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Anatomia Dental

GENERALIDADES
• Funções:
o Mastigação
o Proteção e sustentação de tecidos moles associados
o Articulação das palavras
o Estética da face
• Fixação nos ossos através do LP
o Articulação fibrosa do tipo gonfose
o LP: atenua os impactos mastigatórios
o Fibras do LP: estiram e transformam as forças de pressão no dente em tração no osso
• Funções diferentes para cada dente:
o Incisivos: apreender
o Caninos: cortar
o Pré-molares: dilacerar
o Molares: triturar
• O homem é difiodonte
O matiz do dente varia de:
o 20 decíduos
o 32 permanentes • Pessoa para pessoa
• Decíduos vs permanentes • Dente para dente
• Terço para terço
o Pouco calcificados
o Mais brancos
• Dente = coroa + raiz unidos pelo colo
• Dentina: circunscreve a cavidade pulpar
o Recoberta na coroa pelo esmalte
o Recoberta na raiz pelo cemento
• No colo: junção cemento-esmalte – linha cervical
• Coroa:
o Anatômica: parte do dente revestida pelo esmalte
o Clínica: parte observada na cavidade oral
▪ Pode ser menor: quando o dente ainda está erupcionando
▪ Pode ser maior: retração gengival

Coroa
• Possui faces, ângulos e bordas
• Faces:
o Vestibular
o Lingual/palatina
o Oclusal
o Mesial
o Distal
• Bordas: duas faces da coroa, formando um ângulo diedro arredondado
o Ex.: olhando pela face V é possível observas as bordas mesial, cervical, distal e incisal
o De forma isolada recebe o nome das faces que a delimitam
▪ Ex.: oclusolingual, mesiovestibular
• Ângulo: três faces da coroa, formando um ângulo triedro
o Recebe o nome das faces que o compõem
o Ex.: ângulo mésio-ocluso-vestibular

Mírian Costa
• Divisão em terços
o Faces livres: mesial, médio e distal
o Faces proximais: vestibular, médio e distal
o Linhas horizontais: cervical, médio e oclusal/incisal

Detalhes anatômicos

Cíngulo
• Saliência arredondada no 1/3 cervical da face lingual de I e C
• Porção mais saliente do lobo lingual

Cúspide
• Saliência em forma de pirâmide quadrangular em PM e M

Vertentes
• Planos inclinados das cúspides
• Lisas: presente nas faces livres e proximais
• Triturantes/oclusais: presente nas faces oclusais

Arestas
• Separam as vertentes
• Longitudinais: separa as vertentes lisas das triturantes
• Transversais: entre as vertentes lisas e triturantes das homônimas em uma mesma cúspide

Vértice
• Ponto de encontro das vertentes e arestas

Crista marginal
• Eminência linear romba
• Presente nas bordas mesial e distal da face lingual de I e C
o Vai do cíngulo aos ângulos incisais
• Presente nas bordas mesial e distal da face oclusal de PM e M
o Estende-se das cúspides vestibulares às palatinas/linguais
• Evita que alimentos escapem da área mastigatória
• Protege as áreas de contato impedindo impacção alimentar

Ponte de esmalte
• Eminencia linear que une cúspides, interrompendo um sulco principal
• Comum nos 1º PMi e no 1º Ms

Tubérculo
• Saliência menor que a cúspide, sem forma definida
• De carabelli: 1º Ms
• Tubérculo molar: 1º Mi decíduo

Bossa
• Elevação arredondada no 1/3 cervical da face vestibular de todos os dentes
• Presente entre o 1/3 cervical e médio da face lingual de PM e M
• Comum nas faces proximais de alguns dentes

Sulco principal
• Depressão linear aguda, estreita, que separa as cúspides umas das outras

Fissuras
• Fendas lineares na região do sulco
• Gerada por defeitos de desenvolvimento que provocam coalescência do esmalte
• Local de fácil desenvolvimento de cárie

Mírian Costa
Sulco secundário
• Depressão pequena e pouco profunda que se distribui irregularmente nas faces oclusais
• Mais comum sobre as cúspides e na delimitação das cristas marginais
• Torna a superfície mastigatória menos lisa, aumentando a eficiência da trituração
• Impede o escoamento do alimento triturado

