Você está na página 1de 88

Resumo de odontopediatria 6º semestre 

Crescimento e desenvolvimento Crânio facial

Objetivos: conhecer os aspectos de normalidade e identificar as anormalidades existentes;


Capacitar o diagnóstico responsável, o planejamento e o tratamento adequados.
Crescimento: São processos biológicos por meio dos quais a matéria viva se torna maior.
Desenvolvimento: É o aprimoramento gradativo das funções rumo a maturidade fisiológica.
Períodos de crescimento e Desenvolvimento Humano

1. Pré- natal
1.1Período embrionário: da fertilização a oitava semana
1.2 Período fetal: da nona semana ao nascimento
2. Pós- natal: primeiros 20 anos
2.1 Infância : primeiro ano de vida
2.2 Juventude:
2.2.1 Fase precoce: de 1 a 6 anos
2.2.2 Fase média: dos 6 aos 10 anos
2.2.3 Fase Tardia: Dos 10 aos 15 ou 16 anos ( fase de puberdade)
2.3 Adolescência: Dos 14 aos 20(meninos) e dos 13 aos 20(meninas)
 
Curva de crescimento dos 4 sistemas teciduais do corpo
 
 
Tecido neural: completo aos 6 -7 anos
Tecido corpóreo geral: Curva em “s” de proporção lenta de crescimento durante a infância e acelera na
puberdade.
Tecido Linfóide: capacidade imunológica e resistência a doenças infecciosas proliferação na infância e
queda após 10 anos.
Tecido Genital: acelerado após a infância

Curso geral de crescimento


 
O crescimento do cérebro incrementa muito após o nascimento , aos 5 anos de idade já alcançou
85% do seu crescimento total e aos 10 anos o tamanho adulto , o crescimento do corpo é mais lento
, nos primeiros 5 anos de vida o peso dobra , o mesmo acontece com o tamanho do corpo nos 3
primeiros anos, a partir desse momento a curva de crescimento se aplaina e somente entre 12 e 16
anos recupera sua inclinação e um ritmo similar aos dos primeiros meses de vida . Nos meninos o
surto ocorre mais tarde , permanece por mais tempo e resulta em maior aumento em altura do que
o alcançado pelo gênero feminino.
O crânio tem o seu maior crescimento e desenvolvimento durante a vida no útero e a face após o
nascimento
Índice de maturidade ( idade Biológica )
 
# Crianças em idade diferente variam em seu nível de maturação ;
Diferentes em idade biológica e idade cronológica.
 
Formas de determinação da idade biológica : esquelético, dentário e sistema
genital.
 
Esquelético : 2 métodos
1. Raio x de mão e punho : comparação com o atlas para definir as idades; compara as diafases (fechamento)
e epifases conseguindo determinar o grau de maturidade esquelética.
2. Vértebras: Atualmente podemos utilizar as vertebras do paciente, já fornecida da documentação, através
das vertebras C3 e C4 são convexas e vão ficando côncava .

Dentário: 2 métodos
1. Idade de erupção dos dentes numero e os grupos dentários que surgem na boca.
2. Grau de mineralização de todos os dentes ; Rx essencial ; o indicador são as coroas dentárias e calcificação
das raízes .
Sistema Genital: Desenvolvimento do sistema reprodutor e dos caracteres sexuais secundários;
Primeiro sinal de puberdade é o crescimento dos testículos no homens e os ovários nas mulheres.
Osteogênese
 
Formação do osso : combinação dos processos de aposição e reabsorção a partir dos campos de crescimento compreendidos pelos tecidos
moles que revertem o osso; devido o crescimento dos campos , o osso apresenta remodelação (mudança de forma).

Aposição e reabsorção : em um lado o córtex ósseo e adicionado osso novo e no outro é retirado; o resultado é o deslizamento cortical ,
osteoclasto (reabsorção) e osteoblasto ( neo formação).

Remodelação : aposição seletiva de osso pelos osteoblastos e reabsorção pelos osteoclastos; são alterações de formas, dimensões e proporções.

O crescimento da mandíbula não e proporcional , porem há aumento de todas as partes regionais ( movimento contínuo e em sequencia).

Movimentos de crescimento: Deslizamento cortical e remodelação ( processos separados que ocorrem ao mesmo tempo e se completam,
tornando difícil determinar , separadamente ,a contribuição de cada um deles).

Deslizamento cortical: é o movimento de uma parte do osso por ação da remodelação e de seus tecidos osteogênicos.

Remodelação: é uma parte básica do processo de crescimento .

Deslocamento: movimento de todo o osso como uma unidade a medida que se desloca.

Mandíbula desloca da articulação osso fossa mandibular , é necessário que o côndilo e o ramo cresçam para cima e para trás para manter
as relações ;côndilo ,processo coronóide e ramo , remodelam para acomodar o deslocamento.

Cresce para trás e para cima /desloca para frente e para baixo.
Campos de crescimento : Condilo ; tuber da maxila ;sincondroses do crânio ; suturas e processos alveolares.
Sincondrose – articulação cartiloginosa oferece maior resistência a região.
Processo nasomaxilar 
Seu crescimento é para trás e para cima; a maxila tem um surto de crescimento até os três anos de idade devido a
erupção dos dentes decíduos dos 3 aos 6 o crescimento continua de forma menos evidente , aos 6 o crescimento é
reativado com a erupção dos primeiros molares permanentes e troca dos incisivos se estabiliza novamente com a
dentição mista estática , novo surto se da com as trocas dos caninos , primeiro e segundo pré molares e erupção dos
segundos e terceiros molares .
O crescimento nasomaxilar se da por meio de suturas aposição e reabsorção óssea, erupção dos dentes superiores.Sua
direção de crescimento e como que empurrada para baixo e para frente, mas como o deslocamento e aparente , na
realidade o crescimento foi para trás e para cima

Anatomia dos dentes Decíduos


Os decíduos guiam o local dos permanentes por palatina ou lingual
Rizogenese do dente decíduo; rizólise do dente decíduo e rizogenese do permanente.
Chamado de processo dinâmico dividido em três movimentos: pré eruptivos; Eruptivos; pós eruptivos ; rizólise/ esfoliação.
Dentes posteriores permanentes, ficam alojados entre as raízes dos decíduos , a erupção ocorre de forma interna para externa
(momento eruptivo) ; momento pré eruptivo também é por palatina ou lingual para anteriores e posteriores;
Importância dos dentes decíduos
Importante para formação estética ;psicológica; manter o espaço para os dentes permanentes; estimula o crescimento dos
arcos dentais.
Biogênese da dentição
Estágio de formação dentária de NOLLA
0 - ausência de cripta

1 - Presença de cripta
Período de irrupção
2 – Calcificação inicial da coroa Incisivos inferiores – 6 a 8 meses

3 – 1/3 de coroa completa Incisivos Superiores – 8 a 10 meses


4 – 2/3 de coroa completa Primeiros molares – 12 a 15 meses
5 – coroa quase completa Caninos – 18 a 21 meses
6 – coroa completa Segundos molares - 24 a 30 meses
7 – 1/3 da raiz completa
Dentes em oclusão - 36 meses
8 – 2/3 de raiz completa

9 – raiz quase completa

10 – raiz completa
Favorecem uma boa oclusão
 Dentes implantados verticalmente ao plano oclusal
 Plano terminal reto
 Arco de Baune tipo 1
 Trespasse vertical e horizontal na dentadura decídua : Suaves e pouco profundos

Cronologia de erupção dentadura permanente


Primeiro molar – 6 anos (5 a 7)

Incisivos inferiores – 6 anos(5 a 6)

Incisivos centrais superiores – 7 anos (6,5 a 8)

Incisivos laterais superiores - 8 anos (7,5 a 9)

Primeiro pre molar - 10 anos (9 a 10,5)

Canino inferior – 10 anos (9 a 10,5)

Segundo pre molar - 11 anos (10 a 12 )

Canino superior – 11 anos (10 a 12)

Segundo molar – 12 anos (11 a 13)

Terceiro molar – 18 anos (16 a ...)

Rolete gengival ( não tem osso) guia a erupção dos dentes deciduos
Mecanismos de compensação de tamanhos dentários na transição da dentição decídua
permanente:
Diastemas Primatas ( nas primeira trocas) : Maxila (entre incisivo lateral e canino superior
decíduo); Mandíbula (entre canino e primeiro molar inferior decíduo).
Aumento das inclinações dos dentes para vestibular;
Espaço livre de Nance ou espaço “ E” : e a diferença entre a somatória das distancias mesio-
distais das coroas dos caninos, primeiro e segundo pré-molares subtraído da somatória das
distancias mesio- distais das coroas dos caninos, primeiro e segundo molares decíduos
(mandíbula + ou – 1,7mm a 2,00mm – cada lado ; maxila + ou- 0,9mm a 1,2mm – cada lado)
Sua função e a mesialização dos primeiros molares e espaço para os caninos permanente .
Aproveitamento dos diastemas nos arcos tipo 1 de Baume ;
Crescimento e desenvolvimento alveolar e ósseo das bases maxilares;
O surgimento das curvas de Spee e Wilson( devido as inclinações dentarias permanentes)
Dentadura decídua
Acontece desde o nascimento ate o período imediatamente anterior a erupção do primeiro dente permanente.

Pré-dental :

Período dos roletes gengivais; a arcada superior apresenta formato de ferradura e se encontra posicionada anteriormente a arcada
inferior que e mais estreita e em forma de U; ao nascimento os dentes decíduos se encontram apinhados em suas bases ósseas porém
non primeiro semestre de vida, ocorre um extenso crescimento da mandíbula e da maxila esse crescimento na maioria dos casos e
suficiente para que a erupção dos dentes decíduos ocorra sem apinhamentos.

Erupção dos dentes decíduos :


Fase I – Erupção dos incisivos

Caracteriza-se por uma sobre mordida acentuada causada pela ausências dos dentes posteriores.

Fase II – Erupção e intercuspidação dos primeiros molares

Primeiro ganho de dimensão vertical de oclusão (DVO) e uma redução de sobremordida.

Fase III – Erupção dos caninos

Observa-se o estabelecimento e a manutenção dos espaços primatas.

Fase IV – Erupção dos segundos molares

Caracteriza-se pela consolidação do primeiro ganho de DVO e pela aquisição da oclusão madura
O engrenamento dentário ideal ocorre quando o longo eixo dos caninos decíduos superiores oclui na ameia interproximal dos primeiros
molares e dos caninos decíduos inferiores.

Dentadura decídua madura

Dos 2,5 aos 5 anos de idade; pequena migração mesial fisiológica dos segundos molares decíduos (principalmente os inferiores), causada pela
movimentação pre eruptiva dos primeiros molares permanentes.

Dentadura decídua Mista


A fase de dentadura mista e caracterizada pela presença tanto de dentes decíduos quanto de dentes permanentes na cavidade oral.

Classificação proposta por Vander Linden:

Primeiro período Transitório(erupção dos primeiros molares e dos incisivos permanentes): A erupção completa dos 4 incisivos superiores e
inferiores, bem como dos primeiros molares permanentes marca o final desse período .

Período Intertransitório : Durante esse período que normalmente ocorre entre os 9 – 10 anos de idade, não ocorre a
erupção de qualquer dente permanente (fase patinho feio)

Segundo período transitório (erupção dos pré-molares, caninos e segundos molares permanentes):inicia-se normalmente
entre 10 e 12 anos de idade; a frequência mais frequente de erupção na mandíbula e canino, primeiro pré-molar, segundo
pré-molar e segundos molares; e na maxila a sequencia geralmente e pré-molar, segundo pré-molar e caninos
simultaneamente aos segundo molares.

Dentadura Decídua é classificada quanto ao seu plano terminal.


Seis Chaves de Oclusão normal de Andrews
Oclusão normal e definida como um sistema morfofuncional constituído pelos órgãos dentários em relação correta nos aspectos
proximais e antagônicos, em harmonia arquitetônica com os ossos basais da face e do crânio, em equilíbrio com os órgãos e tecidos
circundantes.

 
1. Relação molar ou relação interarcos: a cúspide mésio vestibular do primeiro molar superior permanente oclui no sulco mésio
vestibular do primeiro molar inferior permanente numa inclinação tal que as vertentes distais da cúspide disto vestibular e disto
palatina do primeiro molar superior permanente ocluam e façam contato com as vertentes das cúspides mésio vestibular e mésio
lingual do segundo molar inferior permanente. A cúspide mésio palatina do primeiro molar superior permanente oclui e faz contato
com a fossa central do primeiro molar inferior permanente ;
2 – Angulação das coroas: linhas imaginarias seguindo o longo eixo dos dentes demonstram que todos eles possuem angulação das coroas
para mesial.

3 – Inclinação das coroas: linhas imaginarias seguindo o longo eixo dos dentes demonstram que os dentes anteriores superiores e inferiores
possuem a inclinação da coroa para vestibular e os dentes posteriores superiores e inferiores apresentam inclinação progressiva das coroas
 para lingual.
Trespasse Vertical (sobre mordida ; overbite): e medido a partir das bordas incisais dos incisivos centrais superiores e inferiores no sentido
vertical ; quando o incisivo superior cobre o inferior; mordida profunda ; de 2 a 2,5mm normal, de 3 a 4,5mm trespasse vertical acentuado,
mordida profunda ; Negativo - mordida aberta ; Nulo – relação topo a topo ; Positivo- mordida cruzada (está invertido mais tem relação);
mordida normal.

