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ABSCESSO DENTO-ALVEOLAR

LESÕES PERIAPICAIS  Aumento do espaço do ligamento periodontal com


 Lesões que acometem a região apical decorrente de rompimento da lâmina dura
processos inflamatórios do dente, que podem levar a  Contorno difuso
polpa à necrose ou não  Agudo ou crônico
 Agudo – Não dá imagem radiográfica porque a
DE ORIGEM DENTAL polpa necrosou, mas não o suficiente para gerar
descalcificação
 Crônico – Imagem radiolúcida periapical difusa.
Surge após 48 a 72h
 Trabeculado ósseo tenta reagir e formar uma barreira
física

 Abscesso dentoalveolar agudo: Devido a uma pulpite


irreversível, só da imagem quando começa a
cronificar, pois como é de evolução rápida, se
distribui nos espaços medulares e não gera
reabsorção no início. Pode gerar áreas de reabsorção
radicular externa, mas não é patognomônico

 Características Histopatológicas:
 Zona supurativa com leucócitos e linfócitos
 Vasodilatação
 Infiltrado de células inflamatórias
PERICEMENTITE (Periodontite apical aguda)  Supuração e exsudato seroso em torno da lesão
 Processo inflamatório que aumenta o espaço do
ligamento periodontal
 Perda da integridade da lâmina dura
 Reversível (remove o estímulo, o ligamento volta ao
normal)
 Lâmina dura íntegra
 Pode gerar sensibilidade
 Pode ocorrer por cárie que evolui, aparelhos
ortodônticos, falhas no tratamento endodôntico
(falta de material obturador), traumas de oclusão
GRANULOMA PERIAPICAL CISTO RADICULAR (Antigo cisto periapical)
 Aumento do espaço do ligamento periodontal com  Rarefação óssea periapical circunscrita por halo
rompimento da lâmina dura, mas como é de baixa radiopaco e de aspecto cístico
intensidade dá tempo para o organismo conter  Imagem radiolúcida, unilocular, esférico e com linha
 Pode ocorrer por agudização de processo crônico ou de osteogênese reacional
cronificação de processo agudo  Restos epiteliais de malassez ficam aprisionados no
 Contorno circunscrito, esférica ou ovalada, ápice do dente; se este for infectado pode estimular
geralmente não ultrapassa 10 mm os restos epiteliais e eles começam a proliferar
 Pode-se observar normalmente restos de formando uma cápsula de tecido conjuntivo com
trabeculado ósseo epitélio no interior. As células do meio da lesão
 Rarefação óssea periapical circunscrita começam a ficar sem irrigação e necrosam,
 Pode haver um granuloma abscessado, imagem aumentando a pressão osmótica interna do cisto, o
circunscrita que depois fica difusa que favorece a proliferação das células periféricas
 No granuloma a polpa está necrosada  Processo lento, dá tempo de o organismo reagir
 Organismo delimita porque é de evolução lenta formando uma linha de osteogênese reacional
 Dente desvitalizado, geralmente maior que 10 mm,
 Características Histopatológicas: podendo provocar abaulamento das corticais ósseas
 Processo inflamatório crônico
 Tecido de granulação, geralmente circundado  Tratamento: Endodôntico e cirurgia. Remover a
por cápsula de tecido fibroso aderida ao dente causa + tratamento endodôntico e remoção do
 Possui linfócitos, plasmócitos e macrófagos epitélio para que não volte a proliferar. Faz
 Fibrilas colágenas e reticulares curetagem para estimular o sangramento e a
reparação da lesão.
 Características histológicas:
 Epitélio de revestimento interno e possui uma
cápsula de tecido conjuntivo fibroso
 Conteúdo líquido e semi-líquido com células
epiteliais descamadas
 Cristais de colesterol e células inflamatórias
quando contaminado
 Não tem como diferenciar um granuloma grande ou
um cisto pequeno sem halo radiopaco, tem que ver
histologicamente (se tiver tecido de granulação é
granuloma e se tiver epitélio é cisto)

 Descompressão: Faz um furo com broca no


dente e por meio da câmara pulpar faz
descompressão
 Marsupialização: Faz um furo no cisto e coloca
um dreno segurado por sutura, para diminuir a
pressão osmótica e a compressão (diminui a dor)

