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Manual

da
Residência
Ortopedia
• Introdução à Anatomia
• Sistema Esquelético
• Sistema Articular
• Sistema Muscular
• Anatomia da Cabeça
• Anatomia Coluna
• Anatomia do Tórax e Abdome
• Anatomia MMSS
• Anatomia MMII
Introdução à Anatomia

Ciência que analisa a morfologia do corpo, estudando sua forma, posição,


tamanho e relação entre as estruturas.

• Anatomia Regional: Estuda os segmentos corpóreos, como cabeça,


coluna, etc;
• Anatomia Sistêmica: Estuda a morfologia dos sistemas, como
digestório, cardiovascular, etc;
• Anatomia Clínica: Estuda a estrutura com base nas desordens e foco
clínico.

É a posição de refência.
• Em pé, ereto, de frente para o observador;
• Cabeça erguida, olhando para frente;
• MMSS estendidos, ao lado do corpo, com
as palmas das mãos para frente;
• Pés no chão, apontados para frente.

Decúbito dorsal

Decúbito ventral Decúbito lateral


Linhas imaginárias que cortam o corpo.
• Mediano ou sagital → direita/esquerda;
• Frontal ou coronal → anterior/posterior;
• Horizontal ou transversal → superior/inferior

❖ OBS: O plano sagital pode ser definido como um plano a parte, por ser
considerado paralelo ao mediano e não o mesmo em si.

Linhas imaginárias perpediculares aos planos.


• Eixo latero-lateral ou transversal;
• Eixo ântero-posterior ou sagital;
• Eixo longitudinal.

Plano Eixo Movimento

Mediano Latero-lateral Flexão/extensão

Coronal Ântero-posterior Abdução/adução

Transversal Longitudinal Rotação


Sistema Esquelético
• Sustentação para o corpo;
• Proteção para as estruturas vitais;
• Base mecânica do movimento;
• Armazenamento de sais;
• Suprimento de novas células sanguíneas.

• Cartilagens → Tecido conjuntivo semirrígido.


• Ossos → Tecido conjuntivo vivo, rígido e com pouca elasticidade.
Periósteo e Pericôndrio
Circunda o osso Circunda a cartilagem

Nutrem as faces externas do tecido esquelético, depositam mais cartilagem ou


osso e formam a interface para fixação de tendões e ligamentos..

A diferença está na
• Osso compacto quantidade de material
• Osso esponjoso sólido e no número e
tamanho dos espaços.

Todos os ossos têm uma camada de osso


compacto ao redor de uma massa central de osso
esponjoso (varia de acordo com a função do osso).

No centro do osso, pode haver a cavidade medular ou as trabéculas, onde há


medula óssea amarela (gordura) e/ou vermelha (células sanguíneas e plaquetas).
• Longos → tubulares
• Curtos → cuboides
• Planos → protetores
• Irregulares
• Sesamoides → protegem os tendões contra o desgaste excessivo e guia o
ângulo de inserção.

• Ossificação intramembranosa:
• Período embrionário e pré-natal
• Ossificação endocondral
• Cartilagem pré-natal e posterior
substituição por osso

Surgem em qualquer lugar onde haja inserção de tendões, ligamentos e fáscias


ou haja artérias que penetrem ou sejam adjacentes ao osso.

Cabeça Face Linhas Sulco


Côndilo Fissura Maléolo Trocânter
Crista Forame Meato Tróclea
Epicôndilo Fossa Processos Tubérculo
Espinha Incisura Protuberância Tuberosidade
• Cartilagem → avascularizada (células obtém O2 e nutrientes por difusão).
• Ossos → suprimento abundante de vasos sanguíneos.
• No osso compacto, é mais comum a vascularização por ramos das
artérias periosteais.
• Na medula óssea, ossos esponjosos e parte mais profunda do osso
compacto, é mais comum a vascularização por artérias nutrícias (ramos
das artérias adjacentes fora do periósteo).
As veias acompanham as artérias e há vasos linfáticos abundantes no periósteo.

NECROSE AVASCULAR: Perda do suprimento arterial de uma parte do osso,


resultando na morte do tecido ósseo.

• Acompanham os vasos sanguíneos;


• Periósteo tem rica inervação
sensitiva (nervos periosteais) que
conduz fibras de dor;
• Dentro do osso, há nervos
vasomotores que causam a
constrição e dilatação dos vasos,
controlando o fluxo sanguíneo
através da medula óssea.

Axial Apendicular
Cabeça Membros superiores (64 ossos)
Cintura escapular e parte livre
Coluna vertebral (33 ossos)
Costelas (12 pares) Membros inferiores (62 ossos)
Cintura pélvica e parte livre
Esterno
Sistema Articular
• As articulações são uniões ou junções entre
dois ou mais ossos ou partes rígidas do
esqueleto.
• Formadas por articulações, ossos e ligamentos.
• Possuem várias formas e funções.

Articulações Sinovais
• Ossos unidos por uma cápsula articular que reveste a cavidade articular.
• Possui uma camada fibrosa externa, com uma membrana sinovial serosa.
• A cavidade articular contém líquido sinovial lubrificante.
• O periósteo que reveste a parte externa da articulação funde-se com a
camada fibrosa da cápsula articular.
• Geralmente são reforçadas por ligamentos acessórios (extrínsecos) ou
espessamento da cápsula (intrínseco).
• Podem ter discos articuladores fibrocartilaginosos ou meniscos caso as faces
articulares sejam irregulares.
• É o tipo mais comum. Permite livre movimento e locomoção.
Tipos
Movimentos de deslizamento no plano das faces, com movimentos limitados
Planas
por suas cápsulas firmes. São muitas e pequenas.
Uniaxiais (flex/ext). Cápsula frouxa e fina anteroposteriormente, com
Gínglimos ou dobradiças
ligamentos colaterais fortes.
Selares Biaxiais (flex/ext; abdu/adu), além de circundação.
Elipsóideas Biaxiais (flex/ext; abdu/adu), com circundação mais restrita.
Esferóides ou Soquetes Multiaxiais (flex/ext; abdu/adu; rotação; circundação).
Trocóideas ou Pivô Uniaxiais Rotação em torno de um eixo central.
Condiloide ou Condilar Biaxiais Encontro de côndilo com platô.
Articulações Fibrosas
• Ossos unidos por tecido fibroso, com grau de movimemto dependente do
comprimento das fibras.
Tipos
Ossos bem próximos, encaixando-se ao longo
Suturas
de um linha ondulada ou superposta.
Lâmina de tecido fibroso (ligamento ou
Sindesmose
membrana) com mobilidade parcial.
Processo semelhante a um pino, encaixando-
Gonfose se. A mobilidade indica distúrbio de
sustentação.

Articulações Cartilaginosas
• Ossos unidos por cartilagem hialina ou fibrocartilagem.
Tipos
Unidos por cartilagem hialina, como uniões
temporárias. Permitem o crescimento do
Sincodrose
comprimento do osso. Contudo, ao atingi-lo, a
ou Primária
lâmina epifisial converte-se em osso e as
epífises fundem-se a diáfise.
Sínfises ou Unidos por fibrocartilagem. Fortes e
Secundárias ligeiramente móveis.
Pouca ou nenhuma mobilidade. Alguma mobilidade. Elevada mobilidade.
Mais frequente nas Mais frequente nas Mais frequente nas
articulações fibrosas. articulações cartilagenosas. articulações sinoviais.

• As articulaçõs são irrigadas por artérias articulares, originadas nos vasos ao


redor da articulação.
• Há anastomose (comunicação) das artérias para formar redes (anastomose
arteriais periarticulares) e assegurar a irrigação nas suas variadas posições.
• As veias articulares são comunicantes que acompanham as artérias, localizadas
na cápsula articular (principalmente na membrana sinovial).

• As articulaçõs têm rica inerverção, propiciada por nervos articulares e com


terminações nervosas sensitivas nas cápsulas.
• Nas mãos e no pés, os nervos articulares são ramos dos nervos cutâneos que
suprem a pele sobrejacente.
• No restante do corpo, os nervos articulares são ramos de nervos que suprem
os músculos que cruzam e movem a articulação.
• Os nervos articulares transmitem impulsos sensitivos da articulação, o que
contribui para a propriocepção.
• A membrana sinovial é relativamente insensível.
• Há muitas fibras de dor na camada fibrosa e nos ligamentos acessórios.
• As terminações nervosas sensitivas respondem à rotação e ao estiramento.
Fáscia Muscular:
• Tecido conjuntivo organizado, denso e que reveste
completamente o corpo sob à pele e à tela subcutânea.
• A fáscia lubrifica e permite o deslizamento entre as fibras
musculares.
• A sua espessua varia de acordo com o seu local.
• Pode servir de fixação (origem) dos músculos subjacentes, mas,
na sua maioria, são livres, permitindo o deslizamento.
• Nunca passa livremente sobre o osso. No local que toca, se funde ao periósteo.
• Participa da bomba musculovenosa, ajudando a reconduzir o sangue para o coração.
É a face interna que reveste estruturas profundas, como músculos
Fáscia de revestimento
individuais e feixes neurovasculares.
Divide grupos musculares com funções semelhantes e mesma
Compartimento fasciais
inervação.

Septos intermusculares Lâminas espessas de fáscia que seperam os compartimentos.

Situa-se entre as paredes musculoesqueléticas e membranas serosas


Fáscia subserosa
que revestem as cavidades do corpo.
A fáscia se espessa para manter os tendões no lugar durante
Retináculo
movimentos articulares.

Bolsas:
• As bolsas são sacos ou envoltório fechados de
membrana serosa (delicada membrana de tecido
conjuntivo que secreta líquido para lubrificar uma face
interna lisa).
• Encontram-se colapsadas e em locais de atrita,
permitindo o movimento mais livre de uma estrutura
sobre a outra.
• As bolsas circudam órgãos e estruturas importantes.
• Sua camada interna é denominada camada visceral.
• Sua camada externa é denominada camada parietal.

Bolsas subcutâneas Encontradas na tela subcutânea entre a pele e as proeminências ósseas.

Bolsas subfasciais Situam-se na fáscia profuda.

Bolsa subtendíneas Facilitam o movimento dos tendões sobre o osso.

Bainhas sinoviais dos Tipo de bolsas alongadas que envolvem os tendões, geralmente quando
tendões atravessam túneis osteofibrosos que fixam os tendões no lugar.
Sistema Muscular
• Músculo estriado esquelético;
• Músculo estriado cardíaco;
• Músculo liso.

• Musculatura somática voluntária;


• Formada pelos ventres (porções carnosas, avermelhadas e contráteis) e pelos
tendões (partes brancas, compostas por feixes de colágeno organizados, não
contráteis, que garantem um meio de inserção);
• Os tendões podem formar aponeuroses (lâminas planas) que fixam o músculos
no esqueleto e/ou fáscia muscular ou na aponeurose de outro músculo.
• Possuem uma origem e inserção que guiam a direção da contração, podendo
ser chamadas também de inserção proximal e distal ou medial e lateral.
FUNÇÕES:
• Lomoção (movimento) e manutenção da postura;
• Absorção de choque para proteção do corpo;
• Modificação da pressão para auxiliar a circulação;
• Produção de calor.
TIPOS DE CONTRAÇÃO:
• Reflexa → Aspectos automáticos.
• Tônica → Tônus muscular: não produz movimento nem resistência ativa, mas
dá firmeza, mantém postura e musculatura pronta para a realização das ações.
• Fásica Isotônica Concêntrica → Encurtamento muscular.
Excêntrica → Relaxamento controlado e
gradual enquanto exerce força contínua.
Isométrica → Comprimento do músculo permance igual. Não há
movimento, mas há aumento da força para acima dos níveis
tônicos para resistir a forças antagônicas.
CLASSIFICAÇÃO:
Agonista Sinergista Estabilizador Antagonista

Principal músculo Auxiliam e Estabiliza Se opõe a ação do


responsável pelo complementam o articulações para o agonista, freia o
movimento agonista movimento movimento

INERVAÇÃO E VASCULARIZAÇÃO:
• Os músculos com ações semelhantes, geralmente, são contidos em um
compartimento fascial comum e supridos pelos mesmos nervos (nervos motores).
• As artérias, geralmente, irrigam as estruturas com as quais entram em contato.

TIPOS DE FIBRAS MUSCULARES:


Vermelhas ou Tipo I Brancas ou Tipo II

Contração lenta Contração rápida


(fibras oxidativas) Baixa quantidade de mioglobinas
e mitocôndrias
Alta quantidade de mioglobinas e
mitocôndrias Metabolismo anaeróbico

Metabolismo aeróbico Baixa resistência a fadiga


(muito vascularizada) Grande intensidade
Elevada resistência a fadiga
II a: força moderada e II b: maior força e menor
Pequena intensidade resistência a fadiga
maior resistência a fadiga
TECIDO MUSCULAR ESQULÉTICO:
• Sarcômero → unidade funcional da fibra composta por várias miofibrilas;
• Túbulos T → trasmite o potencial de ação para as porções internas da fibra;
• Retículo sarcoplasmático → compartimenta o Ca2+ (cálcio);
• Sarcoplasma → citoplasma;
• Sarcolema → membrana plasmática;
• Fibras musculares → células musculares;
• Feixe ou fascículo → conjunto de fibras musculares;
• Unidade motora → neurônio motor + fibra muscular que ele controla.;
• Placa motora → conjunto de unidades motoras;
• Endomísio → reveste a fibra muscular;
• Perimísio → reveste o feixe;
• Epimísio → reveste o conjunto de feixes, formando o músculo..
FISIOLOGIA DA CONTRAÇÃO MUSCULAR:
Para acontecer a contração muscular é necessária a ligação e deslizamento do
filamento fino (actina) sobre o filamento grosso (miosina)., impedida, no repouso,
devido ao complexo troponina-tropomiosina.

Repouso Contração
1) Neurônio motor desencadeia potencial de ação, liberando acetilcolina
(neurotransmissor) na fenda sináptica da placa motora, realizando a
despolarização;
2) O túbulo T propaga a despolarização para as porções mais internas das
miofibrilas e o retículo sarcoplasmático muda de conformação e altera sua
permeabilidade, liberando Ca2+ para o sarcoplasma;

3) O Ca2+ liga-se a troponina, deslocando a tropomiosina e expondo o sítio de


ligação;
4) Actina e miosina ligam-se em 45º (PONTE CRUZADA);
5) O ATP ligado à miosina sofre hidrólise, liberando energia e gerando o
deslizamento do filamento fino sobre o filamento grosso, ocorrendo a tração
da banza Z sobre banda Z, encurtando o sarcômero.
6) Para o relaxamento, é necessária a que a acetilcolinesterae (presente na
fenda) quebre as partículas de acetilcolina e faça a recaptação de Ca2+ pela
bomba de serca (sistema contra o gradiente de pressão), que funciona
através da hidrólise de outro ATP. Este, liga-se ao sítio e move a cabeça da
miosina para 90º, desfazendo a ponte cruzada e liberando o cálcio;
7) O complexo troponina-tropomiosina retorna à sua posição, relaxando o
sarcômero e o retículo sarcoplasmático volta a sua conformação.

RESUMO:
1. Despolarização do sarcolema;
2. Retículo sarcoplasmático libera Ca2+;
3. Ca2+ liga-se a troponina e move tropomiosina;
4. Ponte cruzada entre actina e miosina;
5. ATP sofre hidrólise, gerando deslizamentoe, encurtando sarcômero;
6. Outro ATP se liga ao sítio, desfazendo a ponte e recaptando Ca2+;
7. Sarcômero relaxa.
• Musculatura visceral involuntária., que forma a parede do coração (miocárdio) e
adjacências dos grandes vasos, bombeando o sangue.
• A frequência cardíaca é controlada intrinsicamente por um marca-passo (sistema
condutor formado por fibras musculares cardíacas especializadas, influenciados
pela divisão autonômica do sistema nervoso).
• Para manter o nível contínuo de atividade, a irrigação é duas vezes maior que a
esquelética.
• Possui fibras mono ou binuclares., além de possuir discos intercalares, garatindo
que a contração seja em conjunto e em sintonia (sincício).
• Os discos intercalares são formados pelos desmossomos (mantêm as células
adjacentes) e as junções comunicantes (conectam eletricamente as células)
• Possui músculos papilares, que fornecem estabilidade para as cordas tendíneas
das válvulas atrioventriculares.

A contração muscular segue praticamente os mesmos passos da contração no


músculo estriado esquelético, com algumas diferenças:
• Os túbulos T são mais largos que os do músculo esquelético;
• Tanto o cálcio intracelular
quanto o extracelular estão
envolvidos na contração
cardíaca: o grande influxo de
cálcio externo age como
desencadeador da liberação
do cálcio armazenado na luz
do retículo sarcoplasmático,
provocando a contração ao
atingir as miofibrila.
• Musculatura visceral involuntária..
• Possui fibras pequenas, fusiformes e mononucleares,
unidas por fibras reticulares (colágeno tipo III).
• Forma a maior parte dos vasos sanguíneos e órgãos ocos.
• Não existem retículo sarcoplasmático e túbulos T ou eles são muito reduzidos.
Por isso, no sarcolema, há um grande número de vesículas de pinocitose,
chamadas cavéolas, onde os íons de cálcio ficam armazenados.
• Há ausência de troponina, impossibilitando a formação do complexo troponina-
tropomiosina. Ao invés desse complexo, o cálcio se liga a proteína calmodulina.

FUNÇÕES:
• Desloca substâncias por meio de contrações lentas, sequenciais e coordenadas.
• Responsável pelo fechamento de orifícios. Ex: piloro, óstio uterino.
• Produção de proteínas do tecido conjuntivo, como colágeno (colagénio) e
elastina (miofibroblastos).

Tipos
Eletricamente conectadas por junções
comunicantes (junções gap ou nexos) e
Unitárias
contraem uniformemente. Ex: parede de
órgãos internos e vasos sanguíneos
Independentes umas das outras e
portanto precisam ser inervadas
Múltiunitárias individualmente, permitindo um controle
muscular muito mais preciso. Ex: íris e nos
músculos eretores dos pelos.

INVERVAÇÃO E VASCULARIZAÇÃO:
• A musculatura lisa é regulada pelo sistema nervoso autônomo, através do
sistemas simpáticos e parassimpáticos e pelos neurotransmissores
(norepinefrina e acetilcolina – uma inibe, a outra excita, viceversa) e hormônios.
• Os capilares sanguíneos e linfáticos irrigam as células lisas passando pela
membra basal que as recobrem..
FISIOLOGIA DA CONTRAÇÃO:
1) As concentações de Ca2+ intracelular
aumentam quando o Ca2+ extra celular
entra na célula e quando é liberdo a
partir do retículo sarcoplasmático,
devido ao aumento do IP3.
2) O Ca2+ se liga à calmodulina (CaM).
3) O complexo Ca2+-calmodulina ativa a
cinase da cadeia leve de miosina
(MLCK).
4) A MLCK fosforila as cadeias leves nas
cabeças da miosina e aumenta a
atividade da ATPase da miosina.
5) As pontes cruzadas ativas de miosina
deslizam ao longo a actina e geram
tensão muscular.

FISIOLOGIA DO RELAXAMENTO:
1) O Ca2+ livre no citosol diminui quando o
CA é bombeado para fora da célula ou de
volta para o retículo sarcomplasmático.
2) O Ca2+ se desliga à calmodulina.
3) A fosfatase da miosina retira o fosfato da
miosina, diminuindo a atividade da ATPase
da miosina.
4) Menos ATPase da miosina resulta na
diminuição da tensão muscular.

A desfosforilação da miosina não resulta automaticamente no relaxamento. A miosina


permanece ligada a actina por um período chamado estado de “tranca”. Não ocorre o consumo
de ATP, portanto, o músculo permanece contraído sem consumir energia.
Anatomia da Cabeça
• Os ossos da cabeça são divididos em: duas partes:
o Neurocrânio e o Esqueleto da Face (Viscerocrânio).
• O neurocrânio fornece o invólucro para o cérebro e as
meninges encefálicas, partes proximais dos nervos
cranianos e vasos sanguíneos. Possui um teto em forma
de cúpula, a calota, que possui três fossas (anterior,
média e posterior), e um assoalho ou base do crânio.
• O viscerocrânio consiste em ossos que circundam a boca e o nariz e
contribuem para as órbitas.
• Vários ossos do crânio (frontal, temporal, esfenoide e etmoide) são ossos
pneumáticos, contendo espaços aéreos para reduzir seu peso.
Neurocrânio Frontal (1), Occipital (1), Esfenoide (1), Etmóide (1), Temporal (2), Pariental (2)

Mandíbula (1), Vômer (1), Zigomático (2), Maxilar (2), Palatino (2), Nasal (2), Lacrimal (2),
Viscerocrânio
Concha Nasal Inferior (2)
Osso temporal e
suas características

Mandíbula e suas
características
Para tornar o crânio uma estrutura fechada e resistente, estes ossos se conectam através de
articulações fibrosas chamadas suturas. As principais:

Pontos craniométricos são pontos anatômicos utilizados como referência para craniometria.

