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Odontopediatria 1 – 6º Semestre- o O epitélio oral primitivo vai

1ª Unidade – Aula 2 – Odontogênese penetrando, invadindo a região


do ectomesênquima;
(PARTE 1)
 Vão ocorrendo algumas
 Odontogênse: transformações que vem vindo da
 É a formação, origem do dente; região do epitélio oral primitivo, depois
 Os tecidos que formam o dente são: as transformações ainda... Vai se notar
DENTINA, ESMALTE e POLPA; que em determinada fase vai ser
 OBS.: A formação do dente começa observado o formato da coroa do
em ponta de cúspide; dente, a forma do dente;

 Processo de desenvolvimento do dente:  A coroa do dente se forma primeiro,


 No terço inferior da face na região da depois vem a formação da raiz;
cavidade oral primitiva (estomodeu)  Dentro do processo de
vai-se ter um espessamento do epitélio. desenvolvimento crânio facial, nas
Vão surgir duas regiões de epitélio: duas regiões do processo maxilar e do
epitélio oral primitivo, de onde vai se processo mandibular vai surgir o
desenvolver o germe dentário. espessamento de epitélio
 Epitélio oral primitivo: odontogênico. O processo maxilar e o
o Esse epitélio vai se proliferar, vai processo mandibular vão se fundir
invadir o ectomesênquima, só que para formar maxila e mandíbula e
esses dois tecidos não vão se nessa região de maxila e mandíbula
misturar, sempre vai saber onde é que vai ocorrer o processo de
epitélio e ectomesênquima; odontogênese, pois a odontogênese é
o Esse epitélio é o tecido que vai a formação dos dentes e os dentes
revestir a cavidade oral primitiva; estão alojados na maxila e na
o A partir desse epitélio vão ocorrer mandíbula;
algumas alterações, como a  Com 38 dias de vida intrauterina, já se
proliferação no sentido do tem os processo maxilares e nasais
ECTOMESÊNQUIMA (tecido lateral/medial fundidos, que se fundiu
conjuntivo embrionário da região na região medial, região anterior e
da cabeça que está abaixo do formou essa região de maxila e
epitélio oral primitivo). mandíbula mais abaixo, a partir da
fusão dos dois processos mandibulares
na região medial;

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 O epitélio odontogênico vai está sobre  A proliferação celular leva à
essa região tanto na maxila quanto na formação de crescimentos epiteliais
mandíbula. para dentro do ectomesênquima nos
 Boca primitiva: locais dos futuros dentes decíduos
 Revestida por epitélio oral primitivo; (dente de leite);
 É um espaço, é uma cavidade, logo  A partir desses instante, o
na lâmina identifica como branco; desenvolvimento dos dentes
 O epitélio oral primitivo se prolifera e prossegue nos estágios de: BOTÃO,
forma a: CAPUZ, CAMPÂNULA, COROA e RAIZ;
 Banda epitelial primária. Nesse ponto OBS.: Tanto os dentes decíduos como
existe uma quantidade maior de os dentes permanentes vão passar
células epiteliais e essa região de pelas etapas que irão ser estudadas,
proliferação recebe o nome de: porém fala-se primeiro dos decíduos
banda epitelial primária; pois eles são formados primeiro.
 Para ser iniciado o processo de formação
do dente vai ocorrer proliferação desse
epitélio, começa-se a ter a proliferação
celular conhecida como banda epitelial
primária, nessa região começa a ter mais
camadas do epitélio, se antes tinha 5
camadas, naquela região começa a ter
8, 10 camadas;
 Após 37 dias de desenvolvimento:
 Uma banda contínua de epitélio
espessado se forma ao redor da boca
nas futuras maxilas e mandíbula:
 Proliferação do epitélio oral
primitivo;
 Formato de ferradura;
 Posicionamento correspondente aos
futuros arcos dentários superior e
inferior.
 Banda epitelial primária:
 A partir da banda epitelial primária
vão ser originadas duas regiões:
 Lâmina Dentária: se forma primeiro e
vai originar o dente;
 Lâmina Vestibular: se forma logo
depois e posicionada em frente à
lâmina dentária. Ela vai originar a
região do vestíbulo.
1. LÂMINA DENTÁRIA:
 A lâmina dentária origina o germe
dentário e esse se desenvolve para
formar os dentes;
 É responsável pela formação dos
dentes;
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2. LÂMINA VESTIBULAR:
 A banda epitelial primária sofre
degeneração das células centrais,
dando lugar a uma fenda, que é o
vestíbulo;
Formará o futuro fundo de saco do
sulco vestibular (localizado entre a
bochecha/lábios e os arcos
dentários);
Sulco vestibular = vestíbulo;
A região do vestíbulo fica diretamente
relacionada com as arcadas;

