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Sistema Ósseo

João Pinheiro
jp.medleg@gmail.com
Funções dos ossos
 Protecção de estruturas vitais
 Suporte do corpo
 Apoio mecânico
 Formação de glóbulos vermelhos
 Hematopoiese ( medula óssea vermelha)
 Reservatório de sais
 Cálcio
 fósforo
 magnésio
Sistema Ósseo ou Esqueleto

 Ossos
 … e algumas cartilagens

 Ossos:
 formas rígidas de tecido conjuntivo
 principal tecido de suporte do corpo.

 Composição :
 sais (fosfato de cálcio) em 60%, depositados
numa matriz de fibras de colagénio
 equilíbrio entre matéria orgânica e inorgânica
 varia com a idade.
Ossos
 Sentem?
 Alimentam-se?
 Crescem?
 Mudam?
 Partem?
 “doem”
 Sofrem lesões?
 Cicatrizam
 Atrofiam
 Hipertrofiam …
 Desenvolvem patologia?
Tipos de osso
 Osso esponjoso
 Constituinte da parte
central de quase todos os
ossos
 Excepto
 ossos com canal medular
 seios dos ossos da face
 Osso compacto
 Sólido, sem espaços
macroscópicos, denso e
rígido, opaco ao RX
 Constituinte do invólucro
externo do osso esponjoso
 nos ossos longos na diáfise
Classificação dos ossos
 Ossos Longos
 Forma tubular, com diáfise
e duas extremidades ou
epífises
 O comprimento > largura
 alguns não são compridos
 As extremidades alargam-
se para se articularem com
os ossos adjacentes
 Ex: ossos dos membros
 Ossos Curtos
 As três dimensões são aproximadamente iguais, de forma cuboidal
 Apenas no pé e na mão

 Ossos Chatos
 Funções de protecção – paredes das cavidades
 Duas lâminas de osso compacto com osso esponjoso no centro e
medula
 Ossos da abóbada e o esterno
 Na abóbada
 diploe
 tábua externa e tábua interna
Outros tipos de ossos

 Irregulares
 face e vértebras
 Sesamóides (em alguns tendões)
 Rótula

 Acessórios ou supranumerários
 no pé
 Heterotópicos
Número de ossos
Cabeça = 22
Crânio = 8
Face = 14
Pescoço = 8
Tórax = 37
Abdómen = 7
Membro Superior =32
Membro Inferior = 31
Ossículos do Ouvido Médio = 3

 Esqueleto axial
 crânio, vértebras, costelas e externo;
 Esqueleto apendicular
 membros superiores e inferiores
 união assegurada pelas cinturas pélvica e escapular
Ossificação
Primária
 Centros de ossificação
primária
 No centro da futura diáfise
(corpo)
 Entre a 7ª e a 12ª semanas de
vida
 Visíveis no nascimento
 Parte que ossifica a partir destes
centros: diáfise
 Ossos curtos ossific semelhante
ao centro de ossificação
primária dos ossos longos.
Ossificação
secundária  Centros de ossificação
secundária
 Depois do nascimento
 Epífises
 porções de osso que ossificam a
partir dos centros secundários
Cartilagem de conjugação
• Faixa de cartilagem entre a diáfise e a epífise

 Metáfise ou placa epifisária

 interpõe-se até à idade adulta entre os


centros de ossificação primária e secundária,
impedindo-os de se unirem
 mais tarde substituídos por osso, unindo as
diáfises às epífises: sinostose
 da puberdade à maturidade
Irrigação óssea
 Arterial
 Muito importante
 Artérias periósticas
 Penetram através do periósteo (membrana de tecido conjuntivo fibroso)
Irrigação óssea
 Arterial
 Artérias periósticas
 Artéria nutriente
 Próximo do centro do corpo
 nas epífises dá colaterais para a
irrigação do osso esponjoso e canal
medular
 Artérias metafisárias e epifisárias
 Nas extremidades ósseas e provêem
das artérias vizinhas
 Separadas do osso em crescimento
pela cartilagem de conjugação que
irrigam
 Diversos orifícios nas
extremidades articulares dos ossos
para a penetração destas
Irrigação e inervação
 Venosa e linfática
 As veias acompanham as artérias e saiem por orifícios idênticos
aos arteriais
 Vasos linfáticos abundam no periósteo