Trespasse horizontal (sobre saliência ; overjet) : e medido a partir das bordas incisais dos incisivos centrais superiores e inferiores, no
sentido horizontal ; negativo – mordida cruzada ; nulo - relação topo a topo ; Positivo – mordida normal.
4 – Ausência de rotações

5 - Pontos de contato – Todos os dentes devem apresentar pontos de contato bem definidos.

6- Plano oclusal – em vista lateral traçando uma linha imaginaria através das pontas das cúspides vestibulares dos dentes posteriores e
bordas incisais dos anteriores, se obtém uma curva

Maloclusão Dentaria
Maloclusão dentária: qualquer desvio dos dentes de sua oclusão normal; o resultado de uma combinação casual de partes desproporcionadas.

Sistemas de Classificação:
I.) Classificação de Angle

II.) Classificação de Simon

II.) Classificação de Lischer

 
Classificação de Angle
Princípios adotados por ANGLE para determinar as classificações: 1 corpo mandibular e os dentes devem estar em um posicionamento
normal com relação a anatomia craniana ;2 Arco maxilar relativamente estável por estar posicionado no crânio
 Finalidades:
Comparação: podemos fazer comparações entre as classes, ou tratamentos já realizados e dentro dessa comparação pode-
se imaginar complicações e como será o tratamento.
Facilidade de referência : mais fácil de assimilar classificando por classes do que explicando por exemplo que o sulco do
molar inferior esta distalizado ou vestibularizado .. etc...
Comunicação pessoal: permite que ocorra comunicação entre os profissionais
 Não fornece: Etiologia ; Prognóstico ; Melhor método de tratamento

Essa classificação foi criada em 1899,posteriormente modificada em 1907.


É uma classificação dentária ; ântero-posterior ; estática ; intra-bucal

Exame complementar – Rx lateral para observar a desproporção ( teleradiografia) ; Foto de perfil; intra bucal e extra
bucal.

O porquê da utilização dos primeiros molares permanentes:


  Primeiro dente permanente a erupcionar ; Não depende da esfoliação de nenhum dente decíduo ;
Localizado em área de grande condensação óssea ; Dente de grande volume
DIFERENÇA ENTRE NORMOCLUSÃO E NEUTROCLUSÃO
Normoclusão - quando o arco esta harmônico com as chaves de oclusão .. a relação mandíbula e maxila estão perfeitas.
Neutroclusao – quando os primeiros molares permanentes estão dentro padrão , mas há maloclusao como mordida
cruzada,aberta e ausência de dentes na arcada.
 
PERFIL FACIAL – não classifica e não pode ser associado. Todas as classificações são baseadas pela relação dos primeiros molares superiores
e inferiores permanentes.

 
  Classe I - Neutroclusão

Cúspide mésio-vestibular do primeiro molar superior oclui no sulco mésio-vestibular do primeiro molar inferior. CLASSE I de
ANGLE
1 BIPROTUSÃO ... em casos de as relação anterior dos incisivos, tanto inferior quanto superior estão vestibularizados

EX: de BIPROTUSÃO

TRATAMENTO – Extração de dentes.


2 MORDIDA ABERTA
EXEMPLO DE MORDIDA ABERTA
Podem ser aberta lateral direita ou esquerda ou anterior
Tratamento expansão ou extração etc

CLASSE I DE ANGLE MORDIDA CRUZADA ASSOCIADA A APINHAMENTO

MORDIDA CRUZADA APINHAMENTO


Classe II - Distoclusão

Sulco mesiovestibular primeiro molar inferior oclui posteriormente à cúspide mesiovestibular do primeiro molar superior.

Divisão 1: incisivos superiores labioversão exagerada.

Divisão 2: incisivos centrais superiores quase em posição normal ântero-posteriormente ou apresentam uma leve linguoversão, enquanto os
incisivos laterais superiores apresentam uma inclinação labial e mesial.

Subdivisão: quando a distoclusão ocorre apenas de um lado do


arco dentário, a unilateralidade é expressa como uma subdivisão
de sua divisão.
Classe III - Mesioclusão

Sulco mesiovestibular primeiro molar inferior oclui anteriormente à cúspide mesiovestibular do primeiro molar superior.

Subdivisão: quando a mesioclusão ocorre apenas de um lado do arco dentário, a unilateralidade


é expressa como uma subdivisão.
III.) Classificação de Lischer:

Posições dentárias individuais


Adicionar o sufixo “versão”
Combinação de mais de uma variação 3.) Vesibuloversão      5.) Mesioversão

4.) Linguoversão 6.) Axiversão: alteração da inclinação do longo eixo dentário.


1.)Vestibuloversão   

2.) Mesioversão

11.) Transversão: inversão no


posicionamento do elemento
dentário.

12.) Perversão: indica a


impactação do dente, em geral,
8.) Supraversão 10.) Giroversão    por falta de espaço no arco.
7.) Distoversão
9.) Infraversão
Carie Dentaria

Carie dentaria : processo dinâmico que ocorre nos depósitos bacterianos, resultando em alterações no equilíbrio entre a
superfície dentaria e o fluido da placa que, com passar do tempo, levam a perda de mineral; a etiologia e multifuncional, ou
seja, uma seria de fatores interagindo ao mesmo tempo para causar a doença.

A formação de lesão de carie se inicia na maioria das vezes no esmalte que apesar de ser um tecido acelular, não e um
material inerte na cavidade bucal e sim um sistema químico ativo em constante troca iônica entre seus constituintes e o meio
ao redor.

A hidroxiapatita esta no esmalte na forma de cristais firmemente unidos entre si, apresentam finos espaços intercristalinos,
preenchidos por agua e matéria orgânica ; esses espaços servem como as primeiras vias de difusão primaria para dissolução
acida inicial que resulta na lesão de carie.
A formação da lesão de carie se deve a um desiquilíbrio entre os minerais do esmalte e o fluido que o circunda, onde a
reprecipitação mineral e menor que a perda( processo DES /RE):

D = R temos um equilíbrio

D > R ocorre a desmineralização pronunciada, levando a formação de lesão de carie no esmalte e em casos mais avançados a
formação de cavidade.

D < R os defeitos presentes no esmalte são remineralizados pelos íons presentes

A primeira manifestação da lesão de carie recebe o nome de lesão de mancha branca ou lesão de carie incipiente
Antigamente levavam em consideração apensas as lesões de carie, e não a doença carie como um processo de doença, sendo assim praticava-
se ciclo restaurador repetitivo, onde o paciente era submetido ao tratamento da lesão que posteriormente voltaria com uma lesão secundaria
e etc. Ou seja eles tratavam apenas a lesões e não a etiologia da doença. Hoje entendemos que carie é um doença infecciosa, multifatorial,
fortemente influenciada pelos carboidratos e açúcares da dieta, que consequentemente irão produzir depósitos bacteriano, onde o equilíbrio
entre a superfície dentaria e o fluido da placa sofrem alterações que irão promover a desmineralização do esmalte dental.

Diagnostico de carie envolve três aspectos principais: avaliação do risco de carie; diagnostico de atividade de carie e
detecção das lesões de carie.
Fatores de risco para carie:
Crianças menores de 3 anos:
Aquisição precoce e numero de mutans
Biofilme visível em ICS
Ingestão de sacarose
Nível sócio econômico
Crianças maiores:
Experiência passada de carie
Fatores sócio econômico
Biofilme e dieta
CARACTERISTICA
ATIVA EM ESMALTE :mancha branca, rugosa e opaca.
INATIVA EM ESMALTE:mancha branca, rugosa e brilhante
ATIVA EM DENTINA: tecido amolecido, acastanhado e úmido
INATIVA EM DENTINA:tecido endurecido, marrom escuro ou preta e seco

DIAGNOSTICO DE LESAO DE CARIE

Exame visual e tátil;

A recomendação de um bom diagnostico de carie e a utilização da associação de dois


métodos convencionais - visual e o radiográfico – fazendo com que o clinico consiga
ter um bom índice de acerto.
O diagnostico é feito com a sonda OMS após uma boa profilaxia, isolamento relativo,
iluminar com a luz do refletor, o dente deve estar seco.

O uso de radiografias Interproximais na detecção das lesões em superfície oclusal e


proximal pode ser considerado como um auxiliar ao exame visual.
Região de superfície proximal, colocar um elástico separador de 1 a 7 dias para
promover o afastamento e com o auxilio de uma sonda exploradora suavemente
verificar se há ou não cavidades.
Técnica de controle de comportamento

Comunicação verbal: pode ser definida como a expressão verbal dos procedimentos já a comunicação não verbal corresponde ao reforço
as orientações de comportamento pelo contato, postura , expressão facial e linguagem corporal adequados; é indicado para todo o tipo de
paciente e não possui contra indicações.
Dizer, mostrar e fazer: é indicado para crianças a partir de 2 anos de idade e não possui contra indicações.
Controle de voz: entendido como controle da alteração do volume, tom e velocidade da voz para que se obtenha a atenção e cooperação
da criança ; pode ser utilizado em qualquer paciente, especialmente em crianças acima de 3 anos de idade para estabelecer limites. Contra
indicado apenas para aqueles que são portadores de deficiência auditiva.
Reforço positivo: que é o ato de elogiar o comportamento adequado da criança, deve ser feito após realizar o procedimento odontológico
e não tem contra indicações.
Presença ou ausência dos pais será indica para crianças menos de 3 anos que não possam se comunicar de forma eficiente, crianças
abandonas e as que são super disciplinadas que necessitam de segurança dos adultos.
A presença dos pais não é indicada em caso onde o mesmo encontra-se ansioso e tal atitude ira prejudicar o tratamento . Estabelecer um
dialogo previamente as consultas para evitar eventual transtorno
Contenção física é indicada em casos onde os paciente não são cooperativos imaturos,deficientes físicos não cooperativos e são contra
indicados em casos onde não se consegue conter o paciente com segurança devido a estados sistêmicos ou físicos em paciente
cooperativos e tbm em casos onde já se sabe que o paciente não é cooperativo, pois já tentou essa técnica uma vez e não deu muito certo.
Distração: consiste em desviar a atenção do paciente de sua percepção de procedimentos considerados desagradáveis.
Técnica de modelagem: é a técnica que que consiste em aprendizado pela observação em que uma criança apreensiva assiste outra
criança já condicionada, sendo tratada pelo profissional.
 

 
Aconselhamento dietético em odontopediatria

Papel da AOB ( associação brasileira de odontopediatria) :


Promover dieta balanceada ; Nutritiva ; De baixo risco a carie

CPI carie precoce na infância:


A carie severa na infância corre logo após a erupção dos primeiros dentes decíduos, é uma forma virulenta e agressiva de carie que se
desenvolvendo em superfícies lisas, com progressão rápida e com grave consequências em longo prazo.

Deve-se evitar
Ingestão freqüente de açúcares e outros carboidratos (ex sucos,bebibas acidas)
O uso prolongado dessas substancias são fatores de risco para o desenvolvimento da doença, além do fator de risco a carie, a alimentação onde é
preferencialmente bebidas e lanches açucarados tem sido fator de risco para obesidade.

Bebe ate 6 meses:

Exclusivamente leite materno;A partir dos 6 meses - iniciar o processo de desmame gradualmente ; ate dois anos - remoção total da mamadeira

Alimentação complementar de 1 a 2 anos:


Habilidades motoras – permite segurar talheres, pode sentar-se a mesa durante as refeições
Líquidos em copo ou xícara só depois das refeições
Mais ingestão de alimentos sólidos
Maior a capacidade de mastigação

Alimentação complementar de 2 a 5 anos:


Habilidade motora bem desenvolvida
Já tem preferência por alimentos
Educar quanto aos doces
Comportamento alimentar variável
A AOB orienta:

 Aleitamento natural para os bebes que promove melhor saúde possível e melhor desenvolvimento físico e psiquicossocial

 Educar as pessoas sobre associação do uso requente de carboidratos e caries e seus riscos para a saúde com o excessos no
consumo de carboidrato simples , gorduras , gordura saturada e sódio

Diário alimentar

O diário alimentar é bastante comum na odontopediatria, por meio dele podemos determinar o potencial cardiogênico da dieta e
orientar o responsáveis sobre melhor conduta em relação a dieta ; pedimos para os responsáveis anotar a dieta da criança por 3 dias
consecutivos;

Levar em consideração :

 Frequência de ingestão dos alimentos Nutrientes necessários para uma dieta saudável
 Qual é a frequência da ingestão de sacarose Proteína – carnes e ovos
 Sobre a consistência física Lipedeos – óleos vegetais
 Se tem oportunidade de ingestão –momento Carboidratos- Paes e cereais
 Se há presença de componentes protetores Minerais verduras, castanhas
Vitaminas leite,vegetais e frutas
Grupos de alimentos
CONSTRUTORES :as proteínas interferem no metabolismo do biofilme neutralizando os ácidos

VITAMINAS : estão relacionadas a formação de estrutura ósseas e dos dentes

ENERGETICOS
Lipídeos – diminuem a atividade de carie devido a formação da película protetora
Carboidratos – a sacarose apresenta grande potencial cariogênico , fornece a colonização de microrganismos e aumenta a viscosidade do
biofilme o que favorece a aderência.

