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F.M.

DO QUADRANTE INFERIOR
QUADRIL
Profª Luciana de Oliveira Gonçalves, Drª
PELVE – QUADRIL - COXA
QUADRIL

O quadril é formado pelos ossos da bacia (pelve) e pelo


fêmur, que é o osso mais largo do corpo humano. A
região mais dilatada que conseguimos ver em nosso
corpo, que chamamos de quadril, nada mais é do que a
projeção óssea do fêmur, mais especificamente da
região do trocânter maior.
ACETÁBULO

ÍLIO ISQUIO PÚBIS


QUADRIL

FÊMUR
• A extremidade proximal participa da articulação
coxofemoral (articulação do quadril), enquanto a
extremidade distal participa da articulação do joelho.

• A diáfise do fêmur serve como local de origem e


inserção de muitos músculos das extremidades
inferiores.
CÁPSULA ARTICULAR
- A articulação coxofemoral é revestida
externamente por uma cápsula fibrosa e
internamente pela membrana sinovial.
- A partir da sua fixação proximal, a camada
fibrosa estende-se lateralmente até à sua
fixação distal, no fêmur.
- Ela se fixa na linha
intertrocantérica anteriormente, na base do
colo do fêmur, superiormente, próximo
da crista intertrocantérica posteriormente, e
próximo ao trocânter menor, inferiormente.
- É importante enfatizar que o colo do fêmur
possui uma parte da sua estrutura em
situação intracapsular e outra extracapsular.
CÁPSULA ARTICULAR
- A cápsula da articulação coxofemoral é
claramente mais espessa
anterossuperiormente, correspondendo
à área que suporta a maior parte do peso
na posição ereta, quando o quadril está
estendido.
- Posteroinferiormente, a cápsula é
relativamente fina, e se fixa de maneira
frouxa.
- A cápsula da articulação do quadril é
reforçada inferiormente pelo ligamento
pubofemoral e posteriormente
pelo ligamento isquiofemoral.
LIGAMENTOS DO QUADRIL

• Capsulares: iliofemoral, pubofemoral, isquiofemoral.


São ligamentos intrínsecos da cápsula articular e desempenham um
importante papel na manutenção da integridade da articulação durante
os seus movimentos.

• Intracapsulares: ligamento transverso do acetábulo, ligamento da


cabeça do fêmur.
Podem ser encontrados dentro da cápsula e incluem o ligamento
transverso do acetábulo e o ligamento da cabeça do fêmur.
LIGAMENTOS CAPSULARES DO QUADRIL

L. ILIOFEMORAL L. PUBOFEMORAL L. ISQUIOFEMORAL


LIGAMENTOS INTRACAPSULARES DO QUADRIL

L. TRANSVERSO DO ACETÁBULO L. DA CABEÇA DO FÊMUR


MÚSCULOS DO QUADRIL - EXTERNOS
QUADRIL
MÚSCULOS DO QUADRIL - INTERNOS

Existem nove músculos internos do quadril, encontrados na região


anterior da pelve:
- Ilíaco,
- Psoas maior,
- Psoas menor,
- Obturador externo,
- Obturador interno,
- Gêmeo superior,
- Gêmeo inferior,
-Piriforme,
- Quadrado femoral.
MÚSCULOS DO QUADRIL - INTERNOS

PIRIFORME
INERVAÇÃO

A articulação coxofemoral é
inervada pelos ramos articulares
de múltiplos nervos que emergem
do plexo lombossacral (L2-S1).

A inervação para cada região


específica da articulação
normalmente corresponde à
inervação do músculo que a
atravessa:
TRONCO LOMBOSSACRAL
INERVAÇÃO

N. FEMORAL
N. OBTURATÓRIO
INERVAÇÃO

N. GLÚTEO SUPERIOR N. QUADRADO FEMORAL


IMPORTANTE

É importante notar que a dor da coluna vertebral


(lombar) pode ser referida na articulação
coxofemoral, enquanto a dor primária do quadril
pode ser referida no joelho, já que eles possuem
uma inervação semelhante.
VASCULARIZAÇÃO

O fornecimento sanguíneo da
articulação coxofemoral provém
das artérias femorais circunflexas
medial e lateral (ramos da artéria
femoral profunda), da artéria
obturatória e das artérias
glúteas superior e inferior.