Pontos craniométricos Localização


Junção da asa maior do esfenoide, parte escamosa do temporal, frontal e
Ptério
parietal
Lambda Ponto na calvária na junção das suturas lambdóidea e sagital
Bregma Ponto na calvária na junção das suturas coronal e sagital
Ponto superior do neurocrânio, no meio, com o crânio orientado no plano
Vértice
anatômico (orbitomeatal ou de Frankfort)
Astério Junção de três suturas: parietomastóidea, occipitomastóidea e lambdóidea
Nos frontais superiormente à raiz do nariz; parte com projeção mais
Glabela
anterior da fronte
Ínio Ponto mais proeminente da protuberância occipital externa
Násio Ponto de encontro das suturas frontonasal e internasal do crânio
Forame N. glossofaríngeo (CNIX), N. vago
V. emissárias
cego (CNX), porção descendente do N.
Forame jugular
espinhal acessório (CNXI), V. jugular
Canais N. ópticos (CNII), A. interna
ópticos oftálmicas
Tronco cerebral/medula espinhal, A.
N. oculomotor (NCIII), N. Forame magno vertebrais, porção ascendente do N.
Fissura troclear (CNIV), divisão espinhal acessório (CNXI)
orbital oftálmica do N. trigêmeo
superior (CNV1), N. abducente (CN VI), Canal do
N. hipoglosso (CNXII)
V. oftálmicas hipoglosso

Forame Divisão maxilar do N. trigêmeo V. emissária que segue do seio


redondo (CNV2) Canal condilar sigmóideo até Vv. vertebrais no
pescoço
Divisão mandibular do N.
Forame
trigêmeo (CNV3), e artéria V. emissária mastóidea do seio
oval Forame
meníngea acessória sigmóideo e ramo meníngeo da A.
mastóide
occipital
Forame A. meníngea média e ramo
espinhoso meníngeo do NCV3 Meato acústico N. facial (CNVII), N.. vestibulococlear
interno (CNVIII)
N. petroso profundo e alguns
Forame
ramos arteriais meníngeos e Fossa hipofisal Acomodação da hipófise
lacerado
pequenas veias
Canal carótido A. carótida interna
Hiato do N.
N. petroso maior e ramo
petroso Forame
petroso da A. meníngea média N. facial
maior estilomastoideo
• O couro cabeludo é formado por pele (normalmente com pelos) e tecido
subcutâneo, que cobrem o neurocrânio. Possui cinco camadas:
• Pele: fina, exceto na região occipital; contém muitas glândulas sudoríferas
e sebáceas, além de folículos pilosos. A irrigação arterial é abundante e
há boa drenagem venosa e linfática
• Tecido conectivo: forma a tela subcutânea espessa, densa e ricamente
vascularizada, bem suprida por nervos cutâneos
• Aponeurose (aponeurose epicrânica): a lâmina tendínea larga e forte que
cobre a calvária e é o local de fixação dos ventres musculares que
convergem da fronte e do occipúcio (o músculo occipitofrontal) e dos
temporais de cada lado (os músculos temporoparietal e auricular
superior). Juntas, essas estruturas constituem o epicrânio
musculoaponeurótico.
• Tecido conectivo frouxo: uma camada esponjosa contendo espaços
virtuais, que podem ser distendidos por líquido em caso de lesão ou
infecção. Essa camada permite o livre movimento do couro cabeludo
propriamente dito (as três primeiras camadas — pele, tecido conectivo e
aponeurose epicrânica) sobre a calvária
• Pericrânio: uma camada densa de tecido conectivo que forma o periósteo
externo do neurocrânio. Está firmemente fixado, mas pode ser arrancado
com facilidade do crânio de pessoas vivas, exceto nos locais onde é
contínuo com o tecido fibroso nas suturas do crânio.
• Os músculos da face (músculos da expressão facial) estão na tela subcutânea da
parte anterior e posterior do couro cabeludo, face e pescoço.
• A maioria dos músculos se fixa ao osso ou fáscia e atua mediante tração da pele.
• O músculo orbicular do olho tem três partes:
• Parte palpebral: originada no ligamento palpebral medial e localizada
principalmente nas pálpebras, as quais fecha suavemente (como ao piscar
ou dormir) para evitar o ressecamento da córnea.
• Parte profunda: passa posteriormente ao saco lacrimal e movimenta as
pálpebras medialmente, auxiliando a drenagem das lágrimas.
• Parte orbital: sobrejacente à margem orbital e fixada ao frontal e à maxila
medialmente, fecha as pálpebras com firmeza (como ao piscar com força
ou semicerrar os olhos) para proteger os bulbos dos olhos contra a luz e a
poeira.
• A face é ricamente suprida por artérias superficiais e veias externas.
• Os ramos terminais de artérias e veias anastomosam-se livremente, o que inclui
anastomoses através da linha mediana com seus pares contralaterais.
• A maioria das artérias superficiais da face é ramo ou derivada de ramos da
artéria carótida externa.
• O couro cabeludo tem uma rica vascularização. As artérias seguem na segunda
camada do couro cabeludo, a camada de tecido conectivo subcutâneo entre a
pele e a aponeurose epicrânica. As paredes arteriais estão firmemente fixadas
ao tecido conectivo denso no qual as artérias estão inseridas, o que limita sua
capacidade de contração quando seccionadas. Logo, as feridas do couro
cabeludo estão associadas a hemorragia abundante.

• A maioria das veias externas da face


e do couro cabeludo são drenadas por
veias que acompanham as artérias da
face e do couro.
• O retorno venoso da face
normalmente é superficial, mas
anastomoses com veias profundas, um
seio dural e o plexo venoso podem
permitir drenagem profunda para as
veias avalvulares
• Os nervos cranianos, que são raízes nervosas que entram e saem do tronco
cerebral, são componentes do sistema nervoso periférico que promovem a
inervação sensitiva e motora da cabeça, são análogos aos nervos espinhais.

• O nervo trigêmeo (NC V) é o principal responsável pela inervação cutânea


(sensitiva) da face e da parte anterossuperior do couro cabeludo; e o nervo
facial (NC VII) é o responsável pela inervação motora dos músculos faciais.
• O nervo trigêmio é divido em nervo oftálmico (NC V1), o nervo maxilar (NC V2) e
o nervo mandibular (NC V3).
Anatomia da Coluna
• A coluna vertebral tem 33 vértebras, organizadas em cinco regiões:
• 7 vértebras cervicais;
• 12 torácicas;
• 5 lombares;
• 5 sacrais;
• 4 coccígeas.
• Só há movimento significativo entre as 25 vértebras superiores.
• Das 9 vértebras inferiores, as 5 vértebras sacrais e as 4 vértebras
coccígeas estão fundidas
• As vértebras tornam-se maiores gradualmente, à medida que a coluna
vertebral desce até o sacro, e depois tornam-se progressivamente menores em
direção ao ápice do cóccix, suportando cada vez mais peso corporal.
• A coluna vertebral é flexível porque é formada por muitos ossos relativamente
pequenos, chamados vértebras, que são separados por discos intervertebrais
elásticos.
• As vértebras cervicais, torácicas, lombares e a primeira sacral, ao todo 25,
também se articulam nas articulações dos processos articulares
(zigapofisárias), que facilitam e controlam a flexibilidade da coluna vertebral.
A vértebra típica consiste em 1 corpo vertebral, 1 arco vertebral e 7 processos.

• O corpo vertebral é a parte anterior do osso, de maiores proporções, que


confere resistência à coluna vertebral e sustenta o peso do corpo.
• É formado por osso trabecular (esponjoso) vascularizado, revestido por
uma fina camada externa de osso compacto.
• Os espaços entre as trabéculas são ocupados por medula óssea
vermelha.
• Um ou mais forames grandes na face posterior do corpo vertebral
abrigam as veias basivertebrais que drenam a medula óssea.
• A maior parte das faces
superior e inferior do corpo
vertebral é coberta por discos
de cartilagem hialina, que são
remanescentes do modelo
cartilaginoso a partir do qual se
desenvolve o osso.
• O arco vertebral está situado posteriormente ao corpo vertebral e consiste em
dois pedículos e lâminas (direitos e esquerdos).
• Os pedículos são processos que se projetam posteriormente do corpo
vertebral para encontrar duas placas de osso largas e planas,
denominadas lâminas, que se unem na linha mediana posterior.
• O arco vertebral e a face posterior do corpo vertebral formam as
paredes do forame vertebral. A sucessão de forames vertebrais na coluna
vertebral articulada forma o canal vertebral, que contém a medula
espinal e as raízes dos nervos espinais, juntamente com as membranas
(meninges), a gordura e os vasos.
• As incisuras vertebrais são entalhes observados em vistas laterais das
vértebras. As incisuras vertebrais superiores e inferiores das vértebras
adjacentes e os discos que as unem formam os forames intervertebrais,
através dos quais os nervos espinais emergem da coluna vertebral. Além
disso, os gânglios sensitivos espinais (raiz posterior) estão localizados
nesse forame.
• 7 processos originam-se do arco vertebral de uma vértebra comum.
• 1 processo espinhoso mediano projeta-se posteriormente a partir do arco
vertebral na junção das lâminas
• 2 processos transversos projetam-se posterolateralmente a partir das
junções dos pedículos e lâminas.
• 4 processos articulares — dois superiores e dois inferiores — também se
originam das junções dos pedículos e lâminas, cada um deles
apresentando uma face articular.
• Os processos espinhosos e transversos são locais de fixação dos
músculos profundos do dorso e servem como alavancas, facilitando os
músculos que fixam ou mudam a posição das vértebras.
• Os processos articulares estão em aposição aos processos
correspondentes de vértebras adjacentes (superiores e inferiores) a eles,
formando as articulações dos processos articulares (zigapofisárias)
VÉRTEBRAS CERVICAIS:
▪ Os discos intervertebrais cervicais são mais finos do que aqueles das regiões
inferiores, mas são relativamente espessos em comparação ao tamanho dos
corpos vertebrais que unem.
▪ A espessura relativa dos discos intervertebrais, a orientação quase horizontal
das faces articulares e a pequena massa corporal adjacente dão à região
cervical a maior amplitude e variedade de movimento de todas as regiões
vertebrais.
▪ O atributo mais característico das vértebras cervicais é o forame transversário
oval no processo transverso. As artérias vertebrais e suas veias acompanhantes
atravessam os forames transversários, exceto em C7, onde dão passagem
apenas a pequenas veias acessórias.
▪ Os processos transversos das vértebras cervicais terminam lateralmente em
duas projeções: um tubérculo anterior e um tubérculo posterior. Os tubérculos
dão fixação a um grupo de músculos cervicais laterais (levantadores da
escápula e escalenos). Os ramos anteriores dos nervos espinais cervicais
seguem inicialmente sobre os processos transversos nos sulcos do nervo espinal
entre os tubérculos. Os tubérculos anteriores da vértebra C6 são chamados de
tubérculos caróticos porque as artérias carótidas comuns podem ser
comprimidas nesse local, no sulco entre o tubérculo e o corpo, para controlar o
sangramento desses vasos.
▪ As vértebras C3 a C7 são vértebras cervicais típicas. Elas têm grandes forames
vertebrais para acomodar a intumescência cervical da medula espinal em
consequência do papel dessa região na inervação dos membros superiores.
▪ As duas vértebras cervicais superiores são atípicas. A vértebra C1, também
denominada atlas, é singular porque não tem corpo nem processo espinhoso.
▪ Os processos transversos do atlas originam-se das massas laterais, fazendo com
que estejam posicionados lateralmente em relação aos das vértebras inferiores.
Essa característica torna o atlas a mais larga das vértebras cervicais, o que
proporciona maior alavanca para os músculos fixados.
▪ As faces articulares superiores côncavas e reniformes das massas laterais
articulam-se com duas grandes protuberâncias cranianas, os côndilos occipitais
nas laterais do forame magno.
▪ A vértebra C2, também denominada áxis, é a mais forte das vértebras cervicais.
▪ O áxis tem duas grandes faces planas de sustentação, as faces articulares
superiores, sobre as quais gira o atlas. A característica que distingue C2 é o
dente rombo, que se projeta do seu corpo para cima. O dente situa-se
anteriormente à medula espinal e serve como eixo em torno do qual ocorre a
rotação da cabeça.
VÉRTEBRAS TORÁCICAS:
▪ As vértebras torácicas estão localizadas na parte superior do dorso e nelas se
fixam as costelas. Assim, as principais características das vértebras torácicas
são as fóveas costais para articulação com as costelas.
▪ As quatro vértebras torácicas intermediárias (T5 a T8) têm todos os elementos
típicos das vértebras torácicas.
▪ As vértebras T1 a T4 têm características em comum com as vértebras cervicais.
▪ T1 é atípica em relação às vertebras torácicas porque tem um processo
espinhoso longo, quase horizontal. Também tem uma fóvea costal completa na
margem superior de seu corpo para a 1ª costela e uma hemifóvea em sua
margem inferior que contribui para formar a face articular para a 2ª costela.
▪ As vértebras T9 a T12 têm algumas características das vértebras lombares.
Também há processos mamilares (pequenos tubérculos) na vértebra T12.
▪ T12 tem sua metade superior tem caráter torácico, apresentando fóveas costais
e processos articulares que permitem movimento basicamente giratório,
enquanto sua metade inferior tem caráter lombar, sem fóveas costais e com
processos articulares que permitem apenas flexão e extensão.
VÉRTEBRAS LOMBARES:
▪ Como o peso que sustentam aumenta em direção à extremidade inferior da
coluna vertebral, as vértebras lombares têm corpos grandes, sendo responsáveis
pela maior parte da espessura da região inferior do tronco no plano mediano.
▪ As faces articulares de L5 e S1 têm orientação nitidamente coronal.
▪ Na face posterior da base de cada processo transverso há um pequeno
processo acessório, que permite a fixação dos músculos intertransversários. Na
face posterior dos processos articulares superiores há pequenos tubérculos, os
processos mamilares, que permitem a fixação dos músculos multífidos e
intertransversários no dorso.
▪ A vértebra L5, caracterizada por seu corpo e processos transversos fortes, é a
maior de todas as vértebras móveis. Sustenta o peso de toda a parte superior
do corpo. O corpo de L5 é bem mais alto anteriormente; portanto, é o principal
responsável pelo ângulo lombossacral entre o eixo longitudinal da região lombar
da coluna vertebral e o do sacro.
SACRO E CÓCCIX:
▪ O canal sacral é a continuação do canal vertebral no sacro. Contém o feixe de
raízes dos nervos espinais originadas abaixo da vértebra L1, conhecido como
cauda equina, que desce após o término da medula espinal.
▪ Nas faces pélvica e dorsal do sacro, entre seus componentes vertebrais, há
normalmente quatro pares de forames sacrais para a saída dos ramos
posteriores e anteriores dos nervos espinais. Os forames sacrais anteriores
(pélvicos) são maiores do que os posteriores (dorsais).
▪ O sacro é inclinado de forma que se articula com a vértebra L5 no ângulo
lombossacral, que varia de 130° a 160°.
▪ A face pélvica do sacro é lisa e côncava. Quatro linhas transversas nessa face
dos sacros de adultos indicam onde houve fusão das vértebras sacrais. A face
dorsal do sacro é rugosa, convexa e caracterizada por cinco cristas longitudinais
proeminentes.
▪ A face pélvica do cóccix é côncava e relativamente lisa, e a face dorsal tem
processos articulares rudimentares.
▪ O cóccix permite a fixação de partes dos músculos glúteo máximo e coccígeo e
do corpo anococcígeo, a faixa fibrosa mediana dos músculos pubococcígeos.
ARTICULAÇÕES DOS CORPOS VERTEBRAIS:
▪ As articulações dos corpos vertebrais são sínfises (articulações cartilagíneas
secundárias) destinadas a sustentação de peso e resistência.
▪ As faces articulares das vértebras adjacentes são unidas por discos
intervertebrais e ligamentos.
▪ Os discos intervertebrais oferecem fixações fortes entre os corpos vertebrais,
unindo-os em uma coluna vertebral semirrígida contínua e formando a metade
inferior da margem anterior do forame intervertebral.
▪ O anel fibroso é um anel saliente que consiste em lamelas concêntricas de
fibrocartilagem que formam a circunferência do disco intervertebral.
▪ O anel é mais fino posteriormente e pode ser incompleto posteriormente na
região cervical no adulto.
▪ A vascularização do anel diminui progressivamente em direção central, e apenas
o terço externo do anel recebe inervação sensitiva.
▪ O núcleo pulposo é o núcleo central do disco intervertebral.. Sua natureza
semilíquida é responsável por grande parte da flexibilidade e resiliência do
disco intervertebral e da coluna vertebral como um todo.
▪ Forças verticais deformam os discos intervertebrais, que absorvem o choque. Os
núcleos tornam-se mais largos quando são comprimidos e mais finos quando
são tensionados ou distendidos.
▪ O núcleo pulposo é avascular; é nutrido por difusão de vasos sanguíneos
situados na periferia do anel fibroso e do corpo vertebral.
▪ As “articulações” uncovertebrais (fendas de
Luschka) costumam se desenvolver entre os
uncos dos corpos das vértebras cervicais.
▪ As faces articulares dessas estruturas
semelhantes a articulações são cobertas por
cartilagem umedecida por líquido contido em
um espaço virtual interposto, ou “cápsula”.
▪ Alguns as consideram articulações sinoviais;
outros, espaços degenerativos (fendas) nos
discos ocupados por líquido extracelular.

▪ O ligamento longitudinal anterior é uma


faixa fibrosa forte e larga que cobre e une
as faces anterolaterais dos corpos
vertebrais e discos intervertebrais.
▪ O ligamento estende-se da face pélvica do
sacro até a vértebra C1 e o osso occipital.
▪ Embora seja mais espesso na face anterior
dos corpos vertebrais, o ligamento
longitudinal anterior também cobre as
faces laterais dos corpos até o forame
intervertebral.
▪ Esse ligamento impede a hiperextensão da
coluna vertebral, mantendo a estabilidade
das articulações entre os corpos vertebrais.

