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UniEVANGÉLICA

CURSO DE ODONTOLOGIA
Disciplina: Periodontia Básica

ANATOMIA E HISTOLOGIA DO
PERIODONTO
Professor Mestrando: Henrique Carneiro Ferreira

Anápolis – 2024.1
Associação Educativa Evangélica
PERIODONTO DE PROTEÇÃO-
Gengiva - Histologia
EPITÉLIO GENGIVAL ORAL

• Epitélio gengival oral, voltado para a cavidade oral

• Epitélio sulcular oral, voltado para o dente, sem entrar


em contato com a superfície do dente

• Epitélio juncional (Dentogengival), promove o contato


da gengiva com o dente.
O pontilhado corresponde a
depressões na superfície nas áreas de
fusão entre as várias cristas epiteliais.
Cristas
interpapilares

Depressões Cristas epiteliais

Epitélio oral voltado para Epitélio oral voltado


a gengiva inserida para o conjuntivo
Aspecto morfológico característico do epitélio gengival oral e do
epitélio sulcular oral é a existência de cristas interpapilares
EPITÉLIO GENGIVAL ORAL
TIPO:

EPITÉLIO ESCAMOSO, ESTRATIFICADO E QUERATINIZADO

DIVISÃO:

1. CAMADA BASAL (Estrato basal ou germinativo)

2. CAMADA ESPINHOSA (Estrato espinhoso)

3. CAMADA GRANULOSA (Estrato granuloso)

4. CAMADA QUERATINIZADA (Estrato córneo)


EPITÉLIO GENGIVAL ORAL
EPITÉLIO PAVIMENTOSO ESTRATIFICADO CERATINIZADO
OU PARACERATINIZADO
EPITÉLIO GENGIVAL ORAL
CAMADA BASAL (Estrato basal ou germinativo)

Cilíndricas ou cúbicas

Estão em contato com a membrana basal que separa o epitélio do tecido


conjuntivo frouxo

Têm a capacidade de se dividir, isso é, sofrem mitose

Pode ser considerada o compartimento de células progenitoras do epitélio.


CAMADA BASAL (Estrato basal ou germinativo)

O equilíbrio entre a renovação


celular e a perda de células faz
que a espessura do epitélio se
mantém constante

A célula basal “mais velha” é


impelida para a camada
espinhosa e começa a
atravessar o epitélio na forma
de queratinócito
CAMADA BASAL (Estrato basal ou germinativo)

À medida que a célula basal migra


através do epitélio, ela se torna
achatada e seu eixo longitudinal fica
paralelo à superfície do tecido
CAMADA ESPINHOSA (Estrato espinhoso)

Consiste em 10 a 20 camadas de
células poliédricas, relativamente
grandes, dotadas de prolongamentos
citoplasmáticos curtos que se
assemelham a espinhos
CAMADA GRANULOSA (Estrato granuloso)

Grânulos de querato-hialina
relacionados com a síntese de
queratina começam a aparecer.
CAMADA QUERATINIZADA (Estrato córneo)

Ocorre uma transição brusca das


células da camada granulosa para a
camada córnea, indicativo de
queratinização muito rápida do
citoplasma do queratinócito e de sua
conversão em escamas córneas.
Variações no epitélio gengival. (A) Queratinizado. (B) Não
queratinizado. (C) Paraqueratinizado. Camada queratinizada (H),
camada granular (G), camada espinhosa (P), camada basal (Ba),
células superficiais achatadas (S), camada paraqueratótica (Pk)
TIPOS CELULARES DO EPITÉLIO GENGIVAL
ORAL
• Queratinócitos

CÉLULAS CLARAS
(nos cortes histológicos, as zonas em torno de seus núcleos são mais claras que os
Queratinócitos circundantes)

Melanócitos

Células de Langerhans

Células de Merkel

Células inflamatórias
QUERATINÓCITOS

• Produtoras de queratina;
• Correspondem a cerca de 90% da população celular
total;

MELANÓCITOS

• Sintetizadoras de pigmentos;

• Responsáveis pela pigmentação por melanina


ocasionalmente vista na gengiva.
Células de Langerhans

• Participam no mecanismo de defesa da mucosa


oral;
• Reagem com antígenos que penetram no epitélio,
iniciando uma resposta imunológica precoce;

Células de Merkel

• Têm função sensorial


Gengiva pigmentada que
apresenta melanócitos (M) na
camada basal do epitélio e
melanóforos (C) no tecido
conjuntivo
Mucosa Alveolar (de revestimento)
Não tem camada córnea.