 Inervação
 Acompanham os vasos
 O periósteo contem nervos sensitivos
 nervos periósticos
 Nervos vasomotores
 constrição ou dilatação vascular
Cartilagem
 Forma semirígida de tecido conjuntivo
 Constitui as partes do esqueleto onde o
movimento ocorre
 Nutre-se por difusão
 não tem capilares sanguíneos
 A proporção osso/cartilagem varia
 Um jovem tem mais cartilagem
Aspectos clínicos:
 Osteoporose:
 A componente orgânica do osso diminui
 Redução de tecido ósseo
 Perda de elasticidade
 Ossos quebradiços

 Punção esternal
 Acesso pelo esterno
 Tem como fim colher uma amostra de medula óssea

 Necrose vascular
 Resulta da perda temporária ou permanente da provisão de sangue
das epífises
Aspectos clínicos
 Idade óssea
 Idade de
aparecimento dos
centros de ossificação
e das sinostoses
 Importância em
medicina legal e
antropologia forense
Aspectos clínicos

 Idade óssea radiológica:


 Calcificação nas diáfises/epífises
 Desaparecimento da linha epifisária
 Fusão em tempos específicos
Aspectos clínicos:
 Artefactos radiológicos
 Fractura em jovens? Ou placa epifisária?
 Conhecer a idade e localização das epífises
joão pinheiro
jp.medleg@gmail.com
 São uniões funcionais entre 2 ou mais
ossos, ou partes de osso
 Sist. Articular: conjunto de artic, ossos e
ligamentos

 Múltiplas classificações
 segundo tipo de material por que se ligam
 Fibrosas
 Cartilaginosas
 Sinoviais
 Fibrosas
› Comunicam-se por tecido fibroso

 Cartilaginosas
› Ligadas por cartilagem ou
› tecido fibroso e cartilagem (fibrocartilagem)

 Sinoviais
› Unidas por cartilagem, rodeada a cavidade
articular por uma membrana sinovial
O grau de movimento depende da
longitude das fibras que unem os
ossos

 União muito forte


 Ex. Ossos do crânio
 Não têm cavidade articular
 Pouco ou nenhum movimento
› Bordos sobrepostos
 Ex. sut nasal,
metópica, mento

› Inter-digitada
 Ex. sut sagital
 No RN
› ossos da abobada não estão totalmente
unidos
 fontanelas
 Suturas e determinação da idade em Medicina
Legal
› Sinostoses: fusão dos ossos pelas linhas de
sutura
 Entre os dois ossos: tecido conjuntivo denso
regular
 O periósteo (interior e exterior) prolonga-se sobre
a articulação
 Reforçadas
› Por ligamentos suturais de tecido conjuntivo
› Pelo periósteo
› As superfícies articulares
encontram-se afastadas

 Estão unidas através de ligamentos à


distância ou por

› Existe algum movimento devido à


flexibilidade dos ligamentos e
membranas
› Ex: sindesmose radiocubital
Ou gonfartroses

Única articulação onde o


movimento é patológico

As superfícies articulares são


curvas

São mantidas no lugar por


feixes de tecido conjuntivo
› Ossos revestidos por
cartilagem hialina

 A maioria é

› Permite certo movimento e


flexão durante os primeiros
anos de vida
 Ex. Desenvolv. osso longo –
 placa epifisária

› Na idade adulta
 Ex. artic 1ª costela e esterno
 Artic. xifo-esternal
 Certo grau de movimento para os
movimentos respiratórios
› Ou

› Unidos por cartilagem hialina


e tecido fibroso e/ou por
tecido fibrocartilaginoso

› Movimentos discretos
› Ex.
 Corpos vertebrais (discos)
 Sínfise púbica
 Artic. manubrio-esternal
 Caracterizam-se por apresentar no
interior da e

 Esta característica permite


› grande amplitude de movimento
› movimentos livres dos membros

 No esqueleto apendicular
 A cartilagem articular
hialina cobre as superfícies
ósseas
› Não tem nervos, nem
vasos
› Nutre-se do liquido
sinovial