1. Lâmina vestibular em formação;


2. Germe dentário na fase de botão
(1ª fase da odontogênse);
3. Lâmina dentária primária

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 O ectomesênquima subjacente
apresenta uma discreta condensação
de células em torno da parte mais
profunda do botão epitelial;
 O botão é de origem epitelial, assim
como a lâmina dentária também é de
origem epitelial;
 A região que está mais perto do fundo
do botão é o ectomesênquima, que
vai interessar para nós, pois mais tarde
essa região vai se formar a papila
dentária (responsável pela formação
da dentina e polpa) e o botão
dentário vai evoluir para mais tarde
formar o órgão do esmalte (vai formar
o esmalte);
 (Continuação...)  Obs.: Diferença entre BOTÃO e CAPUZ:
Fases da Odontogênese:  O botão é mais arredondado e a
fase de capuz começa-se a ter
1. FASE DE BOTÃO: uma região de concavidade.
 É a primeira fase da odontogênese;  Enquanto se tem um germe dentário
 A lâmina dentária passa apresentar, em uma fase, já se tem outro germe
em alguns locais, atividades mitóticas dentário em outra fase.
diferenciais. A proliferação vai
invadindo o ectomesênquima;
 A partir da 8ª semana de vida
intrauterina: em cada arco, originam-
se dez pequenas esférulas (são os
germes dos decíduos) que invadem o
ectomesênquima – início da formação
dos GERMES DECÍDUOS. Essas esférulas
são regiões da lâmina dentária;
 O geme dentário vai dar origem a um
dente, porém todos não vão está na
mesma fase da odontogênese pois os
dentes não desenvolvem-se todos ao
mesmo tempo, mesmo sendo o
mesmo processo de formação, tem-se
períodos diferentes;
 As células epiteliais apresentam pouca
ou nenhuma alteração (são
indiferenciadas) na forma ou função,
logo estas células estão em alta
atividade proliferativa, passando por
sucessivas mitoses, são células
indiferenciadas;
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 A região de origem epitelial, que  Botão epitelial: tem uma intensa e
antes chamava de botão vai evoluir, ativa proliferação;
continuar proliferando, só que vai ter  Condensação de células
um achatamento na região de baixo, ectomesenquimais: fisicamente
formando uma concavidade; responsável pela concavidade do
capuz, pois como estão concentradas
2. FASE DE CAPUZ: embaixo do botão e este quer
 Continuação da proliferação crescer, vai ter que crescer para as
epitelial: o botão apresenta um laterais;
crescimento desigual, adotando uma  Crescimento maior da borda do
forma de boné ou capuz; botão epitelial, dando origem à
 Não vai ser mais redondo como era cavidade;
na fase de botão, vai apresentar uma
região de concavidade,  ÓRGÃO DO ESMALTE:
achatamento da parte mais
profunda do botão;
 Aumento da densidade celular
imediatamente adjacente ao epitélio
em crescimento – condensação do
ectomesênquima;
 Essas células ectomesenquimais são
ineficazes na produção de
substância fundamental, por isso não
se separam;
 A região ectomesenquimal vai
continuar na sua proliferação;
 Se tem que crescer e pela região de
 O órgão do esmalte é dividido em três
baixo não da, vai-se crescer pelos
partes:
lados/laterais;
A. Epitélio interno;
 Na fase de capuz as células ainda
B. Epitélio externo;
são INDIFERENCIADAS;
C. Retículo estrelado;

