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Data: 27/03/2017

NOÇÕES DE CEFALOMETRIA
Cefalometria é o contorno de uma radiografia lateral, onde observamos o contorno do osso,
dentes, maxila, sínfise mandibular, contorno da orbita, base anterior do crânio, cela turca
(localizada a glândula hipófise), sutura fronto nasal. A analise cefalometrica serve para avaliar os
problemas que o paciente apresenta e auxiliar no planejamento tanto ortodôntico, como
ortopédico cirúrgico.

A radiografia é um meio de diagnóstico auxiliar, iremos ver apenas medidas angulares para
termos uma noção de Cefalometria e o que pode acontecer em caso de alteração esquelética.
Conceito: avaliar as relações entre os ossos, entre os ossos dos dentes e entre as estruturas do
tecido mole. O cefalograma é feito a partir de uma teleradiografia lateral de norma cervical.

História: em 1931 iniciou o trabalho com a Cefalometria, a partir da criação do cefalostato que
era um anteparo que mantinha a cabeça do paciente fixada e atrás tinha um filme radiográfico, a
imagem era como se fosse imprensada, então o cefalostato mantem firme a cabeça do paciente e
se o paciente movimentar a cabeça o traçado fica alterado, existem vários tipos de análise que
facilitam o estudo das alterações cranianas.

Na radiográfica conseguimos observar o mau posicionamento do paciente, se ele não reproduzir


a mesma posição não se consegue confrontar uma com a outra, o mau posicionamento faz com
que o paciente pareça que está com a mandíbula mais protruída.
Obs: saber o que significa mandíbula e maxila protruída, bem posicionada ou retruída.

Depois que se faz o traçado conseguimos enxergar alguns ângulos, o aspecto cefalometrico irá
nos dar ideias no que está ocorrendo no crescimento ou no desenvolvimento normal do paciente.
 Lembrando que na aula passada vimos que a direção do crescimento é para cima e
para trás e o resultante para baixo e para frente só que nessa resultante podem haver
pessoas que irão ter o desenvolvimento da mandíbula mais para frente do que para
baixo e outros mais para baixo do que para frente isso talvez pode diferenciar o
paciente que está crescendo com o ângulo mais fechado ou mais aberto.

Todas as medidas na radiografia estará analisando se o S N A: a maxila está protruida, retruida


ou bem posicionada significa que está-se avaliando a maxila a base apical em relação a base do
crânio. Quando o dente está vestibularizado, observa se os dentes em relação à sua base.
Devemos observar o perfil se é côncavo, reto ou convexo.

Vamos sempre caracterizar a relação entre a maxila e a mandíbula em relação ao crânio, observar
o padrão de crescimento: vertical ou horizontal e como estão posicionados os dentes do paciente:
vestibularizados ou lingualizados e observar como é o perfil: côncavo, convexo ou reto.
(imagem do papel que o prof deu, com duas faces)

1° - paciente classe II - perfil convexo, uma das características é o rosto mais comprido,
padrão vertical.
2° - paciente classe III - perfil côncavo, uma das características é o rosto mais achatado,
padrão horizontal.

Conseguimos observar nas duas imagens que a 1° imagem tem deficiência e a 2°


protrusão, um tem mais suporte de lábio (classe II) que o outro (classe III).

TRAÇAR PERFIL
Quais estruturas devemos traçar: perfil, cela turca, sutura fronto nasal, base inferior da órbita,
fossa pterigo maxilar - não é no osso é na sobreposição do lábio, meato acústico externo. Maxila:
assoalho da fossa nasal, abóboda palatina e perfil alveolar anterior. Mandíbula: contorno da
sínfise, corpo do ramo da mandíbula, dentes - usamos mais incisivos para fazer a avaliação, e
molar para relacionar a classe se é I, II ou III.

PONTOS:

 S- sela: posicionado na célula turca


 N- násio: sutura frontonasal.
 Ponto A - mais profundo da concavidade do contorno anterior (maxila)
 Ponto B - mais profundo da concavidade do contorno alveolar (mandíbula.
Ponto SNA forma uma ângulo, significa a relação da maxila com a base do crânio. Média do
ângulo = 82°, se o ponto A estiver mais para frente o ângulo irá aumentar resultando em uma
maxila protruída.
Ponto SNB ângulo= 80°, se este ângulo estiver maior significa que a mandíbula está retruída.

Se o paciente tiver o SNA = 88° está com a maxila protruída, o SNB = 72° está com a mandíbula
retruída, esse paciente apresenta classe III. Perfil convexo.
Classe II – convexo; Classe III - côncavo

 Me- Mentoniano: ponto mais inferior do contorno da sínfise.


