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Anatomia e

histologia bucal
Prof. Draª Maria Emilia Oliveira Gomes
Abordagem
abordagem


Macri

Macri

Desenvolvimento da face e da cavidade bucal
▫ Durante o segundo mês de vida intrauterina (5ª a 8ª semana), ocorrem grandes
mudanças das estruturas e anexos próximos que conduzem à formação da face
embrionária.
▫ 1ª fase: entre a 5ª e 6ª semana de vida intra-uterina, na qual se unem os processos
formadores da face, estabelecem-se a comunicação das caidades oral primitiva
(depressão profunda) com o instestino cefálico devido ao rompimento da membrana é
bucofaríngea.
▫ 2ª fase: por volta da 7ª e 8ª semana, há o característico término dos preparos para a
divisão das cavidades bucal e nasal e a formação do palato definitivo.
▫ A partir desses estágios, o desenvolvimento embrionário bucal e de todo organismo
passa a ser de forma acelerada

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Relembrando o tubo neural
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Formação do Encéfalo

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Formação do Encéfalo

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Formação do Encéfalo

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Formação do Encéfalo

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Formação do Encéfalo

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Formação do Encéfalo

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Vesículas primárias formando as vesículas
secundárias

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Desenvolvimento do palato secundário
Desenvolvimento do palato secundário
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Diferenciação dos arcos faríngeos

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Diferenciação dos arcos faríngeos

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Diferenciação dos arcos faríngeos

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Diferenciação dos arcos faríngeos

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Desenvolvimento da face

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Desenvolvimento do palato secundário

▫ As cavidades oral e nasal elas somente se


separam depois da formação do palato
secundário.
▫ O espaço entre elas é ocupado pela língua
em desenvolvimento e palato primário.
▫ O desenvolvimento do palato secundário
ocorre entre a 7ª e 8ª semanas.

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Desenvolvimento do palato

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Desenvolvimento do palato

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Estruturas
importantes

Banda Epitelial Primitiva


Estruturas
importantes
Lâmina vestibular

Banda Epitelial
Lâmina dentária

Células degeneradas Lâmina dentária

Lâmina vestibular

Sulco vestibular
Lâmina dentária
Lâmina Dentária

Fase de Botão

Fase de Capuz

Fase de Campânula

Fase de Coroa
Fase de Raiz
Fase de Botão
Proliferação do Epitélio Oral
Proliferação do Ectomesênquima
Fase de Capuz
Proliferação do Epitélio Oral
Proliferação do Ectomesênquima- criando
resistencia
Fase de Capuz
Resistência do Ectomesênquima
Crescimento das bordas do botão
Fase de Capuz
Germe Dentário:
1- Órgão do Esmalte
(epitélio interno, externo, retículo estrelado)

2- Papila Dentária (dentina e polpa)


3 - Folículo Dentário (periodonto)
Fase de Campânula
Alta Diferenciação Celular
Estruturas novas
-alça cervical- formação da raiz
-estrato intermediario- formação do esmalte
Fase de Campânula
-Estrato intermediário
Fase de Campânula
-Germe dentário isolado
Fase de Campânula
-Dobras no Epitélio Interno
Fase de Campânula
-Diferenciação dos odontoblastos e ameloblastos
Fase de Campânula
-Diferenciação dos odontoblastos e ameloblastos
Fase de Campânula

-Epitélio Interno

-Papila Dentária
Fase de Campânula

- Pré- Ameloblasto

-Odontoblastos
Fase de Campânula

- Pré- Ameloblasto

-Odontoblastos

DENTINA
Fase de Campânula

- Pré- Ameloblasto

-Odontoblastos

DENTINA
Fase de Campânula ESMALTE

- Ameloblasto

-Odontoblastos

DENTINA
Fase de Coroa ESMALTE

- Ameloblasto

-Odontoblastos

DENTINA
Fase de Raiz
-Formação da Raiz

alça cervical
Fase de Raiz
-Esmalte
-Dentina Coronária
-Dentina Radicular

quais as células que irão induzir os


odontoblastos a produzir a dentina
radicular????
Fase de Raiz
-todas as estruturas do germe estão envolvidas
pelo folículo dentário (camada protetora)

-o folículo dentário acaba sendo resistência pro


crescimento da alça cervical (dobradura)

-alça cervical
Fase de Raiz
RESTOS EPITELIAIS DE MALASSEZ

-BAINHA DE HERTWIG- prolifera sentido


contrario à apical.
Indução da diferenciação dos odontoblastos da
-diafragma epitelial
dentina radicular
Anatomia Bucal do Bebê

Profª Maria Emilia Oliveira Gomes


Anatomia Bucal do Bebê

• Sistema Neuromuscular
– Vida intra-uterina
• Ainda não está maduro
– Nascimento
• Sensibilidade tátil mais
desenvolvida na região dos lábios e
da boca do que dos dedos
• A primeira relação do recém nascido com seu
ambiente ocorre por meio da boca, faringe e laringe
– Nestes locais encontra-se grande concentrações de
receptores, que se tornam estimulados
• Regulando a respiração e sucção
Anatomia Bucal do Bebê