▪ O ligamento longitudinal posterior é uma faixa muito mais estreita, um pouco


mais fraca, do que o ligamento longitudinal anterior.
▪ Segue dentro do canal vertebral ao longo da face posterior dos corpos
vertebrais. Está fixado principalmente aos discos intervertebrais.
▪ Esse ligamento resiste pouco à hiperflexão e ajuda a evitar ou redirecionar a
herniação posterior do núcleo pulposo.
▪ É bem suprido por terminações nervosas nociceptivas.
ARTICULAÇÕES DOS ARCOS VERTEBRAIS:
▪ As articulações dos arcos vertebrais são as articulações dos processos
articulares ou zigapofisárias (articulações facetárias).
▪ São articulações sinoviais planas entre os processos articulares superiores e
inferiores de vértebras adjacentes.
▪ Cada articulação é circundada por uma cápsula articular fina. Na região cervical,
elas são mais finas e frouxas, refletindo a grande amplitude de movimento.
▪ A cápsula articular é fixada às margens das faces articulares dos processos
articulares de vértebras adjacentes.
▪ Ligamentos acessórios unem as lâminas, processos transversos e processos
espinhosos e ajudam a estabilizar as articulações.
▪ As articulações dos processos articulares permitem movimentos de
deslizamento entre os processos articulares.
▪ Nas regiões cervical e lombar, essas articulações sustentam algum peso,
compartilhando a função com os discos
intervertebrais, sobretudo durante a flexão lateral.
▪ As articulações dos processos articulares são
inervadas por ramos articulares que se originam
dos ramos mediais dos ramos posteriores dos
nervos espinais. Cada ramo articular inerva duas
articulações adjacentes; portanto, cada
articulação é suprida por dois nervos.
LIGAMENTOS ACESSÓRIOS DAS ARTICULAÇÕES INTERVERTEBRAIS:
• As lâminas de arcos vertebrais adjacentes são unidas por faixas largas e
amarelo-claras de tecido elástico, denominadas ligamentos amarelos.
• Esses ligamentos estendem-se quase verticalmente entre a lâmina
superior e a lâmina inferior, e os ligamentos de lados opostos encontram-
se e fundem-se na linha mediana
• Os ligamentos amarelos unem as lâminas das vértebras adjacentes,
formando seções alternadas da parede posterior do canal vertebral.
• São ligamentos longos, finos e largos na região cervical, tornam-se mais
espessos na região torácica e têm espessura máxima na região lombar.
• Esses ligamentos resistem à separação da lâmina vertebral por limitação
da flexão abrupta da coluna vertebral, evitando, assim, a lesão dos discos
intervertebrais.
• Os ligamentos amarelos, fortes e elásticos, ajudam a preservar as
curvaturas normais da coluna vertebral e auxiliam na extensão da coluna
após a flexão
• Os processos espinhosos adjacentes são unidos por ligamentos interespinais
fracos, muitas vezes membranáceos, e por ligamentos supraespinais fortes e
fibrosos.
• Os finos ligamentos interespinais unem processos espinhosos adjacentes,
fixando-se da raiz até o ápice de cada processo.
• Os ligamentos supraespinais, semelhantes a cordões, unem as extremidades
dos processos espinhosos desde C7 até o sacro e fundem-se na parte superior
com o ligamento nucal na região cervical posterior.
• O ligamento nucal, forte e largo, é constituído de tecido fibroelástico espesso,
que se estende como uma faixa mediana desde a protuberância occipital
externa e a margem posterior do forame magno até os processos espinhosos
das vértebras cervicais.
• É o local de fixação dos músculos que se fixam nos processos espinhosos
das vértebras em outros níveis.
• Os ligamentos intertransversários, que unem processos transversos adjacentes,
consistem em fibras dispersas na região cervical e cordões fibrosos na região
torácica. Na região lombar esses ligamentos são finos e membranáceos.
ARTICULAÇÕES CRANIOVERTEBRAIS:
▪ As articulações craniovertebrais são articulações sinoviais que não têm discos
intervertebrais.
▪ Sua arquitetura permite uma amplitude de movimento maior do que o restante
da coluna vertebral.
▪ As articulações incluem os côndilos occipitais, o atlas e o áxis.
Articulações Atlantoccipitais:
▪ Situam-se entre as faces articulares superiores das massas laterais do atlas e
os côndilos occipitais.
▪ Essas articulações possibilitam a flexão e extensão da cabeça e a inclinação
lateral da cabeça. Também uma leve flexão lateral e rotação.
▪ São articulações sinoviais elipsóideas e têm cápsulas articulares finas e frouxas.
▪ O crânio e C1 também estão unidos
por membranas atlantoccipitais
anterior e posterior, que se estendem
dos arcos anterior e posterior de C1
até as margens anterior e posterior do
forame magno.
▪ As membranas anteriores são
formadas por fibras largas e
densamente entrelaçadas. As
membranas posteriores são largas,
mas relativamente fracas.
Articulações Atlantoaxiais:
▪ Duas articulações atlantoaxiais laterais (direita e esquerda) (entre as faces
inferiores das massas laterais de C1 e as faces superiores de C2), e uma
articulação atlantoaxial mediana (entre o dente de C2 e o arco anterior do atlas).
▪ As articulações atlantoaxiais laterais são sinoviais planas, enquanto a articulação
atlantoaxial mediana é trocóidea.
▪ O movimento das três articulações atlantoaxiais permite que a cabeça gire de um
lado para outro.
▪ Durante a rotação da cabeça, o dente de C2 é o eixo ou pivô, que é mantido em
uma cavidade ou colar formado anteriormente pelo arco anterior do atlas e
posteriormente pelo ligamento transverso do atlas; essa faixa resistente estende-
se entre os tubérculos nas faces mediais das massas laterais da vértebra C1.
▪ Fascículos longitudinais superiores e inferiores com orientação vertical, porém
muito mais fracos, seguem do ligamento transverso do atlas até o occipital
superiormente e até o corpo de C2 inferiormente.
▪ O ligamento cruciforme do atlas é formado pelo ligamento transverso do atlas
junto com os fascículos longitudinais.
▪ Os ligamentos alares estendem-se das laterais do dente do áxis até as margens
laterais do forame magno. Esses cordões arredondados e curtos fixam o crânio à
vértebra C1 e servem como ligamentos de contenção, evitando a rotação excessiva
nas articulações.
▪ A membrana tectória é a forte continuação superior do ligamento longitudinal
posterior que se alarga e segue posteriormente sobre a articulação atlantoaxial
mediana e seus ligamentos.
▪ A amplitude de movimento da coluna vertebral varia de acordo com a região e o
indivíduo.
▪ A mobilidade da coluna vertebral decorre principalmente da compressibilidade e
elasticidade dos discos intervertebrais. A coluna vertebral faz movimentos de
flexão, extensão, flexão e extensão laterais, e rotação (torção).
▪ A amplitude de movimento da coluna vertebral é limitada por:
▪ Espessura, elasticidade e compressibilidade dos discos intervertebrais.;
▪ Formato e orientação das articulações dos processos articulares;
▪ Tensão das cápsulas articulares das articulações dos processos articulares;
▪ Resistência dos músculos e ligamentos do dorso;
▪ Fixação à caixa torácica;
▪ Volume de tecido adjacente.
▪ Os movimentos entre vértebras adjacentes ocorrem nos núcleos pulposos
resilientes dos discos intervertebrais (que atuam como eixo de movimento) e nas
articulações dos processos articulares.
▪ Embora os movimentos entre vértebras adjacentes sejam relativamente pequenos,
sobretudo na região torácica, a soma de todos os pequenos movimentos produz
considerável amplitude de movimento da coluna vertebral como um todo.
▪ Os movimentos da coluna vertebral são mais livres nas regiões cervical e lombar
do que nas outras partes. A flexão, a extensão, a flexão lateral e a rotação do
pescoço são mais livres porque:
▪ Os discos intervertebrais, embora sejam finos em relação à maioria dos
outros discos, são espessos em relação ao tamanho dos corpos vertebrais
nesse nível;
▪ As faces articulares das articulações dos processos articulares são
relativamente grandes e os planos articulares são quase horizontais;
▪ As cápsulas articulares das
articulações dos processos
articulares são frouxas;
▪ O pescoço é relativamente
delgado (com menor volume de
tecidos moles adjacente em
comparação com o tronco).
▪ A coluna vertebral em adultos tem quatro
curvaturas que ocorrem nas regiões cervical,
torácica, lombar e sacral.
▪ As cifoses torácica e sacral são côncavas
anteriormente, enquanto as lordoses cervical
e lombar são côncavas posteriormente.
▪ As cifoses torácica e sacral são curvaturas
primárias que se desenvolvem durante o
período fetal em relação à posição fetal
(fletida).
▪ As curvaturas primárias são mantidas durante toda a vida em
consequência de diferenças na altura entre as partes anterior e
posterior das vértebras.
▪ As lordoses cervical e lombar são curvaturas secundárias que resultam da
extensão a partir da posição fetal fletida. Elas começam a aparecer durante o
período fetal, mas só se tornam evidentes na lactância.
▪ As curvaturas secundárias são mantidas basicamente por diferenças de
espessura entre as partes anterior e posterior dos discos
intervertebrais.
▪ As curvaturas da coluna vertebral proporcionam flexibilidade adicional
(resiliência com absorção de choque), aumentando ainda mais a flexibilidade
proporcionada pelos discos. Quando a carga sustentada pela coluna vertebral
é muito aumentada (como ao carregar um objeto pesado), há compressão dos
discos e das curvaturas flexíveis (ou seja, as curvaturas tendem a aumentar).
▪ Embora a flexibilidade proporcionada pelos discos seja passiva e limitada
principalmente pelas articulações dos processos articulares e ligamentos
longitudinais, a flexibilidade proporcionada pelas curvaturas sofre a resistência
ativa (dinâmica) da contração de grupos musculares antagonistas ao
movimento.
▪ Isso permite a alternância entre a sustentação ativa oferecida pelos
músculos extensores do dorso e a resistência passiva à flexão
propiciada pelos ligamentos.
▪ As vértebras são irrigadas por ramos periosteais e equatoriais das principais
artérias cervicais e segmentares e por seus ramos espinais.
▪ As artérias que dão origem aos ramos periosteais, equatoriais e espinais
ocorrem em todos os níveis da coluna vertebral e incluem:
▪ Artérias vertebrais e cervicais ascendentes no pescoço;
▪ Artérias intercostais posteriores na região torácica;
▪ Artérias subcostais e lombares no abdome;
▪ Artérias iliolombar e sacrais lateral e mediana na pelve.
▪ Os ramos periosteais e equatoriais originam-se dessas artérias enquanto
cruzam as faces externas (anterolaterais) das vértebras.
▪ Os ramos espinais entram nos forames intervertebrais e se dividem.
▪ Os ramos anteriores e posteriores do canal vertebral, menores, seguem
até o corpo vertebral e arco vertebral, respectivamente, e dão origem
aos ramos ascendentes e descendentes que se anastomosam com os
ramos do canal vertebral de níveis adjacentes.
▪ Os ramos anteriores do canal vertebral enviam artérias nutrícias
anteriormente para os corpos vertebrais que suprem a maior parte da
medula óssea vermelha do corpo vertebral central.
▪ Os ramos maiores dos ramos espinais continuam como artérias
medulares radiculares ou segmentares terminais distribuídas para as
raízes posteriores e anteriores dos nervos espinais e seus revestimentos
e para a medula espinal, respectivamente
▪ As veias espinais formam plexos venosos ao longo da coluna vertebral dentro
e fora do canal vertebral. Esses plexos são os plexos venosos vertebrais
internos (plexos venosos peridurais) e plexos venosos vertebrais externos,
respectivamente.
▪ Esses plexos comunicam-se através dos forames intervertebrais.
▪ As veias basivertebrais, grandes e tortuosas, formam-se nos corpos vertebrais.
Elas emergem dos forames nas faces dos corpos vertebrais (principalmente
na face posterior) e drenam para os plexos venosos vertebrais externos
anteriores e principalmente para os plexos venosos vertebrais internos
anteriores, que podem formar grandes seios longitudinais.
▪ As veias intervertebrais recebem veias da medula espinal e dos plexos venosos
vertebrais enquanto acompanham os nervos espinais através dos forames
intervertebrais para drenar nas veias vertebrais do pescoço e veias
segmentares (intercostais, lombares e sacrais) do tronco.

▪ A coluna vertebral é inervada por ramos recorrentes meníngeos dos nervos


espinais. Esses ramos são os únicos oriundos do nervo espinal misto,
originando-se imediatamente após sua formação e antes de sua divisão em
ramos anterior e posterior, ou do ramo anterior logo após sua formação.
▪ Dois a quatro desses ramos finos originam-se de cada lado em todos os níveis
vertebrais. Perto de sua origem, os ramos meníngeos recebem ramos
comunicantes dos ramos comunicantes cinzentos próximos.
▪ Quando os nervos espinais saem dos forames intervertebrais, a maioria dos
ramos meníngeos retorna através dos forames para o canal vertebral.
Entretanto, alguns ramos permanecem fora do canal e são distribuídos para a
face anterolateral dos corpos vertebrais e discos intervertebrais. Também
inervam o periósteo e principalmente os anéis fibrosos e o ligamento
longitudinal anterior.
▪ No interior do canal vertebral, ramos transversos, ascendentes e descendentes
distribuem fibras nervosas para periósteo, ligamentos amarelos, anéis fibrosos
da face posterior e posterolateral dos discos intervertebrais, ligamento
longitudinal posterior, dura-máter espinal e vasos sanguíneos no canal vertebral.
▪ As fibras nervosas para o periósteo, anéis fibrosos e ligamentos proveem
receptores de dor. As fibras para os anéis fibrosos e ligamentos também
suprem os receptores de propriocepção (sensibilidade sobre a própria posição).
As fibras simpáticas para os vasos sanguíneos estimulam a vasoconstrição.
MÚSCULOS SUPERFICIAIS:
▪ 1ª camada: Trapézio e Latíssimo do Dorso.
▪ 2ª camada: Romboides, Levantador da Escápula, Serrátil Posterior Superior,
Serrátil Posterior Inferior..
▪ A maioria desses músculos é inervada pelos ramos anteriores dos nervos
cervicais e atua no membro superior. O trapézio recebe suas fibras motoras de
um nervo craniano, o nervo acessório (NC XI).

MÚSCULOS PROFUNDOS:
▪ Mantêm a postura e controlam os movimentos da coluna vertebral.
▪ São inervados pelos ramos posteriores dos nervos espinais.
▪ São revestidos por fáscia muscular que se fixa medialmente ao ligamento
nucal; às extremidades dos processos espinhosos das vértebras, ao ligamento
supraespinal e à crista mediana do sacro; e lateralmente aos processos
transversos cervicais e lombares e aos ângulos das costelas.
▪ As partes torácica e lombar da fáscia muscular constituem a aponeurose
toracolombar.
▪ Os músculos intrínsecos do dorso são classificados em camadas superficial,
intermédia e profunda.
▪ Superficial (3ª camada): Esplênio da Cabeça e Esplênio do Pescoço;
▪ Intermediárias (4ª camada): Eretores da Espinha (Iliocostal, Longuíssimo
e Espinal);
Profunda (5ª camada): Transversoespinais (Semiespinais (cabeça, tórax e pescoço),
Multífidos e Rotadores), Interespinais, Intertransversários e Levantadores das
Costelas
MÚSCULOS SUBOCCIPITAIS:
▪ Espaço piramidal inferior à proeminência occipital externa da cabeça que inclui
as faces posteriores das vértebras C1 e C2.
▪ São formados por dois músculos retos posteriores da cabeça (maior e menor)
e dois músculos oblíquos.
Anatomia do Tórax e Abdome
▪ A parede torácica inclui a caixa torácica, os músculos
que se estendem entre as costelas, a pele, a tela
subcutânea, os músculos e a fáscia que revestem a
face anterolateral.
▪ O formato abobadado da caixa torácica proporciona
grande rigidez, tendo em vista o pouco peso de seus
componentes, e permite:
▪ Proteger os órgãos internos torácicos e
abdominais (a maioria deles cheia de ar ou
líquido) contra forças externas;
▪ Resistir às pressões internas negativas
(subatmosféricas) geradas pela retração elástica
dos pulmões e pelos movimentos inspiratórios;
▪ Proporcionar fixação para os membros superiores e sustentar seu peso;
▪ Proporcionar a fixação (origem) de muitos músculos que movimentam e
mantêm a posição dos membros superiores em relação ao tronco, além
de proporcionar fixação para os músculos do abdome, do pescoço, do
dorso e da respiração.
▪ Embora o formato da caixa torácica proporcione rigidez, suas articulações e a
pequena espessura e flexibilidade das costelas permitem a absorção de muitos
choques e compressões externas sem fratura e a modificação do formato para
permitir a respiração..

▪ O esqueleto torácico forma a caixa torácica osteocartilagínea..


▪ Consiste em 12 pares de costelas e cartilagens costais associadas, 12 vértebras
torácicas e os discos intervertebrais (IV) interpostos entre elas, além do
esterno.
COSTELAS:
▪ As costelas são ossos planos e curvos que formam a maior parte da caixa
torácica.
▪ São muito leves, porém têm alta resiliência.
▪ Cada costela tem um interior esponjoso contendo medula óssea (tecido
hematopoético), que forma as células do sangue.
▪ Há três tipos de costelas, que podem ser classificadas em típicas ou atípicas:
▪ Costelas verdadeiras (vertebroesternais) (costelas I a VII): Fixam-se
diretamente ao esterno por meio de suas próprias cartilagens costais
▪ Costelas falsas (vertebrocondrais) (costelas VIII, IX e, geralmente, X):
Suas cartilagens unem-se à cartilagem das costelas acima delas;
portanto, a conexão com o esterno é indireta.
▪ Costelas flutuantes (vertebrais, livres) (costelas XI, XII e, às vezes, a X):
As cartilagens rudimentares dessas costelas não têm conexão, nem
mesmo indireta, com o esterno; elas terminam na musculatura
abdominal posterior.
▪ As costelas típicas (III a IX) têm os seguintes componentes:
▪ Cabeça da costela: cuneiforme e com duas faces articulares, separadas
pela crista da cabeça da costela; uma face para articulação com a
vértebra de mesmo número e outra face para a vértebra superior a ela;
▪ Colo da costela: une a cabeça da costela ao corpo no nível do tubérculo;
▪ Tubérculo da costela: situado na junção do colo e do corpo; uma face
articular lisa articula-se com o processo transverso da vértebra
correspondente, e uma face não articular rugosa é o local de fixação do
ligamento costotransversário.;
▪ Corpo da costela (diáfise): fino, plano e curvo, principalmente no ângulo
da costela, onde a costela faz uma curva anterolateral.
▪ As costelas atípicas (I, II e X a XII) são diferentes:
▪ A costela I é a mais larga, mais curta e mais curva das sete costelas
verdadeiras. Tem uma única face articular em sua cabeça para
articulação apenas com a vértebra T1 e dois sulcos transversais na face
superior para os vasos subclávios;
▪ A costela II tem um corpo mais fino, menos curvo e é bem mais longa
do que a costela I.. A cabeça tem duas faces para articulação com os
corpos das vértebras T1 e T2; sua principal característica atípica é uma
área rugosa na face superior, a tuberosidade do músculo serrátil anterior,
na qual tem origem parte desse músculo;
▪ As costelas X a XII, como a costela I, têm apenas uma face articular
em suas cabeças e articulam-se apenas com uma vértebra;
▪ A costelas XI a XII são curtas e não têm colo nem tubérculo.

▪ As cartilagens costais prolongam as costelas anteriormente e contribuem para a


elasticidade da parede torácica, garantindo uma fixação flexível para suas
extremidades anteriores.
▪ As cartilagens aumentam em comprimento da costela I a VII, e depois
diminuem gradualmente.
▪ As sete primeiras cartilagens apresentam fixação direta e independente
ao esterno; as costelas VIII, IX e X articulam-se com as cartilagens
costais imediatamente superiores a elas, formando uma margem costal
cartilaginosa, articulada e contínua.. As cartilagens costais das costelas
XI e XII formam proteções sobre as extremidades anteriores dessas
costelas e não alcançam nem se fixam a nenhum outro osso ou
cartilagem.
▪ As cartilagens costais das costelas I a X fixam a extremidade anterior
da costela ao esterno, limitando seu movimento geral enquanto a
extremidade posterior gira ao redor do eixo transversal da costela.
▪ Os espaços intercostais separam as costelas e suas cartilagens costais.
▪ São denominados de acordo com a costela que forma a margem
superior do espaço — por exemplo, o 4º espaço intercostal situa-se
entre as costelas IV e V.
▪ Existem 11 espaços intercostais e 11 nervos intercostais.
▪ Os espaços intercostais são ocupados por músculos e membranas
intercostais e dois conjuntos (principal e colateral) de vasos sanguíneos
e nervos intercostais, identificados pelo mesmo número atribuído ao
espaço.
▪ O espaço abaixo da costela XII não se situa entre as costelas e, assim,
é denominado espaço subcostal, e o ramo anterior do nervo espinal T12
é o nervo subcostal.
▪ Os espaços intercostais
são mais largos
anterolateralmente, e
alargam-se ainda mais
durante a inspiração.
Podem ser ainda mais
alargados por extensão
e/ou flexão lateral da
coluna vertebral torácica
para o lado oposto.
ESTERNO:
▪ O esterno é o osso plano e alongado que forma a região intermediária da parte
anterior da caixa torácica.
▪ O esterno tem três partes: manúbrio, corpo e processo xifoide.
▪ O manúbrio do esterno é um osso de formato aproximadamente trapezoide.
▪ O manúbrio é a parte mais larga e espessa do esterno.
▪ O centro côncavo facilmente palpado da margem superior do manúbrio é a
incisura jugular (incisura supraesternal).
▪ As incisuras claviculares são relativamente pequenas no manúbrio e formam
as articulações esternoclaviculares.
▪ O corpo do esterno é mais longo, mais estreito e mais fino do que o manúbrio, e
está localizado no nível das vértebras T5 a T9.
▪ A face anterior quase plana do corpo do esterno é marcada em adultos por
três cristas transversais variáveis, que representam as linhas de fusão
(sinostose) dos quatro segmentos originalmente separados.
▪ O processo xifoide é fino e alongado. Sua extremidade inferior situa-se no nível
da vértebra T10.
▪ É um ponto de referência importante no plano mediano porque:
▪ Sua junção com o corpo do esterno na sínfise xifosternal indica o
limite inferior da parte central da cavidade torácica projetado sobre a
parede anterior do corpo; essa articulação também é o local do
ângulo infraesternal (ângulo subcostal) da abertura inferior do tórax;
▪ É uma referência mediana para o limite superior do fígado, centro
tendíneo do diafragma e margem inferior do coração.
ARTICULAÇÕES INTERVERTEBRAIS:
▪ Localizam-se entre os corpos de vértebras adjacentes e são unidas por
ligamentos longitudinais e discos intervertebrais.
ARTICULAÇÕES COSTOVERTEBRAIS:
▪ Articulações das cabeças das costelas:
▪ A cabeça da costela articula-se com a fóvea costal superior da vértebra
correspondente (de mesmo número), a fóvea costal inferior da vértebra
superior a ela e o disco intervertebral adjacente que une as duas
vértebras.
▪ A crista da cabeça da costela fixa-se ao disco intervertebral por um
ligamento intra-articular da cabeça da costela na articulação, dividindo o
espaço intra-articular em duas cavidades sinoviais.
▪ A membrana fibrosa da cápsula articular é mais forte na parte anterior,
onde forma um ligamento radiado da cabeça da costela.
▪ A união das cabeças das costelas aos corpos vertebrais é tão firme que
permite apenas leves movimentos de deslizamento nas (hemi)fóveas.
▪ Articulações costotransversárias:
▪ Os abundantes ligamentos laterais às partes posteriores (arcos vertebrais)
das vértebras reforçam e limitam os movimentos dessas articulações, que
têm apenas cápsulas articulares finas.
▪ Um ligamento costotransversário e um ligamento costotransversário lateral
fortalecem as faces anterior e posterior da articulação, respectivamente.
▪ Um ligamento costotransversário superior é uma faixa larga que une a
crista do colo da costela ao processo transverso superior a ela. A abertura
entre esse ligamento e a vértebra permite a passagem do nervo espinal e
do ramo posterior da artéria intercostal.
ARTICULAÇÕES ESTERNOCOSTAIS:
▪ O 1º par de cartilagens costais articula-se com o manúbrio do esterno por meio
de uma camada fina e densa de fibrocartilagem muito aderente, interposta
entre a cartilagem e o manúbrio, a sincondrose da primeira costela.
▪ O 2º–7º pares de cartilagens costais articulam-se com o esterno nas
articulações sinoviais, com faces articulares fibrocartilagíneas nas faces condral e
esternal, que permitem o movimento durante a respiração.
▪ As cápsulas articulares fracas dessas articulações apresentam espessamento nas
partes anterior e posterior para formar ligamentos esternocostais radiados, que
continuam como faixas membranáceas largas e finas desde as cartilagens
costais até as faces anterior e posterior do esterno, formando um revestimento
semelhante a feltro para esse osso.
ARTICULAÇÕES COSTOCONDRAIS:
▪ Articulação cartilagínea primária (hialina). Extremidade lateral da cartilagem
costal com a extremidade esternal da costela.
ARTICULAÇÕES INTERCONDRAIS:
▪ Articulação sinovial plana. Entre as cartilagens costais das costelas VI e VII, VII
e VIII, e VIII e IX.
ARTICULAÇÕES ESTERNOCLAVICULAR:
▪ Articulação sinovial selar. Extremidade esternal da clavícula com o manúbrio do
esterno e a 1ª cartilagem costal
ARTICULAÇÕES MANUBRIESTERNAL:
▪ Articulação cartilagínea secundária (sínfise).E ntre o manúbrio e o esterno.
ARTICULAÇÕES XIFOSTERNAL:
▪ Articulação cartilagínea primária (sincondrose). Entre o xifoide e o esterno.
▪ Os movimentos da parede torácica e do diafragma durante a inspiração
aumentam o volume intratorácico e os diâmetros do tórax.
▪ Durante a expiração passiva, o diafragma, os músculos intercostais e outros
músculos relaxam, reduzindo o volume intratorácico e aumentando a pressão
intratorácica. Simultaneamente, há diminuição da pressão intra-abdominal e
descompressão das vísceras abdominais.
▪ Movimento em alavanca de bomba:
▪ A contração dos músculos intercostais aumenta muito a dimensão AP do
tórax. O movimento das costelas (principalmente da II a VI) nas
articulações costovertebrais ao redor de um eixo que atravessa os colos
das costelas causa elevação das suas extremidades anteriores.
▪ Movimento em alça de balde:
▪ A contração dos músculos intercostais também aumenta um pouco a
dimensão transversal do tórax, elevando a parte média (partes mais
laterais) das costelas (principalmente as inferiores).