Em conjunto, estas artérias formam


a anastomose periarticular, que
como seu nome indica, se localiza
em torno da articulação do quadril.
IMPORTANTE
Esta rede anastomótica dá origem a uma rede de artérias que são
responsáveis pelo fornecimento de sangue para a cabeça e o colo do fêmur.
Além disso, a artéria obturatória dá origem à artéria da cabeça do fêmur
dentro do ligamento da cabeça do fêmur.
MOVIMENTOS DO QUADRIL
MOVIMENTO DE FLEXÃO DO QUADRIL (135◦)
Psoas maior, ilíaco e reto femoral, auxiliados pelos
músculos pectíneo, tensor da fáscia lata e sartório.
MOVIMENTO DE EXTENÇÃO DO QUADRIL (30◦)

Glúteo máximo,
Bíceps femoral,
Semitendíneo,
Semimembranáceo e
Adutor magno.
MOVIMENTO DE ABDUÇÃO DO QUADRIL (45 - 50◦)

Glúteos médio e mínimo,


auxiliados pelos músculos tensor
da fáscia lata, piriforme e
sartório.
MOVIMENTO DE ADUÇÃO DO QUADRIL (20 - 30◦)

Grácil e adutores longo, curto e


magno, auxiliados pelos
músculos pectíneo, quadrado
femoral e pelas fibras inferiores
do glúteo máximo.
MOVIMENTO DE ROTAÇÃO INTERNA DO QUADRIL (35◦)
Glúteos médio e mínimo,
auxiliados pelo tensor da fáscia
lata e pela maioria dos músculos
adutores (piriforme e sartório).

Sartório
MOVIMENTO DE ROTAÇÃO EXTERNA DO QUADRIL (45◦)

Glúteo máximo, obturador


interno, gêmeos superior e
inferior, quadrado femoral e
piriforme, auxiliados pelos
músculos obturador externo e
sartório.
OBSERVAÇÕES NA AVALIAÇÃO DO QUADRIL
OBSERVAÇÕES NA AVALIAÇÃO DO QUADRIL
OBSERVAÇÕES NA AVALIAÇÃO DO QUADRIL
TESTE DE THOMAS – CONTRATURA EM FLEXÃO DO QUADRIL
TESTE DE THOMAS – CONTRATURA EM FLEXÃO DO QUADRIL
COXA VALGA E VARA
COXA VALGA E VARA
NOTAS CLÍNICAS
NOTAS CLÍNICAS - ARTROSE
NOTAS CLÍNICAS

1- A diminuição do espaço
articular é uma marca
registrada do desgaste
articular.

2 e 3 – Osteófitos.

Aumentam muito o atrito


articular e diminuem o
movimento da articulação.

Dor
NOTAS CLÍNICAS - FRATURAS

Fraturas da região
trocantérica:
- Subtrocantérica
- Transtrocantérica
NOTAS CLÍNICAS - FRATURAS
NOTAS CLÍNICAS

Fratura transcervical do colo


do fêmur.
NOTAS CLÍNICAS
NOTAS CLÍNICAS – PRÓTESES DE QUADRIL

- Condição clínica do paciente.