Carboidratos amidos quando cozidos se transformam em pequenas quantidades de glicoses


Sacarose+amido = muito mais alimento cariogênico ;Os microrganismos metabolizam os açucares, promove a produção de acido láctico que ira
ocasionar a lesão de carie
Alimentos protetores:
Substitutos do açúcar
eles elevam o pH, faz auto limpeza e estimulam a secreção salivar
são eles: maça, nozes,Queijo branco fresco e pipoca Adoçantes calóricos ( frutose,xilitol,sorbitol,manitol)
Adoçantes não calóricos ( sacarina ,ciclamato, aspartame e stevia)
Proteina caseira + hodroxiapatita– leite e queijo branco
reduz sua solubilidade e dificulta a adesão do entreptococos mutans Açúcar oculto
xaropes, vitamina pediátrica,mel,uva-passa,ketchup/mostarda
salgadinhos
Diet ideal
3 refeicoes principais
2 ou 3 lanches por dia
Açúcar preferencialmente disponibilizado nas refeições principais como sobremesa
evitar consumo de doces a noite, evitar alimentos pegajosos que aderem na superfície dental e são difíceis de remoção
Consumir mais alimentos mais duros e fibrosos que promovem maior salivação e estimulam o desenvolvimento harmonioso dos dentes

Orientação de higiene oral infantil

Escova compatível com o tamanho da boca; cabo deve ser grande; cerdas devem macias;
modificação na escova se necessário ( adaptação) para melhor higiene do primeiro molar permanente
Tipo de creme dental – mais de 1100ppm
Quantidade de creme dental :usar um grão de arroz para crianças que não sabem cuspir;
usar um grão de ervilha para os maiores que sabem cuspir.
Posição de starkey o resposavel se posiciona posteriormente a criança e auxilia na escovação

Técnica de escovação
Fones ate 7 anos

idade pré ecolar,para os que tem menor habilidade, técnica relativamente fácil associada a posição de starkey ( criança e responsável em pé;
criança de costas com a cabeça apoiada e voltada para trás; visão direta; responsável escova com uma das mãos e com a outra afasta lábios
e bochechas)
movimentos circulares abrangendo a gengiva na vestibular,lingual/palatina
movimento Antero-posterior na oclusal
Stillman modificada acima dos 7 anos
maior idade escolar
maior habilidade
movimento de rotação escova
supervisão dos pais
movimento de cervical e oclusal nas superfícies lisas, com vibração no ponto de contato
movimento Antero posterior na face oclusal

Técnica de bass
idade escolar/adolecentes acima dos 7
maior habilidade
cerdas posicionadas no ângulo de 45 graus no sulco gengival
movimentos Antero-posterior na oclusal

Utilizar corantes como forma de evidenciação de placa bacteriana

Fio dental: indispensável; permite o acesso ao flúor; remove o biofilme cervical; técnica loop ; método da alça.
Importância do selamento de fossulas e fissuras na prevenção de carie dental

Os selantes são indicados para prevenção da carie em superfícies oclusais hígidas , e para melhor efetividade como medida preventiva para
controle de caries oclusais principalmente em crianças em idade escolar.

Selantes são resinas fluidas capazes de escoar pelas fossulas e fissuras, que penetram nos microporos do esmalte condicionado pelo ataque
acido, constituindo uma barreira mecânica que isola a superfície dental de fatores cariogênicos .

Finalidade: isolar fisicamente a superfície oclusal de molares e pré-molares do meio bucal, preservando a saúde bucal, preservando a saúde
dentaria numa das superfícies mais expostas.

Com a liberação de flúor pelos selantes, há incorporação pelo esmalte subjacente assim se houver destacamento do selante ,haverá proteção
do esmalte

  Técnicas de selamento de fossulas e fissuras

Quando comprovada que a face oclusal não possui lesão de carie, a técnica não invasiva pode ser indicada, considerando-se risco de carie e
tempo que o dente se encontra na boca; nessa técnica indica-se sistemas adesivos ou selantes sem carga. Na duvida da existência de carie,
deve-se optar pela técnica invasiva, a qual permite melhor visualização da presença da lesão , neste caso como opção de material para o
selamento será´ selante com carga ou adesivo associado ao selante.
Técnica não invasiva: realiza-se profilaxia e o isolamento absoluto. Aplica-se o selante sobre as áreas de cicatrículas e fissuras sem o preparo
mecânico, ou seja, onde na superfície dentaria não há lesão de carie.
Técnica invasiva: a mais empregada em áreas onde se suspeita de carie, onde o dente escolhido possui cicatrículas e fissuras escurecidas; numa
região com suspeita de carie ; após a profilaxia e o isolamento absoluto, emprega-se uma ponta diamantada com limite em forma de ponta de
lápis, bastante útil para desgaste do esmalte, favorecendo a penetração do selante.
Utilização do ionômero de vidro em odontopediatria

Dentre as propriedades do ionômero de vidro se destaca a adesividade a estrutura dental, o coeficiente de expansão térmica linear semelhante ao dente a
biocompatibilidade e a liberação de flúor.

Indicações de ionômero de vidro na pratica odontopediatrica :

Adequação do meio bucal - Destacando-se entre elas seu uso para selamento de cavidades durante a etapa de adequação do meio bucal, afim de
promover a redução da atividade cariogênica pois promove um adequado vedamento na interface do dente/ restauração e dificulta infiltração marginal.
Tratamento restaurador atraumático (ART)- um sistema de controle de carie dental desenvolvido sem necessidade de todo o equipamento tradicionalmente
usado na odontologia; para realizar essa técnica são necessários poucos instrumentais, dentre eles estão espelho bucal; sonda exploradora; pinça clinica;
colheres para dentina e
outros para manipulação e inserção do cimento de ionômero de vidro, geralmente não realiza anestesia ;remove somente a dentina desorganizada;
isolamento relativo; remoção manual da carie com colher de dentina.
Selante de Fossas e fissuras – embora a retenção desse material seja inferior a dos selantes resinosos a capacidade desse material na prevenção de
lesões de carie parece não ser afetada, uma vez que o ionômero permanece retido na profundidade das fissuras mantendo a capacidade de ação
química por meio da liberação de fluoretos.
Forramento/ base de restauração – Em virtude de sua capacidade de promover um bom selamento marginal e de proteger o remanescente dentário
e o material de escolha para base de restaurações de amalgama de prata e resinas composta.
Restauração – o cimento de ionômero de vidro modificado por resina e considerado o material de eleição em determinadas situações em
odontopediatria em função de suas propriedades satisfatórias e por permitir a confecção de um preparo mais conservador. Os materiais indicados
para restaurações de cavidades tipo I conservadoras são os cimentos reforçados por prata e modificados por resina porque apresentam maior
resistência frente a esforços mastigatórios; Classe II de pequena e media extensão CIV modificados por resina são o material de escolha; Classe III a
liberação de flúor na região de ponto de contato e o principal fator que indica o uso do ionômero ; cavidades Classe V pode ser utilizado na etapa de
adequação do meio bucal pois essas lesões se manifestam com grande frequência em pacientes com carie de mamadeira.
Amalgama aderido – como vantagem nessa técnica destaca-se redução da micro infiltração e sensibilidade pós- operatória ; redução de fraturas
marginais; melhor retenção da restauração.
Cimentação - o ionômero também e utilizado na cimentação de coroas de aço cromado e bandas ortodônticas de mantenedor de espaço.
Uso de fluoretos em odontopediatria.

Concentração de 0,70 ppm de flúor e considerado uma concentração ótima na agua da maioria das cidades brasileiras; seu efeito e tópico e não sistêmico.

Mecanismo de ação do fluoreto no controle da carie dentaria

A grande ação do Flúor no controle da carie esta na capacidade de ativar a precipitação de minerais perdidos pela estrutura dental.

Ou seja, através do íons cálcio e fosfato presentes naturalmente na cavidade oral e a associação do mineral fluorapatita, o flúor presente no fluido do biofilme
dental e capaz de repor parte dos minerais que foram perdidos durante a produção de ácidos no biofilme

Em resumo o flúor ativa a mineralização reduz a desmineralização

EFEITO BIOLOGICO DA INGESTAO DE F

Fluorose é uma hipomineralização que, junto com a ação da desidratação dos dentes é possível sua vizualização, onde o aspecto branco e opaco do esmalte
perde sua translucidez
Em casos de hipomineralização mais severa, pela estrutura dental apresentar-se mais porosa,pode haver pigmentação por exposição de alimentos com
corantes.

Fluorose é um distubio da maturação do esmalte em formação e é irreversível. Apenas os dentes em formação podem sofrer fluorose
O PERIODO DE MAIOR RISCO DE FLUOROSE NOS DENTES ANTERIORES SUPERIORES É DE
20 A 30 MESES.
OS PRE-MOLARES SÃO OS MAIS ACOMETIDOS POIS SUA MINERALIZAÇÃO OCORRE POR VOLTA DOS 2ANOS E SE ESTENDE ATÉ OS 7 ANOS.

Fluorose é um efeito sistêmico do F presente no sangue, portanto dentes homólogos e formados no mesmo tempo como incisivos e primeiros molares podem
apresentar a mesma alteração.
A FLUOROSE É CAUSADA PELO FLUORETO CIRCULANTE NO SANGUE ou seja È A CONCENTRAÇÃO TOTAL DE FLUOR NO SANGUE QUE É RESPONSAVEL PELA
FLUOROSE, e NÃO OS ALIMENTOS E O USO DE DENTIFRICIO.
O efeito da flúorose não é celular, ele age na matriz do esmalte inibindo a reabsorção de proteínas, e esse efeito ocorre nos estágios finais da mineralização do
esmalte nos espaços entre cristais e prismas do esmalte em função da dosagem de F e seu tempo de exposição.

Esmaltes com fluorose são mais porosos ,mais não são suscetível a carie, somente quando houver fluorose severa onde há perda de estrutura dental que ira
facilitar a aderência de biofilme dificultando sua remoção.

Em casos de fluorese por ingestão de água é por que sua concentração na água esta 2x superior ao ótimo. Acima de 0,7 ppm.

A aplicação de flúor não ira agravar a fluorose e nem causar fluorose, visto que a fluorose ocorre apenas quando o esmalte esta em sua formação final. A
aplicação de flúor deve ser feita sim, em pacientes com risco de carie como prevenção.

Uso do flúor na clinica odontopediatrica.

O efeito do flúor se dar através da escovação no ato de remover parcial ou totalmente o biofilme dental e a ação físico-quimica do flúor no processo de carie, pois
ele não só inibe a desmineralização ele ativa também a mineralização do esmalte e da dentina. Ou seja o flúor em conjunto com a ação mecânica promove
melhor eficácia contra remoção e desorganização do biofilme e prevenção de carie.

A escovação noturna é 30% mais eficaz por conta do baixo fluido salivar que diminui a lavagem de íons.

O flúor não evita carie, apenas reduz a manifestação da doença, mas para o seu melhor efeito anticarie deve se escovar os dentes com dentifrício fluoretado e
fazer uso de açúcar com disciplina.

Uso do flúor deve ser pela vida inteira devido o seu efeito tópico

O efeito do flúor não esta limitado na água em que bebemos.. ao cozinhar tbm tem a porcentagem de flúor ideal que precisamos no dia. Sendo assim ao
comer estaremos fazendo uso do flúor.
Indicação clinica
O uso de dentifrício é recomendado universalmente.
Principalmente uso infantil, quando a limpeza e dependente dos pais e o comportamento da criança muitas vezes não é do tipo colaborador. Nestes casos o
uso de dentifrício fluoretado esta indicado independente da idade, desde que seu uso seja racional.

As lesões cariosas desenvolvem muito mais rápido em dentição decídua do que na permanente, sendo assim a evolução da doença no decíduo é muito mais
rápida , a espessura do decíduo a espessura do esmalte é menor portanto expõem a dentina aos ácidos bacterianos fazendo com que produtos não
cariogênicos como o leite, sejam capazes de desmineralizar a dentina.

Caries de estabelecimento precoce na infacia são chamada de ( rampantes ou de mamadeira) são agravadas pelo uso de sacarose sem limites.

A frequência de uso de dentifrício fluoreto deve ser de 2 a 3x por dia, e é imprescindível que esse seja utilizado com extrema importância na fase de erupção
dos primeiros molares permanentes, assim reduzindo o risco de desenvolvimento de lesões cariosas, durante essa fase de alto risco.

Baixa concentração de flúor no dentifricio

A quantidade de ppm contida no dentifrício devera ser considerada a atividade de carie do paciente.
ex: paciente que controlam a carie, a efetividade de 500ppm será igual a de 1100ppm. Mas esse tipo de uso são para casos isolados
Mas somente o dentifrício que contem 1100ppm mostra se eficaz quando o uso é frequente.