 A porção epitelial que parece um


capuz é chamada de ÓRGÃO DO
ESMALTE;

 Logo chama-se capuz de órgão do


esmalte;

 O órgão do esmalte formará o


ESMALTE do dente, que é a camada
mineralizada superficial encontrada
somente na coroa dos dentes;

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 Esse órgão do esmalte vai ter epitélio proteoglicanas, logo as células estão
interno do órgão do esmalte e vai ter mais afastadas uma das outras;
também epitélio externo o órgão do  As células vão se separando um das
esmalte: outras devido ao MAIOR VOLUME DE
LÍQUIDO dentro do órgão do esmalte;
 Células com forma ESTRELADA, com
vários prolongamentos que
estabelecem contato entre si através
de desmossomas. Logo, essas células
se afastam, por isso elas ficam com
esses prolongamentos, porém elas não
se separam, então mantém o contato
através de junções intercelulares
(desmossomas).

 PAPILA DENTÁRIA:
 Situada abaixo do órgão do
esmalte;
 Epitélio INTERNO do órgão do esmalte:  Está próxima ao epitélio interno do
células localizadas na concavidade órgão do esmalte;
adjacente à condensação  Formada pelas células
ectomesenquimal; ectomesenquimais condensadas;
 Epitélio EXTERNO do órgão do esmalte:  Vai dá origem a duas estruturas do
células localizadas na convexidade dente: DENTINA e POLPA;
externa do capuz.

 RETÍCULO ESTRELADO
 Células da região central do órgão do
esmalte, entre o epitélio interno e
externo;

 Epitélio Oral Primitivo  Órgão do


Esmalte  ESMALTE;

 Ectomesenquima  Papila
Dentária  DENTINA e POLPA
 Entre as células há maior quantidade
de SUBSTÂNCIA FUNDAMENTAL rica em

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 Logo o folículo dentário e o epitélio
 FOLÍCULO DENTÁRIO: externo tem uma relação;
 Células ectomesenquimais
condensadas: formam uma cápsula
que limita a papila dentária e
encapsulam o órgão do esmalte;

 Vai nutrir o órgão do esmalte.

 NÓ DE ESMALTE:
 Está localizado no epitélio interno do
 Vai está ao redor do germe dentário; órgão do esmalte;
 Vai limitar onde é papila dentária,  São grupo de células epiteliais visíveis
dando um limite onde vai ser papila em germes de dentes MOLARES (dentes
dentária; posteriores);
 Vai ter contato com o epitélio  Nessa região do nó do esmalte vai ser
externo do órgão do esmalte; organizada a formação da futura
 Termina do outro lado do epitélio cúspide;
externo;  Cúspide  Pontas, cumes, picos da
 Vai dar origem ao PERIODONTO DE coroa dos dentes;
INSERÇÃO;  Na fase de capuz, observa-se que o
 Periodonto de inserção: conjunto molar tem mais de uma cúspide;
de estruturas que vai ser responsável  Na fase de capuz vai encontrar apenas
pela sustentação do dente tanto na um nó. Posteriormente vão ser formados
maxila quanto na mandíbula. As
estruturas do conjunto são:
A. Cemento;
B. Ligamento Periodontal;
C. Osso Alveolar;
 No folículo dentário vai se encontrar
capilares, esses capilares penetram
o folículo dentário, principalmente
na região do epitélio externo do
órgão do esmalte;
 A NUTRIÇÃO da porção epitelial do
germe dentário provém da
VASCULARIDADE do folículo
dentário;