Fosseta/fóssula
• Principais: depressões encontradas na terminação do sulco principal, no cruzamento de dois deles ou na face
vestibular de M
• Secundárias: menores e menos profundas, encontradas na junção de um sulco principal com um ou dois
secundários

Cicatrículas
• Pequenas depressões irregulares ou pontos profundos no fundo das fossetas principais
• Locais eletivos de cárie

Fossa
• Escavação ampla e pouco profunda da face lingual de dentes anteriores
• Mais notável nos incisivos superiores

Forame cego
• Depressão profunda entre a fossa lingual e o cíngulo

Direção das faces da coroa

Direções convergentes das faces livres


• Sentido vertical: faces V e L convergem para incisal/oclusal
o Incisivos e caninos: formato triangular Área de contato
• Situada próximo à borda
o Pré-molares e molares: formato trapezoidal
incisal ou à face oclusal
• Sentido vertical: convergência para a cervical em uma estreita faixa do colo • Protege a papila interdental
• Sentido horizontal: convergência ligeiramente para distal contra agressões mecânicas
o Deixa a metade mesial do dente maior que a metade distal

Direções convergentes das faces de contato


• Sentido vertical: convergência para a cervical
o Maior diâmetro mesiodistal no 1/3 incisal Linha equatorial
• Liga as proeminências
o Forma as áreas de contato
localizadas em todas as
• Sentido horizontal: convergência para lingual faces do dente
o Exceção: 1º Ms permanente e 2º Ms decíduo -> face L maior que face V
o Forma as ameias vestibular (menor) e lingual (maior)

Características comuns a todos os dentes


• Faces curvas com bordas arredondadas
• Face V maior que face L
o Exceção: 1º Ms permanente e 2º Ms decíduo
• Face M maior que face D
• Face M mais alta que face D
o Exceção: 1º PMi
• Face M plana e reta e face D convexa e curva
• Linha cervical mais ou menos curva de acordo com diâmetro M-D
• Inclinação da face V para lingual
• Lobos de desenvolvimento
• Desvio distal da raiz

Mírian Costa
ANATOMIA INDIVIDUAL DOS DENTES

Incisivo central superior


• Mais importante na articulação das palavras em sons línguo e labiodentais
• Forma de cunha ou chave de fenda para cortar alimentos
• Face V:
o Apresenta 2 sulcos rasos devido à fusão dos lobos de desenvolvimento
o Borda incisal serrilhada: 3 mamelões
o Coroa estreita no 1/3 cervical e larga no 1/3 incisal
o Borda mesial mais retilínea e contínua
o Borda distal mais convexa, mais inclinada e angulada com a raiz
o Ângulo mesioincisal mais agudo e distoincisal mais arredondado
o Área de contato distal mais cervical do que a mesial
• Face L:
o Mais estreita que a face V
o 1/3 cervical apresenta o cíngulo
o 1/3 médio e incisal apresenta a fossa lingual
o Cristas marginais delimitando a fossa lingual
▪ Espessas próximo ao cíngulo e rasas próximo aos ângulos
▪ Fossa lingual perde profundidade na borda incisal
o Sulcos, fossetas ou forame cego não são comuns
• Faces de contato:
o Convergência acentuada das faces V e L para incisal
o Inclinação lingual da borda incisal
o Face V convexa com 1/3 médio e incisal planos
o Diâmetro V-L grande no 1/3 cervical

Incisivo lateral superior


• Semelhante ao ICs, porem menor em todas as dimensões
• Face V:
o Mais estreita que a do ICs
o Convexidade mais acentuada no sentido M-D
o Bordas M e D mais convergentes
o Ângulos mesioincisal e distoincisal mais arredondados
o Borda incisal bem inclinada para distal
o Áreas de contato mais distantes da incisal do que ICs
• Face L:
o Cristas marginais mais salientes
o Fossa lingual mais profunda
o Cíngulo alto, bem formado e mais estreito
o Forame cego presente frequentemente
• Faces de contato:
o Bem parecidas com ICs
o Menor dimensão vestibulolingual no 1/3 cervical deixa a linha cervical mais
fechada