Riscos
A fluorose é ocasionada eventualmente quando as crianças ingerem dentifrício e na alimentação, quando esta na idade de alto risco para fluorose que é o
tipo de fluorose leve.
RECOMENDACOES DE USO DE DENTIFRICIOS FLUORETADOS CONSIDERANDO O RISCO DE FLUOROSE
não se deve recomendar o uso de dentifrício não fluoretado em crianças de alto risco a desenvolver a fluorose, pq assim estaremos privando o efeito
preventivo do flúor.
Lembrando que a fluorose não se da apenas pelo uso de dentifrício com flúor ou com agua fluoretada, existem outros fatores relacionados para causar a
fluorose.
Sendo assim o uso de dentifrício fluoretado deve ser constante e racional

O dentifrício não fluoretado possui sabores agradáveis que pode estimular a ingestão pelas crianças

Tabela
idade – 12 meses com uso de 0.1g semelhante a um grão de arroz, dose diária de 2 escovação
72 meses ( 6 naos ) uso de 0,3g semelhante a um grão de ervilha, dose diária de 2 escovacao

Dentifrício deve conter no mínimo 1000ppm

Soluções para bochecho indicado para pacientes com risco de carie, o mecanismo de ação dos bochechos com flúor é o mesmo do dentifrício fluoretado,
porem não envolve ação mecânica na remoção do biofilme – por não ter enxague após o uso de soluções fluoretadas, a concentração de fluoreto na saliva
no fluido do biofilme aumenta e permanece acima dos níveis basais por cerca de 1 a 2 hrs, sendo assim, o fluoreto permanece na cavidade oral para agir
nos fenômenos des -re.
Deve-se ficar atento ao risco do uso por crianças que não sabem expectorar levando a uma ingestão inadvertida podendo haver uma intoxicação com
sintomas de vômitos, mal estar e diarréia.
USO DO FLUOR NO CONSULTORIO ODONTOLOGICO

É uma aplicação tópica profissional como: vernizes ou espumas fluoretados, soluções aquosas e géis. Todos eles tem como objetivo formar um
reservatório de fluoreto na superfícies dental, para que seja liberado lentamente e interfira no processo de des-re

Os produtos com géis e espumas são mais reativos com a estrutura dental.
Vernizes fluoretados apresentam maior concentração de fluoreto, porem é inativo com a superfícies do dente, mas permanecem por mais
tempo na cavidade oral do que os géis e espumas.
A recomendação da aplicação é de 4 minutos, mas 1 minuto de aplicação também é eficiente.

Para a aplicação os dentes devem estar limpos e secos garantindo maior aderência na superfícies dental.

Sempre direcionar a aplicação nas faces onde há risco eminente, sendo mais indica para áreas de alto risco como terço cervical dos dentes.

A APLICAÇÃO DE FLUOR É UM MEIO COMPLEMENTAR PARA OS PACIENTES QUE NÃO CONSEGUEM CONTROLAR O PREOCESSO DE CARIE ,
FAZENDO PARTE ENTAO DO PROGRAMA PREVENTIVO, A APLICAÇÃO É FEITA DE 3EM3 MESES ( NÃO É OBRIGATORIO)

O DENTIFRICIO FLUORETADO E A AGUA, SÃO RECOMENDADOS PARA TODOS, MAS AS DEMAIS FONTES DE FLUOR,DEVE-SE ANALISAR CASO A
CASO, RECOMENDANDO APENAS EM CASOS DE ALTO RISCO OU ATIVIDADE DE CARIE NO PACIENTE.

OUTRAS OCASIOES REMONDA-SE O USO DE FLUORETOS EM : PACIENTES COM DISPOSITVOS ORTODONTICOS, MOLARES DECIDUOS DEVIDO A
DIFICULDADE DE HIGIENIZAÇÃO.
Princípios Biomecânicos

Ancoragem – elementos que oferecem a movimentação, quando submetidos a aplicação de força de tração ou pressão.

Modelo de trabalho – gesso pedra

Modelo de estudo – gesso comum

Força de ação – pressão

Força de reação – dispersão (resina acrílica)

A base acrílica pega a força e distribui para os outros dentes a força de reação diminuindo a força de ação, havendo uma dissipação de forças.

Ancorragem efetiva – maior área de apoio possível (maior quantidade de dente possível, utilizando a maior área basal possível)

Dentes - envolver o maior numero de dentes recobrindo as faces linguais até o nível oclusal e distal do último dente posterior do arco.

Aplicação de força pressão exercida sobre os dentes a serem movimentados ( ex ativação de uma mola)

Ação de Mola Simples em “L”

Tipo de ativação – angular

Com a ativação a mola entra com pressão para fazer a força necessária sendo amenizada pela base acrílica (ancoragem)

Qual a tendência natural do fio?

Abrir e empurrar o dente para vestibular

Dente todo para vestibular , após segurar a elicóide e deslocar um pouco para cima, pega a alça e levantar a 45 graus formando um angu;o de 90
graus.
Ação da mola

Movimento composto : arco de hawley ( também impede qualquer movimentação indesejada e ainda limita o quanto o dente devera ser movimentado); e
mola digital.

Ativação sempre pensando no comportamento do fio incorporado na mola.

Elementos de fixação

 Base acrílica : estabilização dos dentes


 Grampos
 Arco vestibular de hawley
 Acessórios de apoio e estabilização  

Fixação ou retenção

É o principio pelo qual os aparelhos removíveis são mantidos em posição.

Segundo a área de retenção, os grampos podem ser classificados em:

Grampo de retenção unitária, que se apoiam em um único dente Ex: grampo circunferencial ou em “C”
Grampos interproximais, que utilizam como área retentiva o espaço interproximal (espaço entre dois dentes) Ex: grampo auxiliar ou de Stahl
Grampos de retenção em grupo, que utilizam vários dentes ao mesmo tempo com área retentiva Ex: arco vestibular de hawley.
Grampo circunferencial ou em “C”: muito utilizado em molares permanentes e decíduos ; contorna a região cervical vestibular dos dentes, vindo em
geral de mesial para distal, terminando próximo ao espaço interdental distal.
Grampo auxiliar ou de Stahl: utilizado entre pré-molares ou molares decíduos, quando a superfície vestibular não oferece retenção adequada como por
exemplo dentes curtos ou parcialmente irrompidos.
Grampo duplo em gota: utilizado em molares permanentes pouco irrompidos e com razoável distância mésio distal.
Grampo de Adans: Oferece bastante retenção, é utilizado em molares superiores e inferiores permanentes e decíduos.

Acrilização, acabamento e polimento dos aparelhos ortodônticos removíveis.

Definição: a base acrílica tem por função envolver as partes retentivas dos elementos de fixação e dos elementos de aplicação de força; tem também
função de ancoragem através da adaptação de suas extremidades aos elementos dentários e mucosa.

Acabamento:

 Delimitar a área chapeável ; desgastar excessos grosseiros da resina (extremidades dos aparelho); brocas do tipo maxicult em baixa rotação (peça
de mão reta); espessura uniforme ( lamina de cera 7)
 Angulação 45 graus
 Extensão interproximal base acrílica contato total; 45 graus da superfície lingual.
 A resina não apresenta nenhum tipo de ângulo entre o dente e a a superfície lingual.
 2 regiões distintas : Área de contato(dentário); Bisel tecidual(gengival)
 Na parte interna do aparelho só faz o polimento e não acabamento.
 Segurar apenas em uma das extremidades .

Requisitos:

 Broca menor para desgastar área de maior detalhe


 Espessura semelhante a lâmina 7
 Arredondamento das bordas
 Alívio de freios e bridas
Acabamento sequencia:

 Tiras de lixa
 Mandril (baixa rotação)
 Regularizar a base acrílica
 Nenhum tipo de ranhura(riscos)

Polimento

Checar: Base acrílica livre de qualquer ranhura ou qualquer excesso de material; pedra pomes com escova de pelo duro e agua em velocidade lenta e
movimentos intermitentes; branco de espanha com escova de feltro.

Cuidados: Super aquecimento e desidratação da resina; polimento da parte interna realizdo normal; apreensão do aparelho e grampos ( prender nas escovas
deslocando a posição)

Depois branco de espanha e disco de feltro molhado, velocidade rápida, movimentos intermitentes, pressão leve

Aparelho lavado – escova e sabão para remover resíduos

Imerso com agua e sabão 24 horas para eliminação de monômero residual.

Aparelho removível mantenedor de espaço

Definição : os mantenedores de espaço são aparelhos passivos que se estendem as zonas onde há perdas precoces de dentes decíduos.

Indicações: sempre que se perde um ou mais dentes decíduos antes do tempo predispondo má oclusão; na região anterior deve-se utilizar o aparelho estético
funcional e na região posterior utilizamos os funcionais.
Requisitos básicos:

Permitir fácil higienização e não reter alimentos


Manter as dimensões do dente ausente
Restabelecer as funções do dente ausente
Ser leve e o mais resistente possível
Não comprometer os dentes de apoio mediante a aplicação de tensão excessiva sobre os mesmos
Sua construção não poderá intervir no crescimento e desenvolvimento normal e impediras funções de mastigação, fala e deglutição.

Sequencia de construção:

Moldagem e obtenção de modelo


Planejamento do aparelho
Recurso de ancoragem: delimitação de área chapeável
Recurso de fixação – grampos circunferenciais de mesial para distal nos primeiros molares inferiores permanentes e segundo molar inferior esquerdo
decíduo ; Grampo circunferencial de distal para mesial no primeiro molar inferior direito decíduo.
Construção dos recursos de fixação
Acrilização ,acabamento e polimento.

Aparelho removível recuperador de espaço e redutor de diastema anterior

Definição: dispositivos dinâmicos com finalidade recuperar espaços nos casos em que o diâmetro mésio distal destinado ao dente permanente em fase de
erupção foi perdido parcialmente, ou de reduzir o espaço excessivo entre os dentes em um ou mais pontos de contato.

Casos com perca de dimensão mesio distal


Indicações: indicados em casos que ocorreu a perda precoce de dente decíduo e o espaço destinado ao dente permanente foi ocupado parcialmente
pela inclinação dos elementos dentários adjacentes. É indicado o aparelho redutor de diastemas quando estes foram causados pela inclinação incorreta
da coroa dos dentes anteriores .

Sequencia de construção:

Moldagem e obtenção de modelo


Planejamento do aparelho
Recurso de ancoragem: delimitação da área chapeável
Recursos de fixação:

Grampos circunferenciais de mesial para distal no primeiro molar permanente superior esquerdo.

Grampos circunferenciais de mesial para distal nos primeiros molares superiores decíduos.

Recursos de aplicação de força; mola digital com helicoide para distal contornando a face distal dos incisivos centrais superiores; mola digital com
dupla alça, justaposta a mesial do primeiro molar permanente superior direito, com a dimensão aproximada da distância vestíbulo lingual deste
elemento dentário .
Construção dos recursos de fixação
Construção dos recursos de aplicação de forças

Radiografia em clinica infantil

Periapical modificada anterior:

Superior – ponta do nariz; incidência mais ou menos 40 graus

Inferior- sínfise mentoniana


Miller winter

Para localização de alterações patológicas no sentido vestíbulo lingual da mandíbula

Duas tomadas: periapical + oclusal

Técnica de Clark

Localizar supranumerário; dentes inclusos; cistos; odontomas; tumores

Duas tomadas: modificação da angulação horizontal

Importante

Se o corpo estranho acompanhar o desvio do raio x a ele esta por palatina.

Se o corpo estranho não acompanhar o desvio do raio x a ele esta por vestibular.

Se não houver mudança da posição do dente ou do corpo estranho entra as duas radiografias, é porque o dente deverá estar numa posição intermediária. O
clínico deverá marcar as radiografias para distinguir a primeira da segunda.

Técnica interproximal (diagnóstico de cárie)


Dentição mista: Periapical região anterior superior + duas Inter proximais .
Protocolo clínico
Dentição mista/ tratamento: Periapical do dente envolvido
Dentição decídua / tratamento:
Proteção as radiações
Periapical do dente envolvida
Baixo tempo de exposição a radiação (filme ultra rápido)
Dentição decídua /prevenção Rigor na técnica
Periapical modificada região anterossuperior + 2 interproximais Uso de protetor de tireóide
Uso de avental de chumbo
Resumo de pediatria 7º Semestre
Etiologia (causa) das maloclusões
É importante que se saiba a causa (Multifatorial), pois primeiro eliminamos a causa para depois tratar a maloclusã o, e assim obter
sucesso no tratamento.
Histó rico das Classificaçõ es

Existem vá rias porém a mais utilizada é a de Graber (1996) pois é a mais fá cil de ser entendida e mais estudada, ela é dividida em dois
fatores principais:
 Fatores extrínsecos ou gerais (genética, síndrome, comportamental, deficiência de vitamina e etc)
 Fatores intrínsecos ou locais ( dentro da cavidade bucal ex. lesõ es cariosas, dentes supra numerá rios e etc)

Fatores Extrínsecos:
Hereditariedade

Características familiares (genética); padrã o de crescimento facial; miscigenaçã o (mistura de raças).