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outros nós de esmalte (secundários) nas C. Reticulo estrelado
pontas das futuras cúspides em molares.
EXPLICAÇÃO IMAGEM: Fase de campânula.
Germe dentário circundado por trabéculas
ósseas do processo alveolar em formação
 Germe dentário na fase de CAPUZ:  O que vai-se falar a partir de agora é
 Tem-se 3 componentes principais: ectomesênquima (tecido conjuntivo
a. Órgão do Esmalte; embrionário);
b. Papila Dentária;  A região que vai ficar próxima ao
c. Folículo Dentário; epitélio interno do órgão do esmalte,
só que não é epitélio, é
ectomesênquima, chama-se PAPILA
DENTÁRIA;
 O folículo vai está mais bem
determinado na fase de campânula,
vai está mais nítido;
 O folículo acaba próximo a parede
externa do órgão do esmalte;
 O folículo dentário vai nutrir a porção
epitelial;
 Pode ter gemes dentários na mesma
fase, e pode ter germes dentários em
fases diferentes;
3. FASE DE CAMPÂNULA ou SINO;  Estágio de capuz na maxila e estágio
 Diminuição da proliferação das células de campânula na mandíbula: isso é
epiteliais, ou seja, do crescimento do um exemplo de que os dentes
órgão do esmalte; inferiores estão sendo formados antes
 A superfície interna do órgão do dos superiores. Sabe-se isso, ao
esmalte se aprofunda dando ao órgão observar a fase em que se encontra;
a FORMA DE SINO;  Morfodiferenciação:
 O órgão do esmalte apresenta forma  Diferenciação da forma;
de sino, com sua concavidade mais  Durante esse estágio a coroa
acentuada; dentária assuma sua forma final;
 O órgão do esmalte é divido em  Agora vai-se conseguir observar
partes: uma aparência de dente;
A. Epitélio externo do esmalte;  Na fase de capuz não se observa
B. Epitélio interno do esmalte; isso, pois o processo de
diferenciação da forma começa
na fase de campânula;
 Histodiferenciação:
 As células que irão produzir os
tecidos duros da coroa se
diferenciam;
DENTINA e ESMALTE

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 Para se produzir dentina e
esmalte precisa-se de CÉLULAS
DIFERENCIADAS, logo, células
específicas para a produção de
dentina e esmalte, este é o
processo de histodifereciação;
 Células que se precisa ter para formar
 ALÇA CERVICAL:
a dentina  ODONTOBLASTOS;
 Células que se precisa para ter para
formar o esmalte  AMELOBLASTOS;
 Tinha-se observado desde a fase de
capuz que os epitélios externo e
interno são estruturas contínuas:
 Epitélio Externo  REGIÃO
CONVEXA;
 Epitélio Interno  REGIÃO
CÔNCAVA
 Epitélio externo do esmalte:
 Células com forma cuboidal
baixa (mais achatadas).
 Epitélio interno do esmalte:
 No final da fase de coroa as células do
 Células com forma cilíndrica
epitélio externo e interno irão se
baixa (mais alongadas) com
proliferar para formar a bainha
alto conteúdo de glicogênio.
radicular de HERTWIG que induz a
 O retículo estrelado continua a crescer
em volume – maior quantidade de
água e proteoglicanas;
 Aumento da distância entre as células
e seus prolongamentos;
 Os epitélios INTERNO e EXTERNO do
esmalte são contínuos;
 Epitélio interno: começa no ponto
onde o epitélio externo se dobra para
formar a concavidade dentro do qual
as células da papila dentária se
acumulam;
 Encontro do epitélio interno e externo
 ALÇA CERVICAL;

OBS.: O que vai acontecer de muita


novidade vai ser na região do epitélio interno
formação da raiz do dente;
do órgão do esmalte;