A associação de todos esses movimentos


causa deslocamento anterior, superior e
lateral da caixa torácica.
▪ Os músculos toracoapendiculares estendem-se da caixa torácica (esqueleto
axial) até os ossos do membro superior (esqueleto apendicular).
▪ Atuam principalmente nos membros superiores, mas alguns deles,
inclusive os músculos peitoral maior e peitoral menor e a parte inferior
do músculo serrátil anterior, também atuam como músculos acessórios
da respiração, ajudando a elevar as costelas para expandir a cavidade
torácica quando a inspiração é profunda e forçada;
▪ Os músculos escalenos do pescoço, que descem das vértebras do
pescoço até as costelas I e II, atuam principalmente na coluna
vertebral. No entanto, também atuam como músculos respiratórios
acessórios, fixando essas costelas e tornando os músculos que unem as
costelas abaixo mais efetivos na elevação das costelas inferiores durante
a inspiração forçada.
▪ Os verdadeiros músculos da parede torácica são serrátil posterior, levantadores
das costelas, intercostais, subcostais e transverso do tórax..
▪ O diafragma (torácico) é uma parede comum (na verdade assoalho/teto) que
separa o tórax e o abdome. Sua função mais importante (vital) é servir como
principal músculo da inspiração. (Mais explicado em Anatomia do Sist. Resp.)
▪ Os 12 pares de nervos espinais torácicos suprem a parede torácica. Assim que
deixam os forames intervertebrais nos quais são formados, os nervos espinais
torácicos mistos dividem-se em ramos primários anterior e posterior.
▪ Os ramos anteriores dos nervos T1–T11 formam os nervos intercostais que
seguem ao longo dos espaços intercostais.
▪ O ramo anterior do nervo T12, que segue inferiormente à costela XII, é o
nervo subcostal.
▪ Os ramos posteriores dos nervos espinais torácicos seguem em sentido
posterior, imediatamente laterais aos processos articulares das vértebras,
para suprir as articulações, os músculos profundos e a pele do dorso na
região torácica..

▪ A irrigação arterial da parede provém da:


▪ Parte torácica da aorta, através das artérias intercostais posteriores e
subcostais.
▪ Artéria subclávia, através das artérias torácica interna e intercostal
suprema.
▪ Artéria axilar, através da artéria torácica superior e artéria torácica
lateral.
▪ As veias intercostais acompanham as artérias e nervos intercostais e estão em
posição superior nos sulcos das costelas.
▪ Formado por 4 músculos:
▪ Reto Abdominal;
▪ Oblíquo externo;
▪ Oblíquo interno;
▪ Transverso Abdominal.

RETO ABDOMINAL
▪ Flexão do tronco, compressão das vísceras abdominais, expiração.
▪ Sínfise púbica e crista púbica até processo xifóide, cartilagens
costais das costelas 5-7.

OBLÍQUO EXTERNO
▪ Contração bilateral: Flexão do tronco, compressão das vísceras
abdominais, expiração.
▪ Contração unilateral: Flexão lateral do tronco (ipsilateral), rotação
do tronco (contralateral).
▪ Face externa das 7 últimas costelas até ½ anterior da crista
ilíaca, EIAS, tubérculo do púbis e linha alba.

OBLÍQUO INTERNO
▪ Contração bilateral: Flexão do tronco, compressão das vísceras
abdominais, expiração.
▪ Contração unilateral: Flexão lateral do tronco (ipsilateral), rotação
do tronco (ipsilateral).
▪ 3 últimas cartilagens costais, crista do púbis e linha alba até
Crista ilíaca, EIAS e ligamento inguinal.

TRANSVERSO ABDOMINAL
▪ Aumento da pressão intra-abdominal e estabilização da coluna
lombar.
▪ Face interna das últimas 6 cartilagens costais, fáscia
toracolombar, crista ilíaca e ligamento inguinal até Linha alba e
crista do púbis.
▪ Região posterior é formada por:
▪ Quadrado Lombar;
▪ Iliopsoas (Ilíaco e Psoas Maior);
▪ Psoas Menor.

QUADRADO LOMBAR
▪ Inclinação homolateral do tronco e depressão da 12ª costela.
▪ 12ª costela e processo transverso de1ª a 4ª vértebras
lombares até crista ilíaca e ligamento ileolombar.

ILÍACO
▪ Flexão de quadril, anteversão da pelve e flexão da coluna
lombar (30° – 90°).
▪ 2/3 superiores da fossa ilíaca, crista ilíaca e asa do sacro até
trocânter menor.

PSOAS MAIOR
▪ Flexão da coxa, flexão da coluna lombar (30° – 90°) e
inclinação homolateral.
▪ Processo transverso das vértebras lombares, corpos e discos
intervertebrais das últimas torácicas e todas lombares até
trocânter menor.

PSOAS MENOR
▪ Flexão da pelve e coluna lombar.
▪ Corpo vertebral de T12 e L1 até eminência iliopectínea.
Anatomia dos MembrosSsuperiores
• Clavícula;
• Escápula;
• Úmero;
• Rádio;
• Ulna;
• Carpo;
• Metacarpo;
• Falanges.

CLAVÍCULA
• Osso longo curvado como um “S” itálico, situado quase que horizontalmente
logo acima da primeira costela.
• Articula-se medialmente com o manúbrio do esterno e lateralmente com o
acrômio da escápula.
• Tem duas extremidades, duas faces e duas bordas.

ESCÁPULA
• Tem a forma triangular apresentando duas faces, três bordas e três ângulos.
ÚMERO
• Articula-se com a escápula na articulação do ombro e com o rádio e a ulna na
articulação do cotovelo. Apresenta duas epífises e uma diáfise.

RÁDIO
• Articula-se proximalmente com o úmero e a ulna e distalmente com os ossos
do carpo e a ulna. Apresenta duas epífises e uma diáfise.
ULNA
• Articula-se proximalmente com o úmero e o rádio e distalmente apenas com o
rádio. É um osso longo que apresenta duas epífises e uma diáfise.

OSSOS DA MÃO
• Divide-se em: carpo (8), metacarpo (5) e falanges (14).
OMBRO:
• Trapézio;
• Grande Dorsal;
• Levantador da Escápula;
• Romboides;
• Serrátil Anterior;
• Deltoides;
• Subclávio
• Redondo Maior;
• Manguito Rotador.

❑ Trapézio
▪ Superior: Eleva a escápula. Osso occipital e até o terço
lateral da clavícula.
▪ Médio: Aduz a escápula. Processos espinhosos das
primeiras quatro vértebras torácicas até o acrômio.
▪ Inferior: Deprime a escápula. Processos espinhosos da
quinta à décima segunda vértebras torácicas até a
espinha da escápula.

❑ Grande Dorsal
▪ Extensão e adução do ombro (movimento de push up).
▪ Processos espinhos de T6-T12, Crista Ilíaca e Costelas 3
e 4 até o Sulco Intertubercular do Úmero.

❑ Levantador da Escápula
▪ Levanta a escápula.
▪ Processos transversos de C1-C4 até a margem medial da
escápula.
❑ Romboides
▪ Retração e estabilização da escápula.
▪ Menor: C7-T1 até a margem medial da escápula.
▪ Maior: T2-T5 até a margem medial da escápula.

Grande função na estabilização escapular,


pois fixam a escápula no gradil costal.

❑ Serrátil Anterior
▪ Protração escapular (músculo do boxeador).
▪ Costelas superiores (8) até borda medial da escápula.

❑ Deltoides
▪ Anterior: flexão de ombro
▪ Médio: abdução de ombro
▪ Posterior: extensão de ombro
▪ Terço lateral do acrômio e da espinha da escápula até
tuberosidade deltoidea.

❑ Subclávio
▪ Estabilização da clavícula (principal), e depressão da
clavícula e elevação da primeira costela (secundária).
▪ Primeira costela até superfície inferior da porção
lateral da clavícula.

❑ Redondo Maior
▪ Rotação interna, adução e retroversão do úmero.
▪ Ângulo inferior e porção inferior da borda lateral da
escápula até crista do tubérculo menor do úmero.
Manguito Rotador Fixa o úmero na cavidade glenoumeral

❑ Supraespinal
▪ Abdução e rotação externa do ombro.
▪ Fossa supra-espinhal até tubérculo maior do úmero.

❑ Infraespinal
▪ Rotação externa do ombro.
▪ Fossa infra-espinhal até tubérculo maior do úmero.

❑ Redondo menor
▪ Rotação externa do ombro.
▪ Margem lateral da escápula até tubérculo maior do úmero.

❑ Subescapular
▪ Rotação interna do ombro.
▪ Fossa subescapular até tubérculo menor do úmero.
BRAÇO:
• Bíceps Braquial;
• Braquial;
• Coracobraquial;
• Tríceps Braquial;
• Ânconeo.
❑ Bíceps Braquial
▪ Flexão do cotovelo (em supinação) e supinação do antebraço.
▪ Cabeça Curta: Processo Coracóide até Tuberosidade do Rádio.
▪ Cabeça Longa: Tubérculo Supraglenoidal da escápula até
Tuberosidade do Rádio.

❑ Braquial
▪ Flexão do cotovelo em todas as posições (neutra).
▪ Face Anterior do Úmero até o Processo Coronóide da Ulna.

❑ Coracobraquial
▪ Flexão de ombro.
▪ Processo Coracoide da escápula até Face medial do úmero.

❑ Tríceps Braquial
▪ Extensão do cotovelo e extensão do ombro (cabeça longa).
▪ Cabeça Longa: Tubérculo Infraglenoidal da escápula até o
Olécrano da Ulna.
▪ Cabeça Lateral e Medial: Face posterior do úmero até o
Olécrano da Ulna.

❑ Ânconeo
▪ Extensão do cotovelo.
▪ Epicôndilo lateral do úmero até Olécrano da ulna.
ANTEBRAÇO, PUNHO E MÃO: • Supinador;
• Pronador Redondo; • Extensor Radial do Carpo;
• Pronador Quadrado; • Extensor Ulnar do Carpo;
• Braquiorradial; • Extensor dos dedos;
• Flexor Radial do Carpo; • Extensor longo e curto do polegar.
• Flexor Ulnar do Carpo;
• Palmar Longo; Os flexores do carpo saem da região
• Flexor Superficial dos dedos; medial e os extensores do carpo
• Flexor Profundo dos dedos; saem da região lateral.
• Flexor Curto e Longo do Polegar;

❑ Pronador Redondo
▪ Pronação e Sinergista da Flexão de Cotovelo.
▪ Epicôndilo Medial do Úmero até Face Lateral do Rádio.

❑ Pronador Quadrado
▪ Pronação e estabiliza a articulação radioulnar.
▪ Face anterior da Ulna até Face anterior do Rádio.

❑ Braquiorradial
▪ Flexão de Cotovelo (em Pronação).
▪ Supra epicondilar lateral do úmero até face
lateral distal do Rádio.

❑ Flexor Radial do Carpo


▪ Flexão + Abdução de punho.
▪ Epicôndilo Medial até Base II Metacarpo.

❑ Flexor Ulnar do Carpo


▪ Flexão + Adução de punho.
▪ Epicôndilo Medial até Pisiforme e V Metacarpo.
❑ Flexor Superficial dos Dedos
▪ Flexão do punho..
▪ Epicôndilo Medial até aponeurose palmar.

❑ Flexor Superficial dos Dedos


▪ Flexão dos 4 dedos mediais.
▪ Epicôndilo Medial e Cabeça do Rádio até Falanges médias
(mediais).

❑ Flexor Profundo dos Dedos


▪ Flexão dos 4 dedos mediais.
▪ Face anterior da ulna até Falanges distas (mediais).

❑ Flexor Longo e Curto do Polegar


▪ Flexão do Polegar.
▪ Face Anterior do Rádio até Falange proximal e distal do
Polegar.

❑ Supinador
▪ Supinação do Antebraço.
▪ Epicôndilo Lateral do Úmero até Face lateral e anterior do
Rádio.
❑ Extensor Radial do Carpo
▪ Extensão e abdução do punho.
▪ Epicôndilo Lateral até Base do II e III Metacarpo.

❑ Extensor Ulnar do Carpo


▪ Extensão e adução do punho.
▪ Epicôndilo Lateral Úmero até Base V Metacarpo

❑ Extensor dos Dedos


▪ Extensão dos 4 dedos mediais.
▪ Epicôndilo Lateral do Úmero até Falanges Mediais.

❑ Extensor Longo e Curto do Polegar

Ulna até a Falange Distal


Rádio até a Falange Proximal
▪ Extensão do Polegar.
OMBRO:
• Articulação Escapulotorácica
• Articula-se por intermédio de músculos e fáscias musculares, onde
apresenta movimentos de elevação, depressão, adução, abdução, rotação
para cima (báscula lateral), e rotação para baixo (báscula medial).

• Articulação Acromioclavicular
• Plana, movimentos artrocinemáticos (deslizamento), possui disco articular.

• Articulação Esternoclavicular
• Selar, movimentos de elevação, depressão, protração, retrações e
rotações (em torno do eixo do osso clavicular), presença de um disco
articular no interior da cápsula articular.

• Articulação Glenoumeral
• Triaxial, Esfenoide;
• Aprofundada pelo Lábio Glenoidal (estabilidade estática);
• Manguito Rotador (estabilidade dinâmica através da sustentação e da
pressão interarticular negativa);
• Cápsula articular (estabilidade estática);
• Ligamentos (glenoumerais, caracoumeral, transverso);
• Bursas (subacromial e subescapular) – amortecem os impactos.
COTOVELO:
• Incisura troclear da Ulna + Tróclea (umeroulnar) + Cabeça do Rádio + Capítulo
do Úmero (umeroradial);
• Sinovial, Gínglimo;
• Cápsula articular (estabilidade);
• Ligamentos (colateral do rádio e colateral da ulna);
• Bolsa do Olecrano (lubrificação);
• Uma terceira articulação ocorre na região do cotovelo, a articulação radioulnar
proximal, mas não é parte do sinovial gínglimo.

PUNHO E MÃO:
▪ Radioulnar Proximal e Distal
• Cabeça do Rádio + Incisura Radial da Ulna;
• Pronação e Supinação (juntamente com a distal);
• Membrana sinovial e interóssea entre ossos;
• Ligamento Anular.
▪ Radiocarpal
• Rádio + Disco articular Radioulnar distal + ossos do
carpo;
• elipsóide (condilar)
• Membrana sinovial;
• Ligamentos (radiocarpais palmares e dorsais e
colateral ulnar e radial).
▪ Intercarpais
▪ Carpometacárpicas
▪ Metacarposfalangenas
▪ Interfalangeanas
▪ Ramificações dos plexos cérvico-braquial.

NERVO MEDIANO:
• Origem: C6-T1.
• Inerva o dermátomo lateral (músculos flexor radial do carpo, palmar, flexor
superficial dos dedos).

NERVO ULNAR:
• Origem: C8-T1.
• Inerva o dermátomo medial (músculos flexor ulnar do carpo, flexor dos dedos).

NERVO RADIAL:
• Origem: C5-T1.
• Inerva o dermátomo posterior (músculos tríceps braquial e extensores de
punho e dedo).
• Tem uma subdivisão, o nervo cutâneo, que inerva a parte mais posterolateral.
▪ O lado direito é originado pela ramificação do tronco braquicefálico, sendo a
artéria subclávia direita. A subclávia esquerda é a própria ramificação da aorta.

subclávia → axilar → braquial → radial e ulnar → arco palmar → profundo


(formará as artérias metacarpais) e superficial (formará as artérias digitais).

VEIAS DORSAIS = SUPERFICIAL VEIAS PALMARES = PROFUNDA


metacarpais/digitais → arco venoso metacarpais/digitais → arco venoso
→ cefálica (lateral)/basílica (medial) profundo/superficial → radial/ulnar
→ axilar → subclávia → braquial → axilar → subclávia
Anatomia dos MembrosInferiores
• Ilíacos;
• Fêmur;
• Patela;
• Tíbia;
• Fíbula;
• Tarso;
• Metatarso;
• Falanges.

ILÍACOS
▪ 0sso plano, chato, irregular, par e constituído pela fusão de três ossos: ílio,
ísquio e púbis. Apresenta duas faces, quatro bordas e quatro ângulos.

PATELA
▪ A patela é um osso pequeno e triangular, localizado anteriormente à articulação
do joelho. É um osso sesamoide.
FÊMUR
▪ Consiste em uma diáfise e duas epífises. Articula-se proximalmente com o osso
do quadril e distalmente com a patela e a tíbia.

TÍBIA
▪ Apresenta duas epífises e uma diáfise. Articula-se proximalmente com o fêmur
e a fíbula e distalmente com o tálus e a fíbula.
FÍBULA
▪ Articula-se com a tíbia (proximalmente e distalmente) e o tálus distalmente.

OSSOS DO PÉ
▪ O pé se divide em: tarso (7), metatarso (5) e falanges (14).
QUADRIL
ANTERIORES:
▪ Pectíneo;
▪ Iliopsoas; Flexores de quadril e
▪ Tensor da Fáscia Lata; extensores de joelho
▪ Sartório;
▪ Quadríceps Femoral.

❑ Pectíneo
▪ Adução e flexão de quadril.
▪ Região súpero-medial da coxa até púbis, na linha pectínea
(trocânter menor).
▪ Nervo Femoral.

❑ Iliopsoas
▪ Principal flexor de quadril.
▪ Psoas Maior: T12-L5 até trocânter menor (nervos lombares).
▪ Psoas Menor: T12-L1 até linha pectínea (nervos lombares).
▪ Ilíaco: Crista ilíaca até tendão do psoas maior e trocânter
menor (nervo femoral).

❑ Tensor da Fáscia Lata


▪ Abdução, RI e flexão de quadril e sinergista da extensão
de joelho.
▪ EIAS e Crista Ilíaca até Trato Iliotibial (côndilo lateral da
Tíbia).
▪ L4-L5.

❑ Sartório
▪ Flexão, abdução e RE de quadril, e flexão de joelho (do
“costureiro”).
▪ EIAS até Face medial e superior da Tíbia.
▪ Nervo Femoral (L2 e L3).
❑ Quadríceps Femoral
▪ Extensão de joelho.
▪ Reto Femoral: EIAS até TAT (flexão de quadril).
▪ Vasto Lateral: Linha Intertrocantérica até TAT.
▪ Vasto Intermédio: Face anterior e lateral do
Fêmur até TAT.
▪ Vasto Medial: Trocanter Maior até TAT
▪ Todos se inserem na tuberosidade anterior da
tíbia, formando o tendão quadricipital.
▪ Nervo Femoral (L2, L3 e L4).

MEDIAIS:
▪ Adutor Longo;
▪ Adutor Curto; Adutores de quadril
▪ Adutor Magno;
▪ Grácil.
❑ Adutor Longo
▪ Adução de quadril.
▪ Púbis até Terço médio do Fêmur.
▪ Nervo Obturatório.
❑ Adutor Curto
▪ Adução de quadril.
▪ Púbis até Linha Pectínea.
▪ Nervo Obturatório.
❑ Adutor Magno
▪ Adução de quadril.
▪ Púbis e Tuberosidade Isquiática até Linha Áspera do
Fêmur (Flexão) e Tubérculo do Adutor (Extensão).
▪ Nervo Obturatório.
❑ Grácil
▪ Adução de quadril + Flexão de joelho.
▪ Púbis até Face Medial da Tìbia.
▪ Nervo Obturatório.
GLÚTEOS:
❑ Glúteo Máximo (superficial)
▪ Extensão e RE de quadril.
▪ Face posterior do Ilio, sacro e coccix até Trato Iliotibial.
▪ L5-S2.

❑ Glúteo Médio e Mínimo (profundos)


▪ Abdução e RI de quadril.
▪ Face externa do Ílio até Trocânter maior.
▪ L5-S1.

❑ Piriforme
▪ RE de quadril.
▪ Passagem de nervos (nervo isquiático) e vasos.
▪ Face anterior do sacro até Trocânter maior.
▪ S1-S2.

❑ Quadrado Femoral
▪ RE de quadril.
▪ Tuberosidade isquiática até Linha Intertrocantérica
▪ L5-S1..

POSTERIORES:
❑ Semimembranoso (Tuber. isquiática até face post. do côndilo medial da Tíbia)
❑ Semitendíneo (Tuber. isquiática até face medial da Tíbia.)
❑ Bíceps Femoral (Tuber. isquiática e linha áspera até Cabeça da Fíbula)

Extensores de quadril e
flexores de joelho
PERNA
ANTERIORES:
▪ Tibial Anterior;
▪ Extensor Longo dos Dedos;
▪ Extensor Longo do Hálux;
▪ Fibulares.
❑ Tibial Anterior
▪ Dorsiflexão e inversão.
▪ Côndilo lateral da Tíbia até Cuneiforme e primeiro metatarso.
▪ L4-L5.
❑ Extensor Longo dos Dedos
▪ Extensão dos dedos.
▪ Côndilo lateral da Tíbia até falanges médias e distais dos 4
dedos laterais.
▪ L5-S1.
❑ Extensor Longo do Hálux
▪ Extensão do Hálux e sinergista na dorsiflexão.
▪ Face anterior da Fíbula até Falange distal do Hálux.
▪ L5-S1.
❑ Fibular Terceiro
▪ Dorsiflexão e eversão.
▪ Face anterior da Fíbula até Base do 5 metatarso.
▪ L5-S1.
❑ Fibular Longo
▪ Plantiflexão e eversão.
▪ 2/3 proximais da superfície lateral da fíbula até 1º metatarsal.
▪ L4-S1.
❑ Fibular Curto
▪ Plantiflexão e eversão.
▪ 2/3 distais da face lateral da fíbula até base do 5º metatarsal.
▪ L4-S1.
POSTERIORES:
▪ Tríceps Sural;
▪ Tibial Posterior;
▪ Flexor Longo dos Dedos;
▪ Flexor Longo do Hálux;
❑ Tríceps Sural
▪ Plantiflexão e flexão de joelho (gastrocnêmios).
▪ Gastrocnêmio Medial: côndilo medial do fêmur.
▪ Gastrocnêmio Lateral: côndilo lateral do fêmur.
▪ Sóleo: cabeça da fíbula.
▪ Única inserção: Tendão do Calcâneo
▪ S1-S2.

❑ Tibial Posterior
▪ Plantiflexão e inversão.
▪ Membrana interóssea e faces posteriores da tíbia e
da fíbula até 2, 3 e 4 metatarsos.
▪ L4-L5.