Dolicofacial – padrã o de crescimento vertical (face longa, tendência a mordida aberta, mais difícil para tratamento pois a maior
parte das mecâ nicas ortodô nticas aumentam o terço inferior da face; masseter bem estreito; parte esquelética o â ngulo do ramo
mandibular é bem aumentado).
Braquifacial – padrã o de crescimento horizontal ( masseter bem desenvolvido; tendência a bruxismo devido a musculatura muito
forte ; parte esquelética o ramo mandibular é mais quadrado ; trespasse vertical aumentado podendo apresentar sobremordida).
Mesiofacial – cresce proporcionalmente (rosto mais quadrado; melhor para tratamento, masseter menor; parte esquelética
â ngulo do ramo mandibular é mais normal).

Sã o três principais raças mundial (miscigenaçã o):

Raça negra – Lá bios espessos; perfil biprotuso; â ngulo nasolabial mais fechado

Caucasianos ou leucoderma- Angulo nasolabial mais aberto ; perfil mais reto;

Asiático (raça amarela)- â ngulo nasolabial mais aberto; certa retrusã o maxilar; malar (osso zigomá tico)é retruido.

Defeitos congênitos (nasce com o problema normalmente hereditá rio) 

1. Fissuras labiais, lá bio palatina ou palatina -Falta de coalescência entre os processos faciais embrioná rios e os processos
palatinos

2. Disostose Cleidocraniana -Agenesia / aplasia da clavícula; transmissã o hereditá ria dominante; retardo / ausência da erupçã o
dos dentes permanentes ; dentes supranumerá rio; retençã o prolongada do dente decíduo; muitas vezes é preciso tracionar o
dente permanente.
3. Displasia ectodérmica – Hereditá ria; alteraçõ es de duas ou mais estruturas anatô micas derivadas do ectoderma: cabelos finos
e escassos, ausência de glâ ndulas sudoríporas, ausência dentaria, densidade reduzida de sobrancelhas e cílios , unhas
quebradiças; dimensã o vertical reduzida devido a ausência dentá rias (aspecto de velho).
4. Síndrome de Pierre Robin – Hereditá ria; micrognatia mandibular(mandíbula muito retraída);gossoptose (língua localizada
muito para posterior); fissura palatina.
 
5. Microssomia Hemifacial – Hipoplasia do cô ndilo e/ ou ramo da mandíbula, apenas de um lado da face.
Fatores Ambientais
1. Pré natais – Postura fetal anormal ; fibromas uterinos.
2. Fratura condilar acidental / anquilose condilar – fó rceps; limitaçã o de abertura bucal; desvio mandibular.
3. Milwaukee Brace – Escoliose da coluna vertebral, restringe crescimento do terço inferior da face ; diastemas entre incisivos
superiores e sobremordida profunda.

Enfermidades

4. Endocrinopatias – Acromegalia produçã o hormonal exagerado pela hipó fise (paciente cresce muito); maior secreçã o do hormô nio do
crescimento mandibular na idade adulta ; maloclusã o de classe III.
5. Tumores – Lipoma na regiã o facial.
Deficiências Nutricionais
Raquitismo (carência de vitamina D); escorbuto (carência de vitamina C);pode levar alteraçõ es na sequência de erupçã o dos dentes;
alteraçã o na formaçã o de dentina e esmalte.
 Há bitos Bucais viciosos
6. Há bitos de Sucçã o nã o-nutritiva – normal nas primeiras fases do desenvolvimento; necessidade emocional; 30 a 60% das
crianças (sucçã o digital até 2 anos com diminuiçã o posterior); normal até aproximadamente 4 e 5 anos ; chupeta ortodô ntica é
mais indicada pois causa danos que a chupeta normal ; pode causar mordida aberta anterior e mordida cruzada posterior
bilateral;
Triade de Graber:
 Frequência (quantas vezes ao dia)
 Duraçã o (por quanto tempo)
 Intensidade ( força aplicada na sucçã o)
Tratamento multidisciplinar: Tentativa de eliminaçã o precoce do há bito antes de 4 anos.
2. Deglutição Atípica – depois dos 6 anos perpetuação da deglutição infantil; a língua se interpõe para anterior para conseguir o
selamento anterior; a consequência da deglutição atípica é a mordida aberta anterior e diastemas entre os incisivos.
3. Respiração bucal – ocorre devido a uma obstrução das vias aéreas; paciente apresenta olheiras; aspecto cansado ; face mais
alongada; ausência de selamento labial; narinas estreitas ; palato profundo e atrézico; pode apresentar mordida cruzada posterior e
mordida aberta anterior ; encaminhar ao otorrino e depois trata a mordida cruzada.

Acidentes e traumatismos

Fatores Intrínsecos (locais):


 Anomalia de número – número de dentes (menos dentes ou mais dentes) ex. dentes supra numerários ( maior estimulo da lâmina
dentária ou dicotomia do germe dentário , pode aparecer tardiamente tratamento - exodontia ); mesiodente ( é o dente supra
numerário mais comum; localizado na maxila ; aspecto conóide ; na altura da linha média entre os incisivos centrais superiores; pode
levar a impacção do dente permanente ou diastemas entre os incisivos centrais; é indicado a extração do mesiodente).
 Ausências dentárias – Agenesia (ausência congênita de um ou dois dentes;
Anodontia ( ausência de todos os dentes ; mais raro)
Holigodontia (ausência de vários dentes)

Prevalência 3º molares superiores;3ºmolares inferiores; ILS; 2ºpré molares inferiores; 2ºpré molares superiores; Incisivos inferiores

 Anomalia de tamanho – Macrodontia (dente maior no sentido mesio distal; causa apinhamento no arco ; normalmente ICS e molares)
Microdontia ( dente menor na coroa mais a raiz tem o tamanho normal; geralmente ILS e
molares superiores; pode causar diastemas no arco )
 Anomalia de forma – Dente com forma diferente ex. dente conóide; geminação (tentativa de divisão do germe dentário ;coroa bífida;
raiz e canal radicular únicos; tentar fazer o desgaste interproximal e restabelecer a anatomia com resina); fusão (dois germes que se
uniram; dois canais radiculares; a fusão pode ser completa ou apenas de coroa); concrescência (mais rara; quando acontece a união
de dois dentes pelo cemento; mais comum no 2ºe 3º molares superiores), pérola de esmalte.
 Cistos e Tumores odontogênicos – Odontôma (prevalência relativamente alta dentro das má formação benignas20 a 30 % dos tumores
odontogênicos; geralmente se forma na região anterior de ICS; odontôma composto(formato de dente); odontôma complexo (amorfo
sem forma); causa a impacção do dente permanente; deve ser extraído )
 Freio labial atípico – as fibras do freio se mantem entre os incisivos; quando tracionado o lábio tem uma isquemia da região do rebordo
alveolar, pode causar diastemas; faz o fechamento dos diastemas depois remoção cirúrgica da inserção do freio; o ideal pra fazer esse
fechamento é após a erupção dos incisivos e caninos superiores.
 Perda precoce dos dentes decíduos – pode ocorrer devido a cárie e trauma; quando a perda ocorre antes do estágio 6 de nola (retarda
a erupção do dente permanente; utilizar o aparelho mantenedor de espaço); se a perda ocorrer entre o estágio 7 e 8 (acelera a erupção
do dente permanente; pode ocorrer fechamento precoce de ápice); a conduta vai depender de qual dente foi perdido:
Perda dos Incisivos decíduos – pode ocorrer devido a caries múltiplas; trauma ou reabsorção por discrepância ósseo dentária( devido ao
tamanho mesio distal do incisivo central leva a avulsão do IL); conduta instalar aparelho mantenedor de espaço com dente de estoque.
Perda prematura de caninos decíduos – pode ocorrer devido a cárie e erupção do incisivo lateral permanente( quando o IL é muito grande
geralmente esfolia o canino decíduo); perda do perímetro e comprimento do arco, diminuindo o espaço; quando ocorre no arco inferior
aumenta o trespasse horizontal.
Perda prematura de molares decíduos – causa principal cárie ; diminuição do perímetro e cumprimento do arco; alteração do alinhamento
dos dentes permanentes; inclinação dos dentes adjacentes; extrusão do dente antagonista; impactação dos dentes permanentes; a perda é
pior quando ocorre no arco inferior; conduta instalação do mantenedor de espaço.
 Perda dos dentes permanentes – pode ser causado por cárie, trauma ou doença periodontal;perda do perímetro do arco; inclinação dos
dentes adjacentes; extrusão do antagonista; problemas periodontais.
 Retenção prolongada dos dentes decíduos – causas: anquilose dos dentes decíduos; ausência do dente permanente – consequências:
Erupção tardia, ectópica e falta de erupção ou retenção do dente permanente.
 Erupção tardia dos dentes permanentes
 Guia de erupção anormal (erupção atópica)
 Anquilose dentária
 Cárie dentária
Plano de tratamento em odontopediatria
 Bases para elaboraçã o do plano de tratamento:
 Anamnese
 Exame clinico
 Exame radiográ fico
 Analise do diá rio alimentar Exame físico:
 Analise do mapa de higiene bucal
Colher o maior nú mero de dados possíveis
 Analise de modelos
 Documentaçã o ortodô ntica (RX panorâ mico) Observar: alteraçã o de cor, aumento de volume .
Anamnese: Escutar: dor ; queimaçã o.
 Autorizaçã o
 Dados pessoais
 Quem cuida da criança
 Comportamento psicoló gico
 Problema de saú de
 Reaçã o alérgica: medicamentos; alimentos ; insetos; anestesia...
 Medicamentos em uso
 Há bitos
 Higiene bucal: quantas vezes por dia ?quando? quem escova?
 Fio dental: quando? Quem passa?
 Trauma: como? Quando?onde? qual dente?
 Outras informaçõ es
Exames complementares:

Radiográ ficos e laboratoriais

Exame radiográ fico:

Dentição decídua :2 Inter proximais + periapical modificada anterior superior ou oclusal modificada.

Dentição mista ou permanente: 2 inter proximais

Periapicais: Dor; edema; trauma; lesõ es profundas; exodontia e terapia pulpar.

Panorâmica: Suspeita de alteraçã o apó s radiografias periapicais; ortodontia ;pacientes aos 5anos germes dos dentes permanentes.

 Obedecendo uma sequência logica

Fase Sistêmica
Etapa preventiva
Fase Preparatória Prova
Etapa de adequação do meio

Restauradora
Fase corretiva
Ortodôntica

Fase de manutenção
Urgência
Situações de emergência – limitado a observação dos sinais e sintomas que levem ao diagnóstico preciso, ao tratamento
adequado Indicado e a resolução da queixa principal ex. Trauma

Fase Sistêmica
• Avaliação médica
• Avaliação com outro profissional da área
• Pré tratamento
Fase Preparatótria
Etapa preventiva
Educação – controle de placa (profissional); orientação de higiene bucal; orientação para prevenção de dieta cariogênica,
aplicação de fluoretos e cariostáticos ( se julgar necessário), selantes oclusais.

Aplicação tópica de Flúor

SEM atividade COM atividade


Dentifrício fluoretado Dentifrício + aplicação
tópica de flúor profissional
Selantes oclusais ( só para fóssulas e fissuras promove uma barreira mecânica)
Considerações a fazer antes do selamento (avaliar)
Alto risco de atividade de cárie ; sulcos profundos isolamento absoluto possível (selante resinoso) se não for
possível isolamento(CIV) .
1º molar permanente em erupção
Com mancha branca – escovação diferenciada ; profilaxia profissional; aplicação de verniz fluoretado; selamento com CIV.
Hígido – Escovação direcionada; profilaxia profissional; aplicação de verniz fluoretado (se necessário).

Adequação do meio
Tamponamento de cavidades abertas (que não tem comprometimento endodôntico), Exodontia e Endodôntia.
Diminuição de microrganismo ; cárie(doença, lesão, janelas de infecção); Selamento ( tamponamento e vedamento
provisório de cavidades, curetagem superficial + CIV; cavidades sem suspeita de envolvimento pulpar);

OBS: Dentes que não tem envolvimento endodôntico(fazer curetagem e tamponamento com CIV) ; Exodontia (especificar
o dente) ; Endodontia (especificar o dente).

• Enquanto não houver colaboração do paciente não passamos para a próxima etapa
• Tratamento reabilitador só deve ser indicado quando o paciente e o núcleo familiar estiverem preparados e conscientes

Fase corretiva

Etapa restauradora – Restaurações; próteses cirurgias programadas (retenção prolongada, indicação


Ortodôntica, frenectomias, supranumerários, uléctomias e odontomas)
Etapa ortodôntica - Tratar, aguardar ou encaminhar. Momento oportuno – final da fase restauradora

Fase de Manutenção

O período de retorno depende do risco: Alto índice de risco – retorno 1 mês


Baixo risco – 3 meses
Muito controlado – 6 a 8 meses

O que é cárie?
Processo dinâmico que ocorre nos depósitos bacterianos, resultando em alteração entre a superfície dentária e o fluído
da placa que com passar do tempo, levam a perda de mineral.
Etiologia – É multifatorial ou seja uma série de fatores interagindo ao mesmo tempo para causar a doença.
ICDAS (Sistema Internacional para Avaliação e Detecção de Cárie)
Cárie – doença multifatorial causada pelo desequilíbrio entre os fatores de saúde/doença *Dieta ;*Biofilme bacteriano

Fatores primários
Saliva; açúcar; dieta; capacidade tampão; espécies microbiana; flúor
Fatores secundários
Comportamento, conhecimento, renda social, atitudes

Lesão de mancha branca – significa que os cristais de hidróxiapatita estão menores e o espaço entre eles maiores
(conseguimos identificar essas lesões com os dentes limpos, secos e iluminados.