Incisivo central inferior


• Menor e mais simétrico dos dentes
• Elementos anatômicos menos evidentes
• Face V:
o Largura corresponde a 2/3 da largura do ICs

Mírian Costa
o Convexa no 1/3 cervical, mas plana nos 1/3 médio e incisal
o Bordas M e D encontram a borda incisal em um ângulo quase reto
o Ângulos pouco ou nada arredondados
o Áreas de contato no mesmo nível e bem próximas aos ângulos
o Mais comum desgaste para ângulo mesioincisal
o Bordas M e D convergem para o colo de forma não muito acentuada
▪ Tendem ao paralelismo
• Face L:
o Levemente côncava
o Menor que a face V
o Contorno tendendo para triangular
o Cíngulo baixo
o Cristas marginais praticamente imperceptíveis
o Fossa lingual é apenas uma leve depressão
• Faces de contato:
o Triangulares
o Deslocada para a lingual
o Planas nos 1/3 médio e cervical e convexas no 1/3 incisal
o Linha cervical bem fechada se estendendo até 1/3 da coroa (principalmente na mesial)
o Contorno arredondado da borda incisal

Incisivo lateral inferior


• Bem parecido com ICi, mas ligeiramente maior em todas as dimensões
• Face V:
o Bordas M e D mais convergentes para cervical (aspecto triangular)
o Borda M ligeiramente mais alta que a D
o Ângulo distoincisal mais arredondado
o Área de contato distal mais para cervical do que a mesial
• Face L:
o Mesmos aspectos da face V
• Faces de contato:
o Projeção lingual do ângulo distoincisal
o Cíngulo ligeiramente girado para a distal
o Rotação derivada da curvatura do arco dental

Canino superior
• Mais longo dos dentes
• Coroa com mesmo comprimento da coroa do ICs
• Forma da coroa dá aspecto de força e robustez
• Face V:
o Contorno pentagonal e não quadrangular
o Cúspide na borda incisal que a divide em duas inclinações
o Segmento mesial da aresta longitudinal mais curto e menos inclinado
o Ângulo distoincisal mais arredondado e mais deslocado para a cervical
o Bordas M e D convergem para o colo (distal mais acentuada)
o Borda M mais alta e mais plana e borda D mais baixa e arredondada
o Área de contato distal mais voltada para cervical (no 1/3 médio)
o Elevação longitudinal no centro em forma de crista
▪ Acompanhada por sulcos rasos de cada lado
▪ Aspecto trilobado, sendo o central o mais proeminente
o Bastante convexa
• Face L:

Mírian Costa
o Mesmo contorno da face V
o Mais estreita, principalmente no 1/3 cervical
o Cristas marginais e cíngulo bem desenvolvidos
o Cíngulo robusto, lembrando uma pequena cúspide
▪ Unido à cúspide por uma crista cervicoincisal
o Fossa lingual rasa
▪ Dividida em duas quando a crista lingual está presente
o Pode ser lisa, sem cristas e fossas
• Faces de contato:
o Triangulares, lisas e convexas
o Face M maior e mais plana
o Grande espessura V-L quando comparado ao ICs

Canino inferior
• Coroa mais longa e estreita em relação ao Cs
• Face V:
o Mais convexa e estreita
o Crista cervicoincisal não é tão marcada
o Sulcos de desenvolvimento praticamente imperceptíveis
o Borda M mais alta e retilínea
o Borda D mais inclinada, curva e forma um ângulo com a raiz
o Convergência para a distal menos evidente em comparação ao Cs
o Segmento mesial da aresta longitudinal menor e menos inclinado
(quase horizontal)
o Ângulos mesioincisal e distoincisal e áreas de contato semelhantes ao Cs
o Metade D mais larga e prolongada para distal
o Metade M mais robusta e projetada para vestibular
• Face L:
o Cíngulo e cristas marginais não são bem marcados
o Não há crista lingual
o Fossa lingual pouco escavada
o Forma semelhante ao ICi
• Faces de contato:
o Borda V menos convexa que a do Cs
o Diâmetro V-L menor