❑ Flexor Longo dos Dedos


▪ Flexão dos dedos e suporte do arco plantar.
▪ Face posterior da tíbia até falanges distais dos 4
dedos laterais.
▪ S2-S3.

❑ Flexor Longo do Hálux


▪ Flexão do hálux e suporte do arco plantar.
▪ Face posterior da fíbula até falange distal do Hálux.
▪ S2-S3.
QUADRIL:
• Acetábulo (ísquio, ílio e púbis) + Cabeça do Fêmur.
• Sinovial, esfenoide e multiaxial.
• Possui grande estabilidade:
• Lábio do acetábulo (fibrocartilaginoso);
• Cápsula articular forte e frouxa;
• Ligamentos (iliofemoral – anterior/pubofemoral – anterior e
inferior/isquiofemoral – posterior).
• Possui bursas que diminuem o impacto:
• Trocantérica, isquiática, do glúteo médio, no iliopsoas.

JOELHO:
• Côndilos laterais + Côndilos mediais + Tíbia + Patelofemoral
(osso sesamoide dentro do tendão quadricepital).
• Sinovial e gínglimo – flexão e extensão (rotação quando
fletido).
• Possui estabilidade:
• Músculos e tendões (quadríceps);
• Cápsula articular fibrosa (sinovial interna);
• Meniscos;
• Ligamentos intra-articulares e extracapsulares
(ligamento cruzado anterior, ligamento cruzado
posterior, ligamento colateral lateral e ligamento
colateral medial).
• Possui bursas que diminuem o impacto:
• Pré-patelar, infrapatelar, suprapatelar, poplítea,
anserina, do músculo gastrocnêmios.
TIBIOFIBULARES:
Proximal
• Cabeça da fíbula + côndilo lateral da tíbia.
• Sinovial, plana.
• Estabilidade através da cápsula fibrosa e ligamentos
da cabeça da fíbula (anterior e posterior).

Distal
• Sindesmose (fibrosa).
• Mantém a estabilidade junto à articulação talocrual.
• Possui o ligamentos interósseos e tibiofibulares.

TALOCRUAL (TORNOZELO):
• Tíbia e Fíbula + Tróclea do Tálus.
• Sinovial, gínglimo.
• Ligamentos:
• Lateral: Talofibular anterior, Talofibular posterior e Calcaneofibular.
• Medial: Tibionavicular, Tibiotalares anterior e posterior e Deltoide.
▪ Ramificações dos plexos lombo-sacral.

NERVO ISQUIÁTICO:
• Origem: L4-S3.
• Inerva o dermátomo região glútea e músculos da região
glútea).
• Ramifica-se para formar os nervos tibial e fibular.

NERVO FEMORAL:
• Origem: L2-L4.
• Inerva o dermátomo anterior da coxa (extensores de
joelho e flexores de quadril).

NERVO TIBIAL:
• Origem: Nervo Isquiático.
• Inerva o dermátomo posterior perna e planta do pé
(tríceps sural e flexores dos dedos).
• Dá origem ao nervo plantar, que se divide em medial e
lateral.

NERVO FIBULAR:
• Origem: Nervo Isquiático.
• Inerva o dermátomo anterior perna e dorso do pé (tibial
anterior e extensores dos dedos).
• Possui uma ramificação profunda (anterior) e superficial
(lateral).
▪ Após a aorta cruzar o hiato do diafragma e se tornar artéria abdominal, na pelve,
ela se ramificará em artérias ilíacas internas (irriga órgãos) e externas (MMII).

aorta → abdominal → ilíaca externa → femoral → poplítea → tibial e fibular

SUPERFICIAL PROFUNDA
arco venoso → safena arco venoso → tibial/fibular → poplítea
magna/parva→ ilíaca comum → → femoral → inguinal → ilíaca externa
cava inferior → ilíaca comum → cava inferior
Cardiologia
• Anatomia e Fisiologia do Sistema Cardiovascular
• Hipertensão Arterial Sistêmica
• Aterosclerose
• Doença Arterial Coronariana
• Infarto Agudo do Miocárdio
• Insuficiência Cardíaca
• Edema Agudo de Pulmão
• Pós-Operatório de Cirurgia Cardíaca
Anatomia e Fisiologia do
Sistema Cardiovascular
• Levar material nutritivo e oxigênio para as células.

▪ Coração;
▪ Vasos (artérias, arteríolas, veias, vênulas e capilares);
▪ Sangue (plasma, eritrócitos, plaquetas, leucócitos).

• Bomba muscular responsável por impelir sangue para todas as partes do


organismo.
• Forma de pirâmide, com seu ápice voltado para baixo e para esquerda e sua
base, para cima.
• Possui 3 faces: diafragmática, esternocostal e pulmonar.
• Está localizado no meio da caixa torácica, entre os dois pulmões, no lugar
chamado MEDIASTINO.
• Sua parede é formada por 3 camadas:
• Endocárdio: membrana fina de revestimento;
• Miocárdio: músculo estriado cardíaco;
• Epicárdio: lâmina externa, com sua parte visceral no pericárdio seroso.
• É revestido por um saco fibro-seroso chamado PERICÁRDIO. Sua parte serosa
é dividida em visceral (contato direto com epicárdio) e parietal (anterior à
fibrosa).
• Possui 4 câmaras: átrio direito, átrio esquerdo, ventrículo direito e ventrículo
esquerdo.
• Os átrios recebem sangue, enquanto os ventrículos impelem sangue.
• Para não haver mistura de sangue, as câmeras são separatas através de septos.
• Septo atrioventricular: feito de tecido muscular e membranoso; divide o
coração na porção superior e inferior;
• Septo interatrial: feito de tecido delgado fibroso; divide em átrio direito e
esquerdo;
• Septo interventricular: feito de tecido muscular espesso; divide em
ventrículo direito e esquerdo.
• É composto por valvas cardíacas, formadas por tecido conjuntivo denso,
recobertas pelo endocárdio, com função de impedir o refluxo do sangue. São elas:
• Valvas atrioventriculares:
• Tricúspide: localizada entre o átrio e o ventrículo direito; possui 3
válvulas (anterior, posterior e septal);
• Bicúspide ou Mitral: localizada entre o átrio e ventrículo esquerdo;
possui 2 válvulas (anterior e posterior).
• Valvas semilunares:
• Pulmonar: localizada no óstio da artéria pulmonar, no ventrículo
direito.
• Aórtica: localizada no óstio da artéria aorta, no ventrículo esquerdo.
• As valvas atrioventriculares se fecham durante a sístole ventricular, produzindo a
primeira bulha cardíaca (som). As valvas semilunares se fecham durante a
diástole ventricular, produzindo a segunda bulha.
• O coração possui uma irrigação própria, através das
artérias coronárias.
• São os primeiros ramos que saem da aorta;
• Em repouso, cerca de 5% do sangue bombeado, vai
para as artérias coronárias. Em atividade, até 20%.
• É dividida em artéria coronária direita e ramos (irriga A.D., V..D, parede
posterior e pequena parte do septo intraventricular) e artéria coronária
esquerda (irriga A.E., V.E. e maior parte do septo intraventricular).
• As artérias coronárias são comprimidas durante a sístole ventricular. Por
isso, o miocárdio só é irrigado na diástole.

ARTÉRIAS:
• São vasos resistência. Possuem elasticidade, mantendo o fluxo constante.
• As artérias saem do coração, logo possuem circulação centrífuga.
• Elásticas ou de grande calibre: possuem mais elasticidade e menos
músculo (aorta e subclávia);
• Musculares ou de distribuição: vasos de médio calibre; possuem fibras
elásticas e musculares bem definidas;
• Arteríolas: vasos pequenos; possuem mais músculo e menos elasticidade..
VEIAS:
• São vasos complacência. Possuem válvulas que impedem o refluxo sanguíneo.
• As vênulas são veias de menor calibre que entram em contato com o capilares.
• Os vasos chegam ao coração com menor pressão, logo possuem circulação
centrípeta..
.CAPILARES:
• São vasos microscópicos (só possuem o endotélio) entre as arteríolas e as
vênulas, responsável pela troca entre o sangue e os tecidos.
O atrito do sangue com as células do endotélio estimulam a produção de
óxido nítrico, o que ocasiona o estresse de cisalhamento (vasodilatação).

CIRCULAÇÃO PULMONAR OU PEQUENA CIRCULAÇÃO:


• O sangue venoso parte do ventrículo direito através da artéria pulmonar direita
e esquerda para os seus respectivos pulmões. Dentro dos pulmões, há os
capilares que possuem parede delgada, permitindo que os gases respiratórios
atravessem facilmente. Logo, o dióxido de carbono, presente no sangue venoso,
troca com o oxigênio, através do gradiente de concentração (HEMATOSE). O
sangue, agora arterial, parte dos capilares para as veias pulmonares que vão até
o átrio esquerdo. O sangue está pronto para fazer a grande circulação.
sangue venoso – ventrículo direito – artéria pulmonar – pulmão –
capilares – hematose – sangue arterial - veia pulmonar – átrio esquerdo

CIRCULAÇÃO SISTÊMICA OU GRANDE CIRCULAÇÃO:


• O sangue, após fazer a pequena circulação, está nutrido e oxigenado. Depois que
o sangue chega ao átrio esquerdo, ele desce para o ventrículo esquerdo, onde se
encontra a artéria aorta (artéria que lava
sangue para todo corpo, através das suas
ramificações), é bombeado e chega a
todas as células corpóreas. As células
consomem todo o oxigênio e devolvem para
os capilares o dióxido de carbono. O sangue
volta se tornar venoso, retornando para o
átrio direito através das veias cavas. Esse
sangue venoso desce para o ventrículo
direito, onde vai se iniciar a pequena
circulação.

sangue arterial – ventrículo esquerdo – aorta –


capilares – células – troca gasosa – sangue venoso –
veias cavas – átrio direito
A artéria pulmonar é a única artéria que leva sangue venoso, assim como as
veias pulmonares são as únicas veias que trazem sague arterial.

O retorno venoso é auxiliado pela contração da panturrilha, negativação da


pressão intratorácica devido à inspiração e a venoconstrição (SNA simpático),

• Automatismo (cronotropismo): capacidade de gerar seus próprios estímulos


elétricos (batimentos); marcapasso natural;
• Condutividade (dromotropismo): condução do processo de ativação elétrica por
todo o miocárdio, numa sistemática sequência;
• Excitabilidade (batmodropismo): capacidade de reagir a estímulos (não
necessariamente estímulos cardíacos; temperatura, pH, concentração de CO2,
nervos, etc alteram o ritmo cardíaco);
• Contratilidade (inotropismo): capacidade de contração global do miocárdio
quando estimulado (sístole).
DIÁSTOLE SÍSTOLE
Relaxamento do músculo cardíaco Contração do músculo cardíaco
que promove o enchimento das que promove a ejeção do sangue
câmaras do coração
• O coração tem sua própria inervação intrínseca na sua rede de fibras
musculares especializadas.
• É capaz de gerar sua próprio despolarização, pré-requisito para a contração
muscular, através de um estruturas de sistema elétrico excito-condutor, que
desencadeia impulsos para a contração harmônica.
• Nó sinoatrial (sinusal), situado na parede atrial direita, desencadeia nas
fibras musculares atriais, o potencial de ação, gerando a sístole atrial. Esta
contração atinge o nó atrioventricular, situado no septo atrioventricular,.
que distribui o potencial de ação para o feixe de His, direito e esquerdo,
retardando o impulso para a contração ventricular. Finalmente, o impulso
chega às fibras de Purkinge, gerando a sístole ventricular.

nodo sinoatrial – fibras musculares atriais – sístole atrial – nodo atrioventricular –


feixe de His – ramos direito e esquerdo – fibras de Purkinge – sístole ventricular

• O potencial de ação da célula miocárdica é um potencial prolongado, devido à


entrada de Ca+.

1. DESPOLARIZAÇÃO: abrem-se canais


de Na+ e lentamente os de Ca+;
2. REPOLARIZAÇÃO INICIAL: fecham-
se canais de Na+ e K+ começa a
deixar a célula;
3. PLATÔ: diminuição da permeabilidade
de K+ e aumento da de Ca+;
4. REPOLARIZAÇÃO RÁPIDA: canais de
Ca+ se fecham e abrem-se de K+;
5. POTENCIAL DE MEMBRANA EM
REPOUSO.
O coração não depende do sistema nervoso, mas é influenciado,
principalmente, pelo SNA simpático e pelo nervo vago.
• Fluxo (F): volume sanguíneo que passa em determinado local em determinado
tempo, seguindo sempre o gradiente de pressão.
• É diretamente proporcional ao gradiente de pressão.
• O fluxo é inversamente proporcional à resistência (↑R ↓F).
• Velocidade: distância que um dado volume percorre em um dado período.
• Pressão (P):
• Gradientes de pressão: O sangue fluem de regiões com pressões mais
elevadas para regiões com pressão mais baixas.
• Conforme o sangue se move pelo sistema, a pressão diminui devido ao
atrito entre o sangue e a parede dos vasos.
• Pressão Propulsora: pressão criada pela contração transferida para o
sangue.
• Pressão de Ejeção Ventricular é a pressão com qual o sangue entra nas
artérias para vencer a RVP (120 mmHg).
• Pressão Arterial Sistólica (PAS): é a pressão que a parede da artéria
exerce durante a sístole.
• Pressão Arterial Diastólica (PAD) é a pressão que a parede da artéria
exerce durante a diástole.
Pressão de Pulso = PAS - PAD
• Pressão Arterial Média (PAM): é a média entre a PAS e PAD,
considerando o seu tempo (PAD tem o tempo 2x maior que a PAS).
PAS + 2PAD
PAM =
3
• Resistência (R):
• Resistência Vascular Periférica (RVP):
• É influenciada pelo raio do tubo (inversamente proporcional),
comprimento do tubo e viscosidade do sangue (diretamente
proporcional). – Lei de Poiseuille.
• Influencia diretamente a pressão (↑RVP ↑P).
• As válvulas pré-capilares (reguladas pelo SNA simpático e
concentração e O2 capilar) controla a quantidade de sangue
dentro da artéria.
• Frequência Cardíaca (FC): quantidade de vezes que o coração bate por minuto
• É controlado pelo SNA.
• Volume Sistólico (VS): quantidade de sangue bombeado por um ventrículo
durante a contração.
• É a diferença entre o volume diastólico final (VDF – volume máximo de
sangue do ciclo) e o volume sistólico final (VSF – volume de sangue que
resta no ventrículo ao final da contração).
VS = VDF – VSF
• É influenciado pela:
• Contratilidade: quando a força de contração aumenta, VS aumenta;
• Retorno venoso (quanto mais sangue voltar, maior o volume);
• Lei de Frank-Starling: quando o estiramento (tensão) das paredes
do ventrículo aumenta, o VS aumenta, pois o coração se contrai
com mais força para ejetar todo sangue presente. O grau de
tensão antes da contração (final da diástole) é chamado de pré-
carga.
• Lei de LaPlace: A carga combinada do VDF (tensão) e da RVP durante a
contração ventricular (sístole) é a pós-carga. Quanto maior a resistência,
mais força (carga) o ventrículo precisará fazer.
• Débito Cardíaco (DC):: volume de sangue ejetado em 1 minuto
DC = VS x FC
• É influenciado pelo VS e FC. Logo, caso aumente ou diminua algum
destes, o DC também se altera de acordo.
• Relação DC, RVP e PAM:: é proporcional ao DC x RVP
• A pressão arterial é um balanço entre o fluxo para dentro das artérias
(DC) e o fluxo para fora (RVP). Logo, se ↑DC e =RVP → ↑PAM. Assim
como, se =DC e ↑RVP → ↑PAM.
Valores de referência:
FC: 72 bpm (60 a 100 bpm) DC: 5L/min
PA = DC x RVP VS: 70 ml PAS: > 120 mmHg
VDF: 135 ml PAD: > 80 mmHg
VSF: 65 ml PAM: 93 mmHg
• O SNC coordena o controle reflexo da pressão sanguínea. O centro integrador
situa-se no bulbo.
• A função básica do centro de controle cardiovascular é manter o fluxo
sanguíneo adequado para o encéfalo e o coração.
• Há barorreceptores (mecanorreceptores sensíveis ao estiramento)
localizados nas paredes das artérias carótidas e da aorta.
• O reflexo barorreceptor se dá a partir do alteração da pressão sanguínea.
Caso aumente, a membrana dos barorreceptores estira e a frequência de
disparos aumenta. Caso diminua, a frequência de disparos do receptor cai.
• Os potenciais de ação dos barorreceptores vão para o centro de
controle cardiovascular bulbar via neurônios sensoriais, que
desencadeia a resposta, mudando o débito cardíaco e a resistência
periférica.
• A eferência é conduzida pelos neurônios autonômicos simpáticos
(aumento gera vasoconstrição) e parassimpáticos (diminui frequência
cardíaca). A redução do DC e da RVP, reduz a PA.

• Os quimiorreceptores arteriais ativados pelos baixos níveis de oxigênio aumentam


o débito cardíaco.
• Se os tecidos necessita de mais O2, o sistema circulatório e o respiratório
trabalham juntos.. Consequentemente, ↑FR, ↑DC.
• O hipotálamo promove respostas vasculares envolvidas na regulação da
temperatura corporal e a resposta de luta-fuga.
• O equilíbrio hídrico pelos rins também regula a pressão arterial, através o sistema
renina-angiotensina-aldosterona.
1. Quando a pressão arterial diminui, há a diminuição da perfusão renal, que faz
com que as células granulares convertam a pró-renina em enzima renina.;
2. A renina é uma enzina que no plasma catalisa a conversão
de angiotensinogênio em angiotensina I (possui pouca atividade biológica);
3. Nos pulmões e rins, a angiotensina I é convertida em angiotensina II, reação
catalisada pela Enzima Conversora de Angiotensina (ECA);
4. A angiotensina II:
1. é vasoconstritora, aumentando a RVP
2. atua sobre as células da zona glomerulosa do córtex suprarrenal,
estimulando a síntese e a secreção de aldosterona. A aldosterona aumenta
a reabsorção de Na⁺, levando o aumento osmolaridade.
3. tem ação direta sobre o rim, estimulando a troca de Na⁺– H⁺ no túbulo
proximal renal e aumentando a reabsorção de Na⁺ e de HCO3⁻.
4. atua sobre o hipotálamo, aumentando a sede e a ingestão de água. E
estimula a secreção do hormônio antidiurético (ADH), que aumenta a
reabsorção de água nos ductos coletores.
5. Todos esses fatores aumentam a pressão arterial, devido ao aumento do débito
cardíaco e da resistência vascular periférica.
Hipertensão Arterial Sistêmica
▪ Pressões (sistólicas e diastólicas) altas, podendo causar danos aos vasos e ao
órgão-alvo, sendo a pressão diastólica > 89 mmHg ou sistólica > 139 mmHg.
▪ A hipertensão é um fator importante para os riscos cardiovasculares.
▪ Hipertensão Essencial:
▪ Transtorno multifatorial, decorrente dos efeitos combinados de múltiplos
polimorfismos genéticos e fatores ambientais;
▪ 95% dos casos;
▪ Não causa problemas em curto prazo;
▪ Quando controlada, é compatível com vida longa e assintomática;
▪ Hipertensão Secundária:
▪ 5% dos casos;
▪ Resultante de doenças renais, suprarrenais, estreitamento da artéria
renal devido à uma placa de ateroma ou outra causa identificável;
▪ Dentro dos casos de hipertensão essencial ou secundária, há a hipertensão
acelerada ou maligna (5% dos casos), cuja elevação é rápida e, se não
tratada, leva o indivíduo a óbito em 1 ano ou 2..

HIPERTENSÃO ESSENCIAL:
▪ Redução da excreção de sódio pode ser um evento chave iniciante da
hipertensão, pois a diminuição da excreção causa um aumento do volume
líquido, aumento do DC e à vasocontrição periférica, elevando a pressão
arterial (sistema renina-angiotensina).
▪ Influências vasoconstritoras levam ao aumento da resistência vascular
periférica.
▪ Fatores ambientais como estresse, obesidade, tabagismo, sedentarismo e
consumo excessivo de sal.
HIPERTENSÃO SECUNDÁRIA:
▪ Hipertensão renovascular – a estreitamento da artéria renal causa diminuição
do fluxo glomerular e da pressão na arteríola aferente, induzindo a secreção
de renina, que aumenta o tônus vascular e o volume sanguíneo através da via
angiotensina-aldesterona.
▪ Distúrbios monogenéticos: afetar enzimas que influenciam no metabolismo da
aldesterona (aumenta a secreção, aumentando a reabsorção de sódio e água,
expandido o volume plasmático, levando a hipertensão) ou afentar proteínas
que influenciam na reabsorção do sódio.

▪ No início, é assintomática. Com a progressão da doença não tratada, podem


apresentar dores de cabeça, vômitos, falta de ar, agitação e visão borrada.

▪ Alimentação saudável; ▪ Evitar o tabagismo;


▪ Consumo controlado de sódio e álcool;
▪ Prática de exercícios regulares.
▪ Ingestão e potássio;

▪ Aferição da pressão como forma preventiva e para diagnóstico;


▪ Monitorização da PA do paciente em repouso e em atividade.

▪ Não tem cura, mas tem tratamento para ser controlada.


▪ O exercício físico é uma das principais terapêuticas, associada ao tratamento
medicamentoso e às modificações de hábitos alimentares e comportamentais.
▪ Após o exercício físico, ocorre uma hipotensão pós-exercício, devido à:
▪ diminuição da atividade simpática;
▪ aumento da parassimpática;
▪ diminuição do DC e da RVP;
▪ Quanto maior a intensidade e tempo, maior efeito hipotensor
Aterosclerose

▪ Lesões com centro mole, amarelo e grumoso de lipídios,


coberta por uma cápsula branca, entre as camadas
íntima e adventícia.
▪ Obstrui mecanicamente o fluxo sanguíneo.
▪ As placas de ateroma podem romper e levar a uma
trombose, além de enfraquecem a camada média
subjacente, podendo levar a formação de um aneurisma.