OBS: a cárie evolui mais rapidamente na dentina devido ao PH (6,5)


Lesão em dentina – reações de defesa : esclerose dos túbulos dentinários ; formação de dentina reacional.
Camadas de dentina cariada – necrótica; infectada e afetada

Nas laterais devem-se retirar a dentina afetada também, para promover melhor adesão, já na parede pulpar e
axial manter a dentina afetada.

Flúor- diminui a desmineralização e contribui para remineralizarão.


Controle de cárie
Durante a gestação é fundamental : controle no consumo de açúcar ; controle do ganho de peso
Os primeiros 1000dias durante a gestação e os 2 primeiros anos da criança são fundamentais para disciplinas e
mudanças dos hábitos alimentares
Atividade de cárie

Ativa – modificação e /ou controle do biofilme.


Inativa – não é necessária nenhuma intervenção
Cavitada – medida para controle local do biofilme
Não cavitada – controle do biofilme com medidas NÃO invasivas
Extensão ou profundidade
Esmalte – controle menos intenso
Dentina - controle mais intenso
Lesão de carie – Exame dos dentes
Presença ou ausência de lesões/cavidades ex. visual / tátil Prova
Profundidade das lesões ex. radiográfico
Atividade das lesões ex. visual/tátil

Para exame tátil – sonda milimetrada OMS para remoção do biofilme e avaliação da textura da superfície.

Sinais clínicos ICDAS

Código 0 – Nenhuma alteração na translucidez do esmalte após secagem de ss.


Código 1 – Opacidade visível mesmo na presença de umidade (pigmentação difusa)
Código 2 – Opacidade visível após secagem de 5 segundos (pigmentação retida no fundo da fissura)
Código 3 – Cavidade localizada em esmalte opaco ou pigmentado.
Código 4 – Sombreamento da dentina subjacente
Código 5 - Cavidade em esmalte opaco ou pigmentado com exposição da dentina subjacente.
Código 6 - Cavitação em esmalte opaco ou pigmentado, com exposição da dentina subjacente envolvendo mais da
metade da superfície

Códigos 1 e 2 (lesão de mancha branca); 3 (cariado em esmalte); 4,5 e 6 (cariado em dentina)


Cárie ativa Cárie inativa
Mancha branca Mancha branca
Opaca Lisa
rugosa Brilhante

Importante : controlar o biofilme na entrada das fissuras

Protocolo para crianças com erupção de 1º molar permanente :Risco de cárie; dente mais poroso; acompanhar a
cada 2 a 3 meses.
Inativar lesões de cárie (técnicas não invasivas) – observação e controle; selantes; flúor ou verniz e cariostático.
Decisão de tratamento da lesão de cárie
individualizada

Lesões ativas

Escore Escores Escores


6 3, 4, 5 1,2

Tratamento
Tratamento operatório ou não Tratamento não
operatório operatório operatório
Terapia pulpar em dentes decíduos
Exames intra oral :
 Exame da cavidade de lesão de cárie (extensão e profundidade)
 PERCUSSÃO OU TÉRMICO NUNCA EM DENTE DECÍDUO
 Exame radiográfico: analisar proximidade da lesão com a polpa ; integridade da lâmina dura; grau de reabsorção
radicular; região de furca e germe do sucessor permanente.

Ciclo biológico do dente decíduo:


Três períodos : Jovem, maduro e senil.
Crescimento – desenvolvimento da coroa e raiz
Maturação pulpar – formação completa da raiz até o inicio da reabsorção
Regressão pulpar – da reabsorção até a esfoliação

Fase favorável (polpa jovem) – tratamento conservador


Fase desfavorável (polpa senil) – tratamento radical

Tratamentos conservadores (polpa jovem)

Capeamento pulpar indireto


Fatores a serem considerados:
 Ausência de dor espontânea (paciente não relata dor)
 Ausência de alterações na imagem radiográfica ( não apresenta reabsorção interna nem externa; não apresenta lesão
patológica)
 Ciclo biológico compatível (compatibilidade entre o dente decíduo e permanente)
Indicações :
• Dentes com profunda lesão de cárie, onde a continuidade da remoção pode ocasionar exposição pulpar
• Remoção da dentina infectada e desorganizada e manutenção da dentina afetada.

Contra indicação:
• Dentes com pulpite (dente já está contaminado)
• Comprometimento da resposta pulpar
• Ciclo biológico compatível (dente senil não faz capeamento pulpar indireto por se tratar de um dente próximo a
época de esfoliação)

Técnica:
1. Curetagem (retira dentina infectada e mantém a afetada)
2. Se houver micro exposição pulpar fazer curativo sobre a dentina remanescente
3. Proteção com hidróxido de cálcio PA
4. Hidróxido de cálcio pasta/pasta
5. CIV

Polpotomia em dentes decíduos


“Remoção cirúrgica da porção coronária da polpa com vitalidade, seguida do uso do fármaco, visando manter o
remanescente radicular em condições de saúde. Permitindo que o ciclo biológico se processe normalmente”
Esse tratamento é muito raro de ser utilizado
Indicações:
• Dente com vitalidade pulpar
• Ciclo biológico compatível
• Dente deve permanecer no arco por mais de um ano ( dente jovem)
• Lesão de cárie profunda com risco de exposição pulpar
Técnica:
1. Profilaxia
2. Anestesia e Isolamento absoluto
3. Remoção do tecido cariado
4. Abertura da câmara coronária/ remoção total do teto
5. Remoção da polpa coronária com cureta afiada
6. Irrigação com soro fisiológico
7. Hemostasia da polpa radicular com rolo de algodão estéril
8. Aplicar uma fina camada de pasta Reabsorvível Guedes- pinto
9. Colocar uma camada de guta percha em bastão para vedamento dos condutos
10. Fechar com CIV ou IRM
11. Radiografar
12. Se necessário restauração definitiva
Pasta Guedes –Pinto
 Iodofórmio – antisséptico e estimula neoformação óssea
 Rifocort – antibiótico/corticosteroide
 Paramonoclorofenol canforado 3:7 antisséptico potente.

 Propriedades antissépticas
 Boa tolerância tecidual
 Diminui intensidade da reação inflamatória
 Reabsorvível em contato com tecido conjuntivo
 Radiopacidade
 Praticamente elimina dor pós operatória
 Facilita cura e reparação
Pulpectomia
Indicação:
• Exposição por cárie ou acidental
• Dor espontânea
• Dente decíduo com vitalidade pulpar (Biopulpectomia)
• Dente decíduo com mortificação pulpar penetração Desinfetante (necropulpectomia)
• Ciclo biológico compatível
• Ausência de lesão radiograficamente detectável

Técnica:

1. Radiografia inicial
2. Anestesia
3. Profilaxia
4. Isolamento absoluto
5. Remoção do tecido cariado
6. Abertura da câmara coronária/remoção do teto da câmara pulpar
7. Amputação da polpa coronária
8. Localização dos condutos radiculares
9. Odontometria
10. Extirpação da polpa radicular
11. Irrigação com líquido de Dakin (hipoclorito de sódio 0,5%)
12. Instrumentação com limas endodônticas tipo Kerr de 0 compatível (1 +2)
13. Irrigação/ aspiração
14. Secagem com cone de papel estéril
15. Obturação com pasta Reabsorvível de Guedes- Pinto
16. Vedamento com guta – percha
17. CIV ou IRM
18. Radiografia final
19. Restauração se necessário

Fundamentos da Prescrição
Orientação, apoio, atenção e cuidado.

 Diagnóstico
 Doença – histórico de doenças na primeira infância
 Paciente – conhecer o paciente (comportamento etc)
 Tratamento – ter clareza no tratamento a ser realizado (se vai ser curativo ou paliativo /momentâneo)
 Custo – conhecer a condição econômica do paciente
 Local do tratamento ( saber até onde é possível atender no consultório)
Farmacocinética
Estuda os fatores que afetam, em função do tempo, a concentração plasmática no local de uma droga no organismo , sendo
Influenciada pelos parâmetros de absorção, destruição, metabolismo e eliminação

O primeiro órgão a receber o medicamento é o duodeno, seguido do fígado e depois o pâncreas

A única contraindicação de anestésico local com vaso é paciente adulto ou infantil com ICC (insuficiência
Cardíaca congênita)
Classificação dos Medicamentos

Medicamentos de referencia – Novalgina


Medicamentos genéricos – Dipirona 100% igual o referencia
Medicamentos Similares – Neosaldina mesmo principio ativo

Farmacocinética
Absorção – transferência do fármaco desde o local da aplicação até a corrente circulatória
Biocompatibilidade – Proporção de fármaco administrada, que chega ao sítio de ação ao longa dos fluidos
orgânicos
Albumina - Proteína que é responsável pelo transporte do fármaco ao seu lugar de ação.
Distribuição – é feita do sangue para os tecidos.
Biotransformação – Duodeno
Excreção - Prilocaína deve ser evitado em paciente asmático

Dor – experiência sensorial desagradável associada a injuria tecidual ou outro tipo de injuria

Efeito do medicamento
do mais rápido ao mais
demorado Solução
Posologia Pediátrica

3 meses a 1 ano : Peso (kg) = Idade (meses) +9


2

EX: Estimar o peso de uma criança de 9 meses

Peso (Kg) = Idade (meses) + 9 =9+9 = 9Kg


2
2

1 a 10 anos : Peso(Kg) = (idade em anos x 2) + 9


Ex: Estimar o peso de uma criança de 8 anos
Peso (Kg) = (8x 2) + 9 = 25Kg

11 a 12 anos: Peso(Kg) = (Idade em anos x 7) – 5

2
EX: Estimar o peso de uma criança de 12 anos
Peso (Kg) = (12 x7) – 5 = 39.5Kg
2

Ideal não prescrever antiflamatório antes dos 14 anos


Uso de analgésicos para controle da dor em odontopediatria
Dor leve ou moderada:
 Dipirona
 Paracetamol Paracetamol – mais eficiente para prevenção da dor
 Ibuprofeno Dipirona - mais eficiente em dor instalada
Doses Pediátricas

 Alivium (Ibuprofeno)500mg/ml – ( máximo de 40 gotas) 1 gota por kilo de até 6/6 horas
 Magnopyrol (dipirona)- Sabor chocolate-50mg/ml /Novalgina(dipirona) solução oral –sabor framboesa 500mg/ml
Peso da criança x0,3 de até 6/6 horas
 Pratium(paracetamol gotas – 140mg/ml ) –( máximo 35 gotas) 1 gota Kg de até 6/6 horas

Controle da dor pós operatória de grau leve a moderado


Analgésicos sem alteração de Sabor - Adolescentes e adultos
Dipirona 500Mg/ml – ½ gotas /Kg de até 6/6 horas
Paracetamol 200Mg/ml – 1 gota /Kg de até 6/6horas

Ação Antiflamatória – doses pediátricas

Betametasona gotas (0.5 mg/ml) - 0,025 a 0,05mg/Kg – Dose única pré operatória - (30minutos antes do procedimento)
Regra prática – de 1 a 2 gotas da solução /kg de peso.
Ibuprofeno solução oral gotas (100mg/ml)
Regra prática – 1 gota da solução /kg de peso, iniciando logo após o termino da intervenção (analgesia preventiva)

Quando se utiliza esse recurso medicamentoso, na maioria das vezes não há


necessidade de administrar analgésicos no pós operatório.
Antibiótico terapia
A duração da antibiótico terapia deve ser baseada na remissão clínica dos sintomas ( de 3 a 7 dias), portanto se conseguir
acompanhar o paciente prescreve por 3 dias e avalia se necessário prescreve por mais 2 dias, caso não conseguir
acompanhar o paciente prescrever para 5 dias direto.
Penicilinas são os antibióticos de primeira eleição em odontopediatria –eficácia e menor toxicidade.

Quando não utilizar o Antibiótico


• Fístula
• Abcessos localizados, sem sinais de disseminação
• Dor associada a pulpite
• Pericoronarite não complicada
• Cirurgias convencionais, dentre outros

Quando utilizar antibiótico


• Abcessos periapicais agudos com sinais locais de disseminação do
processo infeccioso (linfadenite, celulite,trismo) ou sinais e sintomas de
ordem sistêmica (febre, taquicardia, falta de apetite, mal estar geral)
• Profilaticamente , em casos selecionados (endocardite infecciosa, HIV com
imunodeficiência, etc)
• Traumatismo com grande possibilidade de contaminação infecciosa
Referenciando o paciente ao profissional da área médica

Ao colega Dr___________________
Receita comum – prescrição para odontopediatria

Nome CD – especialidade – CRO


O menor (nome do paciente) necessita de tratamento
Endereço consultório e/ou residência
cirúrgico odontológico e, diante disso , solicito informações
quanto ao risco cirúrgico do paciente frente ao
P/ menor________________________ Peso:20Kg
comprometimento sistêmico relatado pelo responsável. Da
END_____________________________________
minha parte, informo que empregarei pequenos volumes de
Responsável_______________________________
uma solução anestésica local de (nome do anestésico –
concentração e diluição do vasoconstritor – ex. lidocaína 2%
1:100 000) , em injeção lenta , precedida de aspiração
Uso Interno
negativa. Além disso, informo que serão utilizadas medicação
analgésica (nome da medicação – paracetamol 200 mg/ml) e
Amoxicilina suspensão, 250mg/5ml (amoxil – 1 frasco)
antibiótica (nome da medicação – amoxicilina 250mg/5ml) no
Tomar 8ml às 7:00 ;15:00; e 23:00 horas, por via oral, por cinco
pós operatório.
dias.