As células contendo núcleos


podem ser identificadas em todas
as camadas, desde a camada
basal até a superfície do epitélio
EPITÉLIO SULCULAR ORAL

Reveste o sulco
EPITÉLIO
gengival raso, localizado
PAVIMENTOSO
entre o esmalte e a
ESTRATIFICADO NÃO
parte superior da
CERATINIZADO
gengiva livre

As células são cúbicas e a superfície não


queratinizada.
EPITÉLIO SULCULAR ORAL
A penetração da sonda
periodontal vai desde a borda
livre da gengiva, até a parte mais
apical do epitélio juncional

O epitélio sulcular oral, o epitélio


gengival oral e o epitélio juncional
são constantemente renovados por
meio da divisão celular da camada
basal.
EPITÉLIO JUNCIONAL (DENTOGENGIVAL)

EPITÉLIO PAVIMENTOSO
ESTRATIFICADO NÃO CERATINIZADO

É contínuo com o epitélio oral e promove


a inserção da gengiva no dente
Desenvolvimento da junção dentogengival durante
a erupção dentária

A. Antes da erupção do dente, quando o esmalte está totalmente


desenvolvido.

B. Pouco antes da erupção dentária e antes das células do epitélio


reduzido do esmalte entrarem em contato com as células epiteliais da
mucosa oral. As setas indicam aumento da atividade mitótica.

C. Logo após a emergência do dente na cavidade oral.

D. Quando o dente está em função e atingiu o plano oclusal.

AB = ameloblastos; EJ = epitélio juncional; EO = epitélio oral; ER =


epitélio dentário reduzido; LIE = lâmina de inserção epitelial.
Epitélio juncional(JE) em um
dente em erupção é formado
pela união do epitélio oral
(OE) com o epitélio reduzido
do esmalte (REE).
O Epitélio Juncional em geral é mais
largo em sua porção coronal (cerca
de 15 a 20 células), tornando-se
mais fino (3 a 4 células) em direção à
JCE.
TECIDO CONJUNTIVO (LÂMINA PRÓPRIA)
Componente tecidual predominante da gengiva
Principais constituintes:

I. Fibras colágenas (60% do tecido conjuntivo)

II. Células (Fibroblastos - 5%)

III. Matriz extracelular amorfa(Vasos e nervos - 35%)


I. FIBRAS
Produzidas pelos Fibroblatos

DIVISÃO:
• Fibras Colágenas

• Fibras Reticulares

• Fibras Oxitalânicas

• Fibras Elásticas
DIVISÃO DAS FIBRAS COLÁGENAS
De acordo com a inserção e trajetória no tecido:

• Fibras Circulares
• Fibras Dentogengivais
• Fibras Dentoperiosteais
• Fibras Transeptais
Os quatro grupos de feixes:
• Reforçam a gengiva;
• Fornecem a resiliência e o tônus
necessários para a manutenção de
sua forma arquitetônica e a
integridade da união dentogengival.
II. CÉLULAS
• Fibroblastos
Célula predominante do tecido conjuntivo (65% da população celular)
Produção de vários tipos de fibras e síntese da matriz do tecido conjuntivo

• Mastócitos
Produção de componentes da matriz
Substâncias vasoativas para controlar o fluxo de sangue através do tecido.

• Macrófagos
Derivados de monócitos, desempenha várias funções de fagocitose e síntese no tecido

• Células inflamatórias
Granulócitos Neutrófilos(LPM), Linfócitos e Plasmócitos
III. MATRIZ EXTRACELULAR

Meio no qual as células estão integradas;

Essencial para a manutenção da função normal do tecido


conjuntivo

Produzida principalmente pelos fibroblastos, embora alguns


componentes sejam elaborados pelos mastócitos e outros
sejam derivados do sangue
Inserção Tecidual Supracrestal

(Espaço Biológico)

Função: Fixação do Tecido Supracrestal

Compreende as dimensões apicocoronais dos tecidos


supracrestais aderidos, incluindo:

•Epitélio juncional

•Tecido conjuntivo ao redor do dente.