- Tipos.
- Modelos.
- Fixação.
- Fisioterapia pré-operatória.
- Preparar o ambiente.
- Fisioterapia pós operatória.
NOTAS CLÍNICAS – PRÓTESES DE QUADRIL

TIPOS DE PRÓTESE:

Na PRÓTESE
TOTAL/ARTROPLASTIA
TOTAL, utiliza-se dois
componentes básicos: o
femoral e o acetabular.
NOTAS CLÍNICAS – PRÓTESES DE QUADRIL
PRÓTESE
PARCIAL/ARTROPLASTIA
PARCIAL

Esse tipo de prótese é mais


utilizado em casos de fraturas
do colo femoral. Entretanto, a
condição para essa escolha de
procedimento é que a
cartilagem responsável pelo
revestimento da cavidade
acetabular esteja apta para ser
aproveitada.
MODELOS DE PRÓTESES

• Metal-polietileno: Apesar do seu desgaste ocorrer com mais facilidade do que os


outros tipos, em alguns casos ele é uma boa opção.

• Cerâmica-polietileno: essa tipagem possibilita uma maior lubrificação, facilitando


o movimento da prótese, causando menos desconforto. Por sua grande
durabilidade, é a escolha de grande parte dos cirurgiões.

• Cerâmica-cerâmica: essa opção geralmente é escolhida quando o paciente é


jovem e/ou muito ativo, isso porque o desgaste é mínimo.
MODELOS DE PRÓTESES

• Metal-metal: para indicar esse tipo, é preciso que o cirurgião se certifique de que
o paciente não tenha alergias quanto ao material. Esse modelo já foi mais usado
do que atualmente. Hoje em dia, ele é utilizado em casos restritos.

• Cerâmica-metal: não possui nenhuma superioridade entre os outros pares,


podendo ser indicado em casos específicos.

• Oxinium-polietileno: não possui nenhuma superioridade entre os outros pares,


podendo ser indicado em casos específicos.
TIPOS DE FIXAÇÃO

Fixação cimentada: esse tipo pode ser mais indicado para pacientes com osteoporose
ou osso irradiado. Ele determina o suporte do implante através da ocupação do
espaço entre o implante e o microtrabeculado.

Fixação híbrida: aqui o encaixe é feito sob pressão no acetábulo e cimentado no


fêmur. É um dos meios de fixação mais utilizados.

Fixação não-cimentada: esse tipo é escolhido, geralmente, para pacientes mais


jovens. Aqui, o objetivo é a chamada fixação biológica.

Fixação híbrida reversa: esse é o tipo menos utilizado, isso porque ele serve para
casos mais específicos. A principal diferença é que a haste femoral não é cimentada,
ao contrário do acetábulo.
TIPOS DE FIXAÇÃO

Prótese cimentada Prótese não cimentada


TIPOS DE FIXAÇÃO

Híbrida reversa – utiliza as duas


primeiras técnicas na mesma
prótese, porém, ao contrário da
anterior, a fixação não
cimentada ocorre no
componente femoral e a
cimentada, no acetabular.

Prótese com fixação híbrida


PROBLEMAS COMUNS DA PTQ - LUXAÇÃO DA PRÓTESE
 Planejamento cirúrgico.
 Posicionamento dos
implantes
 Teste na cirurgia.
 Arco de movimento seguro.
PROBLEMAS COMUNS DA PTQ - SOLTURA DA PRÓTESE

Rejeição da prótese
Soltura da prótese
PROBLEMAS COMUNS DA PTQ

Arco de movimento seguro:


• Flexão 0 a 90 graus;
• Abdução 0 a 30 graus;
• Adução 0 a 10 graus;
• Rotação interna 10 graus;
• Rotação externa 10 graus;
• Evitando correr e pular, e pelos arcos acima, será necessário sentar em
locais com altura maior que a dobra dos joelhos (o que implica em sentar
com quadril a no máximo 90 graus de flexão);
• Não deve deixar em redes de balanço por pelo menos 1 ano (ideal evitar
para sempre, pelo risco de flexão excessiva ao se levantar da rede);
NOTAS CLÍNICAS - DISPLASIA
NOTAS CLÍNICAS - DISPLASIA
NOTAS CLÍNICAS - DISPLASIA
NOTAS CLÍNICAS - DISPLASIA

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