 ESTRATO INTERMEDIÁRIO:
 Surge entre o epitélio interno e o
retículo estrelado;
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 É formado por duas ou três camadas  PAPILA DENTÁRIA:
de células pavimentosas;  A papila dentária é separada do
 Vai participar juntamente com o órgão do esmalte por uma lâmina
epitélio interno da formação do basal que emite um conjunto de
ESMALTE; delgadas fibrilas para dentro da zona
acelular*
* É um espaço que inicialmente vai
encontrar na fase de campânula,
porém esse espaço depois
desaparece;
 Entre o epitélio e o ectomesênquima
existe lâmina basal;
 Vai ocorrer uma relação entre epitélio
e ectomesênquima para que ocorra a
formação do dente, então através da
lâmina basal é que vai ocorrer essa
comunicação para que ocorra a
interação entre epitélio e
ectomesênquima;
 As células ectomesenquimais
apresentam-se indiferenciadas na sua
região central, com finas fibrilas
colágenas ocupando a matriz
 Ultra-estrutura do órgão do esmalte no extracelular, junto aos componentes
estágio de campânula inicial; não colágenos como proteoglicanas,
 O órgão do esmalte é suportado pela glicosaminoglicanas e glicoproteínas;
LÂMINA BASAL ao redor da periferia;  Os CAPILARES inicialmente presentes
no folículo dentário começam
também a penetrar a papila dentária
 A LÂMINA BASAL rodeia o órgão do aparecendo em grande número entre
as células;
esmalte no seu contorno total,
separando as células do EPITÉLIO  Os capilares antes só estavam na
região do folículo, mas agora vai se
EXTERNO do FOLÍCULO DENTÁRIO, e as
começar a observar a presença desses
células do EPITÉLIO INTERNO da PAPILA
capilares dentro da papila dentária;
DENTÁRIA;
 É importante que essa papila seja
 As células em forma de estrela do
vascularizada, pois a papila dentária
retículo estrelado são ligadas umas às
outras, às células do epitélio externo vai formar a dentina e a polpa. A
principal característica da polpa
de esmalte e ao estrato intermediário
por DESMOSSOSMOS; dentária é ser um tecido mole,
altamente vascularizado, então isso
 As células do estrato intermediário são
aqui mais tarde vai se transformar em
ligadas umas as outras e as células do
reticulo estrelado e epitélio interno do polpa, então a partir dessa papila
dentária vai-se ter células que vão se
esmalte também por desmossosmo;
tornar odontoblastos para formar a
dentina, e vai ter que formar também
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a polpa dentária, essa polpa dentária de esmalte, pois o dente tem mais de
vai se desenvolvendo a partir disso uma cúspide;
aqui;  A porção da lâmina dentária, entre o
órgão do esmalte e o epitélio bucal se
desintegra;
 O dente continua sendo
 FOLICULO DENTÁRIO: desenvolvimento separado do epitélio
 O folículo dentário é facilmente oral;
distinguido da papila dentária, pois  Logo vai ser cortada essa região entre
numerosas fibrilas colágenas ocupam a lâmina dentária e o órgão do
os espaços extracelulares entre os esmalte e o germe vai continuar seu
fibroblastos foliculares; desenvolvimento independente do
 Essa região do folículo que antes só epitélio oral;
não se observava muito bem, agora  Fragmentação da lâmina dentária:
está bem clara na fase de campânula, formação de agrupamentos de células
então é o mesmo componente epiteliais que normalmente se
daquela época, só que agora está degeneram, mas algumas delas
mais evidente; podem persistir;
 Os fibroblastos foliculares (células)  Na região de desintegração as células
estão circularmente orientados ao epiteliais podem sumir, desaparecer,
redor do órgão dentário e da papila só que algumas podem persistir, então
dentária; vai ser originada a PÉROLA EPITELIAL,
 Ele vem em contato com o epitélio que podem ficar inativas, porém elas
externo do órgão do esmalte, da o podem formar pequenos cistos
limite da papila e termina do lado (alterações), se forem ativadas, Além
oposto, como se fosse uma cápsula; disso dá origem a odontoma e dentes
 O folículo dentário se torna mais supranumerário;
evidente, pois ele passa a envolver
totalmente o germe;
 Existe uma estrutura ao redor do germe
dentário que é mineralizada, tem  PÉROLAS EPITELIAIS:
como se fosse um trabeculado ósseo.  Podem formar pequeno cistos (cistos
Vem como se fosse uma onda, ao de erupção);
redor do germe dentário, ela vai vir de  Podem dar a origem a odontoma;
um lado e de outro também;  Podem ser ativados para dar origem a
 Na fase de capuz comentou se sobre dentes supranumerários;
a presença do NÓ DO ESMALTE, na  Cisto de Erupção  podem atrasar a
região do epitélio interno do órgão do erupção de dentes permanentes;
esmalte. Esses nós de esmalte vão  Odontoma  patologia que parece
originar as cúspides, ponta de cúspide; mini dentes, mini dentículos;
 Os dentes posteriores não tem uma  Dente supranumerário  dente que
cúspide única, não é uma só, então na vem além do número normal da
fase de capuz, quando já está menos arcada dentária;
desenvolvido, vai-se ter um nó de  Na fase de campânula, o osso do
esmalte somente. Só que na fase de processo alveolar em formação
campânula vão aparecer outros nós
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geralmente acaba rodeando  A proliferação celular leva o epitélio
completamente o folículo dentário, interno a se torcer e formar o contorno
constituindo a cripta óssea; da cúspide, ocasionando força no
 Então vai ter uma estrutura óssea epitélio interno em direção aos pontos