Paracetamol 200mg/ml gotas (tylenol) – 1 frasco


Tomar 20 gotas a cada 6 horas, respeitando o limite máximo de 4
doses diárias, por no máximo três dias.
Atenciosamente,
Data e assinatura
São Paulo, ____ de__________ de_____

Assinatura - CRO
Calculo do antibiótico

Amoxicilina (250mg/5ml) – Suspenção


Peso 20Kg
Dose máxima 20ml/kg

1kg ------- 20ml


20Kg------ x
X = 20x20 =400ml

250mg--------5ml
400mg-------- y
Y = 250y=400 x 5
250y = 2000
Y = 2000 = 8ml/ 8h
250
Profilaxia da Endocardite infecciosa em pediatria – Regime padrão

Amoxicilina 250mg/5ml - 50mg/kg


Via oral – 1 hora antes do procedimento

Alérgicos a penicilinas

Cefalexina 250mg/5ml – ou cefaloxil 100mg/ml – 50mg/kg


Via oral 1 hora antes do pracedimento (cuidado pode desenvolver infecção cruzada.
Claritromicina 250mg/15ml - 15mg/kg ou Azitromicina 200mg/5ml – 15ml/kg
Via oral 1 hora antes do procedimento.

Crianças que não fazem uso de antibiótico via oral

Ampicilina 50mg/kg – (IM ou IV) 30 minutos antes do procedimento


Alérgicos a penicilina
Cefazolina 50mg/kg(IM ouIV) 30 minutos antes do procedimento
Clindamicina 20mg/kg(IM ou IV) 30 minutos antes o procedimento

Medicações para alterações de tecidos moles (ulcerações)

Benzidamina - flogoral colutório – de 2 a 3 aplicações diárias, até remissão dos sintomas.

Corticoide associado a base emoliente

Gengilone – pomada – até 3 anos


Acetomico de triancinolona (oncilon A em ora base) – após 3 anos – tubo com 10g ; 2 a 3 vezes ao dia até remissão dos sintomas ;
prescrição deve ser feita em receita carbonada.
Ad- muc pomada – 2 a 3 vezes ao dia até remissão dos sintomas – a partir dos 2 anos
Candidose bucal

Nistatina 100.000 UI/kl- micostatin


Aplicar na cavidade oral com gaze umidecida , 4 vezes ao dia , intercalando a limpeza local com água bicarbonatada
Para bebes miconazol – daktarin gel oral
Aplicar nas lesões ,4 vezes ao dia , intercalando com limpeza local com agua bicarbonatada

Hemostáticos locais

Compressão de gaze como primeira escolha


Em alguns casos pode ser necessário medicamentos tópicos
Transanim – ácido tranexânico - 2 comprimidos amassados com soro e anestésico local
Vira uma pasta – coloca um pouco no alvéolo e sutura em “ x” e coloca um pouco em cima da sutura .Estanca da 4 a 5 minutos.
Anestésicos locais
Soluções anestésicas indicadas ao uso rotineiro em crianças com estado físico ASA 1 são:
• Lidocaína 2% com epinefrina 1:100.000 ou 1:200.000
• Articaína 4% com epinefrina 1:100.000 ou 1:200.000; crianças maiores de 4 anos de idade
• Prilocaína 3% comfelipressina 0,03UL /ML (risco de metemoglobinemia)

Lesões traumáticas em dentes decíduos


A preocupação com as lesões traumáticas em dentes decíduos se da pelo fato da grande proximidade do dente decíduo
com o germe do dente permanente em formação, sendo que o trauma pode afetar as duas dentições.

Prevalência

Quanto a idade – mais comum de 1 a 3 anos


Quanto ao gênero – não tem diferença
Quanto ao tipo de lesão – dentadura decídua as luxações são mais frequentes; devido ao osso da dentadura decídua ser mais poroso e na
dentição permanente é mais prevalente as fraturas
Quanto a localização – os dentes mais frequentes acometidos são os incisivos centrais decíduos superiores sem diferença de lados direito ou
esquerdo
Quanto ao numero de dentes – para a dentadura decídua os traumatismos múltiplos atingindo 2 ou mais dentes são mais frequentes pelo fato
de serem muito pequenos e pelas luxações favorecerem o envolvimento de vários dentes.

Etiologia
O fator etiológico mais comum são as quedas e colisões acidentais, seguido de acidentes de transito, praticas esportivas, brigas, brincadeiras
agressivas e espancamentos.

Fatores predisponentes individuais sistêmicos

 Pacientes com pés planos


 Pacientes com fissura lábio palatina: esses pacientes passam por várias cirurgias sendo que essas podem levar a traumatismos
iatrogênicos no momento cirúrgico.
 Pacientes com epilepsia
 Pacientes com incapacidade motora e /ou intelectual
 Déficit de atenção e hiperatividade
 Dificuldade visual
 Obesidade
Fatores predisponentes individuais Locais
Maloclusões: Mordida aberta anterior, sobre saliência acentuada e selamento labial inadequado. Essas podem acontecer juntas ou separadas,
predispõe lesão traumática em dentes decíduos por deixar os dentes anteriores superiores muito mais expostos e sem proteção.
Lesões de carie, hipoplasias e dentes com restaurações extensas predispõe os traumatismos pois deixam o elemento dentário mais fragilizado.

Prevenção : deve se preocupar com os fatores predisponentes individuais, locais e sistêmicos além dos fatores relacionados ao transito,
esportes e ambientes

Anamnese
Questões a serem respondidas pelos responsáveis :
 Observar a prioridade de atendimento médico neurológico ( se a criança vomitou; está irritada; fala com frases incoerentes ; mal estar
podem ser sinais de traumatismo craniano e ao SNC encaminha-lo e/ou acompanha-lo ao médico)
 Se a criança teve alguma intercorrência ao nascimento
 Presença de cardiopatia para avaliar a necessidade de profilaxia antibiótica
 Distúrbios sanguíneos para avaliar a probabilidade de hemorragia
 Presença de distúrbios convulsivos
 Pesquisar possível alergia a medicamentos
 Se a criança tem alguma doença sistêmica
 Pesquisar se a vacinação está em dia principalmente a antitetânica
 História odontológica ( como foi a experiência anterior)
 A idade do paciente ( para saber o ciclo biológico que o dente decíduo se encontra)
 Se apresenta alguma sintomatologia dolorosa( provocada ou espontânea )
 QUANDO, ONDE E COMO ?
Exame clinico
Exame extra oral:
• Limpar áreas acometidas com sabão neutro
• Observar e palpar a face
• Observar presença de lacerações, hematomas, sangramento , perda de liquido (nariz e ouvido), hemorragia, lábios edemaciados (se
existe possibilidade de presença de fragmentos ou corpo estranho) , leões de mento (ligada geralmente a fratura óssea - condilar em
dentes posteriores)
• Possibilidade de abusos físicos
Quanto aos ossos:
• Fazer palpação suave pesquisando degraus e anormalidades
• Fazer exame da ATM avaliando movimentos excursivos da mandíbula restrição e desvio de abertura e fechamento relacionados a
fratura condilar
Intra oral:
• Iniciar pelos tecidos moles
• Observar : lesões, hemorragia, edema, presença de corpo estranho laceração gengival com ou sem deslocamento dentário (hemorragia
em gengiva não lacerada condiz com lesão periodontal)
• Observar todos os aspectos dos dentes: coloração, trincas e fraturas, mobilidade patológica ( não utilizar testes de percussão e
vitalidade)
• Tecido ósseo observar presença de hematoma submucoso, anormalidade na oclusão.
Exame Radiográfico
Utiliza –se a radiografia oclusal modificada , com filme Periapical adulto para diagnóstico e acompanhamento do caso, essa técnica é
mais fácil e requer menos colaboração do paciente ; pode-se utilizar a técnica Periapical com posicionador de filme ; em caso de luxações
intrusivas realiza-se além da tomada oclusal modificada a radiografia em norma lateral para avaliar a direção do dente intruído.
O acompanhamento radiográfico em todos os casos são de extrema importância ,pois essas lesões podem levar a sequelas para o dente
traumatizado e também o permanente .
Classificação
Lesões de tecidos moles
Abrasão: Ferimento causado pela fricção entre um objeto e o tecido mole
Tratamento: Lavar com sabonete anti-séptico, irrigar com soro fisiológico e remover corpos estranhos .
Contusão: Mancha roxa e edema por extravasamento de sangue no interior do tecido
Tratamento: não é necessário pois o sangue extravasado é reabsorvido pelo organismo
Laceração: Provocada por objetos cortantes, com deslocamento de mucosa
Tratamento: anestesia, limpeza da região, remoção do tecido lesado se necessário, hemostasia e sutura

Leões no tecido de Suporte


Concussão: trauma leve no tecido periodontal, ocorre uma hemorragia e edema no interior do ligamento periodontal, sem sangramento no
sulco gengival pois não há rompimento de fibras do ligamento periodontal .Há sensibilidade a mastigação, sem mobilidade, sem
deslocamento, sem perda de estrutura , sem alteração radiográfica.
Tratamento: Alivio oclusal para repouso do dente, dieta pastosa e morna, limpeza da região e controle clinico e radiográfico.

Subluxação: Trauma no tecido periodontal com rompimento de fibras do ligamento e sangramento do sulco gengival. Sensibilidade a
mastigação, mobilidade discreta , sem deslocamento do dente, nenhuma alteração radiográfica.
Tratameto: Alivio oclusal para repouso do dente, dieta pastosa e morna, limpeza da região e controle clinico e radiográfico.

Luxação Lateral: Deslocamento parcial do dente para vestibular , palatina, mesial ou distal. Ocorre rompimento de fibras do ligamento, pode
apresentar somente mobilidade (como nas luxações ), acontece com ou sem fratura óssea , pode haver lacerações dos tecidos adjacentes; no
exame radiográfico se observa o espaço alveolar aumentado , de acordo com a severidade do trauma; observa a proximidade do dente decíduo
traumatizado e seu sucessor permanente , diagnosticando a possibilidade de dano ao permanente (fazer comparação com seus homólogos )
Tratamento: Primeiramente Alivio oclusal para repouso do dente, dieta pastosa e morna, limpeza da região e controle clinico e radiográfico.
Para luxações lateral reposicionamento do dente e sua contenção ; e para luxações contenção ; a contenção tem a função de manter o dente em
posição e em repouso para auxiliar na recuperação das fibras do ligamento; deve ser flexível ou semi-rígida e permanecer de 14 a 21 dias
depende da gravidade do caso .
Luxação Extrusiva: Deslocamento parcial do dente para fora do alvéolo (sentido axial)
Características: Ruptura de grande numero de fibras do ligamento periodontal; mobilidade acentuada; pode haver laceração dos tecidos
adjacentes; no exame radiográfico observa-se espaço alveolar apical aumentado, de acordo com a severidade do trauma, dente em desnível
oclusal
Tratamento: é semelhante ao das luxações laterais ;na primeira consulta além do protocolo de orientação , indica-se o reposicionamento
cuidadoso do dente e sua contenção que deve ser flexível ou semi-rígida e permanecer de 14 a 21 dias .nos casos de atendimento tardio não é
aconselhável o reposicionamento porque já houve a formação do coagulo e a pressão no momento do reposicionamento pode deslocar o
coagulo e atingir o germe do dente permanente ,no atendimento tardio se ainda houver mobilidade , com possibilidade de reparação faz-se
somente a contenção e desgaste da incisal do dente ou dependendo do grau da extrusão opta-se pela exo.
Luxação Intrusiva: Deslocamento parcial ou total do dente para dentro do alvéolo.
Características: Ruptura e esmagamento das fibras do ligamento periodontal; realiza-se o exame radiográfico em norma lateral (observar a
direção da intrusão e diagnosticar se houve lesão ao germe do dente permanente) além da radiografia oclusal modificada.
Tratamento: no exame clinico é importante a palpação no fundo de sulco da região, verificar se houve fratura de tábua óssea vestibular (se
houver fratura durante a palpação verifica –se a mobilidade da incisal do dente, nesse caso indica-se a exo).
Deslocamento do dente decíduo em direção ao germe do permanente também indica-se a exo
Casos Favoráveis onde o trauma não afetou significantemente a integridade do alvéolo a possibilidade de re erupção do dente é grande , nesse
caso aguarda de 15 a 30 dias para o inicio da re erupção passiva. Se em 30 dias o dente não erupcionar e se observar destruição do alvéolo e
do ligamento periodontal indica-se a exo.
Nas intrusões pode ocorrer abcesso , necrose pulpar , retração gengival, alveólise entre outras sequelas.
Avulsão :Deslocamento total do dente para fora do alvéolo
Características: ruptura do ligamento periodontal, nervos e vasos sanguíneos do tecido pulpar na porção apical; exame radiográfico apresenta
ausência do dente e pode mostrar possíveis fraturas alveolares como alteração na posição do germe do dente permanente.
Tratamento: normalmente não se indica o reimplante para os dentes decíduos para isso analisar: condição de saúde geral da criança (deve estar
satisfatória); o dente deve chegar hidratado e sem rizolise (crianças menores de 3 anos); dente sem lesão de carie e doença periodontal; a
condição do alvéolo deve estar satisfatória ( sem fratura u dilaceração da gengiva); Tempo extra alveolar o menor possível (menos que 30
minutos é o ideal); exame radiográfico sem alterações para o germe do permanente; o dente deve ter vizinhos para contenção; consentimento
dos responsáveis ; equipe de trabalho pronta; e condições de controlar a criança.
Sequencia do reimplante caso tenha condições adequadas:
1. Colocar o dente no soro
2. Realizar exame radiográfico
3. Esclarecer diagnostico e prognostico aos responsáveis
4. Anestesia
5. Curetagem cuidadosa do alvéolo para remover o coagulo
6. Reposicionamento do dente com cuidado e sem fazer força
7. Hemostasia através de pressão com gase
8. Contenção semi-rígida do dente
9. Medicação sistêmica ,recomendações de higiene e repouso dental
10. Realizar endodontia antes da necrose (até uma semana depois do reimplante)
11. Fazer acompanhamento clinico e radiográfico ate a erupção do permanente
12. Avisar os responsáveis do risco de alterações do germe do permanente devido ao trauma
13. Avisar a possibilidade de insucesso

Como as chances de insucessos é grande a reabilitação protética por meio de aparelho mantenedor de espaço estético funcional removível é a
solução mais viável
Para traumatismos ósseos , como grandes fraturas maxilares ou alveolares devem ser encaminhadas para o buco maxilo facial.