NÃO-MODIFICÁVEIS MODIFICÁVEIS
▪ Idade: com 40-60 anos, a ▪ Hiperlipidemia (hipercolesterolemia);
incidência aumenta cinco vezes; ▪ Hipertensão;
▪ Gênero: mulheres pós-menopausa, a ▪ Tabagismo;
incidência aumenta e, em idades ▪ Diabetes;
mais altas, excede a dos homens; ▪ Sedentarismo;
▪ Genética. ▪ Obesidade..
▪ Principal mecanismo envolvido nas obstruções das artérias coronárias, que
levam ao infarto do miocárdio.
▪ AVC, aneurismas da aorta e gangrema dos membros inferiores são as
consequências mais comuns.
▪ Estenose Aterosclerótica: atinge as pequenas artérias.
▪ Alteração aguda da placa – a erosão ou ruptura da placa é seguida por
trombose vascular parcial ou completa, resultando em infarto agudo do tecido.
▪ Trombose
▪ Vasoconstrição – compromete o tamanho da luz, aumentando as forças
mecânicas locais e potencializando a ruptura da placa.

▪ Alimentação balanceada, exercícios físicos; e evitar situações estressantes.

▪ Exames de sangue, ECG e RM;


▪ Teste de esforço cardíaco (teste ergométrico);
▪ Echocolordoppler TSA para a aterosclerose das artérias carótidas;
▪ Angiografia coronária p/ detectar as artérias bloqueadas e determinar a
largura do bloco.

▪ Medicamentos anticolesterol;
▪ Medicamentos antiplaquetários;
▪ Cirurgia: pontagem coronária, endarterectomia (remoção da parede externa da
artéria) e o enxerto (reparação ou substituição do vaso);
▪ Tratamento não-farmacológico: parar de fumar. evitar gorduras hidrogenadas e
gorduras saturadas, exercitar-se.
Doença Arterial Coronariana
▪ Insuficiência de irrigação sanguínea no
coração, resultando da obstrução das artérias
coronárias por placas ateroscleróticas que se
depositam no interior dos vasos.

▪ Histórico familiar de doença coronariana em idade jovem (risco maior pois


ainda não possui circulação colateral);
▪ Tabagismo;
▪ Sedentarismo; As células de lipídio vão ser agregadas à placa de
ateroma, tendo esta, uma membrana fibrótica que
▪ Obesidade; pode se romper, ter uma formação plaquetária e
▪ Diabetes; formar um trombo acima da placa de ateroma.
▪ Hipertensão arterial;
▪ Níveis elevados de gorduras no sangue, particularmente o colesterol.

Obstrução
Placa de Obstrução ↓ Fluxo fatal ou
ateroma sanguíneo vasoespasmo

Isquemia Necrose Fibrose ↓ Contração

↓ Fração de Comprometimento da função,


Ejeção capacidade e estrutura cardiovascular
▪ Dispositivos (Stent farmacológico);
▪ Medicamentos (Estatina e Anticoagulante);
▪ Cirurgia Cardíaca;
▪ Reabilitação cardíaca e exercício físico;
▪ Mudanças hábitos de vida (cessação tabágica, dieta, estresse).

▪ Treinamento de exercício como programa de prevenção secundaria (IAM) e


reabilitação;
▪ Educação e orientação;
▪ Aconselhamento para melhoria do bem estar psicológico;
▪ Interrupção do tabagismo;
▪ Aumento da aderência aos medicamentos e à dieta.

BENEFÍCIOS:
▪ Aumento da capacidade funcional (adição de 2 MET após poucas semanas do
início);
▪ Na fase hospitalar, tenta-se atingir uma atividade de capacidade
máxima de 6 MET (equivale a 5 degraus).
▪ Aumento do VO2 máximo;
▪ Menor FC e PA durante atividades com mesma carga de trabalho;
▪ Não há comprovação científica que a reabilitação cardíaca reduza a
PAD, somente a PAS.
▪ Melhor qualidade de vida.

Atividade física no tratamento do cardiopata é Classe A e nível de evidencia 1,


considerada, portanto, indispensável.
Infarto Agudo do Miocárdio
▪ Resultado final da isquemia prolongada e não
aliviada, causada pela interrupção do fluxo
sanguíneo total ao miocárdio, resultante de
obstrução aguda de artéria coronária.
▪ Elevação dos marcadores bioquímicos de lesão
miocárdica acima do percentil 99 do limite
máximo de referência, em especial a Troponina.
▪ Presença de pelo menos um desses parâmetros:
▪ Sintomas sugestivos de isquemia miocárdica;
▪ Desenvolvimento de ondas Q patológicas no ECG;
▪ Alterações eletrocardiográficas indicativas de nova isquemia (alterações
significativas no ST/T ou bloqueio do ramo esquerdo);
▪ Evidência, em exame de imagem, de perda de miocárdio viável ou de
nova alteração segmentar de contratilidade ventricular;
▪ Evidências na angiografia ou autópsia de trombo intracoronário.

▪ Angina Instável:
▪ Possui sintomas, mas sem alterações nos marcadores laboratoriais e no
eletrocardiograma.
▪ IAM sem supradesnível de ST (IAMSSST):
▪ Presença de marcadores bioquímicos (troponina I ou T e CPK), e
ausência de supradesnivelamento em segmento ST.
▪ IAM com supradesnível de ST (IAMCSST):
▪ Presença de supradesnivelamento ST juntamente com marcadores
bioquímicos de necrose miocárdica.
1. A isquemia grave induz perda de contratilidade dentro de 60 segundos;
2. A morte celular não é imediata, a partir de 20-30 minutos, leva a dano
irreversível (necrose) dos cardiomiócitos;
3. A necrose geralmente se completa em 6 horas (sistema colateral);
4. Em 12-24 horas, a área do infarto pode ser identificada por áreas
macroscópicas de coloração vermelho-azulada;
5. Após 10 dias e até duas semanas, ela é margeada por uma zona hiperêmica
de tecido de granulação, altamente vascularizado;
6. Nas semanas seguintes, a região lesada evolui para uma cicatriz fibrose.

A intensidade do remodelamento conduz a um pior prognósticos, pois gera uma


fibrose intensa, comprometendo a estrutura e função cardíaca.

▪ Dor precordial prolongada, profunda e visceral, em aperto à esquerda, que


irradia para o membro superior (mais frequentemente o esquerdo), podendo
irradiar para mandíbula, dorso, ombros e região epigástrica, que não melhora
totalmente ao repouso ou com administração de nitratos.
▪ Fadiga ▪ Estertores pulmonares na congestão
▪ Sudorese ▪ Desconforto gastrointestinal*
▪ Dispnéia súbita e intensa* ▪ Síncope*
▪ Tontura ▪ Sinais e sintomas de AVE
▪ Alterações no ritmo cardíaco* ▪ Turgência jugular quando complicado
▪ Ansiedade com insuficiência cardíaca
▪ Estado confusional ▪ Bulhas 3 e 4
*Equivalentes isquêmicos
▪ É obtido com base nas alterações
do eletrocardiograma periódico,
elevação de marcadores
bioquímicos, e quadro clínico.

▪ Edema pulmonar:
▪ Obstrução gera insuficiência cardíaca, não conseguindo ejetar sangue
adequadamente, congestionando os pulmões.
▪ Choque cardiogênico:
▪ Mau funcionamento cardíaco, que leva à diminuição do débito cardíaco,
hipotensão e a hipóxia da musculatura cardíaca e sistêmica.
▪ Mais grave, pois aumenta em 80% a mortalidade.

▪ Tratamento da dor;
▪ Tratamento antiplaquetário;
▪ Tratamento de recanalização;
▪ Inibidores da enzima de conversão
da angiotensina;
▪ Bloqueadores de canais de cálcio;
▪ Manejo das arritmias no IAM;
▪ Reabilitação cardíaca.

▪ Redução da capacidade funcional;


▪ Redução da volemia; ▪ Redução da massa muscular;
▪ Redução do rendimento cardíaco; ▪ Aumento da pressão e da ansiedade.
▪ Alteração dos reflexos cardíacos;
▪ Predisposição ao tromboembolismo pulmomar;
Insuficiência Cardíaca Congestiva
▪ Síndrome clínica complexa, que resulta da incapacidade do
coração de bombear a quantidade de sangue necessária
para atender as exigências metabólicas do organismo.
▪ Pode comprometer um ou ambos os ventrículos, envolvendo
alterações estruturais, funcionais e biológicas, desencadeadas
por uma injúria.
▪ Insuficiência cardíaca crônica:
▪ Doença de caráter progressivo e persistente.
▪ Insuficiência cardíaca aguda:
▪ As alterações são rápidas ou graduais, resultando em necessidade de
terapia urgente.
▪ Classificada em:
▪ ICFER: IC com fração de ejeção reduzida - FE < 40%
▪ ICFEP: IC com fração de ejeção normal ou preservada - FE > 50%

▪ Isquêmica; ▪ Chagásica (Chagas);


▪ Congênita; ▪ Valvar;
▪ Hipertensiva; ▪ Miocardites.

↓ da ↓ DC, ↓ FE e Remodelação (aumento


contratilidade ↑ volumes da espessura das
miocárdica ventriculares paredes)

Dilatação das câmaras,


hipertrofiando-se e Sintomas
tornando-se mais esféricas
▪ A insuficiência cardíaca congestiva
(ICC) indica a presença de sinais e
sintomas como ingurgitamento
jugular, dispneia aos esforços,
estertores finos nas bases
pulmonares, hepatomegalia e
edema de (MMII).
▪ A dispneia inicialmente
desencadeada pelos esforços
físicos mais rigorosos pode
progredir gradual ou rapidamente
para dispneia em repouso, e até
para edema pulmonar agudo.

▪ Ecocardiograma;
▪ Sugere o padrão predominante (sistólica x diastólica), a disfunção de
ventrículo esquerdo (VE) x disfunção de ventrículo direito (VD) e avalia o
grau de remodelamento ao definir o tamanho das câmaras, disfunção
valvar secundária, pericardiopatias e fração de ejeção.
▪ BNP (Peptídeos Natriuréticos);
▪ Eletrocardiograma;
▪ Holter; Radiografia de tórax;
▪ Ressonância magnética cardíaca;
▪ Ergoespirometria;
▪ Cineangiocoronariografia;
▪ Angiotomografia de artérias coronárias;
▪ Cateterismo cardíaco direito;
▪ Biópsia endomicárdica.
CIRÚRGICO:
▪ Ressincronização cardíaca;
▪ Cardiodesfibrilador implantável;
▪ Revascularização miocárdica e aneurismectomia;
▪ Cirurgia de valva mitral na IC;
▪ Dispositivos de assistência ventricular.

FARMACOLÓGICO:
▪ Antihipertensivos - IECA e BRA; ▪ Digitálicos;
▪ Betabloqueadores; ▪ Diuréticos;
▪ Antiarrítmicos; ▪ Nitrato.

NÃO-FARMACOLÓGICO:
▪ Reabilitação Cardíaca;
▪ Restrição de Sódio;
▪ Restrição Hídrica;
▪ Dieta e Controle de Peso.

FISIOTERAPÊUTICO:
▪ Melhoria das respostas cardiocirculatórias do controle do coração, efetuadas
pelo SNA (Sistema Nervoso Autônomo), melhorias da ação sináptica e do
incremento da ação vagal sobre o coração, consequentemente influindo na
qualidade de vida.
▪ Avaliação funcional com ergoespirometria ou TC6 para prescrição do exercício.
▪ Exercícios aeróbicos (Esteira, cicloergômetro, caminhadas) - 50 a 75% da FRC.
▪ Exercícios neuromusculares (halter, caneleira) - 30 a 50% de 1RM.
▪ Treinamento dos músculos respiratórios (Trheshold ou Powerbreath) - 30 a
50% da Pimax.
Edema Agudo de Pulmão
▪ Síndrome de insuficiência respiratória aguda
hipoxêmica que pode ter sua etiologia derivada de
alterações cardíacas ou respiratórias.
▪ Ocorre o acúmulo de fluido nos espaços alveolares e
intersticiais dos pulmões.
▪ EAP Cardiogênico:
▪ Aumento da pressão hidrostática nos capilares pulmonares devido ao
desacoplamento entre o volume sistólico do ventrículo esquerdo e o
direito, sendo que a venoconstrição contribui para esse aumento da
pressão hidrostática.
▪ Resulta em transudação de líquido para o interstício pulmonar causando
dispneia intensa e abrupta, tosse com expectoração abundante hialina-
hemoptóica, taquipneia cianose e extremidades frias e sudoréticas.
▪ EAP Não-Cardiogênico:
▪ Ocorre a exsudação de líquido para interstício pulmonar por conta de
uma inflamação e aumento a permeabilidade capilar.
▪ Sua etiologia pode está ligada a infecção pulmonar ou não pulmonar,
história de aspiração, estado hiperdinâmico, Leucocitose e evidências de
pancreatite ou peritonite.
:
▪ Hemodinâmicas: IAM, Hipervolemia, Obstrução da Valva Mitral, Insuficiência
Ventricular Esquerda.
▪ Permeabilidade capilar: Infecção Pulmonar, Aspiração Broncopulmonar, SDR.
▪ Miscelânia: Neurogênico, Embolia Pulmonar e Redução da Pressão Oncótica do
Plasma.
▪ Quadros iniciais: taquipneia e estertores;
▪ Quadros mais graves: dispneia e cianose;
▪ Quadros extremos: secreção rosácea e óbito.

▪ Eletrocardiograma (ECG) – pode-se identificar sobrecarga ventricular


esquerda, sobrecarga no átrio esquerdo, isquemia ou infarto do miocárdio e
arritmias.
▪ Radiografia de tórax – pode-se encontrar silhueta cardíaca aumentada,
pedículo vascular alargado e infiltrado central.
▪ Ecografia de pulmão – o aparecimento de linhas B corresponde a um
aumento no conteúdo total de líquido pulmonar extravascular, aumento das
câmaras cardíacas e redução na função do ventrículo esquerdo.
▪ Gasometria arterial – detecta hipoxemia e hipercapnia.

FARMACOLÓGICO:
▪ Diurético (eliminar líquido), vasoconstritor, morfina (reduz dispneia) e
cardioversão elétrica (arritmia).

TERAPIA DE SUPORTE:
▪ Oxigenação (paliativo);
▪ Posicionamento;
▪ Suporte ventilatório – pressão
positiva (PRIORIZAR SVNI).
P.O de Cirurgia Cardíaca
▪ Processo de restabelecimento das capacidades funcionais do coração de
pacientes que já apresentaram previamente doenças cardíacas.
▪ Paciente busca retorno ao bem-estar mental, social e físico, haja vista que de
modo geral, proporcione o alívio dos sintomas, a proteção muscular cardíaca,
previna o IAM e possibilite a recuperação física.

▪ Identificar os pacientes com o maior risco de complicações pulmonares pós-


operatória;
▪ Idade, IMC >30kg/m², diabetes, pressão arterial pulmonar média maior
que 20 mmHg, volume sistólico.
▪ Antecedentes pessoais e familiares;
▪ Mensuração da Função Pulmonar;
▪ Rastrear Função Cardiovascular;
▪ ORIENTAÇÕES (paciente e família);
▪ Reabilitação.

▪ Danos na parede torácica em virtude do tipo de incisão que promovem


alterações mecânicas na caixa torácica;
▪ Uso de anestesia geral que deprime o sistema respiratório;
▪ Circulação extracorpórea (CEC) que pode ativar uma resposta inflamatória
sistêmica (> 120 minutos);
▪ Disfunção do diafragma a depender do modo ventilatório utilizado, pois pode
gerar hipotonia, o que também acarreta em tosse ineficaz e redução do
volume corrente;
▪ Posição do dreno pleural;
▪ A extensa manipulação intratorácica acarreta em disfunção ventilatória,
incluindo redução do volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1),
da capacidade residual funcional (CRF), capacidade vital forçada (CVF) e da
capacidade pulmonar total (CPT), predispondo a ocorrência de complicações
respiratórias, tais como: hipoventilação, alteração no mecanismo da tosse,
acúmulo de secreção, colapso alveolar e a hipoxemia.

ROTINA:
▪ Ausculta Pulmonar;
▪ Análise da Telerradiografia de Tórax; ▪ Extubação;
▪ Hemogasometria; ▪ Função Respiratória (Oxigenação
▪ Hemodinâmica (Macro e Micro); /SVNI/ Tosse);
▪ Intervenções Respiratórias; ▪ Controle Álgico;
▪ Interação com Equipe; ▪ Mobilização (Dentro do Conforto).

MECANISMOS DE COMPLICAÇÕES:
▪ Hipoventilação pulmonar: redução da CRF 30% nas primeiras 24hs;
▪ Repouso no leito: deslocamento cranial do diafragma (imobilidade =
hipoventilação);
▪ Dor: disfunção muscular ventilatória (padrão combinado passa a ser torácico, o
que diminui a V/Q nas bases, prejudicando a troca = hipoventilação);
▪ Disfunção diafragmática e tosse ineficaz.
COMPLICAÇÕES:
▪ Complicações cardiovasculares;
▪ IAM, arritmias, síndrome do baixo débito cardíaco, choque, ICC e
hipertensão. Podem estar relacionadas ao período pré, peri e pós.
▪ Sangramento aumentado;
▪ Considera-se excessiva a drenagem sanguínea (coletada dos drenos) que
estejam acima de 2ml/kg/h nas primeiras quatro horas de pós-operatório
▪ Insuficiência renal;
▪ A hipertensão arterial e a diabete miellito, juntamente com a diminuição
da perfusão renal, hipoxemia e o uso de antibióticos nefrotóxicos tornam
a insuficiência renal uma complicação de grande importância clínica no
P.O cardíaca em razão da sua alta mortalidade.
▪ Disfunções neurológicas;
▪ Hipotensões e embolizações gasosas ou de placas de ateroma saídas da
aorta são associadas aos acidentes vasculares encefálicos isquêmicos
nas cirurgias cardíacas.
▪ Complicações respiratórias;
▪ Atelectasia;
▪ Pneumonia;
▪ Derrame pleural;
▪ Edema pulmonar;
▪ Embolia pulmonar;
▪ Insuficiência respiratória aguda;
▪ Lesão do nervo frênico;
▪ Pneumotórax.
▪ Disfunções musculares.
▪ A musculatura periférica e do trato respiratório podem apresentar sinais
deletérios em função da imobilização prolongada.
▪ Realizar a interrupção da ventilação mecânica precoce;
▪ Treino muscular ventilatório a terapia de higiene brônquica;
▪ Manobras de recrutamento alveolar;
▪ Abordagem na insuficiência respiratória com a instituição de pressão positiva.
▪ A reabilitação cardiovascular pode ser definida como processo de
desenvolvimento e manutenção de nível de atividade física, social e psicológica
após o início da doença coronariana sintomática.
▪ Inclui o treinamento físico e um amplo espectro de mudanças no
comportamento físico e psicossocial, além de uma intervenção múltipla,
visando modificar os fatores de risco, desta maneira, favorecendo a queda da
mortalidade.
▪ Fase 1: Hospitalar
▪ Fase aguda, iniciada na Unidade de tratamento intensivo com
continuidade na enfermaria até a alta hospitalar.
▪ Pode ser iniciada até 24h após evento cardíaco desde que o paciente
não tenha tido complicações ou relatado dor anginosa nas últimas 12
horas.
▪ O protocolo é constituído por sete etapas progressivas com atividades
de baixa intensidade (2METs) atingindo até 4 METs na última etapa.
▪ Mobilização precoce;
▪ Sedestação;
▪ Ortostatismo assistido ou ativo livre.
▪ Na enfermaria, institui-se exercícios de progressão diária, utilizando
grandes grupos musculares e alongamentos.
▪ Repetição de exercícios ativos isolados para MMII e MMSS;
▪ Exercícios diafragmáticos;
▪ Circuito de exercícios.
Pneumologia
• Anatomia e Fisiologia do Sistema Respiratório
Anatomia e Fisiologia do
Sistema Respiratório
▪ Troca de gases entre a atmosfera e o sangue:;
▪ Regulação homeostática do pH do nosso corpo;
▪ Proteção contra patógenos e substância inaladas;
▪ Vocalização.

▪ Zona condutora: nariz, faringe, laringe, traqueias,


brônquios e bronquíolos (espaço morto anatômico);
▪ Zona respiratória: bronquíolos respiratórios,, ductos alveolares e alvéolos.

• A cavidades nasais são divididas pelo septo nasal cuja sua parte anterior é
cartilaginosa e a sua posterior, óssea.
• É divida em:
• Narinas (contato com o exterior)
• Coanas (contato com a faringe)
• Possuem conchas nasais e vascularização abundante, aquecendo o ar.
• Possuem pelos e células ciliadas que filtram o ar e produzem o muco,
umidificando o ar..
• As fossas nasais drenam o muco produzido pelos
seios paranasais.

• É um tubo muscular que pertence ao sistema


respiratório e digestório.
• É dividida em Nasofaringe (contém as tonsilas
faríngeas), Orofaringe (contém as tonsilas
palatinas) e Laringofaringe.
▪ É a via aérea e de fonação (pregas vocais).
▪ A cartilagem epiglótica está posterior a língua e se fecha
na deglutição para não ocorrer a broncoaspiração.

▪ Formadas por anéis cartilaginosas em formato de C (permite que o ar se


locomova sem o colabamento das paredes), fechadas posteriormente por
membrana fibrosa (ligamentos e feixes de músculo liso).
▪ Seu tecido é elástico (sua espessura pode variar) e com epitélio pseudo-
estratificado ciliar.
▪ A sua cartilagem é chamada de carina, onde a traqueia se ramifica em
brônquios principais.