• Sistema Neuromuscular
– Nascimento
• Funções bucais são primeiramente
orientadas na região anterior da língua
e nos lábios
Anatomia Bucal do Bebê
ATC
Eduarda 02 meses
Anatomia Bucal do Bebê

• Rodetes gengivais
– Recobertos pelo tecido gengival
– Lobulados por vestibular
• Locais de desenvolvimento dos dentes
• Mucosa gengival de cor rosada

Cordão fibroso de
Robim e Magitot
Anatomia Bucal do Bebê
• Cordão fibroso de Robim e Magitot sobre a
região de incisivos e caninos, cuja função
principal é auxiliar no vedamento dos
maxilares.

Cordão fibroso de
Robim e Magitot
Anatomia Bucal do Bebê
• Presença do SUCKING PAD: apoio para a
sucção.

SUCKING PAD
Anatomia Bucal do Bebê

• Freio Labial

– Porção interna e mediana do


lábio superior
– Ligado à papila palatina-
também auxilia na
amamentação
– Mais de 50% dos recém-
natos liga o lábio superior à
papila palatina (Albuquerque,
1990)

• Bridas laterais
Anatomia Bucal do Bebê

• Freio Lingual

– Prevalência de anquiloglossia
varia de 0,4 a 10% e é
caracterizada por alterações
de comprimento, espessura,
elasticidade, e/ou inserção
do freio lingual.
Anatomia Bucal do Bebê

• Freio Labial
– Freio teto labial
persistente
Anatomia Bucal do Bebê

• Rodetes gengivais
– Maxila
• Palato

– Papila palatina
– Rugosidades palatinas
– Rafe palatina mediana
Anatomia Bucal do Bebê

• Rodetes gengivais
– Maxila
• Protruída
• Pouca profundidade
• Arredondada
• Forma de U
Anatomia Bucal do Bebê
Anatomia Bucal do Bebê

• Rodetes gengivais
– Mandíbula
• Forma de ferradura
• Freio labial e bridas
• Assoalho
• Freio lingual

ATC
Discrepância Maxilo - Mandibular
Discrepância Maxilo - Mandibular
Aleitamento Materno Exclusivo (AME)

• Excetuando-se as situações
especiais, deve ser feito até
os 6 meses de idade;
• A partir dessa idade deve-
se incentivar o uso
progressivo de alimentos
em colheres e copos;
• Importante fator de
prevenção da má-oclusão;
ATC
Aleitamento Natural

Sucção Mandíbula

– Retrognatismo fisiológico
– Estimulo ao crescimento anteroposterior
Aleitamento Natural

Deglutição Língua

– Posicionamento correto – fluxo adequado


– Tonicidade - fonação
Sistema Estomatognático Bebê

• Funções essenciais à sobrevivência


– Se alteram durante a amamentação de
forma sincronizada
Respiraç
ão

Deglutição
Ordenha
Aleitamento Natural

– Crescimento tridimensional craniofacial


– Correção fisiológica – micrognatia
– Verticalização dos músculos da mastigação
– Cansaço físico do bebê
– Sono profundo
– Crescimento e desenvolvimento
fisiologicamente acelerados
• Forma básica das arcadas
– Determinada até 4º mês de
vida intra-uterina
• Germes dentais
• Osso basal em crescimento
Moyers
• Desenvolvimento da ATM

VIDA FETAL
•Rudimentar quando comparada a
outras articulações
•Falta de definição da cavidade glenóide

AO NASCIMENTO
•Cavidade glenóide rasa e plana até
erupção da maioria da dentição decídua
• Desenvolvimento da ATM

Maturação Pós-Natal
•Aumento da profundidade da fossa
•Troca da dentição decídua por permanente
–cavidade glenóide em forma de S
•Completo desenvolvimento após 20 anos de idade
Cordão fibroso de
Robim e Magitot
Erupção

• Sinais
– Rodetes
• Tumefação, evidenciam as coroas
dentais próximas de irromperem

Recomenda-se
Oferecer mordedores
Erupção

• Sintomas
– Irritabilidade
– Salivação aumentada
– Febre
– Diarréia
– Sono agitado
– Inflamação gengival local
– Erupções cutâneas peribucais
– Falta de apetite
– Corrimento nasal
Erupção

• Fatores que influenciam na erupção


– Genéticos
– Ambientais
• Sócio-econômico
• Nutricional – vit A, C e D
– Sistêmicos
– Locais
Erupção
• Fatores que influenciam na erupção
– Locais
• Anquilose
Cistos de erupção
Erupção
• Fatores que influenciam na erupção
– Locais
• Cistos de erupção
Cisto de Erupção (Hematoma de Erupção)