Inserção Tecidual Supracrestal

(Espaço Biológico)

A dimensão da junção dentogengival é


chamada de Espaço Biológico

Mede aproximadamente 2,04 mm.

Newman, Michael G. Newman e Carranza - Periodontia Clínica,


Cap. 70, p.743. Disponível em: Minha Biblioteca, (13th edição).
Grupo GEN, 2020.
PERIODONTO DE SUSTENTAÇÃO
ANATOMIA E HISTOLOGIA
LIGAMENTO PERIODONTAL

• Tecido conjuntivo frouxo;

• Ricamente vascularizado e celular;

• Circunda as raízes dos dentes;

• Une o cemento radicular à lâmina dura ou ao


osso alveolar propriamente dito.
LIGAMENTO PERIODONTAL

No sentido coronal, é contínuo com a Lâmina


Própria da gengiva e está separado da gengiva
pelos feixes de fibras colágenas que conectam a
crista do osso alveolar à raiz (as fibras da crista
alveolar).
Osso trabecular
LIGAMENTO PERIODONTAL

• Tem a forma de ampulheta e é mais estreito no


nível do terço médio da raiz.

• A largura é de cerca de 0,2 mm e depende do


tipo de espécie, idade, distância do JCE e
função.
LIGAMENTO PERIODONTAL

• Permite que forças, produzidas durante a


função mastigatória e outros contatos
dentários, sejam distribuídas e absorvidas pelo
processo alveolar através do osso alveolar
propriamente dito.

• A mobilidade dentária é, em grande parte,


determinada pela largura e altura do ligamento
periodontal
DIVISÃO DOS FEIXES DE FIBRAS
(de acordo com suas localizações e disposições)

1.Fibras da crista alveolar

2.Fibras horizontais

3.Fibras oblíquas

4.Fibras apicais
DESENVOLVIMENTO DOS FEIXES DE FIBRAS

As fibras de colágeno que se inserem no cemento radicular e no


osso são chamadas de Fibras de Sharpey (FS).
Células do Ligamento Periodontal

• Fibroblastos
• Osteoblastos
• Cementoblastos
• Osteoclastos
• Odontoclastos
• Histiócitos
• Células epiteliais (REM)
• Fibras nervosas e vasos sanguíneos
Células do Ligamento Periodontal

13.Feixes de fibras colágenas


entrelaçadas
OB. Osteoblastos
CB. Cementoblastos
FIB. Fibroblastos
A. Osso
C. Cemento
D. Dentina
Funções do Ligamento Periodontal

FORMADORA-
• Formação e reparação de cemento e osso
• Acomodação do periodonto às forças oclusais
• Reparo de lesões

NUTRICIONAL-
• Fornece nutrientes para o cemento, osso e gengiva
através dos vasos sanguíneos
Funções do Ligamento Periodontal

FÍSICA-
• Proporcionar um invólucro de tecidos moles para proteger vasos e
nervos por forças mecânicas
• Transmitir forças oclusais ao osso
• Fixar o dente ao osso
• Resistir ao impacto das forças oclusais

SENSORIAL-
• Transmitir sensação tátil, de pressão e de dor.
Funções do Ligamento Periodontal
FUNÇÃO AUMENTADA:

• AUMENTO NA LARGURA DO LP;


• ESPESSAMENTO NOS FEIXES DE FIBRAS;
• AUMENTO NO DIÂMETRO E Nº DAS FIBRAS DE SHARPEY.

FUNÇÃO DIMINUÍDA OU AUSENTE:

• ATROFIA DO LP;
• REDUÇÃO DO Nº E DENSIDADE DOS FEIXES DE FIBRAS;
• PERDA DA ORIENTAÇÃO ORIGINAL DOS FEIXES.
UFA!
VAMOS
DESCANSAR...
SEMANA QUE
VEM TEM MAIS

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