▪ São ramificações da traqueia, sendo a sua primeira os brônquios principais,


que se dividem em direito (mais vertical) e esquerdo.
▪ Os brônquios principais se dividem em brônquios lobares, sendo 3 do lado
direito (superior, médio e inferior) e 2 do lado esquerdo (superior e inferior).
▪ A partir dos brônquios lobares, dividem-se em brônquios segmentares, até se
ramificarem nos bronquíolos.
▪ Os bronquíolos penetram nos lóbulo pulmonares, onde se ramificam em
bronquíolos terminais e originam bronquíolos respiratórios, iniciando a zona
respiratória.
▪ Estruturas microscópicas, onde ocorre a troca gasosa.
▪ São responsáveis pela estrutura esponjosa do pulmão.
▪ Os ductos alveolares são ramificações dos bronquíolo respiratórios, que
posteriormente se ramificam em sacos alveolares e alvéolos.
▪ Possuem paredes finas, muito próximas de capilares sanguíneos, forma a qual
conseguem realizara hematose.
▪ Possuem os Canais de Lambert e os Poros de Kohn, que comunicam os
alvéolos e ductos, fazendo com que haja a circulação colateral e,
consequentemente, aumento da capacidade pulmonar.
▪ É composta por três tipos de células: endoteliais dos capilares, pneumócitos
tipo I (formam barreiras de espessuras mínimas para possibilitar a troca
gasosa, mas, também, impedir a passagem do líquido) e pneumócitos tipo II
(produzem o surfactante).
▪ O surfactante é responsável por diminuir a tensão superficial dos alvéolos,
tornando a respiração mais fácil e evitando o colabamento dessas estruturas
(associado ao volume residual).
▪ São duas estruturas (direta e esquerda), divididas em lobos (3 direitos
(superior, médio e inferior) e 2 esquerdos (superior e inferior)) por septos
lobares (D: fissura horizontal e oblíqua direita/E: fissura oblíqua esquerda).
▪ Há uma abertura na sua região medial, o hilo pulmonar, pela qual penetram
os brônquios e vasos sanguíneos e linfáticos.
▪ Membrana serosa que recobre os pulmões,
com função de proteger e facilitar a
mecânica pulmonar.
▪ Possui um folheto parietal
(externo/cavidade torácica e diafragma) e
um visceral (aderido aos pulmões).
▪ Entre as pleuras, há a cavidade pleural, que contém o líquido pleural,
responsável por diminuir o atrito destas durante a mecânica (permite o
deslizamento), além de contribuir com a abertura dos pulmões com a
pressão negativa (reage contra a retração elástica dos pulmões).

▪ Separa as cavidades torácica e abdominal.


▪ É o principal músculo inspiratório, sendo composto por uma parte muscular
periférica e um centro tendíneo.
▪ Suas inserções são as esternal (processo xifoide), costal (cartilagens costais) e
lombar/vertebral, sendo esta divida em pilares direito (L1 a L3) e esquerdo
(L2-L3).
▪ É inervado pelo nervo frênico (raiz de C2-C4) e é um músculo esquelético
involuntário (contração reflexa estimulada pelo nível de CO2).
▪ Por estar na base do pulmão, sua contração gera uma pressão negativa
pulmonar ao realizar a mecânica pulmonar, fazendo com que o ar entre no
pulmão (inspiração). Sua contração também gera o aumento do volume
intratorácico.
▪ Agem de forma isométrica na respiração normal e de forma ativa na respiração
forçada.
INTERCOSTAIS:
▪ Aumentam o diâmetro anteroposterior (alavanca de bomba) e transversal (alça
de balde).
▪ Externos: margem das costelas
▪ Internos: corpos das costelas;
▪ Íntimos: corpos das costelas.

SERRÁTIL ANTERIOR
ESCALENOS ELEVAÇÃO DAS COSTELAS
INSPIRAÇÃO
INTERCOSTAIS EXTERNOS
ESTERNOCLEIDOMASTOIDE ELEVAÇÃO DO ESTERNO

ABDOMINAIS AUMENTO DA RETRAÇÃO


EXPIRAÇÃO
INTERCOSTAS INTERNOS (COMPRIME O TÓRAX)

Inspiração: Ativa │ Expiração: Passiva


▪ A atividade respiratória é controlada pelo ponte e pelo bulbo (centro
respiratório).
▪ No tronco encefálico, há 3 áreas:
▪ Área pneumotáxica;
▪ Área apnêutica;
▪ Área inspiratória.
↑ nível de CO2 → estimula à inspiração → contração muscular → inspiração → ar
nos bronquíolos terminais → estímulo ao reflexo de estiramento → nervo vago →
inibição das áreas apnêusticas e pneumotáxica → cessa a inspiração → expiração

No DPOC, o tronco encefálico é estimulado pelo


baixo nível de O2 (cuidado com a oxigenoterapia).

▪ A hematose é o processo de troca do CO2 por O2 na membrana alvéolo-


capilar (parede alveolar-espaço intersticial-parede capilar), com objetivo de
transformar o sangue venoso em arterial. Esse processo se dá pela difusão
gasosa.
▪ A favor de um gradiente de pressão (transporte passivo), onde a substância é
encaminhada do local onde está mais concentrada para o de menor
concentração (pressão de O2 capilar deve ser maior que a sanguínea, assim
como a de CO.2 deve ser maior no sangue que no capilar – Pressão Parcial)

VENTILAÇÃO entrada e saída de ar Relação Ventilação/Perfusão (V/Q)


PERFUSÃO circulação sanguínea nos alvéolos O ideal é que seja de 0,8 a 1 (V=P).
Shunt Pulmonar = perfusão sem ventilação (hipóxia)
Índice alto: ↑V, ↓Q
Espaço Morto Fisiológico = ventilação sem perfusão Índice baixo: ↓V, ↑Q

▪ Ventilação pulmonar: processo mecânico (inspiração e expiração);


▪ Respiração pulmonar: troca de gases entre sangue e pulmão;
▪ Respiração tecidual: troca de gases entre células e sangue.
∆𝑽
▪ Complacência: C=
∆𝑷
▪ Variação de volume sem variação de pressão (pressão = força x área).

𝟏
▪ Elastância: E = 𝑪𝒆𝒔𝒕
▪ Capacidade que o tecido tem de não deformar.
▪ Quanto mais elastância (carga elástica) o pulmão tiver, maior força terá
que fazer para se expandir.
▪ Alteração nos parênquima pulmonar (ácino, interstício e tensão
superficial), na parede torácica e na parede abdominal, alteram
diretamente a elastância.
𝟏
▪ Resistência: R=
r4
▪ Dificuldade a um fluxo (fluxo = r4).
▪ O que mais interfere na resistência é o raio de um brônquio.
O fluxo de ar só passa do nariz até a 16ª geração de brônquio
(espaço morto anatômico) → alteração na resistência
A partir da 17ª geração, há troca gasosa → alteração na elastância

EQUAÇÃO DO MOVIMENTO:
Pvent + Pmus = Elast x Vol + Resist x Fluxo

VM Parenq, Abd, Tórax


Diafragma Vias aéreas
CONSTANTE DE TEMPO:
▪ É o tempo necessário para insuflar e desinsuflar o alvéolo.
▪ Quanto maior a complacência ou resistência, maior a constante.
▪ Quanto menor a complacência ou resistência, menor a constante.
CT= Cest x RV.A Normal = 0,8 a 1 segundo
CURVA DE
HISTERESE:

▪ Estudo do comportamento do volume e fluxo pulmonar.

▪ O VC está entre 40-50% da CPT (500 ml, sendo 150 ml ficando no espaço
morto anatômico, 350 ml para hematose).
▪ CPT = 5l → VRE + VR = 2,5 a 2,7l.
▪ O VRI é uma inspiração forçada, podendo ser até 5x o VC.
▪ O VRE é uma expiração forçada, no caso, ativa/musculatura abdominal
▪ O VR permanece dentro do sistema (1300 ml), evitando que os alvéolos
colabem,
▪ VVM (ventilação voluntária máxima) é a capacidade do pulmão gerar alto
volume e alto fluxo em um determinado tempo.
▪ A diferença entre CV e CVF (capacidade vital forçada) é que a CV é a
mobilização de ar em uma inspiração e expiração máxima, enquanto a CVF é
uma manobra rápida e forte.
▪ VEF1 é o volume de ar expirado no primeiro segundo (mais de 80% do ar sai).
▪ A relação VEF1/CVF devem ser maior que 70%.

Pmus = Elast x Vol + Resist x Fluxo

CVF VEF1 VEF1/CVF


OBSTRUTIVO N ↓ ↓
RESTRITIVO ↓ ↓ N
MISTO ↓ ↓ ↓

EXEMPLOS:
DPOC: B ou D Asma: B
Edema Pulmonar: C ELA: C
TEP: A Fibrose Cística: D

PICO DE FLUXO DE TOSSE E PICO DE FLUXO EXPIRATÓRIO:


Geralmente, a tosse é maior ou igual ao expiratório. Se for menor,
deve ter alguma alteração bulbar ou na glote.
Neurologia
• Anatomia e Fisiologia do Sistema Nervoso
Anatomia e Fisiologia do
Sistema Nervoso

• Detectar, transmitir, analisar e utilizar


informações geradas pelos estímulos sensoriais;
• Organizar e coordenar o funcionamento as
funções do organismo;
• Estabilizar condições intrínsecas do organismo e
participar dos padrões de comportamento.

▪ Sistema Nervoso Central


▪ Encéfalo
▪ Cérebro
▪ Diencéfalo
▪ Cerebelo Mesencéfalo
▪ Tronco encefálico Ponte
▪ Medula Espinal Bulbo
▪ Sistema Nervoso Periférico
▪ Nervos Cranianos
▪ Gânglios Espinais

Oligodendrócitos/Células de Schwann
• Neurônios
Astrócitos
• Células da Glia
Células Ependimárias
Microglia
• Seu interior é divido em:
• SUBSTÂNCIA CINZENTA:
• Formada por corpos celulares dos neurônios, dendritos e células da
glia.
• No cérebro e no cerebelo constituem o Córtex Cerebral e o Córtex
Cerebelar.
• No encéfalo, ocupa a superfície. Já na medula, ocupa a parte central.
• SUBSTÂNCIA BRANCA:
• Formada por axônios mielinizados e células da glia.
• No encéfalo, ocupa o centro. Já na medula, ocupa a superfície.
• Encontram-se grupos de neurônios, denominadas núcleos.
• Suas superfícies são revestidas por membranas de tecido conjuntivo que
revestem e protegem o SNC, as meninges.
• Dura-máter:
• Externa, contínua com o periósteo (espaço epidural). É resistente.
• Aracnóide:
• Intermediária, tendo sua parte membranosa e contato com a dura-
máter e uma constituídas por traves, ligadas à pia-máter.
• As cavidades entres as traves formam o espaço subaracnóideo e
contém líquido cefalorraquidiano.
• Pia-máter:
• Interna, sendo aderida ao tecido nervoso. É muito vascularizada e
contém os espaços perivasculares, por onde o vasos sanguíneos
penetram no corpo.
• Possui os plexos coróides que secretam o LCR.
• Entre as meninges, há o líquido cefalorraquidiano (líquor), cuja função é
amortecer os impactos, protegendo o SNC.
• Têm propriedade de responder a alterações do meio em que se encontram
(estímulos) com modificações da diferença de potencial elétrico que existe entre
as superfície externa e interna da membrana celular.
• Essa modificação pode se restringir ao local ou propagar-se, através do impulso
nervoso (potencial de ação).
• Os prolongamentos dos neurônios formam circuitos neuronais, que interagem
para executar uma função.
• Os neurônios são responsáveis pela recepção, transmissão e processamento de
estímulos.
• São formados pelos:
• Dendritos: prolongamentos múltiplos que possuem pequenas projeções
chamadas de gêmulas. Recebe os estímulos;
• Corpos celulares: centro trófico, com núcleo e citoplasma. Processa os
estímulos;
• Axônios: prolongamento único. Conduz os impulsos que transmitem as
informações.
• Podem ser classificados morfologicamente em::
• Multipolares (mais de dois prolongamentos);
• Bipolares (um dendrito e um axônio);
• Pseudo-unipolares (próximo ao corpo, possui apenas um prolongamentos,
mas este, se divide em dois, dirigindo-se um ramo para SNP e para SNC.

• Podem ser classificados funcionalmente em:


• Motores (eferência);
• Sensoriais (aferência);
• Interneurônios (estabelecem conexões entre outros neurônios).
OLIGODENDRÓITOS (SNC) E CÉLULAS DE SCHWANN (SNP)
• Produzem as bainhas de mielina (complexos lipoprotéicos que serve de isolantes
elétricos.

ASTRÓCITOS
• Células de forma estrelada que reforçam a estrutura celular e ligam os neurônios
aos capilares e à pia-máter.
• Participam do controle da composição iônica e molecular do ambiente
extracelular dos neurônios através da transferências de íons do sangue pelos pés
vasculares).
• Regulam diversas atividades dos neurônios pelos seus receptores de
noradrenalina, aminoácidos, angiotensiona II, etc.
• Têm a capacidade de controlar os constituintes do meio extracelular, absorver os
excessos de neurotransmissores e sintetizar moléculas neuroativas.
• Transportam compostos ricos em energia do sangue para os neurônios e
metabolizam a glicose até o estado de lactato.
• Comunicam-se por meio de junções comunicantes, formando uma rede por onde
informações podem transitar de um local para outro.

CÉLULAS EPENDIMÁRIAS
• Revestem os ventrículos do cérebro e o canal central da medula espinal.

MICROGLIA
• Participam da inflamação e da reparação do SNC. Quando ativadas, assumem a
forma de macrógafos e tornam-se fagocitárias e apresentadoras de antígenos.
ENCÉFALO
• CÉREBRO:
• Formado por 2 hemisférios, direito e esquerdo, que são divididos pela
fissura longitudinal e interligados pelo corpo caloso. Também é dividido
anteroposteriormente pelo sulco central (divide o lobo frontal do parietal).
• O corpo caloso é um conjunto de feixes de fibras nervosas, que permitem
o movimento/ação dos dois lados do corpo simultaneamente.
• O cérebro possui o cruzamento das vias, logo, o hemisfério direito comanda
o lado esquerdo do corpo e o hemisfério esquerdo comando o lado direito.

• É formado por lobos cerebrais, sendo cada um responsável por uma função:
• LOBO FRONTAL:
• Planejamento do movimento (córtex pré-frontal), controle do
movimento (córtex motor) e pensamento.
• LOBO DA ÍNSULA:
• Integrante do sistema límbico, que é responsável por controlar
as emoções.
Área de integração sensorial

• LOBO PARIETAL:
• Percepção das sensações (córtex somatossensorial – anterior)
e análise, interpretação e integração das sensações (posterior),
• LOBO OCCIPITAL:
• Interpreta as informações visuais.
• LOBO TEMPORAL:
• Interpreta as informações auditivas e emerge 2 pares de
nervos cranianos.
• Possui núcleos da base: corpos celulares
localizados na base do cérebro, responsáveis
por controlar/regular os movimentos grosseiro
(forma automatizada) e o controle postural.
• São eles o globo pálido, claustro,
amígdala, substância negra, núcleo
caudado, putamen, etc.
• DIENCÉFALO:
• Circunda o III ventrículo e participa do sistema límbico.
• Formado pelo:
• TÁLAMO:
• Parte mais central do encéfalo, cuja função é transmitir tudo o
que chega da periferia para o SNC.
• HIPOTÁLAMO:
• Localizada inferiormente ao tálamo e responsável por controlar
as funções internas do nosso corpo (homeostase).
• EPITÁLAMO (GLÂNDULA PINEAL): sua função está relacionada à
regulação do ciclo circadiano..

O sistema límbico é responsável por controlar


as atividades emocionais e comportamentais e
é composto pelo hipotálamo, amígdala, corpos
mamilares, giro do cíngulo, hipocampo, núcleo
accumbens, área septal, habênula..
• TRONCO CEREBRAL:
• Interliga o encéfalo à medulo espinal.
• Emergem 10 pares de nervos cranianos.
• Formado pelo:
• MESENCÉFALO:
• Sua função está ligada ao movimento dos olhos e do corpo, no
processamento visual e auditivo, no estado de alerta e na
regulação da temperatura.
• PONTE:
• Suas funções envolvem sono, respiração, deglutição, audição,
controle da bexiga, equilíbrio e gustação, tônus e manutenção
da postura.
• BULBO:
• Responsável por regular as funções vitais, como batimentos
cardíacos, pressão sanguínea, deglutição e centro respiratório.
• As três áreas são integradas pela formação reticular, que são coleções de
neurônios interpostos entre os núcleos cranianos e no tronco cerebral. Além
de interligar as áreas do tronco, a formação reticular é responsável pela
consciência.

• CEREBELO:
• Composto por lobos interligados (hemisférios cerebelares) por uma
estrutura central, o vérmis.
• Diferente do cérebro, não há cruzamento da vias.
• Controla as funções
finas (coordenação,
praxia) e reorganiza
o nosso ato motor
frente a algum
feedback.
• MEDULA ESPINAL:
• Continuidade do bulbo, descendo pelo canal vertebral (soma de todos os
forames vertebrais), iniciando no forame magno e seguindo até L2.
Abaixo de L2, segue em feixe grosso de nervos, tornando-se em cauda
equina (SNP).
• Os níveis segmentares da medula não correspondem aos níveis
vertebrais.
• Um nervo espinal emerge da medula, de cada lado, passando pelo
forame intervertebral.. Cada par de raiz é composto por um nervo motor
(eferente) e um sensorial (aferente).
• Possui 2 intumescências (regiões alargadas) na região cervical (forma o
plexo braquial) e na região lombossacral (forma o plexo lombossacro).
• Sua estrutura interna é divida, pela fissura mediana anterior e pelo sulco
mediano posterior, em hemisférios direito e esquerdo.
• Ao contrário do encéfalo, sua substância branca (fibras nervosas e
neuroglias) é externa e a substância cinzenta (corpos neuronais e canal
central com líquor) é central.
• A substância é dividida em funículos (colunas) anteriores,
posteriores e laterais.
• A substância cinzenta é dividida em cornos, anteriores ou ventrais
(emergem neurônios motores), posteriores ou dorsais (recebem
neurônios sensoriais) e laterais (SNA).
• Possui vias ascendentes e descendentes que fazer a aferência e eferência
das ações.
• Trato Espinotalâmico Ventral – tato
• Trato Espinotalâmico Lateral – sensibilidade dolorosa e temperatura
• Trato Espinocerebelar Ventral e Dorsal – propriocepção
• Trato Grácil e Cuneiforme – propriocepção e vibração (MMSS e
MMII, respectivamente)
• Trato Corticoespinal Ventral e Lateral – impulso motor
▪ Divido em somático (voluntário) e autônomo (involuntário).
▪ Os nervos são feixes de fibras nervosas envolvidas por tecido conjuntivo.
▪ As fibras nervosas são constituídas por um axônio e suas bainhas envoltórias.
▪ Axônios de pequeno diâmetro são recobertos por uma única dobra da
células envoltória, constituindo as fibras nervosas amialínicas (sem nodos
de Ravier)
▪ Os nervos possuem um tecido de sustentação chamada de epineuro.. Cada feixe
de fibras nervosas é recorto pelo perineuro.. Dentro da bainha perineural, cada
axônio é envolvido pelo endoneuro.
▪ Os nervos podem ser motores (eferentes), sensitivos (aferentes) ou misto.

▪ Os gânglios são acúmulos de neurônios localizados fora do SNC. Podem ser


sensoriais (aferentes) ou do SNA (eferentes).
▪ Sensoriais: podem ser cranianos ou espinais.
▪ Autônomos: aparecem como formações bulbosas ao longo dos nervos do
SNA.
▪ SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO:
▪ Está relacionando ao controle da musculatura lisa, ajustando as atividades
do organismo para manter a homeostase.
▪ É formado por duas partes:
▪ Simpático: núcleos nervosos se localizam na porção torácica e
lombar da medula espinal e como mediador químico a
noradrenalina.
▪ Parassimpático: núcleos nervosos estão no encéfalo e na porção
sacral da medula espinal. Possui acetilcolina como mediador químico.
▪ Em geral, nos órgãos em que o simpático é estimulador, o parassimpático
tem ação inibitória, e vice-versa.
Nervos Cranianos
12 pares

Nervos Espinais
31 pares

Sistema Nervoso
Autônomo
▪ Mudança no potencial de membrana para permitir a transmissão do impulso
nervoso.
1. POTENCIAL DE REPOUSO DA MEMBRANA (meio intracelular mais
negativo que extra – -65 mV)
2. Estímulo
3. Abertura de canais de Na+
4. Difusão (Na+ entra, deixando o meio intracelular menos negativo)
5. Atinge-se o limiar (-55v) para que sejam abertos mais canais de Na+
6. Influxo de Na+ (+30 mV)
7. DESPOLARIZAÇÃO
8. Fechamento dos canais de Na+ e abertura do canais de K+
9. Difusão (K+ entra na célula, restaurando sua polaridade)
10. REPOLARIZAÇÃO
11. HIPERPOLARIZAÇÃO (a grande quantidade de K+ deixa o meio
intracelular mais negativo pelo fechamento tardio dos seus canais)
12. Bombas de Na+K+ restaura a polarização inicial
13. POTENCIAL DE REPOUSO DA MEMBRANA
▪ Quando o potencial de ação chega na terminação do axônio, promove a
extrusão de neurotransmissores, que vão estimular ou inibir outros neurônios ou
células não neurais.
Entre a despolarização e a repolarização, existe o período refratário.
Absoluto: apenas 1/3 desse momento de repolarização, impedindo o refluxo da carga.
Relativo: a partir do 2/3 da repolarização, já se pode despolarizar o 1/3.
▪ Sinapse é a transmissão unidirecional dos impulsos nervosos de um neurônio
para o outro (PRÉ-SINÁPTICO para o PÓS-SINÁPTICO), através da junção
comunicante entre os dois neurônios (FENDA SINÁPTICA).
▪ O neurônio passa a informação para o outro através de neurotransmissores
(substâncias que se conectam com proteínas e desencadeiam cascatas de
informação).
▪ Neuromoduladores são mensageiros químicos que modificam a sensibilidade
neuronal aos estímulos sinápticos excitatórios ou inibitórios..
▪ A informação passa através de IMPULSOS SALTATÓRIOS.
▪ O impulso salta entre os intervalos da bainha de mielina e os nodos de Ranvier
(impulso mais rápido).
1. O impulso nervoso percorre o axônio no neurônio pré-sináptico.
2. Quando chega na extremidade axonal, ocorre transformações na memória
3. Liberação de vesículas na fenda sináptica
4. Receptor de membrana pós-sináptica
▪ Sinapses químicas: transmissão do impulso é mediada pela liberação de
substâncias.
▪ Sinapses elétricas: possuem junções comunicantes que possibilitam a passagem
de íons de uma célula para outra.
▪ A transmissão ocorre através da despolarização (excitatório) ou da
hiperpolarização (inibitório) entre a membrana pré-sináptico e o pós-sináptico.
Dermatofuncional
• Sistema Tegumentar
• Reparo Tecidual
• Recursos PO Abdominais
• Queimaduras
• Edemas e Drenagem Linfática Manual
Sistema Tegumentar
▪ Proteção;
▪ Regulação da temperatura do corpo;
▪ Excreção;
▪ Sensibilidade tátil;
▪ Evita desidratação (impermeável);
▪ Produção de vitamina D.