Primeiro pré-molar superior


• Face V:
o Semelhante à do Cs mas ¼ menor
o Sulcos e convexidade menos desenvolvidos
o Segmento mesial da aresta longitudinal mais longo que o distal
• Face L:
o Mesmo contorno da face V
o Mais lisa, convexa e menor
o Segmento distal da aresta longitudinal da cúspide L maior
o Vértice da cúspide L apresenta-se deslocado para M
• Faces de contato:
o Bordas V e L quase paralelas, mas convergem para oclusal
o Borda L mais convexa e inclinada com maior projeção no 1/3 médio
o Maior projeção da borda V entre os 1/3 cervical e médio
o Cúspide V mais volumosa e mais alta
o Face M apresenta uma depressão a nível da linha cervical

Mírian Costa
o Face D é convexa e sem depressão
o Sulco principal da face O se prolonga para a face M
• Face oclusal:
o Forma pentagonal
o Borda V da face oclusal dividida em mesiovestibular e distovestibular
o Face L menor que a face V
o Cristas marginais M e D ligando as cúspides
▪ M: reta e cortada por um suco
▪ D: convexa
o Deslocamento para mesial do vértice da cúspide L
o Ligeiro deslocamento para distal do vértice da cúspide V
o Sulco principal ligeiramente deslocado para lingual devido ao maior tamanho da cúspide V
o Sulco principal é retilíneo e termina nas cristas marginais formando fossetas M e D
o Sulcos que margeiam as cristas marginais também terminam nas fossetas M e D
o Sulcos secundários são raros

Segundo pré-molar superior


• Coroa similar à do 1º PMs, porém menor
• Elevações e depressões menos marcados
• Ângulo mais arredondados dando aspecto ovoide e não angular
• Mais simétrico:
o Cúspides aproximadamente do mesmo tamanho (V ligeiramente maior)
o Arestas longitudinais sem predomínio de extensão
o Vértice da cúspide L não é tão deslocado para mesial
o Não há sulco interrompendo a crista marginal mesial
o Não há depressão no 1/3 cervical da face M
• Face oclusal:
o Contorno oval ou circular e não pentagonal
o Sulco primário é central e não deslocado para lingual
o Vértice da cúspide L alinhado no meio da coroa
o Diferença entre as cristas marginais menos acentuada
o Diâmetro M-D do lado lingual não é muito menor do que do lado vestibular
o Pequena extensão do sulco principal no centro da coroa
o Fossetas M e D mais próximas entre si
o Muitos sulcos secundários dando a aparência de uma face oclusal enrugada

Primeiro pré-molar inferior


• Face V:
o Semelhante à do Ci, porém menos alta
o Bilateralmente simétrica
o Cúspide situada sobre o longo eixo do dente
o Segmentos M e D da aresta longitudinal do mesmo tamanho
o Comum haver assimetria e vértice da cúspide desviado para mesial
o Áreas de contato M e D estão no mesmo nível, entre os 1/3 oclusal e médio
▪ Área de contato D pode apresentar-se um pouco voltada para oclusal
o Faces M e D convergem acentuadamente para o colo
o Lisa, convexa e inclinada para lingual
• Face L:
o Menor que a face V
o Cúspide lingual com pequenas dimensões
o Pequeno sulco proveniente da fosseta M da face O
▪ Separa a cúspide L da crista marginal M

Mírian Costa
• Faces de contato:
o Forte convexidade da face V
o Inclinação da face V para lingual
o Saliência no 1/3 cervical da face V: bossa vestibular
o Face L não se inclina muito, sendo quase vertical
o Crista marginal M mais cervical (baixa) e mais inclinada da V para L
• Face oclusal:
o Aspecto ovoide com polo maior na borda V
o Bordas M e D convergem para lingual
o Vértice da cúspide V no centro
o Cúspides V e L unidas por uma ponte de esmalte que limita de cada lado uma fosseta
▪ Fosseta D: maior e mais posicionada para lingual
▪ Fosseta M: menor e mais voltada para vestibular
o Ponte de esmalte pode ser cruzada por um sulco principal M-D em forma de arco com concavidade
vestibular