 Gn- gônio
 Gn- glabela
Pontos em tecido mole:

 Glabela
 Ponto Subnasal
 P- ppgonio, ponto mais anterior do contorno da sínfise.
Total de 9 pontos.

Linhas e panos:
1- Linha SN: base anterior do crânio.
Lembrar que o gradiente de crescimento facial é cefalocaudal, onde as estruturas que estão
mais próximas do crânio crescem primeiro, a base do crânio cresce primeiro e depois
cessa, sofrendo assim poucas alterações durante o crescimento, considerada, portanto,
confiável para servir como base.
2- Linha GoGn: Plano mandibular
3- Linha NA: mostra a posição Antero posterior da maxila.
4- Linha NB: posição da mandíbula.
5- Linha longo eixo doa incisivos, toda vez que o ângulo formado estiver fechado, o incisivo
está inclinado para vestibular, apresentando perfil protuso.

Duas estruturas é linha. Mais de duas estruturas é um plano. Quando você tem
dois incisivos e um está mais vestibularizado que o outro, você sempre pega o mais
vestibularizado. Se ele estiver girovertido, você vê o ápice e a ponta da cúspide.
6- Outra linha: glabela – subnasal.
7- Subnasal – poglonio- mento.

 Relação da Base Craniana com as Bases Apicais

Pontos usados: sela, násio, e ponto A – forma o ângulo SNA (maxila) relação anteroposterior da
maxila. Sendo SNA de 82°, se essa maxila estiver em 70° ela está como? Está retruída.
Sela, násio, ponto B – forma o ângulo SNB (mandíbula), o ângulo é 80°.
Ponta A, násio, ponto B – forma o ângulo ANB 2°, que é SNA menos SNB, relação maxila e
mandíbula. A maxila está mais protruída em relação à mandíbula. Exemplo: o ANB de um
paciente deu 8° ele vai ser classe II, quando esse ângulo aumenta ou a maxila está indo mais para
frente ou a mandíbula está indo mais para trás; paciente tem um ANB de -6° ele será classe III,
provavelmente ele terá mordida cruzada; se o paciente tem um ângulo de -10° tem tendência a
ser classe III e ter um perfil côncavo. Só irei saber onde está o problema do paciente sabendo a
variação dos ângulos SNA e SNB. Sabendo isso, vou poder dizer qual o aparelho ortopédico
indicar pro meu paciente. Se por exemplo, SNA for 82° e SNB 90°, vou ter de usar um aparelho
para levar a mandíbula para trás. Vou classificar em: SNA e SNB vão dizer se a maxila ou a
mandíbula estão retraídas, protruídas ou bem posicionado; e o ANB me diz se está harmônica ou
alterada.

 Padrão de Crescimento

Vou saber se o paciente cresce mais vertical, ou horizontalmente. Paciente com rosto mais
alongado ou mais achatado.
Pontos usados: Subnasal, Mento e Go. Classificados em: padrão de crescimento vertical,
equilibrado ou horizontal. O valor médio é 32°. Toda vez que esse ângulo estiver aumentando o
crescimento vai estar sendo mais vertical. Quando o padrão de crescimento diminuir ele é mais
horizontal. Exemplo: sendo a média de padrão decrescimento de 32°, se o paciente tiver o ângulo
SnGoMe com 40° o padrão de crescimento será vertical. Equilibrado será pacientes com 31°, 32°
e 33°.

 Relação das Bases Apicais com os Dentes

Verei a inclinação do meu dente, se ele está mais vestibularizado ou lingualizado. Vou usar os
ângulos: 1.NA= 22° e 1.NB= 25°. Exemplo: Se o meu ângulo NA estiver em 15° o meu incisivo
vai estar mais lingualizado, se ele for para 26° ou 27° ele estará mais vestibularizado. Serão
classificados em: vestibularizados, lingualizados.

 Perfil

Classificado em: côncavo, reto ou convexo. Pontos usados: Glabela, subnasal e poglonio
(Gl.Sn.Pg’= 165°-175°). Se o ângulo fechar a maxila tende a vir para frente, ou mandíbula para
trás, ele será convexo, classe II. Classificada em: reta, côncavo e convexo.
Para avaliar se está retruída, protuída ou bem posicionado – vou avaliar SNA, SNB.
Para avaliar o padrão de crescimento, plano mandibular com a base inferior do crânio – ângulo
SNGnMe. Pode ser vertical, horizontal e equilibrado.
Para avaliar posicionamento dos dentes, podendo estar vestibularizados, lingualizados ou bem
posicionados – avalio 1.NA ou 1.NB.
Para avaliar o perfil em côncavo, convexo ou reto. Ângulo de contorno facial. – avalio Gl.Sn.Pg’.

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