abaixo desse germe dentário; onde não há mais divisão celular;
 Tem uma base do osso alveolar, esse  Então o fato de uma parte não ter
germe dentário ele se desliga do divisão, e a outra parte continuar
epitélio oral e essa estrutura de um dividindo vai formar dobras no epitélio
lado e do outro que tem o formato de interno, que vai determinar a forma da
onda vai contornar esse germe coroa do dente, então um ponto não
dentário. Então o germe dentário vai divide mais e ao redor divide. Surge
ficar todo rodeado por estrutura da outro ponto que é o nó secundário;
cripta óssea;  Então já ocorreram dobras, de forma
que foi originado esse formato do
 PROCESSO DE MORFODIFERENCIAÇÃO: dente final;
 O processo de morfodiferenciação é a
origem da forma, não quer dizer que a  PROCESSO DE HISTODIFERENCIAÇÃO:
coroa vai estar pronta, pois coroa vai
ser na fase de coroa;
 O objetivo na fase de campânula é
dar o formato da coroa e originar as
células que vão originar os tecidos
duro da coroa;
 Então morfodiferenciação é alteração
na forma do epitélio interno para que
o dente tenha o seu formato final,
 É no epitélio interno que vai ocorrer
porém é só o formato, pois para a
todo o processo;
coroa está completamente formada
 As células do epitélio interno
precisa-se formar os tecidos duros da
localizadas nos vértices das cúspides,
coroa, que é uma característica da
até então cilíndrica baixas com núcleo
fase de coroa, que é a próxima fase;
próximo à lâmina basal, tornam-se
 Enquanto o germe dentário cresce
cilíndricas altas (logo a célula cresceu,
durante a transição capuz-
teve alteração no seu formato);
campânula, a divisão celular ocorre
 O seu núcleo passa a se localizar do
por todo o epitélio interno do esmalte;
lado oposto à papila dentária -
 Em um ponto particular a divisão
inversão de polaridade;
celular é interrompida porque as
 Essas células se transformam em pré-
células estão começando a se
ameloblastos;
diferenciar em ameloblastos* essa
 As células estavam condensadas e
área representa o local da futura
originaram as papilas dentárias;
cúspide;
 A lâmina basal é a estrutura que vai
* Forma o esmalte. O ameloblasto
estar entre elas;
aparece na região do epitélio interno
 Vai ter interação entre as duas células;
do órgão do esmalte, mas ainda não
 O núcleo subiu, ele sofreu um processo
chegou em ameloblastos, vai começar
de inversão de polaridade, está mais
a se diferenciar em ameloblasto;
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próximo do retículo do estrato  A região do epitélio interno passou por
intermediário; dois processos, aumentou de tamanho
 Na papila dentária adjacente, as e sofreu a inversão de polaridade, se
células ectomesenquimais da região tornou um pré-ameloblasto, aí deu um
periférica, sob influência dos pré- toque para as células da periferia da
ameloblastos, param de se dividir, papila dentária começar o seu processo
aumentam de tamanho e começam de diferenciação. Então essas células
sua diferenciação em odontoblastos; da periferia da papila dentária
 Por um processo de indução essas adiantaram o processo de
células vão estimular as células da diferenciação e se tornaram
periferia da papila dentária a também odontoblastos, uma vez que eles são
começar o seu processo de odontoblastos eles produzem dentina,
diferenciação em odontoblastos, pois essa dentina é chamada de dentina do
papila dentária forma a dentina, esses manto;
odontoblastos vão formar a dentina da  Com a presença da primeira camada
coroa; de dentina, completa-se a
 Diferenciação dos odontoblastos; diferenciação dos pré -ameloblastos em
 Na periferia da papila dentária, na ameloblastos;
borda da papila dentária se tem  Então é um processo chamado de
odontoblastos em diferenciação; indução recíproca - a célula do epitélio
 Uma célula cuboidal baixa não é um interno do órgão do esmalte começa o
pré-ameloblasto, para ser pré- seu processo de diferenciação celular,
ameloblasto tem que acontecer duas se torna pré-ameloblastos, induz a
coisas básicas: aumento de tamanho e célula da periferia da papila a começar
a inversão de polaridade; o seu processo de diferenciação que se
 O pré ameloblasto que vai induzir a torna odontoblasto. O odontoblasto vai
diferenciação das células da periferia produzir a dentina do manto. Essa
da polpa; primeira camada de dentina em
 Após a diferenciação das células da contato com o pré-ameloblasto torna
papila dentária, os odontoblastos essa célula ameloblasto, então indução
aumentam de tamanho e eliminam a recíproca, pois um induz o outro;
zona acelular entre a papila dentária e  Esses eventos (processo de
o epitélio interno do esmalte; histodiferenciação) começam nos
 Logo esse espaço "zona acelular", locais correspondentes às futuras
depois não vai mais ser visto; cúspides do dente e progridem,
descendo pelas vertentes das cúspides
 DENTINA DO MANTO: até a região da alça cervical;
 Os odontoblastos ainda em  Na região do NÓ DO ESMALTE
diferenciação eles passam a secretar a começam os eventos de
primeira camada de matriz de dentina - histodiferenciação, só que esse
chamada de DENTINA DO MANTO; processo vai descendo até região de
 É a primeira camada de dentina alça cervical, para formar a coroa toda,
formada; formar a coroa por completa;
 Seu constituinte mais abundante é o
colágeno do tipo 1; Observação: esmalte não vai ser formado
na fase de campânula, dos tecidos duros