 Obs.: Se houver raiz residual e cisto relacionado a ela


não é residual e sim radicular apical
- Todo cisto já foi um granuloma, mas nem todo
granuloma irá virar um cisto
- Se a polpa estiver vital não é cisto
QUE AFETAM O OSSO
OSTEOMIELITE SUPURATIVA AGUDA
 Inflamação na medula óssea
 Disseminação generalizada de uma infecção através
do espaço medular, com necrose óssea e produção
de pus
 Ocorre a partir de infecções periapicais,
pericoronarite, lesões periodontais, traumatismos,
infecção aguda do seio maxilar (sinusite)
 Geralmente o tecido já está vulnerável por causas
sistêmicas ou locais, com a resposta imunológica
prejudicada
 Dor acentuada, febre e linfadenopatia regional
 Presença de microabscessos
 Características radiográficas:
 Perda da nitidez do trabeculado ósseo em 1-2
semanas
 Lesão mista com osso reabsorvido na periferia
e osso sadio no centro

OSTEOMIELITE COM PERIOSTITE PROLIFERANTE


(Osteomielite de Garré)
 Inflamação da medula óssea que estimula o periósteo
e gera uma reação
 Reação periostal à infecção de baixa intensidade,
geralmente necrose pulpar por cárie
 Tratamento endodôntico, e o osso se remodela por si

 Se apalpar dá para sentir a saliência da proliferação
do osso
 Mais em mandíbula de pacientes jovens
 Características radiográficas:
 Periapical – Vê-se abscessos
 Oclusal – Aspecto de “casca de cebola”
(proliferação lamelar do osso)
OSTEOMIELITE SUPURATIVA CRÔNICA
 Interligada à aguda
 Pode se desenvolver após fase aguda ou infecção
dentária
 Características radiográficas:
 Lesão mista, bordos indefinidos com perda de
nitidez do trabeculado ósseo
 Osso normal e osso necrótico → “Sequestro
ósseo” (é uma ilha de osso sadio em meio ao
osso necrótico)
 Difícil de tratar porque a resposta imunológica está
comprometida
 Osso pode reabsorver tanto, que gera fratura
DISPLASIA CEMENTO-ÓSSEA PERIAPICAL (Displasia DISPLASIA CEMENTIFORME (Osteomielite esclerosante
cementária periapical) crônica focal, osteomielite esclerosante crônica difusa)
 Lesão fibro óssea, caracterizada pela gradativa  Reação tecidual: Alta resposta tecidual e uma
substituição do tecido ósseo sadio por tecido fibroso infecção de baixa intensidade
 Trata-se de uma condição idiopática que possui  Adolescentes, maior incidência → 1º molar inferior
origem no ligamento periodontal  Características Radiográficas:
 Raça negra, mulheres, 40 anos  Massa radiopaca circunscrita (obliteração dos
 Exclusivamente para área dos incisivos inferiores espaços medulares), envolvendo os ápices
 Características radiográficas: 3 fases  Imagem radiopaca associada às raízes dos
 Fase 1: Radiolúcida – Parece um granuloma, dentes
mas não há necrose pulpar  Etiologia: Cárie, mas polpa estará viva
 Fase 2: Mista – Deposição de massas radiopacas  Deve-se remover a cárie e fazer acompanhamento
no interior para ver se a lesão parou de crescer, pois pode haver
 Fase 3: Radiopaca com halo radiolúcido reabsorção radicular externa
 Os dentes estão vitais: Fazer teste de sensibilidade  Pode reabsorver a raiz do dente e como o tecido está
pulpar para ter certeza diferente pode ser que não forme osso novamente
 Tratamento: Nenhum, porém, se o dente cariar a
massa poderá ser infectada e desenvolver  DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: Osteíte condensante –
osteomielite se o paciente tiver com baixa imunidade Massa radiopaca que não é associada a raiz do dente

 FASE 1 – Radiolúcida (granuloma)

 FASE 2 – Mista (massa radiopaca)

 FASE 3 – Radiopaca (com halo radiolúcido)

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