeção, palpação e
articular radiografia
Na radiografia esperamos que tenha presença de osteofitos e diminuição do espaço intra-
articular.
QUADRO CLÍNICO
-Dor ao redor da articulação do quadril (virilha)
-Dor que inflama com atividades vigorosas
-Rigidez articular que dificulta a flexão de quadril
-Diminuição da ADM que afeta a capacidade para andar
-"Travamento" ou "aderência" da articulação e um ruído de
moagem (crepitação) durante o movimento causado por
fragmentos de cartilagem soltos e outros tecidos que
interferem com o movimento suave do quadril
TRATAMENTO
Farmacológico X Fisioterapia

MASCARAM OS SINTOMAS Atividade física (exercícios de fortalecimento e


cardiovascular)
Paracetamol e Medicamentos Anti-Inflamatórios
Educação em Saúde
Não Esteróides (Alívio a curto prazo)
Orientar a perder peso
Injeções intra-articulares ( ácido hialurônico,
corticosteroide)

A fisioterapia visa aliviar a dor,


manter a flexibilidade, mobilidade,
fortalecer e otimizar a função
articular geral
BIOMECÂMICA
PRINCIPAIS ESTRUTURAS ÓSSEAS E ARTICULARES
DO COMPLEXO DO QUADRIL
1-CABEÇA DO FÊMUR
2-COLO FEMORAL
3-ACETÁBULO
4-LÁBIO ACETABULAR
5-LIGAMENTO REDONDO DA CABEÇA DO FÊMUR
6-LIGAMENTO TRANSVERSO DO ACETÁBULO
7-BURSAS DA ARTICULAÇÃO COXO-FEMURAL

MOVIMENTOS DO QUADRIL
FLEXÃO - EXTENÇÃO
ROTAÇÃO INTERNA-ROTAÇÃO EXTERNA
ABDUÇÃO-ADUÇÃO
FLEXORES - iliopsoas, sartório e retofemoral Glúteo Médio fraco, pode causar algumas
EXTENSORES- isquiotibiais (semitendinoso, semimembranoso e bíceps femoral) mudanças graves como a queda da pelve
ABDUTORES- glúteo médio contralateral e o aumento da adução e rotação
ADUÇÃO- pectíneo, adutor curto, longo, grácil, magno e as fibras inferiores do glúteo do fêmur
máximo
ANGULAÇÃO DO COLO FEMORAL
Ângulo entre a diáfise do fêmur e cabeça do fêmur
Importante interfere no movimento articular e nas forças que atuam nessa articulação
Ideal 125 graus
+ do ângulo= coxa valga
- do ângulo = coxa vara

ANGULAÇÃO ANTEVERSÃO DO FÊMUR


Ângulo entre cabeça do fêmur e côndilos femorais e tibiais
Deve ser de 12º à 14º para que a biomecânica do quadril e do joelho sejam normais e
harmônicas
ARTROPLASTIA
DE QUADRIL
ARTROPLASTIA DE QUADRIL É A CIRURGIA DE SUBSTITUIÇÃO DA ARTICULAÇÃO POR UM
MODELO MECÂNICO CHAMADO PRÓTESE DE QUADRIL, QUE REPRODUZ A FUNÇÃO ARTICULAR
COM SEMELHANÇA À FUNÇÃO BIOLÓGICA DA ARTICULAÇÃO.

Parciais: substituição apenas do componente femoral;


Totais: substituição do componente femoral e acetabular;
ARTROPLASTIA
TOTAL DE
QUADRIL
1​ - cimentadas: quando os componentes 2- não cimentadas: quando os
do fêmur e acetábulo são fixos ao osso componentes do fêmur e acetábulo são
por cimento ortopédico; fixos ao osso por encaixe sob pressão
(press-fit);
INDICAÇÕES:
Osteoartrite do quadril, Fraturas, Artrite reumatóide, Necrose avascular, Dor por mais de 6
meses sem resultados no tratamento conservador, Limitações de ADM e marcha, alterações
em AVDs e perda de função.

CONTRA INDICAÇÕES:
Contra indicações :-Absoluta: risco de morbidade e mortalidade, Infecção ativa -Relativa:
Osteopenia, Insuficiência dos abdutores, Doença neurológica progressiva.

COMPLICAÇÕES:
Luxação, Lesão nervosa, Tromboembolia, Afrouxamento/ Falha do componente, Ossificação
heterotópica, Infecção, Pseudoartrose, Discrepância de MMII.
FRATURAS DE
QUADRIL
NECROSE AVASCULAR
-A Necrose Avascular é a morte do tecido ósseo devido a falta de suprimento sanguíneo.
-Também chamado de osteonecrose, pode levar a pequenas quebras na estrutura trabecular e
eventual colapso do osso. As fraturas do colo do fêmur e os deslocamentos da articulação do
quadril, podem interromper o fluxo sanguíneo para alguma área da cabeça do fêmur.
FATORES DE RISCO:
Fratura prévia, tabagismo, 65 anos ou mais, baixo imc ,
estar na pós menopausa sem reposição de estrogênio

INCIDÊNCIA:
Incidência maior no sexo feminino,
sendo 8 a cada 1000 mulheres e
6 a cada 1000 homens (2012 JOSPT)

TRATAMENTO:
-Fixação da fratura por osteossíntese por meio do
parafuso DHS-Dynamic Hip Screw, mais recomenda
para pacientes mais jovens;
-Artroplastia total ou parcial do quadril.
VIAS DE ACESSO
VIA LATERAL OU TRANSTROCANTÉRICA
-desinsere totalmente a musculatura abdutora do trocanter ou
realiza a osteotomia do trocanter maior
-tomar cuidado na hora de fortalecer com glúteo médio e
mínimo pois se insere no trocânter maior
-cuidado no movimento de extensão, adução e rotação interna

VIA PÓSTERO-LATERAL
-Separa as fibras do glúteo máximo e aborda a articulação entre
as fibras posteriores do glúteo médio e os rotadores laterais

VIA ÂNTERO-LATERAL
-O cirurgião aborda a articulação pelo intervalo muscular entre
o tensor da fascia lata e as fibras anteriores do glúteo médio e mínimo
FISIOTERAPIA
PRÉ-OPERATÓRIO

-DEVEMOS PREPARAR O PACIENTE PARA A CIRURGIA


-COM ORIENTAÇÕES SOBRE O QUE O PACIENTE PODE OU NÃO FAZER
-AVALIAR DISFUNÇÕES E ALTERAÇÕES JÁ EXISTENTES
-ENTÃO JÁ TREINAMOS MOBILIDADE COM DESCARGA DE PESO PARCIAL
NO MEMBRO QUE VAI SER OPERADO
-TREINAMOS A FORMA CORRETA DE SUBIR E DESCER ESCADA E
ORIENTAMOS COMO O PACIENTE VAI DORMIR OU REALIZAR A TROCA
POSTURAL NO LEITO
FISIOTERAPIA
PÓS-OPERATÓRIO

O paciente deve evitar a realização de adução e RI de


quadril após a cirurgia, portanto sai do centro cirúrgico
com um coxim entre as pernas
Os fisioterapeutas devem ter como objetivo:
equilíbrio, coordenação, melhorar AVD, diminuir risco de queda e
fortalecimento: Gmáx; Gméd; Gmín
Adutores e Rotadores Laterais, quadríceps, isquiotibiais e tríceps sural. (sempre lembrar
qual Via de acesso foi ultilizada na cirurgia)
mobilização precoce
instrução e orientação para um programa domiciliar
Teste de caminhada de 6 minutos
evitar inibição artrogênica
OBRIGADA!
OBRIGADA!

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