A reabsorção nos primeiros meses e no primeiro ano tem uma maior reabsorção, depois é muito lenta, mas progressiva. Somente o implante tem “poder” de voltar a dar estímulo à reabsorção óssea.
Processo de reparo alveolar pós-extração: é o
conjunto de reações teciduais, desencadeadas no A anatomia da maxila e da mandíbula forma a interior do alvéolo após a extração, como base exigida para a inserção cirúrgica segura dos objetivo de preenchê-lo com tecido ósseo. implantes dentais. É também um requisito para a FASES: compreensão das complicações que podem inadvertidamente ocorrer durante as cirurgias, 1. Proliferação celular como as lesões vasculares ou nervosas, assim 2. Desenvolvimento do tecido conjuntivo como as complicações pós-operatórias, como 3. Maturação do tecido conjuntivo infecção. 4. Diferenciação óssea
Reparação alveolar
Hemorragia e preenchimento do alvéolo com
- Osso maxilar: processo alveolar coágulo após a extração do dente. - Região pterigopalatina Coágulo é substituído por tecido de granulação - Regiões de molares e pré-molares associado à proliferação da mucosa para recobrimento da ferida. Muitas vezes o coágulo - Região canina pode degenerar, ai acontece a alveolite seca. - Região incisiva Osteoblastos secretam osso imaturo: nas paredes do alvéolo dentário tem osso necrosado que é absorvido por osteoclatos. Dentro da matriz óssea de hidroxiapatita ele libera uma proteína morfogenética (rh4) sinaliza que deve formar o osso, entra em contato com células diferenciadas que estão “perdidas” e ai com a sinalização ela entende que são osteoblastos e inicia-se o processo de reparo. Começa a formar uma matriz Todas as vezes que acontece uma exodontia, conjuntiva que forma a matriz óssea. existe um reparo ósseo tecidual, uma série de Atividade osteoclástica ao longo da parede alterações em que ele será substituído e depois alveolar associada a maturação óssea. terá uma atrofia (pela falta de estímulo). Fernanda Pressoto 2 Odontologia
1° dia: Maturação do tecido conjuntivo: aumento da
quantidade de fibras colágenas e diminuição do Alvéolo preenchido por coágulo. número de células e de vasos sanguíneos. Bordas gengivais separadas e edemaciadas. 64°dia: Radiograficamente: área radiolúcida homogênea Radiograficamente: reabsorção da crista alveolar com linha radiopaca. e da lâmina dura e restauração da radiopacidade. Microscopicamente: coágulo com superfície Microscopicamente: osso com características coberta por fibrina, zonas hemorrágicas e invasão normais. de fibroblastos. Diferenciação ósteo-progenitoras: matriz Imediatamente após a extração na proliferação orgânica (tecido osteóide) calcificação celular tem: trabéculas ósseas. Coágulo fibroblastos angiogênese Fatores locais que prejudicam: 5°dia: Corpo estranho Proliferação fibroblástica e angiogênese Tecido necrótico substituindo o coágulo. Isquemia Tensão Esquírolas ósseas – osteoclasia. Diabetes e hipotireoidismo Desnutrição e imunodeficiência Epitélio recobrindo parcialmente o coágulo. Uso de quimioterápitcos Início da atividade osteoblástica no 1/3 apical. Bisfosfonatos Radioterapia Desenvolvimento do tecido conjuntivo: presença de epitélio, pouco diferenciado, evidenciando numerosos linfócitos em seu interior.
7°dia:
Microscopicamente – alvéolo preenchido por
tecido de granulação e predominância de fibras colágenas. A margem da tábua vestibular altera-se em vários 24°dia: milímetros no sentido apical, pois grande parte União das bordas gengivais. desta estrutura óssea é constituída por osso fasciculado, o qual é um tecido dente- Radiograficamente: início da reabsorção da dependente que irá desaparecer aos poucos após lâmina dura e das cristas alveolares. a extração. Além disso, a tábua óssea lingual do alvéolo é mais espessa do que a vestibular, e a Microscopicamente: preenchimento por tecido elevação do retalho e separação do periósteo do de granulação + denso e osso imaturo; redução tecido ósseo resultarão em reabsorção do número de células e vasos. superficial. Fernanda Pressoto 3 Odontologia O processo de reabsorção vai ser sempre vestibular e o problema é que o zênite acompanha o osso.
Espessura da tábua óssea
Angulação em relação ao palato Profundidade da fossa nasal e seio maxilar Pós-extração (avaliar a espessura) Osso tipo II Angulação mésio-distal durante fresagem Ápice do incisivo lateral
- Espessura da tábua óssea (vestibular e
palatina) – possível defenestrações - Qualidade óssea pobre - Angulação em relação ao palato - Padrão de reabsorção grande - Presença de fosse incisiva - Difícil acesso - Profundidade da fosse nasal - Sobrecarga oclusal - Inervação do nasopalatino - Estabilidade primária difícil - Osso tipo II e III - Implantes curtos e/ou número reduzidos
Para relembrar: Nos molares superiores existe canina. um risco de ocorrer a comunicação bucosinusial, para isso, é feita a manobra de valsava que se prende a respiração, segurando o nariz com os dedos e, em seguida, é necessário forçar a saída de ar, fazendo pressão, se existir comunicação, sairá ar pelo alvéolo. Se ocorrer a comunicação é Tem que ter muito cuidado para não atingir o feito o fechamento de 1° intenção nervo alveolar inferior (ocorre Parestesia). compactação das bordas da incisão. Quando tem osso suficiente é tranquilo, mas quando não tem é necessário utilizar implantes Sempre reabsorve de fora pra dentro, de forma mais curtos, realizar a lateralização (consiste em centrípeta, porque o osso palatino é mais lateralizar o NAI para que o implante seja denso!!! colocado). Fernanda Pressoto 4 Odontologia