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Fernanda Pressoto 1

Odontologia

ANATOMIA APLICADA A IMPLANTODONTIA


A reabsorção nos primeiros meses e no primeiro
ano tem uma maior reabsorção, depois é muito
lenta, mas progressiva. Somente o implante tem
“poder” de voltar a dar estímulo à reabsorção
óssea.

Processo de reparo alveolar pós-extração: é o


conjunto de reações teciduais, desencadeadas no
A anatomia da maxila e da mandíbula forma a interior do alvéolo após a extração, como
base exigida para a inserção cirúrgica segura dos objetivo de preenchê-lo com tecido ósseo.
implantes dentais. É também um requisito para a
FASES:
compreensão das complicações que podem
inadvertidamente ocorrer durante as cirurgias, 1. Proliferação celular
como as lesões vasculares ou nervosas, assim 2. Desenvolvimento do tecido conjuntivo
como as complicações pós-operatórias, como 3. Maturação do tecido conjuntivo
infecção. 4. Diferenciação óssea

Reparação alveolar

Hemorragia e preenchimento do alvéolo com


- Osso maxilar: processo alveolar
coágulo após a extração do dente.
- Região pterigopalatina
Coágulo é substituído por tecido de granulação
- Regiões de molares e pré-molares associado à proliferação da mucosa para
recobrimento da ferida. Muitas vezes o coágulo
- Região canina pode degenerar, ai acontece a alveolite seca.
- Região incisiva Osteoblastos secretam osso imaturo: nas paredes
do alvéolo dentário tem osso necrosado que é
absorvido por osteoclatos. Dentro da matriz
óssea de hidroxiapatita ele libera uma proteína
morfogenética (rh4) sinaliza que deve formar o
osso, entra em contato com células diferenciadas
que estão “perdidas” e ai com a sinalização ela
entende que são osteoblastos e inicia-se o
processo de reparo. Começa a formar uma matriz
Todas as vezes que acontece uma exodontia, conjuntiva que forma a matriz óssea.
existe um reparo ósseo tecidual, uma série de Atividade osteoclástica ao longo da parede
alterações em que ele será substituído e depois alveolar associada a maturação óssea.
terá uma atrofia (pela falta de estímulo).
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1° dia: Maturação do tecido conjuntivo: aumento da


quantidade de fibras colágenas e diminuição do
Alvéolo preenchido por coágulo.
número de células e de vasos sanguíneos.
Bordas gengivais separadas e edemaciadas.
64°dia:
Radiograficamente: área radiolúcida homogênea
Radiograficamente: reabsorção da crista alveolar
com linha radiopaca.
e da lâmina dura e restauração da radiopacidade.
Microscopicamente: coágulo com superfície
Microscopicamente: osso com características
coberta por fibrina, zonas hemorrágicas e invasão
normais.
de fibroblastos.
Diferenciação ósteo-progenitoras: matriz
Imediatamente após a extração na proliferação
orgânica (tecido osteóide)  calcificação 
celular tem:
trabéculas ósseas.
Coágulo  fibroblastos  angiogênese
Fatores locais que prejudicam:
5°dia:
 Corpo estranho
Proliferação fibroblástica e angiogênese  Tecido necrótico
substituindo o coágulo.  Isquemia
 Tensão
Esquírolas ósseas – osteoclasia.  Diabetes e hipotireoidismo
 Desnutrição e imunodeficiência
Epitélio recobrindo parcialmente o coágulo.
 Uso de quimioterápitcos
Início da atividade osteoblástica no 1/3 apical.  Bisfosfonatos
 Radioterapia
Desenvolvimento do tecido conjuntivo: presença
de epitélio, pouco diferenciado, evidenciando
numerosos linfócitos em seu interior.

7°dia:

Microscopicamente – alvéolo preenchido por


tecido de granulação e predominância de fibras
colágenas.
A margem da tábua vestibular altera-se em vários
24°dia:
milímetros no sentido apical, pois grande parte
União das bordas gengivais. desta estrutura óssea é constituída por osso
fasciculado, o qual é um tecido dente-
Radiograficamente: início da reabsorção da dependente que irá desaparecer aos poucos após
lâmina dura e das cristas alveolares. a extração. Além disso, a tábua óssea lingual do
alvéolo é mais espessa do que a vestibular, e a
Microscopicamente: preenchimento por tecido
elevação do retalho e separação do periósteo do
de granulação + denso e osso imaturo; redução
tecido ósseo resultarão em reabsorção
do número de células e vasos.
superficial.
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O processo de reabsorção vai ser sempre
vestibular e o problema é que o zênite
acompanha o osso.

 Espessura da tábua óssea


 Angulação em relação ao palato
 Profundidade da fossa nasal e seio maxilar
 Pós-extração (avaliar a espessura)
 Osso tipo II
 Angulação mésio-distal durante fresagem
 Ápice do incisivo lateral

- Espessura da tábua óssea (vestibular e


palatina) – possível defenestrações
- Qualidade óssea pobre
- Angulação em relação ao palato
- Padrão de reabsorção grande
- Presença de fosse incisiva
- Difícil acesso
- Profundidade da fosse nasal
- Sobrecarga oclusal
- Inervação do nasopalatino
- Estabilidade primária difícil
- Osso tipo II e III
- Implantes curtos e/ou número reduzidos

- Posição e angulação comprometidas

- Equivoco operacional Regiões molares, pré-molares, incisiva,


Para relembrar: Nos molares superiores existe canina.
um risco de ocorrer a comunicação bucosinusial,
para isso, é feita a manobra de valsava que se
prende a respiração, segurando o nariz com os
dedos e, em seguida, é necessário forçar a saída
de ar, fazendo pressão, se existir comunicação,
sairá ar pelo alvéolo. Se ocorrer a comunicação é Tem que ter muito cuidado para não atingir o
feito o fechamento de 1° intenção  nervo alveolar inferior (ocorre Parestesia).
compactação das bordas da incisão. Quando tem osso suficiente é tranquilo, mas
quando não tem é necessário utilizar implantes
Sempre reabsorve de fora pra dentro, de forma mais curtos, realizar a lateralização (consiste em
centrípeta, porque o osso palatino é mais lateralizar o NAI para que o implante seja
denso!!! colocado).
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