 Esta superfície macia


diminui o atrito

 Envolvendo superfícies
artic e o líquido sinovial:
 cápsula articular:

 continuação da camada
fibrosa do periósteo

 forra internamente a
cápsula fibrosa mas
não cobre cartilagens
articulares

 produz o
 O é lubrificante e escorregadio,
características conferidas pelo ácido hialurónico;
› Regenera-se após uma agressão

 Articulações reforçadas por


 Limitam os movimentos da articulação e
conferem-lhe estabilidade

 Pertencem à cápsula fibrosa

 Independentes da cápsula fibrosa


› Quando superfícies
articulares incongruentes
 Ex. Punho e joelho
› Inervados apenas nos
bordos de inserção
› Ex. bícipete braquial
› Aumento da concav
da face articular de
um dos ossos
› Ex.
 bordelete glenoideu do
ombro
 Algumas articulações

 Prolongamento da
membrana sinovial
 diminuir o atrito

› dor e limitação dos


movimentos articulares
 A classificação deste tipo de articulações é feita
de acordo com a

 Existem seis tipos de articulações sinoviais:


 Frequentes e pequenas
 superfícies lisas opostas e
de tamanho idêntico

 Monoaxiais
 movimentos

 Limitadas por cápsulas


muito resistentes

› Ex: apófises articulares inter-


verteb; artic. acromio-
clavicular
 superfícies articulares em
forma de sela
› Perpendiculares:
 uma côncava
 outra convexa

 Movimentos
› Ex: articulação carpo-
metacárpica do
polegar
› Artic. Esterno-clavicular
 Forma de roldana com
superfície articular côncava
correspondente
 Cápsula articular fina e laxa,
mas ligamentos colaterais
fortes

› Movs em ângulo recto


› Apenas flexão e extensão

 Ex:
› cotovelo
 Apófise cilíndrica roda
num anel parcialmente
de osso e de ligamento

 São

 Ex:
› Artic. atlanto-axial
apófise odontóide do
axis roda dentro do arco
do atlas
 cabeça esférica move-
se dentro da cavidade
de outro

 São

 Movs.
› Flexão, extensão,
abdução, adução,
rotação lateral e
medial; circundução

 Ex: articulação coxo-


femural e ombro
 Articulações esféricas
modificadas
 Superfície mais elíptica
que esférica

› Mov:

 Ex: art. metacarpo-


falângica
› a partir dos vasos que rodeiam a
articulação (artérias epifisárias)

› Podem anastomosar-se e formar redes para


permitir movimento
 Cotovelo

› Trocas com cav articular processam-se por


 Veias acompanham as artérias,
presentes sobretudo na membrana
sinovial

 Inervação da cápsula articular muito rica

› Nervos articulares são os mesmos ramos que


inervam a pele suprajacente e músculos que
movem a articulação
 Transmitem
› Informação sobre o movimento e posição das
partes do corpo
 Das terminações nervosas da cápsula articular à
medula espinal e cérebro, controlando a
musculatura que move a articulação

 Fibras sensitivas dolorosas abundantes na


cápsula fibrosa e ligamentos associados
 Doenças articulares
› Artrites
 inflamação de qualquer articulação.
 a mais comum das doenças articulares.
 artrite reumatóide: doença generalizada do tecido
conjuntivo que afecta a pele, vasos, pulmões e outros órgãos,
e articulações (++++).
› Artrose
 tipo mais comum de artrite.
 Pode começar com uma anomalia molecular na
cartilagem articular
 Artroscopia:
 Diagnóstica e terapêutica
É a perda momentânea da congruência articular
(cápsula articular e/ou ligamentos) de uma
articulação.
Dor na articulação gradual ou imediata.
Edema articular.
Imediata ou gradual incapacidade para
movimentar a articulação (perda de função).
Deslocamento repentino e duradouro, parcial ou
completo, de um ou mais ossos de uma
articulação.
quando uma força actua directamente ou
indirectamente numa articulação, empurrando o
osso para uma posição anormal.
Dor intensa
Contracção muscular
Fraqueza muscular
Edema
Deformação da articulação

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