• Variação do cisto dentígero


• Acúmulo de exsudato (fluido tecidual ou sangue), entre
o epitélio reduzido do orgão de esmalte e a coroa do
dente.
• Tumefação circunscrita, de coloração translúcida ou
azulada, flácida a palpação com conteúdo líquido e
geralmente indolor, doloroso se inflamado.
• Radiograficamente – coroas dentais íntegras, sem
destruição óssea

PINKHAM 1996
Cisto de Erupção (Hematoma de Erupção)

• Causa: desconhecida
• Mais comum em dentes posteriores Sem predileção
por sexo
• Tratamento:
• continuidade do processo de erupção
• Ulectomia/ulotomia
• Marsupialização

(BHASKAR (1989; CORREA 1998)


Caso clínico:
- Y. J.M
- 01 ano e 05 meses
- branca
Alterações de
desenvolvimento
Alterações de desenvolvimento

• Dentes natais e neonatais


• Nódulos de Bohn
• Pérolas de Epstein
• Cistos de Lâmina Dentária
• Anquiloglosia (língua presa)
Alterações de desenvolvimento

• Dentes natais e neonatais


– Aparecem com o nascimento - natais
– Aparecem nas primeiras semanas de
vida – neonatais
– São geralmente da série normal (95%)
– Mais freqüente em meninas
• Relação de 3 para 1
Dentes natais e neonatais

– Incisivos centrais inferiores


• dentes mais afetados
• Irrompem em par - geralmente
Dente neonatal

Dente natal
Dentes natais e neonatais

• Etiologia – hipóteses
– Hipovitaminose
– Estímulo hormonal
– Febres
– Trauma
– Sífilis
– Hereditariedade
– síndrome
– Posição mais superficial do germe
• Uma das causas mais prováveis
Dentes natais e neonatais

– Provocar lesões secundárias


• Bico do peito da mãe
• Lesão de base de língua
– Doença de Riga Fede
• Aspiração ou deglutido
– Implantação imatura
• Granuloma de Riga-Fede
– Ulceração granulomatosa unicamente em
crianças
– Rara, exclusivamente em bebês
– Localização
• Ponta e superfície inferior da língua e freio
lingual
– Dolorosa
• dificultando mastigação
– Tamanho
• 1 a 2 cm
•Granuloma de Riga-Fede
•Massa granulomatosa exofílica ulcerada, recoberta
por uma pseudomenbrana amarelada
Granuloma de Riga-Fede

– Tratamento
• Construção de um escudo protetor
• Remoção cirúrgica
• Dentes natais e neonatais
– Conduta
• Extração
– Imaturos de implantação e supranumerários
» Após 1ª semana de vida – deficiências de
coagulação, devido a insuficiente síntese
de vitamina K

Hoje em dia
Administração profilática de Vitamina K,
aos recém nascidos
Dentes natais e neonatais

– Conduta
• Dentes normais
– Polimento
– Flúor
– -tem
mobilidade?
(exodontia)
Língua Geográfica

Também conhecida como glossite migratória, lesão


inflamatória benigna.
Nódulos de Bohn

• Localização
– Rodetes gengivais
• Porções vestibular, palatinas e
linguais
• Origem
– Remanescentes de tecido de
glândulas mucosas
Nódulos de Bohn

• Diagnóstico diferencial
– Dentes em erupção precoce e ectópica
• Conduta
– Observação
– Massagem digital suave
Pérolas de Epstein

– Localização
• Rafe palatina mediana
– Origem
• Remanescentes de tecido
epitelial

• Prevalência menor quando


comparado com os N. B.
Cistos da Lâmina Dentária

– Localização
• Crista alveolar do rebordo
– Origem
• Remanescentes da lâmina dentária
• Mais freqüente na região posterior
– Conduta
– Acompanhar
» Involutivo
– Volume exagerado
» marsupialização
Anquiloglossia
Anquiloglossia
Anquiloglossia

• Alterações funcionais do músculo


genioglosso e um freio lingual curto
Anquiloglossia
• Acarreta sensível interferência
– Dicção
– Função de autóclise da língua
– Crescimento evolutivo normal da
mandíbula (GREGORI)
Freio Lingual Curto

• Dificulta os movimentos da língua e impede


que esta se projete para fora da boca ou
faça contato com o palato duro e com a
superfície lingual dos dentes ântero-superior,
estando com a boca aberta (TOLEDO).
Anquiloglossia
“Onde quer que encontre uma criança, derrame sobre ela todo seu carinho e estenda-lhe a
mão para ajudá-la a crescer.Facilite ao máximo a estrada que ela vai percorrer e semeie de
flores o caminho que ela palmilhar”
C. Torres Pastorino
Bibliografia

• Odontopediatria da infância à adolescência-


Pinkham
• Manual de Odontopediatria – Myaki Issáo, A C.
Guedes-Pinto
• Odontopediatria na Primeira Infância-Corrêa,
Maria Salete Nahás Pirez
• Odontopediatria- Goran Koch
• Odontologia Para Bebês – Luiz Reinaldo de
Figueiredo Walter

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