▪ Pele
▪ Epiderme
▪ Derme
▪ Tela subcutânea
▪ Hipoderme
▪ Anexos Cutâneos
▪ Glândulas sudoríparas
▪ Glândulas sebáceas
▪ Unhas
▪ Pêlos
▪ Glândulas mamárias O sistema tegumentar envolve o tecido
epitelial, conjuntivo, muscular e nervoso.

• Maior órgão do corpo humano, que forma o revestimento completo externo e


continua como a mucosa.
• Protege contra agentes químicos, físicos e biológicos.
• Pesa em torno de 4,5kg, equivalente a 12% do peso seco total do corpo.
• Composta pela Epiderme e Derme.
▪ É a camada mais superficial, formada pelo epitélio estratificado pavimentoso.
▪ Possui origem ectodérmica.
▪ Não é vascularizada, logo só as células mais próximas da derme são nutridas,
devido à difusão dos leitos dos capilares. As células mais superficiais morrem
e seu citoplasma é substituído por queratina.
▪ Geralmente é delgada, sendo mais espessa em áreas de constante pressão ou
fricção (sola dos pés e palmas das mãos).
▪ Dividida em camadas:
▪ Camada basal ou germinativa:
▪ Camada onde ocorre a mitose, fornecendo células para substituir
aquelas que são perdidas nas camadas mais superficiais;
▪ Possuem as células de Merkel (mecanorreceptores) e melanócitos
que produzem o pigmento melanina (protege da radiação
ultravioleta), além de queratinócitos.
▪ Camada espinhosa:
▪ Região onde ocorre a concentração das células de Langerhans,
que induzem antígenos (sistema imunológico).
▪ Camada granulosa:
▪ Processo de queratinização: grânulos de querato-hialina se
combinnam com tonofibrilas, convertendo-se em queratina
(espessamento da membrana e decomposição do núcleo).
▪ Camada lúcida:
▪ Processo de desintegração, tornando os queratinócitos anucleares.
▪ Camada córnea:
▪ As células mortas são chamadas
de corneificadas, que formam
uma barreira física e impedem a
perda de água.
▪ As células da córnea são unidas
por desmossomos modificados,
que incluem o material
extracelular.
▪ Camada de tecido conjuntivo fibroso irregular (frouxo e denso).
▪ Possui origem mesodérmica.
▪ Contêm fibras elásticas, reticulares e colágenas e é bem suprida por vasos
sanguíneos, linfáticos e terminações nervosas.
▪ Contêm glândulas especializadas (sebáceas e sudoríparas).
▪ Dividida em camadas:
▪ Camada reticular (interna):
▪ Tecido conjuntivo fibroelástico, composto por feixes densos de
fibras colágenas orientadas em várias direções, formando um
retículo.
▪ Suas principais células são fibroblastos (produzem fibras que
conferem à resistência e a elasticidade da pele).
▪ Região onde se encontra as glândulas sebáceas e sudoríparas e o
folículo piloso.
▪ Camada papilar (externa):
▪ Projetam eminências vascularizadas na região epidérmica.
▪ Contêm capilares e outras contêm receptores sensoriais
especializados.

▪ Formada por tecido conjuntivo frouxo e tecido


adiposo.
▪ Fixa a pele nas estruturas subadjacentes, cede
energia e auxilia a isolar o corpo das variações
do meio externo.
▪ Suprida por vasos sanguíneos e terminações
nervosas.
GLÂNDULAS SUDORÍPARAS:
▪ Eliminação de suor, minerais e toxinas.
▪ Controle da temperatura corporal e umidade da pele.
▪ Écrinas secretam diretamente na pele e as apócrinas secretam no folículo
piloso.

GLÂNDULAS SEBÁCEAS:
▪ São do tipo alveolar simples e paralelas ao folículo piloso.
▪ Produzem o sebo (rica em lipídios) que facilita a saída do pêlo,
impermeabiliza o pêlo e pele, controla a perda de água e inibe o crescimento
de fungos e bactérias.

PÊLOS:
▪ Um pelo consiste em raiz (a parte implantada na pele) e haste (a porção que
se projeta da superfície).
▪ A raiz do pelo termina no bulbo do pelo que é mais esbranquiçado e de
textura mais mole do que a haste e está alojado em um canalículo da
epiderme que o envolve, chamado folículo do pelo.
▪ No fundo de cada folículo encontra-se uma papila. Ela é contínua com a
camada dérmica do folículo e suprida com fibrilas nervosas.
▪ A haste do pelo consiste, de dentro para fora, de três partes: a medula, o
córtex e a cutícula.
▪ Correlacionado aos folículos pilosos, há um feixe de fibras musculares lisas
involuntárias, denominadas eretores dos pelos.
UNHAS:
▪ São placas de queratina fortemente aderidas a pele.
▪ O leito da unha é formado pela camada germinativa. Essa camada é espessa,
formando uma área esbranquiçada, chamada lúnula (meia-lua).
▪ Na matriz da unha ocorre mitoses, empurrando para a frente as células
previamente formadas que já se corneificaram.
▪ Uma estreita prega de epiderme se estende
sobre a superfície livre, formamando o
eponíquilo (cutícula).

▪ Terminações nervosas presentes na epiderme, glândulas, folículos pilosos e


também aos chamados receptores encapsulados e não encapsulados
existentes na derme e na hipoderme.

▪ A tensão da elasticidade varia de direção conforme a


região do corpo (fibras de colágeno e elásticas da
derme), o que influencia na cicatriz.
Reparo Tecidual
▪ É o resultado final de uma lesão na pele.
▪ Consiste na substituição do tecido lesado por conjuntivo
neoformado, a partir de uma perfeita e coordenada cascata
de eventos celulares e moleculares (reação fibroblástica) que
interagem para que ocorra a reconstituição tecidual.
▪ Sofre influência da idade, estado nutricional, tabagismo,
diabetes, oxigenação local, infecções e uso de drogas.

FASE INFLAMATÓRIA
• Dura de 1 a 4 dias.
• Presença de exsudato, edema., rubor, calor e dor;
• Liberação de mediadores químicos e ativação do sistema de coagulação
sanguínea.

FASE PROLIFERATIVA
• Dura de 5 a 20 dias.
• Formação do tecido de granulação (proliferação das células., com rica
vascularização e infiltração de macrófagos e fibroblastos).

FASE REPARADORA/REMODELAÇÃO
• Pode durar meses.
• Mudança de tonalidade da nova pele
(rosa claro).
• Remodelamento do tecido para aumentar
a resistência e realinhamento do colágeno As fases não ocorrem separadamente,
de acordo com as forças de tensão. mas sim, simultaneamente. Contudo, o
evento principal se sobressai.
(exercida nos fibroblastos).
▪ Atrófica:
▪ Suas características são o afastamento das bordas da pele e depressão
da sua localização, devido a fase de proliferação está prejudicada.
▪ Comum em cicatrizes de acidentes e acnes.
▪ Queloide:
▪ Lesão elevada, brilhante, pruriginosa ou dolorosa, de localização dérmica
e que ultrapassa os limites da ferida original.
▪ Cresce ao longo do tempo e não regride espontaneamente.
▪ A pele da lesão queloideana tem a epiderme achatada, além de ser
desprovida de pêlos, glândulas sebáceas e sudoríparas.
▪ Coloração variável (avermelhada – roxa).
▪ Decorre da hiperproliferação de fibroblastos, com consequente acúmulo
de matriz extracelular, especialmente pela excessiva formação de
colágeno.
▪ Contratura/Retraída:
▪ São cicatrizes normalmente hipertróficas, mas quais a sua região mais
profunda produziu um crescimento que leva a se aderir a outros
tecidos profundos. Comum em queimaduras.
▪ Normotrófica:
▪ Finas, semelhantes à superfície da pele, de cor mais clara do que à
pele vizinha.
▪ Hipertrófica:
▪ Cicatrizes elevadas, tensas e confinadas às margens da lesão original.
▪ Regressão espontânea.
▪ Colágeno não é nodular, sendo mais
regular e mais delgado e as fibras
dispostas paralelamente em relação
à superfície.
▪ Coloração avermelhada.
▪ Decorrente de resposta inflamatória
excessiva durante a cicatrização, com
perda do controle normal entre
síntese e degradação.
Cirurgias Plásticas
▪ Conjunto de procedimentos clínicos e cirúrgicos (reparadores ou estéticos).
para reparar e reconstruir partes do revestimento externo do corpo humano
▪ Pode desencadear algumas complicações, como: irregularidades na pele,
edemas, equimoses, hiperpigmentação, alterações na sensibilidade da pele,
seromas, hematomas, infecções locais ou sistêmicas, alterações cicatriciais,
febre e TVP.

MAMOPLASTIA REDUTORA:
▪ Reduzir o excesso da mama e corrigir queda, reorganizando a mama e
mantendo seu volume, retirando pele, gordura e tecido mamário.
▪ Preserva os ductos lactíferos e sensibilidade do mamilo.
▪ O tempo de cirurgia é entre 3 a 4 horas, com alta hospitalar em 24 horas e
retirada dos pontos entre o 7º e o 15º P.O.
▪ É necessário o uso de sutiãs adequados, para auxiliar na sustentação.
▪ É proibido, até 45 dias P.O, movimentos amplos com os braços, principalmente
elevação.
PRÓTESE MAMÁRIA:
▪ Próteses com superfície rugosa e lisa. Não se aderem ao tecido adjacente,
com tendência a formação de contratura capsular.
PÓS-OPERATÓRIO
PRÉ-OPERATÓRIO Diminuir edema.
Diminuir espessura da pele e preparar vias ▪ DLM sobre a mama, após 24h.
linfáticas. Melhorar irrigação e evitar aderências.
▪ DLM, 15 dias antes, 3x na semana. ▪ Manobras de Jacquet.
Higienizar e nutrir a pele pra diminuir risco Bactericida e higienização.
de contaminação pelo sebo. ▪ Alta frequência.
▪ Gomagem com argila verde, 2 sessões à Reduzir aderência cicatricial.
15 dias e à 4 dias. ▪ Massagem de mobilização.
LIPOASPIRAÇÃO:
▪ Finalidade reduzir o acúmulo de gordura localizada (lipodistrofa), realizada por
meio de cânulas com pressão negativa que realizam a aspiração da gordura
por meio de pequenas incisões.

ABDOMINOPLASTIA:
▪ Busca-se reduzir a flacidez e o excesso cutâneoadiposo, melhorando curvas,
cintura e relevo do abdome.
▪ Indicada para os indivíduos que apresentam grande quantidade de pele no
abdômen em consequência à cirurgia de gastroplastia, emagrecimento, para
diástase abdominal e até mesmo hérnia.
▪ Incisão suprapúbica com transposição do umbigo e com plicatura dos
músculos reto-abdominais.

OBJETIVOS FISIOTERAPÊUTICOS RECURSOS FISIOTERAPÊUTICOS


▪ Alívio da dor e do edema; ▪ Terapia compressiva com taping;
▪ Melhora da circulação veno-linfática; ▪ Exercícios respiratórios;
▪ Prevenção de possíveis complicações ▪ Mobilização tecidual com
(seromas, fibroses, aderências, etc); terapia manual;
▪ Favorecimento da reestruturação ▪ Drenagem linfática manual;
tecidual e aceleramento do processo ▪ Mobilização tecidual com
de cicatrização; terapia manual;
▪ Promover recomendações com a ▪ Laser;
intenção de ajudar no tratamento e ▪ Exercícios Isométricos;
favorecer uma recuperação mais ▪ Exercícios hipopressivos;
rápida. ▪ Cinesioterapia;
▪ Ultrassom.
▪ Radiofrequência (fase tardia –
quando não há mais formação,
nem remodelamento de tecido,
mas há flacidez).
Queimaduras
▪ Lesões dos tecidos orgânicos em decorrência e trauma de
origem térmica.
▪ Compromete a integridade funcional da pele, responsável
pela homeostase hidroeletrolítica, controle da temperatura
interna, flexibilidade e lubrificação da superfície corporal.
▪ A magnitude do comprometimento das funções depende
da extensão e profundidade da queimadura.

Ainda pode existir a queimadura


inalatória, que consiste na inalação de
monóxido de carbono ou fumo (que
contém outros tipos de gases).

Resposta Necrose Injúria Tecido de


local tecidual térmica granulação/
cicatrização

A ferida da queimadura a princípio é estéril, porém


o tecido necrótico rapidamente se torna colonizado
por bactérias, que levam à liquefação e separação
da escara, dando lugar ao tecido de granulação
responsável pela cicatrização da ferida, que se
caracteriza por alta capacidade de retração e
fibrose nas queimaduras de terceiro grau.
▪ Idade;
▪ Idosos e crianças costumam ter repercussão sistêmica mais crítica.
▪ Agente etiológico;
▪ Doenças e traumas associados;
▪ Profundidade (classificação em graus);
▪ Extensão;.
▪ Localização.
▪ Queimaduras próximas a orifícios naturais apresentam maior risco de
contaminação séptica.
PROFUNDIDADE:
▪ 1º grau: superficial
▪ Só acomete a epiderme, sem formação de bolha;
▪ Hiperemia e dor ao toque;
▪ Descama em 4 a 6 dias.
▪ 2º grau: superficial e profunda
▪ Acomete a epiderme e a derme, com formação de bolha;
▪ A restauração das lesões ocorre entre 7 e 21 dias..
▪ Superficial:
▪ A base da bolha é rósea, úmida e dolorosa.
▪ Profunda:
▪ A base da bolha é branca, seca, indolor e menos dolorosa (profunda).
▪ Destruição da maioria das terminações nervosas, glândulas e folículos;
▪ A pele nova será delgada, resseca e descamativa.
▪ 3º grau:
▪ Afeta a epiderme, a derme e tela subcutânea;
▪ Destruição de todo tecido de revestimento, não reepitelizando e
necessitando de enxertia de pele (indicada também para o segundo grau
profundo).
▪ Indolor (destruição dos vasos e terminações nervosas).
▪ Existe a presença de placa esbranquiçada ou enegrecida.
▪ Possui textura coreácea.
▪ 4º grau:
▪ Lesão da epiderme até o tecido ósseo;
▪ Geralmente por eletricidade;
▪ Pode ocorrer fraturas ósseas adjacentes;
▪ Amputação → capacidade funcional.

EXTENSÃO:
▪ Regra dos Nove

▪ Esquema de Lund Browder


▪ Método mais avançado de cálculo, pois leva em consideração as várias
faixas de idade com precisão.
LOCAIS:
▪ Perda da pele íntegra e do equilíbrio da microbiota;
▪ Liberação de agentes vasoativos e aumento da osmolaridade intersticial;
▪ Perda da capacidade de controlar a temperatura corporal.

SISTÊMICAS:
▪ Aumento da permeabilidade capilar, dos hematócritos e da adesividade das
plaquetas;
▪ Choque hipovolêmico (diminuição do DC e volume circulante e aumento da RVP);
▪ Hiperventilação, edema pulmonar, pneumonia ou embolia;
▪ Diminuição da função renal por diminuição da filtração glomerular;
▪ Aumento do metabolismo até a cicatrização.

▪ Favorecer a cicatrização da ferida e dos tecidos moles;


▪ Reduzir o risco de infecção e complicações;
▪ Reduzir o risco de comprometimentos secundários;
▪ Obter ADM máxima;
▪ Restaurar o nível pré-lesão de resistência cardiovascular;
▪ Obter força boa a normal.

A Fisioterapia entrou para a equipe


multidisciplinar do tratamento para
FISIOTERAPIA HOSPITALAR queimaduras devido comprovação da
▪ Cinesioterapia prevenção de sequelas (imobilidade
▪ Posicionamento adequado no leito ou posição antálgica) e redução do
▪ Exercícios respiratórios tempo de internamento.

FISIOTERAPIA AMBULATORIAL
▪ Eletrotermofototerapia (US, microcorrentes, alta frequência, laser)
▪ Enfaixamento
▪ Cinesioterapia
▪ Mobilização cicatricial/Terapia Manual
Edemas e Drenagem
Linfática Manual
▪ Extensa rede de capilares e amplos vasos coletores, linfonodos e
órgãos linfoides, com sua bomba sendo muscular (panturrilha).
▪ Possui função de:
▪ Destruição de bactérias e remoção das partículas
estranhas da linfa através dos fagócito
▪ Respostas imunes específicas (produz anticorpos que
destroem as substâncias invasoras)
▪ Retorno do líquido intersticial para a corrente sanguínea.

LINFA
▪ Líquido incolor, viscoso, 96% água, semelhante ao plasma.
▪ Equivale a 15% do peso corporal.
▪ Contém leucócitos e poucas hemácias, além de concentração proteica de 2g.
▪ Seu transporte é feito pelos vasos linfáticos num único sentido (unidirecional),
filtrada pelos linfonodos e lançada no sangue.
▪ O quilo é a linfa de aspecto leitoso (vias linfáticas intestinais), proveniente do
espaço intersticial que penetra nos vasos linfáticos.

VASOS LINFÁTICOS
▪ Os vasos linfáticos são canais, distribuídos pelo organismo, os quais possuem
válvulas que transportam a linfa na corrente sanguínea num único sentido,
impedindo assim o refluxo.
LINFONODOS
▪ Órgãos pequenos e arredondados (ou em forma de feijão) distribuídos ao longo
do curso de vários vasos linfáticos.
▪ Presentes no pescoço, no tórax, no abdômen, na axila e na virilha,
▪ Vasos eferentes coletores formam cinco grandes troncos linfáticos, que
desembocam no ducto torácico (transportam a linfa para a veia subclávia
esquerda) ou no ducto linfático direito (transporta a linfa para veia subclávia
direita).

ÓRGÃOS LINFOIDES
▪ Baço: Maior dos órgão linfáticos, ovalado, localizado abaixo do diafragma e
atrás do estômago. Produz anticorpos (linfócitos T e B) e hemácias
(hematopoiese), armazena sangue e libera hormônios.
▪ Timo: Localizado na cavidade torácica, próximo do coração. Produz as
substâncias como a timosina e a timina, além de anticorpos (linfócito T),
atuando, dessa maneira, na defesa do organismo.
▪ Tonsilas: Massas pequenas de tecido linfoide incluídas da mucosa das
cavidades bucal e faríngea. Tonsila palatina (amígdalas), tonsila faríngea e
tonsilas linguais. Defesa contra bactérias e partículas estranhas.
Linfáticos Filamentos de Pré–coletores
iniciais ancoragem

Coletores Linfângion Linfonodos

ANASTOMOSES/INTERANASTOMOSES
▪ Ligações linfogênicas, que podem se tornar
importantes desvios, em casos de obstrução do
sistema linfático.
▪ Ligações entre os vasos linfáticos iniciais e entre os
coletores linfáticos superficiais que permitem
transporte linfático..
▪ Ex: Interaxilais, axilo-inguinais.

▪ Aumento da quantidade de líquido intersticial em um tecido ou no interior de


uma cavidade.
▪ O edema pode ser generalizado, quando ocorre por todo o corpo, ou localizado,
quando se limita a uma região.
▪ Pode ter causas diversas, tais como alterações na parede de um capilar,
diminuição da pressão oncótica do plasma, aumento da pressão hidrostática do
sangue, retenção de sódio e diminuição da drenagem linfática.
SL não consegue transportar o Insuficiência Dinâmica, mecânica e
volume habitual ou quando o Linfática combinada (mista)
volume excede sua capacidade

▪ Possui sinal de cacifo, melhora na elevação do membro e


evolução aguda.
• Não possui fibrose, nem proteínas no interstício.
▪ Técnica de terapia corporal que tem como objetivo aumentar o fluxo da linfa a
ser transportada pelos vasos e ductos linfáticos, por meio de manobras que
imitem o bombeamento fisiológico, drenando o acúmulo nos espaços
intersticiais e mantendo o equilíbrio das pressões tissulares e hidrostáticas.
▪ Tem influência direta no aumento da oxigenação dos tecidos, favorece a
eliminação de toxinas e metabólitos, aumenta a absorção de nutrientes por
meio do trato digestório, dentre outras funções.

↑ entrada de proteínas
Estímulo à concentração ↑ fluxo linfático pelas
do linfagion para correntes derivativas dos
de alto peso molecular no progresso da linfa no membros afetados e do
capilar linfático inicial sentido proximal plexo linfático subdérmico

▪ A pressão da massagem (externa) deve ser maior que a interna (15-30 mmHg),
podendo chegar a 25-40 mmHg nos grandes vasos/linfedema.
▪ Os melhores resultados são obtidos através da associação da massagem com
elevação e enfaixamento do membro.
▪ As técnicas e Leduc e de Vodder são as mais conhecidas:
▪ Trajeto dos coletores linfáticos e linfondos;
▪ Manobras de captação (diretamente no segmento
edemaciado), de reabsorção (nos pré-coletores e
coletores) e de evacuação (nos linfonodos).
▪ Os benefícios da DLM são: redução de edemas e
fibroses, alívio da dor, aumento do retorno venoso,
prevenção de processos inflamatórios.
▪ Indicações: edemas, insuficiência venosa, pré e póscirurgia plástica e traumas,
celulite, cicatrizes hipertróficas e queloidianas.
▪ Contraindicações: infecções agudas, flebites e tromboflebites, insuficiência
cardíaca, hipotensão arterial, hipertireoidismo não tratado, asma brônquica grave
e não tratada e febre.
▪ Atenção com hipersensibilidade, dermatites, lesões bolhosas, marca-passo.

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