Segundo pré-molar inferior


• Coroa mais volumosa que a do 1º PMi
• Cúspide lingual de proporções bem maiores
• Diferenças anatômicas mais acentuadas entre PMi do que entre os PMs
• Face V:
o Semelhante ao 1º PMi
o Cúspide V menos pontiaguda com arestas longitudinais mais horizontalizadas
o Bordas M e D menos convergentes para o colo
o Área de contato M em um nível ligeiramente mais alto
o Face V inclinada para lingual (principalmente 1/3 médio e oclusal)
• Face L:
o Mais larga (pode ser tão larga quando a face V)
o Cúspide L central ou um pouco deslocada para mesial
o Comum depressão entre a cúspide e a crista marginal D
o Cúspide L pode estar dividida em duas:
▪ Mesial: maior
▪ Distal: menor
o Sulco que separa as cúspides L mesial e distal mais voltado para distal
▪ Avança sobre a face L em pequena extensão
• Faces de contato:
o Face M mais alta e larga
o Convergência das faces V e L para oclusal menos aguda do que no 1º PMi
o Face V com grande inclinação para lingual
• Face oclusal:
o Contorno circular
o Bordas M e D e suas cristas marginais tendem a convergir para lingual
o Detalhes oclusais bem variados
▪ Mais comuns: forma bicuspidada e tricuspidada
o Forma bicuspidada:
▪ Sulco divisório M-D
▪ Arco aberto para vestibular ou retilíneo
▪ Pode apresentar ponte de esmalte semelhante ao 1º PMi
o Forma tricuspidada:
▪ Sulco L pare do sulco M-D
▪ Separação da cúspide L em mesiolingual (maior) e distolingual (menor)
▪ União dos sulcos gera uma fosseta central

Mírian Costa
Diferenças entre os pré-molares

• Faces livres dos superiores são menos inclinadas e mais retilíneas


• 1º PMs: único que pode ter 3 raízes
• Sulco principal dos superiores mais centralizado e único
• Oclusal dos inferiores apresenta ponte de esmalte ou 3 cúspides
Primeiro molar superior
• Coroa da mesma altura dos pré-molares, mas 2x mais larga
• Face V:
o Contorno trapezoidal de grande base oclusal
o Lados M e D convergem para cervical
o Área de contato M fica entre os 1/3 médio e oclusal
o Área de contato D fica no 1/3 médio
o Borda M mais alta, mais reta e menos convexa
o Na borda O, cúspide MV mais alta e mais larga do que a DV
o Sulco vestibular se estende até o 1/3 médio da coroa entre as
cúspides MV e DV
o Linha cervical pouco arqueada e apresenta uma pequena projeção pontiaguda entre as raízes V
• Face L:
o Contorno igual a face V, porém maior
o Face L mais larga que a face V
o Cúspide ML maior do que a DL
o Sulco entre as cúspides com concavidade distal até o centro da face L
▪ Continua reto em direção cervical como uma depressão rasa e larga
o Presença do tubérculo de carabelli: elevação presente na cúspide ML
▪ Pode ser uma quinta cúspide bem formada
▪ Pode ser um tubérculo de tamanho razoável
▪ Pode ser uma pequena elevação
▪ Pode ser uma depressão vestigial
• Faces de contato:
o Retangulares
o Mais largas de V-L do que de C-O
o Face D é convexa e face M achatada, quase plana Face V não é tão inclinada
o Face M maior em todas as dimensões para L como nos molares
inferiores
o Borda L convexa da cervical até a oclusal
o Borda V convexa na cervical e reta até a oclusal
• Face O:
o Contorno losângico
o Ângulos MV e DL mais agudos e ML e DV mais obtusos
o Tamanho das cúspides: ML > MV > DV > DL
o Metade mesial maior em todos os sentidos
o Crista marginal M mais longa e mais alta
o Cúspide DL arredondada e as demais são pirâmides de base quadrangular
o Arranjo de sulcos principais em forma de H separa as 4 cúspides
o 3 fossetas: mesial, central e distal
o Ponte de esmalte ligando a cúspide ML à DV

Segundo molar superior


• Menor que o 1º Ms em todas as dimensões
• Face V:
o Cúspide DV muito menor do que a MV
o Borda O se inclina cervicalmente de M para D