Lesões dos tecidos dentários

Trincas de esmalte
Quando ocorre somente uma trinca no esmalte, deve-se realizar o acompanhamento clinico e radiográfico; se ocorrer sensibilidade pode –se
indicar fluorterapia
Fratura de esmalte
Dependendo do local e tamanho pode alisar as bordas cortantes e aplicar flúor ou restauração com resina composta
Fratura de esmalte e dentina
Sem exposição pulpar: utilizar conceitos de dentistica ; pode realizar a colagem do fragmento se houver; ou restauração de resina protegendo a
dentina com o próprio adesivo da resina ; quando a decisão for não restaurar na primeira sessão devido a problemas comportamental proteger a
dentina com CIV ou outro material.
Com exposição pulpar: realizar tratamento endodôntico e reabilitação coronária deste dente
Fratura coronorradicular;
Avaliar a linha de fratura sendo que se estiver abaixo de 4 a 5mm da margem gengival, recomenda-se exo e mantenedor de espaço estético
funcional removível ; Caso a fratura aconteça aquém de 4 a 5 mm da raiz avaliar a possibilidade de tratamento endodôntico , bem como
necessidade de gengivectomia(tem o objetivo de expor a fratura possibilitando a restauração do dente )
Fratura radicular
Para fratura verticais e obliquas indica-se a exo e mantenedor de espaço, caso a fratura obliqua se comporte semelhante a fratura horizontal, esta
pode ser tratada da mesma maneira.
Para fraturas horizontais avalia-se a localização da fratura:
 Fratura no terço cervical (exo), porem quando se encontra no terço cervical acima do osso alveolar existe a possibilidade da realização de
gengivectomia , tratamento endodôntico, colocação de pino e coroa.
 Fratura no terço médio e apical tem-se duas situações:
SEM DESLOCAMENTO E MOBILIDADE DENTÁRIA – Apenas acompanhamento clinico e radiográfico.
COM DESLOCAMENTO E/OU MOBILIDADE DENTÁRIA – Deve reposicionar o dente juntando as duas partes e realizar contenção semi-
rigida que irá permanecer de 14 a 21 dias dependendo da diminuição da mobilidade ; acompanhamento clinico e radiográfico a fim de
observar a necessidade de tratamento endodôntico devido a necrose ou reabsorções ; nas fraturas de terço médio avaliar se as estruturas de
suporte estão viáveis a reparação , devido as lesões nas fibras periodontais e alvéolo, assim como o tempo decorrido. Essas características irão
decidir 0 plano de tratamento.

Aparelho Mantenedor de espaço

Os Mantenedores de Espaço são aparelhos passivos que se estendem às áreas onde há perdas
precoces de dentes decíduos. A função do mantenedor de espaço é permitir uma erupção normal
do dente permanente na arco dentário, possibilitando uma boa função mastigatória, uma estética
aceitável e, em alguns casos, prevenir distúrbios fonéticos.
São mais utilizados na fase de dentição decídua ou mista para guardar espaço do dente sucessor
O mantenedor de espaço ideal é aquele que ocupa o espaço do dente perdido prematuramente, sem
interferir na erupção do sucessor. Este aparelho deve devolver função sem prejudicar o crescimento da
maxila e mandíbula.
Tipos de aparelho
Mantenedor de espaço removível:

Funcional Estético Funcional

Mantenedor de Espaço Fixo:

Banda Alça Estético funcional Fixo


Componentes do Aparelho
1. Grampo de retenção (grampo em “C”): Os grampos ortodônticos têm a função de manutenção, retenção ou fixação do aparelho removível
em posição na cavidade bucal. Os grampos devem ser distribuídos para resistir às forças verticais que tendem a deslocar o aparelho de sua
posição. Portanto, a escolha dos dentes e a confecção dos grampos são fatores importantes na estabilidade, retenção e efetividade do aparelho .

2. Dente provisório: Devolve a função mastigatória, e a estética. Mantém o espaço referente à perda precoce do dente decíduo mesiodistalmente
e verticalmente.

3. Base acrílica: Constituídos de resina acrílica que, além de unir as várias partes do aparelho, suportam os esforços liberados pela parte ativa e os
grampos de retenção quando ativados.

Ação
• Preservar o espaço e manter os dentes adjacentes nas suas posições; 
• Impedir a extrusão dos dentes antagonistas;
• Restabelecer, se possível, a função mastigatória;
• Prevenir a instalação da maloclusão;
• Evitar migrações dentárias.

Indicações
• Manutenção de espaço;
• Devolver estética;
• Devolver fonação;
• Devolver função;
• Evitar hábitos prejudiciais de fonação e deglutição;
• Fatores psicológicos.
Contra indicações

• Paciente não colaborador;


• Impossibilidade de manter o controle do paciente;
• Quando o espaço já estiver fechado;
• Quando o sucessor já estiver erupcionando;
• Quando houver agenesia do sucessor.

Vantagens
• São estéticos (estético funcional);
• Funcionais;
• Guiam o dente sucessor;
• Não interferem na fala;
• Fácil higienização;
• Fácil construção;
• Econômico;
• Resiste e permite reparos.

Desvantagens
• Fácil perda do aparelho;
• Podem quebrar;
• Podem causar irritação aos tecidos moles;
• Depender da colaboração do paciente.
Definição do Aparelho

Aparelho removível superior com expansor bilateral , recobrimento oclusal posterior e mola digital na região anterior:

Permite o movimento vestibular e pode ser utilizado para movimentação de um ou


mais elementos. Este aparelho apresenta arco vestibular e molas digitais posicionadas
por palatino dos elementos cruzados. O recobrimento oclusal dos dentes posteriores
promove desoclusão suficiente para permitir a movimentação dos dentes cruzados .

Aparelho Fixo-Plano Inclinado Inferior

Plano inclinado é um aparelho fixo em resina acrílica autopolimerizável que atua como um plano
guia anterior de 45º em relação ao longo eixo do dente, observando se a desoclusão dos posteriores.
É ativado durante a mastigação e a deglutição do paciente quando os dentes cruzados tocam o
aparelho.
Componentes do Aparelho:
1. Arco vestibular - usado para aumentar a retentividade, estabiliza os dentes na região anterior.

2. Mola digital anterior - permite o movimento vestibular e pode ser utilizado para movimentação de um ou mais elementos . As molas são
posicionadas por palatino dos elementos cruzados.

3. Parafuso expansor bilateral - o parafuso expansor é responsável pelo afastamento dos processos maxilares à medida que o parafuso é
acionado.

4. Recobrimento oclusal - O recobrimento oclusal dos dentes posteriores promove desoclusão suficiente para permitir a correção dos dentes
cruzados

5. Placa acrílica - é a base de suporte de todo o aparelho ; É nela que osgrampos e o parafuso expansor são fixados ; tem a função de unir
as várias partes do aparelho e dar corpo ao aparelho; suporta a parte ativa e os grampos de retenção quando ativados; Quando
confeccionada cobrindo as coroas dos dentes (face lingual) aumenta a função retentiva; A porção de acrílico tem que estar adaptada ao
máximo às estruturas ósseas e dentárias para a transmissão das forças de reação.

 
Indicações:
Crianças com dentição decídua ou mista com mordida cruzada anterior e posterior.

Presença de espaço para que ocorra o descruzamento dos dentes.

Indicado para promover expansão do arco dentário superior para corrigir mordida cruzada posterior.
Contra - indicações
Mordidas cruzadas anteriores esqueléticas;

Pacientes na dentadura permanente;

Pacientes adultos;

Pacientes não colaboradores.

Ação (como agem)


 A ação dos aparelhos que contém molas terão como finalidade efetuar o descruzamento dos dentes, por meio de movimentos no sentido
vestibulolingual. A mola deve ser adaptada de tal maneira que atue perpendicularmente ao longo eixo do dente e preferencialmente, esteja
posicionada no terço médio-cervical.

 O uso do aparelho deve ser contínuo, removendo-o apenas durante as refeições e higienização. A ativação das molas é de 0.5mm em direção
linguo-vestibular a cada 15 dias (em média).

Vantagens
Desvantagens
. Baixo Custo
Colaboração do paciente
. Confecção simples
Tempo de tratamento prolongado
.Podem ser utilizados durante as dentições decídua e mista

.Fácil higienização bucal


Definição do aparelho

A grade palatina ou concha acrílica serve para impedir a interposição


lingual e/ou a sucção digital ou de chupeta.
O tratamento para MAA pode ser feito com:
-Aparelhos fixos; Grade palatina fixa
-Grade palatina; Removível
-Concha acrílica

Tipos de aparelho
Placa removível com grade palatina e
Grade Palatina Fixa Grade palatina removível Concha acrílica parafuso expansor
Componentes do aparelho

Orifício reeducador : para que a língua ocupe seu lugar de normalidade.

Concha acrílica: Impede a projeção da língua entre os arcos dentários. Com objetivo de que a musculatura peribucal atue no fechamento
da MAA fisiologicamente .

Arco de Hawley: tem como função em sua forma original, estabilizar os dentes em estética ideal e posição funcional.

Indicações

Pacientes com Mordida aberta anterior ; interposição lingual ; sucção de dedo e chupeta

Contra indicações

 Para casos em que não estiverem de acordo a participar de um tratamento integrado á várias outras especialidades, tais quais, além da
ortodontia, a Odontopediatria, a psicologia, otorrinolaringologia e a fonoaudiologia, dependendo da razão multifatorial dessa má oclusão e
de suas consequências.
 Pacientes não colaboradores
 Mordida aberta anterior esquelética
 Pacientes adultos
Ação

O aparelho reeducador e impedidor, apresenta um “batente” de resina anterior, que tem como função permitir o
fechamento da MAA nessa região, agindo como um ante-paro para as projeções atípicas da língua. Inicialmente, esta
concha toca a face palatina dos incisivos superiores e a borda incisal dos incisivos inferiores, sofrendo ajustes periódicos
de mais ou menos 1 milímetro.

Vantagens
• Atua numa fase precoce do crescimento e desenvolvimento craniofacial ;
• Custo baixo;
• Auxilia na remoção dos hábitos deletérios gradativamente;
• Mantem a língua em posição, evitando a vestibularização dos incisivos;

Desvantagens
• Dificuldade de higienização; acúmulo de alimentos , podendo causar mal cheiro na
resina com o tempo;
• Possibilidade de recidiva de mordida aberta anterior;
• Depende da colaboração do paciente;
Aparelho Recuperador de Espaço

Os recuperadores de espaço são dispositivos dinâmicos, cuja


finalidade é recuperar espaços nos casos em que o diâmetro mesio-
distal, destinado ao dente permanente em fase de erupção, foi
perdido parcialmente ou totalmente

Tipos de aparelhos

Aparelho recuperador de espaço FIXO Aparelho recuperador de espaço MÓVEL


Indicações
indicado para recuperar espaço nas regiões anterior, posterior, superior e inferior.

Contra indicações
• 2/3 da raiz do sucessor permanente formada;

• Pacientes Adultos;

• Dentes comprometidos Periodontalmente;

• Pacientes com Gengivite e/ou má higienização Bucal.

Vantagens

Fixo: Cooperação e custo reduzido.

Móvel: Higienização, Controle vertical de dentes antagonistas, Custo


reduzido.

Desvantagens
Fixo: Higienização, cimentação e adaptação;

Móvel: Cooperação;

Você também pode gostar