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da coroa entre eles, vai ser formado na
fase de campânula o comecinho da
dentina (dentina do manto) que na
verdade é depositada como uma matriz
orgânica inicialmente, que depois vai sofrer
o processo de mineralização;

 Os odontoblastos vêm da região da


papila dentária (da periferia da papila
dentária);
 Os ameloblastos vêm do epitélio oral
interno do órgão do esmalte;
 O esmalte tem origem epitelial, pois o
órgão do esmalte forma o esmalte, e o
órgão do esmalte vem a partir do
epitélio oral, então o epitélio oral
proliferou e formou uma lâmina, que
proliferou mais e formou o botão, que
proliferou mais ainda e formou capuz e
que esse órgão do esmalte vai sofrer o
processo de diferenciação para formar
ameloblastos para produzir esmalte;
 As células da periferia da papila
dentária vão se diferenciar em
odontoblastos para poder formar
dentina. Isso é de origem
ectomesenquimal, então é de origem
de tecido conjuntivo;
 O dente começa a sua formação na
região mais coronária possível = REGIÃO
DE PONTA DE CÚSPIDE;

Referências Bibliográficas:

KATCBURIAN, Eduardo. Histologia e


embriologia oral: texto, atlas, correlações
clínicas. 3. ed. rev. e atual. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2012.

NANCI, Antonio. Ten Cate histologia oral:


desenvolvimento, estrutura e função. 8. ed.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

Odontopediatria 1 – 6ª Semestre – 1ª Unidade – Aula 2 – Odontogênse PARTE 1 - @Resumodontologia


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