Mírian Costa
o Sulco entre as cúspides é menor
• Face L:
o Cúspide DL menor
▪ Pode ser muito pequena e até desaparecer
o Pode ter apenas 3 cúspides com a ML deslocando-se para o centro da face L
o Sulco L mais curto e menos profundo
o Não há tubérculo de Carabelli
• Faces de contato:
o Mesmas características do 1º Ms
• Face O:
o Borda L menor que a borda V
o Convergência das faces de contato para lingual
o Convergência das faces livres para distal
o Sulcos com contorno semelhantes ao 1º Ms
o Sulco que liga a fosseta central à distal bem mais profundo (divide a ponte de esmalte)
o Ponte de esmalte pouco elevada

Terceiro molar superior


• Aspectos morfológicos muito variáveis
• Menor dos molares
• Forma da coroa lembra o 2º Ms com face O em contorno triangular
• Cúspide DL muito pequena e as vezes não está presente
• Face O com numerosos sulcos secundários e aparência enrugada
• Face D mais convexa que os demais molares superiores e sem desgaste da área de contato

Primeiro molar inferior


• Maior dente da boca
• Coroa alongada, lembrando um paralelepípedo
• Face V:
o Contorno trapezoidal de grande base oclusal
o Convergência das faces de contato para cervical
o Linha cervical reta, mas com ponta de esmalte na direção da
bifurcação das raízes
o Apresenta 3 cúspides separadas por sulcos: mesiovestibular,
vestibular mediana e distovestibular
o Sulco MV mais profundo e mais longo terminando numa
fosseta no centro da face V
o Cúspide MV mais volumosa e mais alta > vestibular mediana
> DV
o Borda M mais alta e mais retilínea do que a D
o Muito convexa no 1/3 cervical
• Face L:
o Contorno semelhante ao da face V, porém menor
o Projeção das cúspides ML e DL na borda oclusal
o Sulco lingual pouco destacado e não termina em fosseta
o Convexa em todos os 1/3
• Faces de contato:
o Inclinação lingual da face V
o Face M maior que a face D
o Convergência das faces livres para D
• Face O:
o Formato hexagonal

Mírian Costa
o Mais larga na face M do que na D e na face V do que na L
o Borda V bem curvilínea e mais convexa que a L
o Cúspides mesiais são as maiores (ML maior de todas)
o Sulcos principais arranjam-se de maneira variável
o Arranjo mais simples dos sulcos:
▪ Sulco MD partindo da fosseta mesial e se bifurcando (lingual e vestibular) na fosseta distal
▪ Sulco VL cruzando o MD em ângulo reto, separando as cúspides mesiais das demais
o Sulcos secundários são comuns, terminando no sulco MD

Segundo molar inferior


• Menor que o 1º Mi
• Possui 4 cúspides
• Face V:
o Duas projeções na borda O referentes às cúspides MV e DV
o Apresenta um sulco V
o Convergência das faces de contato para o colo mais
discreta do que no 1º Mi
• Face L:
o Menor que a do 1º Mi
o Sulco L pouco evidente
• Faces de contato:
o Semelhante ao 1º Mi
o Face D menos convexa e sem projeção referente à 5ª cúspide
• Face O:
o Contorno retangular bem nítido
o Bordas muito próximas do paralelismo
o Leve convergência para D e para L
o 4 cúspides simetricamente dispostas, porém, mesiais ainda são maiores que distais
o Sulco VL e MD cruzam-se em um ângulo reto na fosseta central
o Pode apresentar uma protuberância na cúspide MV
o Curvatura da borda D mais acentuada do que a M

Terceiro molar inferior


• Padrão morfológico tanto do 1º Mi quanto do 2º Mi
• Muito variável em forma
• Pode ser multicuspidado com arranjo muito irregular
• Na maioria dos casos possui 4 ou 5 cúspides indefinidas
• Grande presença de cristas e sulcos secundários
• Face D muito convexa

Diferenças entre os molares

• 1º Mi possui 3 cúspides V e os demais possuem 2


• Inferiores possuem a face V mais inclinada para L do que os superiores
• 2º Ms único que pode ter 3 cúspides
• Inferiores possuem 2 raízes e superiores possuem 3

Mírian Costa

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